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1a Ficha
1a Ficha
A prior dizer que o Direito da Energia tem relações próximas com outros ramos
normativos, contudo, mantém especificidades, sendo este direito autónomo, perante esses
outros ramos. Ao direito da energia podem aplicar-se como direito comum algumas
normas e regimes desses indicados ramos. Assim sendo, o direito da energia não é apenas
“direito administrativo especial” compreendido segundo uma dogmática jurídica
tradicional, mas sim será tido como um setor normativo mais vasto. O direito da energia
é o conjunto das normas jurídicas relativas ao mercado e ao consumo em segurança da
energia pelos cidadãos e empresas, pelo que o seu objeto não se confunde, apesar dos
pontos de intercâmbio, na simples medida em que o direito administrativo geral terá como
tarefa a proteção jurídica dos cidadãos em geral perante as medidas, normas e planos da
Administração pública, e a proporcionalidade, proteção da igualdade, o afastamento do
arbítrio e da corrupção, previsibilidade, controlo jurídico da atividade administrativa e a
proporcionalidade.1
1
Tratado de Direito Administrativo Especial, Coorden. Paulo Otero, Pedro Gonçalves, vol. IV, 2010, p.
5ss. TAVARES DA SILVA, Suzana, Direito da Energia cit., p. 30ss.
alargou a sua perspetiva às disciplinas afins do direito administrativo, e não se basta com
uma teoria do ato jurídico, mas completa-a com um ponto de vista de efeitos e
consequências sociais e económicas.
Desta feita, a luz do nº. 1 do artigo 7 da Lei 21/97 de 7 de Outubro, é criado o Conselho
Nacional de Eletricidade, também designado por CNELEC, órgão este que é dotado de
personalidade jurídica administrativa e financeira, que servira como foro de auscultação
da opinião pública sobre assuntos relevantes da politica nacional de energia elétrica e da
aplicação das disposições da respetiva lei e seus regulamentos.