Você está na página 1de 436

Jardim

CONVERSANDO SOBRE
MOINTIAN
Comentários e Questionamentos Sobre o
Método Integrado de Transmutação Interior e Ascensão

1ª edição

Nova Petrópolis - RS
Delci Jardim da Trindade
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Jardim
Conversando Sobre MOINTIAN : comentários e
questionamentos sobre o método integrado de
transmutação interior e ascensão / Jardim. --
1. ed. -- Nova Petrópolis, RS : Ed. do Autor,
2016.

Bibliografia.
ISBN 978-85-906590-4-4

1. Ascensão da alma 2. Meditação 3. Terapêutica


4. Vida espiritual I. Título.

16-05318 CDD-299.93

Índices para catálogo sistemático:


1. Filosofia mointianiana : Espiritualidade 299.93

ISBN 978-85-906590-4-4

DIREITOS RESERVADOS PARA


Delci Jardim da Trindade - Editor

delcijardim@bol.com.br

http://conversandosobremointian.blogspot.com

REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL


AGRADECIMENTO

Agradeço a todos os que colaboraram com seus questionamentos, dúvidas


e certezas, ao longo de todos esses anos, desde que iniciamos a construir
o “Conversando Sobre MOINTIAN”.
Agradeço aos que colaboraram com suas presenças, com seu entusiasmo
e com sua lealdade.
Agradeço aos que acreditam que a distância não existe e que o tempo é só
uma pausa entre uma conversa e outra.

Agradeço à minha esposa, Marta Chagas de Abreu, pelo carinho, pela


compreensão, pelo apoio e pela paciência que sempre manteve, enquanto
eu me dediquei a concluir este trabalho.

Este livro é dedicado a todos os alunos e amigos do MOINTIAN.

3
4
ÍNDICE RESUMIDO

FICHA CATALOGRÁFICA 2
AGRADECIMENTO 3
ÍNDICE RESUMIDO 5
ÍNDICE COMPLETO 7
NOTAS DE APRESENTAÇÃO 15
FILOSOFIA MOINTIANIANA 16
I INTRODUÇÃO 17
II ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN 21
II A ORIGEM DO MOINTIAN 23
II B MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS 43
III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65
III A DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES 67
III B TÉCNICAS E SÍMBOLOS 93
III C PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL 127
III D TÉCNICAS OBSOLETAS 147
IV TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 155
IV A RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN 157
IV B A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 185
V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211
VA PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL 213
VB O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL 247
VC O JOGO DAS DIMENSÕES 265
VD AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 301
VE A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA 335
VI FILOSOFIA MOINTIANIANA 371
VII ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES 409
PONTO FINAL – ORDEM DE LEITURA DOS LIVROS DO MOINTIAN 431
EU POSSO VER 432
INFORMAÇÕES SOBRE AS OBRAS CITADAS 433
CONTATO COM O AUTOR 434
INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS OBRAS 434

5
6
ÍNDICE COMPLETO

FICHA CATALOGRÁFICA 2
AGRADECIMENTO 3
ÍNDICE RESUMIDO 5
ÍNDICE COMPLETO 7
NOTAS DE APRESENTAÇÃO 15
FILOSOFIA MOINTIANIANA 16
I INTRODUÇÃO 17
1. O QUE É O CONVERSANDO SOBRE MOINTIAN 19
2. SOBRE O FÓRUM 19
3. ASSUNTOS DO FÓRUM 20

II ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN 21


II A ORIGEM DO MOINTIAN 23
4. A META ESPIRITUAL 25
5. MOINTIAN HOJE 27
6. MOINTIAN E O SISTEMA DEVOCIONAL 27
7. UM POUCO DE HISTÓRIA 28
8. MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA 29
9. ORIGEM REAL DO MOINTIAN E ALGO MAIS DE HISTÓRIA 32
10. O PROJETO DO NOVO LOGOS I 34
11. O PROJETO DO NOVO LOGOS II 35
12. CONTANDO MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA 37
13. MOINTIAN INDEPENDENTE 41
II B MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS 43
14. MOINTIAN E ESCOLAS ESOTÉRICAS 45
15. CONHECIMENTOS DE ESCOLAS ESOTÉRICAS 46
16. NÍVEL DE ALCANCE DO MOINTIAN 47
17. HIERARQUIAS E ESCOLAS ESOTÉRICAS 48
18. MOINTIAN E OUTROS MÉTODOS 48
19. ORIGEM DOS MÉTODOS 50
20. O MÉTODO IDEAL 50
21. PRÁTICAS E MÉTODOS 51
22. PRÁTICAS E MÉTODOS II 52
23. PRÁTICAS E MÉTODOS III 54
24. ACELERA O PROCESSO 55
25. SOBRE AS MISTURAS NAS PRÁTICAS COM ENERGIA 57
7
26. SOBRE MEDITAÇÃO E MISTURAS COM PESSOAS CONTAMINADAS 61
27. SOBRE A PUREZA NAS PRÁTICAS COM O MOINTIAN 62

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III A DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES 67
28. PROPÓSITO DO MOINTIAN E DIVULGAÇÃO 69
29. PARA QUEM QUER FALAR SOBRE MOINTIAN E ESTÁ NO INÍCIO 70
30. RESPEITO PELAS INICIAÇÕES 71
31. MÉTODO E TÉCNICA 72
32. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN I 73
33. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN II 73
34. TRANSMISSÃO DA CHAMA 74
35. PARA QUEM ESTÁ RETORNANDO AO MOINTIAN 75
36. INICIAÇÃO E AUTOINICIAÇÃO – PROCEDIMENTOS E LEITURAS 77
37. AUTOINICIAÇÃO É UM DEIXAR FLUIR 82
38. PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS PARA O NÍVEL II 83
39. SOBRE O NOME CÓSMICO 83
40. O SENTIDO DO SILÊNCIO 86
41. TREINAMENTO EM GRUPO 87
42. RECOMENDAÇÕES PARA AS INICIAÇÕES 87
43. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN I – PEDIDOS 88
44. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN II – QUEM PODE VOAR? 90
45. INICIAÇÃO E DECODIFICAÇÃO 92
III B TÉCNICAS E SÍMBOLOS 93
46. BRINCAR COM A ESFERA DE ENERGIA 95
47. TÉCNICA EXPERIMENTAL CONTRA GRIPE 96
48. UM SÍMBOLO PARA CUIDAR DOS VEGETAIS 97
49. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - SIMPLIFICADA 97
50. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - COMPLETA 102
51. INTERFERÊNCIAS NAS MEDITAÇÕES 112
52. CETRO E BASTÃO ANDROMEDANO 113
53. O QUE É SER UM MESTRE NOS DIAS DE HOJE? 113
54. SÍMBOLOS NAS MEDITAÇÕES 114
55. SOBRE OS SÍMBOLOS AMPLIFICAÇÃO E CURA ESPIRITUAL 115
56. NAVE DO MOINTIAN 118
57. SALAS DE CURA DA NAVE DO MOINTIAN 119
58. RESPIRAÇÃO DO DEVOTO 122
59. POSTURAS PARA PRÁTICA NO CHÃO 123
60. MOINTIAN E OS RAIOS 124

8
III C PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL 127
61. DEFINIÇÕES E PERCEPÇÕES DO ASTRAL 129
62. CONHECIMENTO INTELECTUAL E PERCEPÇÃO ESPIRITUAL 131
63. PERCEPÇÕES EXTRASSENSORIAIS 131
64. SOBRE PERCEPÇÕES, VISÕES E INTUIÇÕES 133
65. SOBRE VER COISAS E AURAS 134
66. O MEDO DO DESCONHECIDO 135
67. SOBRE INTEGRAÇÃO E ASCENSÃO 136
68. SOBRE PRESENTES ESPIRITUAIS, JOIAS E INICIAÇÕES INTERNAS 137
69. SOBRE VER PESSOAS DE ACORDO COM O SEU INTERIOR 139
70. SOBRE ALÉM DO MOINTIAN 140
71. O PROTOCOLO DE MICAH E A GRAÇA DIVINA 141
72. PASSOS NO CAMINHO ESPIRITUAL 141
73. INTUIÇÃO MENTAL E INTUIÇÃO SUPERIOR 143
74. VERDADES INTERNAS 144
75. TÉCNICA PARA RECONHECER OS NÍVEIS DO SER 145
III D TÉCNICAS OBSOLETAS 147
76. MEDITAÇÃO DA LUA CHEIA 149
77. DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DO MOINTIAN 150
78. TÉCNICAS OBSOLETAS E MUDANÇAS NO MOINTIAN 151

IV TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 155


IV A RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN 157
79. CURA OU EVOLUÇÃO 159
80. PROBLEMAS EMOCIONAIS E DEPRESSÃO 159
81. CAMINHAR COM ATENÇÃO 161
82. UMA PAUSA BREVE 162
83. SINTONIA E SINTONIZAÇÕES 163
84. SOBRE ALIMENTAÇÃO I - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS I 164
85. SOBRE ALIMENTAÇÃO II - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS II 165
86. SOBRE ALIMENTAÇÃO III – RAÇAS E ALIMENTOS 166
87. SOBRE ALIMENTAÇÃO IV – NUTRIÇÃO E PARÂMETROS 168
88. DOR, DOENÇA, LEMBRANÇA E FORTALEZA 169
89. RESULTADO COM A ENERGIA E DECISÃO PARA TRANSFORMAR 171
90. MENORRAGIA OU METRORRAGIA – TRATAMENTO ALTERNATIVO 173
91. SOBRE CONFLITOS PURAMENTE PSICOLÓGICOS 178
92. PROCESSOS DE TRAUMAS OU FOBIAS 178
93. SOBRE SONHOS 179
9
94. REMANESCENTES E DEPRESSÃO 180
95. SOBRE HOLÍSTICA E MEDICINA ALTERNATIVA 182
IV B A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 185
96. CUIDADOS DO TERAPEUTA I - ALIMENTAÇÃO 187
97. CUIDADOS DO TERAPEUTA II – ENVIAR A DISTÂNCIA 188
98. MESTRES DE ENSINO FUNDAMENTAL 189
99. ESBOÇO SOBRE A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA 190
A. O TERAPEUTA DO MOINTIAN 190
B. A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA 195
C. ONDE O TERAPEUTA VAI ATUAR? 197
D. DEFINIÇÕES PARA A PRÁTICA TERAPÊUTICA 198
E. A PRÁTICA TERAPÊUTICA - APLICAÇÃO-SONO-MOVIMENTO 201
F. COMO ATUAR – A ENERGIA E A TERAPIA 202
G. O PROCESSO TERAPÊUTICO E ANÁLISE DE ALGUNS CASOS 203
H. O CLIENTE COMO AGENTE DE SUA PRÓPRIA TRANSFORMAÇÃO 207
I. PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR E RESUMO 208

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VA PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL 213
100. SOBRE DOGMAS, PRECEITOS E NORMAS DE CONDUTA 215
101. O PROPÓSITO DA VIDA 215
102. COISAS BOAS E OUTRAS NÃO TÃO BOAS 217
103. UM POUCO MAIS SOBRE PREENCHER-SE DE ENERGIA 219
104. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO I 220
105. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO II 221
106. DIFERENTES PROCESSOS DE INICIAÇÃO INTERNA 222
107. DEVOÇÃO E INVOCAÇÃO 223
108. COMENTÁRIO SOBRE A FUNÇÃO DE CADA UM 224
109. A MANIFESTAÇÃO DO CORPO FÍSICO COMO FORMA DE APRENDIZADO 226
E DESENVOLVIMENTO
110. SOBRE AS CATÁSTROFES E O TEMPO 228
111. SOBRE NAVES E LUZES 230
112. SOMANDO FORÇAS COM A RECLUSÃO 231
113. ESPIRITUALIDADE DIFERE DE ESPIRITISMO 232
114. BARGANHA ASTRAL E A DOENÇA DOS CURADORES 234
115. NOTAS ATUAIS – GRUPOS E MENSAGENS 236
116. A LIBERDADE É O GRANDE DESAFIO 237
117. CORPOS GÊMEOS 238
118. INICIAÇÃO E LINHAGEM 241
119. FORMAS DE EVOLUÇÃO, RITUAIS, EMOÇÕES, DIMENSÕES 243
10
VB O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL 247
120. SOBRE DOMÍNIO NA TERRA 249
121. QUASE UMA PROFECIA 249
122. PARAÍSOS PERDIDOS 250
123. ABRAÇO DE RÉPTIL E SERES ANTENAS 252
124. SOBRE CHÁS E SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS 254
125. SOBRE DESTINO OU FLUXO DA VIDA ESPIRITUAL 255
126. O DESPERTAR DO CRISTO NA HUMANIDADE 257
127. ESOTÉRICO E EXOTÉRICO 262
128. SOBRE LEMBRANÇAS DE VIDAS E JOVENS DA NOVA ERA 262
VC O JOGO DAS DIMENSÕES 265
129. O JOGO DAS DIMENSÕES 267
A. INÍCIO 267
B. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 267
C. CRONOLOGIAS 267
D. EM QUAL MUNDO EU QUERO VIVER? 269
E. O MUNDO NO QUAL EU VIVO 274
F. CADA PENSAMENTO CRIA UMA DIMENSÃO? 275
G. EM QUAL MUNDO SE QUER VIVER? 276
H. SINTONIAS, PROJEÇÕES E DIMENSÕES 276
I. CONSIDERAÇÕES 278
J. APROFUNDANDO O TEMA 279
K. O MUNDO FÍSICO E A VIDA 280
L. PONTO PRINCIPAL 281
M. QUANTAS DIMENSÕES... 281
N. OUTRAS DEFINIÇÕES DE DIMENSÕES 283
O. QUANTAS EXISTEM: 7, 12, 144, 48, 352... 283
P. NOTAS GERAIS 284
Q. COMO ENTENDER O JOGO DOS DEUSES 288
R. GRUPOS ESPIRITUALISTAS 291
S. SÍMBOLOS 295
T. SAINDO DA CAMPÂNULA 296
U. COMENTÁRIOS SOBRE TOTH E CORPO DE LUZ 297
V. VIAGEM ASTRAL, MENTAL, DE ALMA E DE MÔNADA... 298
W. CONCLUINDO: SOBRE FATOS E CONFUSÕES 299
X. ETS OU EDS 299
Y. DO OUTRO LADO DA VIDA E ALÉM DA CAMPÂNULA 300

11
VD AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 301
130. SOBRE HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 303
131. CONTANDO OUTRO TIPO DE HISTÓRIA 303
132. AS RAÇAS-RAÍZES 306
133. SOBRE DEUS 307
134. A ORIGEM 308
135. DEFININDO DISTÂNCIAS E DIMENSÕES 310
136. SOBRE CAMPÂNULA E RELIGIÕES 313
137. AS DIFERENTES HIERARQUIAS NO PLANETA 316
138. O CONTATO COM AS ESCOLAS INTERNAS 321
139. NEGLIGÊNCIA OU SIMPLES DESPREOCUPAÇÃO 323
140. O BEM E O MAL, ANJOS E ARCANJOS 324
141. SOBRE RELIGIOSIDADE 326
142. SETE QUESTÕES SUGERIDAS ATÉ ESTE PONTO 326
143. BREVE ANÁLISE E RESUMO SOBRE AS DIFERENTES HIERARQUIAS 333
VE A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA 335
144. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA I 337
145. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA II 344
146. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA III 345
147. TROCAR MEDOS POR FORTALEZA 346
148. TUDO É TUDO E AS NOVAS CONSPIRAÇÕES CÓSMICAS 347
149. RITUAIS DE FESTAS 362
150. O BEM E O MAL SEGUNDO A NOVA PERSPECTIVA HUMANA 364
151. O CÉREBRO TRIUNO 368
152. A FORMAÇÃO DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA 369

VI FILOSOFIA MOINTIANIANA 371


153 SOBRE PONTOS DE VISTA 373
154. SOBRE O TEMPO, SOFRIMENTO E ENCARNAÇÕES 374
155. SOBRE CONTEMPLAÇÃO 374
156. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO I 377
157. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO II 378
158. SOBRE A INTEGRAÇÃO 379
159. UMA ORAÇÃO? 380
160. O QUE QUEREMOS QUE SEJA E O QUE DE FATO É 383
161. O QUE FOI E O QUE CONTINUA SENDO 384
162. TENDÊNCIAS E O PROCESSO INTERNO 385
163. SOBRE O TERCEIRO SEXO 387

12
164. SOBRE SEXUALIDADE – COMPLEMENTOS 391
165. PARTÍCULAS INTELIGÍVEIS DE SUBSTÂNCIA EXTRACORPÓREA 391
166. SOBRE PISES II 394
167. SOBRE PISES III 394
168. ETNIAS OU GRUPOS RACIAIS 395
169. VERDADES INTERNAS E VERDADES ACEITAS 395
170. AMIZADES E PONTOS DE VISTA 396
171. QUEM PODE MEDITAR 396
172. O PROBLEMA DA CIÊNCIA E O CÉREBRO DE PAPAGAIO 398
173. SOBRE A RETÓRICA 401
174. SOBRE OS PENSADORES 401
175. ERA UMA VEZ A NATUREZA 401
176. SEMELHANTES E SEMBLANTES 404
177. SOBRE OBRAS E COISAS DESTE MUNDO 405
178. ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE PAIS E FILHOS 405
179. SOBRE MELHORAR A VIDA 406
180. O CEGO E O ZAROLHO 407

VII ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES 409


181. ESQUEMA SOBRE OS EFEITOS DO ÁLCOOL 411
182. MODELO DE FICHAS DE ANAMNESE, EVOLUÇÃO E REGISTRO 412
183. SOBRE O LIVRO “OS INCRÍVEIS SERES DE DOIS MUNDOS” 416
184. REGRAS E CONDIÇÕES PARA GRUPOS INFORMAIS 421
185. SOBRE CHARLAS E VÍDEOS 425
186. QUINZE ANOS DE MOINTIAN 426

PONTO FINAL – ORDEM DE LEITURA DOS LIVROS DO MOINTIAN 431


EU POSSO VER 432
INFORMAÇÕES SOBRE AS OBRAS CITADAS 433
CONTATO COM O AUTOR 434
INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS OBRAS 434

13
14
NOTAS DE APRESENTAÇÃO

Origem dos tópicos deste livro


O presente texto do Conversando Sobre MOINTIAN, como chega às tuas
mãos, teve a maior parte dos tópicos originada do blog de mesmo nome,
escritos no período compreendido entre 2008 e 2014. Optei por atualizá-
los, organizando-os por temas, colocando notas ou acrescentando
informações para que se tornassem mais compreensíveis para os que
iniciam a ler agora, no formato de livro.

Os arquivos em PDF que formaram as versões para leitura do blog, até


2013, chegaram a ter 164 tópicos. Os tópicos não recebiam a correção
necessária para permitir o perfeito entendimento de seu conteúdo. Os
textos seguiam a espontaneidade original, própria de uma escrita feita
para respostas rápidas ou para manifestar uma posição sobre certo tema,
sem prévia consulta ou exame da construção linguística. Alguns dos temas
iniciais foram ditados para o computador utilizando um programa de
conversão de voz para texto, o que gerou muitos problemas de grafia.
Para a presente edição, acrescentei muitos tópicos inéditos, que não estão
no blog e estavam inacabados.

As cores das capas e ordem de leitura dos livros do MOINTIAN


No decorrer do texto, farei referência aos demais livros que compõem o
MOINTIAN relacionando-os com as cores de suas capas:

NOME DO LIVRO REFERÊNCIA


1 Uma Nova Consciência Para uma Nova Humanidade Livro Verde
2 Práticas Para a Meditação Livre Livro Laranja
3 Manual do MOINTIAN Livro Amarelo
4 Os Incríveis Seres de Dois Mundos Livro Branco
5 Conversando Sobre MOINTIAN Livro Azul

Sobre a melhor ordem de leitura dos livros, lê a página 431, Ponto Final.

15
FILOSOFIA MOINTIANIANA

Os textos aqui expostos podem compor uma espécie de filosofia, pois


foram elaborados:
1. com o sentido de uma investigação da origem essencial do ser humano,
contrapondo-se à opinião usual da literatura esotérica, da religiosidade e
da espiritualidade comum e corrente;
2. pela percepção de possibilidades estabelecidas em dimensões de
realidade diferentes e que, traduzidas para o âmbito humano, realizando
uma relação equilibrada entre a teoria e a prática, possibilitam a
compreensão da natureza psicológica, física e espiritual do ser humano,
sem basear-se nas definições correntes.

Tendo assim definido esse trabalho, posso aqui, da mesma maneira,


definir-me como um filósofo, quando:
1. sem o intento de defender ou acusar, mas no sentido do amor à
sabedoria, pela causa de descortinar uma espiritualidade libertadora,
exponho ideias para reflexão, contrariando as definições aceitas, e mostro
novos rumos;
2. na investigação de fundamentos e princípios da espiritualidade e da
essência humana, proponho explicações embasando-me:
• na percepção de níveis profundos ou elevados da realidade – quando
relativos a conceitos e questões de interpretação;
• na construção das práticas - quando relativos aos experimentos e
aplicação da energia, com resultados que podem ser comentados,
explicitados e repetidos por qualquer aluno.

16
I - INTRODUÇÃO

PARTE

I
INTRODUÇÃO

17
Conversando Sobre MOINTIAN

I INTRODUÇÃO 17
1. O QUE É O CONVERSANDO SOBRE MOINTIAN 19
2. SOBRE O FÓRUM 19
3. ASSUNTOS DO FÓRUM 20

18
INTRODUÇÃO

1. O QUE É O CONVERSANDO SOBRE MOINTIAN

As conclusões e conceitos aqui emitidos são fruto de uma experiência


própria, não estão baseados em compilações ou em estudos de livros. Não
estou interessado em saber como os outros pensam, veem ou entendem a
espiritualidade ou quaisquer dos temas que eu venha a tratar aqui. Estou
interessado em apresentar uma visão própria sobre a espiritualidade com
enfoque no que definimos como uma nova humanidade ou consciência e
nos preceitos que podem orientar para que se atinja essa consciência.
Agradeço à paciência e a tolerância dos que leem estas páginas, pois eu
mesmo não tenho mais vontade de entender as coisas pela visão de
outros. Por essa mesma razão, quero deixar claro, já de início, que
pretendo lançar bases para reflexão, não opiniões a serem aceitas. Ao
mesmo tempo, todas as ideias que estão aqui escritas são absolutamente
verdadeiras, e as mais confiáveis, pois foram extraídas do meu próprio
manancial de conhecimento ou vida. Penso que, assim, sendo o mais
verdadeiro possível, posso estimular que cada leitor venha a ter suas
próprias ideias, formuladas pelas suas experiências e vivências, não pelo
que outros contaram ou mostraram. A vida própria, o conhecimento
direto, a experiência íntima, a compreensão interna, o fluxo da sabedoria:
esses termos me interessam. Esse alcance é o que espero dos leitores
deste trabalho. Mas a minha convicção continua: estou sempre certo.

2. SOBRE O FÓRUM

Pergunta: Caro Jardim, o espaço deste fórum é apenas para perguntas ou


qualquer um pode responder a uma pergunta? Pode-se fazer um
comentário sobre algo escrito por um membro?

Resposta: Qualquer pessoa cadastrada como membro pode e deve fazer


perguntas e responder a qualquer comentário ou questionamento.
Assim será possível trocarmos mais informações e experiências sobre a
utilização do MOINTIAN.

19
Conversando Sobre MOINTIAN

3. ASSUNTOS DO FÓRUM

Pergunta: Quais temas podem ser abordados neste fórum? Apenas do


MOINTIAN?

Resposta: Neste fórum é melhor que nos concentremos em assuntos


relativos aos estudos ou experiências com o MOINTIAN. Podem surgir
temas paralelos, mas importantes para a compreensão de fatos atuais do
planeta ou da parte teórica do MOINTIAN.

O fórum aqui citado fazia parte do primeiro, e já extinto, site do


MOINTIAN e foi substituído pelo blog Conversando Sobre MOINTIAN no
ano de 2008.

A ideia original era ter um espaço que possibilitasse a interação entre


alunos, a troca de experiências e a emissão de comentários e
questionamentos.
Com o passar do tempo, foi-se tornando uma referência de leitura para a
compreensão das práticas e, logo a seguir, para a exposição de conceitos
mais amplos, que não estavam nos demais livros.
O blog, na maioria das vezes, servia de referência para os assuntos que
seriam comentados nos encontros, as charlas. Noutras ocasiões, as charlas
davam origem aos tópicos lá postados.

20
II – ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN

PARTE

II
ORIGEM E
PROPÓSITO DO MOINTIAN

II A
ORIGEM DO MOINTIAN

II B
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS

21
II ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN 21
II A ORIGEM DO MOINTIAN 23
II B MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS 43

22
II A – ORIGEM DO MOINTIAN

PARTE

II A
ORIGEM DO MOINTIAN

23
Conversando Sobre MOINTIAN

II ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN 21


II A ORIGEM DO MOINTIAN 23
4. A META ESPIRITUAL 25
5. MOINTIAN HOJE 27
6. MOINTIAN E O SISTEMA DEVOCIONAL 27
7. UM POUCO DE HISTÓRIA 28
8. MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA 29
9. ORIGEM REAL DO MOINTIAN E ALGO MAIS DE HISTÓRIA 32
10. O PROJETO DO NOVO LOGOS I 34
11. O PROJETO DO NOVO LOGOS II 35
12. CONTANDO MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA 37
13. MOINTIAN INDEPENDENTE 41

24
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A

4. A META ESPIRITUAL

MOINTIAN não é para quem se inicia no caminho espiritual, mas para


pessoas em fase de conclusão ou com este processo concluído. Esta
conclusão é relativa à saída do reino humano e entrada no espiritual.
Então, como saber em que nível estou? É comum que todo mundo se ache
muito iniciante no processo evolutivo, que não acredite no potencial que
tem ou mesmo naquilo que já está despertado.
Existem também os que se acham em nível elevadíssimo, mas que nada
têm de elevado. Muitos dos que se situam no segundo caso possuem uma
boa memória, poder de raciocínio elevado ou mesmo algum dom como
vidência. Esses que se acham mais evoluídos do que na verdade são, estão
mais facilmente abertos para conexões com o lado obscuro que com a
parcela positiva da espiritualidade. Isso ocorre porque querem ser algo
que ainda não são.
Por outro lado, os do primeiro caso, que se acham muito pouco evoluídos,
nunca chegarão a lugar algum. Alguns, por falsa modéstia, ou por uma
humildade comprada em loja de coisas usadas e, outros, por ignorarem
que, se nesta fase planetária estamos realmente voltados para a
espiritualidade verdadeira e positiva, só o fazemos porque somos os
invasores deste planeta. Somos invasores que, por determinação cósmica,
por determinação dos Conselhos do Cosmos e por determinação
espiritual, da parte espiritual e divina de nós mesmos, decidimos participar
desta etapa importante pela qual o planeta passa, e para a qual se faz
necessária a informação correta, a busca pela plenitude e o afastamento
máximo possível da negatividade que impera. Se somos invasores, somos
seres que decidiram estar aqui, como seres completos, como seres divinos
que encarnaram com missões variadas, mas com luz própria.
Para que tu possas saber onde te encontras no processo evolutivo é bem
simples. Começa nivelando-te por cima. E começa dizendo que só falta
“descascar”. Sem medo, sem achar-te coitado e fraco. Só falta descascar
as impurezas e imperfeições que te aprisionam ou que fazem com que
entendas determinados conflitos ou situações de vida como bloqueios e
obstáculos, frutos desta prisão e da escravidão na qual a humanidade, em
sua maioria, foi acometida por milênios.

25
Conversando Sobre MOINTIAN
Retirando as camadas mais densas, encontramos a verdadeira luz, a
verdadeira divindade, aquela que habita em nosso interior, aquilo que
somos e sempre fomos. Nada de externo pode ser superior, mais sábio,
mais pleno que nós mesmos. É preciso confiar apenas nisso e aproximar
cada vez mais, a cada dia um pouco mais, essa realidade para nossas vidas.
No capítulo 2 do livro verde estão importantes dicas para reconhecer e
identificar em qual ponto da caminhada espiritual nos encontramos.

Ponderemos:
Todo mundo está muito acostumado a ver apenas o mundo físico. Mas
existem muitos mundos e formas vivas que se interpenetram. A cegueira
espiritual (dos falsos instrutores e dos místicos apenas de intelecto) e a
enganação espiritual (pior que um cego a guiar cego são os cegos a cegar
zarolhos, conforme descreve o tópico 180 deste livro) são dois aspectos
que interferem sobremaneira no equilíbrio dos mundos e no avanço da
própria humanidade física.
Tenho assumido o papel de um instrutor que trabalha para desconstruir
conceitos, algo que parece contraditório, mas que é necessário para
tornar possível, aos que ouvem meu discurso, iniciarem a vislumbrar a
este mundo novo e amplo que é a espiritualidade atual. Retirando
conceitos ultrapassados e incitando cada novo aluno a rever suas teorias,
suas leituras e suas práticas, quero que estejam mais livres para admitir os
erros e as enganações a que estão expostas as pessoas que têm
necessidade de evoluir. É preciso reconhecer que a espiritualidade é viva,
está em movimento. Esse movimento é para frente e deve estar baseado
no que ocorre de fato nos planos internos, não em ideias mofadas escritas
por autores que não foram tão bem-intencionados como pensávamos ou
mesmo em técnicas que impedem seus praticantes de reconhecer e de
admitir que já são tudo o que precisam ser.

Concluindo, voltamos a uma ideia básica, essencial, que está na página 57


do Manual do MOINTIAN: “O MOINTIAN não torna os alunos discípulos.
Auxilia as pessoas que estejam dispostas a seguirem a orientação de seu
Mestre Interior”. Se aceitarmos mestres ou que devemos ser discípulos de
alguém ou de alguma coisa, entregamos a maior riqueza que nos foi
concedida, que é a essência divina que habita em cada um de nós e que
somos nós mesmos.

26
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A

5. MOINTIAN HOJE

Por meio do MOINTIAN, buscamos desconstruir ou reconstruir a


espiritualidade. Trazemos, por intermédio dele, técnicas práticas que nos
auxiliam a despertar níveis acima da alma, onde está a nossa verdadeira
origem e essência. Falamos de outros métodos e técnicas porque agimos
fazendo um tipo de policiamento, verificando o que esteja desatualizado
ou fora do contexto da liberdade e evolução vigente para a humanidade
atual. Não estamos apenas lançando discursos ou baseados em teorias
passadas, temos ferramentas concretas para que o que propomos possa
ser vivido por cada um.

6. MOINTIAN E O SISTEMA DEVOCIONAL

Pergunta: Por que antigamente se usou o termo Sistema Devocional para


o MOINTIAN?

Resposta: Todos os verdadeiros trabalhos de origem espiritual precisam


estar prontos, completos, para manifestarem o seu devido papel para a
humanidade.
O nome usado anteriormente para o MOINTIAN, de Sistema Devocional,
era a forma de apresentar o início da utilização da energia, de forma
simples, mas incompleta. Era como um teste do padrão da energia, do
Método em si e da forma como as pessoas poderiam compreendê-lo. Foi
uma orientação das Hierarquias. A palavra MOINTIAN é como um mantra,
e precisava ser guardada até que o Manual completo estivesse pronto.
A criação etérica do local sagrado de encontro ou a “alma de grupo”, que
denominamos “nave do MOINTIAN” precisava estar consolidada para que
fosse revelado. Ademais, Sistema Devocional evoca uma certa entrega, um
trabalho de ordem interna, quase religioso. MOINTIAN é universalista,
formado por todos os Raios e Hierarquias.
Na parte III B, no item “2º e 12º Raios” do tópico 60 do presente livro, há
um comentário sobre esse assunto.

27
Conversando Sobre MOINTIAN

7. UM POUCO DE HISTÓRIA

Alguém pergunta o que eu penso sobre o budismo, já que sempre falo a


respeito das influências negativas que a mistura de várias práticas e
escolas ocasionam ao campo energético e ao próprio desenvolvimento.
Como já expressei por diversas vezes, cada um é totalmente livre para
realizar as práticas que queira. É recomendado que o aluno, ao iniciar o
treinamento no MOINTIAN, dedique-se somente a ele até que este
mesmo treinamento tenha trazido os efeitos propostos no Manual.

Mas já que a pergunta é específica sobre o budismo, pela primeira vez,


vou contar uma história baseada naquilo que faz parte da minha vida, da
minha experiência.
Como devem saber, continuo, aqui e agora, uma existência no plano físico
complementar àquela que tive há 2000 anos, na região da Caxemira, a
qual relato brevemente no início do Manual do MOINTIAN.
Pois bem, naquela época, vivíamos, eu e alguns companheiros, sob a
influência do que era um budismo proveniente da Índia, originado daquilo
que o próprio Buda Gautama havia legado para seus discípulos. Uma das
minhas funções era andar. Andar muito, levando aquela mensagem e
aplicando, sob autorização de um superior, uma qualidade de tratamento
espiritual que eu já havia despertado após descobrir quem anteriormente
eu havia sido, 3000 anos atrás, contando deste século. Por esse
descortinar, tinha plena condição de espalhar uma mensagem de acordo
com os preceitos, princípios e normas daquela instituição iniciante. Era
nossa função criar “postos avançados” em determinados lugarejos que
acolhiam abertamente uma concepção diferente de contato com a divindade.
Mas essa é uma história que não condiz com o objetivo desta resposta.
O que se via, naquela época, naquela região, especialmente na região que
hoje é conhecida como Tibet, eram ritos e cerimônias semelhantes ao que
é praticado aqui no Brasil sob a denominação de candomblé e outras
religiões. E essa informação não estou inventando, pois basta pesquisar
sobre as práticas religiosas do Tibet primitivo e será encontrada uma
prática chamada Bon. Essa prática realizava ritos, sacrifícios, “trabalhos”,
muito primitivos em relação ao que era possível como contato e como
abertura pelo budismo original. Estava, naquela época, começando o

28
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
budismo na região do Tibet e encontrava forte resistência dos praticantes
daquela antiga prática primitiva. O que aconteceu, nos séculos que se
seguiram, foi uma mistura entre a essência daquela prática antiga com as
ideias inovadoras, por assim dizer, que aquele budismo transmitia.
Ocorreu, logo a seguir, o nascimento, naquela região, de um outro ser que
ficou conhecido como o “Buda Tibetano”. A mesma coisa repetiu-se em
todas as outras regiões e países onde a mensagem original chegava: no
início, uma resistência, depois uma mistura e, finalmente, o nascimento de
uma outra prática. Em alguns lugares, entretanto, lugares esses de elevada
vibração, o conhecimento original permanecia, e permanece, de forma
intacta, de forma pura, na sua constituição original. Nesses lugares, ainda
hoje emana a força espiritual pura que permite o contato com um
verdadeiro budismo que, em si, resume a trajetória espiritual que o
próprio Buda Gautama perseguiu. Outros, como o próprio Buda tibetano,
percorreram desse caminho até certo ponto. Depois, encontraram os seus
próprios caminhos. Por isso também são Budas. O ensinamento original
sofreu e ainda sofre outras influências e hoje chega a nós muito diferente
daquilo que era em sua essência. Isso se deve ao fato que é muito mais
fácil adaptar-se ou adaptar algo ao meio, agregando pessoas e influências,
do que transformar o meio em algo diferente. É muito mais fácil mesclar-
se, perdendo a essência, do que, mantendo-se fiel e puro, ser capaz de
extinguir-se. É difícil não ter a ambição de agregar o maior número
possível de discípulos, mesmo que comprometendo a essência do que é
ofertado. E isso foi o que aconteceu e o que acontece não apenas nas
religiões instituídas, mas nas escolas esotéricas, nos métodos, técnicas, etc.
Aqui não estou julgando, muito menos tirando a importância de alguma
prática, estou expondo aquilo que é uma compreensão interna sobre um
conceito, sobre um processo espiritual, e analisando de uma forma mais
intelectual, de uma forma mais humana ou terrena.

8. MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA

Pretendo hoje eliminar um mal-entendido sobre a história do MOINTIAN e


sobre quem de fato é o Jardim.
Antes de mais nada, não sou Djwhal Khul. Ele é um importante Mestre,
atualmente do plano interno e, como gosto de chamar, um “porta-voz” da
Hierarquia planetária. Denomino a ele dessa maneira, porque ele sempre

29
Conversando Sobre MOINTIAN
esteve orientando todas as grandes correntes de ensinamento esotérico,
desde Blavatsky e Alice Bailey até Trigueirinho. Este último, aliás,
manifesta uma parcela importante daquele Mestre (note a maiúscula para
Mestre D.K. – é um mestre importante, uma verdadeira Hierarquia).
A confusão foi gerada pela leitura da página 35 do manual do MOINTIAN,
especialmente os parágrafos antepenúltimo e penúltimo desta:
“As informações obtidas depois, sobre a Hierarquia planetária e as técnicas
apresentadas no Nível II, foram traduzidas por três seres ou consciências
superiores. Com um destes seres, representante de uma parcela de mim
mesmo, um relacionamento extremamente simbiótico foi estabelecido, que
culminou com o trabalho que é apresentado como a estrutura e fundamento
do MOINTIAN.
A partir disto, um importante fato aconteceu entre a essência da
personalidade que recebia as informações e o ser que as transmitia: a missão
do primeiro, no plano físico, terminou ali. A do segundo começou. Houve uma
troca entre estas duas essências e o que instruía é, agora, o que escreve. A
personalidade manifestada anteriormente, tinha o papel de ancorar a energia
e preparar sua essência. A do segundo, manifestar um Serviço que estava
sendo preparado durante o período de recolhimento do MOINTIAN.”
Vamos por datas: até março de 2000, era o Delci quem “recebia” e
percebia, desde o plano interno, por uma interação direta com o plano
espiritual (com os Mestres, Seres de Luz, Hierarquias), o potencial que
necessitava para manifestar, para ser o veículo de ancoramento do
MOINTIAN. Até março, que nos importa aqui, ele era discípulo do Mestre
D.K. Veja, a orientação para que atingisse o patamar de se tornar a âncora
do MOINTIAN veio através da Hierarquia planetária, seus representantes –
Mestres, pessoas, seres que já haviam passado por isso, como as citadas
nominalmente no relato que consta na Introdução do Manual do
MOINTIAN, como Alice Bailey, Blavatsky e outros.
Este recebia, então, não era propriamente recebia. Estava mais para
interagia, vivia plenamente em dois planos. Muito sobre isso está descrito
na terceira parte do livro branco, “Os Incríveis Seres de Dois Mundos”.
Quando “ele” estava pronto, este que aqui escreve, eu, também fui
preparado para o ponto culminante, da troca entre as essências, isto
equivale a dizer trocas desde o nível monádico. Ainda assim, todos os
registros da personalidade, dos dois, de todos os tempos, continuam
presentes, bem como todas as sensações, todas as memórias, todos os
conhecimentos. O Delci, então, morreu. Se a troca não tivesse sido feita,

30
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
certamente seria algo próximo da sua desencarnação, senão a própria. O
aprendizado dele foi maior a partir de então, nos chamados Comandos
Estelares, e outros por aí. Cada ano, desde então, tudo muda e essa
história já é passado...
Mas vamos adiante: a descrição feita na página 27 do Manual do
MOINTIAN sobre uma orientação do Mestre D.K., refere-se ao potencial
de energia depositado para esta fase, para esta manifestação do
MOINTIAN no planeta. Incluído nisso está a Chama Devocional, um
presente da Hierarquia planetária e cósmica para todos os seres humanos,
através do Delci. A Chama representa os três aspectos divinos, conforme
explicam os tópicos 60 e 159 do presente livro. Significa que cada um pode
estar sintonizado com as possibilidades atuais que as Hierarquias,
especialmente o conjunto da Hierarquia Planetária, distribuem para a
humanidade nesta fase, para uma aceleração do processo de ascensão.
Depois disso, vem o que de fato importa aqui. A partir de fevereiro do ano
2000 eu volto a participar do processo, pois o que o Delci precisava fazer já
estava completo. Então, ocorreu a troca e, conforme descrevi na terceira
parte do livro “Os Incríveis Seres de Dois Mundos”, pude trazer a definitiva
manifestação do MOINTIAN, como auxílio à Hierarquia Planetária,
especialmente ao Senhor Gautama, atual Regente Planetário.
Era o início do meu trabalho em nível físico, novamente, e da elevação do
nível de abrangência do MOINTIAN.
Falamos que ele provém da Fonte, por intermédio direto de Micah. Mas o
Micah ao qual me refiro, não é o Arcanjo. É um ser que, para um
entendimento superficial, é o segundo da Criação, o Filho Daquele que
jamais poderá ser denominado, a fusão de tudo o que não se consegue
atingir com a mente pensante e encarnada. O Absoluto, Inominável e
Inatingível, sem comparação ou possibilidades de definição, nem com
definições espiritualistas sobre seres, divindades ou arcanjos. Micah é o
que vem depois Dele. E, para nosso plano de manifestação, isto é, nosso
planeta, nossa galáxia, tem sua sede, se podemos definir assim, em Sirius.
Os seres da Assembleia Sagrada de Sirius são seres representantes de
Conselhos Intergalácticos e/ou multiuniversais e multidimensionais. Isto é
grande, sim.
Pois bem: o ano de 2006 foi marcado pela influência galáctica, que estava
em grande expansão (a energia da galáxia e os potenciais distribuídos).
Surgiu, inclusive, aquela música, Galactica, representando a possibilidade

31
Conversando Sobre MOINTIAN
de todos alcançarem níveis supra-humanos. E o potencial Universal, veio
conjuntamente com a música Universal (relembrei quem sou: meu Pai é o
Universo, minha Mãe, a Eternidade, conforme o poema “O Mendigo
Nobre”, que finaliza o livro branco). Em 2008, já estávamos vibrando na
frequência do Conselho Intergaláctico. Hoje em dia, muitos e muitos
outros níveis continuam sendo acessados e a abertura é direta dos planos
multiuniversais, por parte do Conselho do Cosmos e de outras influências
de energias nas quais o MOINTIAN penetra e atua.
Veja, estou colocando esses fatos aqui porque quero deixar claro que é
impossível, para alguém que vive a espiritualidade verdadeira, ficar preso
a um conceito, a uma forma de manifestação de energia, a um Mestre ou
mesmo uma Hierarquia. Só um morto espiritual, um buscador profissional,
fica atrás de conceitos ou intelectualismos místicos. É preciso SER
espiritualizado, viver isso, para poder dizer o que de fato é este caminho.
Claro que o conhecimento é importante, mas ele deve ser o apoio para
aquilo que vem de dentro e do superior, e não constituir um sistema de
crenças que estanca e poda a vida e a captação da essência da sabedoria
divina. Acho que agora, finalmente, pude esclarecer mais um pouco do
que ocorreu lá, em 2000. Se ainda restaram dúvidas, vamos eliminá-las.
Mas hoje, a história é outra...

9. ORIGEM REAL DO MOINTIAN E ALGO MAIS DE HISTÓRIA

No início da utilização do MOINTIAN, antes de ser utilizado neste planeta,


isso há pelo menos 210 mil anos, eu já estava nos Comandos Estelares. O
Comando Delta, particularmente, era no qual eu estava mais efetivo e
onde o Delci (o viajante que habitava estes corpos) ainda se encontra a
serviço desde que houve a nossa “troca”. Não o tenho visto ultimamente.
Viemos de um ponto de Andrômeda, como já salientei muitas vezes até
mesmo no Manual do MOINTIAN. O ponto exato não importa, porque
quando se vai para um Comando, já estamos fazendo parte de algo muito
maior, como um sistema ou uma galáxia ou um universo...
Mas o que quero explicar é um ponto que sempre ficam perguntando,
sobre a origem do MOINTIAN.

32
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
Quando alguém vai para um comando, significa que a sua missão já
despertou de fato, que saiu do nível comum, digamos. Quando se vai para
lá, faz-se muita pesquisa, trabalha-se para encontrar ferramentas para
auxílio de povos, planetas, galáxias...
O MOINTIAN foi um projeto que eu mesmo desenvolvi nestes comandos,
há mais de 210 mil anos. Por esse motivo, fui enviado para este ponto
cósmico, para este planeta, para poder ajudar a hierarquia nos processos
de transição que aconteçam por aqui. Os testes, na época do projeto,
foram feitos em muitas comunidades intergalácticas e com o pessoal das
naves com as quais eu trabalhava. Íamos a muitos pontos para testar o
que aqui se chama símbolos, porque lá eram como máquinas. Precisa-se
entender que estas máquinas de lá, que se podia pegá-las, e se ativavam
como os controles remotos de hoje, eram palpáveis naquela época. Uma
espécie de projeção holográfica mesmo, mas palpável, que interagiam e
modificavam ambientes, pessoas, nações. Aqui, com a densidade atual do
planeta, estas máquinas são invisíveis para a maioria dos seres humanos.
Por isso, precisa-se de ferramentas como iniciações para sensibilizar os
que se utilizam delas e por isso alguns não podem sentir a energia.
Informações complementares sobre os símbolos podem ser encontradas
na parte III B deste livro e no último parágrafo da página 102 do livro verde.
Por ter sido criado em outra dimensão, o real propósito do Método é
atuar em auxílio dos processos planetários e a aniquilação de toda mazela
que cada um possua: para zerar carmas, apertar o botão “reiniciar” para
cada um. Os ciclos de aparente inatividade do Método são períodos nos
quais o Codificador precisa requalificar a sua própria energia, como se
fosse a modulação da frequência, para atuar na estrutura que esteja
vigente na civilização que vai ser o alvo de sua energia. Lê os parágrafos
finais do tópico 55, para complementar essa informação.
Isto explica o porquê de o MOINTIAN ser um meio e não um fim. Ele é um
meio para a libertação e o encontro interno, para o despertar e a
redescoberta da origem real que cada um teve, seja de origem
extraplanetária ou daqui mesmo, como resultado das experiências que
foram e seguem sendo realizadas neste planeta. A parte V deste livro irá
esclarecer sobre essas informações.
Por tudo isso, deixo claro que sou o responsável pelo design, projeto e
execução deste trabalho e fui designado para esta dimensão, para esta
galáxia, para este quadrante, para colocá-lo em execução.

33
Conversando Sobre MOINTIAN
Resolvi fazer estes esclarecimentos para aqueles que se chamam
canalizadores pararem de copiar este material. Seria importante que
analisassem a origem das mensagens e informações que dizem receber, e
que podem originar comprometimentos com forças que, na maioria das
vezes, são obscuras. Peço que respeitem as pessoas, os seres humanos
que estão buscando a liberdade e tateiam no escuro por um auxílio,
principalmente neste momento tão importante que estamos.
E aos desavisados, procurem saber onde estão entrando e com quais
energias estão de fato se vinculando.

10. O PROJETO DO NOVO LOGOS I

Falando sempre do ponto de vista espiritual e pensando em seres de


alguma maneira realizados, existe um tema que me parece muito
importante de salientar. Vamos falar sobre os “desesperados para
saltarem fora”. Os desesperados para que o planeta exploda.
Todo este movimento aparentemente urgente pelo “aumento da
frequência vibratória” para que seja possível ao ser humano avançar em
sua evolução e deixar este planeta na hora que for necessário, por culpa
das “catástrofes” ou simplesmente porque seria necessário ir para a “Nova
Terra” da quinta dimensão, tem dois aspectos que julgo necessário
salientar.
De um lado é realmente importante o comprometimento com a própria
evolução, para o resgate da essência divina e entrada no plano espiritual.
É algo necessário neste período planetário.
No entanto, analisando desde outro ponto de vista, isso mais parece um
egoísmo espiritual, uma fuga e um desprezo por outros seres, que uma
resolução pela própria evolução.
Os seres que ficarem aqui, por acaso não terão mais nenhuma chance de
evolução? Acaso as forças das trevas já venceram a batalha?
Abandonamos os irmãos simplesmente porque não conseguiram alguns
pontos de luz em sua carteira de habilitação intergaláctica, que os impediu
de irem além, nesta aventura cósmica, e deixamo-los para trás na
aventura evolutiva? Não estou tentando retroceder, no sentido de
incentivar o aspecto do desapego e da questão que cada um faz suas

34
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
escolhas, mas quero dizer que é necessário um posicionamento que está
além do momentum atual.
Para tudo, para todo momento, seja um atual ou um posterior (do ponto
de vista da mente humana, cronológica), para tudo existe um projeto de
luz, um plano, que parece estar sendo esquecido, nessa pressa que os
seres em evolução estão vivendo.
Do ponto de vista da Mente Logoica, do Logos Planetário (favor não
confundir o cargo de Logos com o de Senhor do Mundo), os planos para
uma raça ou civilização começam a ser tratados ou elaborados antes que
ela comece na manifestação física. Isso é assim porque a Mente de um
Logos é acionada milhares de anos antes que ele comece a desempenhar
sua função para a resolução de um problema de raças ou civilizações. Não
existem coitadinhos no aspecto do desenvolvimento e das escolhas, mas
todos os seres estão em evolução e necessitam encontrar a forma pela
qual a sua evolução seja conduzida. Esse é o projeto de um Logos.
Atualmente está acelerado o processo de introdução do novo Logos
porque o atual estará indo para outro posto, tendo cumprido sua função
por milênios neste ponto do cosmos, neste planeta.

11. O PROJETO DO NOVO LOGOS II

O recrutamento do pessoal:
Recrutar o “pessoal” que fará parte da Hierarquia da próxima etapa
planetária é a primeira fase do projeto do novo Logos. Os nomes cósmicos
que muitos alunos recebem do Codificador do MOINTIAN, mostram os
possíveis candidatos a serem recrutados para um trabalho conjunto com o
futuro Logos.
A primeira fase deste projeto é recrutar para que ocorra o encontro
consigo mesmo, para o encontro com sua essência divina, com sua
mônada e o despertar de Avatares (a divindade completa).
Isso irá conduzir aos que tiverem afinidade, a integrarem-se na segunda
fase do projeto, que é a própria vida do novo Logos. Haverá, por exemplo,
um trabalho de reestruturação energética para os híbridos, que ocorrerá
em uma nova fase do próprio planeta, realizada desde dimensões
superiores. Um projeto para daqui a alguns milhares de anos.

35
Conversando Sobre MOINTIAN
A profundidade destas definições não poderá ser totalmente entendida
neste momento planetário, mas fazê-las é algo necessário para aqueles
que estão despertando e que estão conosco neste trabalho pela “nova
velha terra”.
Neste ponto, gostaria de salientar que nem tudo será negativo na “nova-
velha”, pois os seres que a habitarão estarão, em sua maioria, desprovidos
de religiosidade tal qual a conhecemos na “velha velha terra”. Isso já é
algo significativo.
Os projetos para as novas civilizações podem ser muito interessantes.
Como pioneiros, já vamos começar a nos acostumar a verificar as
mudanças que podem aparecer nas pessoas que estejam expressando o
novo. Alguns de nós já podemos ir expressando, agora, determinadas
características que serão encontradas na próxima civilização. Por exemplo,
neste nosso mundo conhecido, estávamos acostumados a “tomar” as
coisas para nós para suprirmos cada necessidade aparente, como para
suprir uma carência, nutrição, bem-estar, etc. O “tomar para si” também
diz respeito a algo que pertencia a outro. Sempre. Tomar das plantas sua
essência, roubar das pedras sua vida. Sempre foi assim. Mas o fato é que
nenhum destes reinos citados agora, o vegetal e o mineral, chegou a ser
de fato utilizado como deveria.
O ser humano, até a presente civilização, e foram muitas até hoje, não
conseguiu compreender a maneira correta de interagir com esses reinos
diante de uma carência ou necessidade de sua essência e vitalidade. Os
minerais, em primeiro lugar, jamais deveriam sair do lugar onde estavam.
Na permanência reside sua real riqueza e fundamento de existência. E as
plantas, jamais deveriam servir de elixir e terem suas partículas anímicas
presas em invólucros de vidro. A interação deveria ser pelo respeito e pela
proximidade. Um ser que se achasse necessitado de alguma qualidade
específica de uma planta ou mineral, deveria entrar na frequência, na
sintonia daquele ser (pedra ou planta), para então a natureza real daquele
ser atuar na transmutação, através da troca e assimilação do que fosse a
carência do indivíduo.
Da mesma maneira, a convivência com animais não atingiu seu ápice
porque o ser humano tem a necessidade de possuir, mais que ajudar. Até
mesmo estes movimentos de preservação são um erro tão grande que
merecem um comentário. Tendo em vista uma conservação onde importe
simplesmente o aspecto físico e o interesse ou o comprometimento

36
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
emocional, a parte evolutiva das espécies se perde, pois é preciso que
algumas manifestações de raças, animais e humanos desapareçam
naturalmente para dar origem a outras novas. Isso é uma consequência
natural da evolução como um todo. Então, vejam, estamos de muitas
maneiras equivocados nas atitudes positivas, extremistas ou mesmo
humanitárias, porque nossa visão de mundo é da largura dos nossos
ombros ou vai até onde alcança a ponta do nariz.
Aqueles que estão voltados para a espiritualidade parecem ser os mais
desavisados, porque vestem bandeiras de natureza puramente
imediatista, sem uma visão profunda de conjunto e que esteja de acordo
com um projeto maior, de longo alcance e de longo prazo. Lê o tópico 175,
Era Uma Vez a Natureza, deste livro.

Completando, não é que as coisas tenham dado errado, que existam


culpados, ou algo assim. O que acontece é uma direção da energia tomada
pela massa populacional, pela massa de uma civilização.
É uma corrente que se define pela vida em si, direcionada por essa massa.
E sempre estará de acordo com um propósito. E, se não estiver, haverá um
projeto novo que possa auxiliar de alguma maneira para que tudo se
reorganize. Estou fazendo estes comentários porque este é meu trabalho,
desde que comecei o treinamento para assumir este posto. Esta é uma das
muitas janelas sendo abertas pela energia que chamamos MOINTIAN. Este
tema rende. Sugiro a leitura detalhada do livro verde e, especialmente, do
capítulo 6 para complementar este tópico.

12. CONTANDO MAIS UM POUCO DE HISTÓRIA

O MOINTIAN é o primeiro método que, independentemente da origem


remota de cada ser, permite a aproximação desse ser com seu grupo
original, com sua tradição primordial. No entanto, se esse ser ultrapassou
o limite de sua própria consciência interna, é o método que permite a sua
introdução ou a sua participação, de forma pioneira, naquilo que virá a se
manifestar no planeta como uma nova civilização e uma nova estrutura
energética.
Para o Método, não importa a origem de cada ser. Importa que cada um
desperte sua essência, que é pura e divina. Todas as possíveis mazelas

37
Conversando Sobre MOINTIAN
produzidas ou sofridas no processo de densificação ou de encarnações são
totalmente eliminadas quando um ser desperta seu real ser divino, sua
essência.
É muito importante, aqui neste ponto, salientar a importância que o
descortinar da essência original tem para o processo evolutivo do planeta
e da civilização como um todo. Um dos maiores propósitos de ordem
espiritual do MOINTIAN é que aqueles que tenham desperto sua essência
possam manifestar, quando isso tiver que ser manifestado, seu trabalho
de auxílio ao projeto do novo Logos e da nova humanidade.
Por exemplo, se analisamos um povo, como aquele que deu origem ao
povo judeu e vemos, no plano interno, a forma de sua grafia, verificamos
que ela não está completa ou foi, com o passar do tempo, recebendo uma
utilização materialista, que, em vez de produzir o avanço espiritual, produz
o domínio da matéria mais densa. As letras que ficaram conhecidas,
serviram para gerar ou manipular as forças materiais para que eles
pudessem sobreviver aqui, mas não para voltar à sua origem divina.
É sabido que já estão vindo a se manifestar novamente na Terra aquelas
letras que foram perdidas ou suprimidas. E esse conhecimento está vindo
por intermédio de uma aluna do MOINTIAN que chegou ao nível de poder
despertar sua essência para esse trabalho. Mas essa pessoa ainda precisa
trabalhar em si determinadas características que essa tradição ou que, por
ainda pertencer a estrutura energética própria dessa tradição, estão
arraigadas em seu ser. Na medida em que ela trabalhe para dissolver e
ultrapassar essas características, todo o potencial daquilo que ela está
recebendo, revivendo ou vivificando, estará disponível como uma forma
de auxílio para todos os que vêm dessa tradição e é possível que aí haja
um grande impulso para a transformação de todo um povo. Mas as
características antigas, impregnadas na personalidade, precisam ser de
fato trabalhadas para que isso esteja disponível.
Muitos dos alunos mais antigos do MOINTIAN já deveriam estar
manifestando determinadas qualidades importantes, que eu denominaria
como setores importantes para a renovação da energia planetária. Para
dar mais exemplos, há alunos que já poderiam estar manifestando uma
perfeita interação entre os reinos, tão importante que iria estabelecer
novos padrões para esses trabalhos que hoje se denominam como
xamanismo ou práticas do gênero. De forma prática, seria a possibilidade
de encontrar a sintonia entre os reinos, sem necessidade de ingestão ou

38
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
de possessão de algum ser de outro reino, com o propósito de restauração
energética, espiritual e emocional. Mas um desses alunos ainda não
conseguiu ultrapassar os limites de sua personalidade para conhecer
realmente os reinos da natureza, pensando que ainda necessita da
ingestão de organismos mortos para a sua sustentação. Ainda pensa e vê
os outros reinos como objetos que produzem o seu bem-estar orgânico.
Na hora em que essa pessoa trabalhar sobre essa característica, poderia
revelar um conhecimento que auxiliaria e renovaria uma série de outros
conceitos extremamente importantes para esta fase da humanidade.
Temos outro, por exemplo, que poderia ter manifestado uma energia
relativa a espelhos do cosmos, um ser que capta, filtra e fixa o fluxo da
energia de outras esferas ou dimensões superiores. Mas essa pessoa ficou
presa ao conceito de que, na atual fase planetária, espelhos se
manifestam sob a forma de corpos femininos. Esse trabalho, seria uma
ligação ou um elo com a energia da androginia que a próxima civilização
irá manifestar, uma energia divina se manifestando sem a dualidade ou a
separação de corpos por sexo.
Conheci também uma pessoa que poderia manifestar um tipo especial de
dança, uma renovação daquilo que ficou conhecido no oriente como
dança de Shiva. Mesclaria uma espécie de movimentos coreográficos, ou
uma dança de energias, com sons, quase uma mistura de danças
tradicionais indianas, chinesas, etc., e uma série de outros movimentos
que despertariam muitos níveis diferentes de energia.
Há outra pessoa que já poderia estar fazendo um trabalho para trazer
exercícios físicos com um padrão totalmente renovado de energia. Cada
grupo desses exercícios funcionaria como pequenas iniciações ou para
despertar de energias, reunindo as características já conhecidas sobre a
prática de exercícios, mas respeitando o movimento da essência interna e
não apenas da personalidade necessitando transformar o físico, pois
seriam movimentos que permitiriam a expressão da essência.
Outra ainda, que teria um dos trabalhos mais importantes, que seria a
manifestação de uma nova astrologia, algo inclusive de extrema urgência,
de extrema necessidade, pois não seria uma astrologia da alma, mas uma
astrologia monádica, divina, com novos “signos” e novas características
disponíveis. Nada baseado na personalidade nem na influência de
planetas, mas nas origens cósmicas e dimensionais de cada um,
mostrando os raios originais e as características inatas e por despertar de

39
Conversando Sobre MOINTIAN
cada essência habitando um corpo físico. Entretanto, essa pessoa
considerava-se sem condições de percepção espiritual ou intuitiva para
realização da tarefa ou serviço. Acabou misturando conhecimentos
desarmônicos, equivocou-se em suas próprias definições e sobre a real
origem de suas vivências.
Perde-se muito tempo em medidas de capacidade quando, na verdade, a
energia necessária já está se manifestando ao redor. A energia para a
manifestação de um trabalho espiritual vem com todo o potencial. Pela
incapacidade da pessoa perceber que está na hora de realizar o serviço,
ela pode perder o fluxo da energia e, como um movimento natural, assim
como acontece com os planetas, aquela energia vai precisar realizar um
novo ciclo para voltar a estar disponível para aquela mesma pessoa, e isso
se ela, fazendo um trabalho interno sério, estiver aberta e preparada
quando esse novo ciclo voltar. Em alguns casos, é possível que
determinadas orientações, para facilitar a captação das informações,
sejam transmitidas através de mim ou venham da própria essência da
pessoa e da energia.
Existe ainda uma classe especial de pessoas, as quais vi muito durante as
iniciações, que são aquelas que querem pertencer a uma determinada
escola esotérica ou grupo esotérico quando elas mesmas são a essência de
algo que nunca foi manifestado por essas escolas. Elas seriam a essência
de escolas internas verdadeiras e novas, destinadas a uma nova
humanidade ou a grupos remanescentes de origens diversas.
Por exemplo, agora que analiso este tópico, vi que inúmeros outros casos
apareceram. É o caso de pessoas que poderiam ser uma verdadeira
Umbanda, mas que não poderia ser nada como uma Umbanda já vista,
viciada em aprisionamento de seres e energias. Outra pessoa seria uma
nova Maçonaria, que não teria nada da simbologia e da origem
comprometida com a ritualística atlante ou lemuriana. Outros, ainda,
poderiam ser o resgate para seres de origem cósmica, ou mesmo para
mostrar padrões equivocados, como foi o caso de certos grupos ou seres
que atuaram para criar o mal planetário.
O mesmo que acontece, com relação aos ciclos de energia, acontece
quando o aluno começa o seu treinamento no MOINTIAN. Se a cada nível
ele para o treinamento, por motivos fúteis, porque há festividades onde
ele precisa ingerir substâncias tóxicas e que exigem a sua presença, a
energia potencial se perde um pouco. Se ele mescla iniciações ou energias,

40
ORIGEM DO MOINTIAN PARTE II A
é como jogar água fria na brasa, estancando, afastando um fluxo e uma
possibilidade antes que ela possa gerar ou ocasionar uma transformação.
Então, eu lanço a pergunta: esse tipo de pessoa é alguém que quer a
evolução espiritual por si ou quer apenas certo nível de harmonia e bem-
estar? Não adianta mascarar o que é o processo espiritual. Ele é uma
entrega na qual a pessoa não deixa para amanhã o que está disponível hoje.

Ainda que muitos não tenham manifestado plenamente seu potencial,


temos tido muitos exemplos de entrega e participação, mesmo que não
totalmente consciente. Aquela mesma pessoa que ainda não iniciou o
trabalho com os exercícios de ordem física, foi de uma entrega absoluta à
causa do MOINTIAN como um todo, dando-me condições de concluir o
Manual e todo o material até o momento. Outro aluno, respondeu ao seu
próprio chamado interno e assim que recebeu uma quantia extra, fez uma
considerável doação, o que possibilitou a impressão da primeira edição do
Manual. Os casos que não envolvem a parte financeira, mas a participação
em outros níveis são inúmeros. Então, ainda que muitos não tenham
atingido o máximo potencial que já lhes pertence, cada um, a seu modo,
de uma maneira ou outra, responde à vida interna. O amor
desinteressado, a amizade, a troca entre nós, ainda sustenta a pureza do
nosso encontro.

13. MOINTIAN INDEPENDENTE

No início do ciclo atual do MOINTIAN, a partir do ano 2000, e diante dos


ajustes energéticos do planeta, era fundamental manter o respeito, por
parte do ser humano atuante no plano espiritual, para com outros seres e
Hierarquias. Com o tempo, nestes anos de trabalho passados, o MOINTIAN
foi ganhando força interna e apoio maior de outras forças ou correntes,
tornando-se independente de vínculos, forças ou mesmo hierarquias.
A grande modificação que ocorre, e que tenho descrito, na fonte interna,
ainda necessita de ajustes e eles vão longe, haja vista que habitamos um
planeta ou uma dimensão predominantemente cármico:

• grande parte da população, talvez algo em torno de 90% ou mais, ainda


creem na ideia do carma;

41
Conversando Sobre MOINTIAN
• 50% aproximadamente, só vive a vida normal, não conhecem nada de
espiritualidade, apenas de religião (e falo de todo tipo de religião);
• 20% de todas as pessoas, mesmo sendo espiritualizadas, ainda se
enrolam, se enredam na vida, criando situações e vivendo pelo carma;
• 10% não sabe o que fazer com a situação do não-carma que conhecem
e, talvez, menos de 10% dessas mesmas pessoas tenham de fato mudado
algo para si e para o mundo.

Hoje, o MOINTIAN segue apenas o fluxo do Altíssimo e de Micah,


conforme tenho anunciado. As hierarquias planetárias seguem seu
trabalho para os demais, conforme sua linha, raça, raios, etc., mas o
MOINTIAN segue à parte, independente.

42
II B – MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS

PARTE

II B
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS

43
Conversando Sobre MOINTIAN

II ORIGEM E PROPÓSITO DO MOINTIAN 21


II B MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS 43
14. MOINTIAN E ESCOLAS ESOTÉRICAS 45
15. CONHECIMENTOS DE ESCOLAS ESOTÉRICAS 46
16. NÍVEL DE ALCANCE DO MOINTIAN 47
17. HIERARQUIAS E ESCOLAS ESOTÉRICAS 48
18. MOINTIAN E OUTROS MÉTODOS 48
19. ORIGEM DOS MÉTODOS 50
20. O MÉTODO IDEAL 50
21. PRÁTICAS E MÉTODOS 51
22. PRÁTICAS E MÉTODOS II 52
23. PRÁTICAS E MÉTODOS III 54
24. ACELERA O PROCESSO 55
25. SOBRE AS MISTURAS NAS PRÁTICAS COM ENERGIA 57
26. SOBRE MEDITAÇÃO E MISTURAS COM PESSOAS CONTAMINADAS 61
27. SOBRE A PUREZA NAS PRÁTICAS COM O MOINTIAN 62

44
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B

14. MOINTIAN E ESCOLAS ESOTÉRICAS

Pergunta: Por causa de seus conceitos, o MOINTIAN pode ser considerado


uma seita? Qual sua relação com as Escolas Esotéricas?

Resposta: O MOINTIAN é a síntese de todas as escolas, filosofias e


práticas. Por quê? Porque em si engloba todas as demais frequências e
energias, deixando para trás todas as formas de utilização e de
desenvolvimento dos canais de transmissão e de recepção de energia. Os
iniciados apenas no MOINTIAN não necessitam das iniciações em outros
métodos, a menos que pertençam, em sua família espiritual ou linhagem
espiritual, a uma configuração diferente da possível de acessar com o
MOINTIAN. Nesse ponto, o MOINTIAN pode acelerar o encontro definitivo
com aquilo que seja realmente para cada um. Quando o aluno entra no
Nível III, é possível que isso ocorra. Para aqueles que se entregam ao novo
e querem que o novo se instale, que um “novo código genético” se instale,
o MOINTIAN é a porta ou, mais precisamente, a chave que abre a porta para
toda uma nova realidade. É uma ponte, portanto, para algo maior, que é a
integração com uma nova estrutura energética e uma nova realidade.
Depois de passados os períodos de iniciação, de limpeza e equilíbrio do
campo energético e que o iniciado tenha condições corretas de avaliar o
que foi integrado ou acessado, pode escolher determinadas iniciações em
outros métodos, com o intuito de acelerar determinadas transformações
que acredite terem sido deixadas para trás. Isso pode ser feito. Mas, fazê-
lo durante os períodos de realinhamento ou limpeza é um grande
desrespeito para com a energia e para com a hierarquia que o acompanha
desde sua iniciação. Além disso, muitas pessoas que entendem o que
ocorre após a iniciação e o que de fato foi desperto, percebem que as
iniciações, as energias ou mesmo as escolas esotéricas ficam para trás,
tornam-se desnecessárias. Tudo o que elas precisam elas conseguem
perceber e obter pelas conexões que estabeleceram com a essência de si
mesmas, com a sua origem.
O MOINTIAN é, portanto, uma ponte para algo muito maior que ele, que é
a nova estrutura da Terra e da humanidade. Ele pode despertar para essa
realidade, mas somente o trabalho interno e a aceitação desse fato
poderão proporcionar que a realidade do aluno seja este novo.

45
Conversando Sobre MOINTIAN
O MOINTIAN dá ferramentas para o encontro interno. Mostra práticas que
proporcionam, para o aluno que as pratica, entrar em uma nova realidade
e acessar, por si mesmo, as informações que são colocadas no material
escrito. O meu propósito é que cada um possa perceber por si mesmo
tudo o que descrevo, que não aceitem simplesmente. Meu objetivo é
retirar o véu que cobre a percepção de todos os que sempre se disseram
místicos ou esotéricos, de todos os que defendem aquilo que leram ou
aprenderam, mas que nunca vivenciaram de fato nada do que acreditam.
E mesmo aqueles que têm uma percepção chamada interna, quando
defendem o que não investigam desde o plano espiritual, podem estar
muito enganados. Então, sem querer que nada seja aceito ou que
defendam o que acreditem, creio que respondo à segunda parte da
pergunta feita. Aconselho que seja feita uma leitura do livro verde “Uma
Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade” o qual esclarece muito
sobre o propósito do MOINTIAN.

15. CONHECIMENTOS DE ESCOLAS ESOTÉRICAS

Pergunta: Através do MOINTIAN obtemos o conhecimento das Escolas Esotéricas?

Resposta: É preciso não confundir conhecimento esotérico, no sentido de


aquisição de informações intelectuais, com o potencial espiritual ou a
força da energia proporcionada pelas iniciações do MOINTIAN. Como
poderá ser constatado no Manual completo, várias vezes é dito que o
MOINTIAN proporciona a abertura que todas as iniciações, dos mais
variados tipos de métodos, sistemas ou Escolas podem oferecer, mas
tanto o Manual quanto os cursos não têm o caráter doutrinário de
nenhum deles. O MOINTIAN desperta o que seria o potencial energético
das iniciações, técnicas e métodos, mas não é uma compilação intelectual
das doutrinas ou conceitos emitidos por outros. O MOINTIAN mostra uma
possibilidade diferenciada de abertura às informações espirituais,
estimulando o contato com a Fonte do Conhecimento. Primeiro,
favorecendo o encontro interno com o Eu Superior do aluno e, depois,
com as verdadeiras Hierarquias Espirituais. Para isso, propõe uma linha de
conduta moral, física e mental inseridas nas técnicas que são transmitidas,
fazendo com que o nosso ser viva essas realidades.

46
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B

16. NÍVEL DE ALCANCE DO MOINTIAN

Pergunta: Pode-se ir a uma egrégora de uma escola esotérica, como forma de


serviço ou aprendizagem, através do potencial adquirido com o MOINTIAN?

Resposta: Cada um deve decidir o padrão de energia que necessita ou


pode penetrar. Estar iniciado no MOINTIAN de fato possibilita que a
aprendizagem, não apenas dos aspectos intelectuais dos métodos de cura
ou de escolas espirituais, mas também a experimentação e a aplicação
prática de seus exercícios e técnicas, seja mais facilmente alcançada.
Verifica-se que os novos alunos que ainda conservam ou continuam a
praticar as mais variadas modalidades de métodos, conseguem obter
melhores resultados em suas práticas após as iniciações do MOINTIAN.
Assim sendo, uma pessoa iniciada no MOINTIAN pode abrir um livro de
qualquer método iniciático, por exemplo, e executar exercícios com maior
facilidade que muitos praticantes destes mesmos métodos que não são
iniciados. Mas isso deve ser feito apenas quando, internamente, a pessoa
seja impelida a adquirir um conhecimento relevante para sua caminhada
espiritual, e não esteja movida apenas pela curiosidade.
E se o aluno do MOINTIAN não tiver sido iniciado em nenhuma escola
anteriormente, ele tem todo o desbloqueio, todo o potencial de todo e
qualquer nível de energia ou conhecimento que porventura necessite.
Quanto ao termo “egrégora”, utilizado na pergunta, pode ser definido
como a participação em um agrupamento de pessoas com um fim em
comum. Qualquer grupo pode ser chamado de egrégora, como o grupo de
pessoas que lê este livro, um grupo de pessoas que participa de uma
caminhada, um grupo de pessoas que assiste um filme.
Quando o termo egrégora for usado para se referir a uma consciência
grupal, significa algo bem maior e bem diferente da definição acima e eu
prefiro chamar “alma de grupo” ou “consciência de grupo”.
Uma consciência de grupo acontece em nível de alma ou acima disso. A
consciência humana não decide quem pertence a uma alma de grupo, pois
está formada por almas ou por consciências de níveis superiores. Um
Serviço Espiritual verdadeiro se dá quando um ser atinge patamares de
consciência acima da alma, quando sua trajetória cósmica se descortina, e
quando não toma decisões baseadas em conceitos mentais ou emocionais.

47
Conversando Sobre MOINTIAN

17. HIERARQUIAS E ESCOLAS ESOTÉRICAS

Pergunta: Atualmente, existe uma ligação entre a hierarquia planetária e


essas “egrégoras”?

Resposta: Este é um assunto bem complexo, com muitas linhas de


raciocínio possíveis de serem seguidas, mas o pressuposto básico para que
uma Hierarquia alimente ou sustente um grupo é que este grupo esteja
realmente a Serviço e que seja composto por pessoas que de fato tenham
um compromisso espiritual. Esse compromisso significa que o
direcionamento mais importante da vida dessas pessoas é o seu caminho
de evolução e de auxílio para que outros também evoluam.
Um grupo ou escola deve expressar a linhagem espiritual de um Mestre ou
da Hierarquia espiritual como um todo e, para isso, devem estar sob a
orientação de Mensageiros, Discípulos ou Iniciados dessas Hierarquias.
Uma agremiação, um encontro para discussão de assuntos, por mais
profundos que sejam, mas que não esteja de acordo com esse quesito,
será apenas um encontro onde serão trocadas informações intelectuais,
com possível benefício mental e emocional. Nada mais.
Se as pessoas que participam de grupos que se dizem espirituais não
vivem em concordância com o nível interno que um trabalho espiritual
verdadeiro exige, enquadram-se apenas em uma egrégora ou grupo de
discussão sobre assuntos que não conseguem atingir. São alvos fáceis para
enganadores, tanto encarnados como desencarnados.
Atualmente, é fácil pensar que algo é “do bem” só porque aparentemente
mostra um efeito rápido, satisfazendo uma curiosidade ou ansiedade
momentânea. Mas o bem, de fato, só pode ser alcançado quando todas as
faces e dimensões de um problema ou situação podem ser vistas...

18. MOINTIAN E OUTROS MÉTODOS

Pergunta: O MOINTIAN pode ser usado em conjunto com outros métodos


de canalização de energia? Qual a diferença entre o MOINTIAN e outros
métodos?

48
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B
Resposta: No que se refere à utilização da energia como algo novo, o
MOINTIAN não é simplesmente canalização de energia. Ele é método
justamente porque tem uma estrutura que permite a entrada e aquisição,
por parte de quem é iniciado nele, em estados profundos ou níveis de
consciência superiores.
A diferença básica do MOINTIAN em relação aos demais métodos,
sistemas ou escolas, é que ele aproxima os iniciados de uma nova
realidade energética, ou seja, possibilita a conscientização e a utilização de
uma nova estrutura energética dos centros de energia sutis do ser
humano. Em determinado momento, será preciso que a pessoa pare com
todas as outras práticas que esteja realizando para que haja um
realinhamento com essa nova estrutura, que é interna e diz respeito à
circulação de energia pelo campo energético sutil.
Em sendo estrutura, o MOINTIAN tem uma linha de desenvolvimento
dessa nova configuração, com exercícios e técnicas próprias para que ela
possa instalar-se da melhor maneira possível. Quando algum exercício,
símbolo ou técnica empregada por métodos de uma corrente de
desenvolvimento espiritual já ultrapassada for realizado, haverá um
choque na cadeia ou campo energético da pessoa, o que causará um
aproveitamento apenas parcial ou nulo daquilo que poderia causar o
máximo desenvolvimento em certo período. Em outros casos, pode haver
um bloqueio energético, comprometimento na estrutura energética,
ruptura com determinados centros de energia ou chacras e até mesmo a
perda de um estímulo para a aquisição de um novo patamar. A pessoa
pode chegar a um determinado patamar, superior ao antigo, ter
percepções deste nível, mas não ter a integração com ele, voltando para o
anterior.
Para a integração ocorrer, é preciso que a personalidade abandone os
conceitos e os sistemas de crenças, deixando que o novo se instale e traga
a nova compreensão. Misturar iniciações de vários métodos enquanto se
faz limpezas ou prepara-se o campo energético é desrespeitar o processo
interno. Voltaremos a esse tema em outros tópicos.
Esse tema pode ser complementado com a leitura dos capítulos 6, 7 e 8 do
Manual do MOINTIAN e do capítulo 6 do livro verde.

49
Conversando Sobre MOINTIAN

19. ORIGEM DOS MÉTODOS

Pergunta: Os outros métodos vieram para este planeta para grupos


específicos ou para toda a humanidade?

Resposta: Cada método cumpre seu papel em determinada época, mas


permanecem ativos, em certa medida, ao longo de eras. A Humanidade é
uma mescla de Raças e Linhagens Espirituais. Cada ser deve descobrir a
sua, e trabalhar seguindo seu próprio padrão ou estrutura energética.

20. O MÉTODO IDEAL

Pergunta: Como descobrir, como encontrar o método correto ou ideal?


Cada instrutor que vem ao mundo sempre “puxa” para o lado dele, e
afirmam, com uma naturalidade assustadora, que somente a metodologia
ensinada por ele é que vale e as outras não. O sincero e verdadeiro
discípulo que em seu coração anseia pela verdade, por uma Luz, fica
completamente confuso. Conheci pessoas que tinham potencial e que
abandonaram tudo por causa dessa confusão que os instrutores fizeram.
Como e o que fazer para encontrar o processo certo?

Resposta: Aí é que entra a fidelidade, a tranquilidade, a sinceridade da


verdadeira busca espiritual. Mais importante que tudo e a primeira regra
de alguém que se diga “discípulo verdadeiro”, que deve ser, apenas e tão
somente, discípulo de seu próprio ser interno, é praticar uma coisa de
cada vez, um método, uma escola.
Com o tempo, tudo se ajusta. Se a escola ou método não for apropriado,
naturalmente os efeitos não serão atingidos. Então, é sinal de largar, ir
adiante. No passado, somente verdadeiros Mestres indicavam o que era
apropriado para cada pessoa e cada pessoa seguia adiante, com disciplina
e fidelidade. No mundo atual, todos têm pressa e usam tudo o que
encontram pela frente, misturam de tudo e a maioria não alcança nada.
O que o MOINTIAN oferece é um belo serviço de tranquilizar a busca, para
verificar o que a pessoa ou o praticante está fazendo ou atingindo, de
forma segura e coerente. Depois, se o aluno encontra no que já pratica

50
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B
uma força extra, pode ficar com isso, ou então ficar livre, seguindo a
verdadeira espiritualidade, fruto do encontro consigo mesmo.
Então, digo que MOINTIAN é um caminho livre, mas que exige fidelidade.
É seguro, pois não indica nada: propõe uma estrutura bem delineada. Tem
o aval das Sublimes Hierarquias, o que, por si, ajuda nesse encontro.
Depois, posso garantir, não tem a parafernália de instrumentos ou objetos
que muitos precisam para conseguir a interiorização. O foco principal, são
as práticas simples.
Lê alguma meditação, faz a meditação de quarta-feira, conforme
mostrada. Testa o Método com disciplina. Sente o que é proposto.

Para complementar: se a pessoa atinge realmente a iluminação, ela se


torna um santo/louco: ao mesmo tempo um santo e um louco. A razão de
sua existência é querer que todos os que ela venha a encontrar, possam
também penetrar na pureza da espiritualidade, na profundidade de
consciência que conseguiu atingir. Muitos ensinam, como Buda, Jesus,
Maomé, Osho, Mahavira, Samael, Steiner, Blavatsky, etc., uma forma
particular e ÚNICA de alcançar isso. Estão todos certos, mas cada um é um
método em si. E o mais importante: sua santidade louca ou loucura santa
é a única importante. Sempre será assim. Mas se juntássemos a todos
eles, estariam em completo silêncio e empatia uns perante os outros,
porque todos estariam no mesmo nível, vendo uns e outros como
verdadeiros e como Budas.

21. PRÁTICAS E MÉTODOS

Pergunta: “...Durante este tempo, para que tudo seja compreendido e


integrado, nenhuma outra iniciação, em nenhum outro método, seja de
cura ou despertar de algum tipo de energia, deve ser feita. É preciso
sentir, saber o que está sendo desperto e compreender cada passo”.
Pergunto: Aqui está se referindo apenas a não passar por alguma
iniciação, como as de Reiki, ou também significa parar com qualquer tipo
de prática que se esteja fazendo, como por exemplo, visualização de
Chama Violeta, mantras, etc.?

51
Conversando Sobre MOINTIAN
Resposta: Este assunto é sempre polêmico. Refere-se, em primeiro lugar,
a outras iniciações, sim, em outros métodos.
A importância que damos para as práticas de outros métodos, com o
tempo, sofre uma grande modificação. A maioria dos iniciados no
MOINTIAN perde a vontade de fazer misturas ou de perder muito tempo
invocando energias que se tornam desnecessárias. Vejamos assim: as
invocações e práticas visam despertar a energia, conectar com um padrão
superior, não? Então, depois que se atinge o tal padrão, o que deve ser
feito? É como nadar para chegar na praia e não parar de dar braçadas
mesmo já estando na areia...

22. PRÁTICAS E MÉTODOS II

Pergunta: Uma das coisas que ainda sei muito pouco é sobre a nova
estrutura energética que fala Trigueirinho e também parece falar o J.J.
Hurtak. E agora, o MOINTIAN também a desvela. Então, venho perguntar,
uma vez que sou reikiano, ao praticar, por exemplo, uma técnica do Reiki
Japonês de respiração e que me faz muitíssimo bem, e praticada
conjuntamente com o Hatsurei-Ho, como deveria proceder se o
MOINTIAN a considera como uma concentração ou uma estimulação
artificial, por exigir do praticante que se concentre no Tanden, que fica
próximo ao chacra umbilical, mais ou menos 3 a 5 cm abaixo do umbigo?
Existem outras técnicas que nos fazem voltar a atenção para glândulas, ou
os outros dois Tan Tien em nosso corpo. Poderias elucidar um pouco sobre
isso de concentrar ou não concentrar nos centros de nosso corpo, uma vez
que, conforme disse, o Reiki nos pede para fazer tal procedimento?

Resposta: Bem, posso começar dizendo assim: o que se quer atingir com
práticas de concentração em glândulas, plexos ou centros de energia?
Em um primeiro momento, harmonia. Em geral, harmonia física,
emocional e mental. Equilíbrio da personalidade, por assim dizer.
Algumas práticas, de algumas escolas ou métodos, ensinam a
concentração em determinadas glândulas porque dizem proporcionar
estimulação dos centros e chacras, para despertar seus potenciais. Mas
ainda assim, para quê?

52
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B
A maioria das vezes, para mostrar a capacidade psíquica ou determinados
fenômenos que todos gostam de ver. Mas, para o desenvolvimento
espiritual, isso nada proporciona. Não do jeito como fazem hoje em dia,
não atualmente, conforme indicam as Hierarquias.
Sobre este ponto específico e também sobre a nova estrutura energética,
convém ler os capítulos 6 a 8 do Manual do MOINTIAN. Sobre as
definições que Trigueirinho fala, o melhor é consultar sua obra mesmo.
Convém ler também todo o capítulo 17 do Manual.

Outros detalhes sobre o questionamento


O que J.J. Hurtak, fundador da Academia para a Ciência Futura, descreve é
especificamente uma reavaliação de conceitos cabalísticos/judaicos com o
sentido de renovar a forma de estimulação para o grupo a que se
direciona (grupo ou linhagem espiritual formada por judeus no plano
físico, não apenas judeus porque escolheram, mas porque têm estrutura
energética desse grupo). A reunião de informações que ele conseguiu
trazer de elevados planos, segundo sua própria descrição, também deveria
ser uma preparação para o que estaria vindo a partir do ano 2000. Da
mesma maneira, houve muitos outros grupos que deveriam ter preparado
mais amplamente as possibilidades para a partir de 2000. Por exemplo, os
conhecimentos espirituais compilados por Joshua David Stone
(compilados dos textos do Mestre Tibetano, de Alice Bailey, de H.P.
Blavastsky, etc.) foram uma preparação espiritual no nível mental e
intuitivo da humanidade. Outros trabalhos da época de J.J. Hurtak, surgidos
nas décadas de 1980 e 1990, como o de Drunvalo Melchizedek, da Flor da
Vida, eram necessários como preparação da humanidade e de seus corpos
para o que viria a partir de 2000 ou desde o final da década de 1980.
O trabalho de Trigueirinho seria a renovação de toda a “doutrina
espiritual” se é que se pode falar assim. Inseridas nas páginas de sua obra,
as hierarquias depositam a própria essência do despertar e da sintonia
com este novo padrão a que devemos nos remeter.
São fases diferentes de trabalho, de manifestação do trabalho ou do
conhecimento espiritual. Ainda que tivessem sua importância em
determinada época e para o despertar de processos internos, seus
autores, quando devidamente conectados com o que deveriam de fato
realizar, sabiam que essas mesmas práticas e conceitos deveriam ser
deixados para trás assim que cumprissem seus ciclos, e que deveriam

53
Conversando Sobre MOINTIAN
abrir-se para as possibilidades que estariam chegando. O que se viu, no
entanto, foi que os antigos pioneiros se aprisionaram nas conquistas que,
num primeiro momento, eram internas e, depois, nas materiais, que
foram as que mais pesaram. Assim, em vez de renovarem seus conceitos e
aceitarem o novo para auxílio da humanidade, deixaram-se aprisionar
pelas conquistas passadas, conservando e cristalizando ensinamentos, e
vinculando-se com padrões e energias nada pioneiras.
O MOINTIAN é uma forma de conexão entre o passado, o presente e o
futuro, relativo à próxima raça a se manifestar na Terra. Raça essa que
manifestará plenamente o que os conceitos emitidos por Trigueirinho
revelavam, sobre uma nova humanidade e civilização.
Posso dizer que MOINTIAN é o elo que une o homem de hoje ao do
amanhã. Sobre este novo padrão, o capítulo 8 do Manual do MOINTIAN dá
uma boa introdução. É bom frisar que devemos querer entrar neste novo
padrão, que manifesta necessidades e até um código genético diferente
do atual e que, atualmente, isso começa em nível sutil e, principalmente,
pela entrega da personalidade ao Eu Superior. Por ser algo que requer a
entrada em um novo modo de ver e viver no mundo, pouco se pode dizer
em palavras compreensíveis. O livro verde, “Uma Nova Consciência Para
Uma Nova Humanidade” esclarece um pouco sobre esse ponto.

23. PRÁTICAS E MÉTODOS III

Pergunta: Jardim, você disse que: “Em um primeiro momento, harmonia.


Em geral, harmonia física, emocional e mental. Equilíbrio da
personalidade, por assim dizer.” Pergunto e coloco o seguinte: Se faço
visualizações/afirmações em um dos pontos Tan Tien ou outros centros
existentes em nós, e se isso pode gerar uma melhora visível na nossa
própria energia, maior capacidade de resistência, maior clareza no pensar,
mais imunidade para saúde e qualidade de vida, consequentemente
provocando mais sentimentos de harmonia e alegria de viver, melhora de
problemas de saúde, caso existam, por que deixarmos isso de lado?
Inicialmente e pessoalmente no meu caso, não faria isso visando despertar
nenhum tipo de poderes psíquicos.

54
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B
Resposta: Como tenho dito sempre, cada um deve seguir a orientação
interna, de seu Eu Superior ou daquilo que acredite. Então, cada um vai
escolhendo o que melhor lhe convém, e também aceitando o que pode
entender ou experienciar melhor.
É preciso ter em mente que MOINTIAN não é terapia. Isso deve estar claro
e fixado na mente de todos os que se iniciam ou começam a ler o Manual.
Ele está repleto de técnicas para estimular aquilo que chamam e
conhecem como cura, mas é para reestruturar a forma como as terapias
atuais estão sendo utilizadas. O propósito do MOINTIAN é que o receptor
ou aluno iniciado alcance a consciência cósmica, a iluminação, a ascensão.
Todas as técnicas, ainda que se assemelhem a simples técnicas terapêuticas,
visam a esse despertar, a esse objetivo. O que todos devemos querer é a
cura espiritual, a cura que vem como consequência da elevação da
consciência terrena ou personalidade para os núcleos superiores, da
manifestação perfeita e divina. Sobre esse ponto, além das explicações do
Nível I do Manual, a introdução do Nível II dá uma excelente ideia do que
quero expressar. Além do mais, deve ter ficado claro, para todos os que
estão lendo estes tópicos, que a proposta do MOINTIAN visa justamente
abandonar quaisquer procedimentos ou técnicas ultrapassadas ou que
dizem proporcionar o bem-estar, mas que ocasionam o aprisionamento de
sua essência divina. As práticas orientais, esotéricas ou místicas correntes
ou já definidas, não são compatíveis com a forma de estimulação, com a
energia e com a estrutura que o MOINTIAN proporciona e que, com o
desenvolvimento do aluno, proporcionam-lhe a coligação com o centro de
si mesmo. A consequência disso tudo é que o aluno de MOINTIAN livra-se
até mesmo do MOINTIAN, ficando com tudo o que lhe basta: ele mesmo e
sua essência.

24. ACELERA O PROCESSO

Pergunta: Jardim, na página 122 do Manual está escrito que: “Este


método visa acelerar o processo já iniciado pelo aluno. Não prepara, mas
acelera e conduz a um patamar mais elevado”. Pergunto, como um novo
método extremamente atualizado como o MOINTIAN poderá acelerar ou
mesmo potencializar um caminho percorrido antes, através de um
método da antiga estrutura energética da humanidade? Se segui,

55
Conversando Sobre MOINTIAN
pratiquei técnicas, exercícios já considerados obsoletos, durante anos e
agora mergulho de cabeça nessa nova energia, como, depois que praticar
todos os níveis do MOINTIAN, poderia voltar aos anteriores?

Resposta: Nada deve ser levado ao extremo, nem a compreensão inicial


do processo de elevação ou reestruturação energética.
Um ponto importante a ser lembrado é que atualmente toda a
humanidade passa por uma renovação ou tem a possibilidade de entrar
em uma nova fase, de desenvolvimento acelerado, que as Hierarquias
disponibilizam. Outro ponto é que para acelerar de fato a evolução, mais do
que práticas, é necessária a entrega da personalidade ao Eu Superior e
que, isso sim, retira dúvidas, exageros, e pode direcionar de fato cada um
para o seu destino final, que é o reconhecimento do ser divino que todos
somos.
O MOINTIAN é novo e pioneiro justamente porque seu trabalho consiste
em apresentar esta entrega gradativamente, na medida em que os
resultados aparecem para os praticantes ou alunos. No entanto, como já
foi descrito anteriormente, está neste planeta há milênios.
As práticas já realizadas e o nível interno já alcançado por cada um é
acelerado porque a possibilidade de reconhecer o novo aparece. Muitos
véus são retirados quando aderimos a algo que está acima da capacidade
humana de entendimento e expressão. É nisso que devemos nos
concentrar. Assim, até mesmo práticas, como as que lidavam diretamente
com a kundalini, perdem a importância, pois a entrega ao superior retira
as necessidades puramente terrenas ou materiais, sensoriais, e traz para a
consciência, gradativamente, a realidade espiritual. Existem muitos
comentários no Manual sobre esse ponto. Por exemplo: capítulos 6, 7 e 8;
capítulos 29; 31; 38.3; 60; 62. A segunda parte do livro branco e o livro
verde também esclarecem muito sobre essas mudanças e possibilidades.

56
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B

25. SOBRE AS MISTURAS NAS PRÁTICAS COM ENERGIA

O terapeuta que se utiliza de muitas técnicas diferentes, opostas, mas que


aparentemente proporcionam um excelente resultado no alívio dos
sintomas do seu cliente, está esquecendo que não é apenas a energia que
ele está depositando no campo energético da pessoa, mas que ele está
sintonizando o campo energético desta pessoa com a aura de influência,
com a “egrégora”, com a hierarquia desses métodos ou técnicas.
Assim, tornam-se cúmplices ou responsáveis por deixar a pessoa
vulnerável a uma série de forças que estão muito além do conhecimento
racional, do sentimento e, principalmente, dos resultados obtidos em um
primeiro momento. Isso é muito importante de salientar, pois parece que
o terapeuta, atualmente, necessita que o seu currículo seja vastíssimo,
com acúmulo de cursos e métodos holísticos. No entanto, naquilo que
realmente importaria para o seu propósito espiritual, que é sua vida
interna, acaba deixando-a cada vez mais frágil ou nula. Sempre irei repetir,
voltarei sempre a chamar a atenção para o fato de que uma pessoa que
utiliza uma única técnica/método, bem aplicada, conscientemente, e que
vive aquilo que manifesta e aquilo que utiliza, tem condições de atingir
resultados muito melhores que outra que faz misturas. Além disso, a
pessoa que é terapeuta e que se mantém de certa maneira pura e fiel, tem
a possibilidade de saber as consequências reais que a técnica utilizada
provoca na vida de outra pessoa de um modo geral.
Posso fazer uma analogia, primeiro em relação a um tratamento de ordem
física. Uma pessoa vai ao médico para tratar de um problema do osso do
dedo indicador da mão esquerda. O médico recomenda, ou melhor,
prescreve um medicamento a ser utilizado três vezes ao dia por um
período de vinte dias e faz a seguinte recomendação: que o cliente não
tome nenhum medicamento para o estômago, para circulação, para a dor
de cabeça. Um tratamento tipicamente alopático, mas com restrições
sérias e bem fundadas para que o resultado necessário seja atingido. E o
que faz o cliente? Sai dali, faz uma refeição pesadíssima e logo ingere dois
tipos de medicamentos que o médico havia feito restrições. Será que ele
espera obter os mesmos resultados, no mesmo espaço de tempo, de
acordo com o que havia sido prescrito para a receita original?

57
Conversando Sobre MOINTIAN
Assim, como o terapeuta pode saber qual método, qual sistema, qual
técnica trouxe um determinado efeito, determinada liberação, determinada
consequência ou até mesmo um agravamento aparente da situação
original do cliente, se ele faz uso de tudo o que lhe apareça pela frente?
Com relação ao método de desenvolvimento interno, escola esotérica,
enfim, um processo de desenvolvimento e abertura da consciência, os
cuidados devem ser muito maiores. A mistura pode ser pior que não fazer
absolutamente nada - e na maioria das vezes assim o é.
Para fazer mais uma comparação, especificamente relacionada agora com
o processo individual, interno, podemos comparar o que ocorre no
processo de desenvolvimento com o processo de transformação de uma
determinada substância em outra.

QUÍMICA Elementos Solução Reação Resultado =

MOINTIAN Técnicas Campo energético Tempo Nível de Consciência

Se determinados tipos de elementos, dosados de forma precisa, são


colocados em um tipo específico de solução, isso ocasiona uma reação
que tem por fim um resultado também específico.
Uma amiga bioquímica fez uma analogia mais científica para elucidar este
ponto tão pouco entendido até agora:

Reação de síntese
Uma reação de síntese é uma reação química em que dois ou mais
reagentes dão origem a um só produto, obedecendo à Lei de Conservação
das Massas (Lei de Lavoisier). Essas reações são também conhecidas como
reações de composição ou de adição.
Nesse tipo de reação, um único composto é obtido a partir de dois
compostos, obedecendo a uma relação do tipo aA + bB → xX.

Exemplos de reações de adição

Ferro + Enxofre = Sulfeto de Ferro


Se substituir o Enxofre por Sulfato de Cobre, não apenas teremos outro
resultado, no caso DOIS produtos, como também a Reação não será de
Síntese, mas sim uma Reação de Troca:
Ferro + Sulfato de Cobre = Sulfato de Ferro + Cobre

58
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B

Por analogia, em se tratando do MOINTIAN ou qualquer outro método, os


elementos são as técnicas, enquanto que o produto é o resultado
alcançado. Ao mudarmos os elementos (técnicas ou métodos) não
poderemos saber se os resultados alcançados serão os desejados.
É uma lei. Da mesma forma, quando um método é corretamente
estruturado, os elementos, comparados aqui às suas técnicas, devem ser
utilizados por um tempo determinado e executados cuidadosamente, com
disciplina, para que se obtenha como resultado a elevação da consciência
ou uma evolução em relação ao início da prática.
Se houver a adição de qualquer outro elemento, significando aqui a
utilização de outras técnicas e que essas técnicas não precisam ser
necessariamente iniciações ou exercícios complexos, não vai resultar
naquele objetivo previamente estabelecido. Não são apenas as técnicas de
métodos misturados que interferem no resultado real, uma simples
utilização de outro tipo de energia, como a mudança para outro terapeuta
ou consultas a pessoas que fantasiam o mundo espiritual realizando
prognósticos ou visões e etc., comprometem o fluxo da energia.
É simples, é óbvio, mas parece que até mesmo o mais devotado buscador,
atualmente, esqueceu dessa verdade, dessa tão singela recomendação
que, desde há muito tempo foi estabelecida pelo seguinte aforismo: não
se deve servir a dois senhores. Nisso se resume a verdadeira busca. E essa
busca deve ter como objetivo encontrar algo. Algo que está lá dentro de
nós mesmos, que é a unidade da consciência, a unificação com a divindade
que habita nosso ser. Parece que, atualmente, o buscador virou
profissional e busca, em vez dessa unidade, a divisão, a dispersão da
energia na multiplicidade de objetivos e técnicas.
Parece que estou tentando ser o dono da verdade, mas a verdade que
quero mostrar é uma verdade que já foi dita desde tempos imemoriais,
repetida inúmeras vezes na literatura esotérica do século passado pelos
que, internamente, reconheciam a si mesmos e as suas práticas como
sendo verdadeiras e como tendo objetivos claros para aqueles que,
livremente, quisessem trilhar o seu caminho.
Muitos dizem hoje que não é bem assim que, por exemplo, sempre foi
dada a liberdade para os membros de escolas como a Teosofia, a Gnose, a
Rosa-Cruz, Maçonaria, Antroposofia, etc, etc, pudessem conhecer, pela
leitura, as diversas manifestações do verdadeiro conhecimento esotérico,

59
Conversando Sobre MOINTIAN
respeitando as diferentes expressões da sabedoria eterna e divina,
exercitando a tolerância. Entretanto, é bem sabido que os fundadores, os
organizadores, aqueles que de fato tinham por objetivo expor o
conhecimento divino através de cada uma dessas escolas, sempre foram
tidos como pessoas até certo ponto radicais, no sentido de que pareciam
estabelecer que apenas aquele seu conhecimento ou aquela sua escola
era a verdadeira, em detrimento das demais. O mesmo ocorria ou ocorreu
com todos os outros fundadores de escolas e mestres espirituais. Isso é
assim porque, na origem dessas escolas, sempre se soube que é
impossível servir a dois senhores ao mesmo tempo, é impossível obter os
resultados previstos para o desenvolvimento consciente e sem riscos, se o
método exposto não for corretamente seguido.
A tolerância poderia até ser estimulada nos graus iniciais de uma escola,
especialmente para despertar a compreensão e a convivência e para ter
possibilidade de arrecadar mais adeptos. Entretanto, depois que alguém
se aprofundasse numa “egrégora” ou hierarquia, era impossível “servir a
dois senhores”. Especialmente, como ficou claro, se uma escola fosse
verdadeiramente estruturada para proporcionar a evolução do aluno. O
fato é que se o plano de ascensão é confirmado, o aluno ou aspirante é
“obrigado” a seguir uma linha própria de desenvolvimento, que está de
acordo com sua estrutura energética, para atingir a consecução espiritual.
Nos graus iniciais de uma escola, aprender-se-ia rudimentos e a obter um
conhecimento mais superficial, baseados na leitura e na busca pelo
entendimento da conceitualização utilizada. A terminologia demonstra o
grau de entendimento intelectual do aluno. A maioria das escolas sempre
parou por aí mesmo, desde sempre. O que se perdeu, de fato, foi a
importância que tem a construção, pelo próprio aluno, de sua base de
conhecimentos pela experimentação dos planos internos.
É provável que a pessoa venha para o MOINTIAN especialmente de duas
maneiras: tendo adquirido uma base de conhecimento firme, pelo estudo
da Rosa Cruz, Gnose, Cabala, Maçonaria, Antroposofia, Reiki ou outras
escolas e métodos; ou que venha totalmente pura, inocente, ignorante de
conhecimentos chamados esotéricos e livre de vícios e equívocos
espiritualistas. Mas é preciso ter em mente o novo, a abertura para uma
nova realidade, para que de fato possa perceber o mundo espiritual a partir
do que é exposto pelo MOINTIAN.

60
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B

26. SOBRE MEDITAÇÃO E MISTURAS COM PESSOAS CONTAMINADAS

O que tenho percebido é que nas práticas que chamamos Meditação de


Quarta-Feira, de fato os participantes, quando estão em grupo,
conseguem ir resolvendo seus conflitos e problemas sem se mesclarem
com os problemas uns dos outros. Nesse sentido, também percebo que
alguns participantes, oriundos de outros grupos, não compreendem o que
isso realmente representa. Isso me preocupou bastante. O que acontece
nos outros grupos?
Na maioria dos grupos que se dizem espiritualistas, o que fazem é uma
mescla de energias e de conflitos entre os participantes. A maioria apenas
afrouxa as amarras emocionais/astrais dos participantes sem, no entanto,
dissolver totalmente ou transmutar os problemas que as pessoas levam
consigo. O que parece ainda mais interessante, ou preocupante, é que
todos os participantes ficam como que hipnotizados. Eles não conseguem
perceber que as coisas estão apenas sendo jogadas para o alto, mas sem
serem de fato eliminadas.
Vamos analisar da seguinte maneira: dois participantes de determinado
grupo se posicionam e começam a prática X. Eles vão ter seus campos de
energia, suas mentes, suas emoções, totalmente mescladas e integradas.
Quando um dos participantes está com determinado problema, vamos
supor aqui um problema com o filho, e o outro participante traz uma dor
por desafeto, os dois vão mesclar seus problemas, juntamente com a
energia de todos os demais participantes do grupo. Note-se que a energia
que esse grupo utiliza é apenas a energia pessoal, pois, fora isso, não há
nada que verdadeiramente os alimente, além de uma possível
manipulação realizada pelos coordenadores do grupo. O procedimento ou
encontro, que gostam muito de chamar de “meditação”, prossegue e o
que ocorre é que os participantes conseguem amenizar seus sofrimentos
ou problemas. O resultado é apenas um alívio, porque cada um assume
um pouco da dor alheia. Lembra: eles estão mesclados pela ideia de
despejar, de soltar, de se livrarem de seus problemas. Por isso, cada um
vai captar, absorver, impregnar-se com um pouco do problema de todos
do grupo. Quando é assim, sem uma energia elevada que transmute e que
isole completamente o problema que cada um traz, ocorre algo como uma
mistura de todas as coisas para todos. No princípio, isso parece

61
Conversando Sobre MOINTIAN
maravilhoso, porque cada um vai sentir o alívio que estava buscando.
Cada um vai dizer que saiu melhor do que estava antes. Mas não podemos
esquecer que cada um levou consigo a semente do problema que
falsamente ajudou a aliviar. E essa semente vai brotar em alguns anos, 4
ou 5, dependendo do nível do problema. Aí, encontramos outra situação,
que é a diferença que se vê quando um grupo tem uma força para lidar
realmente com as transformações que cada um necessite.

27. SOBRE A PUREZA NAS PRÁTICAS COM O MOINTIAN

Quando uma pessoa, que esteja em um grupo de práticas do MOINTIAN,


quiser fazer algo que não seja o praticado, será preciso deixar bem claro
para ela a posição dos alunos: “Aqui não fazemos este tipo de prática” ou
“Aqui não usamos este tipo de técnica”. É preciso cortar, bem no início,
esse tipo de mal-entendido. E é preciso deixar bem claro, para todos, a
posição do MOINTIAN a respeito de práticas que não sejam as
expressamente recomendadas: elas fogem do programa estabelecido para
o Método. Se forem realizadas, os resultados, obviamente, não serão os
descritos.
Muitos alunos, provenientes de outras escolas, pensam que mostrar
determinados movimentos, reações involuntárias ou supostas
“dificuldades para voltar de uma meditação”, durante as práticas, significa
estar acessando níveis de consciência profundos. Para o verdadeiro
encontro interno, isso demonstra, muito mais que uma conexão sendo
realizada, que existem problemas e desajustes na personalidade. Não são
efeitos das técnicas, especialmente das ensinadas no MOINTIAN. Quanto
mais serena estiver a pessoa, mais aptidão terá para contatar e vivenciar o
profundo de seu ser, mesmo que a quietude seja mantida por alguns
poucos minutos. Sabemos disso por experiência. Por isso, é sempre
indicado, para os que vão se iniciar no MOINTIAN, que previamente
pratiquem e entendam o livro laranja, “Práticas Para a Meditação Livre” e
sigam as recomendações do Manual.

Outra preocupação que tenho é quanto às hierarquias invocadas ou que


se façam presentes durante as práticas ou nos momentos de iniciações.

62
MOINTIAN E OUTRAS ESCOLAS PARTE II B
Durante uma iniciação, seja presencial ou autoiniciação, não devem ser
invocados, lembrados ou permitido que estejam presentes, seres que não
sejam do encontro interno estabelecido para o MOINTIAN. Assim, mesmo
que sejam parte de processos superiores, seres como anjos, mestres ou
arcanjos devem ficar totalmente de fora do trabalho com o MOINTIAN.
Se levarmos em consideração o que já foi dito sobre outras escolas,
veremos que as misturas ou mesmo a perda da pureza começa quando
essas energias e seres, de maneira inocente, começam a se infiltrar nas
iniciações.
O padrão da energia, o alcance dos iniciados e todo um conjunto de
fatores, não serão os mesmos que se mantivermos a pureza com a energia
estabelecida, sem intermediários.
Esse assunto pode ser complementado com a leitura da parte V D, As
Diferentes Hierarquias Espirituais, neste livro.

63
Conversando Sobre MOINTIAN

64
III – MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA

PARTE

III
MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA

III A
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES

III B
TÉCNICAS E SÍMBOLOS

III C
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL

III D
TÉCNICAS OBSOLETAS

65
Conversando Sobre MOINTIAN

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III A DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES 67
III B TÉCNICAS E SÍMBOLOS 93
III C PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL 127
III D TÉCNICAS OBSOLETAS 147

66
III A – DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES

PARTE

III A
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES

67
Conversando Sobre MOINTIAN

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III A DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES 67
28. PROPÓSITO DO MOINTIAN E DIVULGAÇÃO 69
29. PARA QUEM QUER FALAR SOBRE MOINTIAN E ESTÁ NO INÍCIO 70
30. RESPEITO PELAS INICIAÇÕES 71
31. MÉTODO E TÉCNICA 72
32. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN I 73
33. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN II 73
34. TRANSMISSÃO DA CHAMA 74
35. PARA QUEM ESTÁ RETORNANDO AO MOINTIAN 75
36. INICIAÇÃO E AUTOINICIAÇÃO – PROCEDIMENTOS E LEITURAS 77
37. AUTOINICIAÇÃO É UM DEIXAR FLUIR 82
38. PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS PARA O NÍVEL II 83
39. SOBRE O NOME CÓSMICO 83
40. O SENTIDO DO SILÊNCIO 86
41. TREINAMENTO EM GRUPO 87
42. RECOMENDAÇÕES PARA AS INICIAÇÕES 87
43. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN I - PEDIDOS 88
44. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN II – QUEM PODE VOAR? 90
45. INICIAÇÃO E DECODIFICAÇÃO 92

68
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A

28. PROPÓSITO DO MOINTIAN E DIVULGAÇÃO

Eu tenho um grande problema em relação à expansão do MOINTIAN. Mais


precisamente com o local onde posso fazer os cursos porque, em geral,
posiciono-me contra os conceitos e à maneira como os demais grupos
perseguem a sua espiritualidade.
O meu trabalho fala essencialmente da necessidade de livrarmo-nos dos
sistemas de crenças, principalmente em relação a qualquer forma
arraigada de busca espiritual baseada em conceitos primitivos ou
religiosos. Outro fato é a necessidade de encontrar a liberdade suficiente
para atingir o nível divino, que todos temos, e viver isso, viver a ascensão
nesta vida. Para que isso seja possível, qualquer contato com o plano
astral (emocional, das paixões, dos entes desencarnados) é um erro e um
atraso ao processo evolutivo atual. Até mesmo o conhecimento de vidas
passadas, quando gerado por curiosidade, é algo ultrapassado e
desnecessário.
A mensagem que venho trazer é da busca pela liberdade, pelo encontro
interno, para adquirir a força necessária para assumir o processo evolutivo
de maneira consciente e efetiva. Qualquer fenômeno ou contato com
níveis que estejam abaixo do propósito real, na fase atual do planeta, é
um atraso.
O MOINTIAN traz a energia ou o impulso para que possamos cortar os
laços que nos prendem ao passado e a formas cristalizadas de
pensamento e vida. É uma renovação necessária de conceitos e energias.
O essencial é saber que o MOINTIAN não é um fim, mas um meio, uma
maneira de cada um encontrar sua linhagem real e definitiva. Um meio
para cada um ser seu próprio método, seu próprio Mestre. Essa é a
liberdade que ele quer ensinar.

Ideias importantes para esta época:


• libertar-se de sistemas de crenças arraigados;
• acreditar que somos seres realizados espiritualmente;
• abandonar a ideia de carma;
• querer que esta seja a última encarnação;
• é possível livrar-se de conceitos como culpa, trauma, impossibilidade;
• aceitar que somos o que pensamos.

69
Conversando Sobre MOINTIAN

29. PARA QUEM QUER FALAR SOBRE MOINTIAN E ESTÁ NO INÍCIO

Muitos que se iniciam no MOINTIAN perguntam como podem falar do


Método para os que não o conhecem.
Esses alunos perguntam qual a melhor maneira de falar o que sentem e o
que vivem para os que acreditam em outras formas de espiritualidade.
Talvez uma das tarefas mais difíceis seja falar de algo como o MOINTIAN
sem, no entanto, tentar interferir no que cada aluno entenda
individualmente.
É impossível não causar transformação ou mudança, mas isso jamais deve
ocorrer por imposição do Método ou mesmo por doutrinação. Cada um
deve ir sentindo, vivendo o que a energia lhe diz e ir construindo o que o
MOINTIAN pode ser para si.
É preciso saber viver bem no mundo, sem ser “diferente” dos demais. É
muito mais importante sentir a energia e viver como exemplo, do que
pensar em ser uma pessoa diferente dos outros ou que faz algo fora do
normal.
É preciso ter aquela ideia já falada no livro verde, sobre que “não somos
diferentes, mas iguais aos nossos”.
Quando falamos em vida interna, queremos dizer a vida que temos, que
não é a física e nem aquela dos sonhos perdidos. É uma vida que nos faz
crescer, que nos alimenta, e onde aprendemos de fato. No início, ela vai
parecer muito “irreal” e alguns, quando percebem que estão tendo
vislumbres dessa vida, fantasiam muito, querendo chamar atenção. É
possível perceber isso em muitos alunos iniciantes. Por isso que o silêncio,
para a vida interna, é imprescindível. Por exemplo, num determinado
momento, em uma experiência, pode surgir uma imagem ou um tipo de
mensagem e, mais adiante, em uma experiência seguinte, aquela imagem
ou mensagem se transforma, dando a noção exata do que queria dizer.
Por isso que a opinião alheia sobre a vida interna de alguém atrapalha
muito, porque é raro que alguém consiga viver o que o outro vive.
Entendes? Diante disso, eu só posso estimular que as práticas continuem,
e que os contatos internos sejam mais e mais profundos.
O MOINTIAN não torna ninguém melhor ou o que esteja com a razão em
um problema ou situação. Não é por estar iniciado no Método que a
pessoa se torna melhor, mais sabedor ou com seu bom senso aguçado.

70
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
A energia é que saberá mostrar para a própria pessoa se ela está certa ou
não, se deve continuar com algo ou parar. Se alguém consegue parar e
perceber a voz interna, a voz do próprio eu superior ou de sua essência,
sua vida se torna mais fácil de ser dirigida para o fluxo correto.
Concluindo, falar do Método, ou daquilo que se acredita é difícil. Muitas
vezes pode parecer agressão aos que ouvem, quando se tornam
contrariados. Mas viver algo que seja bom, que transforme a vida em algo
mais alegre e leve, certamente vai fazer com que os que convivem contigo
percebam e respeitem teus conceitos.

30. RESPEITO PELAS INICIAÇÕES

Pergunta: O que pode acontecer a uma pessoa e a um mestre de Reiki, se


eles não respeitarem os intervalos entre as iniciações?

Resposta: Para a maioria das pessoas as transformações e os problemas


crônicos, sejam de ordem física ou psíquica, podem vir à tona de forma
acelerada. Isso pode ocasionar rupturas no campo ou estrutura energética
e a impossibilidade de resolver os assuntos pessoais. O propósito de cada
método, principalmente os que são de ordem iniciática, é fornecer uma
maneira segura e gradativa para o aprendizado, a elevação e a sublimação
de padrões ou sistemas de crenças. Tudo tem um tempo certo para
manifestar efeitos. Desrespeitar isso é desrespeitar a própria evolução. Os
que fazem a mistura de iniciações ou desrespeitam os intervalos entre
elas, esgotam suas energias, cortam os laços com a fonte que poderiam
representar, tornam os métodos mortos, em virtude do desrespeito.
Com os intervalos de iniciações não se está podando alguém de que
alcance mais rapidamente uma elevação. Os intervalos servem para que
cada um tenha tempo de processar as energias, de estabilizar seu campo
energético, de acessar níveis mais profundos e de transmutar problemas,
conflitos ou ideias.
Se alguém se considera demasiado elevado para entender o processo
como um todo, por que ainda necessita de estímulos externos,
provenientes de outros métodos e que não venham diretamente de seu
contato interno?

71
Conversando Sobre MOINTIAN

31. MÉTODO E TÉCNICA

Pergunta: Na página 52, no 4º parágrafo do Manual do MOINTIAN, diz


que: “Cada método e cada grupo de iniciações visam despertar uma
determinada qualidade de energia. Alguns métodos podem ocasionar
certo bloqueio ou desajuste energético”... A palavra “método”, está se
referindo a alguns dos métodos que constam no livro e propostos pelo
MOINTIAN?

Resposta: Por método deve-se entender um conjunto estruturado de


técnicas com um determinado objetivo. No Método MOINTIAN, existem
técnicas e níveis. A palavra “métodos”, constante naquele parágrafo, está
se referindo a outros métodos, que não o MOINTIAN. Estes métodos
podem ser escolas esotéricas (como Cabala, Gnose, Antroposofia, Reiki,
etc.) ou um determinado conjunto de técnicas de outro tipo de
utilização/canalização de energia que se utiliza de iniciações para
disponibilizar a energia.

Pergunta: Tais métodos, conforme fala no livro, dizem respeito somente


às iniciações feitas por essas escolas, ou também às práticas e exercícios
de desenvolvimento espiritual divulgados ou ensinados por elas?

Resposta: Refere-se ao método e ao conjunto de técnicas.


Cada método tem um propósito que, mesmo parecendo igual, quando
dizem que todos visam ao despertar, à iluminação do praticante, é
direcionado para uma estrutura energética diferente, para um tipo
particular de ser. As pessoas estão acostumadas a olhar os outros e ver
apenas o físico, mas há o molde etérico, o conjunto de redes sutis que
formam o físico e o conjunto de redes sutis que formam outros corpos.
Cada tipo de ser, por ter sido originado em um ponto diferente do cosmos
ou em uma época diferente da humanidade, tem seu próprio modo, sua
própria maneira de fazer seu despertar e sua evolução.

72
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A

32. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN I

Pergunta: Embora esteja muito longe do Nível V, pergunto: como funciona


o fato de que este nível é definido por critério pessoal, no Centro de
Treinamento?

Resposta: Significa que para ser autorizado a difundir o MOINTIAN o


Codificador precisa conhecer o candidato a instrutor e que este siga as
normas estabelecidas para isso.

33. SOBRE INSTRUTORES DO MOINTIAN II

Acho louvável, extremamente positiva a ideia de termos locais de


encontros para praticantes de MOINTIAN, para que assistam aos vídeos,
conversem, façam leituras e práticas das técnicas.
Entretanto, para realizar o treinamento ou a iniciação, não há muitos
alunos capacitados. Existem muitas razões para isso ser assim.
As principais razões são as que as próprias pessoas se colocam. Muitos
podam seu potencial quando, durante seu treinamento continuam
realizando práticas paralelas ou utilizam métodos que impedem que todo
o potencial do MOINTIAN possa se manifestar para elas.
Outro aspecto, que é o fundamental, é o aspecto interno. Não é uma
questão de seletividade, não é a questão financeira, não é nada de uma
possível amizade ou qualquer outro fator possível de imaginar no mundo
físico. É a questão da compreensão interna de determinadas forças que
conhecemos como pertencentes à Campânula e ao uso que a pessoa dá
para essa compreensão. Existem muitas forças atuantes em uma iniciação,
a maioria contrária à própria evolução de um candidato à iniciação. Existe
o envolvimento do iniciando, inconsciente que seja, com forças e seres
que possa desconhecer. Então, imagina um iniciador que não esteja ciente
das possíveis forças que possam surgir, que esteja ainda imaturo com
relação às artimanhas que essas forças produzem. Se ele se depara com
alguma coisa sinistra, a primeira reação seria a de pedir auxílio àquelas
forças que, certamente, seriam da própria Campânula. Assim, teríamos
perdido o iniciando, o iniciador e a própria força do MOINTIAN. É muito

73
Conversando Sobre MOINTIAN
diferente quando a própria pessoa decide por realizar uma autoiniciação,
pois então são as suas próprias conexões, como carmas, prisões,
envolvimentos e outras forças, que estarão sendo retiradas pela própria
pessoa no momento de sua decisão por fazê-lo. Porém, quando uma
pessoa vai interferir nessas forças, como iniciador, sem ter o devido
conhecimento interno, por ter vivido determinadas situações que o fariam
transpor determinados medos, barreiras e adquirir as ferramentas
necessárias para resolver e enfrentar este tipo de desafio, é bem
diferente. É preciso estar seguro.
Outro fator importantíssimo é o fato de que o MOINTIAN não está para
formar instrutores, mas para ser um meio de a própria pessoa encontrar
seu caminho e sua própria energia. Portanto, apenas aqueles que sentem
realmente que precisam continuar com este trabalho permanecem.

Outros fatores, estes sim mais palpáveis, seriam:


• praticar o MOINTIAN por pelo menos cinco anos;
• compreender a natureza real dos seres viventes em todos os reinos;
• utilizar apenas o MOINTIAN como prática terapêutica ou método pessoal;
• ter feito pelo menos duas iniciações presenciais com o Codificador;
• ter contato presencial, de irmandade, com o Codificador, porque isto dá
tempo para análise dos traços da pessoa, aproxima da energia pura, dá
indicações sobre a índole, retira determinados desajustes e uma série de
outras características que seriam impossíveis de reconhecer sem a
presença ou a amizade.
Obviamente, os critérios são bem pessoais, pois indicam até o limite da
resposta que a pessoa deu em seu treinamento e o quanto ela tenha
desperto seu potencial e sua vida interna.

34. TRANSMISSÃO DA CHAMA

Quanto à Transmissão da Chama Devocional, como de qualquer outro


potencial através do MOINTIAN, é preciso que a pessoa interessada
conheça muito bem o Método para saber onde ela vai entrar. Quando
alguém estiver interessado no Método, eu sugiro que entre em contato
comigo para saber se nas proximidades de onde reside há um aluno mais
antigo e apto a realizar o procedimento de abertura e Ancoramento da

74
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
Chama Devocional, que é a primeira parte da iniciação do Nível I do
MOINTIAN. É evidente que hoje, com as autoiniciações detalhadamente
mostradas no Manual, qualquer um que tenha estudado, compreendido e
aplicado devidamente o MOINTIAN até o Nível IV, pode realizar esse
procedimento para qualquer outra pessoa. Entretanto, se o aluno
compreendeu devidamente o Método, certamente fará esse contato comigo
para receber instruções adicionais e saber se pode realizá-lo para outros.
Penso que deve haver algo errado quando uma pessoa utiliza o Método,
goste dele, mesmo sem entendê-lo perfeitamente, sem saber qual seu
objetivo real, e não goste ou mantenha distância do Codificador do
Método.
Como já disse, MOINTIAN é um Método que proporciona maior liberdade
para seus alunos ou leitores, principalmente por ser o pioneiro em relação
não apenas ao nível de energia que possibilita conectar, irradiar e utilizar,
como também por ser um método autoiniciatório. Ele torna qualquer
pessoa capaz de atingir a essência de seu próprio ser por meio de suas
práticas. Mas se esse Método é para o bem e para que haja uma reunião
de pessoas voltadas para o bem, para a luz, para a harmonia e para a
irradiação disso para todos, e que vem de muito além daquilo que se
define como problemas, circunstâncias, ou as manifestações da
personalidade, deve haver algum problema, deve haver algo errado com
as pessoas que mantenham esse distanciamento. Muitos quiseram ou
forçaram esse distanciamento apenas por não seguirem determinadas
normas básicas que o Método, em si, estabelece para todos e que se pode
compreender por meio da leitura e da aplicação consciente de cada um
dos seus preceitos. Isso é algo importante, algo que merece uma séria
reflexão a respeito.

35. PARA QUEM ESTÁ RETORNANDO AO MOINTIAN

Muitas pessoas que foram iniciadas há muitos anos, conheceram o


MOINTIAN quando este recebia a denominação de Sistema Devocional.
Algumas, passaram anos sem dar notícia e, agora, parece que encontram
uma “nova encarnação” do Método. Muita coisa mudou, porque o
Método, até o ponto de estar com o Manual totalmente pronto, estava
em uma fase de aglutinar forças para sua total expressão. Já expliquei

75
Conversando Sobre MOINTIAN
anteriormente, na parte sobre a origem do MOINTIAN, o motivo disso ter
ocorrido.
Ainda assim, transcrevo o questionamento de uma dessas pessoas que
recentemente voltou a contatar-me.

Pergunta: Fui iniciada no Sistema Devocional, no Nível I. Com a troca do


nome, mudou também o esquema do curso? Para iniciar-me no
MOINTIAN teria que realizar o Nível I ou o meu ainda está valendo? Para
realizar a autoiniciação tenho que fazer o quê? Quero seguir com o
método, fiquei interessada nas autoiniciações.

Resposta: Em relação à energia, em si, temos mais força atualmente, e a


estrutura do Método melhorou bastante. Mas, cada iniciado, em nível
interno e espiritual, acompanha as mudanças. As iniciações perduram para
sempre, indefinidamente, a menos que o aluno ou iniciado não as queira
mais, não faça uso do Método ou afaste-se completamente da linha
interna do próprio MOINTIAN.
Portanto, o Nível I que fizeste, em relação à energia, ao acréscimo de
energia para ti, sempre será válido.
A possibilidade de despertar que a estrutura do Método define, para
atingir o fim a que ele se destina, que é a Iluminação ou, no mínimo, uma
significativa elevação ou integração espiritual, do desenvolvimento
espiritual, fica prejudicada se, no decorrer desse tempo, desde que
recebeste tua iniciação, tu tenhas recebido outra iniciação, em qualquer
outro método.
Se apenas queres sentir maior harmonia, mais fluxo de energia e até
mesmo uma forte integração com teu Eu Superior, basta que sigas as
regras ou preceitos, antes de realizar uma autoiniciação, conforme
definidas no Manual do MOINTIAN. Porém, se queres de fato entender o
processo do MOINTIAN como uma escola, como uma estrutura que
proporciona a elevação ou a integração espiritual, é recomendado que
reinicies a partir das autoaplicações do Nível I (a iniciação já foi feita e será
sempre válida). Fazendo isso, respeitando todas as indicações, técnicas,
leituras, tempo de espera até que ele esteja totalmente compreendido,
retomarás o contato com a Fonte espiritual do MOINTIAN e poderás
seguir adiante.

76
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
Recomendo que os manuais antigos, aqueles que foram impressos por
níveis separados ou as cópias de técnicas oferecidas particularmente,
sejam incinerados, pois estão desatualizados. A ideia do Método continua
a mesma, mas a estrutura e o potencial do Manual completo permite uma
compreensão muito mais ampla. No Manual estão disponíveis, sem
exceção, todas as informações, de todos os níveis, complementando-se.
Há um fluxo de energia potencialmente depositado no Manual completo.
É possível fazer download do Manual completo e de todos os demais livros
que compõem o Método ou adquirir um exemplar impresso.

Tenho amigos que estão desde o início com o Método, receberam todas
as iniciações, mas não entenderam de fato o que é dito. Afirmam: vou
recomeçar, agora com atenção, fazendo direitinho todos os exercícios.
Pergunto: vais cometer os mesmos erros? Ou: já estás iniciando com os
mesmos erros de antes? Vais reiniciar mais vezes que o número de todas
as tuas encarnações...
Se não entendeu o básico, que são os preceitos, em relação à pureza da
energia, já tão comentado, não adianta reiniciar. Vai ser só mais um pouco
de “sensação intensa”, uma energia mais forte. Mas, no interno, será a
mesma coisa em pouco tempo.
Para de fato colher o que o MOINTIAN pode proporcionar, é preciso seguir
as definições com disciplina, sem misturas de energia e sem iniciações em
outros métodos ou escolas durante o treinamento.

36. INICIAÇÃO E AUTOINICIAÇÃO – PROCEDIMENTOS E LEITURAS

Este tópico está baseado em uma série de questionamentos que muitos


alunos fizeram antes de iniciarem seu treinamento no Método.
Não há necessidade de escolher períodos do ano propícios para as
autoiniciações. Qualquer data pode ser escolhida pelo aluno ou interessado.
As iniciações dos Níveis I e II são sempre realizadas em dois dias.
Há duas maneiras de ser iniciado no MOINTIAN: a iniciação presencial e a
autoiniciação. A iniciação presencial é aquela onde o Codificador ou um
instrutor autorizado pelo Codificador realiza o procedimento de iniciação
para o aluno interessado, durante um curso, ou palestras, nas quais são
mostradas as técnicas e o alcance do MOINTIAN.

77
Conversando Sobre MOINTIAN
A autoiniciação exige que o aluno compreenda o Método, faça as leituras
iniciais do Manual, assista aos vídeos relativos ao Nível que vai iniciar e aos
vídeos de algumas charlas. Assim ele irá compreender o Método e poderá
ter uma visão mais ampla sobre as técnicas e a filosofia do MOINTIAN.
Existe a possibilidade de que o interessado contate comigo, Codificador do
Método, antes de sua autoiniciação para que eu o acompanhe a distância.
Nesse último caso, os procedimentos de iniciação serão realizados pelo
Codificador, deixando para o aluno apenas as leituras iniciais, e o aluno
não necessitará compreender todo o processo de iniciação. O que ele fará,
no momento da iniciação, é estar com o Manual aberto à sua frente, lendo
e realizando o procedimento, mas sem a necessidade de compreender os
detalhes mais complexos da autoiniciação.
Antes de realizar a iniciação ou de querer participar de um curso, é preciso
ler o livro verde e entender o tópico 27 do presente livro.

Autoiniciações do MOINTIAN
A primeira coisa a entender é que para fazer as práticas descritas no
Manual é preciso estar devidamente iniciado.
Quem vai começar do zero e quer fazer a autoiniciação sozinho, deve
seguir rigorosamente os passos que detalharei abaixo. Convém lembrar
que a primeira iniciação só poderá ser realizada após um mês de
treinamento inicial, que será feito da seguinte maneira:

1. Primeiro, deve-se ler (apenas ler, sem praticar nada ainda) todos os
capítulos sugeridos, até a página 76 do Manual. Essa primeira leitura é
obrigatória, essencial para que a pessoa interessada saiba onde está
entrando e qual o propósito do MOINTIAN. Na Parte XII, página 383 do
Manual, há uma tabela com tudo o que precisa ser lido. Aquelas leituras
preparam para a realização da primeira parte da iniciação do Nível I, que eu gosto
de chamar “o nível meio - ½”, pois ainda não é o Nível 1, apenas a primeira
“conexão” com a energia, que é o “Ancoramento da Chama Devocional”.
Para um entendimento mais fácil do MOINTIAN, é condição imprescindível
que os vídeos do curso de Nível I sejam vistos. Assim, pode-se entender
melhor a divisão que ocorre para se chegar ao Nível I e mais informações
podem ser acessadas. Os vídeos estão no canal do Youtube do MOINTIAN:
www.youtube.com/user/jardimt.

78
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
Nos vídeos de um curso do MOINTIAN de Nível I, por exemplo, do curso
“Nível I Santa Maria Maio 2012”, o primeiro dia, que compreende os
vídeos de A até J, são os indispensáveis para se entender o propósito do
Método. No final da série de vídeos do primeiro dia, são ensinadas as
técnicas para serem realizadas somente após o “Ancoramento da Chama
Devocional”. A sequência de vídeos do segundo dia mostra as práticas que
devem ser realizadas para quem faz a iniciação completa do Nível I.

2. Após a leitura do Nível I do Manual, até a página 76, e ter visto alguns
vídeos iniciais, passa-se para a leitura das práticas que farão parte das
“Técnicas Preparatórias”, listadas no quadro da página 384:

No capítulo 38 do Manual, é apresentado o Símbolo da Transmutação. Ali,


é para ser feito apenas o reconhecimento do símbolo, saber como ele atua
e identificar a sua forma. Nada mais precisa ser lido e nenhuma técnica realizada.

3. Tendo lido e entendido as técnicas que serão realizadas, agora começa


o treinamento de preparação para a primeira parte da iniciação, que é o
Ancoramento da Chama Devocional. O treinamento inicial vai levar um mês.
As técnicas a serem realizadas neste período são as listadas na página 384:
O número de vezes que cada técnica deve ser praticada varia:
• a Saudação do Devoto deve ser realizada diariamente;
• a Respiração do Devoto deve ser realizada diariamente;
• a Meditação de Quarta-Feira é uma prática semanal;
• o Desenvolvimento da Conexão Interna, uma vez por semana;
• as Invocações Aceleradoras, apenas duas vezes neste período de um
mês, a critério pessoal.
Pratica-se por um mês essas técnicas, anotando as práticas realizadas na
tabela localizada no pé da página 384. Durante o treinamento inicial, a
meditação da quarta-feira deve ser realizada como descrita no Manual, e
não como as que aparecem aqui neste livro, na parte III B – Símbolos e
Técnicas.

79
Conversando Sobre MOINTIAN
4. Passado o primeiro mês de treinamento, vai-se para o capítulo 71,
Ancorar a Chama Devocional, na página 385 do Manual. A Chama
Devocional é a primeira parte da iniciação do Nível I. Quando se percebe
que é hora de realizar o procedimento, escolhe-se a data e realiza-se o
procedimento que está descrito da página 387 até a página 390.

5. Por mais um mês, pratica-se as técnicas que estão na tabela com os


quadrados para preencher, da página 386:
• o Ancoramento da Chama, uma única vez, foi o realizado no passo
anterior;
• a Saudação do Devoto, descrita no capítulo 14, será feita diariamente;
• a Irradiação com a Chama Devocional está descrita no capítulo 13
do Manual, e deve ser realizada diariamente;
• a Meditação da Quarta-Feira, semanalmente.

Conforme é colocado na página 385 do Manual, é possível permanecer


indefinidamente apenas com a Chama, sentindo a energia e a conexão
que ela desperta, ou após um mês realizando as técnicas descritas, seguir
para a iniciação do Nível I, propriamente dita, amplificando a energia e
podendo utilizar as posições para autoaplicação do MOINTIAN.

6. Se o aluno quer seguir adiante, depois de um mês de treinamento, no


mínimo, ele pode realizar a iniciação ao Nível I. Para isso, vai para a página
390 do Manual e realiza o procedimento de iniciação, que será feito em
dois dias, conforme descrito. Depois da iniciação ao Nível I é que será
possível usar devidamente as sequências de posições com a energia, como
a Sequência Básica e as outras próprias do Nível I. Se alguém for praticar
as técnicas do Manual sem a devida iniciação no MOINTIAN, a energia
utilizada não será MOINTIAN e os resultados, obviamente, não serão os
descritos.
É preciso observar um detalhe no estudo das Considerações Gerais feitas
na página 390: quando for pedido para fazer o procedimento chamado
“Conexão”, não é para ser realizada a Técnica de Abertura de um Campo
Energético, do capítulo 26 do Manual. Deve ser feita apenas a descrição
da página 169, sobre a “Conexão”, propriamente. A Conexão é a maneira
como os dedos da mão ativa vão “puxar o campo energético” para realizar
a efetivação dos símbolos durante uma iniciação.

80
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
Quanto aos símbolos, eles não devem ser utilizados após a iniciação ao
Nível I. O estudo dos símbolos, que deve ser feito antes da autoiniciação,
será somente o necessário para se reconhecer cada símbolo, seu nome e
função principal e como é realizado o seu desenho, para acompanhar o
que é pedido na hora de realizar o procedimento de iniciação. Nenhuma
técnica com os símbolos deve ser realizada.

7. Logo após a primeira parte da iniciação no Nível I e no mesmo dia, já


deve ser realizada, pelo menos uma vez, a Sequência Básica, conforme
descrita no capítulo 9, na página 78 do Manual. No dia seguinte, será
realizada a segunda parte da iniciação, chamada de Unção, conforme
descrita na página 399 do Manual.

8. Por seis meses, o aluno deve praticar apenas as técnicas referentes ao


Nível I. Os símbolos somente serão utilizados após a iniciação do Nível II
ou para realizar a autoiniciação. É preciso respeitar essa indicação para que
ocorra o devido assentamento da energia durante o período de treinamento.

9. Depois de seis meses de treinamento e utilização da energia do Nível I,


no mínimo, o aluno está apto para, se quiser, dar continuidade ao seu
treinamento. Pode-se iniciar assistindo aos vídeos e lendo a introdução do
Nível II no Manual. A seguir, lê-se novamente os capítulos 69 e 72, marca-
se a data de preferência para a autoiniciação ao Nível II e faz-se os
procedimentos de preparação para iniciação, conforme sugeridos no
primeiro parágrafo da página 385. Na data marcada, realiza-se o
procedimento de iniciação ao Nível II, que está descrito da página 400 até
a página 406. No dia seguinte, realiza-se a segunda parte dessa mesma
iniciação, a Unção, que está na página 407.

10. Somente após um ano de utilização do Nível II é que se pode realizar a


iniciação do Nível III.

O Manual do MOINTIAN é completo e tem todas as informações para que


se faça a autoiniciação. Quem opta pelo curso presencial é porque quer
acelerar o processo. Fica mais fácil, pois o aluno não necessita que os cuidados
indicados para sua preparação sejam longos, nem precisa memorizar
determinados passos. Se eu te orientar para realizar a autoiniciação

81
Conversando Sobre MOINTIAN
também fica mais fácil. Mas, em quaisquer das formas, é condição
imprescindível que os vídeos sejam vistos e as leituras sejam realizadas.
A leitura do livro verde, Uma Nova Consciência Para Uma Nova
Humanidade, é essencial para que se entenda a filosofia do MOINTIAN.
Além de entender o que está no texto, é preciso concordar com o que está
lá escrito. Sem isso, haverá um choque de interesses e propósitos entre o
pensamento do aluno e a atuação do Método.
É importante que o aluno também tome conhecimento do que é ensinado
no livro Práticas Para a Meditação Livre antes de se iniciar no MOINTIAN.
Assim, as técnicas preparatórias poderão ter melhores resultados, sem falar
que o aluno terá chaves importantes para aproveitar mais conscientemente
as práticas mostradas ao longo do seu treinamento no Método.

37. AUTOINICIAÇÃO É UM DEIXAR FLUIR

Muitos comentam que os procedimentos são complexos, que há inúmeras


técnicas e que a compreensão do processo é difícil.
Quero esclarecer que é verdade. Para realizar o procedimento de
autoiniciação, além de ser exigida uma boa capacidade de concentração e
compreensão mental do processo, é preciso muita disciplina e persistência.
No entanto, se houver apenas a vontade interna e uma grande conexão
com a necessidade de que ela se realize, qualquer pessoa pode ter acesso
à utilização da energia. Podem pensar que não, pois são muitos conceitos,
muitas páginas e muita leitura a ser realizada. Mas não é só assim que
pode funcionar. A pureza de espírito é o que basta para conseguir a
conexão e usar a energia. Com vontade de evoluir, qualquer pessoa,
qualquer mesmo, é capaz de utilizá-la. É algo bem simples de fazer. Que
dificuldade há em pensar em um ser superior, no Eu Superior, seja lá como
creem, juntar as mãos, sentir o fluxo descer, como uma luz que preenche,
e deixar fluir para o corpo? Qual a dificuldade em, no caso da
autoiniciação, pegar o Manual, colocá-lo sobre as coxas ou uma mesa,
abrir na página indicada, começar a leitura do procedimento, com entrega
e pureza de intenção, e sentir o desbloqueio e a conexão? Que mais pode
ser necessário? Só o que a mente concreta pense que precisa. Ela não está
de todo errada, mas o ponto que preciso deixar claro é que tudo é muito
simples no MOINTIAN. Com ele, é preciso apenas deixar a energia fluir.

82
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
Qualquer um pode fazer isso. Com o passar do tempo, para continuar
utilizando a energia, uma compreensão mais racional das técnicas e do
próprio Método podem se fazer necessárias. Mas o princípio do deixar
fluir é muito simples.

38. PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS PARA O NÍVEL II

Pergunta: Fiz o Nível I com o Codificador do MOINTIAN. Quero fazer a


autoiniciação do Nível II. Devo realizar os procedimentos preparatórios
iniciais (Saudação do devoto, Meditação de Quarta-Feira, etc.), conforme
listados na página 374 do manual?

Resposta: As técnicas preparatórias servem para despertar a energia e


conectar o aluno iniciante com a hierarquia do MOINTIAN. Quem já
recebeu a Chama ou já está iniciado no Nível I, não precisa fazer a
preparação para estabelecer o contato inicial, indicada para quem vai
fazer a autoiniciação com a Chama Devocional. Uma vez iniciado, o aluno
já está participando do processo e do Método, sua energia já está
conectada com a da hierarquia do MOINTIAN.
O essencial para esse processo de iniciação é seguir as recomendações
feitas na página 385 do Manual, em especial no que diz respeito à ingestão
de determinados alimentos e substâncias. Também fala sobre certas
atividades e atitudes que o aluno precisa manter pelo período de um mês
para realizar devidamente a sua iniciação em quaisquer níveis do Método.

39. SOBRE O NOME CÓSMICO

Pergunta: Quando, como e por que uso o nome cósmico? Quais suas
finalidades e funções?

Resposta: Conforme exposto no manual do MOINTIAN, página 145, tópico


E, o nome cósmico representa uma espécie de “batismo” na hierarquia do
MOINTIAN. Esse nome, ou mantra, é informado ao aluno por mim,
Codificador do MOINTIAN, na maioria das vezes, após a iniciação do Nível II.
O nome cósmico pode aparecer quando o iniciado quer realmente

83
Conversando Sobre MOINTIAN
aprender, quando está afinado com o que é definido para este Método,
esteja a pessoa realizando a iniciação presencial ou realizando uma
autoiniciação. Entretanto, nem todos os alunos o recebem. Para alguns,
pode aparecer logo no Ancoramento da Chama Devocional e, para outros,
após o Nível IV. Alguns, internamente, despertam para determinado nome
ou palavra mântrica que serve mais como auxílio interno, mas que não é
propriamente o nome cósmico do MOINTIAN. Mas o nome cósmico,
conforme definido para o MOINTIAN, é transmitido apenas da maneira
como descrevi acima.
Ainda que represente a introdução do aluno na hierarquia do Método,
como participante de uma fraternidade, muitos dos que receberam nomes
significativamente fortes, estranhamente, em princípio, foram os que mais
rapidamente se afastaram do Método.
Parece um contrassenso, mas há duas razões principais para que isso
ocorra: a primeira é que quando o aluno chega ao Nível III, as correntes
verdadeiras que devem permanecer consigo afloram. Isso quer dizer que,
a partir da iniciação do Nível III, ou a pessoa permanece firme e com um
avanço considerável na sua caminhada dentro do Método, ou ela
simplesmente se desliga e vai para onde é o seu caminho, seja ele
verdadeiro ou não. A segunda razão é que o próprio nome, como sendo
uma abertura em nível monádico, ou seja, para trazer a própria essência, a
parte mais sublime do ser, pode despertar na pessoa ou na personalidade,
a necessidade de buscar em outro caminho aquilo que realmente necessite.
Outro aspecto a considerar é que o nome cósmico é uma conexão ou uma
abertura até o nível monádico. Quando a pessoa ultrapassa esse nível, ela
está pronta para não necessitar mais de métodos ou qualquer influência
externa de quem quer que seja. Não quer dizer, entretanto, que o nome
cósmico seja o despertar do nível monádico. Quer dizer que é possível ter,
sempre que for necessário, uma ligação, uma conexão direta, como um
chamado, para que este nível esteja acessível para nós a qualquer
momento.
Agora, definindo de forma prática o que significa ter a possibilidade de
utilizar esse nome, posso dizer que ele é a chave que nos conecta com
nossa verdadeira essência, independentemente daquilo que nossa
consciência externa ou personalidade aceite ou entenda, seja em nível
mental, emocional ou espiritual. Quando há uma necessidade de contato,
quando há algum problema sério, quando não sabemos a direção, o rumo

84
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
a tomar, basta uma meditação com o nome cósmico para que o contato
interno se restabeleça. Dessa maneira, dirigidos por aquilo que somos em
nível superior, por nós mesmos, teremos, e isto posso afirmar com
absoluta convicção, um retorno a um nível de consciência que, ao mesmo
tempo que está acima do problema no qual nos encontramos, renova
nossa consciência, permitindo que pontos de vista ou ângulos de visão
diferentes tomem conta do nosso ser, redirecionem nossos atos e
pensamentos para que tenhamos, consequentemente, uma solução mais
tranquila para o que quer que seja.
Conforme o último parágrafo da página 145 do Manual do MOINTIAN, o
nome cósmico deve ser guardado como uma chave sagrada. Gosto de
brincar dizendo que o nome cósmico é como o cartão de banco e que
neste banco, na conta do portador, estão depositados milhões de dólares.
Isso é dito para que se entenda que o que faz o nome cósmico continuar
sendo uma fonte não apenas de energia, mas de luz, de encontro interno,
é manter o silêncio, é guardá-lo para si mesmo, sem falar dele para
qualquer outra pessoa.
O nome cósmico, aqui, não tem o mesmo sentido que o nome recebido
em determinados lugares ou centros de meditação, onde os membros ou
frequentadores o utilizam para substituir o nome pessoal, comum, da
personalidade. Nesse caso, o sentido é que, a partir daquele momento, a
pessoa deixa para trás a vida que tinha, como um batismo iniciatório que a
permitiria viver sem as máculas do passado. Em geral, é apenas uma troca
de identificação, sem qualquer tipo de conexão espiritual. É bem diferente
a intenção do nome cósmico do MOINTIAN, pois ele não será revelado
para outras pessoas.
Se o nome cósmico for encarado como parte do processo de evolução, ele
pode ser o sinal de que é possível encontrar, dentro de ti mesmo, a força
divina que sempre esteve ali, e que todos os teus pecados, máculas,
carmas, podem ser deixados para trás, cortados, podados do teu ser.
Deve ser utilizado em todas as meditações, em todas as iniciações, em
todos os momentos que achares necessário uma ação, um pensamento
que não seja baseado em sistemas de crenças ou no padrão de
consciência da personalidade, mas que seja impessoal, incondicional, fruto
da intuição, partindo da essência do próprio ser.
O nome cósmico é o mantra pessoal e pode ser entoado, falado
mentalmente, em voz baixa, quando estiveres sozinho, a qualquer

85
Conversando Sobre MOINTIAN
momento. Não é preciso saber a origem espiritual para ter a evolução.
Basta praticar, fazendo as aplicações, que a integração com níveis
superiores, cedo ou tarde, ocorre.

40. O SENTIDO DO SILÊNCIO

O silêncio, conforme indicado pelas escolas esotéricas ou espiritualistas,


para o caminho espiritual, não se refere simplesmente a não comentar
sobre determinado método ou conhecimento interno. O silêncio se refere
ao cuidado que se deve ter quando começamos a obter resultados com
alguma técnica, terapia ou método. Se, no início de um treinamento ou
mesmo um tratamento, falamos para outras pessoas sobre as conquistas
iniciais, a força necessária para que o processo consiga trazer um
resultado satisfatório, para que atinja um patamar superior de energia ou
de consciência, pode se esgotar. É preciso ter consciência que, no
processo de utilização de um método ou de uma série de técnicas, a força
ou o combustível necessário para que o resultado seja obtido, é
perseverar, guardando para si as primeiras conclusões sobre o processo. É
como começar a inflar um balão, como aqueles de aniversário. Cada
utilização da técnica é como um sopro que vai gradativamente enchendo
esse balão. Entretanto, enquanto o balão não estiver cheio, é preciso
prender o ar com os dedos para que ele não escape. Depois que ele
estiver suficientemente cheio, é possível dar um nó para que o ar fique
preso. Ainda que, em relação a uma técnica ou ao resultado de um
processo interno, signifique que o balão precisa ser estourado, é
necessário atingir a capacidade máxima, para que se obtenha o resultado.
Considerando o balão como um campo energético, é preciso visualizar a
seguinte ideia: existem muitos balões, um dentro do outro. Cada processo
interno preenche e estoura o balão interno, possibilitando que o maior ou
externo possa ser trabalhado. O silêncio ao qual me refiro, seria como a
pressão dos dedos na boca do balão para que o ar que é soprado para
dentro dele não fuja. Para o processo interno, o silêncio guarda, ou
segura, o potencial da energia durante o período que uma prática,
treinamento ou tratamento seja realizado, para que não escape o fluxo
que culminará com a ruptura de um padrão, com a elevação da energia
interna ou com a transformação almejada.

86
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A

41. TREINAMENTO EM GRUPO

Como já foi dito, e está bem claro na página 382 do Manual do MOINTIAN,
é possível realizar um estudo, praticar as técnicas de um determinado
nível, realizar as meditações em conjunto. Porém, é necessário que fique
bem claro que o momento da iniciação é um momento de profundo
respeito, de intensa abertura para que o mais profundo e o mais elevado
para cada um, em particular e individualmente, possa vir. Não é indicado,
de forma alguma, não é apropriado, não é aceito, que uma pessoa ainda
não iniciada ou não autorizada como instrutor, faça qualquer
procedimento para outra pessoa. Isso inclui a leitura do procedimento de
iniciação para outro.
Essa é uma recomendação importante e visa unicamente tornar a pessoa
ou aluno interessado no Método conectado única e exclusivamente com
seu Eu Superior e com os seres, energias, hierarquias e instrutores
próprios para si. Se outro aluno faz uma leitura que seja, ele irá
influenciar, perturbar ou até mesmo reduzir o alcance que esse momento
pode proporcionar para a pessoa que o realiza. Isso acontece pelas
mesmas características, pelas mesmas razões, já expostas a respeito de
que sempre achamos que algo pode ser bom para outra pessoa, mas nem
sempre ou, quase nunca, temos a verdadeira compreensão do processo
pelo qual a outra pessoa está passando. Isso quer dizer que uma pessoa
que não entende, que não conhece tudo aquilo que o outro é em nível
espiritual, em nível de alma e de Mônada, certamente irá desejar alguma
coisa que, em sua personalidade, acredita que seja o melhor para o outro.
Mas a própria alma, ou o Eu Superior é quem pode, melhor que ninguém,
trazer para a pessoa aquilo que for realmente para o seu crescimento,
para a sua evolução. Sobre grupos, lê o tópico 184 deste livro.

42. RECOMENDAÇÕES PARA AS INICIAÇÕES

Na literatura esotérica, especificamente naquela escola originada pelos


escritos de Alice Bailey, há uma determinada passagem que fala que as
escolas das trevas, ainda que fazendo severas restrições aos seus
candidatos, estão com suas fileiras sempre cheias, com novos adeptos

87
Conversando Sobre MOINTIAN
sempre querendo fazer parte daquela seleta classe. Em comparação a
isso, fala que, em assim fazendo, eles obtêm uma classe de indivíduos
“preparados e conscientes” daquilo que almejam, mesmo que isso seja
algo inútil do ponto de vista espiritual, falando-se, obviamente, para quem
está “do lado da luz”. No entanto, quando qualquer tipo de restrição,
cuidado ou indicação é feita ao candidato para o caminho do bem e da luz,
esse já encontra dificuldades e desiste. Muitos métodos, ainda que não
sejam da luz, fazem severas exigências, dispendiosas em sua maioria, e
que, ainda assim, causam grande “satisfação”. E muitos seguem isso. Mas,
quando o caminho é para a luz, tudo acham difícil. Dieta, nem pensar.
Largar a bebida, um caos. E aí, acham que não funciona. Esses que assim
procedem, são alvos fáceis para os falsos métodos, que só querem facilitar
o processo, mas atrasam o desenvolvimento.

43. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN I - PEDIDOS

É frequente o número de vezes que me pedem ajuda, de todo tipo. Muitos


o fazem pensando que sou um desses conjuradores comprometidos com
os elementais e outros seres da natureza, como daqueles que praticam
magia e outras coisas. Acho graça disso.
Toda a ajuda que venho dar está aqui, nestes textos e, de forma ampla,
nas páginas do Manual do MOINTIAN. Se quisessem mesmo ajuda,
grudariam os seus olhos lá, com toda a atenção, e só os tirariam quando
os resultados começassem a aparecer. Todo o sofrimento, dor,
incompreensão e doenças ficariam longe, como consequência.
Pena que aquelas pessoas que precisam saber disso não leem este livro.
Pena que não seguem o que está lá nas páginas do Manual, e vivam
redemoinhando com bobagens, sejam literaturas ou pensamentos que
não levam a lugar algum.
Em todos os tempos, em todas as épocas, sempre surgiram práticas para
aliviar o peso da dor, e não estou falando apenas do alívio físico ou
emocional, mas falo do alívio da causa dos pesares, dos atos passados.
Falo da liberdade última, mas que exige certo sacrifício inicial, certa
disciplina. É o mesmo que pregava Jesus, Maomé, Buda... É sempre o
mesmo. O mesmo que Steiner, Blawatsky, e muitos outros. Estou falando
do alívio da dor do mundo, dos compromissos com a imagem (que não

88
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
espelha o interno), das doenças colocadas no corpo pelas atitudes
equivocadas, é disso que eu falo aqui.
Muitos já vieram a mim como se eu fosse um desses doentes espirituais
que dizem proporcionar ou trazer o que a pessoa quer. Por exemplo, uma
mãe veio pedir para que o filho fosse bem na prova do concurso. Eu disse:
se estudou, vai bem. Se ele conhece o assunto, melhor ainda. Se é para o
bem de sua alma, que vá bem, que passe no concurso, será mesmo o
melhor. O que posso fazer, quando posso fazer, é acelerar o processo,
manifestar mais rápido o que é seu destino, vamos chamar assim, ainda
que não seja bem isso. Mas vai manifestar, materializar, o que de fato
deve ser. Se, em vez de ser médico tiver que ser engenheiro civil, que se
mostre mais rápido. Mas que seja porque tem que ser, não porque a mãe
quer. É um erro pensar no bem de outro pensando em si, na sociedade ou
em possíveis ganhos futuros. Pode ser o correto ou o recomendado para a
psicologia, para a sociologia, mas não o é para a verdadeira evolução
espiritual, a qual quer que sejamos de fato quem somos a partir do alto,
do interior. Quem tem máscaras precisa retirá-las. É o mesmo que a
pessoa pintar o cabelo, mascarar o corpo, se não transformou o interior.
Acho graça da psicologia do “ser feliz enlatado”, que mascara a realidade,
incutindo valores baseados na temporaneidade, nos ditames sociais,
dizendo que isso é encontrar felicidade.

Esse assunto já foi bastante abordado no Manual, mas quero chamar a


atenção daqueles que iniciam a utilizar a energia, para que saibam que ela
é inteligente e divina. A qualidade de energia através do MOINTIAN não
serve para manipular forças em prol do bem pessoal, mas para a evolução.
Por isso, vão se manifestar, em cada utilização da energia, as coisas que de
fato são para a evolução, independentemente de qualquer pensamento
sobre aquilo que a personalidade pense que seja o melhor.
Revejam bem os conceitos sobre a aplicação do MOINTIAN fazendo uma
leitura atenta: do livro verde; da parte I, Introdução, do Manual do
MOINTIAN; e das partes I, II e III do presente livro.

89
Conversando Sobre MOINTIAN

44. SOBRE A UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN II – QUEM PODE VOAR?

Muitos perguntam a mim o que mais posso fazer para ajudá-los.


Perguntam: o que mais podes fazer para ajudar meu despertar?
Diante disso, sinto uma profunda incompreensão por tudo o que foi feito
e dito até aqui, pois todo o Método é para tornar a qualquer um livre,
solto, apto a elevar-se, a voar, acima do nível humano.
Todas as técnicas proporcionam um nível de entendimento e saúde muito
além daquele que é proposto por qualquer sistema de cura ou de
tratamento. Todos os níveis possibilitam a subida e a entrada no nível
supra-humano. Sim, de super-humano, de além do usual, de despertar
características, fases da vida espiritual, não de fenômenos, mas de
percepção e vivência real, sem fantasias. É preciso assumir que tudo, em
se falando de saúde e aprimoramento, está disponível para todos. Basta
seguir o que já foi definido no Manual. É preciso saber que, para cada um,
haverá algum tipo de abertura especial que possibilitará o seu voo direto,
e sem intermediários, rumo à essência de seu ser. Esse voo despertará as
dádivas e os dons pertinentes a cada um.
É preciso entender que todo o auxílio está dado, mas que é necessário
compreender isso por meio da leitura e da prática do Método.

Quem pode voar?


Sempre foi dito, desde o início, que o MOINTIAN é uma porta para algo
muito maior, que é toda essa nova possibilidade humana atual, uma era
de Homens e Mulheres verdadeiros, com potencialidades despertas e
vivendo a realidade que o mundo espiritual pode proporcionar.
Neste mundo, o supra-humano, a vida é cheia de dádivas e corre pelos
corpos o fluxo do fogo solar e cósmico. As mazelas ficaram na vida antiga.
E é possível trazer para cá, para agora, esse mundo ideal. Alguns o
chamariam de utopia, mas seriam apenas aqueles que ainda estão
acomodados aos seus próprios conceitos, ou porque temem perder certos
status que o mundo, como é, errado deste modo, oferece aos
benevolentes e aos caridosos de plantão.
É possível construir um mundo novo, cheio de vida e beleza, mas é preciso
que cada um o descubra por si, pois é a partir do interior de cada um que
ele começa a vir à tona, e a se manifestar para os demais.

90
DEFINIÇÕES E INICIAÇÕES PARTE III A
É preciso querer participar disso, sentindo internamente que as
verdadeiras mudanças não ocorrem por meios políticos ou sociais, mas
pela transformação interior, pela transmutação interior, aquela que
produz, da pedra bruta que é o ser humano comum, o ouro alquímico que
é o super-homem transmutado.
É preciso entender, de uma vez por todas, o que significa estar iniciado em
um método como o MOINTIAN. Se não se mostram as transformações, é
porque o aluno não conseguiu integrar em si o nível de entendimento que
proporciona abrir as portas do fluxo de energia para qualquer resolução
que precise. Se não atingiu o centro da força em seu ser, se não consegue
estar “pleno de energia”, talvez não consiga decodificar ou sentir de fato
tudo o que o Método é.
Os que já passaram dessa fase, certamente acharão este texto muito
básico, mas ainda é necessário.
É preciso entender que estar iniciado no MOINTIAN é muito mais
importante que ir atrás de pessoas que dizem proporcionar o bem-estar. É
preciso entender que, desde o Ancoramento da Chama, e mais ainda a
partir do Nível I, o aluno/iniciado tem disponível para si e a partir de si,
muito mais, em se falando de energia, que a maioria dos terapeutas,
benzedores, massagistas, curadores, encantadores de cobras, bruxos, etc.
Só é preciso saber disto, que o MOINTIAN desperta esta conexão, sem
intermediários, entre o aluno e a fonte da energia. É isso que vai permitir,
posteriormente, todos os contatos internos e a elevação da consciência.
Mas é preciso perseverar; é preciso ser leal consigo mesmo, sem entregar
o poder pessoal para outra pessoa.
O poder pessoal é justamente o contato com a essência do seu próprio
ser, com o fluxo e desbloqueio que vai descortinando para si o
entendimento cada vez mais profundo sobre o mundo espiritual
verdadeiro.
O poder pessoal é a lealdade com o Eu Superior, seguindo o que ele traz
para a consciência, com fidelidade e imparcialidade. Sobre esse ponto,
seria interessante ler, no Manual do MOINTIAN, o que está escrito nas
páginas 356 e 357 e no livro verde, a parte final do capítulo 7.3.

91
Conversando Sobre MOINTIAN

45. INICIAÇÃO E DECODIFICAÇÃO

As iniciações no MOINTIAN proporcionam ao aluno a sua introdução em


um nível diferente e superior de atuação com a energia. Isso ocorre pela
abertura de seu campo energético.
As técnicas proporcionam uma interação com a energia a ponto de
transformar nossa vida, de forma prática.
Mas as iniciações, por si, não são a chave para o devido entendimento do
MOINTIAN. Elas são uma introdução, como disse, a uma faixa mais
elevada de compreensão, seja sobre a atuação dos símbolos ou dos
conceitos sobre a atuação da energia.
Todo o Método MOINTIAN é um código, e a chave para a evolução nele
consiste em decodificar as técnicas, por meio da aplicação diligente e
consciente de cada uma delas. Quando, internamente, sentimos o que
cada técnica proporciona, ou quando percebemos seu resultado concreto,
então podemos dizer que decodificamos a técnica, que assimilamos, em
nosso ser, o que ela guardava até então. Assim, gradativamente, vamos
descortinando o Método, decodificando as técnicas e elevando nosso
campo de atuação e de compreensão. Por isso, não bastam as iniciações,
nem a aplicação em si, mas a correta assimilação, que vem por meio dessa
decodificação. Isso será sentido quando, após a correta aplicação de
determinada técnica, entendermos o seu significado interno, quando seus
efeitos são sentidos e quando vamos além do que está definido para a sua
utilização. O mesmo vale para os símbolos.

92
III B – TÉCNICAS E SÍMBOLOS

PARTE

III B
TÉCNICAS E SÍMBOLOS

93
Conversando Sobre MOINTIAN

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III B TÉCNICAS E SÍMBOLOS 93
46. BRINCAR COM A ESFERA DE ENERGIA 95
47. TÉCNICA EXPERIMENTAL CONTRA GRIPE 96
48. UM SÍMBOLO PARA CUIDAR DOS VEGETAIS 97
49. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - SIMPLIFICADA 97
50. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - COMPLETA 102
51. INTERFERÊNCIAS NAS MEDITAÇÕES 112
52. CETRO E BASTÃO ANDROMEDANO 113
53. O QUE É SER UM MESTRE NOS DIAS DE HOJE? 113
54. SÍMBOLOS NAS MEDITAÇÕES 114
55. SOBRE OS SÍMBOLOS AMPLIFICAÇÃO E CURA ESPIRITUAL 115
56. NAVE DO MOINTIAN 118
57. SALAS DE CURA DA NAVE DO MOINTIAN 119
58. RESPIRAÇÃO DO DEVOTO 122
59. POSTURAS PARA PRÁTICA NO CHÃO 123
60. MOINTIAN E OS RAIOS 124

94
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

46. BRINCAR COM A ESFERA DE ENERGIA

Logo que um aluno é iniciado ou recebe o Ancoramento da Chama


Devocional, gosto muito de estimular suas sensações. Há um pequeno
exercício que permite ter uma sensação mais forte do fluxo da energia
após realizar a Irradiação com a Chama Devocional:

• Faz a irradiação com a chama, exatamente como está descrita no


capítulo 13 do Manual do MOINTIAN, até criar uma esfera de energia bem
palpável.
• Assim que for possível sentir a esfera bem palpável, pega ela com
apenas uma das mãos e leva-la até o joelho ou a coxa;
• Larga a esfera de energia/luz devagarinho sobre a coxa, sentindo que ela
fica ali depositada, bem quente e com certo peso;
• Afasta lentamente a mão, sempre sentindo que ela permanece sobre a
coxa, fazendo uma quente e sutil pressão;
• Passa a mão por cima, próximo ao local, para verificar se a esfera
continua lá;
• Repete isso até que seja possível sentir que de fato ela fica depositada
no local depois que a mão é afastada;
• Quando for possível sentir que ela permanece ativa sobre a coxa, então,
mentalmente, visualiza que ela se derrama pela perna, da mesma maneira que
indica a técnica da Irradiação com a Chama, como um banho de luz e energia.

Depois que for possível sentir a esfera de energia como foi indicado, é
possível variar um pouco o procedimento. Para isso, pede para que outra
pessoa passe a mão sobre o local onde a esfera de energia deve estar. Ela
poderá sentir um leve calor, algum pequeno campo magnético, uma onda
de energia, ou algo do tipo. São exercícios que devem ser repetidos até
que se obtenha resultados. Eu gosto disso porque reforça a ideia de que a
energia pode ser percebida, que pode ser criada pela
mente/energia/pensamento/vontade e que se torna perceptível até para
outros. Dá mais confiança para quem pratica, por perceber que há
realmente algo bom emanando de si. Da mesma forma, chama a atenção
para o fato que criamos tudo o que pensamos. Sendo assim, é preciso
cuidar para que nossos pensamentos não criem mais lixo que coisas boas.

95
Conversando Sobre MOINTIAN

47. TÉCNICA EXPERIMENTAL CONTRA GRIPE

Esta é uma técnica que ainda não foi divulgada e que não tem resultados
comprovados. Decidi colocá-la aqui para que seja testada pelos que
quiserem e que possamos avaliar os resultados. Trata-se de uma técnica
experimental para tratar sintomas de gripe. O procedimento é muito
simples, mas exige um pouco de concentração e visualização.
Para que seja obtido o resultado, deverá ser
visualizada a imagem de um vírus isolado. Por motivos
de ordem prática, o tipo de vírus que é mais fácil de
ser visualizado é o Bacteriófago. Apesar de que esse
tipo de vírus ataque apenas bactérias, tem servido,
como imagem, para que os resultados sejam obtidos
satisfatoriamente.
Bacteriófago
Procedimento:
• Senta ou deita confortavelmente;
• Faz o EBM e encontra o Estado Intermediário de Consciência;
• Assim que estiveres neste estado, visualiza, com a maior clareza
possível, que consegues isolar um vírus, um único vírus, que esteja
atacando teu organismo;
• Após ele estar visível e bem isolado, ativa o Símbolo da Transmutação e
visualiza que o símbolo impregna o vírus e o desintegra;
• Com a certeza de que o resultado foi atingido, sente que a mesma
reação que aquele vírus isolado teve, ao ser atingido pelo Símbolo da
Transmutação, vai ser repetida para todos os demais vírus que estejam
agredindo o teu organismo;
• Permanece alguns minutos enviando energia para ti mesmo;
• Encerra o procedimento.

Esta é uma técnica em teste e não faz parte do conjunto de técnicas para o
Método em si. Peço que os resultados obtidos, positivos ou não, sejam
enviados para mim, para que possamos ter uma avaliação prática sobre
ela. Até o momento, os resultados têm variado muito: alguns não
sentiram nada; outros tiveram os sintomas amenizados e outros, ainda,
permaneceram livres de gripe por mais de um ano.

96
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

48. UM SÍMBOLO PARA CUIDAR DOS VEGETAIS

Guardado há anos, e mostrado apenas para poucos alunos, há um símbolo


que não faz parte do Método, propriamente, mas que pode ser usado por
qualquer aluno iniciado no MOINTIAN. Trata-se do Símbolo Para Vegetais.
Este símbolo especial deve ser usado apenas para o reino vegetal.
Qualquer planta, desde uma semente até uma árvore, pode se beneficiar
com a energia extra de vitalidade que esse símbolo lhe traz. Os alunos que
o utilizaram sempre tiveram bons resultados. Ele pode ser usado em casos
nos quais uma planta adoeceu, ficou fraca ou
envelhecida. Os mesmos propósitos e critérios do
uso da energia devem ser considerados quando se
envia energia para outro reino: sempre deixar que o
melhor se manifeste. Em casos nos quais a planta
está no lugar errado, pode ocorrer sua morte. Para
casos de ataques de insetos, por estar em ambiente
desprovido de boa atmosfera, pode haver uma
melhora considerável de sua vitalidade. Considero
esse símbolo como uma boa ferramenta para esse
reino que tanto doa ao reino humano e tão pouco recebe. O seu traçado é
bem simples, como mostra a figura que fiz para mostrá-lo. Espero receber
comentários sobre seu uso.

49. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - SIMPLIFICADA

A meditação de quarta-feira é o principal encontro realizado por alunos e


simpatizantes do MOINTIAN. É a forma atual de conexão com as
Hierarquias, como forma de doação impessoal e posterior renovação de
energias para serem utilizadas no aperfeiçoamento pessoal.
O aluno, praticante ou iniciado no MOINTIAN, é a própria energia
catalisadora, é o que agrega energias que, primeiro, serão recolhidas pelas
Hierarquias, especialmente no local que chamamos “Nave do MOINTIAN”.
Logo, serão distribuídas, incondicionalmente, para todas as pessoas
receptivas e abertas às transformações e que delas necessitem. Isso
também se reflete nos corpos do aluno como uma força impulsionadora

97
Conversando Sobre MOINTIAN
para acelerar os seus próprios processos internos. Sobre a Nave do
MOINTIAN podes ler na página 358 do Manual do MOINTIAN e nos tópicos
56, 57 e 165 deste livro.
Diante da importância desta prática, recomendada para qualquer um,
mesmo que não seja ainda iniciado, vou reproduzir na íntegra a forma de
realizá-la. Para isso, uni todas as técnicas que são necessárias para uma
verdadeira conexão e irradiação. Ela deverá ser lida no dia da meditação:
quarta-feira às 19h30min do horário local e para qualquer fuso horário.
Ela não deve ser realizada em outro dia ou horário. Essa é uma
recomendação importante, para que não seja perdida a essência da
técnica e que seja guardada a conexão que ela proporciona.
Convém ao praticante permanecer alguns minutos em silêncio após sua
realização. Por exemplo, se a prática levou quinze minutos, permanecer
receptivo, não necessariamente em meditação, mas receptivo, reflexivo
sobre o procedimento, até no mínimo às 20h05min ou mais tempo se
conseguir. É importante permanecer em estado tranquilo e harmonizado
até alguns minutos após as 20 horas.
Apesar de que esta técnica tenha muitos pontos e seja extensa, ela é
realizada em poucos minutos, quando a temos integrada em nosso ser.

Antes de mostrá-la, é preciso saber que há três procedimentos de


meditação de quarta-feira:
1- aquele exposto no capítulo 18 do Manual do MOINTIAN: é o
procedimento básico, para pessoas que ainda não estão conectadas com a
energia do MOINTIAN e que não realizaram ao menos o Ancoramento da
Chama Devocional. Ele é preparatório para as autoiniciações;
2- o procedimento que é apresentado neste tópico, Meditação da Quarta-
Feira Simplificada: é o procedimento indicado para a prática individual ou
em um pequeno grupo iniciante no MOINTIAN. Vai proporcionar a
conexão com a hierarquia sem a necessidade de focalizar em detalhes
mais avançados;
3- aquele exposto no próximo tópico, denominado Meditação da Quarta-
Feira Completa: é o procedimento completo, mostrando o que ocorre
mesmo que não se faça conscientemente o procedimento ali
demonstrado. É o mais indicado para alunos adiantados e para grupos
bem consolidados.

98
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
Ao lado das técnicas que foram copiadas do Manual do MOINTIAN,
coloquei o número da página entre parêntesis, para que o interessado
possa ver de onde foi originada.
Antes de prosseguir com a leitura, e alguns dias antes de realizar o
procedimento pela primeira vez, é imprescindível que seja realizada a
leitura das páginas 117, 118 e 119, do capítulo 18 do Manual do MOINTIAN.
Ali, são definidos os objetivos e as considerações gerais para esta prática
individual ou em grupo, os quais constam no início do próximo tópico.
Como poderá ser visto, o procedimento envolve cinco etapas principais
assim denominadas:
A- PREPARAÇÃO PESSOAL
B- INTEGRAÇÃO COM O CORPO DE GRUPO DO MOINTIAN
C- PRIMEIRA PARTE – IRRADIAÇÃO PARA OUTRAS PESSOAS
D- SEGUNDA PARTE – CONEXÃO COM AS HIERARQUIAS SUPERIORES E
IRRADIAÇÃO PARA O PLANETA
E- RECOLHIMENTO E ASSENTAMENTO DA ENERGIA

PROCEDIMENTO SIMPLIFICADO – INÍCIO: 19H30MIN DE QUARTA-FEIRA

A- PREPARAÇÃO PESSOAL
1- REALIZA A SAUDAÇÃO DO DEVOTO (procede conforme mostram as
páginas 89-91 do Manual);
2- ELEVANDO A VIBRAÇÃO E FUSÃO COM A HIERARQUIA – ADAPTADAS
(os procedimentos originais estão nas páginas 219 e 221. Aqui, vais fazer
exatamente como segue abaixo):
Esta técnica é uma meditação conduzida com o propósito de transmutar,
alinhar, expandir e aprofundar a tua integração com o MOINTIAN e com as
Hierarquias correspondentes.

 entoa o som IOM três vezes;


 invoca Micah: MICAH, MICAH, MICAH-EL!
 começa visualizando o Símbolo da Transmutação entrando, a partir do
alto da cabeça, envolvendo todo o teu corpo, até os pés, formando um
tubo de luz dourada e transparente;
 este tubo começa a girar, manifestando em seu interior todos os Raios,
através das cores correspondentes às suas chamas purificadoras;

99
Conversando Sobre MOINTIAN
 o círculo externo do símbolo permanece dourado e por fora, envolvendo
todo o ambiente, há uma energia azul, harmonizadora e protetora;
 o desenho interno, que lembra o símbolo do infinito, também gira, mas
em direção oposta, e faz circular todas as cores e todos os Raios, que se
misturam e penetram teus corpos com suas chamas purificadoras;
 o círculo central, que está bem próximo ao corpo, permanece dourado,
enquanto gira também em direção diferente, fazendo circular mais e mais
as cores das chamas em teu interior;
 percebe, agora, que o tubo formado pelo círculo que está mais próximo
do teu corpo começa a elevar-se, atingindo dimensões muito, muito
elevadas, conectando-te com o Eu Superior, com a Mônada;
 os círculos continuam sempre girando, transmutando bloqueios,
pensamentos negativos e toda carga que tenhas acumulado;
 visualiza agora chamas branco-douradas, cintilantes, transmutadoras,
harmonizadoras, purificadoras envolvendo todo o teu corpo, subindo dos
pés até o mais alto nível que seja possível de atingires em teu atual nível
de desenvolvimento... Elas expandem-se e elevam-se conjuntamente com
teu campo energético e padrão vibratório.
(essa é uma parte da técnica “Elevando a Vibração”, demonstrada na animação
“Meditação com o Símbolo da Transmutação”, disponível no Youtube)

B- INTEGRAÇÃO COM O CORPO DE GRUPO DO MOINTIAN


 visualiza e ativa novamente o Símbolo da Transmutação, agora descendo
sobre a tua sala, amplificando, transmutando e integrando a energia de
todos os que estiverem realizando um procedimento semelhante, estejam
eles contigo fisicamente ou em outros locais;
 visualiza o Símbolo da Transmutação envolvendo e integrando a todos os
que estejam realizando este procedimento.

C- PRIMEIRA PARTE – IRRADIAÇÃO PARA OUTRAS PESSOAS


 mentalmente ou em voz baixa diz:
- Que nossa energia integrada e amplificada seja irradiada para as
Hierarquias planetária e cósmica. Que os Bem-Amados Mestres e os Seres
de Luz possam redirecioná-la, neste primeiro momento, para todas as
pessoas que venham ao nosso pensamento, que estejam receptivas, com o
coração e a mente abertos às transformações de sua consciência ou que
mereçam as bênçãos que lhes possibilitem manifestar maior harmonia.

100
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
Que todos os que estejam, neste momento, realizando um procedimento
semelhante, em outros locais, estejam espiritualmente conectados
conosco, formando um corpo de grupo.
 permanece irradiando, deixando as imagens com as fisionomias ou os
nomes das pessoas passarem pela mente;
 deixa que passem as imagens, com o sentimento claro de que cada uma
delas, conhecida ou não, receberá aquilo que for do seu merecimento,
imparcial e impessoalmente;
 permanece por dez minutos com esta irradiação;

D- SEGUNDA PARTE – CONEXÃO COM AS HIERARQUIAS SUPERIORES E


IRRADIAÇÃO PARA O PLANETA
 decorrido este primeiro período, visualiza novamente o Símbolo da
Transmutação sobre a sala envolvendo todo o teu corpo, tua sala, os
demais porventura presentes e ao corpo de grupo do MOINTIAN;
 deixa o símbolo atuar, descendo até o chão, amplificando a tua energia e
do grupo;
 mentalmente ou em voz baixa diz:
- Que nossa energia possa ser agora amplificada, a fim de que possamos
estar conectados com a Nave do MOINTIAN, a consciência de grupo
formada pela hierarquia do MOINTIAN. Que possamos estar conectados
com a Rede Energética Planetária. Pedimos permissão ao Senhor Gautama
para que possamos entrar na vibração do centro regente planetário.
Pedimos para que possamos estar infundidos na energia do Conselho de
Miz Tli Tlan e da Hierarquia Planetária. Pedimos para que possamos
receber os influxos da Hierarquia Cósmica, através do Regente Solar e de
Micah, o Regente Multi-Universal;
- Com nossa energia assim amplificada, pedimos que ela possa ser
transmitida para todos os seres, de todos os reinos e dimensões, que
estejam neste planeta para aprender e crescer espiritualmente.

 visualiza os centros energéticos planetários como vórtices de luz que se


elevam acima da atmosfera planetária e que lá se interligam, formando a
Rede Energética Planetária que envolve a todo o planeta, integrando
todas as dimensões;
 visualiza a energia do grupo sendo aplicada diretamente sobre o planeta,
vendo-o como uma esfera dourada;

101
Conversando Sobre MOINTIAN
 visualiza os demais seres receptivos, recebendo raios de luz dourada
emanados da Rede Energética;
 permanece irradiando por dez minutos;

E- RECOLHIMENTO E ASSENTAMENTO DA ENERGIA


 no final desse período, permanece em silêncio, recebendo as dádivas
desta conexão;
 volta gradativa e lentamente a perceber o ambiente;
 abre os olhos e permanece receptivo por alguns minutos;
 encerra o procedimento, procurando manter um estado mental o mais
puro possível até a hora de dormir.

50. MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA - COMPLETA

REUNIÃO OU MEDITAÇÃO DE QUARTA-FEIRA


(Manual do MOINTIAN, capítulo 18, páginas 117-119)
A utilização do procedimento que segue será útil para:
- aqueles que receberam apenas a Chama Devocional;
- alunos dos Níveis I ou II que não praticam a meditação em grupo;
- grupo de meditação formado por alunos que se enquadram nos tópicos
acima;
- acelerar o contato com a Alma de Grupo do MOINTIAN e com as
Hierarquias;
- preparar o campo energético para as duas primeiras autoiniciações do
MOINTIAN.

Objetivos da Meditação
Nestes encontros não queremos transformação social. Este é o serviço dos
políticos ou governantes do mundo físico. Queremos transformação e
transmutação interna, com as consequências que melhor se adéquem à
humanidade.
O pensamento que deve motivar o participante destas meditações é o de
querer a transformação da consciência para todos os que vierem à mente:
países, grupos, indivíduos ou personalidades bem materiais.

De acordo com o que foi esclarecido acima, temos como objetivos:


- criar harmonia individual ou coletiva;
- acelerar o processo de aceitação para as transformações pessoais;
- integração com as Hierarquias;
102
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
- contribuir com o Plano Divino através da doação de energia,
voluntária e impessoalmente, para todos os seres de todas as
dimensões e Reinos.

Algumas vezes pode parecer que nada acontece durante estas meditações.
Esta é uma limitação da mente objetiva. É assim mesmo. Confia e continua.
O Serviço será feito.

Considerações ou Normas Gerais de Participação em Grupo


A reunião para esta meditação não é agremiação social, reunião festiva ou
comemorativa. Considera como normas gerais as seguintes notas:
• os interessados em participar de um grupo de meditação, que se utiliza
das técnicas ensinadas no MOINTIAN, devem encarar este horário como
um compromisso sério de aprendizado e trabalho pelas Hierarquias e pela
humanidade;
• reuniões para conversas informais podem ser realizadas em outros
horários, para que estreitem os laços de amizade e fraternidade;
• a meditação deve iniciar exatamente às 19h30min de quarta-feira;
• cada participante escolhe entre sentar-se no chão, com as pernas
cruzadas, sobre almofadas, ou em uma cadeira, desde que esta não emita
rangido. É importante ficar confortável para não perturbar o grupo;
• quanto à disposição do grupo, é preciso cuidar para que nenhum dos
participantes sente diretamente na frente de outro. Isto causa uma
interferência no campo energético para a realização de um trabalho
como este. Sobre este ponto, há outros esclarecimentos no Nível II;
• as respirações, salvo quando indicado de outra maneira, para a realização
das técnicas do MOINTIAN são sempre abdominais: inspira-se dilatando o
abdome e expira-se contraindo-o;
• a respiração será sempre profunda e silenciosa. Não deve ser
acompanhada de qualquer tipo de som emitido pelo nariz ou pela boca;
• cada participante de um grupo deve pensar, de forma inteligente, em
colocar-se no lugar do outro, tentando perceber quais atitudes podem
perturbar o silêncio e a concentração;
• outras indicações sobre as “normas” de participação podem ser
elaboradas e discutidas entre os participantes.

103
Conversando Sobre MOINTIAN
Músicas e Mantras
Através da leitura da introdução deste manual, pode-se compreender que
o propósito do MOINTIAN é aproximar o novo padrão energético dos que
aceitam as iniciações. Desta forma, pelo menos nestes períodos de
meditação, não devem ser utilizados mantras (nem mesmo em Irdin) ou
músicas selecionadas apenas porque trazem a denominação “world music”
ou “new age”. A maioria é apenas ruído, afirmação emocional ou
perturbadora da vibração que se pretende atingir. O mesmo acontece com
a música clássica que, para este procedimento, também evoca o passado,
determinados aspectos emocionais ou registros inconscientes.
A melhor companhia para os que começam a sentir a vibração das
meditações de quarta-feira é o silêncio. Entretanto, algumas músicas do
compositor Kitaro, quando corretamente selecionadas, produzem
excelente vibração. Algumas delas estão livres dos apelos emocionais ou
puramente comerciais da maioria dos compositores deste gênero.

CONEXÃO COM A ENERGIA DA FONTE E UNIÃO DO GRUPO – procedimento


adaptado do capítulo 64, páginas 345-348 do Manual do MOINTIAN

Este procedimento consta de 4 pontos principais, conforme a técnica


original apresentada no capítulo 64 do Manual:
Preparação Pessoal – Primeira Parte
Preparação Pessoal – Segunda Parte
Procedimento Para o Grupo – Primeira Parte
Procedimento Para o Grupo – Segunda Parte
Na tentativa de facilitar a execução do mesmo, todas as técnicas estão
descritas na íntegra, para que o aluno não necessite procurá-las nas
páginas do Manual. Segue o procedimento:

O grupo reunido, com um dos integrantes coordenando a leitura, fazem a


preparação para técnicas avançadas.
Esta é uma importante evolução da técnica utilizada na quarta-feira
exposta no Nível I, que permite direcionar energia a partir do centro soma
para o ambiente, concentrando-a no meio da sala e depois para o grupo.
Ela permite uma integração maior do grupo antes da realização de outras
técnicas de irradiação coletiva.

104
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

Preparação Pessoal - Primeira Parte:

→ realiza a técnica Fusão com a Hierarquia;


FUSÃO COM A HIERARQUIA (página 221 do Manual)
Esta técnica é uma meditação conduzida com o propósito de transmutar,
alinhar, expandir e aprofundar a tua integração com o MOINTIAN e com as
Hierarquias correspondentes.
Procedimento:
 como primeiro passo, podes fazer as invocações que quiseres, para
amplificar a influência da meditação;
 entoa o som IOM três vezes;
 invoca Micah: MICAH, MICAH, MICAH-EL!
 realiza a primeira parte da técnica Elevando a Vibração seguindo
exatamente conforme segue abaixo (esta técnica está nas páginas 219-220
do Manual, e tem sua atuação demonstrada na animação “Meditação com
o Símbolo da Transmutação”, disponível no Youtube);
----------------------
 começa visualizando o Símbolo da Transmutação entrando, a partir do
alto da cabeça, envolvendo todo o teu corpo, até os pés, formando um
tubo de luz dourada e transparente;
 este tubo começa a girar, manifestando em seu interior todos os Raios,
através das cores correspondentes às suas chamas purificadoras;
 o círculo externo do símbolo permanece dourado e, por fora, envolvendo
todo o ambiente, há uma energia azul, harmonizadora e protetora;

 o desenho interno, que lembra o símbolo do infinito, também gira, mas


em direção oposta, e faz circular todas as cores e todos os Raios, que se
misturam e penetram teus corpos com suas chamas purificadoras;
 o círculo central, que está bem próximo ao corpo, permanece dourado,
enquanto gira também em direção diferente, fazendo circular mais e mais
as cores das Chamas em teu interior;

105
Conversando Sobre MOINTIAN
 percebe agora, que o tubo formado pelo círculo que está mais próximo
do teu corpo começa a elevar-se, atingindo dimensões muito, muito
elevadas, conectando-te com o Eu Superior, com a Mônada;
 os círculos continuam sempre girando, transmutando bloqueios,
pensamentos negativos e toda carga que tenhas acumulado;
 visualiza agora, chamas branco-douradas, cintilantes, transmutadoras,
harmonizadoras, purificadoras envolvendo todo o teu corpo, subindo dos
pés até o mais alto nível que seja possível de atingires em teu atual nível
de desenvolvimento... Elas expandem-se e elevam-se conjuntamente com
teu campo energético e padrão vibratório.
----------------
→ ativa os símbolos: Unificação (J) e Família Estelar (I);

→ realiza a Saudação do Devoto;


(movimentos conforme capítulo 14; irradiação conforme capítulo 59)
Primeiro movimento:

A1 A2

 começa com os braços estendidos à altura dos ombros, mantendo as


palmas das mãos para a frente (A1);
 sempre com movimentos contínuos, inspira e, ao mesmo tempo, abraça
o corpo, posicionando a mão ativa sobre o cardíaco e a mão passiva sobre
o plexo cósmico (A2);
 expira e abre os braços simultaneamente;
 repete este movimento três vezes. (estimula o centro cardíaco)

106
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

Segundo movimento:

B1 B2

 junta as mãos em forma de concha, posicionando a ativa sobre a passiva,


à altura do centro cardíaco (B1);
 inspira afastando as mãos em sentido oposto (B2). Enquanto a ativa vai
para cima, a passiva vai para baixo. Conserva as palmas sempre voltadas
uma para a outra;
 expira voltando ao início do segundo movimento (B1);
 repete este movimento três vezes. Permanece assim alguns instantes.
(acumula energia no centro cardíaco)

Terceiro movimento:

C1 C2 C3

 as mãos sobre o cardíaco agora assumem a posição de oração;


 mantendo esta posição (C1), faz uma respiração completa;
 posiciona as mãos sobre o centro soma, na testa. Inspira e expira mais
uma vez (C2);
 posicionando as mãos no topo da cabeça, sobre o centro coronário, faz
mais uma respiração completa (C3).
(expande a energia, que é remetida para o centro coronário)

Quarto movimento:

107
Conversando Sobre MOINTIAN

D1 D2 D3

 com as mãos ainda sobre a cabeça, inspira novamente (D1);


 expira e, ao mesmo tempo, abre os braços, palmas para baixo, formando
um grande círculo (D2), vendo a energia e tua aura expandirem-se,
abrindo o fluxo energético;
 volta à posição inicial do segundo movimento (D3), uma mão sobre a
outra, sobre o centro cardíaco.
(irradia a energia, expandindo a aura rapidamente)

→ sente a energia vir da fonte, de Samana, de Micah;


 puxa a energia do alto, a energia cósmica, universal, sentindo a conexão
superior no mais alto nível que possa ser alcançado;
 ergue as mãos, com as palmas voltadas para cima, até o alto da cabeça
(figura 3 do quadro XXVI);
 permanece com as palmas abertas, voltadas para cima, a uma altura de
quinze ou vinte centímetros acima da cabeça;
 sente a conexão cósmica tomar conta de todo o teu ser;
 puxa a energia para o centro soma;
 começa a trazer as mãos, agora fechando-as, como em oração (figura 4
do quadro XXVI);
 permanece nesta posição até que estejas plenamente consciente da
energia;
 quando a sensação de conexão com a energia estiver plena, abre as
palmas das mãos, ofertando com toda a fé e entrega a bênção sentida
para todas as pessoas do teu grupo, da tua família, do país, do planeta, do
universo (figura 5 do quadro XXVI);

3 4 5

108
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
 sente a conexão com a Fonte;
 sente que esta energia é irradiada como uma ondulação azul-prateada e
transparente, trazendo o Corpo de Luz para tua consciência;
 o Corpo de Luz expande-se e atinge o universo;
 permanece em entrega e receptividade.

Preparação Pessoal - Segunda Parte:


 realiza uma série de movimentos com o braços, para conexão com a
Hierarquia, da seguinte maneira:
- para cima três vezes (figura 6 do quadro XXVI);
- para fora uma vez (figura 8 do quadro XXVI);
- para cima uma vez (figura 6 do quadro XXVI);
- para dentro uma vez (figura 7 do quadro XXVI).

6 7 6 8

Procedimento Para o Grupo - Primeira Parte


Tenham uma vela no meio da sala para concentrar a atenção do grupo. O
coordenador do grupo deste dia diz:
 visualizamos a atuação do símbolo da Transmutação sobre a sala,
integrando o grupo e o ambiente (figura 9 do quadro XXVI);

9
 concentramos nossa atenção no centro soma;
 visualizamos este centro como uma esfera de luz;
 sentimos que deste ponto iluminado saem potentes feixes de luz, que no
centro e acima da sala, chocam-se, interligando-se, formando uma esfera
de luz (figura 10 do quadro XXVI);

109
Conversando Sobre MOINTIAN

10
 sentimos que esta é a formação de um potente núcleo de irradiação de energia;
 visualizamos e ativamos, dentro da esfera formada, os símbolos: A+K+L

 vejamos aumentar a energia que sai do soma e se dirige à esfera


formada no meio da sala;
 tenhamos consciência de que a esfera é a própria Terra e que estamos
servindo como canais de purificação e de transmutação planetária;
 deixemos que a imagem cresça e fortaleça;
 visualizamos agora a esfera na cor dourada, aumentando o seu tamanho;
 sentimos ela aumentar até tomar conta de toda a sala, fundindo-se em
nossa energia, penetrando-nos;
 sentimos a energia penetrando-nos e cada vez mais nos conduzindo a
um estado de profunda harmonia e tranquilidade;
 deixamos este sentimento infundir nosso ser.

Procedimento Para o Grupo - Segunda Parte:


 o coordenador do grupo deste dia diz:
- Que nossa energia integrada e amplificada seja irradiada para as
Hierarquias planetária e cósmica. Que os Bem-Amados Mestres e os Seres
de Luz possam redirecioná-la, neste primeiro momento, para todas as
pessoas que venham ao nosso pensamento, que estejam receptivas, com o
coração e a mente abertos às transformações de sua consciência ou que
mereçam as bênçãos que lhes possibilitem manifestar maior harmonia. Que
todos os que estejam, neste momento, realizando um procedimento
semelhante, em outros locais, estejam espiritualmente conectados conosco.

110
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
 todos permanecemos irradiando, deixando as imagens com as
fisionomias ou os nomes das pessoas passarem pela mente;
 deixamos que passem as imagens, com o sentimento claro de que cada
uma delas, conhecida ou não, receberá aquilo que for do seu
merecimento, imparcial e impessoalmente;
 permanecemos por dez minutos com esta irradiação;
 decorrido este primeiro período, visualizamos novamente o Símbolo da
Transmutação, agora sobre a sala, envolvendo todo o grupo;
 deixamos o símbolo atuar, descendo até o chão, amplificando a nossa
energia;
 o coordenador do grupo deste dia diz:
- Que nossa energia seja agora amplificada, a fim de que possamos estar
conectados com a Rede Energética Planetária. Pedimos permissão ao
Senhor Gautama para que possamos entrar na vibração do centro regente
planetário, Miz Tli Tlan. Pedimos para que possamos estar infundidos na
energia do Conselho de Miz Tli Tlan e da Hierarquia Planetária. Pedimos
para que possamos receber os influxos da Hierarquia Cósmica, através do
Regente Solar e de Micah, representando o Cristo e Regente Multi-Universal;
- Com nossa energia assim amplificada, pedimos que ela possa ser
transmitida para todos os seres, de todos os reinos e dimensões, que
estejam neste planeta para aprender e crescer espiritualmente.

 visualizamos a Rede Energética Planetária e o planeta;


 visualizamos os seres receptivos, recebendo raios de luz dourada emanados
da Rede Energética;
 visualizamos e ativamos o Fluxo Divino (L) na Rede Energética;
 permanecemos irradiando por dez minutos;
 no final deste período, permaneçamos em silêncio, recebendo as dádivas
desta conexão.

CONSIDERAÇÕES
O tempo de permanência na última parte pode ser determinado pelo
grupo. Os que voltam à consciência objetiva mais rapidamente, devem
permanecer em silêncio para que as energias sejam estabilizadas e
ancoradas em seu ser, sem fazerem movimentos bruscos. Conversas e
comentários somente depois que todos estejam alinhados e despertos.

111
Conversando Sobre MOINTIAN
No final da segunda parte do procedimento para grupo, o coordenador do
grupo pode evocar a energia de determinados centros energéticos planetários,
em geral três nomes, para que o grupo receba as suas irradiações.

A segunda parte do procedimento preparatório serve para acumular


energia e irradiar mais amplamente. Pode ser suprimida na maioria das
reuniões. Todos os procedimentos podem ser realizados individualmente.
Depois de um grupo formado, a entrada de um novo participante exige
que os outros realizem os procedimentos de acordo com o nível do que
entra. As invocações, movimentos e símbolos devem ser realizados
mentalmente até que o novo membro tenha realizado e sentido as
técnicas. Quando isso não ocorre, observa-se que o novo participante fica
desconcertado, tentando atingir o que ainda não experimentou. Em
outros casos, pode causar certa dúvida quanto aos procedimentos, pois
para ele a energia ainda não flui do mesmo modo.

O procedimento para grupo aqui exposto é uma variação dos demais. A


primeira parte sempre ocorre em uma reunião, mesmo que não seja
conscientemente estimulada. Faz parte do trabalho e atuação do símbolo
da Transmutação (G) e Cura Para Grupo (K) em conjunto.

51. INTERFERÊNCIAS NAS MEDITAÇÕES

Quando em grupo, algumas pessoas relatam que parecem sentir algum


tipo de interferência, de invasão, durante as práticas da meditação. Alguns
relatam que sentem algo negativo proveniente de outras pessoas. De
acordo com o que foi amplamente explicado sobre o que ocorre nas
meditações em grupo com o MOINTIAN, especialmente quando o Símbolo
da Transmutação está sendo utilizado, é impossível que ocorra algum tipo
de interferência negativa de um participante para outro. O que ocorre,
com muita frequência, é que a pessoa que sente algo assim, colocou-se
em uma posição de defesa e não de abertura para o superior e para a
energia. A própria pessoa está conectada com uma vibração mais baixa e
que a faz perceber as camadas mais densas do ambiente e da transmutação
dos demais. É preciso querer, mesmo quando se tem problemas, perceber o
próprio interior e estar conectado com a própria essência divina.

112
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

52. CETRO E BASTÃO ANDROMEDANO

Pergunta: Qual é a diferença entre o Cetro e o Bastão Andromedano?

Resposta: O Cetro é um “instrumento de poder”, ele representa a


aquisição de uma força interna, que foi atingido determinado patamar, no
plano espiritual. Ele facilita a realização de determinadas aberturas e
atuações no plano espiritual, da mesma maneira que instrumentos e
“ferramentas” de seu nível. Esses instrumentos são concedidos pelas
Hierarquias, de acordo com o Serviço que seja necessário realizar. O
capítulo 52, O Cetro de Poder, no Nível IV do Manual do MOINTIAN,
explica muito sobre esses instrumentos. Há uma referência a certos
instrumentos e presentes espirituais na segunda parte do livro branco e
nos tópicos 53 e 68 do presente livro.
Quanto ao Bastão de Luz Andromedano, é uma técnica que está descrita
no capítulo 50 do Manual. É um acréscimo de energia para aplicações,
quando o fluxo se torna tão intenso que o aluno parece estar com um
prolongamento de seus braços e mãos, tendo um alcance maior de
energia.

53. O QUE É SER UM MESTRE NOS DIAS DE HOJE?

Com todas as novas definições que venho tentando esclarecer,


especialmente como foi mostrado no livro verde, Uma Nova Consciência
Para Uma Nova Humanidade, parece estar claro que, hoje em dia, há
muito mais facilidade de se despertar a maestria ou a ascensão que em
tempos passados. Entretanto, para os que caminham com seriedade e
têm, no profundo do seu ser, a fidelidade com o propósito de liberdade, a
responsabilidade que esse despertar exige é, talvez, muito maior.
Sabemos que são inúmeros os que atingem níveis elevados, da categoria
que se pode denominar mestres ascensos, mas que ainda seguem
escravos daquilo que tenho definido como Campânula.
Por outro lado, sabe-se que aqueles que tenham identificado em si
padrões elevados e que sejam portadores da força interna, vivem de
maneira muito tranquila e sem grandes transformações, para os que os

113
Conversando Sobre MOINTIAN
veem com os olhos físicos. Isso tudo ocorre assim, de maneira tão mais
natural que aquela que nos relatavam os escritos fantásticos do passado,
porque conseguimos identificar uma verdade que mudou completamente
o sentido da busca espiritual: que já somos aquilo que pretendemos encontrar.
Dessa maneira, o trabalho todo que precisamos realizar consta de,
primeiramente, a identificação da essência divina que habita em nosso
interior. Posteriormente, descartar de nossas vidas padrões de conduta,
sistemas de crenças e objetivos que sejam contrários à manifestação, o
mais plenamente possível, dessa essência.
Quanto mais se trabalha para não aceitar o que sempre foi imposto ou
inculcado na consciência humana, mais amplamente um ser que desperta
para o espiritual pode descortinar uma nova realidade para si e para os
demais.
Aqui também entra um detalhe, que complementa o tópico anterior,
referente ao Cetro. O Cetro é, sem dúvida, um sinal da tal maestria. Mas o
que se vê é que nem todo portador de Cetro se tornou um mestre real,
completo ou livre. Esse é um fato. Há, portanto, níveis de maestria. E a
maioria parece estar no pré-escolar e, muitos, no jardim de infância.
Sempre há muito o que aprender. O fato é que a responsabilidade de um
portador de Cetro é grande, pois uma palavra sua tem grande força e
poder. Uma energia irradiada tem muito mais eficácia e possibilidade de
causar transformação. O que deve nos fazer pensar é que muitos estão
usando essa força para manipular e desrespeitar a evolução de outros.
Ter atingido o estágio de poder ser portador de um Cetro de Comando,
quer dizer que a força interna despertou. Quanto mais nos damos conta
da sua presença, mais podemos utilizá-lo como uma ponte de conexão
entre a nossa manifestação física e a superior. Para isso, é preciso saber
que ele é a força que precisamos para qualquer interação com energias e
para que as transformações ocorram com mais intensidade.

54. SÍMBOLOS NAS MEDITAÇÕES

Pergunta: Por que alguns símbolos do MOINTIAN mudam durante uma


meditação?

114
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
Resposta: Na realidade os símbolos não mudam, mas sim nossa forma de
percebê-los ou interagirmos com eles, conforme nosso estado de espírito,
nosso padrão de consciência, ou nossa necessidade em determinado
momento. Assim, dependendo desses fatores, eles podem aparecer das
mais variadas cores, simbolizando uma qualidade extra de energia,
relativa aos Raios ou Chamas, que podem suprir uma determinada
carência energética ou espiritual para quem os ativa. Há, também,
conforme pode ser verificado no Manual completo, Nível II, no tópico D da
página 145, a possibilidade de alguns símbolos aparecerem mesclados ou
fundidos. É uma qualidade de energia manifestando-se para uma
determinada situação. Com o uso frequente dos símbolos do MOINTIAN,
vamos verificando que eles são muito vivos, e que mudam conforme muda
nossa forma de ver o mundo físico e/ou espiritual.

55. SOBRE OS SÍMBOLOS AMPLIFICAÇÃO E CURA ESPIRITUAL

A. SOBRE O SÍMBOLO AMPLIFICAÇÃO DO AMOR DEVOCIONAL (E)

Muitos alunos gostam de comentar sobre a atuação do símbolo da


Amplificação do Amor Devocional (E). A maioria fala apenas do sentido de
“amor” que ele desperta ou que ele proporciona uma paz e doçura muito
maternal e muito profunda. Conforme sua descrição no Manual, na página
137, podemos ver que ele tem, de fato, muitas possibilidades de atuação.
Sem dúvida, é um grande amplificador de todas aquelas boas sensações
que a própria Chama Devocional sempre proporciona para todos os que se
iniciam no Método. Essa é sua grande característica. Entretanto, ele é bem
mais que isso, pois tem atuação direta em outros níveis ou camadas do
ser, por exemplo:
• atua sobre o emocional – desperta para o contato interno;
• desbloqueio energético – abre os canais de energia de todos os níveis do
ser durante uma iniciação;
• equilíbrio da energia interna – faz um equilíbrio entre a energia interna,
a energia sexual, com a energia da terra, produzindo uma abertura para o
eu superior, devido a que inicia o trabalho de desapego às necessidades
puramente materialistas.

115
Conversando Sobre MOINTIAN
Enfim, tem muito mais atuação que simplesmente a de despertar o que
pode ser considerado como amor ou as sensações que isso produz.
O que deveria ser motivo para grande pesquisa, especialmente daqueles
que aplicam o MOINTIAN em outras pessoas, seria a parte de sua atuação
que age sobre o nível energético onde se encontram os meridianos ou
canais de fluxo energético, conforme descrevia a medicina chinesa. Uma
pesquisa detalhada poderia revelar que é possível ter uma atuação muito
mais eficaz e simples que quando se utiliza de técnicas já ultrapassadas, do
ponto de vista das possibilidades atuais para o ser humano. O aluno
interessado deve estar ciente de que tudo o que ele necessita, para o
restabelecimento de sua condição física, pode ser conseguido pela prática
constante e disciplinada do MOINTIAN. Ao mesmo tempo, esse aluno
também sabe que todo resultado, para ser palpável, resulta de uma
transformação ou transmutação que deve ocorrer a partir de seu interior.

B. SOBRE O SÍMBOLO CURA ESPIRITUAL (H)

Pergunta: Se a atuação do Símbolo Cura Espiritual (H) seria de unificar os


centros na cabeça, então qual a diferença entre unificar os centros na
“cabeça” ou no “cardíaco” como ensinam outras escolas espirituais? Qual
a diferença na evolução espiritual entre esses dois processos?

Resposta: Houve um equívoco e uma incompreensão aqui. A atuação do


Símbolo da Cura Espiritual, por ser uma síntese da Sequência Básica, eleva
para a cabeça a energia. Ele atua da mesma forma que as três posições
iniciais dessa sequência para, depois, trazer a energia renovada, superior,
mas que, através deste símbolo, adquire uma força muito mais intensa
que aquela obtida simplesmente na aplicação do Nível I.
Mais uma vez há mistura de conceitos aqui. Fica difícil assimilar algo com a
mente tão cheia de conceitos.
Com relação ao que outras escolas realizam, também não é tão simples
assim, e existem, na configuração oriental/taoísta/chinesa/atlante
secundária, da mesma forma que na tradição hindu/lemuriana tardia, três
pontos ou áreas de concentração, relativas à: energia da terra (até a
cintura), energia interna (cardíaco - refere-se à circulação do Chi, Ki, ou
Prana) e a energia cósmica (cabeça). Eu estou simplificando esses
conceitos aqui. É preciso levar em consideração as definições feitas no

116
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
Manual do MOINTIAN, no início da segunda parte, sobre esses conceitos
e, principalmente, saber que o MOINTIAN está além dessas práticas, que
foram definidas para até o ano 2000, renovando-as e trazendo o elo para a
vida futura, a manifestar-se no planeta.
Cada técnica, de cada método, tem um objetivo. Não é possível misturar
conceitos de técnicas e obter o resultado especificado. Uma coisa é a
atuação e a aplicação com o Símbolo da Cura Espiritual, especificamente
como uma forma de elevar o padrão da energia como uma autoaplicação
completa. Outra coisa é querer que ele atue de uma forma diferente e com
outro propósito que não aquele que é próprio da sua atuação.
Em outro aspecto, o Cura Espiritual, como o próprio nome já se refere, por
si é aquele que vai trazer um maior potencial para que possamos nos livrar
da carga do passado, curando pendências, cortando influências, como
traumas, carmas, etc. É preciso meditar na atuação e influência de cada
símbolo para poder compreendê-lo corretamente. Cada técnica, cada
símbolo e cada definição tem o seu sentido e propósito bem específico,
dentro do MOINTIAN.
Existe muita diferença na atuação de métodos originados em civilizações
ou eras passadas. Cada método, surgido em períodos ou civilizações
distintas, atuava de acordo com a origem e estrutura energética ao qual
era destinado, e apenas para a humanidade que vivia em sua época. Em
relação a isso, pode-se dizer que, quanto mais antiga a tradição, o
trabalho com a energia dos centros de energia começava mais embaixo
que o da próxima civilização. Assim sendo, a civilização que agora vai
deixando sua influência, tinha como ponto principal, para despertar das
energias, o centro cardíaco. A próxima, com a qual estamos trabalhando
em potencial, como pioneiros da energia do MOINTIAN, tem o despertar
na região da cabeça, no centro soma e nos acima da cabeça.
Para terminar, o Símbolo da Cura Espiritual é um dos símbolos do
MOINTIAN, com uma aplicação específica para determinados fins. Ele não
é o MOINTIAN em si. Cada processo, técnica e símbolo compõe a estrutura
do Método. A comparação entre uma técnica e outra, no sentido de qual
produz realmente certo efeito só é adquirida com discernimento e
disciplina nas práticas.

117
Conversando Sobre MOINTIAN

56. NAVE DO MOINTIAN

Pergunta: É correto afirmar que a Nave do MOINTIAN, que pode ser vista
durante uma meditação, é uma “alma de grupo” ou “consciência de grupo”?

Resposta: Sim, a nave do MOINTIAN, que é uma representação do “local


sagrado”, situado no plano espiritual, onde todos os iniciados podem
receber e partilhar desta energia, é formada pela integração de todos os
que participam deste Método. No manual completo do MOINTIAN, no
último parágrafo da página 359 e na página 360, é possível ler o seguinte:
Os alunos podem contar com um local intermediário entre sua consciência
individual e sua família estelar. Este local é a nave do MOINTIAN, a
Consciência de Grupo formada por todos os alunos, mensageiros e discípulos
da luz que reúnem forças neste local espiritual.
A formação desta nave está orientada pelas Hierarquias, especialmente pelo
mestre Djwhal Khul, com a força de conexão com a Ordem de Micah e de
determinados Comandos Estelares. Atualmente, sua força abrange todas as
escolas e padrões energéticos. Todas as quartas-feiras os alunos que se
conectam com esta dádiva, têm sua energia renovada, em conexão com uma
energia que os remeterá ao verdadeiro grupo ou linhagem de cada um. A
Nave do MOINTIAN pode ser considerada como uma ponte de ligação,
intermediária entre a consciência individual do aluno que realiza o
procedimento de conexão com a hierarquia e sua família divina...
O estímulo deste contato desperta a energia e a qualidade própria do
MOINTIAN para todos. Por isto o contato com ela, através do procedimento
da quarta-feira e da técnica de Fusão com a Hierarquia são indicadas na fase
inicial do despertar da energia.
Quero salientar a importância da nave do MOINTIAN. Ela cresce a cada
instante, tanto pela força que os Comandos e as Hierarquias depositam
para ela, como pela força do pensamento que cada novo iniciado
deposita. Refletem nela as necessidades que cada um tenha e, assim, ela
vai crescendo em sua manifestação etérica. Por exemplo, se um novo
aluno necessita de um campo ou lugar de isolamento neutro e profundo,
onde possa recuperar-se e estar totalmente invulnerável, a nave terá uma
sala aumentada com a frequência que ele necessita. São projeções que
vão expandindo sua natureza plástica e moldável. Mas as salas principais
continuam as mesmas...

118
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B

57. SALAS DE CURA DA NAVE DO MOINTIAN

A intenção original sempre foi manter discrição em relação a temas mais


profundos, numa tentativa de “disfarçar” o MOINTIAN como uma técnica
de energização ou, no máximo, como caminho de reencontro interno. No
entanto, sem querer salientar determinadas possibilidades que
aparentemente seriam mais “fantásticas”, chegamos a uma fase
importante na qual o máximo de esclarecimento se faz necessário para o
bom aproveitamento do Método.
Somente iniciados podem usufruir plenamente da “Nave do MOINTIAN”,
mas, durante a meditação das quartas-feiras, qualquer um pode pedir
mentalmente para ser levado até ela. Realizando essa conexão, é possível
receber a qualificação energética que será utilizada durante a semana
seguinte, ou que, a partir dela, sejamos reconduzidos para o local ou
ponto cósmico específico da nossa origem estelar.
A Nave do MOINTIAN constitui-se numa importante ferramenta para o
aluno dedicado e fiel, para que possa refazer suas energias em um local
“protegido e extremamente elevado”, no sentido de que se encontra no
plano espiritual propriamente. Através dela, o aluno pode ser reconduzido
para o seu trabalho de reconhecimento ou de despertar para o seu grupo
interno e cósmico verdadeiro (família estelar) e ter descortinada, com o
tempo e a dedicação, a sua tarefa neste nosso plano.
Sempre falamos da Nave para ser utilizada ou visualizada nas quartas-
feiras. Porém, como ferramenta para um auxílio mais prático ainda não
havíamos comentado.
Nas quartas-feiras, quando se usa o Símbolo da Transmutação e símbolo
Fluxo Divino, ela sempre atua, mesmo que o aluno não esteja consciente
de sua atuação ou de que ocorra a conexão com ela. Mas é ela que refaz a
energia do aluno, requalifica e eleva sua vibração e que remete o aluno
para sua própria Família.
O motivo de não termos comentado mais detalhes sobre ela, foi
justamente para não despertar a fantasia nos que não estavam
preparados para usá-la e, também, para que reuníssemos mais força no
plano interno para que qualquer um pudesse saber de sua existência e
receber seus benefícios.

119
Conversando Sobre MOINTIAN
Em sua origem etérica, nesta fase atual, ela foi um presente e um projeto
que teve iniciativa a partir do Mestre Djwhal Khul e de seres Avatares. No
início, era uma importante força para condução dos alunos durante as
iniciações. Era um local que servia para receberem potentes estímulos
provenientes da Ordem de Micah, de Micah propriamente, da Fonte da
energia cósmica. Também havia uma importante qualidade de energia
através da Mãe Maria, que atuava, e ainda atua, como um filtro e um
catalisador das energias que passam através dela. Esse filtro podia ser
visualizado como um grande diamante que modulava energias para a
qualidade de serviço necessário em cada meditação. Mas esse é outro
assunto, pois o auxílio ou o incentivo das Hierarquias planetárias foi
necessário apenas no início da fase atual do MOINTIAN.
A Nave servia, no início da sua atuação, como foco da Luz de Micah para
auxílio nas iniciações, onde atuam os Mensageiros e, após as iniciações,
para os novos alunos. Depois, ela começou a crescer, ter suas salas
ampliadas e mais salas agregadas, por consequência de sua constituição
plástica e sempre maleável, e em conformidade com a necessidade de
cada aluno ou conforme fosse necessário, de acordo com alguma nova
qualificação recebida e possível de ser distribuída a todos.
Podemos, resumidamente, dizer que temos a sala circular, um espaço que,
além de ser a sala principal, de monitoramento e controle, dispõe de
assentos ou bancos, para onde os alunos são levados nas suas meditações.
No centro desta, encontra-se um foco de luz, que é aquele que vem da
fonte e se redistribui para todos e para o planeta. É a sala de captação e
reequilíbrio das energias.
Depois desta, encontramos salas recriadas a partir da necessidade de
reconforto ou requalificação energética e que vão desde bosques,
florestas, montanhas, cachoeiras, até salas de terapia. No livro branco, Os
Incríveis Seres de Dois Mundos, o capítulo XXVII denomina-se “A Nave dos
Libertos” e comunica um pouco sobre uma nave como esta.
Voltando a atenção especificamente para as “salas de terapia” ou de cura,
que são as que nos interessam descrever neste tópico, posso dizer que
nelas atuarão as forças que auxiliarão o necessitado e/ou o terapeuta que
utiliza o MOINTIAN em suas práticas.
O que se pode fazer de maneira específica, mas sem criar um hábito geral,
é uma harmonização mental e espiritual com as salas de cura. Devemos
ter claro que este procedimento é para ser usado em caso de emergência

120
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
extrema ou para casos nos quais as terapias energéticas e espirituais
convencionais não consigam solucionar. Para isso é possível pedir a intervenção
de energias mais potentes, como as provenientes das salas da Nave.
O procedimento para que possa ocorrer uma sintonia entre o aluno e/ou
requerente do auxílio seria, em resumo, o seguinte:
• Realiza a primeira parte da técnica “elevando a vibração”, página 229 do
Manual do MOINTIAN;
• Sente e visualiza que todo o ambiente no qual te encontras se eleva, a
ponto de se encontrar com o ambiente da sala de cura específica para o
tratamento necessário, no plano espiritual;
• Traz, em mente e consciência, a vibração encontrada naquele plano e
local espiritual para o ambiente físico – conecta essas duas dimensões;
• Permanece em consciência nos dois planos, “cá e lá”, que é o estado
mental de harmonização necessário para que o contato se estabeleça e
fica pelo tempo que for necessário ou que durar a aplicação que esteja
sendo realizada;
• Adota uma atitude, ao mesmo tempo, receptiva e de profunda entrega,
para que os ajustes necessários sejam realizados, confiando no processo.

Deve ficar claro que este procedimento será realizado nos dois locais
simultaneamente e que é criada uma atmosfera de extrema limpeza,
proteção, integração e elevação, necessária para que o melhor resultado
seja obtido.
Se o procedimento for feito para, por exemplo, retirar energias maléficas
do campo energético de outra pessoa, é preciso ter a plena convicção de
que será realizado em um ambiente situado em uma dimensão elevada e
espiritual. Nesse estado de consciência, a extração dessas energias será
feita com o consentimento do Eu Superior da pessoa que recebe a
energia, e o procedimento será realizado pelo contato entre a Mônada do
aluno e a do receptor.
Uma chave muito importante para os dias de hoje é o que pode ser
chamado “conversa interna entre Mônadas”. É daí que vem a força para
definir ou restaurar qualquer situação e até mesmo saber da intenção real
de cada um. Quando se contata ou reconecta uma pessoa com este nível,
por menor que seja o tempo desse contato, já começam a ser dissolvidos
os problemas, e a vida começa a tomar a direção que precisa neste plano.

121
Conversando Sobre MOINTIAN
Convém salientar que esse tipo de intervenção não usa qualquer forma de
manipulação de forças, não se está querendo modificar hábitos ou
pensamentos. Em suma, não estamos trabalhando com a personalidade.
Estamos realizando algo em âmbito monádico, na dimensão e nível do
plano espiritual. E estamos fazendo isso com a parte divina e monádica de
nós mesmos, também. Portanto, nada tem a ver com imaginação, vontade
própria ou desejo por resultados. Tem a ver com um serviço de religar, de
reconectar a pessoa que recebe este auxílio com sua própria essência. Por
isso é uma conversa entre Mônadas.
A única parte que exige visualização, quando vamos conectar o “cá e lá”,
serve para que seja despertada aquela certeza interna, a força interna
necessária para qualquer ato que exija uma real presença da consciência.
Se não estivermos plenos dessa certeza interna, a coligação com a Nave
não será efetiva de forma consciente.
Seria bom rever o conceito de enviar energia a distância, conforme
estabelecido para práticas com o MOINTIAN, para que esse ponto fique
bem claro. Veja isso no capítulo 24, a partir da página 151 do Manual.

58. RESPIRAÇÃO DO DEVOTO

Pergunta: Por qual motivo, para algumas pessoas, a técnica Respiração do


Devoto, capítulo 29 do Manual do MOINTIAN, não produziria os efeitos
descritos? E por que elas encontrariam melhores resultados nas técnicas
antigas e não nas atualizadas, da nova estrutura energética?

Resposta: Muitos motivos podem fazer uma pessoa não sentir efeitos com
o MOINTIAN ou com a nova estrutura energética.
Se a pessoa já encontrou seu caminho, então não vai sentir muita energia
ou fluxo ou despertar nas técnicas de outros métodos. Se a estrutura
interna ou energética da pessoa é de uma linhagem específica e já está
suficientemente desperta, ela fica nessa linhagem, sem sentir efeitos em
outros métodos. Se a pessoa não aceita totalmente a modificação de seus
conceitos, modos de vida, e de sua estrutura, ela bloqueia qualquer
interação com algo diferente do usual para ela.

122
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
Deve-se lembrar, também, que o MOINTIAN não é um método hipnótico
ou que mascara a realidade. Ele apresenta algo diferente, mas cada um
tem a opção de aceitar ou rejeitar o que é por ele veiculado.

A Respiração do Devoto é uma técnica muito importante, é um exercício


básico. Pode ser praticada sempre, como forma de acelerar o processo de
transmissão de energia, potencializar símbolos, acelerar os processos
internos. Deve ser realizada sempre: nas aplicações, meditações e técnicas
em geral, como forma de desenvolvimento interno e para acúmulo de
energia em qualquer situação.

59. POSTURAS PARA PRÁTICA NO CHÃO

Com relação à postura correta para sentar, principalmente para aqueles


que gostam de sentar no solo, sobre almofadas, vale observar o que já
está descrito na página 41 do livro laranja, Práticas Para a Meditação Livre.

Com o MOINTIAN, sempre dizemos que pouco importa a postura, o jeito


próprio de cada um, ou se as pernas se cruzam: a energia sempre flui,
inteligentemente. Entretanto, tenho notado que, além do desconforto de
alguns, outros ficam excessivamente relaxados e acabam dormindo. Para
atingir a meditação, seria necessário ficar “sentindo” o corpo. Alguns
gostam de deixar uma pequena dor suportável ser o aviso de que está
ocorrendo algo importante e que o sono não é bem-vindo. O
esquecimento do físico, o desligamento dele, ocasionará a eliminação da
dor, mas de forma consciente, sem levar ao sono. Outros, que não
alinham a coluna devidamente, sentem muita dor ao final da prática, e
não conseguem aproveitar o fluxo total da energia. As pessoas iniciantes
devem começar sentindo o corpo, sentindo a energia fluir antes de
qualquer outra coisa. E estou falando de iniciantes em relação às
sensações e, principalmente, aos resultados. Uma pessoa pode ser voltada
às práticas esotéricas a vida inteira, mas ainda ser iniciante nos resultados.
Para conseguir uma boa postura e obter os melhores resultados possíveis
nas práticas, é importante analisar o que foi descrito nos capítulos 19, 36 e
67 do Manual do MOINTIAN e fazer um estudo consciente do livro Práticas
Para a Meditação Livre.

123
Conversando Sobre MOINTIAN

60. MOINTIAN E OS RAIOS

Este tópico traz alguns esclarecimentos sobre um conhecimento que,


apesar de não provocar muito interesse para a maioria dos alunos, faz
parte das definições de ordem mais estruturais do Método.
O estudo daquilo que é denominado Raios e sua relação e influência nos
corpos e núcleos do ser, não faz parte do que é tratado pelo MOINTIAN.
Até mesmo a relação que, inicialmente, foi demonstrada entre os Raios e
os Símbolos, não é mais estimulada para os alunos de Nível II. Isso se deve
a algumas transformações que ocorreram no que tange ao
relacionamento entre estudantes da espiritualidade e as hierarquias
espirituais. Na parte III D, deste livro, farei uma breve exposição das
técnicas que se tornam obsoletas no MOINTIAN e explicarei os motivos.

No presente tópico, farei uma breve análise do primeiro parágrafo da


página 32 do Manual do MOINTIAN, o qual reproduzo a seguir:
“O MOINTIAN é um método que permite utilizar conscientemente a energia
universal e cósmica. As qualidades de Devoção e Transmutação,
especialmente ativas (6º e 7º Raios), despertam o Amor Crístico e
Incondicional (2º Raio), necessários para que o desenvolvimento espiritual
ocorra com desapego. Isto ocorre pela abertura do Centro Cardíaco e pela
ativação da Chama Trina. No MOINTIAN atuam especialmente os Raios: 1º,
5º, 6º e 7º. É mantido pelo 2º e pelo 12º Raios, recebendo e distribuindo uma
frequência especial do 22º Raio.”

Esse é, sem dúvida, um parágrafo bastante complexo e profundo. Tem


gerado, para alguns, certa confusão e, para outros, um pouco de
incompreensão. Ele pode responder a muitas questões relativas ao
trabalho do MOINTIAN. É um resumo do trabalho fundamental da energia
veiculada pelo MOINTIAN.

Comecemos nossa análise:


Energia Universal e Cósmica
Por que foi diferenciada a energia universal da cósmica? Porque a energia
cósmica é aquela captada, emanada, distribuída pelos astros, pelos corpos
celestes e a universal é a fonte de tudo o que é manifestado ou que permanece
sem manifestação, de todos os níveis e esferas de vida e consciência.
124
TÉCNICAS E SÍMBOLOS PARTE III B
6º e 7º Raios
6º Raio – Devoção e Idealismo;
7º Raio – Ordem e Cerimonial; Transmutação.
O 6º Raio é o impulso que o núcleo de consciência ativo ou atual, no qual
o ser se encontra (pode ser a personalidade, a alma, a mônada), recebe
para elevar-se ao superior e ao subsequente a ele. É a aspiração que o
devoto, o buscador, o aspirante espiritual tem para com o superior, com o
divino, sem desejo pela elevação em si, mas como um puro impulso interno.
O 7º Raio permite que aquele nível superior, uma vez contatado, sentido,
possa se manifestar, pois estimula a retirada das amarras, das prisões que
a consciência cria (e deposita nos corpos), fazendo crer que aquele
patamar atingido é o “lugar seguro e perfeito”.
Com o 6º Raio, aspiramos, projetamo-nos e até pisamos um degrau acima,
mas, se não retiramos os conceitos, padrões de vida e formas de
interpretação do mundo pertinentes ao degrau de baixo, não podemos
viver de fato o que é o novo. Esse é o trabalho com a Transmutação,
característica impulsionada pelo 7º Raio.

Amor Incondicional
O trabalho de elevação, atualmente, desperta o Amor Incondicional, pois
o centro principal para o trabalho interno é o cardíaco. Esse Amor
Incondicional, associado aqui ao 2º Raio, Amor-Sabedoria, dá-nos a
compreensão interna e verdadeira, ou uma visão mais profunda, sobre os
processos pelos quais nós e todos à nossa volta passamos.

Chama Trina e Chama Devocional


A força latente no cardíaco desperta a Chama Trina (1º, 2º e 3º Raios), que
são núcleos essenciais do ser. Não confunda, aqui, Chama Trina com
Chama Devocional. A Chama Devocional é o potencial, dentro do
MOINTIAN, para a abertura da Chama Trina nos iniciantes, ou para o
equilíbrio interno daqueles que já vinham de processos internos desde
encarnações passadas, em outros métodos. Mas a Chama Trina pertence a
todos. A Chama Devocional é o potencial para ativá-la atualmente,
colocando à disposição a nova e mais abrangente forma de despertar
espiritual, segundo as Hierarquias. Tendo sido ativada, permite que os
corpos densos se alinhem, integrem-se e, posteriormente, dissolvam-se, e

125
Conversando Sobre MOINTIAN
uma nova estrutura energética possa tomar lugar no ser, mesmo
encarnado, que passa, então, para o Reino espiritual.

1º, 5º, 6º e 7º Raios


A força atuante da energia, para o iniciado no Método, para o aluno, dá-se
principalmente, através desses Raios.
O 1º Raio, Vontade-Poder, atua para ativar características que permitem
superar os obstáculos e barreiras impostas pela personalidade e/ou pela
conquista de um patamar que expresse maior equilíbrio e domínio da
vontade inferior. É fácil apegar-se até mesmo ao caminho espiritual.
O 5º Raio, Conhecimento Concreto, é a ciência espiritual, com as
ferramentas que proporcionam uma conscientização dos processos
internos que produzirão sua posterior liberação.
O 6º Raio, Devoção, e o 7º Raio, Transmutação, para que, conforme já
vimos, possamos viver plenamente no nível que está disponível.

2º e 12º Raios
O 2º Raio, Amor-Sabedoria é a nota básica do nosso universo, tendo como
um potente núcleo de irradiação dessa energia a estrela de Sírius.
O Amor é a qualidade que permite a unificação, a aglutinação de energias
e, regido pela Sabedoria, permite que uma direção segura seja tomada,
em união com a sublime Hierarquia Crística, que pertence a esse Raio.
O 12º Raio é o Raio de Expressão do Regente planetário, é o Raio da
Iluminação. A união do 2º e do 12º Raios proporciona ao iniciado aquilo
que é a característica essencial do Método: o caminho da Sabedoria para
atingir a Iluminação, embasado no conhecimento estruturado que permite
a transmutação por meio da devoção. Isso explica o motivo pelo qual, no
início, o MOINTIAN foi chamado de Sistema Devocional.

22º Raio
O 22º Raio é de esfera divina. Ele é a força de atração do Regente
Monádico para o iniciado ou aluno. Tem uma variação de tons duplos e
mesclados, entrelaçados, de azul marinho/celeste e pérola. É o Raio da
plena integração e estabilidade espiritual. São as notas mais puras da
expressão do Método para cada aluno iniciado.

126
III C – PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL

PARTE

III C
PERCEPÇÕES E
CAMINHO ESPIRITUAL

127
Conversando Sobre MOINTIAN

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III C PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL 127
61. DEFINIÇÕES E PERCEPÇÕES DO ASTRAL 129
62. CONHECIMENTO INTELECTUAL E PERCEPÇÃO ESPIRITUAL 131
63. PERCEPÇÕES EXTRASSENSORIAIS 131
64. SOBRE PERCEPÇÕES, VISÕES E INTUIÇÕES 133
65. SOBRE VER COISAS E AURAS 134
66. O MEDO DO DESCONHECIDO 135
67. SOBRE INTEGRAÇÃO E ASCENSÃO 136
68. SOBRE PRESENTES ESPIRITUAIS, JOIAS E INICIAÇÕES INTERNAS 137
69. SOBRE VER PESSOAS DE ACORDO COM O SEU INTERIOR 139
70. SOBRE ALÉM DO MOINTIAN 140
71. O PROTOCOLO DE MICAH E A GRAÇA DIVINA 141
72. PASSOS NO CAMINHO ESPIRITUAL 141
73. INTUIÇÃO MENTAL E INTUIÇÃO SUPERIOR 143
74. VERDADES INTERNAS 144
75. TÉCNICA PARA RECONHECER OS NÍVEIS DO SER 145

128
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C

61. DEFINIÇÕES E PERCEPÇÕES DO ASTRAL

É extremamente importante deixar bem claro o objetivo central do


MOINTIAN e de sua atuação. Sempre será dito que, mais importante que
tudo, é aquilo que cada aluno perceba e que faz parte de sua vida. Sendo
assim, vamos encontrar todos os tipos e qualquer tipo de pessoa
utilizando o Método, seja como alunos ou como receptores de energia.
Isso é óbvio. E, como óbvio, cada um vai acreditar naquilo que é de sua
própria natureza e convívio.
Uma das minhas funções principais é a de retirar véus ou de, no mínimo,
mostrar que, mesmo que alguns possam perceber ou ter vivências em
certas dimensões além da simplesmente física, a maioria pode estar
equivocada na maneira de perceber ou na interpretação que faz de tais
informações. Diante disso, é importante que o aluno que vai iniciar a
leitura dos tópicos que descrevem sobre o astral, sobre as possíveis
influências que ocorrem nesses níveis ou mesmo naquilo que
denominamos de enganação do mundo físico, possa estar com a mente
aberta, ciente de que preciso informar a todos, indistintamente, sem
deixar de lado informações que podem auxiliar aos que se encontrem nos
distintos níveis de vida.
Tanto é assim que podemos encontrar, no Manual do MOINTIAN, técnicas,
dicas, Níveis, símbolos e informações que estão designadas para os
distintos núcleos ou corpos do ser: o físico, o emocional/astral, o mental, a
alma, a mônada, o regente.
Não posso deixar de mostrar ou esclarecer fatos que ocorrem para quem
está polarizado, vivendo ou aprisionado em um ou outro nível de
consciência.
No princípio, a maioria das informações era dirigida especificamente para
quem estivesse vivendo ou passando por algum processo interno. Os
demais alunos não ficavam sabendo das informações que eram
transmitidas apenas anônima e discretamente. Meu principal motivo para
agir assim foi para não estimular que um aluno entrasse ou se
influenciasse por algo que não estivesse fazendo parte de seu próprio
processo interno. No decorrer dos anos, com o número de leitores, alunos
e iniciados aumentando, o contato mais estreito com a maioria foi ficando
mais difícil, especialmente com os que vivem em locais distantes ou que

129
Conversando Sobre MOINTIAN
não considerem que, como já foi dito, eu mesmo sou o MOINTIAN. Mas o
fato é que muitos vivem isolados, praticam isolados e não pedem por
informações mais claras sobre seus processos internos. É fato que eu
estimulo que cada um, por praticar muito e por ser disciplinado,
descortine por si seu processo interno. Ao mesmo tempo, pode ser difícil
saber de tudo que ocorre ou quais informações do plano interno
correspondem de fato ao que esteja ocorrendo como estímulo ou quais
são fantasias.
Pedindo, aqui, que todos usem ao máximo as ferramentas da consciência
e do discernimento, vou expor situações, informações e dicas sobre as
mais variadas etapas do processo interno e das mais variadas dimensões e
níveis de vivência.
Nesta parte, a III C, e, posteriormente, na parte V, as explanações irão
perturbar os mais céticos e os que pouco conheçam sobre coisas como
astral, dragões, répteis, demônios, dominações, etc. É preciso deixar claro
que não é o objetivo do Método lutar contra essas coisas ou ensinar a
atuar especificamente nestes níveis, mas que é preciso mostrar todas as
facetas do que se pode encontrar nos mundos além do físico e que
compõem as dimensões da realidade.
Nosso objetivo é a integração com a essência divina. O foco de nosso
trabalho, constante e diligente, com a energia, proporciona alcançar
padrões de consciência superiores e divinos. Quando começamos a atingir,
a viver e a integrar núcleos superiores, e percebemos a força interna que
isso nos traz, afastamos completamente as possibilidades de sermos
influenciados por níveis inferiores. Afastamos todos esses níveis da nossa
percepção e da nossa manifestação. Tornamo-nos imunes e distantes
deles. Somente aqueles que, internamente e por sua natureza, precisem
realizar algum Serviço ou Tarefa de auxílio às Hierarquias, precisarão
entrar novamente em níveis inferiores aos atingidos. Somente os que
tenham alcançado força suficiente, em seu interior, podem atuar
definitivamente nessas áreas e dimensões.

130
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C

62. CONHECIMENTO INTELECTUAL E PERCEPÇÃO ESPIRITUAL

Pergunta: Qual seria o indicativo de diferença entre conhecimento


intelectual e percepção espiritual? Como uma pessoa comum, leiga, pode
fazer essa diferenciação?

Resposta: A diferença básica entre o conhecimento espiritual verdadeiro e


o conhecimento intelectual é a que se estabelece da seguinte forma: o
conhecimento intelectual provém de uma necessidade de satisfazer a uma
curiosidade ou uma ânsia por informações. Já o conhecimento espiritual
provém do amadurecimento interno e reflete-se na vida da pessoa que o
manifesta. Em geral, o conhecimento espiritual, que tenha sido adquirido
no plano interno, poderá ser comprovado nas literaturas que se entrar em
contato, sendo, portanto, o inverso do conhecimento intelectual.
Uma pessoa leiga pode ver isso claramente, observando a diferença que
exista entre o discurso e a prática de uma pessoa chamada espiritualizada.
Se há diferença entre a teoria e a prática, para alguém que esteja no
caminho espiritual, deve ser apenas aquela diferença natural, que existe
entre a vida no plano espiritual e a vida no plano material e não a
diferença entre o discurso e a prática, ou entre aquilo que prega e aquilo
que faz. O tópico 74 irá complementar essa ideia.

63. PERCEPÇÕES EXTRASSENSORIAIS

Pergunta: Quando você diz que o MOINTIAN serve para desenvolvimento


das percepções extrassensoriais, está se referindo a quais percepções?

Resposta: A pergunta está fazendo referência à apresentação para Power


Point, 4 de 5 – Utilização e Estrutura, que mostra as possibilidades de
utilização do MOINTIAN, conforme a tabela que segue adiante.
Ao falar em aptidões extrassensoriais, estou me referindo àquelas definições
da parapsicologia, às percepções que afloram naturalmente, como:
• aumento da intuição - isso, obviamente, pelo contato com o eu superior;
• aumento das sensações táteis - a percepção da energia dá-se por um
tato mais sutil, que independe do toque físico para que seja sentido;

131
Conversando Sobre MOINTIAN
• uma visão interna mais aguçada – como a que pode ser usada para “ver”
o fluxo da energia em si ou em outros, etc.

UTILIZAÇÃO DO MOINTIAN
Principais Possibilidades
Como terapia Conforto, bem-estar, relaxamento profundo, etc.
Despertar interior Sensibilidade, aptidões extrassensoriais, etc.
Acelerar métodos Resultados mais rápidos nas técnicas já utilizadas
Como prática exclusiva para evolução espiritual
Caminho espiritual Tem vários estágios
Este é o objetivo ideal

Quando uma pessoa é iniciada no MOINTIAN, sua capacidade de


percepção aumenta. Ela percebe energias que sempre estiveram
presentes, mas não conseguia interagir com elas. Ela tem a capacidade,
por exemplo, de atuar a distância, enviando energia, chegando a perceber
certas sensações da pessoa que está recebendo, em outro local. Alguns,
quando iniciam a trabalhar com a energia em outros, captam, ou
percebem, o que as pessoas sentem, seus problemas, etc. Isso é
percepção extrassensorial, pois as sensações estão além daquelas
percebidas pelos cinco sentidos.
Isso tudo faz parte do exercício de sensibilização do aluno, para que se
aperceba do mundo de energias que o rodeia, das possibilidades que tem,
cada vez que se adianta mais pelas iniciações e técnicas. Como deve estar
claro para todos, desde o início, desde as primeiras páginas do Manual é
dito que não estamos nem devemos estar interessados em fenômenos,
mas no desenvolvimento interno. Certas brincadeiras com a energia,
conforme gosto de chamar a essas percepções, são como pequenos
presentes, são reforços para a fé, são a possibilidade que esse tipo de
utilização de energia oferece para que continuemos o trabalho essencial
de lapidar nossa manifestação neste plano. Elas proporcionam que o aluno
tenha pequenas provas de que existe algo mais irradiando do seu ser e o
estimulam a continuar.

132
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C

64. SOBRE PERCEPÇÕES, VISÕES E INTUIÇÕES

Algumas pessoas pensam que o ideal, quando começam a despertar certas


percepções extrassensoriais, como foi comentado anteriormente, é ter
uma visão interna igual a nossa visão comum, que obtemos pelos olhos.
Existe uma diferença entre a vidência e a clarividência, que já foi muito
bem explicada no glossário do livro verde. A vidência é aquela percepção
de planos sutis, em geral do astral e, por esta percepção, a pessoa
simplesmente descreve coisas que não estão no físico. Já a clarividência,
além de dar a possibilidade de descrever o que se vê em outras
dimensões, permite saber o que cada coisa significa - ela permite colocar
tudo no seu devido tempo e lugar. Dá o sentido exato, a natureza da coisa
percebida.
Há outro aspecto, entretanto, do despertar de percepções, que é aquela
percepção, o conhecimento de coisas, o vir a saber, através da intuição.
Uma pessoa perguntou-me, inclusive, se ela estava sendo “perseguida”,
ou influenciada, por seres ou entidades desencarnadas, pois ela
simplesmente sabia coisas acerca de outras pessoas, mas sem uma
percepção de cores ou imagens. Ela simplesmente tinha um conhecimento
claro sobre fatos particulares da vida de outros. Convém elucidar que há
muita diferença entre obter a compreensão intuitiva direta, e obter
informações que derivam do contato com o nível astral. A captação de
informações do plano intuitivo se dá pelo nível de consciência atingido
pelo observador e pelo observado, por meio de uma interação entre a
energia ou o campo energético de ambos.
Na captação direta do nível intuitivo, que é desenvolvida naturalmente,
como consequência de trabalhos realizados pelo próprio ser no seu
processo de crescimento, há uma evolução de percepções. Por exemplo,
uma pessoa que vinha tendo percepções de cores, pode chegar ao nível
intuitivo e ter interrompido o processo de captação do nível astral. Parece
que ela perde um “dom”, mas, na verdade, está recebendo uma elevação
do nível de percepções. Se a pessoa se prende a conceitos, pode estagnar
o processo de crescimento.
Para ficar bem claro, o que importa realmente, na percepção intuitiva, é
que a pessoa simplesmente “sabe”. Ela não precisa estar vendo coisas,
mas ela simplesmente sabe o que precisa saber. Isso é muito diferente de

133
Conversando Sobre MOINTIAN
estar sendo guiado ou com instruções sendo sopradas em seu ouvido sutil.
Isso, para nosso trabalho interno, não nos interessa, pois não ajuda
ninguém. É certo que, num determinado ponto, tanto do trabalho interno,
para o desenvolvimento, como na prática terapêutica, existe certo tipo de
assistência espiritual de seres de luz, sejam intraterrenos, extraterrestres
e/ou seres ascensionados. Isso acontece para que haja uma compreensão
do processo interno e para que possam ser utilizadas determinadas forças,
energias e conhecimentos, em nível mais elevado. Isso também ocorre na
formação de pessoas para realizar determinadas tarefas para o plano
espiritual. Mas existe, depois, um determinado nível no qual até essa
influência ou assistência será suspensa para que se desenvolva outro nível
de percepção e atuação. A pessoa fica livre, sem perceber nada, apenas
aplicando, em si ou em outros, aquilo que já captou ou aprendeu. Depois,
conforme o caso e a missão de cada um, a assistência pode voltar,
especialmente para realizar alguma conexão com níveis mais elevados.
Mas cada um tem seu trabalho e seu modo de desenvolvimento guiado
pelas hierarquias espirituais. O tópico 73 irá complementar essa ideia.

O problema do prognóstico
Existe um problema grave nos prognósticos e é por este motivo que as
técnicas de astrologia, quiromancia, tarô, e todas as suas semelhantes
sempre ficaram na antecâmara das iniciações.
O problema reside no fato de que não importa o quanto a pessoa saiba de
si, mas o quanto pode ver de si mesma. Por isso, a velha máxima do
conhece-te a ti mesmo diz que é a própria pessoa que deve vir a conhecer-
se, sozinha, para aprender a integrar-se e a ultrapassar os limites impostos
por sua personalidade. Isso é semelhante ao que se refere o tópico 44.

65. SOBRE VER COISAS E AURAS

Pergunta: Como é ver a aura ou como se percebe as energias e cores das


pessoas?

Resposta: Como deve estar claro, não devemos nos prender às definições
massificadas, especialmente às místicas, holísticas e esotéricas. A maioria
das definições dessa área são fantasias, equívocos ou inexistem.

134
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C
Eu não me preocupo com essas percepções e não as incentivo, porque
elas são muito transitórias e impermanentes.
Há muitos que têm mais aptidão para perceberem cores em volta dos
outros, mas isso reflete apenas o estado de espírito momentâneo e, na
maioria das vezes, os que veem as cores não têm discernimento para que,
por conta própria, possam fazer uma análise real do que estejam
porventura percebendo, e baseiam seus julgamentos nas literaturas sobre
tal percepção. O que importa não são as cores voláteis, mas algo mais
duradouro e mais importante, que é o que a pessoa carrega consigo. Isso
ninguém pode mentir ou fingir, pois é a expressão de toda a vida interna
de cada um. Mudar a própria aura, interferir em mecanismos
radiestésicos, etc., qualquer um pode fazer, sendo possível construir uma
falsa identidade espiritual. Mas, sobre o interno, não há como mentir.
Assim sendo, o que vale é querer expressar o que cada um possua de mais
verdadeiro, e querer perceber, nos demais, o que eles tenham de mais
profundo.

66. O MEDO DO DESCONHECIDO

Pergunta: Tem uma coisa que acontece comigo algumas vezes e me deixa
um pouco preocupado. Agora são 19h47min de quarta-feira e eu deveria
estar em meditação, mas não estou. Eu estava, mas não passou nem
mesmo dez ou quinze minutos e interrompi tudo. Após fazer as invocações
e começar a meditação, deu uma sonolência, senti-me estranho, mal,
esquisito, como se estivesse sendo atacado por alguma coisa, não sei
explicar. Não tinha nada de harmonioso que pudesse sentir, daquilo que
creio que teria que ter sentido, uma vez que invoquei as Hierarquias.

Resposta: Quando algo novo, inusitado e que pode vir a mudar


profundamente conceitos, paradigmas e situações, aparece ou torna-se
disponível, isso causa a impressão de que algo sombrio e mal nos
persegue. Esse é o significado da expressão “terror do umbral”, tão falado
nas antigas escolas esotéricas. E o terror do umbral precede uma iniciação
ou a passagem para um nível de consciência diferente.
É preciso que saibas que, em um período de meditação como o de quarta-
feira, estás protegido, não apenas pelas hierarquias, as quais a maioria dos

135
Conversando Sobre MOINTIAN
alunos talvez não conheça, mas estás protegido pelo teu próprio Eu
Superior. A ele, então, dirige teu pensamento e persevera, para que a fase
do medo possa ser ultrapassada e que o novo estágio possa ser
encontrado e vivido.
É comum e até indicado que o período de meditação da quarta-feira seja
breve, de apenas dez ou quinze minutos. É o tempo que demora a
concentração no procedimento. Pede-se que o aluno permaneça receptivo
por mais alguns minutos após a concentração no procedimento.
Para os que porventura sintam como o que foi relatado, indico que façam
como descrevi acima, de entregarem-se somente ao seu próprio Eu
Superior, mas mantendo o pensamento de querer que ocorram as
possíveis transformações. O novo, o desconhecido, assusta a mente,
nossos conceitos e sistemas de crenças, que enviam uma mensagem à
mente objetiva, que a interpreta como se algo nefasto, maléfico, sombrio,
estivesse por perto. Nesse sentido, a mente engana, pois ela quer
permanecer do jeito que está, sem mudanças. Entrega-te ao Eu Superior
que tudo se ajusta.

67. SOBRE INTEGRAÇÃO E ASCENSÃO

Pergunta: Existe a possibilidade, atualmente, de ascender diretamente ao


nível de Mônada, fazendo uma integração dos corpos físico, astral, mental
e da alma ao mesmo tempo?

Resposta: Não é bem assim que funciona. O que pode ocorrer é um


processo rápido de aquisição de novos patamares de consciência, mas
devido a trabalhos espirituais realizados em vidas pregressas. Assim, com
pouco esforço aparente, a pessoa desperta para um nível bem acima
daquele em que vivia. Parece que pulou degraus, mas simplesmente
acordou, já tendo subido anteriormente cada degrau.
Outro ponto a deixar claro é que, de fato, somos integrados, do ponto de
vista interno. Se estivermos com nossas conexões aos nossos núcleos de
consciência superiores plenamente realizadas, somos, realmente,
integrados e ascensionados. Seguindo esse ponto de vista, falta, para a
grande maioria dos que estejam integrados, a consciência sobre esse fato.
O trabalho de retirada de conceitos, sistemas de crenças, padrões de

136
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C
conduta, serviriam para realizar a conscientização e o “despertar”, do ser
divino, de maneira semelhante ao processo evolutivo para quem fosse
iniciante.

68. SOBRE PRESENTES ESPIRITUAIS, JOIAS E INICIAÇÕES INTERNAS

Conforme já mencionei anteriormente, especialmente quando falei sobre


o Cetro de Poder e sobre alguns dons que podem vir a se manifestar no
verdadeiro devoto ou buscador, quando estamos receptivos e prontos,
existe também, dentro do caminho espiritual, dentro do processo de
desenvolvimento, aquilo que chamamos de “presentes espirituais”. No
capítulo 52, página 302 do Manual do MOINTIAN, podemos ler o seguinte:
Algumas pessoas recebem determinados ‘presentes espirituais’ durante as
meditações. Estes presentes são a representação de mais um passo galgado
ou atingido. São ferramentas de auxílio pessoal, para o nível interno em que
se encontram ou ao qual se iniciam. Podem ser pequenas qualificações, para
que determinados centros de energia sejam ativados, ou instrumentos
poderosos de auxílio para outras pessoas. Estes últimos, causam efeitos
semelhantes aos primeiros. Quando um centro energético como o frontal,
por exemplo, precisa de uma estimulação potente, as hierarquias podem
ativá-lo através de um mecanismo espiritual, como uma joia, fixando-a na
região do centro energético. Nas iniciações realizadas nas escolas esotéricas
externas, existe uma parte espiritual da mesma na qual seres, hierarquias,
mestres ou discípulos da luz entregam ou fazem com que aquele que está
realizando determinada iniciação receba algum instrumento para o seu
desenvolvimento. Estes instrumentos vão desde uma tiara, braceletes,
colares, sinos, punhais, mantos, até chegar ao Cetro de Poder. Este Cetro
representa o cume de um desenvolvimento interno. Representa a chegada do
discípulo ao nível de Mensageiro, Transmissor da Vontade Divina, Portador da
Chama, Iniciado no plano interno e Mestre. É o início da vida espiritual plena.
Com a evolução deste aluno avançado, muda de forma, cor, função e
manifestação. Costumo brincar com este fato, dizendo que um Mestre
deveria aparecer levando um vagão atrás de si, tamanho o número de
ferramentas disponíveis a ele. Em cada fase aparecem instrumentos que
possibilitam a realização de um trabalho adequado. Isto serve como um alerta
para que não aconteça o apego a certos momentos espirituais. Por mais
elevado que pareça algo ocorrido agora, o que vem adiante será ainda mais
profundo. Com serenidade e humildade, continua-se o caminho...

137
Conversando Sobre MOINTIAN
O texto do Manual continua, dando vários esclarecimentos importantes
sobre esse aspecto do caminho da iniciação interna. É por isso que
acontece, nas religiões que têm a sua origem baseada nas tradições
verdadeiras e espirituais, de serem muito ricas em ritualística e
ornamentos. Tentam representar o que ocorria no plano interno quando
as tradições tiveram origem. Daí tentarem reproduzir isso por meio de
vestimentas, ornamentos e instrumentos físicos.
Da mesma forma, quando meditamos, podem aparecer muitas coisas que
não sejam necessariamente esses instrumentos ou algo para ser
reproduzido no plano objetivo e nem mesmo algo para ser lembrado
depois. Menos, ainda, para ser comentado ou discutido como um
acontecimento corriqueiro.
Durante as meditações, é possível percebermos as correntes de energia
que circulam e que, especialmente quando utilizamos a energia do
MOINTIAN, tornam-se muito facilmente perceptíveis. É preciso ter
discernimento para saber quando a manifestação de determinadas
imagens ou sensações são provenientes de uma técnica, como fruto da
atuação das energias em nossos corpos, ou quando são a realização de um
trabalho direto das Hierarquias em nosso ser. Vale lembrar que, por mais
abertos e receptivos que estejamos a toda possibilidade de expansão da
consciência, os momentos de iniciação interna, que possibilitam que
sejamos trabalhados em nível interno, ou aqueles nos quais as vivências
do nível interno se manifestam a nós de forma definitiva, são raros, e são
eventos especiais. O restante, são tratamentos, desbloqueios, resoluções
em nível de vários corpos e, por mais elevados que sejam, são simples
atuações de energia visando à resolução de determinados pontos
deixados para trás ou desbloqueios ainda mais profundos que vão
ocasionar, com o devido tempo, o acúmulo de energia interna e as
experiências necessárias para que uma iniciação aconteça.
O que quero dizer é que, com a utilização contínua da energia, das
técnicas, das aplicações, vamos trabalhando nosso ser para que possamos
nos preparar, ou vamos nos preparando para que possamos chegar ao
momento de estarmos prontos para recebermos as verdadeiras iniciações
do plano interno, concedidas pelas Hierarquias. Então, a maioria dos
acontecimentos que pensamos que sejam muito profundos, até podem
ser profundos, mas são para o nosso trabalho interno, para as nossas
resoluções. E, como revelam situações particulares, íntimas, não podemos

138
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C
ficar falando sobre isso com qualquer um. É preciso manter o silêncio.
Quando o trabalho de limpeza, de reorganização interna estiver concluído,
poderemos partilhar, mas de forma a distribuir, incondicionalmente,
aquele nível que conseguimos atingir.
Finalizando, sempre vale salientar que o objetivo não é visualizar coisas,
perceber coisas, mas, de maneira prática, ter certeza de que aquelas horas
de estudo e aplicação de energia modificam o nosso ser, a nossa vida e
compartilhamos isso na forma de uma melhor convivência e uma melhor
compreensão dos processos pelos quais todos a nossa volta passam.
Seria interessante que o aluno complementasse a leitura deste tópico
lendo o que foi escrito no livro branco, Os Incríveis Seres de Dois Mundos,
sobre presentes espirituais e joias. As informações narradas durante as
conversas “entre janelas”, como por exemplo, o que foi relatado na página
234, esclarecem muitos pontos sobre o processo espiritual que todos
passamos.

69. SOBRE VER PESSOAS DE ACORDO COM O SEU INTERIOR

Em um grupo de preparação verdadeiramente espiritual, devemos fazer o


esforço de deixarmos os traços da personalidade de lado e tentar encarar
o colega como um ser divino ou, no mínimo, como uma essência que
precisa manifestar-se plenamente. Em assim fazendo, contribuímos para
tornar o grupo coeso e, ao mesmo tempo, estimular, em nós e nos outros,
as qualidades superiores e da verdadeira espiritualidade. Se não temos as
condições para transformar determinada característica errônea de
alguém, melhor não a reforçar, fazendo comentários com outros, o que
chamamos “fofocas” ou “comentários maldosos”. Quem já sofreu com
isso sabe o quanto prejudica todo o grupo. Não é a questão de reprimir
um sentimento que tenhamos, quando temos certeza de certas atitudes
inapropriadas de um ou outro participante de um grupo. O ponto aqui é a
certeza que precisamos ter que qualquer característica errônea pode ser
transformada, se acreditamos na energia e no método que utilizamos.
Em relação ao que somos em um grupo, podemos dizer que somos todos
iguais. Ocorre que cada um manifesta uma qualidade diferente, especial e
determinante de sua trajetória.

139
Conversando Sobre MOINTIAN
Essa qualidade especializada, se podemos dizer assim, é o que nos faz
únicos. Quando nos sentimos inferiores a outro participante de um grupo
ou que nossa função não pareça ser importante, significa que estamos
querendo um lugar que não é o nosso. Isso caracteriza uma falta de
integração com a própria energia e uma falta de contato interno para dizer
a si mesmo que cada lugar, posição ou função dentro de um grupo é única
e não poderia ser executada por outra pessoa que não fosse aquele que a
executa. Alegria é sempre a chave para a colaboração efetiva e para a
integração pessoal dentro de um grupo.

70. SOBRE ALÉM DO MOINTIAN

Pergunta: O que vem depois do MOINTIAN? O que eu vou estudar?

Resposta: Quando eu vejo essa pergunta, eu penso que não entenderam o


propósito do Método. Se um aluno passou pelo Método como se ele fosse
apenas um apanhado de técnicas com o propósito de trazer alguma
harmonia ou bem-estar, certamente vai querer algo mais. A sede do
conhecimento que não foi adquirido vai permanecer em sua mente.
Entretanto, se o Método foi vivido e entendido, se ele despertou em seu
ser o conhecimento verdadeiro e interno, então ele chegou onde deveria.
O que fazer depois de ter estudado e aplicado o Método em si mesmo e
ter atingido os resultados esperados? Medita ainda mais, para que possas
tornar-te um ser completo e aplicar, nos outros, as técnicas mais
profundas. Melhora tua manifestação física, teu corpo e tua mente.
Estuda coisas que te aperfeiçoem como um ser divino vivendo em um
corpo humano, como línguas, matemática, pintura, cultura, etc. Isso é o
que vem depois.
Os alunos são os que devem responder essas perguntas, mostrando o que
estão fazendo, como estão vivendo e onde estão atuando.

140
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C

71. O PROTOCOLO DE MICAH E A GRAÇA DIVINA

Pergunta: Posso repetir o Protocolo de Micah?

Resposta: Para os que não sabem, o Protocolo de Micah faz parte da


iniciação do Nível III do MOINTIAN. É como um documento espiritual que
se lê, no qual está um comprometimento interno pelo estágio que está
sendo alcançado. Ele deve ser lido uma única vez. Não é nada como uma
afirmação ou uma prece ou um pedido para que algo seja acessado. Ele
representa que o aluno acessou um ponto culminante na sua caminhada,
da qual ele, conscientemente, não quer retornar. O aluno não tem dúvidas
quanto ao que conquistou. No meu entender, apenas quem duvida do que
conquistou ou duvida que tenha entregue sua personalidade ao Eu
Superior pode querer pensar em repetir um processo dessa magnitude. O
Protocolo é uma iniciação ao próprio Micah, com a presença de uma
Assembleia de seres de ordem Multiuniversal que, por meio da energia do
MOINTIAN, torna-se acessível de modo direto.
É um estado onde a Graça Divina pode ser derramada sobre o ser do
aluno. Isso não é algo que se pode pedir ou dar a outro. É um estado de
consciência, uma dimensão, um nível alcançado. Isso se invoca uma vez,
no processo de iniciação e, depois, devemos esquecer, pois entramos e
vivemos nesse estado de Graça proporcionado pela iniciação e pela nossa
própria vida interna. É a entrada na abundância total e real do ser interno.
Para alguns, pode demorar anos, décadas, até que, de fato, um estado
como esse possa mostrar efeitos mais conscientes, mas a conexão fica
realizada. Para outros, na hora que estão vivendo aquilo, sentem e
percebem o que precisam fazer e a maneira como devem moldar suas
vidas para que isso se mostre plenamente.

72. PASSOS NO CAMINHO ESPIRITUAL

Pergunta: Onde me encontro no caminho espiritual?

Resposta: É algo realmente difícil de saber e de responder. Quem pode e,


para quê sabê-lo? Parece difícil entender que, mesmo uma pessoa com

141
Conversando Sobre MOINTIAN
uma evolução ou com uma longa caminhada percorrida, dentro do
caminho espiritual, não saiba definir o estágio no qual se encontra.
Convém lembrar, como já definimos anteriormente, que mesmo pessoas
iniciadas ou até mesmo mestres em nível inicial, podem estar
inconscientes do estágio em que se encontram. Já comentei sobre isso,
falando que, na maioria dos casos em que isso ocorre, é porque uma
escolha foi realizada no plano espiritual, no período que antecedeu a
encarnação atual.
O que deve realmente importar, além de qualquer status possível, é a
certeza de que somos divinos e mantermos acesa, a cada dia, a chama da
sagrada devoção em nosso ser. Devemos ter a consciência entregue ao Eu
Superior sabendo, estando conscientes, que uma ligação, como um fio,
permite que tudo o que há de divino esteja ao nosso alcance.
Já vi pessoas que são muito elevadas no nível interno e, no entanto, suas
vidas materiais não estão equilibradas, como se pensaria que fosse o
pressuposto básico da “aquisição de patamares mais elevados”. Tudo
depende muito do Serviço que a pessoa vem prestar e, principalmente, do
tipo de envolvimentos que a pessoa vai ter, quando leva certo tipo de
vida. Nesse aspecto, até mesmo o que se manifesta como um problema
pode ser uma missão a ser cumprida, no sentido de que sua resolução
representa um aprendizado para muitas outras pessoas.
Não são as iniciações realizadas em escolas esotéricas, nem no MOINTIAN,
que definem o nível interno que a pessoa possui. Muitos mestres podem
estar sendo iniciados por instrutores iniciantes no caminho espiritual. Por
isso, sempre é necessário ter respeito com todos os que se iniciam em um
determinado método. Conhecimento intelectual não é vida espiritual.
Uma coisa é bem diferente da outra. Não se adquire vida espiritual em
cursos. Pode-se aprender sobre a espiritualidade com isso e, em geral,
vejo que se aprende muito mais sobre o que não é a vida espiritual.
Além disso, muitos pensam que a manifestação de certos poderes ou a
aquisição de percepção extrassensorial deva ser a medida da
espiritualidade de alguém. Já comentei sobre isso em vários outros tópicos
e sempre concluo que não devemos querer fenômenos, mas o trabalho
interno sério e com disciplina. É a certeza interna, a aquisição de uma
inabalável convicção sobre o que de fato somos que deve importar no
caminho espiritual, sem que, no entanto, deixemo-nos enganar por
vaidades ou por fantasias.

142
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C
É preciso estar convicto de que o máximo potencial está disponível para
todos nós, mas que, mesmo a Maestria é apenas um passo do processo
espiritual. Todas as dádivas ou dons recebidos são quase nada se comparados
com o que ainda vamos obter e conhecer. Qualquer vaidade atrapalha ou
atrasa o passo rumo ao degrau superior da escada da vida espiritual.
Tenho como certo que esta resposta pode ser muito melhor respondida com
uma leitura atenta do livro verde, Uma Nova Consciência Para Uma Nova
Humanidade, que foi elaborado especificamente para dar essas indicações.

73. INTUIÇÃO MENTAL E INTUIÇÃO SUPERIOR

É preciso saber a diferença que existe entre a intuição mental e a intuição


verdadeira, que vem do Eu Superior.
A intuição mental é aquela na qual trabalham aspectos inconscientes, da
personalidade, para trazer ou para conduzir a pessoa ao alvo de seu
desejo. Não tem nada de excepcional. Ela é altamente suscetível a
produzir enganos e a enganar os que pensam que estão tendo intuições
verdadeiras. Na intuição mental entra aquilo que se chama lei da
similaridade ou da atração de objetos e fatores que preencham uma
necessidade pontual. É muito comum que ocorra em pessoas que estão
sempre procurando algo. Elas procuram algo mais, algo que as preencha,
que lhes mostre caminhos, esquecendo-se onde está aquilo que preenche
tudo: em seu interior. Por exemplo, alguém pensa em comida e sai à rua
pensando nisso. Anda um pouco e logo começa a sentir cheiro de comida.
Vê um transeunte ao seu lado, comendo algo. Logo adiante, encontra uma
padaria. É algo puramente natural, da personalidade, do ser humano,
coligar-se e atrair o que necessita. Não há nada de divino nos encontros
que sejam provenientes disso.
Já uma intuição superior, é algo que pode até ir contra o que é o desejo da
personalidade. Ela vai dar uma direção real para algum problema e pode
retirar o pensamento sobre um desejo. A intuição verdadeira não pode ser
originada ou motivada por uma necessidade ou um desejo. Ela deve brotar
naturalmente. Por isso, fazer meditações induzidas, ou para provocar
situações previamente determinadas, pode ser um sério engano, que
produz apenas intuições mentais e a atração de coisas terrenas.

143
Conversando Sobre MOINTIAN
A meditação verdadeira, que é livre de desejos e de expectativas, pode
produzir intuições superiores e verdadeiras.

74. VERDADES INTERNAS

Aquele que caminha na Luz, o verdadeiro buscador, deve estar ciente de


que o maior mestre é, sempre, o Eu Interior ou Eu Superior.
Não é preciso outro mestre além desse. Não é preciso entregar a força
pessoal para algo ou alguém, pois a força para tudo está dentro e acima.
As questões fundamentais, para o ser, para a vida e para o caminho, são e
devem ser respondidas pelo contato seguro com o íntimo do ser, com a
essência divina que somos no plano interno.
Assim é que, verdadeiramente, se aprende. É na compreensão pessoal,
direta, das questões íntimas, que o aprendizado verdadeiro ocorre.
Alguns podem utilizar a técnica Canalização do Eu Superior, do Nível II,
capítulo 35 do Manual do MOINTIAN, para iniciar a obter confiança nas
verdades internas a serem descortinadas.
Muitos conhecimentos adquiridos por meios externos podem não passar
de especulação do eu inferior, se comparados à luz maior do Eu Superior.
A realidade, aquilo que deve ser importante na formação do ser, é a
integração dessas informações por meio de uma atitude de total
desprendimento para com a verdade a ser atingida, pois a busca é
incessante para quem está no caminho da iniciação.
Não se deve buscar apenas a compreensão de fatos isolados da
consciência, mas realizar a experiência de conexão com as realidades
superiores através da alma, da sabedoria inerente a todos. É possível
permitir que isso brote naturalmente, tendo responsabilidade para com o
propósito da consecução espiritual.
Quando se obtém o conhecimento direto, o conhecimento intuitivo, a vida
interna e espiritual se torna viva. Em vez de procurarmos livros para
preencherem nossas horas vagas e preencherem nossa mente com
conhecimentos que podem até ser bons, mas não são nossos, passaremos
a encontrar neles a confirmação daquilo que já havíamos obtido pelo
contato com a esfera espiritual. Com isso, poderemos identificar quais
escritos podem ser verdadeiros e quais são apenas a manifestação de
compilações de informações sem propósito.

144
PERCEPÇÕES E CAMINHO ESPIRITUAL PARTE III C
Manter o contato, a conexão com o superior, com o Eu Superior, é mais
importante que pensar em obter mais ferramentas para passar o tempo
ou para obter argumentos sobre o caminho espiritual.

75. TÉCNICA PARA RECONHECER OS NÍVEIS DO SER

O primeiro passo para poder entender o que são os níveis internos é saber
reconhecer como se manifestam os níveis de seu próprio ser. Há um
exercício que considero fundamental, que é o de anotar todas as
experiências e pensamentos. Com o passar do tempo, analisando os
escritos, pode-se ir percebendo qual nível de consciência escreveu cada
anotação. Poderão ser vistas anotações emocionais, físicas, mentais e as
espirituais. Com esse exercício, será possível reconhecer que outros
autores também escrevem com partes de seu ser. A maioria escreve com
partes de outros seres, quando apenas compilam dados. O aluno que
realiza esse exercício vai reconhecendo partes de si. Depois, reconhece
nos escritos dos outros as partes que escreveram seus livros. Somente
depois desse exercício ele estará apto a reconhecer inicialmente os níveis
de energia que lhe apareçam internamente. O aluno começa a viver a
realidade interna e não apenas a do intelecto. O leitor atento poderá
perceber que o livro branco foi escrito de maneira a deixar evidentes as
partes do ser que o escreveram. Ele também mostra as fases desse
contato interno, os encontros e as constantes tomadas de consciência que
ocorrem no processo evolutivo. Por isso, ele exige uma leitura atenta para
os que queiram entendê-lo conforme o seu objetivo e não apenas como
uma história.

145
Conversando Sobre MOINTIAN

146
III D – TÉCNICAS OBSOLETAS

PARTE

III D
TÉCNICAS OBSOLETAS

147
Conversando Sobre MOINTIAN

III MOINTIAN EM TEORIA E PRÁTICA 65


III D TÉCNICAS OBSOLETAS 147
76. MEDITAÇÃO DA LUA CHEIA 149
77. DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DO MOINTIAN 150
78. TÉCNICAS OBSOLETAS E MUDANÇAS NO MOINTIAN 151

148
TÉCNICAS OBSOLETAS PARTE III D

76. MEDITAÇÃO DA LUA CHEIA

Pergunta: Por que o MOINTIAN indica a meditação da lua cheia, já que é


algo ultrapassado, de acordo com as definições atuais?

Resposta: O MOINTIAN sugere a prática de meditações durante o período


da lua cheia como uma forma de dedicar um determinado período do mês
ao recolhimento, senão, ao cultivo de boas qualidades, pensamentos e
aspiração espiritual.
O MOINTIAN não está coligado a nenhum outro grupo, escola ou autor em
particular, mas tem afinidade com os escritos de certos autores
especialmente orientados pela Hierarquia Espiritual.
As meditações da lua cheia são práticas sugeridas pelo Mestre Djwhal
Khul, nos escritos que deixou, através de Alice Bailey, para que seus
discípulos aproveitassem determinados momentos onde o fluxo da
energia extrassistêmica é mais potente e penetrante. Aproveitar estes
momentos impulsiona o aspirante espiritual, facilitando seu encontro
interior. De fato, ainda hoje são talvez milhares de trabalhadores da luz,
discípulos ou estudantes de esoterismo que a praticam. Mesmo que
ignorem determinados fatos ocorridos no planeta, como as
transformações tanto das Hierarquias como da estrutura espiritual e
energética como um todo, esses trabalhadores dedicam períodos a pensar
no Bem da humanidade e tentam fazer de suas vidas um canal para as
energias que colhem e conhecem.
Portanto, o objetivo do MOINTIAN, sugerindo tal prática é, além de
proporcionar uma ferramenta extra aos alunos, coligar-se com todos os
que realizam um procedimento semelhante. São feitas certas
modificações no procedimento original, para adequar-se ao novo padrão
espiritual e da humanidade. Assim, como resultado, também transfere
para a consciência planetária estes novos conceitos que, certamente, irão
infundir as mentes de todos os que quiserem acolhê-los. Informações
detalhadas sobre essa prática estão no capítulo 68 do Manual do
MOINTIAN.

149
Conversando Sobre MOINTIAN

77. DESENVOLVIMENTO ATRAVÉS DO MOINTIAN

Pergunta: No primeiro parágrafo da página 74, do Manual do MOINTIAN,


está claro sobre outra maneira de se começar o trabalho interior, que é
através de um estudo da influência zodiacal particular de cada um. O que
não consegui entender é qual a relação da última frase com o texto que é
a seguinte: “Para os mais avançados, qualquer forma artificial de tentar
controlar ou direcionar o trabalho interno será contrária ao verdadeiro
contato com as Hierarquias”. Parece não estar fazendo sentido. Poderia,
tornar isso mais claro?

Resposta: Tudo faz sentido, sim. O MOINTIAN não pode ser lido e
entendido apenas intelectualmente. Cada aluno, entretanto, consegue
entender ou compreender apenas aquilo que, no momento da leitura,
afeta seu nível atual de consciência. Cada frase pode ter muitos sentidos,
dependendo de quem leia o Manual. Assim, alguns parágrafos, frases ou
capítulos podem ser entendidos por quem está iniciando a caminhada
espiritual e não tem muito conhecimento dito esotérico; outros parágrafos
estão ali inseridos para facilitar o caminho dos que têm certa bagagem
espiritual, tanto de práticas e experiências como de conteúdo intelectual;
outras partes do texto são indicações precisas para os que já estão fora do
limite de entendimento humano, consciente, mental - dizem mais do que
as palavras mostram.
Assim, na página 74, estão sugestões para dois tipos de pessoas. O
primeiro tipo são as que estão iniciando a busca ou caminho espiritual e
precisam iniciar o processo de autoconhecimento. Para essas, apenas,
serve a indicação das meditações da lua cheia, conforme comentado no
tópico anterior, com ênfase nas características da personalidade através
dos signos. Os que estão um pouco adiantados, apenas fazem as
meditações da lua cheia como forma de conexão com as Hierarquias para
colherem e distribuírem impessoalmente a irradiação das constelações. O
segundo tipo de pessoas são as que já estão além dos limites da
personalidade, que estão no limiar da ascensão ou iluminação, e as que já
estão incorporando o novo padrão genético. Essas, não precisam mais
analisar a si próprias, precisam apenas viver em constante contato com o
plano espiritual, e qualquer forma artificial de direcionar o trabalho que as

150
TÉCNICAS OBSOLETAS PARTE III D
Hierarquias realizam em seus corpos é um bloqueio das energias de lá
provenientes. Qualquer direcionamento, até mesmo uma respiração com
propósito de evolução ou de desejo de possuir ou querer algo, mesmo
para outros, pode estagnar o seu processo que já está elevado, ou seja,
muito além do pessoal.
Então, está muito coerente o texto, mas os que não atingiram o nível além
do humano ou da personalidade, podem não entender a que se refere
aquele parágrafo. Pode-se perceber que é bem mais difícil o processo para
os que se elevam: o não querer, a entrega, a tranquilização de desejos,
mesmo que com boa intenção. Neste nível, deve-se querer apenas a
transmutação de todos os que venham ao nosso encontro.
Por isso, peço carinho, atenção e cuidadosa integração com o texto e,
principalmente, com as técnicas. Para cada tipo de pessoa, a prática será
diferente e, quanto mais avançado, resultados diferentes serão obtidos.

78. TÉCNICAS OBSOLETAS E MUDANÇAS NO MOINTIAN

Algumas técnicas estão sendo desnecessárias e está sendo feita uma


reavaliação de algumas outras, especialmente do Nível IV.

Wesak e Festivais da Lua Cheia


As práticas dos Festivais da Lua Cheia, inclusive o Wesak, não são parte do
treinamento do MOINTIAN, ainda que estejam descritas no Manual do
MOINTIAN, a partir do capítulo 68. O MOINTIAN não promove esses
festivais nem os estimula. Devem estar fora do cronograma de práticas
para todos os alunos, iniciantes ou antigos.
Os eventos ou festivais de contato com potentes energias, quando forem
realmente necessários, terão suas datas e sugestão para prática
anunciados para todos, diretamente pelo Conselho Intergaláctico. Os
contatos fixos que permanecem, são os do final do ano, em trinta e um de
dezembro e primeiro de janeiro e em maio. O de maio não segue mais os
preceitos do que era definido para o Wesak. Uma data importante,
segundo o que temos vivido, tornou-se o dia nove de fevereiro, data de
abertura específica da energia do MOINTIAN.
O principal motivo para que a indicação dos festivais do plenilúnio, ou da
lua cheia, tivessem sido feitas e estivessem inseridas no Manual, foi a

151
Conversando Sobre MOINTIAN
tentativa de estimular a união entre grupos espiritualistas e que seus
participantes pudessem se abrir para o novo ou para as possibilidades
atuais. Tenho visto, entretanto, que isso não aconteceu. Permanecem
grupos distintos, praticando as mesmas visualizações e invocações de
sempre, repetindo os mesmos erros ou perpetuando procedimentos
obsoletos e desnecessários.
Com isso, posso dizer que nosso principal festival é a quarta-feira, por
meio da qual, a cada semana, fazemos uma conexão e uma importante
confirmação de participação efetiva com as hierarquias que importam.
As datas que surjam para encontros interdimensionais serão todas de
acordo com as necessidades das hierarquias, não por datas fixadas por
eventos que não estejam mais ativos.

Exercício Básico Para Meditação


A técnica do capítulo 36, Exercício Básico Para Meditação, EBM, no Nível II,
agora está melhor definida no livro laranja, Práticas Para a Meditação
Livre. As dicas e análises feitas no Manual devem ser estudadas, mas o
treinamento do EBM alcançará melhores resultados se praticado
conforme o livro laranja.

Meditação da Quarta-Feira
Para os alunos iniciantes e que farão a autoiniciação, o procedimento para
a quarta-feira deve ser realizado conforme o capítulo 18 do Manual.
Para os alunos iniciados, mas iniciantes ou que nunca praticaram em
grupo, o procedimento simplificado, conforme descrito na parte III B,
tópico 49 deste livro, é o recomendado.
Para os alunos avançados, que estejam iniciados a partir do Nível III ou
que tenham frequentado grupos, o procedimento completo, descrito no
tópico 50 é o mais indicado.

Aceleração Atômica e Corpo de Luz


A técnica Aceleração Atômica e Corpo de Luz, capítulo 66, no Nível IV, é
agora realizada na Nave do MOINTIAN, de maneira distinta daquela
descrita no Manual.
Na primeira parte, Câmara de Aceleração Atômica, não se pede para ir
para a Nave dos Pleiadianos. O que se faz é realizar uma conexão, pela

152
TÉCNICAS OBSOLETAS PARTE III D
vontade, com a Nave do MOINTIAN e, dentro dela, os pleiadianos auxiliam
no processo de aceleração.
Na segunda parte, Assentamento dos Corpos de Luz, o procedimento
também é realizado a partir da Nave, ou cada um será remetido dali para
outros pontos, de acordo com a necessidade particular.
O motivo para a mudança se deve ao nível alcançado atualmente pela
Hierarquia do MOINTIAN e da própria Nave do MOINTIAN e à qualidade
da energia atual. Podemos ter mais segurança no processo, mais rapidez,
mais conexões e o auxílio de outros seres que estiverem disponíveis ou
que forem necessários.
No procedimento da página 354, logo após invocar Samana e Assembleia
de Sírius, pede:
• Peço para ser conectado e estar em consciência na Nave do MOINTIAN
para a realização dos procedimentos que se seguem;
• Peço para que, na Câmara de Aceleração Atômica da Nave do
MOINTIAN, os pleiadianos e outros irmãos cósmicos possam auxiliar a
realização do meu procedimento;
Passados os trinta minutos iniciais, na segunda parte, deve ser claro o
pedido de, “estando conectado com a Nave do MOINTIAN, possa ser
levado para...”.
Essas são as mudanças que proporcionarão maior contato e fluxo da
energia para esse procedimento.

Símbolos, Raios e Cores


No capítulo 31, Símbolos, Raios e Cores, é feita uma relação entre os
Símbolos do MOINTIAN, as cores e os Raios. Esse estudo pode ser
interessante para o aluno que tenha lido ou que tenha praticado
anteriormente algum tipo de conexão com os Raios e as Hierarquias,
possa entender essa possível relação com o Método. Entretanto, de
acordo com a sugestão da própria Hierarquia Planetária, na qual eles
pedem para que não seja feito nenhum pedido de conexão por meio de
invocações, descartamos da instrução básica a ativação dos Símbolos
relacionada ao nome de um Mestre Ascensionado. Que o aluno aprenda a
identificar as cores e os Raios, quando houver essa possibilidade, pelo
próprio contato interno, sem o estimular de maneira artificial ou forçada,
como seria se fizesse a invocação do nome.

153
Conversando Sobre MOINTIAN

154
IV – TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN

PARTE

IV
TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA
COM O MOINTIAN

IV A
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN

IV B
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN

155
Conversando Sobre MOINTIAN

IV TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 155


IV A RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN 157
IV B A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 185

156
IV A – RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN

PARTE

IV A
RESULTADOS COM A
TERAPIA DO MOINTIAN

157
Conversando Sobre MOINTIAN

IV TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 155


IV A RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN 157
79. CURA OU EVOLUÇÃO 159
80. PROBLEMAS EMOCIONAIS E DEPRESSÃO 159
81. CAMINHAR COM ATENÇÃO 161
82. UMA PAUSA BREVE 162
83. SINTONIA E SINTONIZAÇÕES 163
84. SOBRE ALIMENTAÇÃO I - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS I 164
85. SOBRE ALIMENTAÇÃO II - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS II 165
86. SOBRE ALIMENTAÇÃO III – RAÇAS E ALIMENTOS 166
87. SOBRE ALIMENTAÇÃO IV – NUTRIÇÃO E PARÂMETROS 168
88. DOR, DOENÇA, LEMBRANÇA E FORTALEZA 169
89. RESULTADO COM A ENERGIA E DECISÃO PARA TRANSFORMAR 171
90. MENORRAGIA OU METRORRAGIA – TRATAMENTO ALTERNATIVO 173
91. SOBRE CONFLITOS PURAMENTE PSICOLÓGICOS 178
92. PROCESSOS DE TRAUMAS OU FOBIAS 178
93. SOBRE SONHOS 179
94. REMANESCENTES E DEPRESSÃO 180
95. SOBRE HOLÍSTICA E MEDICINA ALTERNATIVA 182

158
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A

79. CURA OU EVOLUÇÃO

É preciso definir se a pessoa busca o que chama espiritualidade para a


função correta da espiritualidade, que é a sua evolução, ou se está
buscando energia para curar-se ou para resolver algum problema
particular. Existe uma grande diferença entre essas duas coisas.
A cura não nos interessa como ponto de partida. O discurso e a prática do
MOINTIAN servem para pessoas curadas, em um primeiro momento, e
não para aquelas que estejam atrás de uma espiritualidade paternalista e
que não condiga com o propósito de evolução a que nos destinamos.
Definindo o propósito, podemos ver que teremos, especialmente
diferenciados, dois tipos de pessoas que procuram o MOINTIAN: as que
precisam da terapia e as que anseiam pelo encontro interno. Em muitos
casos, as que precisam de terapia e procuram uma forma de tratamento
alternativo, fazem-no baseando sua procura no pressuposto de que seus
problemas se originaram por causas “sobrenaturais” ou que a medicina
não consegue resolvê-los. Esse pode ser o maior engano que podem
cometer. Em geral, elas baseiam sua conclusão no que lhes foi informado
por pessoas crédulas, por videntes, ou mesmo por crenças que
mantenham e que não entendam. A grande maioria dos problemas
precisa ser muito bem resolvida antes que alguém procure o seu
progresso espiritual verdadeiro. É preciso estar equilibrado, harmonizado
e até mesmo, em certo nível, integrado, para que seja possível enfrentar o
maior desafio que um ser humano pode suportar: o confronto consigo
mesmo e com todas as suas mais profundas facetas.

80. PROBLEMAS EMOCIONAIS E DEPRESSÃO

Quero comentar hoje sobre aquelas pessoas que dizem ter problemas.
Tenho notado ultimamente que existem muitas pessoas que pensam que
sofrem com problemas emocionais e que apresentam depressão. Parece
uma contradição ou uma coisa impossível, dizer que alguém apenas pensa
que tem algo, quando ela diz que está com algum desconforto, relata que
sente dores, mágoas, que tem alguma coisa errada. Ela sente bloqueios,
sente coisas ruins. Entretanto, o que ocorre é que a maioria das pessoas

159
Conversando Sobre MOINTIAN
faz uma relação entre as sensações e as cargas emocionais do presente,
com pequenas mágoas vividas no passado. Elas colocam nas mágoas do
passado uma força muito maior que aquela que as mágoas realmente
deveriam ter. As pessoas fazem uma imagem mental de que pequenas
mágoas são o problema, querem que este problema seja perpetuado, que
sejam a causa, a consequência dos seus problemas presentes, a razão da
sua vida não ser como poderia. Não estou dizendo que as pessoas são
conscientemente culpadas disso, mas sim, que existem mecanismos
subconscientes, ou que a mente cria algum mecanismo, uma ferramenta,
na qual as imagens, as mágoas e os traumas do passado são associados
com o que a pessoa sente no presente.
Vou colocar um caso hipotético: uma pessoa que, desde a infância se
distancia do caminho espiritual, do seu encontro interno e, ao mesmo
tempo, passa por situações de vida que, do ponto de vista psicológico,
seriam traumáticas, ou de difícil assimilação, como, por exemplo, a morte
de parentes, acidentes ou separações entre pessoas amigas, pode ter
gerado em seu ser pequenas mágoas. Essa pessoa pode estar
manifestando, hoje, um grande problema, uma grande dor, por não
conseguir manter um relacionamento, ou por pensar que as pessoas se
afastam dela por culpa do que ocorreu em seu passado. Ela culpa as
situações vividas no passado pelo desequilíbrio emocional que manifesta.
No entanto, esta dor não é realmente causada por aquelas dores do
passado. Esta dor é causada, unicamente, pelo distanciamento entre a
vida material e o propósito espiritual dessa pessoa.
Muitos colocam na vida material, no objetivo material, o ponto chave da
sua busca e propósito de vida, quando, na verdade, e nós sabemos muito
bem, a meta original e principal deveria, e deve ser sempre, a da
integração com o nível espiritual, o encontro com a essência divina.
Quando uma pessoa começa a redirecionar sua vida para que esse
encontro entre o material e o espiritual ocorra, as mágoas vão sendo
dissolvidas e, ao mesmo tempo, ela vai lembrando-se de eventos do
passado. Mas os eventos e as situações relembradas não são o foco do
problema. Esses tipos de lembranças voltam à consciência por que a
pessoa está reencontrando aquilo que deixou para trás, do ponto de vista
espiritual, na fase ou na época que ocorreram tais situações. Essas coisas
deixadas para trás estão associadas com as memórias da época em que ela
podia ter seguido outro direcionamento, tomado outras decisões, sentido

160
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
outras coisas. Na medida em que vai buscando esse reencontro, ela vai
automaticamente revendo situações do passado, de forma bem
inconsciente, não provocada, não estimulada externamente. O erro seria
mergulhar nessas situações que são apenas pontos de referência da
memória, relativas a determinados direcionamentos de vida, de conduta e
de pensamento. O erro seria estimular a lembrança de um evento ou
episódio do passado sem que a mente estivesse pronta para, assim que
fosse acessado, pudesse entender que ele representava apenas uma
associação com outro evento mais profundo e transformador. É exatamente
o mesmo que ocorre quando há uma lembrança de uma cena que possa
ter sido de encarnação passada. Quando ocorrem naturalmente, ou por
estímulo da energia, sem terem sido induzidas para que despertassem,
significa que as situações vividas no passado foram vencidas, foram
sublimadas e que a vida presente segue para um patamar, para um padrão
de consciência, superior ao de antes. O capítulo 3.2 do livro verde, Uma
Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade, trata sobre esse assunto
com um enfoque um pouco diferenciado, mas detalhado.

81. CAMINHAR COM ATENÇÃO

Caminhar com a atenção total no trajeto, respirando e sentindo que toda


a vida está naquele momento. É possível ver e determinar onde o pé
precisa pisar para dar o próximo passo e, assim, além do caminho ficar
mais fácil e mais leve, vai-se seguindo o fluxo.
É preciso sentir o movimento das linhas que se formam sutilmente quando
se está plenamente consciente de um ambiente, sem tentar moldá-lo à
nossa compreensão mental.
É possível estabelecer um novo contato com o centro de si mesmo, dessa
maneira e fazer com que, em um primeiro momento, o equilíbrio se
restaure e, depois, com a facilidade atingida, seguir para o passo mais
adiante da caminhada.
Isso se aplica a tudo, todas as coisas, em quaisquer níveis que queiram
experimentar. Mas é preciso saber reconhecer a paz que se traduzirá
como movimento.

161
Conversando Sobre MOINTIAN

82. UMA PAUSA BREVE

Este não é um comentário, mas uma proposta para que tenhamos um


momento de encontro interno.
O propósito inicial do blog “Conversando”, foi o de ser um ponto de
encontro diário com todos os que simpatizam com o MOINTIAN. Por isso,
no dia que não havia um comentário que nos unisse em pensamento,
propus que estivéssemos unidos por um momento de reflexão. Da mesma
maneira, podemos fazê-lo agora, pois os que leem este tópico podem usar
seu tempo para a prática sugerida.
É tão mais fácil, atualmente, partilhar o que temos no íntimo, que só estar
aqui, presente em pensamento, já é um importante estímulo ao encontro
interno. Imagina antes, quando não havia este tipo de veículo, a internet,
o computador... Então, apenas a presença física poderia nos unir. Quantos
ficariam de fora? No entanto, estamos aqui, todos unidos... hoje ou
amanhã. Mesmo que alguns venham depois, estaremos ainda unidos por
esta força que depositamos ao nos sentirmos bem com o que já
partilhamos aqui...
Agora, o que era para ser uma simples reflexão, virou um comentário. Mas
vamos além. Proponho um encontro interno:

• Senta confortavelmente e fecha os olhos;


• Sente a Luz que vem do alto e chega à cabeça;
• Ela desce ao soma, no meio da testa;
• Respira suavemente;
• É uma Luz suave, que tranquiliza a mente, que traz paz e harmonia;
• Respira...
• Abre o coração e deixa a Luz descer...
• Respira...
• Sente a Luz em ti, desde a cabeça ao coração;
• Que o Amor possa preencher-te e que este momento, breve, mas
tranquilo, traga tudo o que for melhor para a tua evolução... em Paz;
• Respira e, em vez da leitura, permanece em silêncio por alguns minutos;
• Em Paz. Até amanhã.

162
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A

83. SINTONIA E SINTONIZAÇÕES

Em um atendimento feito para o irmão gêmeo de um aluno, os dois com


forte ligação em todos os níveis, pude perceber que este irmão também
estava sintonizado com a Chama Devocional, da mesma forma que o
aluno. O irmão não havia recebido fisicamente a Chama, mas estava com
os canais desbloqueados e com este nível atingido.
Isso gera uma importante conclusão e a comprovação daquilo que é
falado especificamente na página 259 do Manual do MOINTIAN, sobre
uma aplicação em outra pessoa:
“... são atingidas todas as subpersonalidades ou mentes que ainda
causam influência e também todas as pessoas que estejam passando
as mesmas lições que a pessoa tratada. A energia é irradiada
incondicionalmente para a atmosfera, para o planeta e todos os seres,
através desta pessoa tratada.”

Os alunos que já se utilizam da energia por alguns anos, sabem que é


possível irradiar a distância para muitas pessoas ao mesmo tempo.
Também sabem que, quando aplicamos em uma pessoa, não é apenas
aquela pessoa que está recebendo a energia, mas que seus efeitos serão
sentidos por todos os seus familiares e até outras pessoas que venham a
entrar em contato com a pessoa tratada. Uma aluna brincou dizendo que
isso seria uma forma de “multiplicação dos pães”. O mesmo ocorre
durante as meditações da quarta-feira, quando a energia é irradiada
incondicionalmente para a atmosfera do planeta. Também é assim em
cada iniciação ou autoiniciação.
Essa ideia sempre ficou um tanto abstrata até agora, mas com o relato
desse caso, ela se torna mais compreensível. Os dois irmãos, vibrando na
mesma frequência, sentindo as mesmas influências e os mesmos
impulsos, recebem na mesma proporção. Da mesma forma, quantas
outras pessoas que estejam na mesma faixa de frequência não teriam
recebido esta sintonização?
Podemos concluir, além disso, que pessoas na mesma sintonia, sentindo
as mesmas coisas, tendo os mesmos gostos, em um aspecto que seja,
podem estar em conexão umas com as outras. Especificamente no caso da
energia, basta que estejam receptivas ao que já está impregnado na
163
Conversando Sobre MOINTIAN
atmosfera planetária. O único problema é que não estão conscientes
disso, da mesma forma que o irmão do aluno também não estava. Basta
que entrem em contato com a fonte verdadeira da energia ou que
conheçam o Método em si para que possam de fato utilizar a energia, de
maneira segura e muito eficaz.

84. SOBRE ALIMENTAÇÃO I - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS I

O principal fundamento para se compreender a necessidade da retirada


de componentes animais da dieta é entender sobre a convivência entre
reinos. É preciso compreender que a convivência entre os reinos deve ser
amistosa e de recíproco auxílio para o desenvolvimento neste plano. É
impossível pensar em alimentar-se de um irmão. Até mesmo certos
vegetais parecem mais necessários apenas como existência neste plano,
ou seja, parecem apenas necessários como manifestação para o equilíbrio
entre os reinos do que propriamente para servirem de alimentos. É
preciso entender a energia de um “alimento”, como sendo um ser em
doação, especificamente falando do Reino Vegetal, para que de fato ele
possa produzir efeitos benéficos no organismo humano. Ademais, de
acordo com o que já iniciei a falar e expor, acerca do ajuste e substituição
do código genético e dos padrões de conduta para uma nova humanidade,
tudo o que realmente necessitamos provém do contato, da entrega e da
absorção da energia divina e cósmica que impregna a tudo e está em todo
lugar. As células, em um nível muito sutil, conseguem filtrar as substâncias
necessárias para que, elas mesmas, produzam as proteínas necessárias
para a sua sustentação e de todo o organismo, sem necessidade de
ingestão extra de outros organismos estranhos. As células produzem a
proteína que necessitam. O que comemos é, e deve ser, unicamente por
prazer, para satisfação dos sentidos. As células retiram substâncias e
combustível da energia universal, que alguns podem denominar de ono-
zone, a energia essencial do universo, mas que é originada de dimensões
superiores. A ingestão de material orgânico morto é o que, conforme uma
determinada teoria de evolução, produz uma desarmonia na estrutura das
células, tornando-as suscetíveis à produzir “células loucas”, gerando toda
sorte de tumores, doenças e coisas do gênero, sem falar que isso provoca
a sintonia com níveis astrais bem baixos, no caso de alimentos

164
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
conservados e “mortos” há muito tempo. Poderia seguir por essa linha e ir
muito além, para argumentar sobre a não ingestão da maioria dos
alimentos que fazem a moda alimentar. Isso sem falar que, se fosse
possível a todos verem com olhos sutis tudo o que envolve a esse tipo de
“alimento”, os argumentos seriam totalmente desnecessários. Os seres e
energias etéricas negativas que veriam, fariam com que as cenas de filmes
de monstros causassem menos espanto...
Por outro lado, determinados organismos, determinados órgãos de certos
seres humanos, já não estão mais aptos a quebrar as proteínas ou fibras
de certos alimentos, especialmente aqueles confeccionados com misturas
de materiais integrais. E, nesse sentido, parecendo um contrassenso,
algumas “porcarias industrializadas” podem ser mais facilmente digeridas,
se o propósito for apenas a satisfação física, o preenchimento do
estômago, o sentido do gosto, e não a ingestão para preencher
necessidades orgânicas ou fisiológicas.
Com relação a outras substâncias como o álcool e determinados
condimentos, em especial o alho, café, entre outros, pode-se fazer outras
considerações nos tópicos que seguem.

85. SOBRE ALIMENTAÇÃO II - NECESSIDADE DE PROTEÍNAS II

Pergunta: E a carne de soja?

Resposta: Essa pergunta foi feita por uma aluna, tão logo ela havia lido o
tópico anterior. Se pensou e falou carne, é porque tem a necessidade de
ingerir a proteína animal como forma de sustento do corpo físico. Ela
ainda acredita nisso. O pressuposto básico para que uma pessoa
modifique sua alimentação é aceitar, sentir, que seu organismo não tem
mais necessidade de determinado tipo de alimentação. Qualquer um que,
pela simples vontade da personalidade, fizer uma modificação brusca em
sua dieta, especialmente em se tratando da eliminação da proteína
animal, irá parar no hospital, subnutrido ou anêmico. A substituição de
uma dieta por outra, da mesma forma que a modificação de um hábito,
deve partir de uma necessidade interna. No caso da dieta, essa
modificação provém da modificação de conceitos, muito mais que da
vontade de parecer diferente ou aparecer, mostrando aos outros que tem

165
Conversando Sobre MOINTIAN
um comportamento não usual. Nunca recomendo para qualquer pessoa
esse ou aquele tipo de dieta, mas procuro expor conceitos, formas de
entender a vida, em especial essa relação entre o reino animal e o
humano. Cada um é livre para fazer sua própria escolha, mas todos
precisam saber que é possível estar plenamente saudável quando se é
sustentado, nutricionalmente falando, pela consciência interna.
Quando a proteína animal é substituída por alguma outra coisa, como foi o
que infundiu o pensamento da aluna que elaborou a pergunta, significa
que, internamente, a pessoa ainda não fez a transformação necessária
para aderir a essa realidade da sustentação pela energia. Nesse caso, em
especial, a própria denominação carne já mostra claramente que a pessoa
quer apenas uma substituição. Para quem quer sentir gradativamente a
transformação da necessidade, aconselho que comece diminuindo a
quantidade e o tipo de proteína animal até que, sentindo-se sempre
confortável e saudável, possa eliminá-la totalmente da sua vida.

86. SOBRE ALIMENTAÇÃO III – RAÇAS E ALIMENTOS

Como sabemos, estamos na quinta raça planetária, conforme listadas:


- hiperbórea;
- primeira lemuriana;
- segunda lemuriana;
- atlante;
- ariana.

De acordo com certa referência bibliográfica de cunho esotérico,


especificamente a obra de Rudolf Steiner, fundador da Antroposofia, para
cada uma dessas raças deve predominar um tipo de alimentação. O tipo
de alimentação para cada raça estimula determinada característica
própria para a época, para o ser que vive nessa época. De acordo com tal
obra, para a possível densificação do corpo físico tal qual o conhecemos
hoje, foi necessária a introdução de um componente material pesado, no
final da segunda lemuriana e talvez até o meio da atlante. Esse elemento
mais denso, foi a carne. Segundo Rudolf Steiner, foi um mal necessário
para a densificação do corpo físico. Na terceira/quarta raça, havia uma
memória interna naquele tipo de ser, que “criava uma saudade dos

166
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
tempos em que vivia livre”, como energia, antes de se manifestar no plano
denso. Eles sentiam falta daquilo que tinham no plano espiritual e que já
não conseguiam mais atingir, pois a conexão com aquilo estava perdida.
Para entorpecer a dor da sua mente, foi utilizada uma substância que deu
origem à bebida alcoólica. Algo, segundo tal literatura, ainda necessário
para que esse plano de densificação pudesse ser concluído. A partir da
quarta raça, ocorre outra situação, que é a reversão da queda, ou o
retorno ao estado sutil, porém em escala mais elevada, já tendo sido
experienciado suficientemente o plano denso. Por isso, a partir da quarta
raça, a atlante, a eliminação de determinadas substâncias, alimentos, se
faz necessária para que se cumpra o papel correspondente ao ser desta
etapa evolutiva e, consequentemente, que este ser possa atingir sua evolução.
Não faz diferença para aquele que está no caminho probatório, ou da
aspiração espiritual, o que ele come, mas para um iniciado é impossível a
ingestão de determinadas substâncias contrárias ao seu próprio nível
estabelecido e de sua compreensão da relação e cooperação entre os
reinos da natureza. A ingestão de certas substâncias, em desacordo com o
padrão necessário para se atingir determinada vibração e a consequente
sintonia com um nível mais elevado, deve ser suspensa, pelo menos em
determinadas épocas, para purificação.

Analisando sob outro aspecto, de acordo com as observações atuais e de


acordo com a energia, tudo o que se ingere vai para uma região do corpo
específica que é o estômago, e depois é filtrada no fígado, na vesícula,
enfim, na mesma região em que a energia sutil penetra no corpo sutil. Da
mesma forma que se um filtro estiver entupido por determinadas sujeiras,
o campo energético mais denso não deixará passar aquela energia mais
fina ou sutil. Por isso, a alimentação deve seguir normas que facilitem a
entrada da energia e a pessoa consiga realizar a sua assimilação em todos
os níveis e em todos os corpos.
De acordo com o que venho observando, outra substância que,
aparentemente, faz muito bem, e que é muito recomendada como forma
de imunização, é o alho. Entretanto, da mesma forma que foi criada a
lenda que esse produto afastava o mal, naqueles contos sobre vampiros,
por exemplo, ele também afasta o que for do bem. Eu explico: quando se
diz que o alho acelera o processo de imunização ou que ajuda na
aceleração do metabolismo, isso ocorre porque ele cria uma camada

167
Conversando Sobre MOINTIAN
densa em volta do campo energético. Tendo produzido isso, todos os
centros de energia trabalham de forma acelerada e cria-se,
aparentemente, a sensação da melhora da saúde, que pode ser, inclusive,
associada com a eliminação de infecções. Em contrapartida, ocorre uma
desconexão do nível espiritual com a consciência, por consequência dessa
camada densa criada em volta do campo energético.
A ingestão do alho afasta a conexão com o nível superior. É recomendado
que seja suspensa a sua ingestão para aqueles que querem estar sempre
ligados ao seu Eu Superior. Da mesma forma, a cebola, e isto é sabido há
milênios, tem influência em determinados centros de energia,
especialmente nos situados abaixo do diafragma, com uma influência
maior nas pessoas que estão iniciando seu processo espiritual ou que
tenham disfunções nessa região.
O álcool e todos esses alimentos produzem um entupimento do canal de
ligação com o superior, impedindo o contato entre a mente superior e a
inferior. Para ter uma ideia mais ampla disso, observa o quadro que está
no tópico 181, “Esquema Sobre os Efeitos do Álcool”, deste livro.

87. SOBRE ALIMENTAÇÃO IV – NUTRIÇÃO E PARÂMETROS

É preciso lembrar que, no que tange ao aspecto nutricional, os parâmetros


médicos variam de acordo com a época, o tipo físico, o local onde se vive,
a maneira como se vive, às próprias descobertas e aos interesses
científicos. Eu estou bem longe de seguir parâmetros, índices ou taxas há
muito tempo. Isso, aliás, foi um dos motivadores para que eu não
insistisse com os estudos de Medicina. Vi tanta variação de conceitos e
metodologias que, em sua maioria, não fazem muita diferença. O que
gosto na Medicina é quando ela proporciona um auxílio direto no corpo,
como na retirada de tumores, nas cirurgias de correção de fraturas, etc.
Penso que, enquanto nos preocupamos com os parâmetros vigentes,
estamos dentro deles, mesmo quando pensamos que estamos fazendo
algo diferente. Pois os parâmetros continuarão sendo carregados por nós,
afetando-nos.
Eu não como carne, de nenhum tipo, mas, às vezes, como pizza de queijo,
chocolate e “coisas boas”. Não me preocupo com a ingestão por ser
saudável ou não. Sei que posso criar determinadas doenças, gorduras ou

168
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
algo do tipo, além de que tenho forte intolerância a lactose e farinha
branca, mas vivo a vida de maneira tranquila e sem me importar com
parâmetros ou nomenclaturas.
Não me considero vegetariano. Não gosto de rótulos ou de que algo que
eu faça me enquadre a um grupo. Não como carne e não suporto ovos e
leite. Mas se o chocolate tem leite ou o bolo tem ovo para dar
consistência, não me importo. Quanto à carne, de qualquer tipo de ser
que foi morto, não suporto por motivos de tudo o que está em volta dela,
como as larvas astrais e a podridão que se vê sutilmente em um prato com
carne. Não o faço com o intuito primeiro de defender um animal ou outro.
Até porque, se formos ver o quanto sofre a flora e a fauna nativas com as
plantações que servem para produzir cereais, a morte vai pesar da mesma
maneira, se não para mais. Teria mesmo que escrever muito, se fosse falar
sobre esses detalhes que desconhecem as pessoas que se dizem
vegetarianas. Então, não sou partidário de nada. Apenas sigo um ditame
bem interno, e não suportaria viver de outra maneira. E o que vier como
consequência disso, eu assumo, pois é irreversível.
Existem, de fato, aquelas pessoas que precisam de substâncias, de
remédios, de complementos, de proteínas. E enquanto algo não muda de
dentro, no interno, na consciência, elas não podem ser diferentes. Então,
nada de dicas para elas, apenas que sigam com suas vidas. Mas é preciso
fazer escolhas. E depois, seguir com elas, sem medo e sem pensar em
estar fazendo um bem aos outros ou a si mesmo, mas conforme um
parâmetro interno autoestabelecido. Seguimos.

88. DOR, DOENÇA, LEMBRANÇA E FORTALEZA

Quando crescemos internamente, por termos enfrentado os obstáculos


que aparecem e tendo vencido a eles, podemos voltar ao momento da
dor, seja pela lembrança olfatória ou auditiva. No ponto que estamos,
sempre sendo melhores do que já fomos antes, não há dor, mas fortaleza.
Uma importante chave para crescer, para vencer a dor, é ter algo que seja
aprazível apesar de todo o sofrimento que tenhamos. Uma atividade que
seja física e em associação com outras pessoas, em grupo, é o ideal. E que
não seja apenas com um grupo para meditação, mas de movimento. Um
grupo de movimento. A associação de ideias que virá disso será, sem

169
Conversando Sobre MOINTIAN
dúvida, muito importante. E vai livrar, a quem assim proceda, das
lembranças da dor. O mais importante é pensar em sempre andar para
frente, sempre querer o melhor, saber que hoje é melhor que ontem. Isso
é muito importante.
Ter certeza que, por pior que seja a dor ou o sofrimento hoje, passado
determinado tempo, é possível estar rindo da situação. Pode levar tempo,
mas se temos a certeza que tudo sempre acaba bem, e que temos a tal
dor na medida em que podemos suportá-la, para alcançar um estágio
superior ao que nos encontramos, então temos um suporte interno para
poder vencer a qualquer mal que nos aflija.
Um grupo de atividades físicas tem objetivo semelhante a dedicar-se a um
hobby, conforme foi colocado no capítulo 4.6 do livro verde. Esse grupo
vai possibilitar que aquela dor sentida seja amenizada e que, no futuro
bem próximo, cada vez que aquela dor seja lembrada, por estar associada
com um evento de alguma maneira prazeroso, não vai trazer para a
consciência a revitalização da dor. A lembrança do sofrimento vai sendo
amenizada. E, assim, gradativamente, será dissolvida a possibilidade de
gerar doenças graves ou conflitos internos de maior ordem.

Uma doença preocupante na civilização atual é o câncer. Entre as causas


principais, posso apontar algumas: dívidas; culpa; preocupação com a
sobrevivência para si e para a família; manter e sustentar pessoas, sem
guardar para si o suficiente para livrar-se do peso da vida.
A culpa pode ser gerada pelo fato de que a pessoa alimenta uma
preocupação com o que poderia fazer e ser. Por exemplo, uma pessoa que
tem uma segunda família e não pode assumi-la. As dívidas e a excessiva
preocupação com a sobrevivência, com o modo de vida, consomem a
vitalidade, depositando um acúmulo de energia negativa, que pode
produzir doença, no ponto que seja o mais frágil da pessoa. Um dos
fatores mais importantes para se resolver a questão seria fugir do status
quo. Toda pessoa que se diz espiritualizada ou voltada para a
espiritualidade tem uma noção inicial de que está fazendo isso, de que
está saindo do lugar comum que a sociedade vigente está. Mas parece que
muitos esqueceram isso. Vê-se bem claramente, na vida moderna, uma
mistura de conceitos e sistemas de crenças tão arraigados que passam
despercebidos até mesmo por quem inicia a se auto-observar, a fazer um
autoexame de consciência, de hábitos, de crenças. Comecemos a analisar

170
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
o padrão geral, como o uso de cosméticos, cortes de cabelo, comidas,
cartão de crédito, roupas, estilo de vida...
Como uma grande armadilha imposta pela nossa existência, temos que
sentir, o mais profundamente possível, cada processo que nos acometa,
cada obstáculo e cada aparente sofrimento. Quanto mais intensamente o
vivemos, mais rápido poderemos sair dele. E, nesse mesmo sentido,
quanto mais rápido nos desfazemos dele, menos sequelas vamos adquirir
desse sofrimento. Se não saímos rápido de um sofrimento corremos o
risco de criarmos uma futura doença em um médio prazo, de 5 a 10 anos.
No aspecto enfermidade ou doença somos todos muito imediatistas.
Encaramos o aparecimento de alguma doença de forma imediata, sem
levarmos em consideração esses sofrimentos ou traumas vividos.
Até mesmo uma picada de mosquito pode ter sido motivada por um
estado de consciência, mental ou emocional. Analisemos uma situação
hipotética: uma pessoa tem uma grande discussão em casa e gera uma
forte desestrutura em seu organismo, afetando o aspecto imunológico. Sai
de casa com raiva e é picada por um inseto. A possibilidade de que essa
picada desencadeie um processo alérgico ou alguma outra reação no
organismo, como uma contaminação, é muitíssimo maior para essa
pessoa, nesse estado de perturbação emocional, que se ela estivesse
equilibrada e tranquila. Ademais, essa pessoa não teria saído de casa
naquele instante e não teria encontrado pela frente aquele inseto.
Analisando assim, podemos ter uma ideia da influência que nossas
atitudes podem ter nas nossas interações com o meio e como esse meio
pode afetar-nos de maneira positiva ou negativa, gerando ou não doenças.

89. RESULTADO COM A ENERGIA E DECISÃO PARA TRANSFORMAR

A maioria das pessoas tem a concepção de que, indo até um terapeuta ou


procurando um método de cura, todas as coisas erradas que fez no
decorrer de sua existência serão simplesmente retiradas sem o menor
esforço de sua parte. Essas são as pessoas que geralmente são iludidas
pela propaganda falsa de um sem-número de charlatões. Não
conseguindo o que desejam em tantos caminhos mal percorridos, acabam
desacreditando de tudo. O que se pode fazer de concreto, é darmos a
força para que as pessoas possam, por si, vencer obstáculos. Não se retira

171
Conversando Sobre MOINTIAN
nada por passe de mágica, mas pode-se dar a força necessária para a
transformação. Ilusão seria acreditar no contrário. Por exemplo, se
encontro uma pessoa com problema de tabagismo e ela quer parar de
fumar, então pode ser auxiliada. Ela quer. Não encontra força para fazê-lo
sozinha. A energia atuará de forma que a pessoa tenha uma vontade mais
firme, persista mais intensamente nesse caminho, e adquira como
resultado a libertação de um vício.
Sobre os resultados alcançados com as aplicações, podemos ler, na página
111, no Nível I do Manual, o seguinte:
Em geral, acontece uma trégua nos casos patológicos. Não é a cura. Esta
trégua deve servir para que a pessoa reveja seus pontos de vista e o motivo
ou motivos que a levaram a manifestar seus desequilíbrios. Se nada
transformar, em pouco tempo voltam os sintomas. Portanto, cuidado com
os aparentes resultados rápidos. Nunca há cura, mas trégua. Este ponto
deve ficar claro. Não há fantasia ou milagre. É preciso TRANSFORMAÇÃO!
De uma maneira geral, as aplicações servem para proporcionar um
relaxamento ou uma trégua das enfermidades ou estados de perturbação,
sejam estes de ordem física, emocional, mental ou espiritual. Esse
chamado “relaxamento” permite que a pessoa deixe de apresentar os
sintomas que incomodam ou perturbam. É uma dádiva. Mas se a pessoa,
por esse alívio, não toma consciência das coisas erradas em sua vida, se
não se transforma, não aproveita esse período, então os sintomas
reaparecem e o resultado parece não ter sido satisfatório.
Tanto em iniciações como em aplicações, o que realmente importa é a
atitude mental persistente na necessidade de transformação. E isso só
depende da própria pessoa interessada.
A depressão, por exemplo, é a manifestação de um conflito interno. Não
surge da noite para o dia, como também não aparecem de um dia para o
outro as “pedras” nos rins ou na vesícula.
Um grande estresse ou uma situação estressante pede sempre a fuga de
uma situação desagradável, insuportável. Quem já se viu em uma situação
extrema, tem vontade de morrer ou acordar, ou acredita que deva estar
sonhando. Não é a morte ou o suicídio que vai fazê-la acordar, mas o
despertar do ser interno que sempre guia e não pode ser ouvido. A
personalidade bloqueou as informações desse ser interno. A situação de
conflito explodiu. Veio à tona o escondido... A morte deve ser decretada
para a busca errada, não para a vida!

172
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
Indo um pouco adiante nisso, e sendo um pouco mais objetivo, posso
dizer que, por mais que se consiga definir para uma pessoa a causa real ou
o motivo pelo qual ela manifesta algum problema ou doença, de nada
adianta se ela não fizer por si o principal, que seria afastar-se dessa causa,
dessa origem. Existem situações de conflito onde é possível, apenas pela
tomada de consciência de qual seria o problema, que a energia venha e
dissolva 50% dos efeitos. Mas sempre vai ser exigido que a própria pessoa
queira e consiga afastar-se da causa. Um milhão de aplicações não
resolvem uma situação se não houver o afastamento da sua origem. É o
mesmo que estar limpando e desinfetando uma sala, por exemplo, e logo
atrás da limpeza vem toda a turma pisando e sujando tudo de novo. Não
se resolve nada assim.
Tenho observado isso muito claramente e é uma dádiva quando se
consegue realmente definir uma causa para alguma manifestação física de
desequilíbrio. Mas não adianta saber disso se não se realiza a
transformação ou o afastamento do problema. E a pessoa vai dizer que a
energia não funciona...
Encaremos a energia como a força motivadora, aquela que dá o impulso,
para uma mudança de hábito ou para a resolução de uma situação
conflitante. Mas a tomada de decisão, e a persistência na decisão, deve
ser feita pela pessoa que busca o auxílio.

90. MENORRAGIA OU METRORRAGIA – TRATAMENTO ALTERNATIVO

Este tópico foi originalmente publicado no blog “Conversando Sobre


MOINTIAN” no dia 8 de agosto de 2011.
Quero expor um assunto importante e que, sem dúvida, possibilitará
ajudar a muitas mulheres.
A partir do ano de 2005 ou 2006 começaram a aparecer mulheres
procurando a terapia para aliviar determinados sintomas que são
definidos pela Medicina como menorragia ou metrorragia. Inicio falando
que, em termos gerais, isso se caracteriza pelo sangramento excessivo.
Logo abaixo vou transcrever algumas informações médicas relativas a esse
problema, que estão escritas como citação, inseridas em um quadro. Mais
adiante, neste tópico, continuarei com a exposição da possível solução
com a energia do MOINTIAN através do Símbolo da Transmutação.

173
Conversando Sobre MOINTIAN
Foram muitos anos de pesquisa e análise até que eu pudesse ter dados
suficientes para expor esta forma alternativa de tratamento. Mas vamos
iniciar com a definição da Medicina.

Hemorragia uterina anormal


Denomina-se hemorragia uterina anormal a todo sangramento que difere do
padrão menstrual habitual, no que se refere ao momento de início, duração
e/ou quantidade de sangramento. Existem diferentes termos que definem os
diversos tipos de hemorragia vaginal anormal:
• Oligomenorreia: episódios de sangramento com intervalos superiores a 35
dias.
• Polimenorreia: episódios cíclicos de sangramento, mas com intervalo igual
ou menor a 21 dias.
• Menorragia ou hipermenorreia: hemorragia uterina excessiva tanto em
quantidade (60-80 ml/dia) como em duração (mais de 6 dias), mas com
aparecimento cíclico. A melhor forma de medir a quantidade é pelo número
de absorventes utilizados, apesar da diferença na capacidade absortiva. Em
geral, pode-se considerar que, se a mulher necessita de um absorvente por
hora por pelo menos 7 horas, a hemorragia é grave.
• Hemorragia intermenstrual ou metrorragia: hemorragia uterina que ocorre
entre períodos menstruais.
• Menometrorragia: hemorragia uterina excessiva e prolongada com
aparecimento irregular.
• Manchas de sangue ou spooting: sangramento em quantidade escassa,
insuficiente para necessitar um absorvente e que ocorre intermitentemente.

Do ponto de vista etiológico, as hemorragias uterinas anormais na mulher


não gestante podem ser originadas por lesões orgânicas (miomas,
endometrite, carcinomas de cérvix e endométrio, etc.) e/ou funcionais (ciclos
anovulatórios, insuficiência do corpo lúteo). Infelizmente, embora o padrão
de sangramento possa sugerir umas ou outras (as metrorragias associam-se
mais frequentemente a lesões orgânicas, enquanto que as hemorragias
intermenstruais e as menometrorragias a transtornos funcionais) isto nem
sempre é assim e apenas pode-se utilizar isto como dado orientador. A
avaliação da paciente é realizada fundamentalmente em função da idade,
observando a prevalência das distintas patologias.
Martin Zurro, Cano Pérez; Atención Primaria – Conceptos, Organización y
Práctica Clínica, cap.44. versión interactiva. Harcourt Brace. Madrid (em livre
tradução)

174
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
Em resumo, pode-se dizer que, para a medicina, existam quatro causas
principais que podem ocasionar a menorragia ou sangramento excessivo:
• fibromas ou pólipos - tumores benignos causam sangramento;
• uso de DIU – por irritação da cavidade uterina;
• problemas hormonais - tireoide – diabetes;
• ferida no cólon do útero.
Os tratamentos convencionais dependem muito do tipo, frequência e
quantidade do sangramento, bem como do quadro geral da cliente, se
apresenta anemia, idade, etc. Em linhas gerais, poderá ser feita: reposição
hormonal, no caso de transtornos causados por diabetes,
hipertireoidismo; cauterização do endométrio; ablação do endométrio;
retirada de miomas quando possível; histerectomia com retirada do útero,
como sendo o método mais efetivo. É preciso considerar que os métodos
são os que a Medicina consegue oferecer, haja vista que é uma situação
realmente incômoda, preocupante e demorada. Algumas mulheres
precisam conviver com esses sintomas por anos. Então, podemos ver
como isto as afeta em todos os âmbitos, na profissão, na relação familiar,
conjugal e social.
Não quero estender-me ainda mais na definição médica, mas a partir
daqui explorar os dados que obtive desta “pesquisa” e do que pode ser
realizado com a energia.
No início da observação, podia notar que o fator mais preocupante é de
fato o volume do sangramento. A preocupação constante com uma
possível anemia e as dificuldades físicas que acarretam, podem facilmente
retirar qualquer um do normal. Dessa maneira, a procura por uma solução
rápida é o que pode determinar o futuro de um órgão, e a vida da mulher.
Do ponto de vista do médico, ele deve oferecer as soluções que dispõe
para produzir o alívio dos sintomas de uma maneira imediata ou em curto
prazo. Por isso, vários exames e hipóteses são consideradas antes de
qualquer procedimento. Mas, no geral, se a terapêutica não é eficaz em
médio prazo, a cirurgia será o indicado.

Comecei a observar todos os casos que apareciam e procurei conversar


com pessoas que conhecessem outras mulheres que tivessem passado por
alguma hemorragia desse tipo. Levei cerca de três anos para definir que
havia uma causa comum para que manifestassem esse problema. Quero
deixar claro que o que estou falando aqui não tem nada a ver com a

175
Conversando Sobre MOINTIAN
Medicina, seja a tradicional, ou a convencional. É fruto de uma pesquisa
realizada exclusivamente com a energia do MOINTIAN. Preciso salientar
que enquanto os sintomas não sejam eliminados total e absolutamente, e
que isso seja constatado por meio de exames clínicos e laboratoriais, o
acompanhamento médico deve seguir normalmente e sem exceção. Só
assim se poderá chegar a um resultado efetivo se for o caso da mulher
escolher testar o que será definido aqui.

Conseguir determinar a causa real e efetiva de uma doença, problema ou


situação deve ser considerado como algo formidável. Porque, assim, é
possível determinar, de maneira precisa, quando algo que causa um dano
ou malefício pode iniciar. O passo seguinte é saber, ou conseguir definir,
como reverter a situação. Acredito que começamos a traçar uma nova
linha de atuação para a energia, para que se torne efetiva e, de certa
forma, definida, em relação a “tratamentos” específicos para
determinadas doenças ou problemas. Vamos começar com esta aqui, já
que os resultados têm sido realmente efetivos e satisfatórios.

A causa em comum que encontrei em todos os casos foi um problema que


todas as mulheres que manifestaram os sintomas tinham com a sua mãe.
De alguma maneira, a relação com a mãe afeta a tal ponto que, mais cedo
ou mais tarde, no decorrer da vida, esses sintomas vão aparecer.
O problema relacionado à mãe não é simplesmente aquele das discussões
ou de pontos de vista discordantes. Essa é uma situação até normal que,
em algum momento, todos podemos enfrentar. Mas o problema
encontrado se situa em uma esfera um tanto mais profunda: trata-se da
rejeição que a mãe tem pela filha. Essa rejeição pode ter ocorrido desde o
momento da concepção, na gestação uterina, no nascimento, ou no início
da vida. Mas está lá e é o que gera todo esse problema.
Dentro do que temos definido para sanar um problema, temos
considerado que qualquer enfermidade ou desordem tem origem em
algum trauma, sofrimento intenso, ou excesso de energia depositado
sobre uma situação conflitante. Quando se consegue descobrir o fator
gerador do conflito, quando se consegue expor esse fator para a pessoa
que o manifesta, posso afirmar, com convicção, que 50% do problema se
dissolve. A pessoa para de alimentá-lo, para de sofrer, e passa a
reconhecer a situação que deu origem a ele. Ela rompe com a linha do

176
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
tempo que a prendia naquela situação e pode reorganizar sua energia a
partir deste ponto. Funciona como a retirada de energia de certas
partículas sutis que podem gerar doenças.
Se 50% do problema se dissolve quando se reconhece o fator
desencadeador, como se resolve os restantes 50%? A energia faz o resto.
A energia vai dissolver o restante. Pode levar algum tempo, mas vai
acontecer. Depende, obviamente, da vontade da pessoa, da sua
integração com a energia e da sua compreensão do problema.
Acredito que para cada problema será possível encontrar uma solução
efetiva. Neste caso específico da menorragia, os 50% restantes podem ser
eliminados através da visualização do Símbolo da Transmutação
realizando movimentos de uma determinada maneira, conforme vou
descrever logo a seguir.

Para que tenha efeito o “tratamento” com o Símbolo da Transmutação, a


própria pessoa interessada precisa estar sintonizada no MOINTIAN pelo
menos no nível da Chama Devocional. Essa condição é colocada porque é
a própria pessoa quem deverá fazer o procedimento. Ela não vai receber a
energia de um terapeuta. Ela mesma precisa realizar para si.
O procedimento é muito simples. Basta visualizar que os quatro círculos
que compõem o Símbolo da Transmutação giram em sentido anti-horário
na tua frente. É preciso visualizar o círculo externo abrangendo todo o
corpo, desde a genitália até o alto da cabeça. Então, os círculos, todos e
cada um, vão ser visualizados girando na frente e no corpo desde a
genitália até o alto da cabeça. Isso pode ser feito quantas vezes a pessoa
quiser, durante todo o dia, sem contraindicações. No mínimo, uma vez por
dia. Até que os sintomas desapareçam.
Os efeitos obtidos foram realmente significativos. Algumas pessoas
conseguiram que o sangramento parasse em alguns dias, outras em um
mês, e outra, ainda, no primeiro dia.
Peço para aqueles que porventura conheçam alguém com este problema
que indiquem essa alternativa e que possamos continuar testando, para
verificar, cada vez mais, a eficácia do procedimento. Em um dos vídeos
que estão no Youtube eu falo brevemente sobre este tema.

177
Conversando Sobre MOINTIAN

91. SOBRE CONFLITOS PURAMENTE PSICOLÓGICOS

Perguntam-me sobre as definições ou as resoluções de ordem psicológica,


da personalidade, especificamente. Mas, como tenho sido bem claro nos
últimos tempos, a concentração da energia não deve estar nesse nível,
para o correto desenvolvimento atual.
Se nos voltamos para resoluções de conflitos menores, como sejam os da
personalidade, seguindo as definições psicológicas, ainda que existam
definições de uma psicologia da alma, vamos perder energia de tempo
preciosa e, principalmente, ficaremos rodando num círculo quase infinito
de culpas, medos e complexos.
Gerar ou alimentar esses complexos não nos ajuda, ao contrário,
aprisiona. Quem lida com isso fica sempre com a ideia de que primeiro
deve resolver tal parte de seu ser para poder seguir adiante. É a velha
armadilha do mental, dizendo: como sou sofredor, como sou inútil, como
sou pequeno. Como um ser assim pode pensar em ser grande? Como um
ser assim pode querer ser iluminado? Como posso pensar em ser
autossuficiente, se estou tão enfraquecido pelo mal que outros me fizeram?
Essas são as armadilhas, as armadilhas que a própria espiritualidade
colocou, reforçando características que, em vez de libertar, aprisionam,
limitam.

92. PROCESSOS DE TRAUMAS OU FOBIAS

Para pessoas que nasceram sob circunstâncias desfavoráveis como, por


exemplo, demora para o parto ocorrer, trabalho de parto difícil ou
demorado, apresenta-se na infância e até meio da adolescência, se os
processos mentais são normais, uma tendência a pensar sobre a morte,
ter medo da morte ou de ser enterrado vivo. Pode-se desencadear, em
alguns casos, mas não como regra, processos de claustrofobia.
Quando os processos de claustrofobia ou qualquer outro tipo de fobia
ocorrem, é necessário que, em primeiro lugar, a pessoa consiga fazer uma
correlação entre o fato desencadeador da fobia e as sensações que tem ao
entrar no que possa chamar “ambiente hostil” (o ambiente que
desencadeie as reações negativas provenientes do trauma).

178
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
Para isso, é importante as pessoas entenderem que, na medida em que
puderem associar as sensações e sentimentos que têm nas crises com o
fato inicial, elas vão estar dissolvendo o problema e resolvendo natural e
rapidamente os processos que causaram o bloqueio, trauma ou fobia.
A conscientização é uma chave para a resolução e dissolução de
problemas e doenças de qualquer ordem, sejam físicos, emocionais ou
mentais. A energia, por meio de aplicações com um terapeuta ou através
das autoaplicações, resolve ou dissolve o restante. Então, temos o de
sempre: 50% conscientização; 50 % aplicação.

93. SOBRE SONHOS

Pergunta: Os sonhos, quando se repetem, são sempre manifestações de


vidas paralelas?

Resposta: Nem todos os sonhos são vidas paralelas. Muitos dos que são
recorrentes podem estar mostrando apenas situações ou problemas ainda
não resolvidos, ainda não solucionados. Não são, necessariamente, algo
de um passado mais longínquo ou relacionado a algum trauma ou desejo
reprimido. Nesse sentido, expressam uma reflexão interna, inconsciente,
motivada pela necessidade de solução do problema.
A maioria das pessoas não pensa muito a respeito das atividades, das
vivências, dos encontros, da vida que passa durante um dia. Então, o
cérebro, a mente, o faz durante o sono. A assimilação de determinadas
informações, o filtro das que são mais importantes ou das que foram mais
marcantes, e não necessariamente as que deveriam ser as mais
importantes, serão processadas durante o sono. Se essa análise fosse feita
durante a vigília, a própria pessoa estaria escolhendo quais informações
seriam de fato as mais importantes e que ela gostaria de registrar, corrigir ou
mesmo guardar. Mas isso não ocorre. A vida, como a vivemos, impede isso.
Então, os mecanismos mentais se encarregam de realizar esse processo de
maneira automática. Enquanto estivermos encarnados teremos esses
mecanismos funcionando, independentemente do nível de consciência
que tivermos alcançado. Portanto, os sonhos têm seu significado
conforme o que interpretamos ou o que deixamos que nosso cérebro
interprete. Depende do tempo que nos dedicamos a essas atividades.

179
Conversando Sobre MOINTIAN
Um aspecto interessante é que, durante o sono, se nos programamos com
suficiente vontade, mas não um programa do tipo hipnótico, senão um
programa por afinidade de informações, poderemos aprender, ver e
coligarmo-nos a coisas que precisemos e que nos ajudem. Um fator
importante é que o sono é indispensável para o corpo físico, a mente e as
emoções encontrarem equilíbrio. Entretanto, mesmo enquanto esse
equilíbrio se faz, os processos mais internos podem e devem ser
estimulados para que tragam à consciência objetiva novas informações,
novas concepções e a renovação da mente sobre determinadas atividades.
Dessa maneira, existem as reflexões, os prognósticos, os ajustes de
pensamento, os aprendizados. O importante é saber que não queremos
vidas paralelas, e não as alimentarmos quando alguma delas surja. É
preciso saber distinguir quando isso ocorre. Só podemos de fato sabê-lo
quando temos a certeza de que não queremos que se alimente, em nosso
ser, coisas que precisam de fato ficar longe ou dissolvidas. Sobre vidas
paralelas, lê o último parágrafo da página 81 do livro branco.

94. REMANESCENTES E DEPRESSÃO

Algumas pessoas sentem aquilo que chamam “saudade de casa”. Isso é


comum acontecer quando uma pessoa, que está no caminho espiritual,
sente, no fundo do seu ser, que provém de um lugar distante do cosmos.
Parece que sua casa não é a Terra. E assim pode ser, pois muitos daqui
somos remanescentes cósmicos. Alguns com uma missão definida, outros
por necessitarem de uma densificação maior, como forma de aprendizado
e evolução, e outros, mesmo que no início tivessem um propósito
determinado, envolveram-se na com o plano físico e ficaram perdidos de
si mesmos por muito tempo.
Entretanto, essa dor, essa saudade, essa angústia, é inicial no processo de
reclusão monádica. Quando uma alma inicia seu despertar pode surgir
certa distância entre a vida interna e a externa, refletida na personalidade
como uma saudade. Mas, após isso, após a compreensão de que tudo é
parte de um processo maior no qual o ser, como um todo, como uma
essência divina perfeita e completa está inserido, esse afastamento e essa
dor acabam e o que toma lugar é somente a certeza da vida espiritual e de
que qualquer lugar é a sua casa, mesmo que não seja a definitiva.

180
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A

Isso nos traz uma importante comparação com o que a maioria das
pessoas sente quando têm depressão. A dor e a tristeza que essas pessoas
sentem, provém da alma e é fruto do afastamento, do desencontro entre
aquilo que a manifestação interna necessita ou programou para a
personalidade e aquilo que a personalidade busca ou persiste em
continuar fazendo. Isso quer dizer que mesmo que uma pessoa faça atos
bondosos, caridosos, ela não está em conformidade com sua manifestação
interna. A pessoa é boa para os outros, segue certos parâmetros de moral,
com valores bem definidos, mas o que era para realizar, de acordo com o
propósito de sua alma ou de seu Eu Superior, está em desacordo com o
que manifesta. Uma pessoa, assim, apresenta sintomas que são
facilmente diagnosticados como depressão. A pessoa, volto a dizer, pode
ser bem-sucedida, bondosa, caridosa, mas não conseguiu direcionar sua
vida de acordo com a necessidade de evolução do seu ser, e esse
desencontro gera o sofrimento. Não quer dizer que ela deva abandonar
tudo ou o que conseguiu ou o que está fazendo. Mas ela poderia
determinar o ponto onde rompeu com a manifestação interior, ou seja,
quando traçou uma linha ou uma meta diferente daquela que era para ser
seguida originalmente. Isso pode ser detectado no momento em que
começaram determinados problemas, ou quando ocorreram fatos que
geraram os primeiros sintomas.
Todavia, tenho notado que há pessoas que, mais que qualquer coisa, e
devido às suas frustrações, necessitam ter algo em suas vidas. E esse ter,
pode ser até mesmo a consulta com um bom e caro médico, uma doença
dificilmente tratável, complexa, como forma de chamar atenção. Não
querem ajuda para serem curadas, mas para terem assuntos para
conversar... Há ainda os que só se ocupam dos assuntos alheios, também
como forma de preenchimento das frustrações. Mas, para tudo isso, a
solução está no encontro interno. Pode demorar até o redirecionamento
da vida atual encontrar a estrada que deveria ter sido seguida antes, mas
é o único meio de encontrar equilíbrio interno e caminhar para frente e
para cima...

181
Conversando Sobre MOINTIAN

95. SOBRE HOLÍSTICA E MEDICINA ALTERNATIVA

A medicina alopática ou formal pode tratar uma pessoa de uma maneira


holística. Existe uma corrente chamada Medicina Integrativa que trata
disso. O problema é que esse tipo de Medicina deixa de lado a parte mais
profunda e verdadeira, porque se baseia em conceitos já antigos,
comumente extraídos das culturas orientais e na busca de um melhor
tratamento baseado na mistura de técnicas variadas. Existe um conceito
equivocado, no qual a maioria dos terapeutas se baseia, que se uma forma
de tratamento não serve ou não tenha surtido o efeito esperado, talvez
agregando “mais ferramentas” os resultados possam ser satisfatórios. É
uma ideia falsa esta, de perseguir a vida ou a conservação da vida a todo
custo, sem levar em consideração aspectos mais profundos do ser que
recebe algum tipo de tratamento.
Outra maneira através da qual a Medicina formal, alopática ou acadêmica
moderna pode ver o cliente de uma maneira que se considere holística é
quando se refere ao aspecto biopsicossocial. É uma palavra bonita,
expressa um respeito por vários aspectos da pessoa tratada, percebendo
inclusive diferenças em seus costumes, crenças e modos de vida. Mesmo
que atente para as diferenças de religião, crenças e estilos de vida dos
seus clientes, deixa de lado o aspecto energético e o espiritual, como os
percebemos atualmente. Ainda assim, podemos considerar isso como um
progresso, quando se considera que as pessoas podem ser diferentes
umas das outras e não apenas um produto fabricado que precisa
manifestar padrões bem estabelecidos.

Enquanto a humanidade caminha e os tempos passam, os conceitos vão


se transformando e ideias que pareciam absurdas vão sendo incorporadas
ou aceitas pelo padrão geral da comunidade, parecendo que houve um
avanço no sentido de uma integração entre ideologias e crenças.
Observamos que esses mesmos conceitos já se transformaram e, aquilo
que era verdade em um passado bem próximo, agora não parece ter
importância, por não ser mais expressão de algo puro e verdadeiro. É o
caso específico dos tratamentos com energias praticados no oriente, que
podem até produzir resultados físicos imediatos, mas no aspecto
profundo, e para o crescimento ou evolução espiritual, não acrescentam

182
RESULTADOS COM A TERAPIA DO MOINTIAN PARTE IV A
nada. Podem, isso sim, retardar o processo evolutivo. O conceito original
tinha força e sentido para existir e se manifestar, mas com o passar dos
anos as coisas vão mudando, o ser humano vai mudando. Então, quando a
humanidade ou a comunidade geral e comumente cega começa a aceitar
determinadas correntes de pensamento ou mesmo filosofias de vida, a
ideia original, o sentido para a qual foi criada já não a alimenta mais.
Voltamos ao conceito de massificação. Quando uma informação cai nas
graças da população em geral, da massa populacional, perdeu-se o sentido
original e profundo. Sobre esse conceito, podemos encontrar outra
referência no capítulo 6.1 do livro verde.

Misticismo insano
Sempre existiu muita relutância na comunidade chamada mística para que
aceitasse os tratamentos e as prescrições da Medicina alopática. De fato,
parece-nos um tanto distante a prática e o discurso, quando o assunto é a
saúde e o bem-estar de um cliente. De uma maneira geral, existem
muitíssimos interesses financeiros para que certos tratamentos possam se
tornar viáveis para a população. E isso não se refere apenas a fundos para
que se consiga melhores condições de tratamento, senão que existe toda
uma organização que insiste em arrecadar fundos com a doença. Mas essa
é uma visão social do problema e, considerando apenas esse aspecto, não
vamos conseguir resolvê-lo. Desde o princípio do meu trabalho reforço a
ideia de que, se temos uma visão mais ampla do mundo e da
espiritualidade como um todo, podemos mudar o mundo a partir da
transformação de nós mesmos e de nosso modo de vida.
Por que os místicos não gostam de tomar remédios da Medicina alopática?
Porque dizem que compromete a sua parte energética. Então, saem à
procura de soluções através da medicina alternativa, tomam todos os
remédios misturados e acrescentam o tratamento alopático. É o holismo
insano. Não querem a alopatia, mas manifestam problemas. Vão a todo
tipo de charlatão, abrem todas as mensagens de e-mail com técnicas
milagrosas, tomam todas as porcarias misturadas e, mesmo não
acreditando no médico, ficam com medo e tomam tudo misturado.
Nos dias de hoje, saber o que é puro, o que é saudável, o que não está
comprometido com a escravidão humana, é um trabalho hercúleo e, na
maioria das vezes, inútil. Algo tremendamente complexo e difícil. Parece-
me que a melhor atitude, sempre, é analisar tudo pelo aspecto

183
Conversando Sobre MOINTIAN
verdadeiramente espiritual, aquele que nos coloca acima das possíveis
situações materiais, acima dos conflitos gerados pelos interesses
planetários. Quando assumimos uma visão deste ângulo, deste ponto de
vista, vemos que praticamente tudo neste planeta tem uma interferência
negativa sobre o ser humano, seja para torná-lo idiotizado, escravizado ou
apenas desvitalizado. E, vendo isso, percebemos que, desse ponto de
vista, não faz a menor diferença o que esteja propositadamente poluído
ou apenas fabricado de maneira equivocada, porque nada nos afeta. Se
não nos afeta, então podemos ensinar este truque aos demais. A arte de
não ser afetado pelo mundo, mesmo vivendo e sendo feliz no mundo.

Holismo e misturas
O que compromete realmente o campo de energia e a saúde é outra parte
que ficou esquecida, o espiritual. Nisso entra a diferença entre o holismo
como uma definição do ser em múltiplas dimensões e holismo como uma
simples mistura de técnicas alternativas e de pouca ou nenhuma eficácia.
Tenho visto que as pessoas confundem o sentido da holística como
definição de tratar o todo, com a prática de se utilizar de todos os
métodos que conheçam para causar um possível alívio em apenas um
aspecto do ser.
Um grave erro e uma ignorância, porque a holística, como tratando
essencialmente da camada energética e espiritual, não deve ser usada
para obter um resultado físico imediato, mas para atuar na causa exata e
profunda de uma enfermidade ou manifestação de desequilíbrio. E
sempre é possível achar uma causa primária na encarnação presente.
Nisto devemos manter nossa atenção.
O sentido real da holística é o desenvolvimento interior, não a cura. Mais
importante que um alívio imediato e duvidoso (porque pode nos
comprometer espiritualmente, segundo o que já tenho descrito), é a
transformação de um hábito ou atitude que, repetido por anos,
prejudique o organismo como um todo e o crescimento interior. As
situações mal resolvidas, os conflitos, os traumas, são as mais importantes
causas de doenças.

184
IV B – A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN

PARTE

IV B
A PRÁTICA TERAPÊUTICA
COM O MOINTIAN

185
Conversando Sobre MOINTIAN

IV TERAPIA E PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 155


IV B A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN 185
96. CUIDADOS DO TERAPEUTA I - ALIMENTAÇÃO 187
97. CUIDADOS DO TERAPEUTA II – ENVIAR A DISTÂNCIA 188
98. MESTRES DE ENSINO FUNDAMENTAL 189
99. ESBOÇO SOBRE A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA 190
A. O TERAPEUTA DO MOINTIAN 190
B. A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA 195
C. ONDE O TERAPEUTA VAI ATUAR? 197
D. DEFINIÇÕES PARA A PRÁTICA TERAPÊUTICA 198
E. A PRÁTICA TERAPÊUTICA - APLICAÇÃO-SONO-MOVIMENTO 201
F. COMO ATUAR – A ENERGIA E A TERAPIA 202
G. O PROCESSO TERAPÊUTICO E ANÁLISE DE ALGUNS CASOS 203
H. O CLIENTE COMO AGENTE DE SUA PRÓPRIA TRANSFORMAÇÃO 207
I. PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR E RESUMO 208

186
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B

96. CUIDADOS DO TERAPEUTA I - ALIMENTAÇÃO

Uma aluna, iniciada no Nível I, que utiliza apenas a energia do MOINTIAN


para aplicações em outras pessoas, comenta que, certo dia, após uma
determinada aplicação em outra pessoa, sentiu certo mal-estar, mesmo
tendo seguido atentamente as recomendações que estão no Manual.
Durante a conversa, que foi realizada por telefone, pude observar que ela
se referia ao mal-estar na região do intestino. Diante disso, fiz o seguinte
comentário:
Para um terapeuta, o excesso de alimento pode ter como efeito a
absorção de resíduos extraídos do cliente. A consequência disso poderá
ser desde uma má digestão, problemas para dormir, irritação, entre outros
desconfortos, até sintomas semelhantes àqueles que o cliente
apresentava. Muitos métodos terapêuticos antigos ensinam a utilizar o
chamado “depósito ou lixo energético”, para que os resíduos extraídos
possam ser ali primeiro depositados para depois serem eliminados através
da visualização e de certas técnicas, e que esse depósito pode conter,
inclusive, pedaços de carne, sal, etc. Uma limpeza ou proteção energética
mal conduzida desses resíduos, que não os tenha destruído
apropriadamente, poderá fazer com que eles se instalem no próprio
organismo do aluno, praticante ou terapeuta.
Ser terapeuta, curador ou conselheiro espiritual é um sacerdócio
verdadeiro. O candidato ao cargo precisa assumir as responsabilidades, os
cuidados e as consequências desse serviço. No caso relatado, o excesso de
alimento consumido serviu como depósito de determinadas energias
negativas retiradas do cliente e absorvidas pelo aluno. Atente ao fato que
esta aluna estava iniciada no Nível I, em processo de treinamento em nível
iniciante e, possivelmente, preocupada com o resultado que deveria
manifestar, quando deveria estar concentrada na transformação que a
pessoa precisaria obter para não manifestar mais os sintomas ou
problemas que foram o motivo dela procurar a aluna. Além disso, o
excesso de alimentação ingerida incluía os de origem animal...
É por isso que, no Manual do MOINTIAN, são feitas muitas indicações para
que, durante o treinamento no Método, o aluno limite-se a aplicar na
família imediata. Só assim, ele irá conhecer as técnicas, mas sem deixar de
realizar o trabalho mais importante, que é o seu próprio processo

187
Conversando Sobre MOINTIAN
terapêutico evolutivo. No início do treinamento, mais vale o silêncio, e
estar livre de expectativas, sem querer nada além da transformação
durante suas aplicações de energia, para si mesmo e para os demais.

97. CUIDADOS DO TERAPEUTA II – ENVIAR A DISTÂNCIA

É preciso tomar certos cuidados nos atendimentos, especialmente nos


feitos a distância. Está bem claro como proceder a partir da página 151 do
Manual, mas convém salientar alguns detalhes:
• Sempre ter permissão para atuar ou enviar energia para uma pessoa
distante mesmo que seja um parente muito próximo ou um amigo muito
chegado;
• Sempre enviar para o Eu Superior da pessoa, com o sentido de criar uma
ponte entre a consciência objetiva e seu Eu Superior. Dessa forma, a
personalidade, mantenedora e criadora dos processos de desajuste ou
desequilíbrio, estará receptiva, não apenas para obter saúde ou bem-
estar, mas, se for o caso, para aceitar mais facilmente a determinação de
sua alma ou Mônada, encarando os problemas como um processo de
desenvolvimento necessário;
• É preciso imparcialidade e amor incondicional. E é mais que necessário
não confundir compaixão com intromissão;
• No caso de tratamentos de convalescentes, especialmente idosos, é
muito necessário desenvolver as qualidades citadas acima, pois, sempre, a
primeira ideia que vem à mente é a necessidade de “ajudar” no sentido
compassivo e no sentido de aliviar imediatamente as sensações
desagradáveis que a pessoa esteja passando. Claro que isso é algo natural
de sentir, mas é preciso avaliar a situação do ponto de vista de um aluno,
de um terapeuta, de um curador agindo como intermediário para que
uma força maior, que é a energia, possa atuar de maneira a transmutar
situações, eventos, traumas, bloqueios, que estão com a pessoa desde
muito tempo, desde muitas encarnações.
O maior cuidado que o terapeuta deve ter é o de não pensar em acelerar
um processo querendo alívio total. Ele pode, com a energia, auxiliar a dar
condições humanas dignas para que a pessoa tenha, no menor prazo
possível, tempo para resolver seus processos internos. A energia terá o
papel de, se utilizada imparcialmente, agir como uma influência benéfica e

188
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
positiva no ambiente, eliminando a esfera de influências astrais e outras
coisas do tipo, da mesma forma que vai auxiliando a pessoa a adquirir uma
renovação de conceitos necessários a um processo de morte ou mesmo da
cessação dos processos pelos quais esteja passando.
O nível de energia, o nível de trabalho que estamos tentando realizar, com
este tipo de energia, não pode ser comparado com as práticas
terapêuticas criadas e aplicadas exclusivamente para o tratamento em
nível físico, emocional e/ou mental. Essas práticas são as da personalidade
e, aqui, com o MOINTIAN, queremos resolver as coisas que estão
justamente entravando esta personalidade, podando a possibilidade de
que alcance um nível mais elevado de consciência. É preciso enxergar a
todas as pessoas como seres já realizados no plano interno mas que, por
situações de vida e outras circunstâncias que não nos compete julgar,
ofuscam a luz que está em seu interior.
O excesso de energia aplicada, e agora estou falando em aplicações com o
MOINTIAN ou com outros métodos, quando utilizados de forma pura,
pode acelerar o processo de morte, e impedir que a pessoa resolva algum
evento bem simples, mas que, para ela, pode ter gerado um processo de
doença grave. Por isso, é preciso ter amor incondicional, imparcialidade,
maturidade e responsabilidade.

98. MESTRES DE ENSINO FUNDAMENTAL

A importância do estudo formal, da instrução acadêmica, reside no fato


que é preciso definir o que somos como personalidades viventes em um
mundo tridimensional. É preciso que, até os trinta anos, talvez um pouco
mais, se defina quem somos, como personalidade, e o papel que devemos
desenvolver ou que podemos desenvolver na vida. Isso é tão importante
que pode fazer a grande diferença para as pessoas que atingem um
potencial interno elevado possam integrar ou harmonizar o interno com o
externo.
Já foi dito, em outros tópicos deste livro, como no tópico 53, que existem
mestres, do plano interno, incompletos e mestres completos.
Um mestre pode expressar um raio, uma linhagem, mas em grau maior ou
menor, de acordo com as informações que tenha integrado em sua
consciência. Quanto mais aberto ao mundo, às informações do mundo,

189
Conversando Sobre MOINTIAN
pelas experiências nas expressões físicas dos raios ou das linhagens, mais
apto está a integrar o que elas representam desde o superior. Então,
melhor mestre instrutor será uma pessoa que tenha conhecimentos
pedagógicos que uma que não os tenha. Melhor curador será um com
conhecimentos técnicos de Medicina que um terapeuta formado com
desinformações holísticas.
A diversidade de conhecimentos é importante para ajudar a ter
consciência do quão profunda está nossa integração com o que fazemos e
facilita para que, gradativamente, consiga-se exprimir todos os raios ou
linhagens, que é o que caracteriza um mestre completo e integrado.

99. ESBOÇO SOBRE A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA

No presente tópico farei uma breve análise dos seguintes aspectos:


A. O TERAPEUTA DO MOINTIAN
B. A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA
C. ONDE O TERAPEUTA VAI ATUAR?
D. DEFINIÇÕES PARA A PRÁTICA TERAPÊUTICA
1. O AMBIENTE
2. O TERAPEUTA – CUIDADOS PESSOAIS
3. ANÁLISE DOS FATOS E RELATOS
Tratamento silencioso ou com relatos
4. O CLIENTE
E. A PRÁTICA TERAPÊUTICA - APLICAÇÃO-SONO-MOVIMENTO
F. COMO ATUAR – A ENERGIA E A TERAPIA
G. O PROCESSO TERAPÊUTICO E ANÁLISE DE ALGUNS CASOS
A Doença Original, a doença de vida ou o problema real
H. O CLIENTE COMO AGENTE DE SUA PRÓPRIA TRANSFORMAÇÃO
I. PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR E RESUMO

A. O TERAPEUTA DO MOINTIAN
Há uma seleção natural para que alguém se torne um verdadeiro
terapeuta, que vem a ser aquele regido pela sua natureza espiritual. Isso
se deve ao fato que, para poder expressar plenamente uma característica
evolutiva, cada um encaminha-se para a expressão mais elevada de seu
ser interno, de sua essência. Portanto, não pode ser algo regido pela
personalidade, pelo desejo ou pela curiosidade.

190
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B

Muitas pessoas se perdem ou trancam seu desenvolvimento enquanto


utilizam métodos aparentemente satisfatórios ou que apresentam resultados
reais, como a harmonia para outros. Se tu não és da linhagem dos curadores,
em determinado ponto o fluxo da energia superior estará trancado. O fascínio
pela novidade e pelos resultados pode impedir a visão interna de se
manifestar corretamente, no sentido de trazer o que realmente é para o teu
bem e para a tua utilização como ser divino. As maiores integrações possíveis
de serem obtidas devem vir do fluxo e utilização correta da energia.
No processo de integração dos núcleos de consciência, cada um deve,
primeiro, descobrir a nota básica de sua atuação, ou a linhagem espiritual que
expressa o serviço que irá conduzir o seu desenvolvimento.
O propósito é manifestar todas as notas, expressando a síntese das linhagens.
O ser que assim o faz, torna-se um Mestre completo, com todas as atuações
integradas. O respeito por cada fase acelera a sua conclusão, por isso é
preciso sentir o fluxo em cada etapa.
O MOINTIAN manifesta-se inicialmente como uma forma de tratamento para
gradativamente despertar estados de consciência e de receptividade ao Eu
Superior.
Todos os que encontram o MOINTIAN estão protegidos da falsa teoria de que
devem auxiliar os outros antes de estarem plenamente harmonizados.
O MOINTIAN, realizando uma conexão com todas as coisas positivas, vem
para corrigir os enganos criados pela mente inferior, que não consegue abrir-
se para o real. Assim, auxilia a determinar os processos internos que
conduzem cada novo integrante desta egrégora para sua verdadeira linhagem
interna. MOINTIAN, Nível II, página 162.

Além disso, há outro ponto fundamental para a prática terapêutica:


alguém só pode dar ao outro o que tem. É o que está escrito na página
113 do Manual do MOINTIAN:
Para a realização de um tratamento profundo deve haver esvaziamento
completo da mente do aluno durante a aplicação. Esvaziar de tudo: de
necessidades, de querer resultados, de querer algo para si, de querer resolver
problemas. A mente, o pensamento, deve estar apenas no procedimento, na
pessoa que recebe e em todas as outras com semelhantes problemas ou
sintomas. Todo o ser do aluno entra em sintonia com o receptor. Por isso se
diz que: não se pode dar o que não se tem. É claro que este esvaziamento,
esta ausência de expectativas ou de necessidades, necessita de um
treinamento. Num primeiro momento, é necessária uma disciplina mental

191
Conversando Sobre MOINTIAN

rígida para esvaziar-se destes comprometimentos da personalidade. Mas,


com o tempo, será mais fácil aproveitar a oportunidade de uma troca de
energia, de despojar-se dos anseios e de estar aberto ao superior em cada
aplicação realizada. O benefício é mútuo!

Existe um conceito bastante difundido de que desabafar, contar sobre um


problema para outra pessoa ajuda a aliviá-lo. Isso pode ser certo até
determinado ponto. Mas, na maioria das vezes, essa conversa com outra
pessoa pode ser apenas um paliativo, proporcionando um alívio
temporário. Isso quando se consegue alguém de confiança para poder
falar de um problema íntimo e que essa pessoa não vai levá-lo adiante. Eu
lembro sempre de um ditado que fala que o teu melhor amigo sempre
tem um melhor amigo. E os segredos se espalham dessa forma. Sobre esse
aspecto, vale entender o que é dito nas páginas 312 e 313, no Nível IV do
Manual do MOINTIAN:
A Aplicação Avançada é a fusão da energia do aluno com a pessoa receptora.
Não deve haver envolvimento emocional, compassivo, ou a necessidade de
obter resultado. Este último é o fator mais importante. O aluno deve estar
consciente de que chegou a um nível onde pode atuar totalmente sem toque,
sabendo que sua energia interna é direcionada pelo pensamento. Deve
conhecer o seu corpo, campo energético e as influências que ainda sofre.
Somente assim pode atuar neste nível avançado. Se todos estes pontos não
estiverem bem definidos, haverá a possibilidade do envolvimento emocional
com o receptor. O trabalho do aluno será como o de qualquer pessoa que
simplesmente conversa com a outra sem, no entanto, retirar a carga
energética negativa dela. Há uma troca. Na maioria das vezes, esta troca é a
partilha de problemas e não a solução ou a força extra que os dissolve.
Aqui, de fato, a premissa “só podemos dar o que temos” será o ponto
fundamental para que os resultados sejam obtidos. Se uma pessoa com
problemas familiares procura um aluno na mesma situação, só poderá
conversar com ele a respeito, trocando impressões e experiências. Nada além
disso pode acontecer. Se o aluno não se afeta com seu problema, pode
aconselhar, pois tem a compreensão do processo, ainda que não os resolva
para si. Ainda é uma troca de informações. Se o aluno entende que seus
problemas são importantes lições que irão desenvolver sua consciência como
um todo, já está num nível que possibilita dissolver em si mágoas e interesses
pessoais. Quando atinge a compreensão de que está inserido em um meio
onde deve, através de seu exemplo de retidão, impessoalidade e presença
espiritual, exercer influência benéfica sobre os familiares e outras pessoas,

192
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B

está no nível onde pode começar a irradiar a força transformadora para


todos. Pode compreender, assim, que cada um deve aprender com suas
próprias escolhas e experiências.
O que acontece com a maioria das práticas terapêuticas é que o terapeuta
sente a necessidade de adaptar a pessoa ao meio no qual está inserida, sem
compreender aspectos mais profundos sobre a natureza espiritual da pessoa.
Do ponto de vista espiritual, a maioria dos problemas das pessoas tem origem
no fato de que elas querem adaptar-se a um mundo caótico e ilusório. A
maioria das pessoas sente frustrações por não ter concretizado o sonho da
Cinderela ou da protagonista da novela que assistiu ontem. O modelo social
atualmente vigente é uma sombra de uma realidade mais profunda. É preciso
saber quais são os interesses de uma alma para que a vida seja plena. É
impossível adquirir plenitude baseando-se em conceitos massificados. A
plenitude é sentar-se só, fechar os olhos e estar com toda a humanidade;
abrir os olhos e viver isto. Nada mais. Está dentro de cada um. Outro aspecto
deste problema está no fato de que a maioria das pessoas que não aceita o
mundo tal qual ele é são as pseudo-místicas. São pessoas frustradas, que não
conseguiram realizar seus objetivos, porque ficaram acomodados ou porque
perseguiram metas baseadas no conto da Cinderela. É preciso cautela com
estas. Estão em fuga da realidade do mundo externo. Sua profundidade
espiritual é semelhante a de uma poça d’água no asfalto quente. Devem
equilibrar sua personalidade, encontrando metas para suas vidas. Depois
podem partir para o encontro interno.
Este palavreado tenta mostrar-te que o trabalho avançado não deve estar
baseado em nenhuma teoria psicanalítica, mística ou social. O aluno que
esteja resolvido, integrado e consciente, pode partilhar destes
níveis de experiência com aqueles que ainda não o tenham atingido. E pode
irradiar isto para eles. Esta é a técnica: dar o que tem. As trocas que ocorrem,
entre o aluno e o receptor, dissolvem os bloqueios estagnados e arraigados
em todos os níveis.

Diante disso, é preciso entender que, para ser um terapeuta, é preciso ter
algo para dar ao outro. É preciso estar pronto para oferecer algo, muito
mais que um ouvido ou uma opinião baseada em livros ou conceitos
massificados. É preciso, mais que tudo, ter vida interna, maturidade,
conhecimento das causas e efeitos. Enfim, é preciso ter uma consciência
ampla, para não julgar, para não se colocar em uma falsa posição de
superioridade e de compreensão plena de um problema, por ter, de
alguma maneira, sentido todos os problemas como se já tivesse passado
por eles. E se tiver passado realmente por eles, melhor. Um terapeuta
193
Conversando Sobre MOINTIAN
jamais é superior ao que o procura, ele é um meio para que a pessoa
encontre o que perdeu: o centro de si mesma. Apenas isso.
Para a terapêutica, não basta seguir os passos de uma aplicação ou
conversar com a pessoa. É preciso ser verdadeiro, absolutamente correto
e transparente e ter consciência de que pode realmente dar algo, sem
achar-se melhor ou colocar-se em uma posição de superioridade porque a
pessoa esteja fragilizada, vivendo um problema. É preciso reforçar que sua
força interna está sempre presente. O terapeuta precisa realizar o
trabalho de mostrar, para a pessoa que o procura, como ela encontra sua
força interna. O terapeuta tem a função de encontrar a maneira de
mostrar que isso sempre esteve com ela.
É preciso que o terapeuta tenha se conhecido muito bem. E isso leva muito
tempo, uma vida inteira, e apenas se foi feito um trabalho sério com a
personalidade. Se esse trabalho foi feito desde a infância, e tem consciência
nítida de que se analisou desde cedo, um passo importante já foi realizado.
Entretanto, o candidato a terapeuta precisa ser verdadeiro consigo
mesmo ao responder: Já conseguiste vencer alguma barreira da tua
personalidade? Algum trauma foi superado por tua própria conta e
autoanálise? Já superaste fraquezas e maus hábitos foram corrigidos? Ao
menos sabes como reages diante das mais adversas circunstâncias? Como
vives e atuas neste mundo? Segues os ditames da moda ou vives recluso?
Consegues manter tua própria integridade ou és altamente sugestionável?
Se alguém não sabe de si, não pode querer entender o outro. E, mesmo
sabendo de si, há outro aspecto, que é o conhecimento sobre o que está
além da personalidade, que nos interessa muitíssimo, para o correto
tratamento com o MOINTIAN.
O terapeuta precisa ter vida interna, precisa do contato interno, mesmo
que não seja contínuo, ele pode ser momentâneo, mas é aquele “algo
além” que o terapeuta verdadeiro precisa ter. Esse contato com o centro
de si mesmo precisa ser verdadeiro, nada como aquelas fantasias de
vidências ou como a falsa intuição, que pode até parecer estar vindo de
dentro, mas que é fruto de uma má interpretação das informações do
meio, mescladas com a tendência do pensamento de quem as tenha. A
falsa intuição confunde a mente, fazendo crer que é algo profundo
quando, na verdade, é apenas um delírio ou segue os impulsos da
personalidade. É preciso ter um profundo conhecimento de si mesmo para
querer ser um terapeuta.

194
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
O terapeuta de MOINTIAN não tem clientes, porque ele ajuda rápido e
porque ele não quer a doença.
Talvez um dos maiores desafios para um verdadeiro terapeuta esteja em
conseguir manter um equilíbrio entre o que pode proporcionar e o que
precisa receber. É impossível ter sustento financeiro vivendo da
terapêutica com o MOINTIAN. Primeiro, porque, como disse, ele não vai
manter clientes. Ele resolve rápido ou direciona o cliente para onde possa
encontrar suas respostas e melhorias. Depois, porque, muito
frequentemente, os que podem pagar não são os que mais merecem os
benefícios ou respondem aos efeitos da terapêutica. Esse é um grande
dilema, pois, além do seu sustento, está o emprego do seu tempo. Isso é
importante de analisar, sabendo-se que o terapeuta deve dedicar entre 24
e 25 horas de seu tempo para análise de si e de seus clientes. Mesmo
quando se diverte ou dorme, deve ter seus pensamentos e seus
momentos de contato interno voltados para encontrar os motivos pelos
quais as pessoas lhe procuram, buscando maneiras palpáveis e inteligentes
de mostrar situações e, dentro do possível, reversões de quadros clínicos.

B. A FORMAÇÃO TERAPÊUTICA
Nos quatro primeiros níveis do MOINTIAN o aluno aprende a se
transformar. São as ferramentas fáceis de usar. Depois de se trabalhar e
de se conhecer, pode começar a terapêutica para outros.

A formação terapêutica mointianiana começa com o Nível I, de forma a


deixar vir à tona as principais barreiras que impedem uma vida plena
manifestar-se. Com o andamento dos níveis e o aquietamento da
personalidade, vai aflorando o que cada um realmente seja.
O nível de agente terapêutico de MOINTIAN, contrariamente às outras
escolas, métodos ou práticas, reside no fato de que o mointianiano
primeiro se trata. Para isso, não bastam os dois anos iniciais de
treinamento no Método, mesmo quando o aluno segue apenas e tão
somente o MOINTIAN e esteve estudando, aplicando e vivenciando a
energia em si mesmo. Durante esses anos de prática e vendo os resultados
em sua família imediata, conseguiu definir a importância que dá ao
procedimento da aplicação da energia ao ser realizado para outras
pessoas.

195
Conversando Sobre MOINTIAN
A partir disso, é preciso definir qual o nível de afinidade que o aluno tem
com a energia, com os sentimentos alheios e, principalmente, em que
nível de integração com a energia e consigo mesmo conseguiu chegar. A
máxima, aqui, será sempre aquela de dar o que se tem.
A terapêutica não é conversa, não é troca de experiências. É a atitude de
alguém que esteja convicto de que possui ângulos de visão claros e
imparciais e bem estruturados, primeiramente para si mesmo, e que, com
isso, pode auxiliar nas experiências e nos problemas alheios. O candidato
sério a se intitular terapeuta precisa de uma maturidade tal que deve
exigir pelo menos mais três anos de trabalho com a energia. Eu diria,
então, que para iniciar um treinamento de terapêutica em MOINTIAN são
necessários, no mínimo, cinco anos de utilização da energia. É preciso
levar em conta, além disso, que o próprio aluno precisa caracterizar-se
como alguém que, desde sempre, teve traços de caráter próprios que lhe
permitam assumir tal função. Ele sempre procurou analisar-se e aos demais.
O estudo e a prática do MOINTIAN não estão direcionados para doentes
ou fracos, mas para pessoas sadias e equilibradas poderem evoluir.
Aqueles que ainda não estiverem sãos devem primeiro tratar-se para
depois usufruir de tudo o que o Método pode lhes proporcionar. É preciso
distinguir o aluno que se inicia em um método porque procura por uma
cura ou um milagre para si mesmo, daquele que procura por pura e
exclusiva vontade de evoluir. O primeiro tipo de aluno deve se curar antes
de qualquer outra possibilidade. O segundo tipo é o que pode ser um
terapeuta.

Quais pontos precisam estar presentes na consciência para ser um


terapeuta? A importância que dá para a vida alheia? A isenção de
julgamentos? O conhecimento dos processos alheios? Ter vivido ou
passado situações semelhantes? Tudo isso ou nada disso?
O agente terapêutico mointianiano não para de se aperfeiçoar. No entanto,
esse aperfeiçoamento que procura e demonstra, não encontra em cursos
ou livros, pois é o reflexo de sua evolução interna. Somente quando atinge
e integra partes de seu ser, que lhe permitem uma compreensão de quem
seja, pode auxiliar de maneira efetiva, tendo o conhecimento verdadeiro e
interno dos processos pelos quais os outros passam.
O verdadeiro terapeuta sabe reconhecer em si, em primeiro lugar, as
causas de seus problemas, a origem de suas fraquezas e como pode fazer

196
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
para restabelecer sua harmonia, seu equilíbrio, sua força interna e sua
saúde, contando com o auxílio único e exclusivo que a energia lhe dá. Ele
sabe o que pode fazer com seu corpo, conhece os limites do seu físico, do
seu emocional e da sua mente. Sabe em quais níveis atuam e interferem
as informações que provenham do meio. Por isso, ele pode reconhecer,
nos outros, o nível das fraquezas, dos desajustes ou das suscetibilidades.
Um terapeuta mointianiano não é, necessariamente, um instrutor de
MOINTIAN; mas um instrutor de MOINTIAN deve ser, obrigatoriamente,
um terapeuta. É preciso ter a experiência do contato íntimo com todos os
níveis das pessoas que se aproximam dele.

C. ONDE O TERAPEUTA VAI ATUAR?


Na personalidade, como uma psicanálise, ou no cerne do ser?
O terapeuta tem que ser um verdadeiro viajante interdimensional. Precisa
reconhecer e saber atuar em todas as dimensões.
Pode-se ver que o MOINTIAN é muito complexo. Ele pode ser direcionado
a muitos e variados tipos de problemas ou situações, pois atua em todas
as dimensões. Pode-se notar a diferença do discurso em várias partes do
Manual e, em especial, nas diferentes partes que compõem o presente
livro. Isso é assim porque as pessoas são diferentes, estão centradas em
níveis ou dimensões diferentes, com influências ocorrendo em múltiplas e
variadas partes de seu ser. O terapeuta precisa saber, o mais
precisamente possível, em quais níveis vai ter que atuar para tentar
restabelecer o equilíbrio do cliente.
A atuação em níveis distintos exige a máxima discrição e muita
tranquilidade. De nada serve querer ser falsamente místico esotérico e
não ajudar de fato. Por exemplo, imaginemos a seguinte cena:
Certo dia chega ao consultório um cliente com forte estresse emocional, à
beira de uma depressão, por causa da recente morte de seu filho. Nisso, o
terapeuta lhe diz: “Vai sentando aí. Vou pegar minha espada para matar
esse dragão que veio te acompanhando!”. De que poderia adiantar falar
disso? Mesmo que estivesse ocorrendo, que o terapeuta pudesse
perceber isso, se a pessoa não tem noção do que ocorre, num primeiro
momento, isso atrapalha muito. Compromete a seriedade do processo e
expõe o terapeuta ao ridículo, especialmente quando esse não foi o
motivo da procura pela terapêutica. Quando se pode atuar com algo do
tipo, atua-se com total silêncio, com absoluta discrição. Ninguém fica

197
Conversando Sobre MOINTIAN
sabendo do ocorrido na hora. Pode-se comentar a respeito, como faço
algumas vezes nos textos, sem citar nomes e omitindo dados, para
preservar o silêncio, a privacidade e a integridade alheia e somente após a
resolução total de um caso. É raro quando, na atuação em distintas
dimensões, ocorre algo que chamo “partilha de imagens”. A partilha de
imagens denota uma profunda ligação entre o terapeuta e o cliente.
Geralmente, a partilha de cenas ou imagens ocorre na relação
Mestre/Discípulo. Quando ocorre, acelera muito o processo do aluno. Ela
não tem nada a ver com aquelas coisas induzidas, como as regressões ou
as visualizações gravadas. Está num nível muito mais elevado.

O MOINTIAN não se preocupa com a personalidade, mas com o fim, com o


destino, com o descortinar do ser real e que não sofre, o ser divino.
Muitas vezes ocorre que as respostas não vêm, que o cliente não se abre,
ou que as indicações não surgem. Quando não se sabe o que fazer, a
ferramenta indicada, e a mais eficaz, vai ser sempre a aplicação completa.

D. DEFINIÇÕES PARA A PRÁTICA TERAPÊUTICA


Para iniciar a entender sobre a prática terapêutica com o MOINTIAN, é
preciso ler com atenção o capítulo 17, Aplicações em Outras Pessoas, do
Manual do MOINTIAN. Ali, são lançadas as noções básicas sobre o
processo terapêutico a ser realizado para outras pessoas, mas que leva em
consideração, por estar no Nível I, apenas o aspecto da aplicação da energia.
Convém salientar que a prática terapêutica com o MOINTIAN se utiliza
única e exclusivamente da energia do Método nos tratamentos, como
aliada do processo de desenvolvimento interno do cliente. Jamais o
terapeuta do MOINTIAN irá recomendar odores, receitas, infusões, chás
ou quaisquer outros tipos de substâncias e, muito menos, medicamentos.
Durante o tratamento, para ser bem claro, é muito certo que o cliente irá
gradativamente deixando de lado quaisquer bengalas e suportes
desnecessários. Até mesmo alguns medicamentos irão diminuindo
gradativamente, segundo o que for indicado e avaliado pelos profissionais
da área médica que lhe acompanham.
Valem aqui, novamente, todas aquelas definições expostas no capítulo 17,
especialmente no 17.1, do Manual do MOINTIAN, sobre a aplicação da
energia em outras pessoas. É possível, entretanto, ressaltar a atenção para
os quatro aspectos listados a seguir:

198
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B

1. O AMBIENTE
Cuidar especialmente para que seja acolhedor e transmita simplicidade,
claridade. Que não tenha adornos ou mobília excessiva e que esteja
sempre limpo, sem cheiros, bons ou ruins, e com luz clara, suave, que não
seja branca, mas de preferência em tom amarelo suave.

2. O TERAPEUTA – CUIDADOS PESSOAIS


O terapeuta deve prezar pela sua própria limpeza corporal. Sua postura e
sua linguagem devem ser condizentes com sua posição e idade. Deve
optar por vestir-se de maneira formal, sem extravagâncias ou que
aparente o que não é. O terapeuta é alguém verdadeiro, íntegro, sem
fantasias. Ele não quer parecer algo, mas mostra o que realmente é. Sua
maneira de viver no mundo deve ser discreta, apolítica e sem “portar
bandeiras”. Expressa sua verdade interna.

3. ANÁLISE DOS FATOS E RELATOS


Análise de como os assuntos e relatos transcorrem:
• dentro do consultório: os fatos que o cliente relata;
• fora do consultório: como os outros veem as situações relatadas e
o próprio cliente, e como o terapeuta vê cada situação e os relatos.
A análise deve ocorrer desde o primeiro instante em que o cliente contata
o terapeuta. É preciso anotar todas as sensações e intuições. O terapeuta
precisa ter consciência e discernimento para saber se as intuições que
surgem sobre cada caso são verdadeiras ou se são induzidas pela sua
mente, por associação de ideias, conceitos e leituras.
É preciso anotar absolutamente tudo. Além de produzir um profundo
respeito pelo cliente, dá confiança ao próprio terapeuta, pois ele vai saber
o contexto exato, como a pessoa lida com suas ideias, como desenrola o
processo terapêutico. Por exemplo, lembro agora do caso de uma pessoa
que fez uma primeira consulta e voltou somente depois de seis anos. Eu
tinha anotado o seu pensamento, suas dúvidas, a data e a hora, além de
outros dados. Se ela voltasse agora, no ano de 2015, oito anos mais tarde,
estaria tudo lá. E ela segue com os mesmos processos a serem resolvidos.
Nem sempre é possível ajudar, especialmente se alguém quer apenas
melhorar para continuar do mesmo jeito. Nem sempre alguém quer se
livrar de um problema. A organização dos dados estabelece um

199
Conversando Sobre MOINTIAN
importante diferencial no que diz respeito ao relacionamento com o
cliente. As pessoas procuram a terapia alternativa porque sabem que lá
vão encontrar uma pessoa amiga. Estão cansadas da frieza estabelecida
para a maioria dos relacionamentos com a medicina formal. Os dados
ficam bem organizados quando há uma boa ficha de anamnese e de
evolução dos tratamentos, com notas sobre aplicações e fatos importantes
de cada cliente, conforme o modelo mostrado no tópico 182 deste livro.

Tratamento silencioso ou com relatos


Outro aspecto importante na prática terapêutica é que, muitas vezes, não
importa o que o cliente relata. Ele nem precisa relatar seus motivos de
procurar a terapêutica, se não quiser. Importa, de fato, o que o terapeuta
vê, sente e percebe que pode ocorrer se alguém se mantém em
determinado nível de consciência ou alimentando um problema.
Temos, por isso, duas formas bem distintas de tratamento:
• O tratamento no qual ocorre uma troca de informações, quando a
pessoa sente a confiança e liberdade para relatar toda sua intimidade,
desde o primeiro encontro, e em todas as vezes que encontra o terapeuta.
Nesse caso, o terapeuta tem que, de forma inteligente, saber atuar de
maneira silenciosa. Enquanto a pessoa fala, ele estará trabalhando,
enviando energia a distância, conectando-se com o que ela precisa. O
terapeuta estará, sempre, fazendo o seu trabalho. E anotando tudo o que
ocorre desde o primeiro momento em que a pessoa lhe contatou.
• O tratamento no qual o cliente não fala, não sabe o que falar e não quer
falar. A liberdade deve prevalecer e o terapeuta precisa respeitar isso,
colocando essas duas possibilidades para o cliente. Assim, se a pessoa não
fala, é porque a terapia e o tratamento vão exigir mais energia, mais
integração e um acompanhamento a distância mais significativo.

4. O CLIENTE
O cliente, na terapêutica de MOINTIAN, torna-se um coadjuvante para seu
próprio restabelecimento. Ele é quem vai direcionar ou proporcionar a
direção para o terapeuta e para o seu tratamento. A atenção do terapeuta
para os sinais, para as conquistas, para as atitudes e para os fatos que o
cliente lhe expõe são essenciais para o sucesso do tratamento. Assim, não
há cliente, mas uma pessoa que assume seu tratamento com inteligência e
lealdade, comunicando ao terapeuta todos os detalhes, resultados,

200
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
dúvidas, sonhos e impressões que tenha. A lealdade do cliente envolve o
aspecto do silêncio, conforme veremos adiante, e o comprometimento
com a energia, no sentido de mantê-la pura, sem misturar terapias,
métodos e tratamentos. Deve-se frisar o aspecto de que, ainda que
trabalhemos com o que chamamos de energia, o terapeuta do MOINTIAN
não deve ser confundido com um curador, benzedor ou outros do tipo. O
terapeuta também não é médico ou analista. É um processo único, mas
abrangente, e que pode trabalhar em harmonia apenas com o tratamento
clínico que o cliente já venha realizando.

E. A PRÁTICA TERAPÊUTICA - APLICAÇÃO-SONO-MOVIMENTO


O trio aplicação-sono-movimento, corretamente utilizado, proporciona a
recuperação em todos os níveis, seja no espiritual, no emocional ou no
físico/energético.
Um problema vivenciado no nível espiritual pode ser tratado basicamente
pelo conjunto aplicação-sono, que se traduz como a reclusão, ou o
recolhimento. Isso promove a retirada do agente causador do
problema/sofrimento. Na prática, são as sessões de aplicação presencial
ou a distância, intercaladas por períodos mais longos de sono e descanso.
Indica-se que, logo após cada aplicação, o cliente deite-se e aproveite da
tranquilidade que a energia proporciona. Quando se restabelece o mínimo
suficiente da força interna, pode-se passar ao movimento. No caso do
espiritual, o movimento restringe-se a pequenos e breves exercícios em casa.
No emocional, o movimento precisa ser realizado em grupo: caminhadas
longas, academia, grupos de artes, hobbies. Mente ocupada e corpo cansado.
No físico, sejam os problemas provocados por ferimentos ou
enfermidades variadas, a aplicação-sono é a aliada mestra para
amenizar/cessar o agente causador. O movimento deverá ocorrer
somente após os sintomas terem desaparecido, na ordem de 80%. Devem
ser realizados muito levemente, com aquecimento e caminhada breve.
Tudo deve seguir o criterioso ditame interno, que vai poder guiar o cliente
segundo a orientação que teve ou continua tendo por estar realizando a
aplicação-sono. Com isso, fica claro e evidente que a reclusão e o
recolhimento não é a retirada da pessoa para locais ditos “preparados”,
senão que para dentro de si mesma. As orientações feitas em “locais
preparados” geralmente estão de acordo com filosofias, práticas e escolas
que não necessitam entrar na vida interna do cliente.

201
Conversando Sobre MOINTIAN
F. COMO ATUAR – A ENERGIA E A TERAPIA
Uma das questões que surge, para a pessoa que procura a prática
terapêutica alternativa, é sobre a “realidade”. O que é de fato a realidade?
Estaríamos vivendo em qual realidade, ao usarmos conceitos como
energia inteligente, vida após a vida, centros de energia, etc.?
Para o tratamento de uma pessoa, o primeiro ponto que um terapeuta,
visando ser sério e profundo, deve respeitar é a realidade na qual vive a
pessoa que o procura. Isso significa, em primeiro lugar, buscar que a
pessoa exprima o que sente e o que pensa – qual a realidade para ela.
Nas primeiras sessões, o que importa é que a pessoa consiga reconstruir-
se. Para isso, ela precisa ganhar confiança para descobrir o que é e como
ela mesma pensa, ou seja, como estão ordenados seus pensamentos e em
que conceitos ela acredita. Se o terapeuta, especialmente o que trabalha
com energias ou métodos fora do padrão formal tentar colocar suas
ideias, na maioria das vezes confusas para ele mesmo, a pessoa se fecha,
numa tentativa de descobrir o que é essa realidade que ela nunca soube,
nunca viveu. Da mesma maneira, coisas penduradas nas paredes, retratos,
imagens, sugestionam as pessoas para que criem uma falsa sintonia com o
que estão vendo. Quando isso ocorre, até mesmo o terapeuta se verá
confuso, pois não saberá definir ao certo o que vem naturalmente de
dentro da pessoa e o que ela está criando por sugestão das imagens que
está vendo. São problemas que têm solução simples e, por isso,
recomendo, sempre, uma sala que esteja o mais limpa possível de objetos
e imagens, para respeitar quem nos procura e como pensa essa pessoa.
Muitas sessões depois que se começa a definir o padrão de pensamento
da pessoa, mas não pela definição do terapeuta, senão pela própria
pessoa se reconstruindo, ela poderá vir a entender que existe uma força
auxiliando, que é a tal energia sempre falada. Somente aí pode iniciar, se
ela mostrar interesse, sua relação com a força externa auxiliadora que é a
energia.
Deve ficar claro para o terapeuta que o cliente quer, na maioria das vezes,
apenas o alívio de seu problema principal, aquele problema que motivou
sua procura pela terapia. O terapeuta deve estar ciente, portanto, que ele
não deve ser um instrutor de MOINTIAN para o cliente, mas um terapeuta.
Sabemos que as ferramentas mais poderosas, as energias mais sublimes
estarão atuantes, mas a pessoa que procura a terapia pode não estar
interessada em outros assuntos antes que seu problema aparente desapareça.

202
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
O que o terapeuta vai fazer, na maioria das vezes, é mostrar, por meio de
muita paciência e inteligência, que mesmo que haja um problema palpável
e principal, existem outras fontes para esse problema. Tenha claro que
estou me referindo a um problema maior, não necessariamente a energias
ou forças obscuras. Ainda assim, essas outras fontes ou outros problemas
reais podem ser explicados e amenizados sem o uso de uma
conceptualização e sem que o cliente seja informado de assuntos que
estejam fora de sua realidade, que precise entender de MOINTIAN ou que
precise ser um aluno de MOINTIAN.
Casos excepcionais são aqueles nos quais se vê que a procura pela terapia
ocorreu justamente porque a pessoa precisa encontrar a si mesma. Em
muitos casos, pode até ser necessário que o cliente seja iniciado na Chama
Devocional, se for principiante, ou em outro nível do MOINTIAN, se já for
aluno. Mas isso, depois de, no mínimo, dez aplicações.
Se for o caso, o cliente poderia realizar esse encontro interno por sua
própria conta, por meio da energia, seguindo o processo de treinamento
do Método. Sempre é recomendado que sejam feitas pelo menos as
primeiras quatro aplicações iniciais para que se obtenha mais dados sobre
os processos internos. Nem sempre isso é possível, pois as pessoas têm
pressa (para resolver processos que cultivaram por anos) ou, por serem
curiosas e imediatistas, pensam que em apenas uma aplicação tudo se
resolve, especialmente quando os sintomas são amenizados pela energia,
naquilo que chamei, no tópico 89, de “trégua da enfermidade”.

G. O PROCESSO TERAPÊUTICO E ANÁLISE DE ALGUNS CASOS


Na sala da aplicação, só devem permanecer o terapeuta e seu cliente. A
única exceção é para clientes menores de idade, para os quais a presença
de um responsável sempre será exigida. Quando for necessário ter uma
conversa privada, o responsável fica em outra sala. Se outra pessoa pergunta
se pode ficar junto com o cliente, pode-se fazer o questionário abaixo. Se
três das quatro perguntas tiverem resposta afirmativa, o acompanhante
pode permanecer, do contrário, deverá ir para a sala ao lado:
1- moram na mesma casa?
2- dormem na mesma cama?
3- são gêmeos?
4- pensam as mesmas coisas?

203
Conversando Sobre MOINTIAN
Para a compreensão correta dos problemas nos quais a pessoa está
inserida, exige-se imparcialidade daquele que a analisa. É preciso sempre
encontrar um ponto positivo no contexto explicitado, especialmente se a
pessoa tem variações de humor ou oscila entre momentos de depressão e
euforia. É preciso fazê-la ver ou perceber as possibilidades e as opções que
estejam inseridas em um dado contexto, mas que ela não consegue
perceber.
No conflito, pequenos problemas que surgem podem dar a impressão de
que tudo está indo na direção contrária. Entretanto, do ponto de vista do
conjunto, e da finalização harmoniosa que queremos, tudo o que surge
antes do fim mostra pontos que precisam ser ajustados. E é melhor que
apareçam no processo do que depois dele parecer concluído. Por
exemplo, se uma casa vai ser reformada, é bem melhor que os defeitos
apareçam antes que a pintura e o acabamento sejam feitos, quando
gerariam um problema ainda maior. É comum que uma pessoa inserida no
contexto veja os problemas que aparecem como obstáculos, como forças
contrárias que a impedem de alcançar seus objetivos. Para esse exemplo,
a pessoa envolvida no problema pode ter uma perspectiva diferente, se
conseguimos mostrar que iniciar a reforma, ter as condições para fazê-la e
ter a visualização do projeto terminado é uma grande conquista, quando
comparada ao que outros não conseguiram realizar. Vale aqui o
discernimento para saber quando de fato os objetivos podem ser
alcançados, por fazerem parte do processo interno da pessoa, daqueles
que seriam apenas conquistas da personalidade e que seriam contrários
aos objetivos mais elevados para ela.
Sempre vale, como mote para o terapeuta e como aconselhamento ao
cliente, saber que o que se manifesta como um mal esconde uma chance
de resolver problemas pendentes ou que se arrastam por anos. Nos casos
de problemas em relacionamentos, as aplicações podem proporcionar que
certas verdades apareçam e que se manifestem, na forma de palavras ou
atos, o que não havia sido possível até o momento. Por exemplo, certa vez
uma pessoa estava com problemas sérios com o marido. Então, surgiram
outros problemas mais graves, envolvendo a saúde de um parente
próximo e querido. A exigência de que a pessoa saísse de casa para estar
com o enfermo, proporcionou momentos de reflexão, uma espécie de
reclusão forçada, uma saída do foco do primeiro problema. Quando o
problema da doença foi resolvido e a pessoa voltou para casa, com a força

204
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
gerada pela saída, foi possível expor os problemas para o marido e
resolver a situação. Intercalando idas ao hospital ocorreram poucas, mas
importantes sessões de terapia (a aplicação da energia), que foi
restabelecendo a força interna da pessoa. Durante as sessões, foi possível,
para esse caso, perceber o que estava ocorrendo e ver o lado positivo de
uma situação aparentemente estressante e preocupante. Essa forma de
visão a maioria das pessoas não tem. Então, o terapeuta pode dizer: “Tu
vieste porque confias e minha função é mostrar opções ou formas
diferentes de encarar um problema e que podem fazer a diferença”. A
função do terapeuta é encontrar uma maneira de mostrar a alegria,
mesmo no caos. Obviamente, esse é apenas um rápido e breve relato de
um caso, e com um desfecho específico, mas vale como exemplo.

Quando o processo terapêutico com a energia começa, o terapeuta deve


estar atento a todas as informações, como sonhos, palavras e gestos.
Vejamos um caso:
Uma cliente relata, em uma sessão de terapia, que sua filha, então com
doze anos de idade, tem problemas para dormir e que sente pavor quando
pensa que ela, sua mãe, possa morrer. A cliente pergunta se há energias
negativas na casa e se há algo que possa fazer para ajudar sua filha.
Essa cliente, que chegou praticamente carregada por uma amiga, por
conta da quantidade de medicamentos que estava tomando, estava com
problemas sérios de saúde emocional, no relacionamento com o marido e
com outros filhos. O processo depressivo e outros fatores que levaram a
cliente a procurar a terapia iniciaram-se há cerca de cinco anos. O
primeiro ponto a se considerar é que a filha se desarmoniza porque há um
desequilíbrio da mãe, a cliente. A filha é um reflexo da mãe. Sendo assim,
a causa possível para o medo da filha e sua insônia, transfere-se, de um
possível agente negativo, invisível, para uma influência emocional e
psíquica da própria cliente.
Nessa primeira conversa, quando questionada sobre como se sentia
emocionalmente, a cliente relata, entre outros eventos, sobre como sofreu
com a perda da sua avó, com a qual morava, e por quem tinha muito
amor. A morte da avó ocorreu dez anos antes desse relato. Foi então
identificado que a filha da cliente sente o medo pela morte da mãe como
transferência do processo pelo qual a própria mãe houvera passado,
quando da morte da sua avó.

205
Conversando Sobre MOINTIAN
É importante salientar que sempre se pede para que a pessoa tratada
anote tudo: as conversas com o terapeuta, os processos internos, os
sonhos, as informações que venham à mente no período de tratamento,
ações e reações anormais dos parentes, etc. A própria energia faz o
trabalho de aflorar as informações e de eliminar as tensões ou pressões
sofridas e acumuladas. Em duas ou três sessões o cliente já vai se sentir
com mais ânimo, e que o peso dos traumas é retirado. Na primeira
aplicação, desde que queira de fato interagir e atuar para o seu próprio
restabelecimento, o cliente já tem um alívio imediato. Mas a segunda e
terceira são mais definitivas para o terapeuta saber como a energia atua
em cada pessoa em particular e se os efeitos serão permanentes ou
temporários. Tudo depende muito da abertura, da conscientização da
pessoa sobre seus processos internos e de seu real interesse em melhorar.
Por isso, sempre é preciso investigar o histórico de acontecimentos,
voltando na história do cliente em cinco, sete anos antes de algo se
manifestar, antes que a causa da procura pelo tratamento se iniciasse.
Por exemplo, se alguém toma medicamentos há dez anos, a procura deve
retornar em dez, sete ou cinco anos antes do início da medicação. Então,
voltando quinze anos podemos encontrar um evento marcante. No caso
do presente relato, bastou realizar uma conta simples, somando cinco
anos ao número de anos que a cliente tomava medicamentos, o que nos
levou aos dez anos da morte da sua avó.
Assim, definiu-se uma “doença original” para a cliente e o processo
tornou-se muito mais rápido e simples. Em três aplicações ela já havia
recuperado sua força interna e, após uma reavaliação médica, decidiu
reduzir os medicamentos. E a filha, obviamente, dormia tranquila.

A Doença Original, a doença de vida ou o problema real


Cada um de nós tem seu ponto fraco, uma parte do corpo mais frágil, e
esse ponto fica, na maior parte das pessoas, desconhecido. Ele é bem
diferente do problema ou da questão que originou a busca pela
espiritualidade ou pela terapia. O “problema real” é o tom da vida e pode
ser corrigido ou ampliado pelos caminhos e escolhas que se faz.
Uma leitura atenta das partes iniciais do tópico 129 deste livro poderá
ajudar a entender o conceito da formação de eventos e sua influência na
trajetória de vida de uma pessoa.

206
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
H. O CLIENTE COMO AGENTE DE SUA PRÓPRIA TRANSFORMAÇÃO
Os casos de tratamento presencial são importantes, estimulantes do
ponto de vista da pesquisa e da mostra de resultados. Entretanto, é muito
certo que o número de atendimentos a distância que já fiz supera, em
progressão geométrica, aos presenciais. E os resultados são da mesma
maneira rápidos, porém, sem a possibilidade de analisar mais
detalhadamente as facetas de cada caso, pois não há o relato pessoal na
hora em que eles ocorrem, com a pessoa. No meu caso, considero sempre
o auxílio a distância como um “certificado de garantia” e uma assistência
técnica prestada ao aluno, para a pessoa em tratamento ou para quem
peça auxílio. Vale lembrar que uma ferramenta complementar importante
de auxílio ao terapeuta é a meditação de quarta-feira.

Tudo aquilo que foi falado no tópico 40, “O Sentido do Silêncio”, na parte
III A deste livro, para os processos internos, vale para a prática
terapêutica. Enquanto os processos e os resultados efetivos não apareçam
e se consolidem, falar com outros sobre o que está sendo descortinado ou
ocorrendo, prejudica o assentamento da energia e dos mecanismos que
produzem a transformação e a decorrente sublimação do processo. Mais
importante que o silêncio do cliente que, sim, deve ser pedido para que
mantenha, está o silêncio do terapeuta. Até mesmo como uma forma de
respeito ao seu procedimento, pois pode ser que venha a mudar de
opinião ou a forma como levará um caso em particular. É preciso muita
paciência, perseverança e atenção para que um resultado seja obtido.

Houve um caso no qual, ao longo de dezenove aplicações, uma pessoa que


estava beirando o suicídio retomou a direção de sua vida. Ela não se
curou, mas conseguiu descobrir sinais, em seu corpo e em sua mente, que
indicam a proximidade de uma crise. Com isso, pode controlar a intensidade,
sem ficar totalmente vulnerável ou suscetível às crises e suas consequências.
Nos quinze primeiros dias de tratamento, recebeu aplicações com
intervalos entre um e dois dias. Seguiu-se a isso o aumento de intervalos
para quatro a sete dias, no segundo mês. No terceiro mês os intervalos
foram para quinze dias, intercaladas, as aplicações presenciais, com
inúmeras aplicações a distância, com incontáveis chamadas na
madrugada, idas rápidas ao consultório para harmonizações rápidas e um
contato muito próximo.

207
Conversando Sobre MOINTIAN
Conceitos como energia e a possibilidade da pessoa trabalhar em si
mesma com a energia só foram comentados a partir do final do segundo
mês de aplicações. Na décima quinta aplicação houve a transmissão da
Chama Devocional. Essa pessoa não continuou seu treinamento no
MOINTIAN, mas ainda mantém a mesma atitude perante seu problema
inicial. Aqui, fica claro que a lealdade ao tratamento, a dedicação do
cliente, a determinação para reconhecer um padrão e transformá-lo é
essencial no processo terapêutico. Sem o comprometimento inteligente
do cliente para reconhecer sinais, para analisar sentimentos e para confiar
no tratamento, nada funciona.

I. PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR E RESUMO


1- Envolver-se é entregar-se ao que está fazendo e, assim, envolver a
pessoa para que conte o que é preciso para que todos os problemas e
sintomas sejam expostos e o tratamento seja efetivo.
2- Jamais falar sobre “método” ou conceitos espirituais no início do
tratamento. Deixar a pessoa encontrar a confiança, que ela mostre o que
conhece, sabe e acredita, sem colocar conceitos e técnicas. Criar empatia.
3- Jamais transferir a causa ou a razão de algo ocorrido para outra pessoa
ou para uma causa sobrenatural, mística ou de encarnação passada.
Nunca falar sobre algo que a pessoa não conhece. Tratar apenas das
consequências conhecidas, sem levar a crer que algo ocorre ou ocorreu
sem que se tenha conhecimento pleno de um fato. Muitos caem no erro
de depositar no oculto as causas dos problemas. Não descartamos
possibilidades, mas se uma pessoa não tem consciência de que algo
ocorreu, isso não tem nenhuma força para a resolução do problema. É
preciso ser coerente.
4- Envolver-se com a pessoa 24 horas ou mais.
5- Ir gradativamente espaçando os encontros ou aplicações (1 dia, 2 dias,
3, 7, 15 dias) até que a pessoa se estabilize. É preciso que a pessoa esteja
estável para aumentar o afastamento.
6- Não deixar a pessoa ficar “eufórica” ou crente, mas que esteja sempre
consciente.
7- Cuidar dos ciclos - altos e baixos - sempre estabilizar, seja aumentando
o número de encontros ou usando a energia enviada na aplicação a
distância.

208
A PRÁTICA TERAPÊUTICA COM O MOINTIAN PARTE IV B
8- Aplicações mais profundas, como as que devem usar o Símbolo da
Transmutação, são feitas no máximo três vezes. Os curativos, se as vemos
como uma espécie de retirada profunda de energias estagnadas, serão as
aplicações da sequência básica realizadas por dias consecutivos. Mas seu
efeito será bem sentido se as causas reais forem descobertas.
9- Nem todos os que vão procurar tratamento com a energia ou que
estejam iniciados são pessoas boas. É preciso saber e fazer o cliente
entender que ele vai pedir ajuda para resolver as situações de sua vida,
mas que ele pode não ser a vítima ou o que sofre. Ele pode ser o que
provoca ou o que esteja errado em alguma situação, evento ou ideia geral.
O terapeuta, a energia e o MOINTIAN não transformam alguém ruim em
bom: mostram a situação e o que ocorre. Se alguém que faz algo negativo
ou errado busca o tratamento ou a iniciação, muito provavelmente a
energia fará com que a pessoa perceba seus enganos, na tentativa de fazê-
la, por sua própria vontade, mudar seu comportamento ou sua maneira de
pensar. Mas não será algo imposto pelo terapeuta. Se ela não quiser
mudar, seus problemas podem até aumentar, como fruto da energia
tentando entrar, mas sendo rechaçada.
10- O que foi e não precisa mais: deixar para trás; mais feliz é hoje. Hoje
sou melhor que ontem. Hoje é o melhor que já vivi. Vê o tópico “Efeito das
Iniciações”, capítulo 5, página 54 do Manual do MOINTIAN.
11- A respiração: na aplicação, durante as aplicações, o terapeuta pode
respirar mais fundo e transmitir tranquilidade para o cliente.
12- Manter o silêncio como parte do processo terapêutico. Evitar
comentários sobre o processo terapêutico. Jamais comentar sobre os
clientes, seus nomes, seus problemas, suas conexões. Pedir para que o
cliente mantenha o silêncio, relativo ao processo em si.
13- O terapeuta precisa ler muito e ter muito conhecimento intelectual e
interno. Ele precisa conhecer muito, mas sem acreditar em nada e sem
recomendar outras técnicas ou leituras para os seus clientes. Precisa
permanecer firme em sua posição, pois o cliente, e sua personalidade,
sempre irão querer algo mais ou interferir no tratamento. Não há técnicas
ou métodos complementares ao MOINTIAN, apenas a continuidade do
tratamento médico que esteja sendo realizado.
14- O cliente e o terapeuta devem saber que há duas maneiras de lidar
com um problema assim que sua causa for definida:

209
Conversando Sobre MOINTIAN
A- eliminação total – afastando-se, cortando laços com pessoas ou situações;
B- convivência harmônica – o problema existe e foi identificado, pode ser
relacionado com uma situação ou pessoa, mas a pessoa decide, por falta
de opção ou escolha de vida, conviver com ele. É preciso encontrar a
harmonia com o problema para que a vida se torne alegre. De maneira
inteligente e consciente é preciso saber que ele pode, ciclicamente,
mostrar-se presente.

Se houvesse um curso de formação terapêutica, além dos requisitos que o


próprio terapeuta, por si mesmo, teria que avaliar, poderia ser realizada
uma prova de conhecimentos de MOINTIAN para admissão ao curso.
Nessa, estariam sendo analisados:
• Os conhecimentos gerais sobre o Método, aplicações, destino, por que
utilizamos símbolos, as técnicas, etc.;
• Uma prova oral ministrada por uma bancada de conselheiros ou
coordenadores do curso;
• Uma prova prática, mostrando a utilização da energia nos níveis normais
do MOINTIAN. O aluno poderia ter seu material didático, livros,
computador, o que seja, para consulta. Não importa o conhecimento
intelectual ou ter decorado números de páginas, mas é importante
analisar o conhecimento de fato. É importante que ele saiba localizar-se
no Método, que ele saiba procurar as informações e as técnicas e quando
aplicá-las devidamente.

210
V – ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN

PARTE

V
ESPIRITUALIDADE
SOB A ÓTICA DO MOINTIAN

VA
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL

VB
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL

VC
O JOGO DAS DIMENSÕES

VD
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS

VE
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA

211
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VA PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL 213
VB O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL 247
VC O JOGO DAS DIMENSÕES 265
VD AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 301
VE A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA 335

212
V A - PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL

PARTE

VA
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL

213
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VA PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL 213
100. SOBRE DOGMAS, PRECEITOS E NORMAS DE CONDUTA 215
101. O PROPÓSITO DA VIDA 215
102. COISAS BOAS E OUTRAS NÃO TÃO BOAS 217
103. UM POUCO MAIS SOBRE PREENCHER-SE DE ENERGIA 219
104. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO I 220
105. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO II 221
106. DIFERENTES PROCESSOS DE INICIAÇÃO INTERNA 222
107. DEVOÇÃO E INVOCAÇÃO 223
108. COMENTÁRIO SOBRE A FUNÇÃO DE CADA UM 224
109. A MANIFESTAÇÃO DO CORPO FÍSICO COMO FORMA DE APRENDIZADO 226
E DESENVOLVIMENTO
110. SOBRE AS CATÁSTROFES E O TEMPO 228
111. SOBRE NAVES E LUZES 230
112. SOMANDO FORÇAS COM A RECLUSÃO 231
113. ESPIRITUALIDADE DIFERE DE ESPIRITISMO 232
114. BARGANHA ASTRAL E A DOENÇA DOS CURADORES 234
115. NOTAS ATUAIS – GRUPOS E MENSAGENS 236
116. A LIBERDADE É O GRANDE DESAFIO 237
117. CORPOS GÊMEOS 238
118. INICIAÇÃO E LINHAGEM 241
119. FORMAS DE EVOLUÇÃO, RITUAIS, EMOÇÕES, DIMENSÕES 243

214
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A

100. SOBRE DOGMAS, PRECEITOS E NORMAS DE CONDUTA

Primeiro, no que chamam de vida espiritual ou religiosa, vem a aceitação


das regras impostas, porque é preciso direcionar o caminho, a vida, para
uma convivência harmoniosa, especialmente para aqueles que ainda não
desenvolveram dentro de si aquela moralidade espiritual que é o bom-
senso e o senso de bem comum. Aliás, é por isso que existem as leis,
porque é preciso colocar medo, regras, para aqueles que não têm
discernimento sobre convivência harmoniosa. A Filosofia, neste sentido,
deveria ajudar a desenvolver essa capacidade naqueles que a apreciam.
Mas, atualmente, ela apenas preenche determinadas partes inúteis dos
cérebros da maioria dos seus apreciadores. É o que ocorre na maioria das
igrejas: é necessário o dogma como uma forma de refrear os instintos,
considerando-se aqui instintos como aquela manifestação da parte
animalesca do ser humano. Depois, com o avanço do ser, a compreensão
se amplia e vem a necessidade de seguir determinadas regras que
permitem a ele sentir o fluxo e o contato com outras esferas de atuação e
de energia. Essa é a fase da lealdade e da disciplina para alcançar
resultados positivos. Adiante, é impossível voltar atrás em determinadas
regras. E vê-se que são deixadas para trás apenas as coisas insignificantes,
ou a carga inútil. Vão-se anos, vidas, vidas, vidas... até chegar aqui. O
prazer real vem do encontro com a alma, é o encontro interno. E pode-se
atingi-lo em vários níveis. Pequenos vislumbres, no início, e uma realidade
cotidiana, logo depois. Mas para viver isso, a transformação é necessária.
Então, nem lembramos mais se algo pôde ser melhor que aquilo que
temos, por conta desse contato.

101. O PROPÓSITO DA VIDA

Um questionamento sempre retorna: Qual o propósito da vida?


Cada um que estiver lendo este tópico, se parar para refletir, antes de
continuar lendo, poderá responder de muitas maneiras, e cada um terá
uma visão diferente, relativa aos seus objetivos pessoais. Mas será uma
visão parcial, individual. O que devemos ter em mente, entretanto, é algo
maior, num sentido profundo, elevado, transcendente...

215
Conversando Sobre MOINTIAN
Muitas pessoas não conseguem entender como a espiritualidade pode
estar desvinculada da religião. Não entendem que a espiritualidade é a
busca da integração entre a personalidade e a divindade que habita no
interior de cada ser. Mesmo que existam, para esse encontro, muitos
caminhos e que muitos daqueles que o percorrem se tornem buscadores
profissionais, o templo ao qual devem render homenagens é o seu próprio
ser interno, sua essência divina. Espiritualidade é isto: a busca da
integração do eu inferior, ou personalidade, com o Eu Superior, divino, o
Mestre Interior, a essência divina. E esse também é o objetivo da vida
humana, ou seja, o motivo pelo qual o ser humano habita o plano físico.
Numa primeira fase, a espiritualidade é espontânea, pode se manifestar
como o gosto pelo belo, pelo harmonioso, pelo bem aos outros, pela
honestidade, pelo cultivo das virtudes. Isso será refletido, irradiado
incondicionalmente, para todos os seres que entrem em contato com
quem a sinta. Mas é uma espiritualidade sem objetivo, apenas
horizontalizada, segue uma linha de moral e virtudes, de controle físico e,
em certa parte, emocional. Mas não é profunda. Numa fase posterior,
aspira ao elevado, que é a busca verticalizada. Quanto mais as duas partes
são buscadas e integradas, mais ocorre um crescimento, uma evolução. É
bom fazer o bem. Melhor que abster-se ou negar auxílio. Mas, Bem Maior
faz aquele que cresce, pois eleva o padrão da humanidade como um todo.
Eleva a todos os seres humanos, contribuindo para a evolução de todos.
Em tempos primordiais, que não é o da evolução humana conhecida,
Deus, o Divino, o Inominável, o Inatingível, criou o ser humano perfeito,
com Sua Própria Luz, e portando essa Luz em seu interior. A Centelha
Divina habitou estes mundos terrenos ou físicos, para cumprir um
Propósito Divino: o de experienciar todas as possibilidades da Vida. O
homem esqueceu dessa Filiação Divina. Por diversos caminhos, esqueceu
a Chama Divina, a Luz em seu interior. Então, surgiram as confusões,
atrocidades e toda sorte de males que se vê: a criação terrena, dos deuses
da Terra da terceira dimensão.
Alguns seres, entretanto, conseguiram fazer novamente a centelha divina
aparecer. São os Mestres Ascensos, dos quais fala a literatura esotérica. E,
do plano Espiritual (e que não se confunda espiritual com espírita),
abençoam, guiam e conduzem seus discípulos para que produzam,
reproduzam e redistribuam Suas Bênçãos para aqueles que não podem vê-
los, senti-los ou ouvi-los.

216
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Assim, surgiram os conhecimentos para que o homem voltasse à sua
Origem Divina, ou seja, redescobrisse a centelha divina, a essência divina,
em seu interior. Entretanto, esses ensinamentos, por interesses pessoais
ou dogmas, foram deturpados, interpretados de forma errônea ou
esquecidos. Não nos compete julgar, mas estão aí os exemplos das
instituições religiosas organizadas. Para proteger esses conhecimentos,
foram criadas as Escolas de Mistério, as Escolas Esotéricas, de cunho
místico-filosóficas, como a Rosacruz, Maçonaria, Teosofia, Gnose,
Antroposofia, Ponte para a Liberdade, Sumit Lighthouse, e tantas outras.
Mas, muitas dessas, ou ficaram cristalizadas, ou perderam-se na chamada
névoa do tempo.
Hoje, os Mestres, as Hierarquias, como chamamos, inspiram Discípulos,
Iniciados e Adeptos para auxiliar a humanidade. Esta é uma das tarefas do
MOINTIAN, assim como a de muitos conhecimentos surgidos nas últimas
décadas. Ele provém de fonte espiritual, para auxílio à Hierarquia
Planetária. É um caminho para o encontro com as energias atuais, com a
estrutura planetária e humana atual e, de forma pioneira, um elo entre a
civilização atual e a futura.
Entretanto, apesar das possibilidades atuais distribuídas pelas hierarquias,
em especial a partir do ano 2000, nem tudo o que surgiu a partir daí é
realmente positivo.

102. COISAS BOAS E OUTRAS NÃO TÃO BOAS

Apesar de que muitas coisas boas e importantes tiveram início a partir do


ano 2000, não podemos presumir que tudo o que foi originado a partir de
então seja do bem. Muita influência negativa ainda ocorre e, talvez, na
mesma proporção do bem surgido. Muito se ouviu falar sobre entrantes,
walk-ins, troca monádica (que são aqueles seres/energias/consciências
que “entram” em um corpo físico adulto cedido pelo “habitante original”,
para realizar um trabalho de cunho espiritual mais elevado e profundo).
Mas, ainda assim, o outro lado, que é o aspecto negativo do mundo
espiritual, geralmente atua de forma dissimulada, para enganar o
buscador afoito, fazendo-o crer que entra em uma missão especial e
profunda.

217
Conversando Sobre MOINTIAN
Podem fazer a pessoa crer que está sendo preparada para “receber uma
entidade elevada”, de elevada espiritualidade, quando na verdade estão
tentando dominar a mente da pessoa, fazendo dela uma espécie de
antena ou irradiador de mensagens subliminares negativas. Eu falo mais
sobre isso no tópico 123.
Existem outras coisas, além do conceito acima, como instrumentos,
substâncias ou métodos que dizem pertencer a certo nível elevado
quando, na verdade, são de outro. Por exemplo, houve um tipo de água
especial, criada há algum tempo, que teria propriedades curativas e
aceleradoras do processo de purificação. Todavia, o que encontramos
atualmente, na maioria das vezes, ou o que chega até a maioria dos
buscadores desavisados com o nome dessa água, são águas contaminadas
com larvas astrais, microchips negativos, implantes e outros programas
instalados pelas forças obscuras. Na mesma proporção, já vi casos de
florais que as pessoas diziam terem sido originados de um ser de elevada
vibração quando, na verdade, eram impregnados desses implantes e
outros conteúdos negativos. Quando a pessoa os ingere, pode até ter
resultados que nós classificamos como positivos, pois pode apresentar
melhoras de certos sintomas, mas o que ocorre depois, é que ficam com o
processo espiritual estagnado, comprometido.
Outro problema sério está em símbolos e métodos ditos originados do
Reiki, ou que usam a denominação “Reiki isso”, “Reiki aquilo”, quando não
são nada além de misturas de energias, na tentativa de confundir,
estagnar e desviar o buscador do caminho espiritual verdadeiro. Por
prometerem milagres, ou meios rápidos de consecução, eles conseguem
levar o curioso, prendendo-o em práticas e energias que o deixam
comprometido em seu caminho. É bom termos cuidado e ficarmos cientes
de que isso ocorre.
Da mesma forma, certas práticas de prognóstico, previsão ou de contato
com seres desencarnados, contêm muito engano. Vale lembrar que uma
pessoa, só porque não está mais encarnada ou por que não tem mais
corpo físico, não quer dizer que está mais elevada espiritualmente. Não é
porque perdeu a carcaça física que se livrou do processo de crescimento
interior e está ascensionada. Morrer, ou perder o corpo físico, não
significa iluminar-se. Por isso, um viciado no físico continua a mesma coisa
sem físico até que volte para encarnar e aprenda a vencer isso, num
processo gradativo, até que ocorra a sua ascensão.

218
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A

103. UM POUCO MAIS SOBRE PREENCHER-SE DE ENERGIA

Já vi muitas pessoas prontas para receberem uma qualidade especial de


energia, mas que parecem temer a plenitude espiritual. Perguntam: o que
vai acontecer comigo? Em geral, digo: morrer! E, em vez de deixarem a luz
descer, preenchê-los com o novo, transmutando o velho em si (conceitos,
formas de conceituação, paradigmas, etc.), vão procurar uma dica em uma
cartomante, em um médium ou em um “vidente”. O único dente que
podem ver de mim é quando acho graça disso.
O que pode saber, sobre a vida interna, uma pessoa que não tem
discernimento para saber que não deve prognosticar sobre a vida
espiritual dos outros, pois não tem alcance para elevar nem mesmo a sua
existência? Só quem pode saber sobre o futuro da vida interna de uma
pessoa é o seu Mestre interno e seu Eu Superior! E se seu Mestre sabe
desse fato, desta “consulta”, ele já retira boa parte da sua proteção. E a
energia esvai-se um pouco, pois ela segue de acordo com o que descrevi
na parte III A, no tópico 40, “O Sentido do Silêncio”.
O mesmo princípio vale para as práticas que estão na moda hoje, como a
da regressão. Que perda de tempo! Só quem pode despertar uma
memória de encarnação passada é o Mestre da pessoa ou o seu Eu
Superior. E essa memória nunca será induzida por outra pessoa. Sempre
que houver uma lembrança, será porque o aprendizado relativo àquela
vivência tornou-se totalmente assimilado pelo ego (neste caso
considerando ego como alma, a manifestação presente) da pessoa. Se
alguém lembra, por exemplo, ter sido “bruxo” na encarnação passada e
hoje quiser andar com um chapéu pontudo, que fique certo, em vez de ter
adquirido sabedoria, encontrou mais um problema para resolver: não está
vivendo o agora. Está preso ao passado. É isto que a tentativa de
despertar prematuro de certas memórias e energias, produz: mais
conflitos para serem resolvidos no presente.
Na vida espiritual, é preciso disciplina, paciência, prudência e, acima de
tudo, discernimento. A última possibilidade, de todas as possíveis
projeções que venham à mente, poderá ser a de uma lembrança de
encarnação passada, com todas as outras possibilidades tendo sido
analisadas e esgotadas. E essas, incluem mecanismos de defesa, projeções
de memória celular provenientes da ligação com ancestrais, o encontro

219
Conversando Sobre MOINTIAN
com o inconsciente coletivo e uma série de outras possibilidades. A ilusão
da falsa busca só produz estagnação e crendices.
Nos capítulos 3 e 7 do livro verde são colocados pontos importantes sobre
os processos aqui comentados.

104. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO I

A Iluminação pode vir a qualquer momento. Existem aquelas pessoas que


ficam querendo muito, que ficam correndo atrás, necessitando disso para
que suas vidas melhorem. Mas não é assim. Mesmo iluminados continuam
sendo as mesmas pessoas. Até com conflitos. A iluminação tem três
estágios: da personalidade; da alma; e da mônada. Depois, tem a
integração do Regente-Avatar, a oitava mônada, processo também
definido como integração das linhagens e dos sete raios.
A iluminação pode ocorrer a qualquer instante, em qualquer lugar, sob
qualquer circunstância. Pode ocorrer na fila do mercado, no sujeito
atropelado na esquina (desde que ele não tenha provocado isso), etc.
Querê-la pode até travar sua chegada, que depende da vontade interna, da
alma, acima da vontade da personalidade. É uma questão interna. E ainda
que possa vir num estalar de dedos, indica que houve uma integração e o
despertar de muitos níveis internos ao longo do processo evolutivo.
Com relação a isso, há um exercício a ser feito: já vivi isso? Compreendo,
sem julgar, porque meu irmão faz determinadas coisas ou vive de
determinada maneira? Já senti isso, e agora me sinto livre e, mesmo que
veja em outros determinado sentimento/emoção, pareço estar além
disso, mas plenamente feliz, integrado? Mesmo estando em meio às
turbulências, vivendo ajudando outros, ainda assim consigo pensar que
sou divino e que o processo é necessário, se não mais para mim, para o
crescimento das pessoas diretamente envolvidas e que, se elas quisessem,
poderiam eliminar seu sofrimento, pois sei da luz, da direção? Tenho
ciência total de que meus atos em defesa de algo, de algum ideal, de
alguém, pode agredir a compreensão que um irmão ainda não tem sobre
meu ponto de vista? Estou ciente que, da visão de acima, vendo todos os
ângulos de um assunto, posso ver todas as pessoas, todos os sentimentos,
todos os aprendizados e as consequências disso, tanto se tomo partido em
algo como se me omito?

220
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Poderia explodir este tópico com a lista das possíveis tomadas de
consciência relativas ao amor, o amor incondicional, sem paixões,
daqueles que, pelo menos, vivem para o caminho espiritual e sua
consecução. Um iniciado, no mínimo um discípulo, já é capaz de manifestar,
em muitos níveis, algumas das coisas expostas nos questionamentos
acima. Um ser iluminado deve saber de mais coisas que essas.

105. QUANDO VEM A ILUMINAÇÃO II

Pergunta: Quando a pessoa ascensiona com o MOINTIAN acontece o


mesmo que as pessoas ascensionadas com o corpo físico que se tornam
imortais e sempre jovens, como grandes mestres conhecidos que realizam
o teletransporte, a bilocação, e outros fenômenos? Com o MOINTIAN
acontece o mesmo? Seria possível ascensionar com o corpo físico e fundi-
lo com a luz? Ou esse é um estado mais profundo?

Resposta: Temos a definição de ascender, no sentido de elevar a


consciência, iluminação, consciência cósmica, e a ascensão como subida
aos céus em corpo de luz (a maioria relato fantasioso). Aquilo que relatam,
sobre a ascensão do Cristo, significou outra coisa. Foi um processo de
elevação da consciência, alegoricamente representado por ele sendo
levado envolto em luz. Mas o que aconteceu foi que a parte espiritual
elevou-se, em luz, para as naves, Comandos ou o que for, pois o corpo que
o Cristo utilizou naqueles três anos de ministério foi o de Jesus, que
também recebeu uma importante iniciação, mas continuou seu trabalho
encarnado na Terra. Ele não morreu na cruz. Vê o tópico 142-7 deste livro.
Alguns grupos fantasiaram muito a consecução espiritual, expondo
determinadas informações que não condizem com a realidade, e nem com
a meta a ser perseguida. Atingir a iluminação não é milagre. É obrigação
de todo ser humano realizá-la. E, mais cedo ou mais tarde, cada um de nós
passará por ela. A manifestação de fenômenos como a bilocação, o
teletransporte, etc., depende sobremaneira do serviço que o ser que
atingiu a categoria de Ascensionado, Iluminado ou Mestre precisa cumprir.
No entanto, a maioria das informações sobre esses fenômenos mostram
que foram realizados por seres que, apesar de estarem no nível supra-
humano, pertencem à Campânula.

221
Conversando Sobre MOINTIAN
Parcelas desses feitos, que aparentam ser impressionantes, são realizadas
por qualquer aluno do MOINTIAN. Por exemplo, quando é realizada a
segunda técnica para enviar energia a distância e o aluno está lá, com
outra pessoa, sente-se lá, não poderia ser “bilocação”? O aluno está em
dois lugares, cá e lá.
Agora, depende, volto a dizer, daquilo que a hierarquia planetária e
cósmica necessita de um mestre. E sim, depende do avanço deste mestre,
pois todos estão sempre, como nós, evoluindo. Em relação à imortalidade,
todos somos. O problema é que a maioria dos seres humanos perde a
memória daquilo que já foi e do que é, como alma e mônada, e pensa que
nada existe além deste planeta e da vida que leva. Já conversamos sobre
isso em outros tópicos. A imortalidade é um fato espiritual,
independentemente de manifestar-se em um corpo físico, em vários ou
sem corpo físico.
Outro aspecto importante: que o processo de formação de um Mestre é
regido, dirigido, controlado, assistido, pelas Hierarquias. O MOINTIAN é
um método de auxílio, aqui neste planeta, à Hierarquia planetária, ainda
que sua origem seja de outro ponto do cosmo. Esse auxílio vem para
proporcionar uma maneira segura, renovada e confiável de cada aluno
adiantar-se em seu progresso no caminho espiritual. Ele conduz,
impulsiona, acelera o processo, se seguido de acordo com as normas
estabelecidas. Mas o processo interno é regido pelas Hierarquias, da
mesma forma que em qualquer outro método atual. Quando o aluno
chegar ao nível de se tornar iluminado, ele vai ser direcionado ao seu
departamento próprio pela ou pelas Hierarquias responsáveis por ele. É
sempre assim. Ou ele pode atingir algo, ficar um tempo sem consciência,
simplesmente como foco de luz e depois ser direcionado para o trabalho.
Depende do propósito que sua mônada ou seu regente têm para ele.

106. DIFERENTES PROCESSOS DE INICIAÇÃO INTERNA

O processo de iniciação interna não é o mesmo que o da Terra, ou deste


sistema, em outras galáxias e em outras dimensões superiores. Alguns
seres podem vir para cá auxiliar a hierarquia planetária, a serviço do
regente planetário, mas continuam crescendo, aprendendo, evoluindo,
em relação ao seu processo em outros pontos do cosmos. Servem em

222
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
certos departamentos da hierarquia planetária, mas como auxílio ao
conselho regente do planeta. Quanto mais elevada a iniciação interna de
um ser nessa situação, mais ampla a sua influência e mais distante está o
núcleo que vai dirigir sua cerimônia de iniciação.

107. DEVOÇÃO E INVOCAÇÃO

A prática do MOINTIAN nunca estimula a excessiva devoção a um Mestre,


porque cada um, cada aluno, cada pessoa, deve atingir a compreensão
sobre o seu discipulado sozinha. Podemos ler o que está escrito no Nível II,
capítulo 31, página 185, do Manual do MOINTIAN:
Os mestres têm muito trabalho a fazer e precisam do auxílio de discípulos e
devotos que possam contribuir com a força e conhecimento já adquiridos.
Para isto, colocam à disposição ferramentas que permitem uma atuação
profunda para proporcionar o bem-estar e a evolução de outros. Cada
buscador sincero, devotado a um Mestre ou Hierarquia, sabe que tem uma
missão a cumprir e que os passos atingidos servem para que possa levar mais
luz. É um egoísmo espiritual querer que os Mestres estejam sempre prontos,
disponíveis para o tratamento pessoal daqueles que já tenham trilhado
alguns passos no caminho interno. Os símbolos aumentam a força interior,
possibilitando a percepção da atuação conjunta das Hierarquias.
Além disso, é sabido que, quando um discípulo é aceito por um Mestre
Ascensionado do plano interno, os encontros, também nesse plano
interno, são marcados para poucas vezes durante o ano, talvez uma vez,
em momentos específicos onde este discípulo, que pode ser também um
outro Mestre Ascensionado iniciante, ou com responsabilidades perante
determinadas hierarquias, vai receber importantes instruções, impulsos
ou iniciações para serem distribuídas por um período também
determinado pelo Conselho planetário, solar, galáctico ou intergaláctico,
conforme o nível do ser.
Os contatos que porventura resultem das práticas de invocações, como
preces, cantos ou mantras, na grande maioria das vezes, dá-se apenas
com a energia de determinados discípulos, protetores internos,
mensageiros de hierarquias, auxiliares invisíveis ou a aura de influência da
hierarquia/mestre para o qual foram direcionados. Existem regras muito
rígidas e bem delimitadas no plano interno. E têm pouca relação com o
que é divulgado como sendo práticas esotéricas.
223
Conversando Sobre MOINTIAN
Com relação a não incentivar a invocação a um determinado mestre ou
hierarquia, isso é assim porque, atualmente, em vez de passar vidas
inteiras aos cuidados de uma hierarquia, a própria hierarquia planetária
como um todo, assume a responsabilidade de conduzir o discípulo para o
seu devido lugar. Por exemplo: é possível passar pelas sete entradas, nos
sete níveis de Miz Tli Tlan em questão de um ano; é possível aprender e
despertar a força e a energia de cada centro energético planetário em si
em um mês, etc. Tudo depende, obviamente, do serviço, acima de
qualquer coisa. É preciso estar com a consciência aberta e receptiva para
se deixar guiar pelo Eu Superior, num estado de entrega, de confiança,
para que essa direção interna possa ocorrer.
Quando a vontade interna, ou a entrega da personalidade é assumida,
vivemos sob outras regras, próprias do plano espiritual. São diferentes das
regras do caminho inicial. Nessa fase mais evoluída, não há como desviar
do caminho, pois a vontade humana deixa de comandar. Não somos
marionetes, como alguns podem inicialmente pensar, mas parte do todo,
em prol do todo maior. Nossa vida torna-se um reflexo da hierarquia, e
todas as nossas ações têm por objetivo externar isso. Estamos em um
fluxo que sempre nos traz o necessário e, principalmente, leva-nos onde
precisamos estar.
A filiação a um Mestre, ou discipulado, é algo interno, profundo, e segue
normas muito rígidas. Invocações, orações, mantras, etc., que estejam em
desacordo com a corrente de energia que precisamos contatar, conectar e
manifestar, trancam este fluxo, esta manifestação, impedindo que o
processo ande mais rápido. É o mesmo princípio já falado sobre as
misturas de energias.

108. COMENTÁRIO SOBRE A FUNÇÃO DE CADA UM

Uma pessoa comenta a respeito de sua aparente inutilidade e que passou


muito tempo da sua vida como se fosse inútil.

Muitas vezes, para que não nos percamos em muitos caminhos, ainda que
tenhamos curiosidade e façamos pesquisa esotérica sobre o que de fato
pode vir a ser a vida espiritual, somos colocados como que em “banho-

224
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
maria”, no sentido de que não era chegada a nossa hora de
aprofundarmo-nos na direção do encontro interno.
É quase a mesma coisa que o texto da página 356 do Manual do
MOINTIAN, sob o título “A Missão de Cada Um”, quando diz:
As maiores lições são aprendidas no intervalo entre encarnações, sendo a
encarnação, para muitos, apenas uma “contemplação”, um mergulho
necessário no plano físico denso.
Além disso, é falado que a missão de cada um pode não ser aquela de falar
para grandes plateias ou coisas do tipo, mas pode ser a de irradiar para o
meio, para as pessoas do meio em que convive, aquela energia interna
que a pessoa já tem.
Se uma alma escolhe vir aparentemente sem conhecimento de ordem
espiritual é porque precisa trabalhar determinadas características da
personalidade que lhe permitirão um contato maior com a Mônada. A
personalidade encarnada, na medida em que consegue ultrapassar
determinados limites impostos por essas características, aproxima, da
manifestação física, qualidades, dons e o contato com o superior.
Ninguém jamais se encontra em um lugar que não deveria estar. Assumir
isso, da mesma maneira que sentir que todos os eventos da vida são lições
importantes, traz para a consciência, cada vez mais, o necessário contato
com o Eu Superior. Entender que cada situação encontrada é produzida
por opção e não por erro, auxilia no processo de encontro interno e
permite que nossa vida encontre o fluxo da energia inesgotável que nos
alimenta, que nos sustenta e que nos eleva.
Se os momentos são difíceis, a melhor técnica é saber que somos todos
seres divinos. Quando enfrentamos momentos difíceis, basta voltar a
consciência para aquela chispa divina que habita nosso interior ou
visualizar que um fio de luz nos coliga diretamente com nosso Eu Superior.
Ter isso em mente dissipa qualquer problema, angústia ou sofrimento. No
capítulo 67 do Manual do MOINTIAN, Desenvolvimento da Conexão
Interna, páginas 356 a 360, importantes colocações são feitas a esse
respeito, assim como em outros pontos do Manual. Vale também uma
leitura atenta do livro verde, que introduz esse assunto, especialmente na
página 30 e as indicações feitas ao longo do mesmo.

Avançando no processo interno, vamos descobrindo que, acima de


querermos bem-estar, harmonia ou coisas materiais, está o sentido de
estar completo, de fazer parte de algo muito maior que nossas
225
Conversando Sobre MOINTIAN
necessidades imediatas. Vamos entendendo que a vida, a Criação, tudo o
que conhecemos, faz parte de um grande plano, um plano divino no qual
estamos inseridos. Quanto mais nos abrimos para entender e viver a
realidade interna, mais aptos estamos para saber que não necessitamos
tanto da atenção de outros seres mais elevados para nos conduzir, mas
que, pelo nosso estado de consciência, percebemos que somos
importantes, como um foco de luz e irradiação de amor. Esse é o início do
serviço, o serviço em prol da manifestação do plano divino neste planeta.
Servir, de forma pura, pela vontade pura, é reconhecer essa realidade
interna, que nossa participação é necessária e que devemos aderir a isso
com todas as forças que temos em nosso ser. Tudo o que possamos
chamar de mal ou coisas que possam interferir em nossa vida se dissipam
quando compreendemos e vivemos isso. Assumindo isso, podemos entrar
naquilo que é falado no Nível II do MOINTIAN: o fluxo da energia. Torna-se
mais fácil entender que tudo o que necessitamos provém desse contato, e
da certeza de que tudo está à nossa disposição, seja em relação a coisas
materiais ou espirituais. Mas vale a ressalva: o que necessitamos, que eu
falo aqui, não são aquelas coisas que a personalidade acha que necessita,
mas as coisas que nosso Eu Superior sabe que são necessárias, coisas que
não podem ser valorizadas pelos padrões comuns do mundo chamado
profano ou sociedade vigente, mas as coisas que, quando as temos,
estamos completos, vivendo em alegria...

109. A MANIFESTAÇÃO DO CORPO FÍSICO COMO FORMA DE APRENDIZADO


E DESENVOLVIMENTO

A maioria das pessoas com certos conceitos ou princípios espiritualistas


encara, em primeira instância, um defeito físico ou uma aparência física
que não esteja de acordo com o padrão vigente, como sendo
manifestação direta do carma. Antes disso, é preciso saber que o corpo
físico é uma manifestação do corpo etérico e do campo energético como
um todo e em conjunto.
Podem ocorrer duas possíveis causas de aumento do peso:
1- um apego ou muitos conflitos na personalidade (traumas, raiva,
sistemas de crenças ou padrão de pensamento rígido);

226
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
2- estagnar-se em um ponto de desenvolvimento, seja por ser o ápice da
vida espiritual, seja por servir a partir do ponto atingido.
Esses dois fatores ajudam a construir a matriz etérica e é essa matriz que
comanda, acima de qualquer vontade da personalidade, a manifestação
do físico. Um exemplo disso é uma pessoa que tenha realizado certo
número de correções cirúrgicas de partes não satisfatórias do seu corpo
físico e que, depois de certo tempo, volte a apresentar as mesmas
características anteriores às cirurgias. Isso ocorre porque a pessoa não
trabalhou para transformar, em primeiro lugar, as características da
personalidade que produzem as manifestações físicas que impregnam o
campo de energia. É possível, através da correção de determinadas
tendências, obter uma transformação física. É possível transformar a
matriz etérica pela modificação de um hábito, da mesma maneira que,
visualizando a parte etérica, quando essa é melhor que a física, impregnar
o físico com as qualidades superiores e sutis do campo ou da matriz
etérica.
A causa número um, enumerada acima, também pode ocasionar perda de
peso, e o mesmo comentário sobre a possibilidade de transformação da
matriz etérica vale para esse caso.
É hora de pararmos de pensar em termos de carma, pois, do ponto de
vista espiritual ou da realidade espiritual, do nível espiritual, somos
divinos. A humanidade, hoje, vem recebendo importantes impulsos para a
sua transformação. A próxima manifestação humana não terá carmas e
toda sorte de tribulações que esta civilização impõe aos seus membros
ativos. O padrão vigente não é o correto do ponto de vista espiritual. Se
começarmos a deixar de lado a visão sobre carmas, tão falada (e mal
explicada na literatura esotérica ou pseudoespiritualista), veremos que
somos capazes de viver, aqui e agora, essa realidade sublime que nos
espera. Talvez o descrente, ou aquele que ignora toda a parafernália
intelectual gerada pelas escolas esotéricas ultrapassadas, possa acolher
melhor toda esta nova possibilidade, e faça florescer, a partir de si, a nova
Terra. Aqui. Nesta vida...

Quem comanda o corpo físico


A compreensão que é preciso ter a respeito do corpo físico, para que de
fato seja possível sair do domínio da matéria é ver, sentir e ser além da
dimensão do físico.

227
Conversando Sobre MOINTIAN
É preciso que a atenção esteja acima, voltada para algo além do
simplesmente visível e aparentemente dominador. Estas coisas de sentir-
se preso são armadilhas para que não se consiga perceber que a mente ou
a alma, ou algo acima, é quem de fato coordena as atitudes do físico.
Faz o exercício de achar-te no controle do físico. Faz o exercício de
permitir-te ser um controlador de um autômato. Visualiza isto, sente isto.
Um dos melhores horários para fazer isso é ao acordar, pela manhã.
Imagina teu corpo fazendo coisas para ti. Assim, vais percebendo que não
és apenas o físico, mas o comandante de uma importante ferramenta de
auxílio e que fica ancorada na terceira dimensão. Isso é liberdade.
Liberdade para saber que não estás preso, mas experienciando e que
quem realmente comanda é quem está dentro ou no controle interno.
Isso também vai ajudar a liberar as sensações de preocupação, medos,
dores. Porque quando se está acima do nível onde essas coisas ocorrem, é
possível perceber que lá elas não podem existir.

110. SOBRE AS CATÁSTROFES E O TEMPO

Pergunta: Essas catástrofes que tanto falam vão ocorrer mesmo?


Esta pergunta foi feita em 2008. Portanto, fazia referência específica a
certas profecias anunciadas para 2012.
Resposta: Somos almas imortais, somos seres imortais. Pensando assim,
que importância tem o que acontece no plano físico? Se cremos na alma, no
Espírito, na vida espiritual, por que preocuparmo-nos com esse tipo de coisa?
Em todos os tempos, sempre ocorreram catástrofes, acidentes, alterações
climáticas, etc. Antes, isoladamente, sem que a região vizinha tomasse
conhecimento, pois não havia formas de comunicar os acontecimentos.
Hoje, o mundo está totalmente coligado ou conectado através das ondas
emitidas pelos meios de comunicação. Um evento que ocorra em um
ponto isolado do planeta pode ficar conhecido em outro lugar bem
distante quase instantaneamente. Um dilúvio poderia ocorrer, talvez
maior que esses acidentes que tomamos conhecimento atualmente e,
para uma comunidade isolada, isso seria o fim do mundo. Para nós,
atualmente, isso até parece comum, corriqueiro. Se sabemos que ocorrem
com frequência, é porque a notícia se espalha. Ficamos sabendo desses
fatos acontecendo em muitas partes do mundo ao mesmo tempo.

228
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Muitas pessoas adoram ver tragédias. Têm aquele sentimento de querer
ver o desespero alheio, que se pode observar até mesmo quando ocorre
um acidente pequeno, que se dá ali, na esquina. Correm para lá para ver
se alguém teve prejuízo, não para ajudar. O que se considera realmente
importante, e mais urgente que qualquer notícia, que qualquer tomada de
ciência sobre tragédias, mais importante que querer saber do infortúnio
de um irmão, é a urgência de realizar o trabalho interno.
Se realmente ocorrer uma tragédia ou catástrofe global, a única “salvação” é
a realização desse trabalho interno, a procura, dentro de si, pelo lugar da
paz eterna, da irradiação da luz, da verdadeira sabedoria, da iluminação.
Se uma catástrofe ocorresse, imaginem, sem telefone, sem luz: a única
coisa que teríamos seria a força adquirida pelo encontro interno; a única
coisa que teríamos, seria o amor e a irradiação ou distribuição disso para
os nossos semelhantes. Vê o capítulo 6.9 do livro verde.
As mãos, como símbolo de doação: já as utilizamos quando deixamos a
energia fluir...
A única preocupação importante e que deveria estar presente para
qualquer pessoa, mas em especial para um aspirante ou discípulo
espiritual, é a de, a cada dia, estar melhor como pessoa, como alma, como
Espírito e expressar isso na vida cotidiana.
É verdade que, agora, vivemos um momento de muita transformação
planetária: impulsos; iniciações aceleradas; mudanças na sincronia
interna. Quem não entrou na vida atual, se debate sem tempo para as
tarefas básicas: o relógio corre mais - agora são 17 horas e não mais 24.
Mas para quem acelera seu ritmo interno, e está em sintonia com a nova
fase, tudo é normal no sem-tempo. Essa aceleração não é uma reação
externa ou provocada por um fator externo como uma droga, um
medicamento. Está além disso e é uma sintonia com a nova possibilidade
do planeta ou para quem vive no planeta. É uma das consequências
trazidas pela Chama Devocional e muitas outras formas de energia.
Entretanto, é necessário manter a personalidade em atitude de vontade
para que esse ritmo interno, que é uma conexão com um nível que está
além da compreensão mental humana, possa ocorrer. Por vezes, o tempo
para; outras vezes, o tempo voa. Sentimos que isso ocorre quando nos
autoaplicamos com a energia do MOINTIAN. Depende da necessidade
interna para o momento em que é realizada. E quando entramos no fluxo
dessa nova possibilidade, será assim em todas as nossas atividades.

229
Conversando Sobre MOINTIAN

111. SOBRE NAVES E LUZES

Algumas pessoas dizem que só vão acreditar nas naves quando puderem
vê-las frente a frente, até poder tocá-las. Neste ponto, entra a seguinte
questão: as verdadeiras naves, aquelas que nos interessam do ponto de
vista espiritual, são aquelas que aparecem nas irradiações de energia, que
nos mostram caminhos, que aparecem nas meditações, nas iniciações, e
não aquelas naves físicas que podem muito bem ser outras coisas como,
por exemplo: aeronaves, aviões em teste, naves da Terra, deste planeta,
aparelhos testados pelos governos, pelos americanos, russos, etc. Esses,
como estão em fase de teste, significa que são secretos, segredos de
estado, e só deverão ser mostrados muitos anos depois de concluídos os
testes, se aparecerem, pois são armas ou equipamentos secretos e assim
devem permanecer pela segurança da nação que os produz. É lógico
pensar assim. E que muitos testes, sendo realizados, eventualmente
podem ser avistados por pessoas comuns ou até mesmo este avistamento
pode ser parte do teste.
As naves que realmente nos interessam ou que devem nos interessar são
as luzes que aparecem quando seres de alto grau de evolução aparecem
para dar um sinal, uma direção, seja em sonhos ou em meditações,
iniciações, etc., ou mesmo quando a pessoa está acordada, sob
determinadas circunstâncias importantes, para orientá-la no caminho de
alcançar um patamar mais elevado, e esses avistamentos podem valer
para uma pessoa, um grupo ou uma nação.
Falamos sobre naves, no MOINTIAN, somente a partir do Nível III,
especialmente quando falamos do símbolo Família Estelar, e no Nível IV,
em certas meditações aceleradoras. Mas temos a Nave do MOINTIAN,
sobre a qual já comentei na parte III B deste livro.
Dentro desse assunto, entra também a definição de resgate. É comum
pensarem que esse resgate será a aparição de naves no nível físico e que
as pessoas vão ser, por meio delas, retiradas do planeta. Mas o resgate ao
qual nos referimos pode até ser feito com naves, mas essas naves são
agrupamentos de consciência, não propriamente uma egrégora, mas uma
reunião de consciências/hierarquias e, em geral, auxiliam aquele que vibra
na sua frequência a penetrar em uma esfera de consciência superior.

230
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Não vamos nos iludir: se aparecer uma nave metálica, com uma aparência
física, poderá ser algo produzido aqui mesmo neste planeta, ou algo que
não será muito positivo, elaborado por inteligências de seres negativos
extradimensionais ou extraterrestres.

112. SOMANDO FORÇAS COM A RECLUSÃO

Quero reforçar a ideia de que estamos inseridos em algo muito profundo,


estando iniciados no MOINTIAN. Isso nos torna, além de parte de uma
irmandade, no sentido de que se reconheça os que foram sintonizados,
iniciados ou que têm alguma afinidade com o MOINTIAN, parte de uma
Hierarquia, que uma hierarquia nos assiste.
Existem algumas afirmações que parecem contraditórias no processo
espiritual. Por exemplo, quando se fala em caminho espiritual, fica
pressuposta a ideia que a pessoa precisa ser muito benevolente, fazendo o
bem a todo mundo, e que este bem apareça, seja na forma de uma
caridade ou coisas desse tipo. Porém, da mesma forma que os efeitos de
uma aplicação em outra pessoa podem ser distribuídos para todos com a
mesma “sintonia” ou frequência, vale dizer que, quanto mais uma pessoa
recolhe em si sua essência, mais ela irradia para todos. Quando uma
pessoa se fecha, entendendo que é preciso dar um tempo para suas coisas
do mundo, para que ela se volte mais intensamente para o espiritual e
possa progredir, crescer, ela não está sendo egoísta, ela está somando
forças para que, de uma forma bem mais ampla e potente, mais efetiva,
possa trazer benefícios para muitos outros.
Isso ocorre porque, na medida em que uma pessoa avança para um nível
mais elevado de consciência, ela vai levando, como consequência, muitas
outras pessoas que estavam consigo ou atrás de si. Quando um ser vai
progredindo, um bom número de pessoas afins vai progredindo também.
No processo espiritual, na maioria das vezes, parece que o trabalho da
pessoa é inútil, parecendo até que a pessoa está acomodada, “alienada”,
como alguns falam, e que não está realizando um trabalho real. Mas o
verdadeiro trabalho é esse. É óbvio que, depois que a pessoa atinge
determinado patamar, reconhece, a partir do plano interno, uma missão
verdadeira, um trabalho a cumprir pelas hierarquias, em prol de outras
pessoas. Isso é diferente daquele trabalho feito como uma forma de

231
Conversando Sobre MOINTIAN
barganha com o plano espiritual, no sentido de amenizar carmas ou
sofrimentos, com a ideia de que “quem faz o bem recebe o bem”. Se esse
pensamento estiver na consciência, ou for o motivador do início de um
trabalho assistencialista, já está tudo errado do ponto de vista do
desenvolvimento espiritual verdadeiro, que é o servir sem nada querer em
troca, sem compaixão ou dor pelo mundo, mas um serviço pela
transformação e transmutação de cada ser humano, para que atinja aquilo
que todos somos: essências divinas. Pensar em receber benefícios
espirituais através de uma benemerência, pode gerar, a médio prazo,
diversos comprometimentos espirituais, talvez até maiores que os que a
pessoa tinha quando iniciou o dito trabalho. A única motivação deve ser a
do progresso espiritual para os outros e, para si, não é um trabalho ou
sacrifício, mas um Serviço, uma entrega, uma consequência natural
colocada à sua frente pelo seu propósito de servir incondicionalmente. O
sentido, o motivo verdadeiro para qualquer processo dessa ordem, deve
estar muito claro para aquele que o inicia.

113. ESPIRITUALIDADE DIFERE DE ESPIRITISMO

Em primeiro lugar, quero esclarecer que, ao fazer as considerações que


serão vistas neste tópico, não é minha intenção agredir a grupos de
pessoas ou a alguém em particular. Minha posição diante de qualquer
manifestação espiritualista sempre foi, e continua sendo, de convivência
harmônica, desde que cada um e cada grupo saiba exatamente o que se
pode conseguir ou realizar com cada prática em particular. Por isso, as
seguintes considerações têm a pretensão de esclarecer alguns aspectos de
pontos que sempre me perguntam. Venho também fazê-las assumindo
minha posição de trazer esta mensagem de renovação.
Com relação ao que realmente pode ser definido como sendo o “bem” ou
o que seja melhor para outra pessoa é preciso entender que nem sempre,
ou quase nunca, sabemos o que é melhor para o outro do ponto de vista
puramente espiritual.
Todos nós estamos acostumados a trabalhar com o campo emocional,
para a satisfação de necessidades puramente materiais, ou seja, da
personalidade.

232
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Quando me perguntam o que eu penso a respeito do espiritismo e de
outras religiões, eu sempre falo da possibilidade atual que temos de
encontrar um plano que está acima da alma. O argumento que utilizam as
pessoas que gostam do espiritismo e das práticas espíritas é que eles “fazem
o bem” para muitas pessoas, cuidam de necessitados e inclusive auxiliam
entes desencarnados, retiram os “obsessores”, etc. O que esquecem é que
atualmente estamos aptos a integrar e viver um nível bem acima da alma.
Falo sempre da possibilidade de não apenas acessarmos, mas vivermos a
plena espiritualidade encarnados no plano físico. Falo da possibilidade de
sermos seres divinos encarnados. Somos isso. Fundimo-nos na densidade
da matéria porque precisávamos aprender coisas, experienciar e crescer.
Mas já é chegada a hora do reencontro interno. E o nível que podemos
acessar é este, o da mônada, que costumo chamar “alma da alma”.
Quando dizem que o espiritismo é bom e faz o bem, posso concordar com
isso, mas também fico analisando que se perde a possibilidade de acessar
o que importa, em primeiro lugar, que é o acúmulo de energia e
conhecimento interno para, depois, realizarmos o verdadeiro trabalho
espiritual que nos cabe.
Enquanto todos se perdem na benemerência, dizendo que fazer o bem ou
a caridade é o que importa, na verdade estão se deixando aprisionar no
plano astral por conceitos arraigados e cristalizados, originados do
emocional. Por isso, o forte apelo que o espiritismo (e outras religiões)
têm pelo passado, pelos entes desencarnados, pelo sofrimento alheio,
pela projeção da consciência (astral e não mental) e toda uma gama de
conceitos que remetem o desavisado “buscador” a interromper sua
jornada de encontro interno para “auxiliar ao plano invisível”. É a parte
fraca do ser humano que fica atraída e confusa com isso.
O trabalho com os seres desencarnados deve ser o trabalho que os
próprios desencarnados fazem. E o trabalho dos vivos é cuidar de outros
vivos. Até se pode, quando se tem a capacidade de ver, perceber e
interagir com planos e dimensões de maneira consciente, de maneira
constante e sem erros, fazer um auxílio para realinhar o campo de energia
da pessoa para que possa parar de receber influência do astral e de ser
sugada por entes ou forças que desconhece. Mas é um trabalho específico
para os que podem realmente “caminhar por entre níveis de consciência”.
Voltando ao foco deste tópico, o que quero salientar é que vejo a muitos
santificando pessoas que trabalharam e tiveram, como único mérito, o de

233
Conversando Sobre MOINTIAN
aprisionar milhares de outras pessoas no plano do astral. Estimularam
suas emoções e os vínculos com o passado, e fizeram com que
esquecessem o que de fato importa, que é a conquista de níveis mais
elevados de consciência. O astral só traz prisão. E todos parecem felizes
por assumir, ao invés da evolução, o sofrimento e a prisão
emocional/astral.
Então eu pergunto: teriam de fato feito o bem geral aqueles que usaram o
ponto mais fraco do ser humano, suas emoções, para disseminar uma
falsa ideia de crescimento, de humanidade, de caridade, fazendo com que
as mentes se entorpecessem em uma doentia necessidade de auxiliar
antes que saibam de fato o que é auxiliar, antes que tenham auxiliado a si
mesmas? Caberia, aqui, uma leitura do capítulo 3 do livro verde.

114. BARGANHA ASTRAL E A DOENÇA DOS CURADORES

Parece-me que é realmente doente aquele que diz que cura alguém ou
que, através da força de suas conexões espirituais (que na verdade se
define como ligações astrais), vincule uma pessoa com seres e energias
que essa pessoa desconheça e das quais, mais tarde, vai ter que se livrar.
Este é um sério problema que tenho visto, de pessoas que não entendem
o real sentido da espiritualidade, e que manipulam forças do astral como
se fossem do reino espiritual. Forças invisíveis, de seres ou energias,
apenas por não serem visíveis, não quer dizer que sejam espirituais,
segundo a definição de reino espiritual como sendo o reino de seres
supra-humanos, que tanto já temos falado por aqui.
Tenho visto o engano dominar as pessoas e vejo também pessoas bem-
intencionadas sendo manipuladas quando utilizam energias e seres,
achando que podem barganhar com os seres do astral. Tenho visto
pessoas de boa fé fazendo rituais de oferecimentos de coisas, objetos e
até comidas a seres que dizem considerar como sendo espirituais de
elevado nível. Mas nenhum ser do reino espiritual precisa de coisas do
reino físico. Parece-me um engano bem primário aceitar isso.
Muitos grupos e pessoas que lidam com as chamadas forças da natureza,
astral ou até desse espiritual que falei acima, não têm ideia da
negatividade que estão alimentando. E quando dizem que fazem o bem
aos outros, ainda é mais preocupante porque, quando oferecem esses

234
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
prêmios aos seres ou energias, estão vinculando energética e
espiritualmente as pessoas que recebam os seus falsos benefícios com
essas forças obscuras. Deveríamos realmente varrer do planeta todas
essas manifestações de energia que, na verdade, nunca deveriam ter se
manifestado por aqui. Foi a facilidade de receber benefícios à custa do
aprisionamento que fez com que essas forças ganhassem mais adeptos e
se tornassem tão impregnadas no planeta. Elas não são positivas. Nem as
aparentemente positivas. Então, quando se diz que estamos numa nova
fase do planeta, na qual essas práticas já não devem mais existir, na
verdade estamos tentando dizer que precisamos, mais do que nunca,
aboli-las de nossas vidas e deste mundo. Para isso, devemos compreender
que elas são tão primitivas e causam tanto aprisionamento que não
podemos acreditar nelas se buscamos nossa força interior.
Outro fator para o afastamento dessas práticas e energias está no fato de
que elas estão todas externas a nós. Elas não são parte de nós e não
precisamos desse tipo de influência para que possamos transformar nossa
realidade.
Dizemos que os seres do plano espiritual nos auxiliam, mas não da
maneira doentia como as pessoas falam, quando dizem que recebem
mensagens e visões, o mesmo valendo para prognósticos, que é a versão
de outra pessoa sobre a vida espiritual do consulente. Afinal, um
verdadeiro iniciado tem um agendamento com seu mestre, e este
agendamento pode ser de uma vez por ano, a cada dois anos, dez anos...
É preciso que saibamos da enganação que sempre esteve dominando as
mentes deste planeta. É preciso abolir completamente a ideia de qualquer
religião, ritual e dogmas, e buscar a liberdade dentro de cada um.
Obviamente, não devemos entrar em conflito com ideias contrárias às
nossas, mas gradativamente irmos separando aquilo que faz parte real da
nossa caminhada daquilo que é apenas imposto pelo exterior e que não
condiz com o propósito da vida humana neste planeta. Sobre este tema,
há uma importante passagem no livro branco, Os Incríveis Seres de Dois
Mundos, no capítulo XXVIII, a partir da página 254. Outras definições
importantes podem ser lidas no livro verde, no capítulo 8.2.

235
Conversando Sobre MOINTIAN

115. NOTAS ATUAIS – GRUPOS E MENSAGENS

Em grupos de estudos de “aperfeiçoamento” espiritualista e profundo,


como os que usam o MOINTIAN, o questionamento deve sempre existir. É
até necessário questionar os temas tratados. Mas de forma coerente.
Todavia, gerar controvérsias ou dúvidas sobre o Método, de forma
gratuita, especialmente naqueles que estão caminhando com disciplina e
conseguindo resultados, não é interessante. É como um cego que vaza o
olho de um zarolho. Vê o tópico 180, sobre essa última frase.
Creio que eu não agrida nenhum grupo quando comunico de coisas que sei.
Deixo livres, os que foram comunicados, para que sigam o que quiserem.
Gero questionamentos porque tento mostrar os padrões que a maioria
das pessoas e grupos seguem manifestando, mas não tenho dúvidas a
respeito do que falo, pois são coisas vividas. Entretanto, não gosto de
fuxicos, especialmente sobre acontecimentos possíveis ou prognósticos.
Sempre peço que me poupem de mensagens de cunho espíritas ou
catastróficas, pois o que preciso saber vem a mim por maneiras bem naturais.
Os que são mais jovens podem estar desinformados sobre o que acontece
com o ser humano. Os que começaram a ler recentemente sobre
MOINTIAN, podem ainda não ter entendido nosso propósito. E aqueles
que se considerem com mais idade, não devem usar desse fator para
parecerem sábios fazendo comentários que não levam a nada. Devemos
dizer o que de fato pensamos e sempre seremos melhores.
Não posso concordar com nada que seja escrito por espíritas ou por
canalizadores espiritualistas. Aliás, estou aqui para fazer com que
entendam a falsidade dos conceitos espíritas e espiritualistas, que ficaram
impregnados nos grupos de cunho místico, esotérico e holístico, deixando-
se enganar por ideias obscuras e massificadas. E todos foram. Não
concordo com pessoas que tentam ensinar outros e não enxergam a si
mesmas. São oportunistas que se utilizam daquilo que ocorre no mundo
para se promoverem. Deixem que as coisas sigam seu rumo próprio e
afastem-se do que não importa.
Ainda assim, se quiserem dar mensagens, que seja de sua própria opinião,
com seu nome próprio assinado. Nenhum desencarnado fica melhor
porque perdeu a carcaça física. Fica-se melhor se houve um entendimento
pleno da espiritualidade enquanto vivo.

236
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Aconselho que deem sempre a opinião pessoal sobre quaisquer assuntos e
não a de terceiros, por meio de mensagens prontas ou canalizadas por
outros. Escreve o que tu pensas. Não te esconde. Tu vais ver que haverá
um crescimento bem mais acelerado dessa maneira.
Considera o fato de que quem escreve como se fosse outra pessoa ou ser,
ainda não encontrou a si mesmo e tenta manifestar uma opinião pessoal
por meio de uma máscara.
Considera que se alguém diz que “algo parece” ou “pode vir a ser”, esta
pessoa pode estar certa ou errada. É opinião da personalidade e não do
superior, onde as coisas são definidas e certas.
Voltamos, dessa maneira, sempre ao mesmo ponto no que diz respeito a
conceitos espiritualistas. Mas, meu papel é o de “desespiritualizar” a
espiritualidade. A praga da massificação dos conceitos espiritualistas mais
profundos, principalmente pelos “autores espíritas originais” e por
místicos compiladores de livros, foi tão aceito por cegos e zarolhos que
impregnou todas as culturas esotéricas, tornando-os mecânicos e
superficiais e, o que é pior, a serviço de forças obscuras. E, não sei como,
isso ficou impregnado em todas as culturas e grupos atuais. Procuramos
redefinir essas coisas, para que algo novo de fato aconteça. Sempre bato
na mesma tecla e, aqueles que não querem entender distorcem o que
digo e escrevo, buscando fora o que já está dentro...

116. A LIBERDADE É O GRANDE DESAFIO

Considerando o tópico anterior, o grande desafio que uma ideia de


liberdade nos coloca é que a própria ideia se conserve livre. O grande
desafio é que ela não se torne uma instituição ou algo que aprisione
aquele que a pratica, cristalizando seus pensamentos.
Creio que a grande diferença, no que me proponho, não seja
simplesmente colocar a ideia, ainda que esta seja a tônica principal dos
tópicos escritos com o propósito de evidenciar as características da
humanidade como um todo, mas nos fazer pensar e procurar dentro de
nós mesmos o sentido das práticas que se dizem espiritualistas ou mesmo
dos conceitos que utilizamos. Por exemplo, no meio holístico existe uma
maioria de pessoas que criticam as ciências da mente, como as teorias
psicanalíticas acadêmicas ou formais. Entretanto, quando buscam, na sua

237
Conversando Sobre MOINTIAN
biblioteca, livros escritos por renomados esotéricos, vemos intrínsecas, e
de maneira vergonhosamente dissimuladas, as ideias dos principais
psicanalistas formalmente aceitos e conhecidos. Isso é a massificação das
ideias. O mesmo ocorre em todas as áreas, quando pseudocientistas ou
pseudoesotéricos tentam falar sobre o que não sabem ou não vivem. Por
isso que sou sempre a favor do novo, mas que este novo só pode surgir
quando de fato pisamos firme no que desgostamos do passado e o
socamos, trituramos e enterramos fundo, sabendo bem as datas das
lápides sob as quais jazem. A ignorância é a grande ferramenta contra a
verdadeira evolução. Conceitos equivocados e a busca de informações em
fontes enganosas ou massificadas tornam qualquer um como uma
marionete de forças, seres ou mesmo conceitos que pensam estarem
sendo inovadores ou renovadores.
É preciso pensar sobre isso, sem deixar voltar o culto da falsa ciência
esotérica, mas buscar o conhecimento geral suficiente para saber de
antemão a que se referem os autores que dizem trazer algo novo, ou
mesmo para poder emitir, com certa profundidade, um comentário a
respeito de alguma coisa. O principal conhecimento é o interno, mas a
cultura geral nos permite reconhecer aquelas coisas que estão intrínsecas
em nosso ser e com as quais temos sintonia. Buscar a fonte de qualquer
informação é essencial para conhecermos algo. Analisar essa informação
com aquilo que temos em nosso íntimo, permite que focalizemos nossa
atenção no que devemos realmente fazer, sem dispersão de energias.
Seguimos...

117. CORPOS GÊMEOS

Muito se fala a respeito de alma gêmea, mas a preocupação real deveria


ser a de alcançar a Mônada, pois o ser completo é andrógino (completo
em si, com os dois sexos). Androginia, num primeiro nível, é o ser
completo em si, em nível monádico. Se ainda encarnado, manifesta-se em
um corpo masculino ou feminino. Então, o ser é completo, mas no físico
expressa-se por meio de um corpo com polaridade masculina ou feminina.
Num outro nível, é um ser que transcendeu totalmente as noções que
temos a respeito de sexo e de sexualidade.

238
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
Bem abaixo disso, temos vários corpos, que expressam raios, vontades,
frequências diferentes (diferentes entre si, na mesma pessoa, e diferentes
em relação aos outros). Dentre essas diferenças, também existem as
partes iguais, afins com a mesma energia ou frequência. É neste nível ou
para este nível que vou falar agora.
Quando um casal (humano) se encontra, em geral apresentam afinidades
em comum. Essas afinidades é que determinam, para eles, fique claro, o
grau de relacionamento/envolvimento que terão. Basicamente, o
envolvimento se dá em nível de afinidade entre os corpos da
personalidade, de acordo com o padrão de estética e o sistema de crenças
gerado pelo padrão vigente da sociedade na qual estão inseridos. Então,
em pouco tempo, tudo pode mudar. A paixão, aquela manifestação louca,
tão bem definida por Erasmo de Roterdam em seu “Elogio da Loucura”,
dura três anos, fato corroborado por pesquisas científicas de que se tem
conhecimento atualmente. Depois disso, se não há amor, como também
concordam e definem os entendidos na psicologia humana, as máscaras
caem, somem, pois foram lá colocadas pelo próprio apaixonado.
No nível que quero fazer-me entender, o que ocorre, de fato, é que o
padrão de energia, de frequência, de interação com o mundo, muda
constantemente. Aquela sintonia sentida em apenas um determinado
aspecto da pessoa vai sumindo e gerando todos os conflitos possíveis.
Para entender bem, as pessoas, os casais, entram em sintonia com as
superficialidades umas das outras, não com suas essências. Isso é natural!
Porém, existem casos em que permanece a identificação com corpos, e
isso é mais profundo, está em um nível intermediário entre o primeiro,
das superficialidades e o completo, de ser integrado em si.
Essa complementação de corpos também gera muito conflito, pois apenas
uma parte foi encontrada no outro. A reciprocidade de sentimentos,
gerada pela união que se faz em apenas um nível de sintonia, provoca a
maioria das brigas de casais, pois é impossível ao cidadão comum
entender que apenas uma parcela de si encontra ressonância no outro. E
também se produz aquelas reações que conhecemos como as cobranças.
Querer perpetuar isso é um erro. Mas o ponto positivo é saber que parte
de si pode ser reconhecida em outra pessoa. Isso deve gerar uma grande
alegria, mas não a prisão em uma determinada característica.
Vejamos, pois:

239
Conversando Sobre MOINTIAN
• um complemento pode ser físico - gostar do corpo alheio e de todas as
sensações que isso traz, pois é o complementar ao seu; sentir-se
entendido pelo outro, pois todas as suas emoções, ou pelo menos as
conhecidas, encontram resposta no outro;
• encontrar sintonia com os mesmos anseios, e esta é a mais volátil das
sintonias - quando a energia muda em um, até mesmo pela troca de um
perfume que seja, tudo o mais muda, os gostos, as respostas, as reações...
• em outros níveis, outras consequências.
Por isso, o encontro consigo mesmo deve ser o essencial na busca. Depois,
estando completo, ou o mais completo possível, encontra-se alguém
melhor. Quanto mais parcelas de si forem integradas, mais profundos
serão os encontros com os outros, sejam em relacionamentos ou em
grupos. Este assunto rende...
É importante, para entender melhor esse tópico, ler o que está escrito no
capítulo 8.4 do livro verde, na página 107, e no glossário do mesmo livro, o
verbete “Dimensão de Vida”.

Para concluir, coloco a citação abaixo, extraída do livro “A Harmonia Oculta”,


do Osho, com palestras que ele proferiu sobre fragmentos de Heráclito.
“(...) Esta é a mensagem mais profunda de Heráclito: tudo flui e muda, tudo
se move, nada é estático. E no momento em que você se apega, perde a
realidade. Seu apego passa a ser o problema, porque a realidade muda e você
se apega.
Você me amou ontem e agora está com raiva. Eu me apego ontem e digo:
“Você precisa me amar, porque ontem estava amando e disse que me amaria
para sempre - o que aconteceu agora?” Mas o que você pode fazer? E ontem,
quando você disse que me amaria para sempre, isso não era mentira, mas
também não era uma promessa - era simplesmente o estado de ânimo, e eu
acreditei demais no estado de ânimo. Naquele momento você sentiu que me
amaria para sempre, e isso não deixava de ser verdade, lembre-se. Era
verdadeiro no momento, era a disposição de ânimo em que você estava, mas
agora essa disposição se foi. Aquele que disse isso já não existe e, se ele se
foi, se foi, e nada pode ser feito. Você não pode forçar o amor. É isso o que
você está fazendo - e criando muita infelicidade por causa disso. O marido diz:
“Ame-me!” A esposa diz: “Ame-me, porque você prometeu - você se
esqueceu do que disse quando me namorava?” mas aquelas pessoas já não
existem, elas já não estão presentes. Lembre-se de quando você era mais
jovem, você é o mesmo? Muito se passou, o rio Ganges fluiu muito desde
então - você não é mais como era.

240
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A

Ouvi dizer que, uma noite, a esposa de Mulla Nasruddin disse: “Você não me
ama mais, não me beija mais, não me abraça mais. Lembra-se de quando
você me namorava? Você costumava me morder, e eu adorava aquilo! Você
não pode me morder mais uma vez?” Nasruddin se levantou da cama e
começou a sair do quarto, e a esposa perguntou: “Aonde você está indo?” Ele
respondeu: “Vou ao banheiro pegar minha dentadura”.
Não, você não pode pisar no mesmo rio duas vezes, é impossível. Não se
apegue; se você se apegar, criará o inferno. (...)”
OSHO, A Harmonia Oculta. ed. Cultrix. São Paulo, 2004. p. 19

118. INICIAÇÃO E LINHAGEM

Já vi muitos seres encarnados, provenientes de pontos longínquos do


cosmos, ou remanescentes de civilizações pretéritas. Já vi os verdadeiros
adeptos de certas correntes filosóficas ou esotéricas, hoje distorcidas.
Essas pessoas são as que, devidamente despertas, poderiam reformular as
coisas que acreditam. Poderiam refazer as crenças que têm, pois são os
verdadeiros depositários de correntes profundas. São os casos de “bruxas
celtas verdadeiras”, em linhagem pura e benéfica, muito diferentes
daquilo que hoje vendem e é cultuado ou incentivado. Comentei sobre
isso na parte II A, no tópico 12.
Mas isso pode causar sérios problemas, quando desperto em pessoas
despreparadas. É preciso humildade para poder saber quem realmente
somos. Contarei um caso para ilustrar esse ponto:
Certa vez, uma aluna, bem devota (certamente está lendo este texto),
acreditou ser Nefertite. Viu documentários e cenas que confirmavam as
visões e sensações que tinha. Era fato certo. Expôs o caso para mim. Falou
sobre sua certeza e de todas as coisas que chamavam sua atenção, desde
criança, e que lembrava adorar história do Egito.
Aquele não era exatamente o caso, mas a informação tinha que ser a ela
revelada de tal forma que não a assustasse ou não a deixasse desacreditar
de suas próprias intuições. Com bastante “tato”, fui direto, dizendo-lhe
que não podia ser. Vários pontos da sua história eram confusos e até iam
contra a verdadeira história de tal personagem. Com isso, o diagnóstico
estava pronto e procedi ao esclarecimento: de fato, uma linhagem
espiritual, uma corrente espiritual, remonta às profundezas do ser. Faz a
pessoa ir bem fundo na memória, a tal ponto que ela pode achar que é
241
Conversando Sobre MOINTIAN
algo que não é. Uma linhagem expressa uma corrente viva, com todas as
imagens e memórias possíveis. A figura de Nefertite está ligada a
determinada classe interna de sacerdotisas, que pronunciavam um culto
solar egípcio. Mantenedoras de determinados templos e guardiãs de
certos segredos remotos. A vida, a expressão, a época, realmente faz com
que as verdadeiras sacerdotisas, nos primeiros contatos com essa
longínqua memória, confundam o que, ou quem, de fato elas foram e em
quem se espelhavam: a imagem da mãe era mantida, em determinada
época, pela personagem mais atuante. Num momento, no Egito, foi
Nefertite.

Definição de linhagem espiritual


Parece-me importante definir linhagem espiritual. Interessam-nos, dois
tipos de linhagem espiritual. A primeira é uma expressão arquetípica, por
assim dizer. Tem relação direta com os Raios e traz o tom, a nota, a
manifestação básica de um ser enquanto se manifesta nos seus diferentes
níveis de consciência. Da mesma maneira que os raios, elas se manifestam
de maneiras muito distintas. Um ser encarnado expressa mais
amplamente uma linhagem. Com o seu progresso, especialmente após ter
sido iniciado, nos planos internos, pelo regente planetário e ser
considerado um mestre, ele vai começar a integrar os raios e as linhagens
em seu ser e a expressá-las mais intensamente na sua vida, enquanto
encarnado. Define-se que existam sete linhagens principais, a saber:
contemplativos, curadores, espelhos, governantes, guerreiros, sábios,
profetas e sacerdotes.

A segunda definição de linhagem diz respeito à origem cósmica ou


dimensional de um ser. Podem ser a expressão de uma gama muito
grande de correntes espirituais verdadeiras que têm como propósito
exclusivo o aperfeiçoamento ou o desabrochar dos seres. Originadas de
vários pontos do cosmos e das mais variadas dimensões, essas linhagens
originais se expressam nas estruturas energéticas dos seres. Quando
manifestadas, dão origem a métodos, correntes de pensamento ou
escolas esotéricas verdadeiras.

242
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A

119. FORMAS DE EVOLUÇÃO, RITUAIS, EMOÇÕES, DIMENSÕES

Formas de evolução
Continuando a ideia descrita no tópico 101, existem duas formas possíveis
de evolução: uma é externa ou horizontal; a outra interna ou vertical. A
externa é a expansão; a interna é a elevação. A expansão é tridimensional.
Ela expande os limites da tua consciência pensante, racional, mental
concreto. A elevação é a que permite a tua introdução em dimensões e
reinos internos, fora da terceira dimensão.
A primeira, pode ser a devoção por seres, por deuses, deus ou divindades,
por meio das religiões; a outra, é o caminho solitário do encontro interno.
O caminho externo também pode ser considerado evolutivo porque traz
uma compreensão mais profunda da vida das relações e do próprio
indivíduo que a siga (mas de forma horizontalizada). A segunda, eu
considero a verdadeira evolução porque, por estar focalizada na parte
interna, trabalha mais intimamente com a verdade imutável e na
manifestação desta verdade interna na vida prática.

Viver no mundo sem ser do mundo


Há algo de viver no mundo sem ser do mundo na escolha pelo caminho de
encontro consigo mesmo. Em determinado momento é preciso fazer uma
escolha: o mundo corrente, da realidade externa, ou o mundo interno, da
loucura santa e da realidade oculta (pela mente pensante e pela
sociedade). Mas, quando esta escolha é feita e o caminho trilhado,
quando a certeza do mundo interno desperta e temos consciência que ele
está em nós e que podemos ver esta realidade mais clara e mais calma,
podemos voltar ao mundo, na tentativa de manifestar equilíbrio entre
aquilo que vivenciamos no interno com o que temos que realizar e ser,
enquanto encarnados e vivendo aqui neste plano, neste mundo, com
outros seres humanos que ainda não conseguiram perceber isso. E é só a
partir deste ponto que ajudamos de fato porque, com a conquista da visão
interna, que não é a visão de coisas ou fenômenos, mas a percepção da
vida fora do padrão humano, sob a ótica supra-humana, proveniente do
reino espiritual, que teremos conquistado algo concreto. E isso nos torna
fonte de toda energia e auxílio que outros possam necessitar.

243
Conversando Sobre MOINTIAN

Rituais
Quanto aos rituais, dentro do contexto todo que estou tentando mostrar,
eles devem ser internos. Eles foram instituídos para recriar o movimento
da energia percebida no plano interno, fruto do contato com seres e
dimensões que antes estavam mais acessíveis para o ser humano, dada a
densidade planetária. Hoje, é no silêncio que isso se recria. Por isso se diz
que atualmente não se usa mais ritual.
As iniciações nas escolas esotéricas ou grupos que se utilizem dessa
prática seguem este mesmo princípio, da conexão entre o interno e o
externo, mas atualmente existe uma forte interrupção desse contato,
fruto da boa intenção dos que tentam auxiliar a elas: os iniciadores e os
iniciantes. O que provoca essa interrupção são as misturas de energias e
frequências. Elas limitam, dispersam, conectam com seres e forças que
desvirtuam a integridade original e até sagrada do método ao qual o
iniciando esteja sendo introduzido. Dessa maneira, a chamada tolerância
religiosa ou de práticas só funciona na “câmara externa”, pois, na interna,
é impossível que iniciador e iniciando pertençam a correntes diferentes da
que é necessária para a sua conexão. Lembra do ditado: “é impossível
servir a dois senhores”.
Por exemplo, estou tentando formar, com o MOINTIAN, grupos de pessoas
internamente fortes e conscientes, naquilo que fazem e sejam, a tal ponto
que possam, por si mesmas, reformular suas práticas e processos para o
encontro interno. São pessoas que têm a força para a conexão interna,
para a verdadeira iniciação. Dessa maneira pode acontecer o encontro
ecumênico, porque ninguém precisa invadir o terreno do outro, pois sabe
que qualquer um tem a força para despertar aos que encontrem.

Emoções
Nos dias de hoje, com o que já conquistamos - como humanidade,
espiritualmente - não cabe mais a resolução de conflitos puramente
emocionais. Exige-se uma elevação de certos conceitos, que devem
refletir-se na vida prática, produzindo uma atitude mental que nos
permita alcançar uma compreensão mais apurada do que sejam de fato as
emoções.
Nesse contexto, a cura emocional deve basear-se em reconhecer o que a
vida nos oferece e não o que ela tenha nos retirado.

244
PRÁTICA ESPIRITUALISTA ATUAL PARTE V A
É uma simples mudança de perspectiva, mas que faz toda a diferença.
Além do que, preserva-nos de continuarmos no papel de sofredores e nos
recoloca no papel de seres responsáveis, integrados e perfeitos.
Abraça o teu vizinho, o teu colega, mas não exige o abraço daqueles que
não estão ao teu lado.
Mas sempre cuida para que esse abraço não seja para retirar a energia
boa da pessoa, mas para dar-lhe ou, no mínimo, para trocar.

Percebendo dimensões
O interessante disso tudo é que nas diferenças entre as pessoas podemos
ver e perceber diferentes dimensões de realidade. Como? Simples: cada
um de nós (ou muitos grupos) vive em dimensões diferentes, realidades
de vida, de cultura, de consciência, completamente distintas. O fantástico
disso é que, de alguma forma, interagimos, mas interagimos no que
chamamos espaço próprio, que é o respeito pelo nosso ambiente.
Interagimos com todas as dimensões, mas não emergimos nas dimensões
dos outros. Veja como isso é certo quando olhamos a vida das pessoas.
Quantas realidades, modos de vida, completamente diferentes. Não as
vivemos, mas interagimos porque percebemos que existem essas
realidades. Mas elas não fazem parte de nós. De certa forma, estamos
inseridos nelas ou as percebemos porque já tivemos ou teremos alguns
traços delas, do contrário, não estariam na nossa percepção, no nosso
quadro de percepção. Então, essa pequena demonstração serve para que
saibamos que vivemos em um mar de dimensões.
Da mesma maneira, observando as transformações que ocorrem em
nossos corpos físicos no decorrer de nossa vida, bastando olhar para o
passado, lembrar do passado, podemos perceber que fomos várias
pessoas distintas. A única coisa imutável, e também em apenas alguns
aspectos, porque houve transformações internas, foi nossa consciência.
Quanto mais conscientes estivemos em cada fase de vida, mais imutável
foi nossa essência enquanto nosso corpo se transformava. Tudo isso de
informação e estamos analisando apenas a vida presente. Agora, se
colocamos esses mesmos fatos para o interno e mais profundo, vamos
poder relacioná-los com a vida da alma, da mônada.
Com isso, poderemos concluir que a alma passa pelas mesmas
transformações. A maioria de nós apenas não percebe ou não lembra,
porque não estava totalmente consciente da importância dos eventos que

245
Conversando Sobre MOINTIAN
estava vivendo. Quando os eventos se tornam de fato importantes, mais
consciência tomamos, e as marcas se tornam permanentes, despertando
as lembranças. Outro fator que não devemos esquecer é que temos
diversos mecanismos em nossa mente que nos protegem do excesso de
informação. Por exemplo, não estamos conscientes de todos os processos
automáticos do nosso corpo, da mesma forma que não temos consciência
do sem-número de informações que passam pela nossa mente e
consciência durante apenas um dia. Agora, querer ter a consciência
expandida para anos passados e para outras vidas, realmente é muito
complicado. Por isso que os eventos do passado devem aparecer
naturalmente, quando são de fato transformadores e marcantes.

Frases para reflexão


• É preciso definir o que faz parte de nossa experiência e o que é
informação aceita. Existe grande diferença nisso.
• O equilíbrio entre o que se quer e o que se tem, produz o que é preciso ter.
• A cura emocional deve basear-se em reconhecer o que a vida nos
oferece e não o que ela tenha nos retirado.

246
V B – O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL

PARTE

VB
O CONTEXTO DA
ESPIRITUALIDADE ATUAL

247
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VB O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL 247
120. SOBRE DOMÍNIO NA TERRA 249
121. QUASE UMA PROFECIA 249
122. PARAÍSOS PERDIDOS 250
123. ABRAÇO DE RÉPTIL E SERES ANTENAS 252
124. SOBRE CHÁS E SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS 254
125. SOBRE DESTINO OU FLUXO DA VIDA ESPIRITUAL 255
126. O DESPERTAR DO CRISTO NA HUMANIDADE 257
127. ESOTÉRICO E EXOTÉRICO 262
128. SOBRE LEMBRANÇAS DE VIDAS E JOVENS DA NOVA ERA 262

248
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B

120. SOBRE DOMÍNIO NA TERRA

Este texto pode ser uma importante chave para os interessados na origem
do mal terreno. E pode ter seu conteúdo velado para a maioria dos leitores.
Um dos “príncipes” deste mundo terreno, Belial, aumentou sua força e
influência após ter roubado os escritos que os filhos das estrelas, os
remanescentes caídos e trazidos para cá, possuíam, aprisionando outras
almas segundo sua vontade. Assim surgem os “filhos de Belial”, e os
escravos que deram origem aos mitos, do Egito, dos judeus e dos hebreus.
Mas esse é um conflito desta galáxia e dimensão, pois todas as forças
envolvidas, tanto os remanescentes caídos como os que se consideram
dominadores, em tempos pretéritos, são de pontos diferentes desta
mesma galáxia. Por isso, de pontos ainda mais distantes, vieram as
energias que, já resolvidas em aspectos semelhantes, podem redirecionar
as forças deste local. De Andrômeda, especialmente falando, pois me
insiro no contexto, estão as forças para a grande transformação e o poder
de eliminar os obstáculos para que o verdadeiro plano se realize. A
Hierarquia a que correspondem está acima do poder de Miz Tli Tlan ou
Shamballa, conforme podemos ver. Assim, os Conselhos do Cosmos
deliberam sobre a atividade dos seres que as manifestam, que atuam
como controladores, uma “polícia cósmica”, se assim posso me referir...

121. QUASE UMA PROFECIA

Os místicos de plantão certamente ficarão fascinados quando as primeiras


luzes das naves surgirem nos céus e permanecerem entre nós...
Dirão em alto e bom tom: “nós falávamos que existiam!”. Mas estarão
enganados quanto à natureza real destes primeiros visitantes atuais.
A primeira fase de um contato mais palpável, físico, será com aqueles
seres que querem confundir e aprisionar a todos no plano denso. As
Hierarquias terão ainda mais trabalho para que aqueles que ficarem cegos
com a falsa luz possam enxergar o que de fato é a luz... Mas sempre
estarão conosco, enquanto estivermos dispostos a seguir sua Luz.
Não creiam em naves de metal como sendo de seres de luz. Elas devem
ser de material sutil, feitas da luz das consciências...

249
Conversando Sobre MOINTIAN

122. PARAÍSOS PERDIDOS

Paraísos perdidos são lugares que, apesar de lindos e harmoniosos ao


olhar físico, são focos de “luz negra” se é que se pode falar assim. São
concentrações de uma falsa luz que aprisiona e são, geralmente, “ninhos
de dracos”.
É muito fácil para o desavisado ir a um desses locais e ficar exposto à
invasão por seres negativos. Da mesma maneira, é fácil que pessoas
possam morar nesses locais e, sem se aperceberem de absolutamente
nada, serem as formas de densificação que esses seres necessitam.
Vou ilustrar isso contando um “caso clínico” recente.
Um rapaz foi procurar-me, buscando harmonia e bem-estar. Foi possível
perceber que ele era uma pessoa voltada para o bem, para o que se
considera o bem: aquilo de fazer o bem, respeitar as leis, servir aos outros
da maneira como se entenda que as pessoas necessitam. Enfim, ele era
uma pessoa bem-intencionada, que crê que esteja auxiliando para o
progresso da sociedade, do país e do mundo. Podia-se ver claramente que
era boa pessoa. Mas o fato é que isso, como já temos falado e visto muito,
não ajuda em nada do ponto de vista espiritual, seja em nível pessoal ou
mesmo para os outros.
Pois bem, no decorrer da aplicação, notei que algo estranho esperava do
lado de fora da sala de atendimentos. Curioso, no plano interno, baixei a
frequência do trabalho para sondar o que de fato era aquilo que estava
acontecendo. Vi a imagem de um dragão esperando do lado de fora. A
princípio, cheguei a pensar que pudesse ser algum tipo de força extra para
o trabalho a ser realizado, como um “animal de poder” ou algo do tipo (é
óbvio que estou brincando). Mas fiquei realmente curioso com aquele ser
se manifestando. E procedi ao que se faz sempre nesses casos, que é a
desmaterialização daquele ser. Com a energia do MOINTIAN isso é um
trabalho realmente simples, bastando, na maioria das vezes, visualizar e
direcionar para o alvo o Símbolo da Transmutação para que se dissolva
completamente qualquer ser desse nível.
Foi o que fiz. Complementei a aplicação e marcamos uma nova aplicação
para a semana seguinte.
No dia marcado, fiquei extremamente surpreso quando, novamente, vi o
tal bicho esperando na porta da sala. Era um bicho grande, não daquele

250
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
tipo de réptil simples, com asas, que alcançam o tamanho de uma pessoa
(aqui estou falando de seres provenientes de outras dimensões, criados ou
que fazem parte de uma Raça genericamente conhecida por Reptilianos,
que explicarei em um tópico posterior). Aquele era mesmo um dragão.
Não entendi o porquê de ele estar novamente ali, se eu já lhe havia
desmaterializado. Repeti o procedimento e “limpei” o cliente da melhor
maneira possível.
Na terceira vez, a mesma coisa aconteceu. Então, necessitei vasculhar um
pouco mais profundamente o que estava acontecendo para definir se o
cliente era um ser sem alma, um Draco (um tipo superior na hierarquia
dos reptilianos) ou algo do gênero. Desde a aplicação anterior eu estava
intrigado com o fato do retorno do dragão. Mas uma terceira vez era
demais. Não podia ser um defeito do procedimento.
Não havia a menor possibilidade de falar com o cliente sobre o que
realmente estava acontecendo. Ele não tinha consciência de nada daquilo.
Sondei-o de diversas maneiras e realmente ele não tinha consciência do
que estava se passando. Nessa ocasião, ele relatou-me que estava indo
com frequência a uma localidade ali perto da sua cidade, um local tido
como um verdadeiro paraíso. Dando mais uma vasculhada e juntando
informações sobre os moradores do local, cheguei à conclusão que não
havia desmaterializado o mesmo dragão três vezes, senão que havia feito
aquilo em três dragões diferentes.
Diante desse fato, quero salientar mais uma vez a importância de se tomar
cuidado com as práticas, com as ilusões e com as companhias que dizem
proporcionar harmonia, bem-estar e até mesmo um contato íntimo com a
natureza.
Vejo que locais assim são como redutos daquele éden original da Terra,
nos quais os Dracos e seus súditos tinham um ambiente propício para a
perpetuação de sua espécie e para a disseminação de sua influência e
dominação.
É estranho falar a respeito disso porque, assim, parece que vamos ficando
mais isolados do que seja possível apreciar neste planeta. Entretanto, sem
expor essas ideias e esses fatos, eu deixaria os alunos completamente à
mercê de influências nefastas que causam doenças e tanto sofrimento aos
seres humanos, que já têm tanto com o que se preocupar.

251
Conversando Sobre MOINTIAN

123. ABRAÇO DE RÉPTIL E SERES ANTENAS

No tópico 102, “Coisas Boas e Outras Não Tão Boas”, foi citada a existência
de seres que eu chamo “antenas”. Retomemos o importante assunto dos
seres que são usados como antenas ou transformados nisso. Vou falar
abertamente sobre isso e colocar de maneira clara o que os negativos
estão tentando fazer.
Antenas são pessoas que, consciente ou inconscientemente, têm
instalado, em seu campo energético, certas estruturas que, ao olhar
interno, parecem placas de metal dispostas como antenas de TV, com
hastes, ou como parabólicas. Geralmente são afixadas na região cardíaca,
na região sutil do peito da pessoa, atravessando-a. São muito grandes,
podendo ter cerca de um metro ou muito mais, dependendo da função e
do alcance daquele que colocou a antena na pessoa. As pessoas antenas
tornam-se distribuidores da frequência e da irradiação de mensagens e
ondas subliminares dos seres negativos do planeta ou extraplanetários.
Existem casos de pessoas que voluntariamente entram neste contexto, de
servirem de antenas, quando pensam estar sendo preparadas por seres
espirituais para “canalizar” ou transmitir determinados conhecimentos
para a humanidade ou para grupos. Com muita frequência os negativos
usam essa “disponibilidade” e “abertura” das pessoas ainda
despreparadas para que, de maneira astuciosa e enganosa, possam servir
a propósitos obscuros. Existem pessoas assim trabalhando com energias
ditas de cura, canalizando informações, artes, e em todo tipo imaginável
de atividades.
Quero aproveitar para frisar aqui a minha total aversão ao termo
canalização, conforme já deixei bem claro em vários tópicos. No
MOINTIAN, costumamos nos referir à canalização de energia com o
propósito de que nos traga benefícios e eleve nossa vibração, mas não
usamos canalização para atrair seres ou informações de seres de outros
níveis. Afinal, estamos aqui para sermos canal da expressão divina de nós
mesmos, não de um ser externo a nós.
Existe outro tipo de antenas, que se tornam assim pelo simples contato
com algum mecanismo ou objeto físico. E outro tipo ainda que,
simplesmente aceitando um abraço de um draco ou réptil astuto, pode
receber, de maneira aberta e inconsciente, este “pacote” ou “kit de

252
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
antena portátil”. O segundo tipo, são as pessoas que mais influenciam
ambientes e pessoas ao seu redor e, como consequência, acabam
manifestando depressão, personalidades distorcidas ou diferentes do
habitual e, por fim, toda sorte de disfunção em todos os sistemas e órgãos
do corpo.
As pessoas antenas captam a energia das pessoas a sua volta e a
transmitem para a atmosfera ou para zonas onde outros seres negativos
conseguem recolher e, como consequência, ficam extremamente
esgotadas. Esse fato é o oposto do que ocorre quando utilizamos uma
energia como a do MOINTIAN, com a qual nos sentimos mais revigorados
a cada utilização ou doação dela.
Em geral, os alvos desse tipo de influência são as pessoas ditas
espiritualizadas. Mais uma vez saliento a importância de que tenhamos
bem definido o que realmente é a espiritualidade. Esse é um importante
ponto para o qual sempre devemos voltar nossa atenção.
Além disso, convém citar um trecho do livro “Os Incríveis Seres de Dois
Mundos”, página 256, sobre uma outra classe de seres negativos:
Existe outra classe de seres que são os chamados ladrões de chi, ladrões de
vitalidade. Chi, Ki, ou Prana são termos orientais que servem para definir a
energia vital do ser humano. Esta energia é a que faz a conexão entre as
partes do ser humano, pois quando está em harmonia, percebe-se que o ser
humano fica equilibrado física, emocional e mentalmente, além de que fica
mais predisposto para o contato com seu interior. Estes ladrões são fruto, ou
criação, dos obscuros mais negativos. São criaturas que tem como única
função ficar vinculadas a seres humanos, como que agarrados mesmo, até
que suguem uma quantidade determinada de energia para levarem aos seus
criadores. Esta é uma classe de serviçais que trabalha muito nos dias de hoje.
São como se fossem baterias. Sugam a energia dos humanos e as levam para
os níveis que chamamos astral e outros acima deste. Isto acontece com mais
frequência porque os seres humanos estão cada vez mais dormentes, presos
a falsas ideias de sentimentalismo, emoções negativas, busca por poder e
outras coisas que eu já havia citado anteriormente.

Quanto ao termo “carma”, seria justamente uma definição para seres


humanos que estão na prisão, uma prisão criada por aqueles que querem
escravizar a humanidade. Todas aquelas definições ditas espirituais, desse
ponto de vista, foram impostas sobre os seres humanos que se
consideram espiritualizados, para aprisioná-los ainda mais. Pensando

253
Conversando Sobre MOINTIAN
evoluir, criaram padrões e sistemas de crenças que nada diferiam das
religiões que tentavam combater ou que pensavam estar deixando para
trás. O livro “Uma Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade” traz
muitas considerações sobre o tema da espiritualidade.

124. SOBRE CHÁS E SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS

Temos vários aspectos que permitem analisar o contexto da proibição ou


da liberação de determinadas substâncias chamadas psicodélicas e de
como isto influenciaria o desenvolvimento da consciência.
Tivemos, especialmente por volta da década de 1960, muita confusão a
respeito de alucinógenos. Ocorreu uma verdadeira explosão de
sociedades alternativas e até mesmo de influências místicas que
produziriam uma expansão de consciência. Reportando-nos aos conceitos
já emitidos aqui, sobre expansão e elevação, podemos indicar nossa
oposição, como mointianianos, à utilização de tais substâncias.
Analisando espiritualmente o contexto social e cultural da época passada,
verificamos que a experiência dos anos 1960 foi uma tentativa de recriar
uma sociedade aparentemente mais livre e liberada, mas que, como teria
efeitos desastrosos no processo do consumo e da indústria, pilares
maiores da escravidão humana, de pronto foram abolidas e o
desenvolvimento de tecnologias de programação subliminares se
tornaram mais eficientes para esse controle continuar.
O uso desenfreado de substâncias, naquela época, como toda experiência
com ratos de laboratórios, tinha como propósito enganar a população
para que se sentisse mais livre na aparência, mas, ao mesmo tempo, mais
conectada com o astral. A vigília estaria mais próxima do sonho alucinado
do astral. Como consequência dessa experiência, as pessoas se tornariam
dispersas demais para cumprirem outras funções que são, como disse,
pilares de sustento do material. Então, outros mecanismos foram
colocados para que esse domínio continuasse.
Logo depois, ou quase ao mesmo tempo, começaram a divulgar mais
abertamente certas comunidades ditas sagradas, que consumiam
determinados chás que proporcionariam a elevação do estado de
consciência. O que ficou esquecido foi o fato de que as tribos e grupos que
se utilizavam dessas coisas, estão, e sempre estiveram, conectados com os

254
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
grupos originais que nos aprisionam. Essa conexão ou contato obtido nada
mais era do que o controle que os grupos dominantes precisavam para
que pudessem ser alimentados e servidos a partir do físico. Usavam, e
ainda usam, aqueles que voluntariamente os idolatram como elos para
que possam penetrar na atmosfera planetária, ou como fontes de energia.
Dessa maneira, afrouxando amarras da mente, os grupos, especialmente
os indígenas, se conectavam com os ditos deuses, mas os deuses do astral
e aqueles que já citei como controladores do mundo.
Agora, podemos situarmo-nos no presente e verificar o erro contínuo da
ingestão de tais substâncias.
Algumas pesquisas sugerem que essas práticas de ingerir alucinógenos,
produzem ou aumentam a quantidade de uma substância chamada DMT
(dimetiltriptamina) que seria produzida naturalmente por seres humanos,
animais e plantas. Essa substância produziria uma sensação de contato
espiritual, de abertura da mente, de iluminação. Mas são apenas
sensações. Pode existir de fato uma experiência e até a lembrança de
determinados registros, mas são dos registros inconscientes, individuais e
coletivos, depositados no que chamamos de esfera psíquica planetária.
Esse é o astral, o lugar da prisão. Entretanto, o que esses “pesquisadores”
ou os que se utilizam dessas substâncias não levam em consideração, é o
fato de que é possível acelerar a produção dessa tal substância ou de
qualquer outra, por meio da meditação e de técnicas que não se baseiam
no consumo de substâncias. E assim funcionaria de fato a ativação de estados
superiores para a fuga da escravidão e para que a ascensão possa acontecer.

125. SOBRE DESTINO OU FLUXO DA VIDA ESPIRITUAL

Se nada acontece por acaso, como dizem, então temos alguém que
controla os destinos. Se for assim, temos destino e fatalidade e, por
consequência, carma. Se alguém controla, estamos presos a algum tipo de
ordem estabelecida.
Pela análise desses conceitos, podemos ver que os mais facilmente
enganados são mesmo os místicos, especialmente os místicos iniciantes
que se dizem humildes e ficam à mercê de forças que creem incompreensíveis.
Em um de nossos encontros falamos que somos os invasores: decidimos
encarnar e trabalhar para a evolução e liberdade de outros seres.

255
Conversando Sobre MOINTIAN
Invadimos a Terra que foi invadida pelos negativos. Se somos os invasores,
não podemos supor que viemos para cá para sermos submissos. Essa ideia
nos retira o fardo do sofrimento e de toda uma dominação por acharmos
que somos fracos e incapazes.
Comentávamos que, quando enviamos energia a distância, sempre
pedimos para que seja feita a vontade verdadeira da pessoa, não de sua
personalidade. Se é assim, então a pergunta que precisamos responder é:
qual é essa vontade superior? Alguém a dirige? Se alguém a dirige, é uma
fatalidade, um destino e já temos tudo traçado. Se temos tudo traçado,
como ficam nossos conceitos sobre liberdade, sobre a não existência do
carma e que podemos ser livres? De uma maneira bem simples, dizemos
que a vontade superior é como um fluxo constante que podemos perceber
quando deixamos de lado os conceitos ultrapassados de destino e carma.
Quando falamos destes conceitos, sobre a liberdade e a ascensão,
precisamos analisá-los do ponto de vista de um ser liberto e não de um
escravo ou de um iniciante no caminho espiritual. Menos ainda sob o
ponto de vista de um compilador de ideias antigas, algo extremamente
perigoso e muito comum, tanto pelos que querem distinção neste mundo
chamado místico, como pelos mais renomados autores. São
desinformações que afastam as possibilidades atuais para toda a
humanidade. Alguns podem questionar sobre o livre-arbítrio. Mas esse é
outro conceito que precisamos querer longe de nossas vidas. Livre-arbítrio
só existe para os seres no início do caminho espiritual. São seres em
conflito e que precisam aprender a usar a consciência. A consciência
evolui e então começa a ter traços de intuição, que é a comunicação com
a alma. A alma é o que determinaria o livre-arbítrio: ela decide se um
evento poderia ter um reflexo positivo ou negativo de acordo com uma
determinada ação escolhida. Mas quando matamos a alma e seguimos
adiante, não temos mais o conflito: temos o fluxo superior. Não é destino,
nem fatalidade, nem livre-arbítrio. É um fluxo constante e inspirador que
nos faz seguir como se estivéssemos em uma onda de energia que
transforma nossa maneira de ver e viver no mundo e também aos que
cheguem perto de nós. É como o conceito de amor, descrito no capítulo
8.2 do livro verde. O fato é que precisamos, mais do que nunca, confiar
em nós mesmos, naquela força que nos impeliu a integrarmos a aura
planetária, encarnarmos e termos toda esta trajetória de evolução que
proporcionou a este planeta sobreviver por mais uma fase ou ciclo.

256
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B

126. O DESPERTAR DO CRISTO NA HUMANIDADE

Existe um conceito, que é um fato, a respeito de que a humanidade


sobreviveu às catástrofes iminentes às quais estava condenada porque
nossa civilização, ou grande parte dela, alcançou um estágio evolutivo
suficientemente elevado que proporcionou que nosso planeta tivesse mais
uma chance. Os planos de destruição planetária, que haviam sido
determinados pelos Conselhos do Cosmos, especialmente pelo Conselho
Galáctico, foram descartados há mais de quarenta anos, quando esta
população espiritualizada atingiu algo que chamamos o “despertar do
Cristo”, determinado por um dos principais “quocientes” que medem a
evolução espiritual: o “quociente de luz”. Grande parcela da humanidade
assumiu, desde planos internos, as rédeas de sua evolução e, com isso, os
pontos de luz, ou as parcelas de luz que irradiam, serviram como uma
referência de que seria possível prosseguir com o processo de
desenvolvimento e que a humanidade tem seu direito a continuar
evoluindo. Esses planos se referiam ao fato de que a densidade da Terra
estava tão grande, tão cheia de enganações e manipulações, que a medida
necessária para que uma infestação galáctica não acontecesse, seria a
destruição da humanidade.
Há cerca de cinquenta ou sessenta anos, pelos planos das hierarquias
espirituais, tornava-se necessária uma nova encarnação do Cristo para que
a humanidade pudesse evoluir. De acordo com certas ideias esotéricas de
cem anos atrás, havia um candidato sendo preparado para que pudesse
ceder o veículo físico para que o Cristo nele “entrasse” e assumisse o
papel de novamente ser o redentor da humanidade. Era Krishnamurti o
candidato, que havia sido eleito pelo pessoal da Teosofia, especialmente
Leadbeater e Annie Besant. Isto se daria nos mesmos moldes, mas com
menores proporções, do que ocorreu com Jesus dois mil anos atrás. Com o
passar de alguns anos, muita coisa mudou no plano interno e o próprio
candidato entendeu que não era um ser quem deveria fazer o papel de
salvador. Uma considerável parcela da humanidade deveria assumir o
papel de, por si mesma, elevar-se e provar para o Conselho Galáctico que
era possível uma transformação tal que uma destruição não seria
justificada. Foi o que de fato ocorreu. Nos últimos quarenta anos temos
visto isso.

257
Conversando Sobre MOINTIAN
Várias etapas de “dispensação de energias extrassistêmicas” têm sido
enviadas para o planeta a fim de que a humanidade tenha seu processo
evolutivo acelerado. Na década de 1980, importantes ondas de energia
ficaram disponíveis, fazendo com que as primeiras leis espirituais
começassem a ser revistas, senão de todo refeitas. Ideias, conceitos e
mesmo as fórmulas para se atingir a evolução começaram a mudar
radicalmente. O mesmo foi acontecendo nas décadas subsequentes, nos
anos de 1990 e 2000, quando então foi estabelecido todo um novo
paradigma espiritual. Os véus que prendiam os supostos buscadores,
místicos ou esotéricos começaram a ser retirados. Atualmente, pode-se
ter um entendimento de que muitas das maneiras antigas de evoluir eram
armadilhas para aprisionar o ser humano no que hoje entendemos como
sendo o que chamo “Campânula”. A Campânula é composta de níveis de
consciência aparentemente elevados, mas que ainda expressam uma
grande prisão a dogmas, conceitos e maneiras antigas de manipular forças
e energias da natureza. Esse é um dos pontos que tento esclarecer na
segunda parte do livro branco, durante as conversas com o Mentor
ocorridas nas partes “entre janelas”. O livro verde oferece outros pontos
de vista importantes sobre isso.

Coisas nada boas também chegaram


Ao mesmo tempo, conforme iniciei a descrever no tópico 102, energias
contrárias a esse processo foram reforçadas e, com igual reformulação de
conceitos, continuam atrapalhando e prendendo o buscador curioso e o
estudioso mais afoito por resultados, ou mesmo aqueles que
desconsideram que sua realização espiritual e pessoal é possível. Dentre
essas, as piores foram as ideias de um grupo que dissipou de maneira
assombrosa uma tal “nova energia” supostamente trazida por um ser
chamado Kryon. É preciso colocar esse nome de maneira bem clara
porque a rede de enganação que formaram a partir desse ser imaginário
tem criado uma das maiores armadilhas que os místicos de plantão têm
caído. Uma gama infindável de métodos e técnicas se originou a partir
dessa qualidade de energia astral, negativa e aprisionadora. Os conceitos e
as tecnologias energéticas que utilizam proporcionam um bem aparente,
um equilíbrio aparente, um bem-estar aparente, mas conecta aos que
recebam alguma força, ou pela simples leitura de seu material, com a rede
de aprisionamento que montaram. As marionetes encarnadas dessas

258
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
forças obscuras, que procuram nada mais que reconhecimento e alguns
trocados sujos, parecem desconhecer a natureza real daquilo que
divulgam. São forças obscuras tão bem arquitetadas que, em conjunto
com os seres que idolatram, e que formaram a Campânula, alcançam até o
limiar da sétima dimensão. Vejam, o astral alcançando até a sétima
dimensão é algo impensável para a maioria dos entendidos do ocultismo,
da magia e até do esoterismo. Mas todos estão presos a isso. Chamo a
atenção para o fato que todos os deuses do passado, todas as religiões e
todos os grupos organizados estão contaminados por essas influências. É
preciso querer sair disso. A única saída é não aceitar mestres, não aceitar
condução, mas ir para o centro de si mesmo e entender que a parte divina
de nós mesmos se encontra a partir da sétima dimensão, do regente
monádico, do homem cósmico que somos.

Onde estão os salvadores?


Voltando ao início deste tópico, existe o conceito de que a humanidade
sobreviveu porque despertou o Cristo interno. Eu me pergunto: hoje,
passados trinta ou quarenta anos desde que essas mudanças todas
começaram, onde estão os seres despertos?
Pergunto isso porque, desde o ano 2000, quando reiniciei o trabalho físico
com o MOINTIAN, tenho dito que isso ocorreu e que foi assim que a
humanidade sobreviveu. E faço essa pergunta também baseado no fato
que vejo apenas grupos interessados na mistura de energias, na confusão
de definições e não exatamente na liberdade ou na saída real deste plano
de ilusão. Vejo que reforçam, no final das contas, a ilusão e a prisão. Mas,
se trabalham assim de maneira consciente ou inconsciente, como podem
ter sido tantos os que atingiram o Cristo interno a ponto de “salvarem”,
por assim dizer, a humanidade e, ao mesmo tempo, continuam a
perpetuar todas essas misturas e erros?
A resposta, a única que tenho encontrado e a única possível é que, pela
força atingida, pelo despertar que conseguiram, estes seres se tornaram
fortes ferramentas para que as próprias forças involutivas continuem
fazendo o seu trabalho. Parcelas de egocentrismo, parcelas de confusão e
outras parcelas de falsa sensação de poder, de fato têm contribuído para
que se percam os seres que conseguiram atingir a sua força interna que,
em outras palavras, se traduz como sendo uma maestria inicial.

259
Conversando Sobre MOINTIAN
Essa maestria, que deveria ser o conduto, o caminho para que cada um
desses despertos pudesse atingir outros ainda não despertos e que, por
eles mesmos, pudessem atingir níveis ainda mais elevados de consciência,
está sendo conscientemente destinada, desviada, para servir justamente
àqueles que deveriam estar sendo desvitalizados.
É preciso assumir, aceitar e vivenciar as diferenças ocorridas ao longo das
últimas décadas. É preciso atentamente sentir o que são as definições
atuais e o que deve ser descartado da vida espiritual. Tratar como novos a
métodos e definições antigas, sejam essas coisas conhecidas através da
literatura ou de contatos com o astral ou psíquico planetário, é o mesmo
que permitir que essas forças negativas, que deveriam ser eliminadas para
deixar os seres humanos livres, continuem e se perpetuem.

Como fugir da malha do engano


O problema com os conceitos e métodos espirituais é que os mesmos que
dominam e enganam foram os que ensinavam sobre espiritualidade.
Antes, era muito indicado que se deveria sair pelo cordão de prata, pelo
corpo astral, construir Antakharana, para se conseguir algum tipo de
instrução, que era sempre externa, proveniente de algum mestre ou
entidade de um suposto nível superior. Esse tipo de saída ou expansão de
consciência é uma prisão e não leva a outro ponto que não seja a própria
Campânula. E todos os métodos, sejam esotéricos ou até mesmo de
relaxamento, se baseiam neste princípio, de visualizar cordão de prata,
espiral, cristal, ou coisas mais absurdas. Além disso, por que ainda querer
“sair” ou “viajar” no astral (que é igual a emocional), se o praticante já é
uma alma, uma mônada, um regente? Parece absurdo manter esse tipo de
conceito retrógrado.
A saída real deve ser para o centro de si mesmo e a conexão com o Eu
Superior. E este superior não é uma entidade externa ou uma parcela de
consciência que deva ser tratada como externa. É nossa consciência. Está
internamente conectada à nossa consciência. Enquanto o aluno não
conseguir sentir seu próprio vínculo interno com seu nível de atuação, a
chave de Micah parece ser a mais segura para criar o ponto de fuga. Vejo
muitos alunos que estão conseguindo sair da Campânula, mas
permanecem presos nesta fase de ruptura com conceitos antigos. É
preciso reforçar a importância de querer estar além do astral. Quando
fizerem seus exercícios, não devem querer ver cordão ou que estão se

260
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
erguendo acima do planeta, mas que estão fora de fato, sem esperar
auxílio. Os deuses, guardiões e antigos sacerdotes, fabricantes da
Campânula, ainda estão lá. Eles prendem e falsamente guiam. Hórus, Isis,
Thot e todos os outros antigos, de todas as eras. Todos esperando para
mandarem seus discípulos de volta.
Os conceitos e as ideias acessadas nos níveis da Campânula, como chamo
esta camada que aprisiona, podem ser inspiradoras e profundas, mas
estão todas inseridas em um esquema que confunde, prende e escraviza.
O ponto principal neste momento é sempre querer estar ligado com o
centro de si mesmo. Se isso, de alguma forma, for difícil ou aquele que
pratica não estiver totalmente seguro dessa possibilidade, pode usar a
fórmula de Micah e ter a certeza que está indo para fora de qualquer
influência planetária para receber de fato as instruções internas
pertinentes ao seu próprio estágio evolutivo.
O acesso a outras dimensões ou planos não acontece apenas quando
intencionalmente alguém quer coletar, observar ou investigar coisas, mas
faz parte da conexão interna que todos temos e atingimos quando
praticamos ou recebemos uma aplicação de alguma técnica. É a maneira
como entendemos o funcionamento das técnicas que vai nos direcionar e
conectar com um lugar ou outro fora do físico.

Essa é uma peça importante do quebra-cabeça que estamos tentando


montar. A imagem que irá formar é do quadro atual da humanidade. Uma
humanidade com muita força interna, com seres iluminados a ponto de
fazerem a diferença no que tange à evolução do próprio planeta, mas que
ainda se deixam enganar pela própria sombra. É preciso encontrar a força
interna que nos conduziu a um patamar mais elevado e permitir que ela
nos leve para o caminho real de nossa própria ascensão. É preciso estar
livre de conceitos antigos, de formas antigas de aprisionamento, tanto dos
arquitetados pelas forças materialistas como pelas forças obscuras que
regem a falsa espiritualidade. Esse é o ponto que tenho frisado durante
todos esses anos. E, com este tópico, espero ter dado novas ferramentas
para que haja um entendimento melhor sobre este tema.
A fórmula de Micah – MICAH, MICAH, MICAH-EL – tem sido transmitida
como um vínculo direto ao Filho único. Este Micah ao qual faço
referências não tem nada que ver com o Micah histórico nem mesmo com
aquela parcela que alguma literatura associa ao Arcanjo Miguel. Micah, de

261
Conversando Sobre MOINTIAN
acordo com o que é mostrado no MOINTIAN, é o segundo da Criação, mas
não da criação planetária e da criação física. Micah seria o Cristo
Multiuniversal e, acima dele, está apenas Aquele que ninguém sabe o que
É. Há mais detalhes sobre isso em outros tópicos e em alguns vídeos das
charlas. Ler o capítulo 8.1 do livro verde trará outros esclarecimentos.

127. ESOTÉRICO E EXOTÉRICO

O uso antigo do termo esotérico referia-se ao conhecimento transmitido


nas escolas de mistérios tradicionais através das iniciações menores,
aquelas conduzidas por seres encarnados, mesmo quando eram a
expressão de uma vertente espiritual verdadeiramente coligada com
hierofantes ou mestres espirituais. O termo exotérico era o que essas
escolas descreviam aos curiosos como sendo o tema de suas pesquisas ou
práticas, mas apenas para justificar determinados procedimentos sem, no
entanto, mostrar-lhes o conhecimento real.
Diz-se que esses termos adquirem uma nova roupagem ou significado
porque as escolas também ficaram ultrapassadas. O verdadeiro
conhecimento não é mais transmitido a grupos ou a entidades, mas ao
verdadeiro iniciado pelas chamadas iniciações maiores, as quais são
transmitidas diretamente pelos seres do reino espiritual ao candidato
realmente preparado e, da mesma maneira, neste reino espiritual, no
plano interno. Não há intermediários físicos neste tipo de iniciação.
O termo exotérico também pode se referir ao conhecimento formal, atual,
enquanto que esotérico ao de cunho profundo, voltado para a espiritualidade.
O que cada um sente e observa é sempre de acordo com o que acredita,
mas nunca o que de fato é. Por isso se diz que são verdades momentâneas.

128. SOBRE LEMBRANÇAS DE VIDAS E JOVENS DA NOVA ERA

Tenho notado a euforia das pessoas quando se deparam com o tema de


crianças ou jovens que dizem lembrar de encarnações passadas, de coisas
que viveram em tempos atrás, desde a Lemúria, Atlântida, Egito, etc.
É preciso recordar, ou pelo menos ter consciência, que as coisas não eram
tão boas ou positivas na Atlântida, no Egito ou em qualquer outro lugar,

262
O CONTEXTO DA ESPIRITUALIDADE ATUAL PARTE V B
como fazem crer aqueles que escrevem compilando informações. Vale
recordar o que tenho dito sobre templos e sacerdotes: viviam lado a lado
os do bem e os do mal. É preciso discernimento com as informações que
nos transmitem e que, de uma maneira bem ampla, não fazem a menor
diferença para nossa real caminhada espiritual. O mesmo vale para estas
minhas palavras. Mas eu as uso para mostrar o que vejo de errado neste
mundo da espiritualidade e, principalmente, para mostrar ferramentas
que de fato possam ser úteis a qualquer um, no uso prático, para que suas
vidas possam mudar. Falo do MOINTIAN.
Quero chamar a atenção para o fato de que falam muito sobre essas
coisas, e o Youtube está repleto de vídeos de jovens e crianças que se
dizem de uma nova geração. Sempre houve uma nova geração. Existem
pessoas que podem se encaixar no perfil de índigo, cristal, azul, roxo, que
já estão com mais de oitenta anos. Outros já morreram há milênios.
Sempre existiram aqueles que têm as lembranças e aqueles que têm papel
determinante em fases importantes da vida planetária, um papel que
pode ser para um grupo amplo ou para uma família restrita. Nunca
fizeram alarde sobre o que eram ou o que tinham vindo fazer por aqui.
O que ocorre, nos dias de hoje, e isso já tem mais de vinte anos, é uma
contrainformação ou uma informação dúbia sendo veiculada por
determinados grupos, segundo mencionei no tópico 126, dando a ideia de
que qualquer criatura que viesse a mostrar determinadas qualidades ou
dons que não sejam muito comuns, mas que todos deveriam manifestar,
são chamadas de índigo, cristal, nova era. Tu que lês isto aqui, deves
concordar comigo que todo mundo tem memória. Aqueles que estão do
lado que chamamos mal também devem ter tanta memória como os que
estão do lado chamado bem. Então, a pergunta que devemos fazer a estes
que se dizem com memórias de registros de Akasha ou Acásicos é: e de
qual lado tu estavas quando fazias essas coisas que lembras? Depois,
perguntamos: e o que fizeste a respeito? Continuas no mal ou tentaste
mudar algo? Afinal, são milênios já passados.
O que todos devem saber é que os registros de Akasha são o registro
planetário ou de outro elemento cósmico que reflete camadas densas,
ainda que invisíveis, da memória astral deste corpo. Não há nada de novo
nestas esferas, planos ou dimensões. O acesso a isso não traz a
informação que precisamos, porque a que precisamos está dentro de nós
mesmos. Não está no registro do passado ou de um prognóstico montado

263
Conversando Sobre MOINTIAN
pelas energias geradas no passado, e que todo vidente capta. São erros.
Muitos métodos foram criados dessa forma, para enganar com uma falsa
evolução, gerada por uma energia do passado que apenas mostra o que
todos querem ver, mas não o que realmente importa. Projeções futuras
baseadas no passado são as informações que todos podem acessar para
permanecerem exatamente iguais, mesmo que não as tivessem acessado.
Não adianta um prognóstico a partir do astral ou de esferas planetárias ou
por pessoas que estão dentro deste contexto. São armadilhas para
aprisionar, mostrando exatamente o que é preciso para que nada mude,
do ponto de vista da verdadeira evolução espiritual.
O mesmo serve para as pessoas que dizem lembrar línguas passadas ou
estranhas, cósmicas, ou o que seja. Qualquer coisa que digam parece um
mistério fantástico. Mas essas pessoas sabem que as vibrações do passado
geram uma energia passada que envolve quem as ouve e captura sua vida
para que manifestem exatamente o que querem. Melhor aprender o
português, que podemos saber exatamente o que querem dizer as
palavras e, mesmo assim, é preciso cuidar para ver se as palavras não estão
montadas de tal forma que possam conter mensagens subliminares...
Mas este tópico diz, então, que não adianta que te mostrem um
conhecimento baseado no passado, mas sim, ferramentas para acabar
com o passado e para que a vida seja a plenitude divina encarnada na
Terra. Esse é todo o ensinamento que precisamos e toda a prática que
devemos fazer.

264
V C – O JOGO DAS DIMENSÕES

PARTE

VC
O JOGO DAS DIMENSÕES

265
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VC O JOGO DAS DIMENSÕES 265
129. O JOGO DAS DIMENSÕES 267
A. INÍCIO 267
B. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 267
C. CRONOLOGIAS 267
D. EM QUAL MUNDO EU QUERO VIVER? 269
E. O MUNDO NO QUAL EU VIVO 274
F. CADA PENSAMENTO CRIA UMA DIMENSÃO? 275
G. EM QUAL MUNDO SE QUER VIVER? 276
H. SINTONIAS, PROJEÇÕES E DIMENSÕES 276
I. CONSIDERAÇÕES 278
J. APROFUNDANDO O TEMA 279
K. O MUNDO FÍSICO E A VIDA 280
L. PONTO PRINCIPAL 281
M. QUANTAS DIMENSÕES... 281
N. OUTRAS DEFINIÇÕES DE DIMENSÕES 283
O. QUANTAS EXISTEM: 7, 12, 144, 48, 352... 283
P. NOTAS GERAIS 284
Q. COMO ENTENDER O JOGO DOS DEUSES 288
R. GRUPOS ESPIRITUALISTAS 291
S. SÍMBOLOS 295
T. SAINDO DA CAMPÂNULA 296
U. COMENTÁRIOS SOBRE TOTH E CORPO DE LUZ 297
V. VIAGEM ASTRAL, MENTAL, DE ALMA E DE MÔNADA... 298
W. CONCLUINDO: SOBRE FATOS E CONFUSÕES 299
X. ETS OU EDS 299
Y. DO OUTRO LADO DA VIDA E ALÉM DA CAMPÂNULA 300

266
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C

129. O JOGO DAS DIMENSÕES

A. INÍCIO
O que cada um de nós pode dizer sobre dimensões?
Em várias ocasiões temos falado a respeito do termo “dimensões” e é
comum ouvirmos as mais variadas opiniões e definições sobre este tema.
Tentarei, neste tópico, mostrar outras definições e analisá-las sob a ótica
do MOINTIAN. Certamente não esgotarei o tema e, possivelmente, no
final, teremos mais argumentos para reflexão que para certezas.
Sobre este tema, “Dimensões”, tivemos uma Charla especial na cidade de
Santa Maria, no dia 27 de outubro de 2012 e que pode ser assistida na
íntegra pelo nosso canal do Youtube: www.youtube.com/user/jardimt

Lancei uma primeira ideia sobre dimensões no tópico 119. No referido


tópico, comento sobre dimensões no aspecto de grupos, que vivemos em
grupos determinados por afinidades, condutas, modos de vida. Segundo o
que vemos e percebemos do nosso meio e grupo, os demais grupos são
como dimensões diferentes, pois não interagimos com elas, apesar de que
tenhamos consciência de que existam. Seria importante que o leitor
pudesse dar uma lida no tópico citado para entender o contexto que
descrevo aqui.

B. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1. Qual a força que usamos e em que nos baseamos para nossas definições?
A- MOINTIAN;
B- Percepções além da alma e da mônada.
2. Deixamos para trás:
A- Ideias de carma relacionadas com a alma
B- Traumas, bloqueios e sofrimentos relacionados com a personalidade

C. CRONOLOGIAS

Observa a seguinte figura:

267
Conversando Sobre MOINTIAN

Quero estabelecer, com essa figura, a definição de alguns conceitos que


temos discutido, acerca de conflitos, traumas e doenças.
Tenho dito repetidas vezes que, de acordo com o que temos observado,
uma enfermidade se manifesta quando, “em algum lugar do passado”,
tenhamos sofrido algum tipo de agressão ou trauma, seja de ordem física,
emocional ou psíquica. Pois bem, consideremos que tal agressão, trauma,
ou o que tenha sido, é uma situação que gera força, que gera energia. Essa
energia afeta de maneira negativa a parte mais frágil do nosso ser, dos
corpos como um todo, e se infiltra em alguma parte do nosso corpo físico.
Com o passar dos anos, vamos “sobrevivendo” aos eventos ocorridos,
vamos deixando para trás as mágoas sofridas, e até podemos ter
esquecido completamente um evento traumatizante. Acrescentamos a
isso o fato de que a mente também cria mecanismos de defesa que nos
impedem de lembrarmos determinadas situações traumáticas. Mas os
eventos ficam lá, gravados nas matrizes de nossos corpos e, em especial,
na matriz do físico, especificamente na região do corpo que seja a mais
frágil para nós.
É o que, na figura acima, está indicado pela letra A. Um evento de tal força
que nos retira de nossa trajetória de vida, de nossa projeção de
consciência ou de vida (número 1) e nos remete a uma trajetória diferente
(número 2). Nessa, a vida se torna diferente, e podemos estar
manifestando uma grave enfermidade, sem, no entanto, termos
consciência do evento provocador de toda essa mudança de trajetória.
Como poderíamos voltar a ter uma boa saúde ou como voltaríamos a ter
uma situação melhor que essa criada ou sofrida de maneira inconsciente?
Na figura acima, vemos que, na trajetória ou projeção de consciência
número 2, a pessoa chega a uma determinada etapa onde surge um novo

268
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
evento. Esse evento tem que ter uma força tal, uma energia tal, que
possibilite a retirada dela para uma nova trajetória, ou que crie uma nova
projeção de consciência. Na figura, esse evento está representado pela
letra B.
Com isso, ela sofre um salto de consciência, restabelecendo sua saúde,
mas não volta para a trajetória anterior (número 1), senão que vai para
outra distinta (número 4).
Agora, se em vez de dizermos “projeção de consciência” ou “trajetória de
vida” usarmos o termo dimensão, vamos entendendo que nossa vida é
uma série de eventos, que nos afetam conforme a importância que damos
a eles e, ao mesmo tempo, conforme a energia com a qual as situações ou
eventos de vida são gerados. Esse conceito da energia gerada por uma
situação é uma das bases de um tipo de tratamento chamado medicina
germânica. Um dos fatores mais importantes qualquer tratamento, na
ordem de 50%, é a conscientização da pessoa sobre determinados fatos
ou eventos de seu passado recente ou remoto. Mas esses são assuntos de
terapias, as quais se limitam à necessidade de cura, mais que na
transformação da pessoa. Além disso, as pessoas estão limitadas por
conceitos imediatistas de tratamento: eliminar sintomas e perpetuar vidas.
É necessário frisar que as iniciações são importantes fontes de energia que
nos retiram de determinadas situações traumáticas, cármicas ou que
provoquem bloqueios de qualquer ordem. As aplicações são chaves para
que coisas guardadas por décadas possam ser retiradas de maneira
tranquila de nossos corpos. Na maioria das vezes, não tomamos
consciência do sem-número de traumas e bloqueios que vão sendo
liberados pelas aplicações sistemáticas com o MOINTIAN.

D. EM QUAL MUNDO EU QUERO VIVER?


As definições sobre dimensões são uma verdadeira enganação. Digo isso
porque o princípio é muito simples e podemos começar e encerrar o
assunto muito rapidamente. O fato é que tudo se resume a responder
uma única pergunta: em qual mundo eu quero viver?
Observando novamente a figura dos eventos ou projeções de consciência,
quando levamos esses conceitos um pouco além do físico, dos
tratamentos e dos bloqueios, podemos entender que um simples
pensamento pode modificar drasticamente uma vida.

269
Conversando Sobre MOINTIAN
Em um primeiro momento, pode parecer difícil acreditar que, por um
sentimento, uma emoção ou um pensamento, toda uma vida possa se
transformar. É realmente difícil.
Mas, pensando um pouco, quantas vezes fizemos escolhas que pareciam
difíceis? Escolhas que nos retiraram de verdadeiros infernos de indecisão
ou de situações conflituosas? E essas são as situações que temos
presentes na consciência, porque foram marcadas pela energia que
depositamos nelas. Quantas outras esquecemos, não percebemos ou não
demos importância?
É fácil falar de experiências ou eventos que temos na consciência. O resto
parece abstrato. Mas são desses eventos que temos que falar um pouco
para que não sejamos manipulados e possamos perceber as outras facetas
da vida ou, como quero mostrar, das dimensões em que vivemos. Vou
começar relatando três pequenas histórias.

D1. Primeira história


Havia uma mulher que trabalhava muito. Dizia que, sem ela, as tarefas de
seu trabalho não se completariam nunca. Tudo dependia dela no seu
trabalho.
Certo dia, tão atarefada e profissionalmente insubstituível e onisciente,
ela teve um colapso. Uma PCR, uma parada cardiorrespiratória. E morreu.
Seus colegas, abalados, foram desesperadamente socorrê-la e ficaram
sabendo que nada mais poderia ser feito. “Pobres das filhas”, diziam. “E
tantos sonhos por realizar...”. Diziam essas e outras coisas que pessoas
dizem quando algo terrível acontece.
Passado o enterro e, já no dia seguinte, no trabalho, aqueles mesmos
colegas olham-se uns para os outros e dizem: bem, agora estes serviços
vão andar!
Quer dizer: é bem melhor viver e fazer tudo como se fosse o último dia da
tua vida e como se tu também não tivesses importância alguma. Ao
mesmo tempo, é preciso fazer tudo da melhor maneira possível, mas com
entrega total e com confiança que tu não sejas importante, mas
plenamente dispensável. Esta é uma história rápida que pode nos mostrar
que, se eu me desapego do que mais gosto, ou daquilo que mais me
importa, eu estou saindo do problema de achar que eu seja o único capaz
de resolver determinada situação ou problema. E se eu não estivesse
aqui? Talvez até fosse melhor que eu não estivesse. Se me apego e me

270
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
entrego a uma situação ou a um problema, vivo na terceira dimensão (3D),
no desespero emocional e mental por situações tangíveis, palpáveis, que
crescem em tamanho conforme a minha energia se deposita sobre elas.
Esse é o jogo das dimensões. Se resolvo isso, então estou saindo da
dimensão do problema, da dimensão dos corpos densos.

D2. Segunda história


Uma mulher seguia tranquilamente pela estrada, viajando com suas filhas.
Ela estava de férias e levava as meninas para passar uns dias com os avós.
Esse fato, entretanto, não é o que importa. O que aconteceu na estrada é
o que importa.
Em determinado trecho, ela deparou-se com uma tenda que um homem
havia montado. Ele vendia uns artesanatos de taquara e outras
quinquilharias que aprendera a fazer. Ela achou aquilo interessante e
parou na estrada para ver do que se tratava. Desceram do carro e
caminharam para a tenda. Passaram a vista pelas peças bem trabalhadas,
viram objetos que lhes interessavam. Havia objetos para adultos e
crianças. Algum tempo se passou e o homem, olhando diretamente para a
mulher, perguntou:
- Não me reconheces?
- Eu? – voltou a mulher.
- Sim. Fomos colegas no segundo grau. – disse o homem.
- Tu? Sim, agora me lembro. Mas com esta barba comprida e este visual
tão desleixado, jamais te reconheceria.
- Desleixado? – perguntou o homem.
- Sim, tu eras aquele que andavas sempre mais alinhado, camisas
alvíssimas, sapatos brilhando...
- Ah, sim. Lembro bem. – falou o homem, rindo-se.
- Como chegaste a este nível de degradação?
- Como assim?
- Tinhas um futuro promissor, eras inteligente, sempre as melhores notas
da turma.
- Mas eu escolhi estar aqui. – voltou a falar o homem.
- Como assim? Sem perspectivas e sem dinheiro? – indagou a mulher.
- Eu já tive as coisas que as pessoas querem. E vi que não era feliz.
- Tiveste alguma decepção? Perdeste a alegria? – voltou a questionar a
mulher.

271
Conversando Sobre MOINTIAN
- Tu és feliz? – perguntou o homem.
- Eu? Sim, claro.
- Tens tudo o que queres?
- Sim, tenho tudo que sempre sonhei. As filhas que sonhei, a casa que
sonhei, o marido que sonhei, a vida que sonhei.
- Então tua vida é um sonho?
- Não, não é bem assim. Eu disse que transformei meus sonhos em
realidade.
- Ah, que interessante. Então, agora, estás livre dos sonhos?
- Sim. Creio que sim. – respondeu a mulher.
- Já poderias deixar esta vida agora, então, se quisesses.
- Bem, não, aí é outra história...
- Se teus sonhos já são realidade e vives uma realidade sonhada, porque
não podes deixar esta vida, se tudo já foi conquistado?
- Porque tenho minhas filhas, ainda preciso deixá-las amparadas.
- Então teu sonho é uma prisão?
- Parece que estás tentando induzir meus pensamentos, mas, olhando
desse modo, pode ser.
- Sim, porque se tudo está realizado e pronto, e se tudo isso estivesse te
trazendo plenitude e felicidade, poderias a qualquer momento deixar
tudo. A menos que tudo que te faça feliz te aprisione. E se é assim, tua
alegria está nas coisas que tens, não na alegria da vida em si...

Podes dizer que essas histórias não têm nada que ver contigo. Podes estar
certo sobre isso. Afinal, se cada um está em uma dimensão diferente do
outro, essa não é a sua realidade. Em cada dimensão, em cada nível de
vida, em cada projeção de vida que se constrói, tudo que está ali é o mais
importante. Se não for assim, então a vida é um sonho. O sonho sonhado
por ti, ou o sonho sonhado por outros, o que então é bem pior.
Mas a plenitude da vida é uma dimensão que está muito além das coisas
deste mundo. Ela não pode estar impregnada nem mesmo pelos valores
que consideramos importantes, pois foram valores impostos para que a
vida aqui neste plano seguisse um curso suportável. Possibilitaram que
houvesse uma convivência suportável entre os humanos, quando esses
começaram a se aperceber independentes ou pensantes, de acordo com
sua cegueira para outros mundos.

272
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
D3. Terceira história
Imaginemos a seguinte situação:
Um homem vai dirigindo seu carro em alta velocidade pela estrada. O dia
está nublado, com forte cerração. Sua visão se torna cada vez mais turva a
ponto de conseguir ver pouco mais de um palmo à sua frente.
Para aumentar a dificuldade da direção, começa a cair uma chuva muito
forte. E fica cada vez mais forte, com ventos fortes. Ouve-se um estrondo.
Um estrondo fortíssimo.
Passado algum tempo, o homem olha para o lado e vê sua mulher com o
bebê no colo e comenta:
– Parece que foi ontem que tu estavas com apenas três meses de
gestação. Agora estamos com nosso bebê....
Neste mesmo instante, uma mulher dá entrada na emergência de um
hospital na cidade vizinha, com intensa hemorragia. Suspeita-se de aborto
provocado por um grave acidente na estrada. A cerração estava muito
forte e um caminhão bateu de frente no carro...
Há vinte anos dali, um homem conhece um método iniciático com a
intenção de resolver determinados problemas que sempre lhe
perturbaram. Ele não consegue aceitar a morte do pai, o qual nem chegou
a conhecer. Ele estava na barriga da sua mãe na hora do acidente. Ainda
hoje culpa-se porque ficou sabendo que o seu pai, por tanta felicidade,
estava acariciando a barriga da sua mãe e se distraiu na estrada, com toda
aquela cerração...

O fato é que o mais importante sobre a questão das dimensões se resume


a uma chave que falarei agora antes de prosseguir. A chave é o que temos
dito sempre, sobre a importância de trazer para o aqui, para o agora, tudo
o que possa ser relativo à nossa existência. O que queremos do futuro é o
que pensamos e o que sentimos. É o fruto do que vivemos agora. O
passado constrói nosso presente. Ainda assim, podemos transformá-lo e
viver na dimensão da alegria se construirmos o pensamento mais
importante, que é o agora. Todas as situações seriam possíveis de serem
vividas ao mesmo tempo, mas o que importa, realmente, é o que
projetamos com o que temos agora.

Vamos fazer uma breve análise da terceira história, tentando deixar alguns
pontos claros sobre o que foi dito até aqui.

273
Conversando Sobre MOINTIAN
O homem dirigia tranquilo, feliz porque sua mulher estava grávida de três
meses. Quantas situações criamos em nossa mente a todo instante?
Quantas dessas situações imaginadas alimentamos e deixamos vivas em
lugares perdidos que chamamos vidas paralelas? Quantas partes de nosso
ser são fragmentadas e geram mundos paralelos nos quais vivem estas
partes que podemos chamar subpersonalidades? Tenho falado muito
sobre isso. Tenho chamado a atenção para que cada um faça o esforço de
cortar laços com as situações que alimentem, bem como com aquelas que
são frutos de traumas, bloqueios, sonhos não realizados e mesmo partes
nossas que precisavam ser retiradas. Falo disso, quando explico a atuação
do Símbolo Abertura Dimensional (C), nas páginas 135 e 330 do Manual do
MOINTIAN, e o que representa para nossa evolução a ruptura com partes,
nossas, que sugam nossa energia.
As situações aparentemente desconexas da terceira história podem ser
todas realidades ao mesmo tempo. Realidades paralelas. Tudo depende
da energia que é gerada e depositada em alguma parte de nosso ser na
hora que um evento novo, inesperado ou aterrador nos surpreende. Em
uma primeira situação, a mulher estava grávida. Se o acidente ocorresse,
tudo mudaria, e ela não estaria mais ao lado do motorista, mas sim dando
entrada no hospital. Não nos apercebemos desse jogo. Mas a todo
instante caímos em dimensões diferentes, saímos do nosso foco original
ou alimentamos vidas e dimensões que não precisariam existir.

E. O MUNDO NO QUAL EU VIVO


Ainda em relação às dimensões, também podemos perceber que o mundo
que conhecemos e vivemos é o mundo das nossas mentes. O mundo que
está em nossas mentes são Dimensões de Vida. Esse pensamento nos
remete a conhecimentos antigos, pois essa mesma afirmação certamente
já foi feita por algum dos filósofos verdadeiros do passado e certamente
será repetida no futuro, sob outra roupagem.
Aqui, abro um parêntesis para um comentário paralelo: é algo
interessante investigar o que aconteceu 4000 anos atrás, especialmente
na região da Grécia, quando tanto avanço a humanidade de homens
alcançou, a ponto de marcar de maneira tão profunda sua capacidade de
raciocínio. Parece-me ter ocorrido certo alívio de determinadas pressões
planetárias e que houve uma maior liberdade, proporcionando que o
raciocínio pudesse ser dirigido para pontos que estavam fora do seu

274
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
alcance. Ao mesmo tempo, acessando outras informações, vemos que os
pensamentos ali gerados eram uma grande ignorância, fruto de não
saberem de fato o que se ocultava desde mais remotamente. Assim,
surgiu o pensamento racional, como uma vontade humana de responder a
questionamentos por conta de uma liberdade maior, mas fruto de
resquícios de um conhecimento que não se podia ter acesso. Aqueles que,
de alguma maneira eram privilegiados, acessavam algo dessas
informações, podiam resolver questões mais abstratas e passá-las para a
massa. E assim surgem as primeiras ciências humanas. De fato, humanas.

Todas as afirmações filosóficas, aparentemente contraditórias, também


expressam dimensões, pois foram “captadas” sob ângulos de visão
distintos e por seres que estavam em distintos estágios, níveis de
evolução, corpos e dimensões. Vejamos alguns exemplos de raciocínios
filosóficos apresentados ao longo dos séculos:

- O cosmo e eu somos um - “eu sou uno com o cosmo”;


- Eu existo porque o universo existe – individualização – personalidade
tomando conhecimento de planos distintos ao simplesmente material;
- Sou parte de um mecanismo maior que tem uma função específica –
coloca a função criadora e mantenedora fora de sua percepção e atuação.
É apenas peça de algo maior – uma personalidade material, mas que se
sente integrada num todo, como uma alma coletiva;
- O universo existe porque eu existo – atuação em um nível onde se perde
a dependência por uma ação divina. Pode estar identificando dois estágios
completamente distintos: o primeiro pode ser da personalidade pura e
totalmente material; o segundo, o nível da atuação monádica, no qual o
ser sente-se um criador.

F. CADA PENSAMENTO CRIA UMA DIMENSÃO?


Como saber onde eu vivo e o que fazer para reconhecer onde os outros
vivem em relação ao que eu mesmo criei?
A maioria das pessoas não se preocupa com seus próprios pensamentos e
emoções, deixando que as coisas sigam soltas, consumindo sua própria
energia e desviando seu direcionamento do superior. Outro tema ainda
mais grave, que não nos aprofundaremos neste tópico, diz respeito ao
problema do processamento das informações que recebemos durante o dia.

275
Conversando Sobre MOINTIAN
A maioria da população não tem tempo para interpretar e assimilar as
informações de suas vidas. Uma parcela enorme da população, por pensar
demais em suas coisas externas, acaba pagando a “especialistas” para que
pensem por elas. Ou seja, os pensadores não têm tempo para pensar
sobre si mesmos, deixando a cargo de terceiros que decidam por seus
pensamentos. Estranho, não?
Voltando ao tema dos pensamentos, é preciso deixar claro que não é
preciso largar os objetivos pessoais, mas que é preciso, isto sim, dar um
sentido diferente para tudo aquilo que pensamos que queremos ou o que
almejamos. Vale lembrar que quase sempre queremos o que não é para
nós, ou aquilo que vai de encontro, que vai contra, o direcionamento
natural do fluxo superior. Nada há de errado em ter “sonhos”, em querer
algo, em ter metas. O problema se estabelece quando vivemos um sonho
antes que ele se realize. O problema é gerado quando fantasiamos algo e
alimentamos mundos paralelos, dispersando nossa vida interna, nossa
seiva de vida, nossa energia vital e, principalmente, o foco da vida. Com
isso, perde-se o direcionamento para o superior. E vemos a sociedade do
jeito que está.

G. EM QUAL MUNDO SE QUER VIVER?


Todas as verdades são reais e têm fundamento, sob o ponto de vista das
dimensões. Essa é uma das razões pelas quais muitas pessoas falam umas
com as outras, mas não se entendem: parece que não estão na mesma
sintonia. É difícil manter um diálogo com pessoas de uma dimensão de
compreensão diferente. Por isso mesmo, às vezes, é possível conversar e
manter um nível de entendimento profundo mesmo pronunciando poucas
palavras, porque a sintonia da dimensão está mais ou menos igual. E a
intuição também pode funcionar com esse mesmo princípio da sintonia.

H. SINTONIAS, PROJEÇÕES E DIMENSÕES


Quando pensamos em algo, conectamo-nos a esse algo. O pensamento
coliga-nos com o objeto pensado e determina a maneira como vivemos. O
pensamento em algo nos conecta com esse algo e faz com que vivamos de
acordo com as vibrações do que pensamos.
De acordo com esse “pensamento”, o que ocorre como percepção do
mundo físico não passa, em escala maior, de uma variação do que se
passa com cada ser humano. Se cada ser humano projeta em sua vida

276
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
aquilo que pensa, ou vive de acordo com aquilo que pensa, o mundo
entendido ou vivido pela coletividade humana também funciona da
mesma maneira. Temos então que, de acordo com essa ideia, estamos
como que sintonizados para entender, ver e viver no mundo de acordo
com um padrão aceitável. Assim, o que pensamos ser realidade, e o que a
própria humanidade aceita como realidade, não passa de uma convenção
para que as percepções deste mundo sejam aceitáveis pela massa
humana. Não significa que essa seja a imagem real do que deveria ser o
mundo. É aquilo que comento em outros tópicos, sobre que alguns podem
ser considerados “loucos” e outros “sãos”. Os “loucos” sofrem um
“desajuste” de sua sintonia de percepção do mundo, ficando “fora do ar”
para a maioria. Os “sãos”, por sua vez, adaptam-se ao mundo e seguem
em conformidade com o padrão vigente. Notem que existem inúmeros
mecanismos de controle social que adaptam o ser humano a um padrão,
seja ele ideal ou não.

Exemplos de projeção de imagens da consciência são as manchas que


vemos nas paredes, nas partes descascadas de paredes, em qualquer
superfície manchada ou em desenhos abstratos. Interpretamos a eles
conforme nosso humor imediato ou de acordo com uma preocupação que
esteja nos absorvendo. Observa as seguintes fotos:

277
Conversando Sobre MOINTIAN

A primeira foto foi tirada durante um passeio em uma região próxima de


onde eu morava. Eu andava, naqueles dias, preocupado com a ação dos
seres elementais e outros seres do astral negativo que estivessem
influenciando ou sendo influenciados por práticas esotéricas antigas. Mais
especificamente, eu estava pesquisando sobre a influência dos Dracos e
outros na região. Nesse dia, fui tirando várias fotos, sem qualquer
pretensão de “ver” ou registrar algo. Observando melhor a primeira foto,
vi que, se focalizamos nossa visão na parte central, abaixo, é possível ver
ou ter a nítida impressão que um ser, de cor marrom, aparece escondido
entre as plantas. A foto à direita, é um zoom na região onde o suposto ser
se encontra. Pode-se perceber uma cabeça de meio perfil. A foto que está
no topo desta página foi tirada quando eu estava investigando sobre a
influência dos seres denominados deuses do Egito e sua ligação com as
dimensões, conforme descreverei mais adiante neste tópico. Pode-se ver,
na parte de baixo, e para a direita da foto, o perfil de um sacerdote, com
uma alta cobertura na cabeça.
Com essas fotos, de uma série de outras que poderia mostrar, fica a ideia
de que, de alguma maneira, plasmamos no mundo aquilo que seja o alvo
do nosso pensamento. De alguma maneira, criamos o que esteja no nosso
pensamento. E volto a fazer a pergunta: em qual mundo eu quero viver?

I. CONSIDERAÇÕES
É possível passar uma vida inteira como se fosse um sonho, sem ter a
percepção de qual seja realmente a vida e sem ter um controle sobre as

278
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
transformações que seriam possíveis se cada ser vivente percebesse um
pouco além do simplesmente palpável, tangível.
É fato comum eu passar na rua por pessoas que pensam estar apenas
neste mundo, mas que reconheço de outros mundos e de outros tempos.
E ainda andam por aí, como que sonhando na terceira dimensão. Isso
ocorre porque, na personalidade, vive-se uma dimensão de fraqueza, de
pobreza. Mas esse fator tende a dissipar sua influência quanto mais
soubermos onde devemos e queremos chegar. Olha a frase abaixo e grava
a ela como uma lei:

Dimensões paralelas são criadas quando a escolha segue em desacordo


com o Espírito, com a mônada.

J. APROFUNDANDO O TEMA
Cada corpo está em uma dimensão diferente.
Seguindo esse raciocínio, o que nos prende a dimensões densas é a ilusão
de que não vivemos nas dimensões sutis, por culpa de trancarmos nossa
percepção desses níveis com preconceitos. Se nos livramos dos conceitos,
até mesmo, e principalmente, dos conceitos espirituais sobre as
dimensões, podemos entrar em níveis que são realidades não palpáveis.
Vemos que, na falsa espiritualidade, os conceitos de dualidade se
estabelecem como sendo o alvo a ser eliminado. Cria-se uma verdadeira
guerra entre o bem e o mal. Em qual dimensão isso está? Nas dimensões
do astral, da alma que precisa encarnar e sofrer ou que quer ser feliz. Essa
até pode ser uma compreensão verdadeira, como todas as outras são.
Então, por que podemos dizer que todas essas concepções são
verdadeiras? Porque são dimensões. Existem pessoas vivendo nelas,
pensando nelas, criando a elas. Sendo assim, são verdadeiras. Tornam-se
verdadeiras. Mas em qual eu quero viver?
Num aspecto mais elevado de espiritualidade, temos que a dualidade não
existe. Mas aí também reside uma armadilha, produzida por aqueles que
não informam que a dualidade pode existir se a pessoa se afina com ela.
Por isso, criam os “curativos” ou tratamentos para as pessoas que se
afinam com essas ideias, até que possam entender que não existe feitiço
que possa chegar a uma pessoa que não seja feiticeiro. Porque vivem em
outra dimensão.

279
Conversando Sobre MOINTIAN
Nas realidades chamadas suprafísicas, somos a própria perfeição e
equilíbrio. Até nem sabemos o que é equilíbrio, amor, luz, porque cada um
desses conceitos foi criado para prender o aspirante no nível ou dimensão
que lhe é próprio e para que ele jamais possa admitir a existência de algo
fora, superior e em outra dimensão.

K. O MUNDO FÍSICO E A VIDA


Existe a coisa do plano material e da vida. Essas ideias estão no mesmo
patamar que a ideia sobre dimensões. Uma vida, como entendemos pelos
que a definem, e todo o “respeito” que dizem ser necessário ter pelos
seres vivos também pode ser uma prisão. É uma maneira muito limitada
de perceber diferentes níveis de realidade, pois a vida, como a
conhecemos, não existe, se considerarmos toda a manifestação densa
como uma projeção da qual devemos nos livrar. Atingindo essa ideia
podemos começar a entender que as definições que temos sobre tudo e
qualquer coisa dependem do nível ou da dimensão pela qual estamos
entendendo alguma coisa.
Nos planos do absolutamente puro e alto, existe apenas a sensação, uma
percepção que está sendo interpretada de acordo com a interação das
PISEs (Partículas Inteligíveis de Substância Extracorpórea) que tenhamos.
Na plena manifestação não existe a vida como a conhecemos. Não existe a
vida como uma forma limitada de existência dependente de um invólucro
para contê-la ou de um contexto temporal para que seja definida.
Temos, por isso, que fazer um esforço inicial para percebermo-nos como
estando nesses níveis de acima, para integrá-los em nossa consciência,
sabendo que estamos em um serviço livre e liberto no plano denso,
enquanto encarnados. Se não fizermos assim, sempre cairemos nas
armadilhas emocionais e nas armadilhas dos sofrimentos e dos sofredores
que precisam ser libertados.
Neste ponto, e a partir deste nível de definições, também devemos saber
que existe a dualidade de sentimentos, como a raiva positiva e a negativa,
ou o amor por interesse e o absoluto. Devemos saber que todas essas
coisas são daqui, deste plano denso. Para mais além não existe isso. O fato
é que, se estamos encarnados, temos tudo isso conosco,
independentemente do nível espiritual do qual provenhamos ou que
consigamos atingir. É bem como o que foi dito na página 42 do livro verde:
faz parte do Kit humano ter essas manifestações da personalidade.

280
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C

L. PONTO PRINCIPAL
A ideia que quero deixar presente é a da necessidade de entendermos que
temos uma parte divina e superior de nós mesmos. Precisamos entender
que essa parte é de um nível mais elevado e que devemos captar sua
essência e trazê-la para nossa consciência. Quando começamos a ter isso
integrado e presente, não nos contaminamos com as sujeiras e enganos e
despertamos os níveis positivos, as qualidades positivas de todos.
Quando percebemos que uma informação nos confunde ou nos deixa fora
da nossa condição de análise, estamos racionalizando. Voltamos para a nossa
velha terceira dimensão. Significa que aquilo não era uma informação
espiritual, mas mental. Com isso, poderíamos encerrar o tema sobre dimensões.

M. QUANTAS DIMENSÕES...
Onde estão nossas memórias? No passado, em algo que podemos chamar
de quarta dimensão, a 4D. Define-se geralmente a quarta dimensão como
a dimensão do tempo. É uma dimensão do “não-tempo”, de um
continuum, onde presente, passado e futuro (futuro incerto, baseado
numa projeção dos acontecimentos presentes) são uma mesma coisa.
Nela, não existe a cronologia. Esotericamente falando, é a dimensão que
comumente chamamos de astral, que é sinônimo, de acordo com a
conceituação esotérica atual, de emocional. Sobre essas definições falei
muito em nossos encontros, quando definimos os níveis e dimensões da
personalidade, e na primeira parte do Manual do MOINTIAN.
Temos, portanto, que as memórias, quando estão cheias de emoções,
dores ou sentimentos, feitos para servirem de alimento e alimentarem as
dimensões mais densas, são as prisões maiores do ser humano.
Entretanto, as memórias também podem estar num continuum livre, que
nos remete a uma dimensão acima, a quinta dimensão, a 5D, se elas
estiverem impregnadas de amor e liberdade. Dessa dimensão brota a ideia
da imortalidade. Não têm mais o sentido da alma que precisa de
experiências e emoções do astral, mas da essência que se liberta e vive
num plano contínuo de felicidade ou alegria.

Podem existir infinitas dimensões dentro de um mesmo nível de


consciência. Para entender esse conceito, o mais importante é centrar o
foco na evolução em níveis, não em dimensões.

281
Conversando Sobre MOINTIAN
A mais fácil e didática forma de entender as dimensões é aquela já
mostrada no Manual do MOINTIAN, quando podemos ver o plano de
evolução dividido em sete níveis básicos, a saber:

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA OU CORPO DIMENSÃO


FÍSICO 3D
EMOCIONAL / ASTRAL 4D
MENTAL 5D
INTUITIVO – ALMA 6D
ESPIRITUAL – CORPO DE LUZ 6D
MONÁDICO – MÔNADA 7D
DIVINO – REGENTE MONÁDICO 8D
DIVINO – AVATAR 9D
LOGOS Alguns dispõem o Logos na 17D

Também se diz que a sexta dimensão, a 6D, é a dos Mestres


Ascensionados, seres que completaram a sua evolução terrestre. O
Regente Monádico, segundo essa definição, estaria na oitava dimensão, a
8D. O Avatar, núcleo de consciência ou corpo acima desse, na nona
dimensão, a 9D. Tudo isso, obviamente, definido de maneira simplificada.
Além disso, há também aquelas definições que falam das 7 principais
dimensões ou 7 níveis de consciência, e que cada um desses níveis estaria
dividido em 7 subníveis ou dimensões. Na figura com os círculos, à
esquerda, podemos ver esses 7 níveis de consciência, conforme estou
falando.

282
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
N. OUTRAS DEFINIÇÕES DE DIMENSÕES

3D físico - concreto - energia – corpo > largura, altura, profundidade;


4D emoção - líquido - tempo > integração do tempo;
pensamento/criação - corpo de luz – liberação do medo e do
conflito - conhecer uma realidade ainda não vivida > ângulos de
5D
visão: todas as possibilidades são limitadas pela análise de um
evento, como no momento de uma discussão, por exemplo;
6D mônada - imortalidade > o que vai vir a ser;
unidade - linguagem da luz - códigos e conversas intuitivas -
7D
pacotes de informações.

O. QUANTAS EXISTEM: 7, 12, 144, 48, 352...

 12 – 144: definida segundo escala musical - 7 notas e 5 semitons -


uma escala em 12 tons cada. 12x12 = 144 - essa é a definição de
determinados grupos influenciados por certas canalizações antigas, que
definem como derivadas de Toth, e também aceitas por outros grupos que
canalizam seres do mesmo estágio evolutivo. Fortes representantes
dessas definições são Drunvalo Melchizedek (ensinamentos de Toth), Tony
Stubbs (canalizava Saint Germain) e Tachira (canalizava Uriel). Conforme
veremos adiante, esses ensinamentos estão de acordo com a
programação para a 3D, que definem dimensões, mas as mostram apenas
para que aqueles que venham a conhecê-las permaneçam na prisão. De
antemão é preciso definir que não estou aqui querendo julgar as coisas
como certas ou erradas, mas mostrar que, por milhares de anos, temos
tido definições e crenças que, ainda que produzam de fato um
crescimento evolutivo, não libertam. Podem formar até mesmo Mestres
Ascensionados, mas que interagem apenas dentro do que chamo
“Campânula”. Todas as definições sobre dimensões, feitas por grupos
assim, e isso ainda envolve os métodos cabalísticos e os indianos, como
veremos, são feitas para produzir o domínio da matéria, ou a consecução
espiritual de dentro da evolução terrena. Não produzem a liberdade real.
Outra nota importante é lembrar, já a partir deste ponto, que Toth é o
nome grego do deus egípcio Djehuty, mais tarde também conhecido como
Hermes e filho de Seth que, conforme o autor Zacharia Sicthin, em “As
Guerras de Deuses e Homens”, está historicamente relacionado a Enki
(Enki e Enlil, os Annunnaki, filhos de Anu, criadores do mundo terreno).

283
Conversando Sobre MOINTIAN

 48 – 352: muito divulgada através dos ensinamentos ou escritos


compilados por Joshua Stone - abrange as escalas de evolução de acordo
com cada tipo de ser/consciência: 48 dimensões e 352 níveis da realidade.
Joshua Stone se dizia discípulo do Mestre Djwhal Khul (D.K.), mas ele
mesmo não trazia as informações, as quais eram supostamente “trazidas”,
canalizadas ou interpretadas por membros do seu grupo.
As 48 dimensões estariam relacionadas aos níveis e planos:
7 níveis: físico, astral, mental, búdico, átmico, monádico, logóico.
7 planos: físico astral, físico mental, físico búdico, etc.
7 planos cósmicos: físico cósmico, astral cósmico (do logos solar), etc.
7x 7 x 7: o resultado seria 49 e 343, o que confunde muito.
São muitos números, muitas definições e muitos aspectos contraditórios.

P. NOTAS GERAIS
Todas as dimensões coexistem. Interpenetram-se. Sempre estiveram lá.
Da mesma maneira, vários planetas Terra ou até a Nova Terra, conforme
determinados grupos gostam de dizer, ou a Terra de outras dimensões,
também está lá. A mudança de realidade depende apenas da conexão de
cada um com essas possibilidades.

Tipos de consciência:
• consciência como humano;
• como regente;
• como logos – muda completamente – criador;
• criação mental – criam mundos físicos, holográficos: não são reais;
confundem; aprisionam.

Outros aspectos de dimensões:

Escalas de seres e vidas:


reinos e seres que dão coesão
elementais;
elementais astrais;
elementais das matrizes corporais;
elementais das dimensões superiores
(que criam a essência da energia para que possa fluir e ser filtrada até
chegar aos níveis mais densos).

284
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
Escalas de vida evolutiva humana:
dimensões como iniciações internas
ser humano normal;
no caminho probatório – Aspirante;
Iniciado;
Adepto;
Ascensionado;
Avatar;
Logos.
Escalas de dimensões de acordo com a iniciação interna:
Nada;
Planetária;
Solar;
Galáctica;
Universal;
Multiuniversal;
Fusão.

Essas são representações resumidas e esquemáticas da evolução possível


ao ser humano ou ao projeto humano na Terra. Falo nesses termos
porque o chamado projeto evolutivo humano sofreu e tem sofrido diversas
influências externas, negativas ou para o falso propósito de evolução. Não
entraram nesse resumo as escalas de seres de outros reinos, como o
angélico ou demoníaco (os quais considero do mesmo padrão, mudando
apenas o tipo de “serviço” que prestam), os níveis intraterrenos e outros.
Temos visto um sem-número de maneiras de evoluir e, como disse antes,
a maioria das técnicas e métodos de fato proporciona um alto nível de
elevação, de iluminação, mas não é mais a esse propósito que devemos
nos ater. Devemos nos ater ao fato de que a evolução ensinada, e muitas
vezes conquistada, não passa de uma evolução terrestre que proporciona
apenas aumentar o número dos participantes ativos do projeto de
escravidão.
Dentro da figura das camadas ou níveis, mostrada anteriormente, no
ponto “M. Quantas Dimensões”, do presente tópico, o círculo da esquerda
mostrava os níveis e a evolução do ser humano para o padrão humano e
terrestre. Em outros mundos a evolução não é feita dessa maneira, não
segue os mesmos princípios que os daqui. Outro detalhe é que o círculo
todo representa a conquista total da evolução humana. Até que se atinja a

285
Conversando Sobre MOINTIAN
faixa relativa à letra F, da mônada, o ser em evolução ainda pode estar
vinculado séria e cegamente às hierarquias obscuras, que são lideradas
pelos Mestres e deuses tão reverenciados por todas as Tradições e por
místicos de todas as eras. Nota-se, atualmente, uma forte influência da 4D
sobre as demais, estendendo-se até a 7D, conforme mostra o círculo da
direita da mesma figura.

A escala evolutiva mais simples é uma de sete níveis básicos, que explica o
nosso nível de manifestação e também resume todas as demais. Acredito
na resolução acontecendo em escalas de equivalência de 7x7 para cada
etapa vencida neste planeta e na abertura para a total resolução possível
quando se acessa a saída (simbolizada por alcançar a faixa equivalente ao
círculo G), deixando uma escala de sete níveis ou etapas, digamos, para
após a saída da Campânula.
Nessa escalada, temos que os níveis da confusão terrena admitem uma
imensa interação entre dimensões, especialmente neste momento
planetário, no qual as aberturas do astral (4D), com todo o peso que ele
representa para a evolução humana, está chegando ao pé da sétima
dimensão (7D). Vemos, com isso, que as possibilidades de um aspirante,
de um iniciado e até mesmo de um adepto (5D) confundir-se são enormes.
Por essa constatação, podemos ver que a espiritualidade verdadeira, no
sentido de trazer a real evolução e liberdade, não existe, pois estão, as
escolas, técnicas e métodos, contaminados pelas influências que os
criadores deste mundo depositaram nelas.
A maioria das informações da literatura espiritualista que temos são
compilações de ideias e livros ou, no máximo, uma revisão não autêntica
de práticas realizadas em um passado remoto. Outras, ainda, são aquelas
captadas de registros que chamam “memória do mundo”, que não passam
de memórias que deveriam ter sido apagadas e que ainda estão impressas
nos níveis astrais. No livro branco, na página 267, está descrita a existência
de um livro com os registros passados de todas as formas possíveis de
evolução, para todos os tipos de seres e civilizações. As informações nele
contidas não servem para a humanidade atual, são registros do passado,
apenas.

286
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
Percebendo dimensões:
Outro fato sobre as dimensões é que elas se interpenetram e que em cada
uma delas existem miríades de seres viventes. Da mesma maneira que a
maioria dos seres humanos não percebe nada além do palpável (3D), seres
que estejam nas camadas astrais ou cumprindo determinadas funções
específicas para sua vibração não atingem uma compreensão suficiente
que lhes permita cogitar a existência de outras dimensões. Ainda pior que
esses são aqueles que, encarnados na 3D, se dizem perceber outras
dimensões e, cegos para uma realidade acima da enganação, interpretam
essa sua capacidade como uma dádiva. Ao interferirem na vida de outros
com prognósticos e interpretações baseadas em fatos temporais e de
dimensões feitas para confundir, estancam seu próprio processo evolutivo
e o daqueles para quem façam tais prognósticos. Esse tipo de prática é útil
apenas para aqueles que querem perpetuar o nível de enganação que
queremos que termine. Há os que dizem que só uma vez não faz mal. Mas
é aí que reside o problema, porque a maioria pensa assim e as brechas
para estes níveis continuam abertas e fortes.

Seguindo esse mesmo raciocínio, não cabe, para um liberto ou alguém que
tenha compreendido esse jogo, receber informações de outros seres, seja
qual for o nível no qual estejam. Se alguém tem um trabalho a fazer, não
precisa que fiquem lhe dizendo a toda hora para onde ir, com quem falar,
o que fazer, etc. Seria o mesmo que contratar um empregado, por
exemplo, e ter que ficar o tempo todo observando e instruindo a ele para
cada atividade que tivesse que cumprir. Ou uma pessoa formada na
faculdade que vai trabalhar e que fique ligando para um professor lhe
dizer o que tem que fazer. Parece-me um tanto ilógico. Por isso que essa
história de canalizações não cabe no processo de evolução. A menos que
seja, como viemos a estimular, uma comunicação entre corpos da própria
pessoa, para que ela aprenda a identificar qual parte de seu próprio ser se
manifesta em cada momento, e como acessar o mais elevado de si.

Na parte V D, falo especificamente sobre as diferentes Hierarquias


Espirituais, haja vista que temos a da campânula, a que originalmente
formou o planeta, e as que se formaram e estão sendo formadas para que
o projeto original para a humanidade siga seu curso.

287
Conversando Sobre MOINTIAN

Q. COMO ENTENDER O JOGO DOS DEUSES


Se os seres do passado vieram para cá há tanto tempo, por que só agora, a
partir da década de 1940, começaram a se revelar, segundo dizem as
notícias ufológicas? Por que só agora começaram a instruir sobre coisas
que trouxeram avanço, como a energia elétrica, aviões, etc., (supondo que
isso fosse assim de fato) se eles já estavam aqui há tanto tempo e já
conheciam essas possibilidades desde milênios antes de nós?
Porque, em um primeiro momento, para eles estava bem, sempre tiveram
confortos e coisas que lhes apraziam. Segundo, viviam em dimensões não
físicas. Terceiro, uma dimensão paralela entrou na nossa ou seres de outra
dimensão do tempo caíram na nossa ou vieram para a nossa criando uma
nova realidade.
Parece-me que o ponto fundamental para o entendimento do que tenho
falado a respeito da quarta dimensão (4D) e do tal aprisionamento, se
resume numa constatação: a de que os deuses antigos, como temos
conhecido, são os fundadores da Terra como a conhecemos atualmente.
Vejamos o exemplo do Egito. Se nos focamos em apenas alguns deles,
como Isis, Osíris, Seth e Toth, poderemos seguir com uma linha de
raciocínio que nos levará a certas conclusões surpreendentes.
Sob uma ótica interna, as pirâmides nunca foram túmulos. Isso se
comprova, cada vez mais, pelas pesquisas antropológicas, ainda que elas
não nos interessem para esta explanação.
De fato, as pirâmides espalhadas por todo o planeta foram construídas
para servirem como pontes, como aberturas de portais e como fonte de
energia. Pilhas gigantescas que tinham como propósito envolver a terra
com uma malha de energia sutil que definiria o direcionamento da
humanidade. As iniciações que se relata que aconteciam nas pirâmides,
como as egípcias, ou eram realizadas nas câmaras subterrâneas, três,
quatro andares abaixo da construção visível, ou foram aquelas realizadas
muito posteriormente ao sumiço ou translado dos povos que as
construíram.
Quando as experiências com a humanidade e com o planeta como um
todo saíram do controle, após muitas delas terem tido resultados
favoráveis, os chamados deuses foram levados ou transladados para a
quarta dimensão (4D). Ao mesmo tempo em que, por terem conseguido
isso, foi que puderam, a partir de lá, criar uma forma mais intensa de

288
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
dominação da terceira dimensão. De certa forma isso, para eles, foi como
um aprisionamento. Alguns deles foram para os reinos internos,
intraterrenos, que também estão em dimensões paralelas. Outros, para as
dimensões mais densas do astral.
O fato é que, nos dias de hoje, estão conseguindo alcançar dimensões
mais elevadas a partir do astral, o que para os humanos gera sérios
problemas sob a ótica do que deveria ser a espiritualidade.
Nessa história de deus e deuses, temos sabido que houve uma grande
guerra entre eles (ou mais uma das tantas que ainda acontecem). Eram os
velhos irmãos que criaram inimizade e ficaram conhecidos como Bem e
Mal. E o pai deles é o que se chama Deus: o deus criador da terceira
dimensão. E a Irmã deles é aquela que as tradições celtas, e outras que
cultuam a parte feminina, perpetuam como a Deusa, ou a grande mãe. A
verdadeira criadora da espécie humana. Sobre essa história outros autores
podem falar com mais detalhes e de maneira mais profunda. Pretendo
chamar a atenção para que o leitor tenha cuidado com os que se dizem
canalizar estes velhos deuses, pois eles estão tentando ser novamente
aceitos e cultuados, para variar... A espiritualidade, dessa maneira, está
influenciada por esses dois lados que formam as faces de uma mesma
moeda. Toda a cultura espiritualista se baseia nisso.
Quando, falando-se das histórias do Egito, se diz que os hebreus foram
“libertados”, na verdade eles foram expulsos, pois foi apenas o reflexo de
mais uma luta entre facções, contrárias entre si, mas com o mesmo
objetivo de conduzir o rebanho humano. Fato é que as armas de uns e
outros eram completamente distintas. O que conhecemos como magia
negra, ou ouvimos falar, eram as armas dos hebreus. Se o leitor atento
observar o que foram as pragas do Egito, segundo relatos conhecidos, isso
fica bem claro. Quem marca com sangue as portas do outro para que
demônios entrem e matem seus filhos? Certamente eu não faria isso e,
seguramente, o leitor deste tópico também não. Algo para pensar... E esse
é apenas um exemplo.
Ao mesmo tempo, os outros, que já estavam no domínio, queriam de fato
subjugá-los, porque para eles interessava, e ainda interessa, o gado
humano. Entretanto, ainda não chegamos ao que quero falar.
Aqui, vamos nos centrar nas práticas realizadas naqueles tempos e nas
que temos nos dias atuais para podermos comparar e constatar a grande
ilusão da espiritualidade.

289
Conversando Sobre MOINTIAN
Primeiramente, consideramos que os pseudocriadores, autodenominados
deuses, ou aceitos pelos escravos como deuses, são, de fato, não
importando lados aqui, o mal real do qual a espiritualidade deveria se
rebelar. Dessa maneira, todas as organizações, religiões, seitas, cultos ou
métodos que de alguma forma perpetuem a sua “sabedoria”, antiguidade,
supremacia, ou sacralidade, estão vinculadas, consciente ou
inconscientemente, maldosa ou inocentemente, com o que esses seres
milenares e ainda viventes desejam e necessitam: a escravidão humana
que os alimenta.
O que fazemos para identificar esses fatos é algo bem simples. Basta
associar os conhecimentos antigos com as práticas espiritualistas, traçar
linhas de influência, observar os ressurgimentos de determinados cultos
ou sua perpetuação, e veremos que toda a literatura esotérica, ocultista
ou inovadora está impregnada de falsidade.
Concentrarei minha atenção, para este tópico, em práticas que não
havíamos relacionado anteriormente. Tenho falado bastante da classe de
ensinamentos conhecidos atualmente por Cabala e todo o envolvimento
com as forças retrógradas no planeta. Já comentei algo sobre Budismo e
Hinduísmo e a relação dessas tradições com a sabedoria antiga e não mais
vigente no planeta. Vale lembrar que Jeová, ou Yaveh, como nome de
outro “deus criador”, “pai” dos conhecimentos e do povo que
originalmente utilizaria tais práticas, é parte do plano da criação do
planeta como forma de proporcionar a energia necessária para a prisão
planetária. Ainda que tenham surgido no planeta em épocas posteriores
aos deuses originais, seus conceitos e suas práticas são maneiras de
manipulação da matéria e de forças que aprisionam a energia de seres de
vários reinos. Comento sobre isso em outros artigos, como quando falo do
uso e manipulação pela magia e do aprisionamento dos elementais.
Parece-me, nesse contexto, que o problema maior se apresenta para
aqueles que têm o desejo de conhecer a chamada verdade - a verdade da
alma, do espírito. Isso ocorre porque essas pessoas, afoitas por encontrar
conhecimento e sabedoria, perdem-se nas redes criadas para a
enganação.
Se os seres chamados deuses, deus, demônios, anjos, são isso que falo, e
que outros também estão tentando falar, qualquer associação com eles
não liberta, aprisiona ainda mais.

290
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C

R. GRUPOS ESPIRITUALISTAS
Por que os grupos espiritualistas não concordam entre si? Por que, afinal,
vemos que há sempre uns contra os outros ou alguns grupos falam mal
dos outros, se todos falam da espiritualidade, como deveria ser?
Isso acontece porque cada grupo tem sua verdade de acordo com a
dimensão que se conecta e com a qual está tentando se coligar. Se um dos
membros de um grupo vai para outro, este membro não se liga a
nenhuma linha verdadeira. Ele vai entrar numa espécie de limbo de
consciência que o deixa ainda mais perdido. O fato é que, atualmente,
com todas as informações divididas e duvidosas que nos chegam,
percebemos que há um jogo muito grande manipulando essas realidades.
Isso nos remete a seres que estão neste planeta há milhares, talvez
milhões de anos, fazendo um jogo cujo objetivo não é o da evolução como
liberdade. Quando um participante de um grupo se desloca para outros
grupos, dispersa a energia pessoal e de todos os outros participantes.
Reportemo-nos, como embasamento para essa afirmativa, ao fato de que
somos todos provenientes de pontos longínquos e distintos do cosmos,
trazendo em nossa constituição energética diferentes constituições ou
estruturas. Cada uma dessas estruturas energéticas tem uma
metodologia, uma maneira própria para que possa efetivamente produzir
uma elevação. O que temos visto hoje em dia é que a maioria das pessoas
que se consideram espiritualistas ou esotéricas confunde a prática
terapêutica com a metodologia para evolução. Na maioria das vezes, a
prática terapêutica pode ser contrária à evolução ou estancar a evolução,
dependendo do processo que for utilizado. Precisamos saber que existe
essa diferença. É muito comum uma pessoa procurar “curar-se” de
determinado problema utilizando métodos e técnicas inapropriados para
sua própria estrutura energética e, mais comum ainda, é misturar e ser
incentivada a misturar as mais variadas técnicas para alcançar a tal cura.
Isso nada tem a ver com espiritualidade ou evolução. Esse conceito eu
preciso repetir sempre, até que compreendam o significado real do que
quero dizer com isso.
Em resumo, os grupos diferem e divergem entre si porque cada um vive
na sua dimensão. Agrupam-se por afinidade, por sintonia com
determinado padrão. Em geral, os que seguem padrões geométricos
(utilizam-se de padrões de cores, formas, figuras, mandalas, etc.) ficam na

291
Conversando Sobre MOINTIAN
dominação da 3D. Aceitando essa dimensão da realidade da qual falo,
vamos analisar alguns grupos e ver de onde vêm suas verdades.
Verificamos que os chamados deuses mais antigos vão impregnar 90 ou
99% dos grupos.
É muito fácil ficar preso por entre dimensões. Não nos apercebemos, mas
estamos viajando por entre elas a todo instante e quase nunca somos nós
mesmos ou estamos apenas no nosso mundo como deveríamos estar.
Exemplos claros disso estão nos nossos sonhos, especialmente quando
estamos com algum problema que precisa ser resolvido e ficamos
perturbados com suas possíveis consequências.

Sempre tivemos por definição que as cores do nosso mundo físico são
limitadas. Também sabemos que quando sonhamos ou entramos na
quarta dimensão, no astral, as cores são mais vivas e brilhantes que o
normal. Atualmente, se entrarmos nas dimensões a partir da quarta, é
possível perceber que as cores começam a mudar. As cores vão ficando
cada vez mais pálidas até se tornarem cinzentas. Na entrada da quinta tem
muita luz, mas depois os tons de cinza aumentam. Quando entramos no
pé da sétima, dentro desse contexto da Campânula, o cinza-claro, como
uma neblina é o predominante, como uma névoa que cobre tudo. No
cume desta dimensão (lembra que, aqui, estamos “investigando” desde a
4D), se vamos chamar ao “chefe supremo”, encontramos os mesmos
deuses antigos e, na chefia deste panteão, encontramos Toth, Isis, Hórus,
ou outros deuses como os hindus ou cabalísticos. Toth especialmente tem
se tornado como um porta-voz de toda a horda desses seres que sempre
foram os deuses deste planeta. E, incrivelmente, tem sido a maior
influência para praticamente todas as correntes místico-esotéricas que
têm chegado a nós nas últimas décadas ou séculos.
Por que sua influência é tão grande? Por que está tão presente nos níveis
que deveriam ser os níveis da libertação e da ascensão?
Porque são informações difundidas por grupos esotéricos e métodos
espiritualistas que colocaram esse nome em um ser para que se tornasse
como que uma fonte suprema de sabedoria e de conhecimentos.
Representa ou define-se como um dos grandes arquitetos deste sistema,
deste planeta, e não sei de quantos outros. Se esses grupos que falam de
Toth estão certos e, se fizermos uma análise cuidadosa das informações
por eles transmitidas, vamos ver que eles estão espalhados por muitos e

292
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
muitos grupos pseudoespiritualistas. Ele foi o próprio construtor das
pirâmides e de toda uma rede de captação de energias, segundo dizem,
para ascensão, mas que, na verdade, foi uma rede para perpetuar a
escravidão e a ilusão. De acordo com as informações desta dimensão da
realidade, desta verdade, porque todas as versões são verdadeiras e
partes de uma verdade maior ao mesmo tempo, tudo o que se refere às
geometrias, às forças ditas ocultas e às planetárias são fruto desse grupo
de seres. Se eles são o que dizem ser, então eles não são outro grupo que
os próprios Anunnaki reptilianos que sempre dominaram o planeta. Assim,
sendo, a verdade que eles criaram tomou uma proporção muito grande
porque ela está mais próxima da realidade física. Atribui-se a essas
mesmas fontes as definições difundidas por grupos de contrainformação,
ou da nova-era, como os que perpetuam um conhecimento ainda mais
falso, que tem sua suposta fonte em um ser que denominam Kryon. De
uma maneira muito astuciosa eles se organizaram para confundir e, ao
mesmo tempo em que jogam com informações contraditórias, expressam
as mesmas energias que aprisionam. Eles misturam entre si técnicas que
apenas iludem, proporcionando falsas correntes de energia e bem-estar
temporários.

Temos conhecimento de que a história da Terra segue inúmeras versões.


Se analisarmos esse fato, também poderemos constatar que cada uma
dessas versões diz respeito a diferentes dimensões. Por exemplo, a
história da Terra da 3D é a história contada pela arqueologia, pelos
historiadores oficiais da história perpetuada através da 4D, que oculta
determinadas facetas, mas que é uma história verdadeira para os grupos
de cada mundo. Assim sendo, se quisermos de fato fugir do jogo das
dimensões, qualquer ideia que provenha desses grupos ou desses seres
são partes de uma verdade que não nos interessa. Todas as formas de
geometria ditas sagradas, são sagradas para o perpetuamento desse jogo
que hoje está ainda mais elevado. Alguns dos pseudoespiritualistas
chegam a dizer que o astral está dissolvido. Mas ele não se dissolveu, ele
cresceu, como vimos, e agora abrange alturas ainda maiores. É o contrário
do que pensam. E mais uma armadilha.

Outro ponto que é preciso frisar é o costume ou mau hábito, que a


maioria dos autores esotéricos insistem em continuar manifestando, de

293
Conversando Sobre MOINTIAN
copiar dados, conceitos, técnicas, sem saberem a origem real ou o efeito
que podem causar. Se formos olhar de uma maneira superficial, vamos ver
que qualquer método pode causar algum grau de evolução ou expansão
de consciência. Entretanto, a liberdade real é pouco provável que
proporcionem ou que auxiliem para que alguém a encontre. É preciso uma
revisão completa das práticas que ainda são realizadas. É preciso uma
revisão dos conteúdos que ainda são perpetuados pelas literaturas. Até
mesmo uma obra grandiosa como foi aquela transmitida à Alice Bailey
pelo Mestre Ascenso Djwhal Khul precisa ser lida com olhos críticos. Não
são mais as mesmas questões a serem respondidas, não são mais as
mesmas metas a serem atingidas, não são mais as mesmas energias
atuantes no planeta. Literatura de base importante, mas que está
absolutamente cristalizada. O próprio Mestre D.K. se referia a este tipo de
perigo, da cristalização de conhecimentos, e ao perigo do acesso a
informações cristalizadas que permanecem no astral planetário.
Que dizer então de práticas que foram “enterradas” há milênios e que
agora voltam através de supostos seres ou de canalizadores, sem terem
sido reestruturadas para a humanidade atual? Que dizer de práticas
antigas que originalmente foram instituídas para ocasionar a expansão, a
evolução, mas de acordo com um plano de evolução que, ao proporcionar
força, poderes e até mesmo riquezas e bem-estar, criavam exércitos de
seres supra-humanos, mas voltados para a prisão?
Nessa classe de coisas, entram muitas das informações, figuras, selos,
símbolos, invocações e práticas que remontam à Atlântida, Lemúria, Egito
e tantas outras fases planetárias. Nisso, entra a Cabala, o budismo
tibetano, as energias indianas, as práticas de magia de Eliphas Levi, com
seus selos de Salomão, que na verdade são aberturas de portais inferiores.
Mais tarde, ou ao mesmo tempo, essas práticas e conceitos acabaram
sendo adaptados por outras ordens de cunho ocultista, e são portas para
demônios entrarem, como as coisas que o Aleister Crowley, um dos
maiores magos negros da história ocultista atual, organizou. Essas mesmas
coisas ainda estão por aí, como se fossem segredos preciosos ou sagrados.
O segredo está justamente no que se esconde por detrás delas: a
enganação. E as pessoas parecem gostar de serem enganadas.
Até mesmo o Mestre Samael, o grande organizador da Gnose, falava o
mesmo a respeito de sua obra inicial. Ele dizia que, se pudesse, queimaria
seus primeiros livros. Ele falava isso enquanto ainda estava vivo. E falava

294
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
justamente porque estava vivo. Sabia que as coisas vão mudando, as
energias vão-se ampliando.
Atualmente, ainda temos mais problemas, com os discursos bonitos da
“Nova Era” e mensagens como as de Kryon e todas as armadilhas da rede
de métodos e técnicas que supostamente surgiram com essa fictícia
criatura. Podemos somar, se formos olhar corretamente as origens das
escolas e métodos, nada menos que 90%, talvez 99% da chamada
espiritualidade, comprometida com uma pseudoevolução e sem nenhum
crédito das esferas dos libertos.
Mas eu não estou aqui apenas para lançar problemas ou reclamar ou me
indignar com esses fatos. Estou aqui para que, com essas palavras, eu
possa lançar a semente da curiosidade ao leitor. Que avalie, que sinta, que
investigue. Meu objetivo não é ser acreditado pela leitura destes tópicos.
Antes disso, quero que outros sintam o que eu tenho sentido: a falsidade
da espiritualidade como temos visto até aqui.

S. SÍMBOLOS
É por tudo isso que os escritos esotéricos baseados nos símbolos antigos e
nas geometrias fazem parte do próprio controle e aprisionamento.
E no MOINTIAN? Por que ainda usamos símbolos?
Porque neste plano tudo se transforma em geometria. As geometrias são
a força criadora deste mundo. Pelo MOINTIAN trazemos a força, a energia
vitalizadora, de dimensões acima destas que aprisionam.
Temos dois símbolos principais para “trazer de fora” a energia para a
verdadeira saída deste plano: o Símbolo da Transmutação e o Fluxo
Divino. O Símbolo da Transmutação, analisando sua estrutura, parece ser
do mesmo padrão da Flor da Vida, inclusive se encaixa nela. Podemos
perceber isso claramente. Mas ele tem uma força que está além, atua de
maneira independente e cria forças que permitem rasgar as dimensões.
Quanto ao Fluxo Divino é o grande amplificador das forças que descem até
aqui, que penetram na terceira dimensão. Ele permite as retiradas, os
rasgos e as conexões com as dimensões superiores.
Além do mais, o MOINTIAN faz parte da nova leva de energia que estava
programada para vir a partir do ano 2000. Determinados grupos,
entretanto, como os que seguem as ideias de Kryon, criaram toda uma
rede de contrainformação, apresentando um discurso que deveria ser o
predominante nesta época, do despertar de uma nova humanidade. Esses

295
Conversando Sobre MOINTIAN
grupos mesclam forças e conceitos com o propósito de confundir as
mentes e mostrar práticas que, ainda que proporcionem certa expansão,
não estão vinculadas à energia de fora da Campânula. Não se pode mais
deixar-se confundir por essas coisas.

T. SAINDO DA CAMPÂNULA
Quando nos centramos em uma dor, fazemos com que ela aumente.
Quando nos centramos no conflito, ele aumenta. Parece evidente,
portanto, que a chave é sempre querer estar centrado no superior porque
lá não há conflito. Nisso, se resume a chave para a ascensão dos mundos
densos.
Dessa maneira, de fato entramos em um dilema: por que lutamos para
afastar o mal? Por que temos técnicas para limpar a negatividade? Apenas
porque precisamos criar a mentalidade do divino naqueles que a
esqueceram. A imunidade a essas influências negativas se torna mais fácil
e efetiva, conforme falamos no MOINTIAN, pelo contato com o superior.
Enquanto vivemos neste plano, vamos assumindo características próprias
de níveis superiores e vamos assumindo dimensões diferentes. Quando
vamos deixando as características de planos superiores caírem para nossa
consciência, vamos integrando essas dimensões.
Diante dessa confusão de conceitos, às vezes parece melhor não fazer
nada, pois não faz diferença conseguir algo hoje ou amanhã, se já somos
completos. O problema de manter esse pensamento reside no atraso, que
pode ser de milênios, ou mesmo no uso inapropriado da nossa vontade
por outros. E se não fosse preciso fazer nada, então não haveria
sofrimento, ainda que isso seja coisa dos níveis densos. Basta, é verdade,
contatar os planos superiores, mas não podemos deixar de ver o que nos
rodeia.
Um dos grandes problemas que as pessoas têm é o de distinguir entre o
que seja proveniente de uma dimensão superior, daquelas coisas que são
provenientes de dentro delas mesmas. As provenientes de dentro de si
mesmas podem ser informações que estão no inconsciente, que estão nos
registros de sua ancestralidade, ou dos arquétipos, ou das origens
celulares. É fácil confundir informações provenientes de si mesmo, com
aquelas provenientes dos níveis superiores, pois elas não aparecem à
consciência com uma indicação clara, a princípio, especialmente para
quem tem muito a resolver na personalidade. É fato que as informações

296
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
próprias trazem resoluções importantes, que transformam, porque, com a
mente afrouxada, fruto de uma profunda meditação ou de algumas
substâncias não muito lícitas, pode-se ter mais conhecimento sobre si
mesmo. Mas não quer dizer que foram acessadas informações sobre o
conjunto da espiritualidade, de fato. Então, é preciso distinguir as
informações que são fruto das resoluções de conflitos, daquelas
informações que são fruto de contatos superiores.

U. COMENTÁRIOS SOBRE TOTH E CORPO DE LUZ


Foi dito, está no segundo livro da Flor da Vida, de autoria de Drunvalo
Melchizedeck, que em 1999 ou a partir desta data, viriam informações e
energias novas para o planeta que completariam o que eles estavam
fazendo ou trazendo. Também dizia que era um erro as pessoas estarem
ensinando determinadas práticas sobre Merkaba, que serviriam para a
construção do corpo de luz, foco dos cursos ministrados por esse autor
por todo o mundo, porque faltavam peças para que se completasse o
conhecimento a esse respeito. Ao mesmo tempo, o próprio Drunvalo,
organizador do método, fazia um jogo de informações, colocando nas
respirações para ativação das chamadas merkabas, uma mescla de
técnicas orientais chinesas, hindus e egípcias. Colocava que a cultura
egípcia teria a ativação de treze centros ou chacras e não sete ou outro
número, mas na prática, seguia as mesmas técnicas e orientações das outras
culturas. Dizia que não se devia misturar métodos, seguindo apenas o de
sete ou o de treze chacras, mas ensinava coisas dos dois tipos e de muitos
outros. Dizia que Toth era descendente dos Nefilins, mas não falava que
eles eram negativos ou que queriam apenas a dominação. Dizia que Toth
teria se retirado algum tempo “para além da parede”, mas não dizia que
essa parede é o astral e o que eles criaram para dominar a partir de lá.

Todas as religiões deveriam sumir. Então, alguns argumentariam: mas elas


fazem o bem, tiram pessoas das drogas, etc. Esse pensamento ainda
reflete um pensamento imediatista, que não vê o que realmente importa,
que é o que acontece depois da vida, no período entre vidas: é lá que a
dominação real acontece, quando programam as vidas futuras e quando
os laços que foram criados no período de encarnado serão cobrados. Para
os que se libertam desse jogo, é nesse período que aprendem e absorvem
o conhecimento adquirido na última encarnação.

297
Conversando Sobre MOINTIAN
Dessa forma, a espiritualidade é um engano. E até o fato de estarmos
reunidos como grupo para práticas espiritualistas é um engano, pois
reflete um erro, que é o de estarmos sempre enganados com as definições
espiritualistas.

V. VIAGEM ASTRAL, MENTAL, DE ALMA E DE MÔNADA...


Por que os livros não falam em fazer viagem de alma ou de mônada, já
que são superiores às chamadas viagens astrais?
Tenho falado constantemente sobre a importância de abandonar as
“saídas pelo astral” e todas as formas de contato com seres ou
manifestações desse plano. Para fazer as afirmativas aqui presentes, fui
aos níveis sutis densos, conforme descrevi em um dos pontos acima, e
pude perceber mais algumas coisas:
• Inúmeras pessoas estão realmente atingindo níveis muito elevados de
energia, mas são, na maioria das vezes, já realizadas espiritualmente e que
apenas precisam “descascar” as suas camadas mais densas.
• Muitos dos que se interessam pela busca interior ainda estão apegados
aos conceitos antigos, o que os faz “saírem do físico” com ideias antigas
como, por exemplo, pelo Cordão de Prata ou Antakarana, ou visualizando
uma espiral que se eleva. Todas essas técnicas conectam apenas com
níveis de dentro da Campânula. É possível perceber que, ainda que isso pareça
uma elevação, que de fato produza algum benefício imediato, são prisões.
Em síntese, de tudo o que foi falado até aqui, pode-se dizer que existe
uma elevação e certa evolução praticando-se qualquer coisa e até mesmo
nada. Contudo, existem dois tipos de planos além do físico: o primeiro é
aquele que prende na malha da Campânula e o segundo é o que
realmente liberta.
O primeiro pode-se dizer que apresenta certa fusão dos planos através do
astral. Temos que entender o astral como um plano que não interfere
apenas no físico, mas que alcança até o pé da sexta e da sétima dimensão,
dentro do contexto que explicitei nos tópicos anteriores.
Quando alguém se conecta de fato com o centro de si mesmo e reconhece
que este centro está muito além de qualquer coisa dos planos de dentro
da Campânula, consegue estar no nível ou classe de seres que chamo
libertos. A partir daí não sofre mais com as influências dos níveis inferiores
ao que conseguiu conquistar. Isso representa o segundo plano que citei
acima.

298
O JOGO DAS DIMENSÕES PARTE V C
W. CONCLUINDO: SOBRE FATOS E CONFUSÕES
O que me parece mais contraditório em toda essa história de luz e trevas
ou das batalhas por almas ou pelo domínio é o fato de que muitos dos que
se dizem médiuns ou viajantes do astral estão sob o domínio daquilo que
eles pensam estar combatendo. O fato é que, quando as denominações ou
os conceitos intelectuais são mais importantes que o que se pode ser ou
perceber desde o plano interno, é muito fácil ser influenciável e estar sob
o domínio de forças obscuras. É importante viver e ter consciência, e não
repetir conceitos, especialmente no contexto da espiritualidade atual, que
está sofrendo tantas mudanças a todo momento.
É muito importante salientar, além de tudo isso que foi dito, que minha
luta não é contra uma pessoa em particular ou mesmo algum grupo, mas é
direcionada contra as forças que impedem o ser humano de poder ver o
quanto pode estar enganado ou sendo induzido a tomar determinadas
atitudes. Eu não creio em uma luta, pois não venho combater. Venho
mostrar possibilidades que não estão querendo ver, mas que estão
disponíveis para quem quiser ver. Especialmente os que podem perceber
um pouco dos níveis internos, mesmo que estejam sendo iludidos, devem
fazer um esforço para atingir a origem das informações que percebem ou
recebem. Alguém que tem um olho pode enxergar melhor que um cego.
Porém, pior que um cego a guiar cegos é um cego a cegar zarolhos. É
assim que se definem as pessoas que não podem ver, que têm a visão tão
reduzida que não enxergam o que se passa no mundo. O tópico 148, na
parte V E do presente livro, complementa essas informações.

X. ETS OU EDS
Para que os tópicos dessa parte se tornem mais compreensíveis, eu
preciso fazer um importante esclarecimento. Os extraterrestres, ou ETs,
são criações do homem. Não existem ETs físicos, mas criações humanas ou
uma contrainformação que vem sendo utilizada para desviar o foco ou a
importância que o trabalho interno deve ter, colocando-o no externo,
criando um sem-número de caçadores de mistérios perdidos. Os seres que
nos importam, que podem trazer algum auxílio ou informação, estão em
outras dimensões. São, portanto, extradimensionais, ou EDs. Os contatos
físicos com seres e naves e as abduções relatadas são produto humano. Os
contatos internos, em sonhos, em viagens lúcidas, são resultantes da
interação interdimensional.

299
Conversando Sobre MOINTIAN

Y. DO OUTRO LADO DA VIDA E ALÉM DA CAMPÂNULA


O que ocorre quando saímos do corpo físico e nos encontramos do outro
lado, no lado dos desencarnados?
Alguns ficam assustados e enfraquecem sua conexão interna com a ideia
dessa transição, por conta inclusive das informações que tenho trazido,
sobre a Campânula e as prisões. Mas o meu propósito é justamente o
contrário: pretendo mostrar possibilidades para que todos tenham mais
força para conquistar sua conexão interna, sabendo o que precisam para
se tornarem verdadeiros libertos. Enquanto encarnados, é importante
irmos criando uma atmosfera que propicie a liberdade da nossa essência,
para que ela se encontre liberta tão logo se desvincule dos corpos densos.
As ideias positivas lançadas pelo MOINTIAN ajudam muito a criar uma
nova maneira de ver ou de contatar com “o outro lado”. Posso fazer um
breve resumo de ideias e objetivos a serem alcançados, ainda na vida
física encarnada, para possibilitar uma “boa saída do físico”:
• Crer firmemente que a atual encarnação física é a última necessária;
• Integrar-se ao Serviço prestado à humanidade, assumindo sua evolução;
• Saber que, para os que estejam com sua vibração elevada, haverá o
auxílio e o encaminhamento, realizado por seres espirituais libertos, para
colônias e naves apropriadas. Essas colônias e naves são agrupamentos de
seres e consciências libertas que não tem nada em comum com aquelas
anunciadas com leviandade por certas correntes espiritualistas
comprometidas com o aprisionamento. Nas colônias de seres libertos,
inúmeros seres permanecem aguardando, aprendendo, evoluindo,
concluindo sua evolução, sem encarnarem novamente. Os libertos estão
fazendo um esforço para encarnarem o mínimo necessário;
• Saber que esse trabalho de auxílio entre vidas é realizado e auxiliado
pelas hierarquias, como parte de um projeto para “uma nova humanidade”;
• Os que atingem certa vibração, ao desencarnarem, podem até ir para o lado
negativo e contatá-los, mas tomam consciência de que lá não é o seu lugar;
• Os sonhos com a Nave do MOINTIAN, as experiências conscientes com
as técnicas, com o grupo e com as charlas, ajudam a entrar em uma
vibração elevada, que ocasiona uma conexão com o propósito aqui exposto.
Um pouco sobre isso está no livro branco, no capítulo XXV, página 209.

300
V D – AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS

PARTE

VD
AS DIFERENTES
HIERARQUIAS ESPIRITUAIS

301
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VD AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 301
130. SOBRE HIERARQUIAS ESPIRITUAIS 303
131. CONTANDO OUTRO TIPO DE HISTÓRIA 303
132. AS RAÇAS-RAÍZES 306
133. SOBRE DEUS 307
134. A ORIGEM 308
135. DEFININDO DISTÂNCIAS E DIMENSÕES 310
136. SOBRE CAMPÂNULA E RELIGIÕES 313
137. AS DIFERENTES HIERARQUIAS NO PLANETA 316
138. O CONTATO COM AS ESCOLAS INTERNAS 321
139. NEGLIGÊNCIA OU SIMPLES DESPREOCUPAÇÃO 323
140. O BEM E O MAL, ANJOS E ARCANJOS 324
141. SOBRE RELIGIOSIDADE 326
142. SETE QUESTÕES SUGERIDAS ATÉ ESTE PONTO 326
143. BREVE ANÁLISE E RESUMO SOBRE AS DIFERENTES HIERARQUIAS 333

302
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D

130. SOBRE HIERARQUIAS ESPIRITUAIS

Com esta série de tópicos pretendo elucidar sobre as hierarquias


espirituais e tentar estabelecer uma diferença entre as tarefas, dimensões
e contatos com elas. Não darei ênfase em nomear seres, mestres ou
hierarquias. A pretensão é a de atualizar o contexto e analisar as origens
das confusões feitas na literatura esotérica, estabelecendo uma melhor
definição acerca dos possíveis contatos realizados atualmente.
Posso seguramente definir, ou concluir, mesmo antes de iniciar a expor
esses tópicos, que é de consenso, para a hierarquia espiritual verdadeira,
que o foco do trabalho interno, atualmente (um atual de mais de 30 anos),
deve ser dirigido para que cada um seja seu próprio mestre, guia e
instrutor. Parece que sempre me repito, mas essa ideia precisa ficar
impregnada na mente de todos.
Justamente por tantos enganos, equívocos e falta de visão, a ordem
estabelecida para o momento exige firmeza de propósito para obtermos o
contato com o íntimo do nosso ser. A partir disso é que se pode
estabelecer uma relação com as forças que possam verdadeiramente
auxiliar para que tenhamos mais entendimento interno para discernirmos
entre o verdadeiro e o falso no contexto espiritualista.

131. CONTANDO OUTRO TIPO DE HISTÓRIA

Um aluno comentou que fez uma leitura da obra do pesquisador e


linguista Zecharia Sitchin, que escreveu várias obras como, por exemplo, O
Décimo Segundo Planeta. Então, ele perguntou como era isso, de que a
humanidade seja proveniente de colônias extraterrestres.
No artigo original do blog eu havia escrito que o planeta que o autor
citado descreve poderia ser um planetoide chamado Ceres, o que de fato
não é assim. O autor fala de um planeta que denomina Nibiru. Ceres é um
corpo celeste que já há alguns anos vem sendo utilizado até mesmo pela
astrologia normal, como tendo influência sobre as características da
personalidade encarnada no planeta Terra. Ultimamente, os astrônomos
têm tido muito interesse nele. Esse corpo celeste, que eu prefiro chamar
planeta, descreve uma órbita elíptica, é uma grande escola espiritual e
interna, e o local onde, posso dizer, eu estive nos últimos 2000 anos.

303
Conversando Sobre MOINTIAN
Já o planeta descrito por Zecharia, Nibiru, descreve uma órbita elíptica
muito mais extensa e teria sido o berço da colonização original da Terra.
Ele baseia suas pesquisas nos registros deixados pelos povos da Suméria.
Existem outros pesquisadores que seguem essa linha de estudos, estejam
eles relacionados à ufologia, à linguística, ou à história de cunho esotérico.
O que, no meu entender, constitui-se um erro, está em que a maioria
desses pesquisadores crê numa origem comum para todas as línguas
sagradas, civilizações, remanescentes, tradições primordiais e raças. No
entanto, sabe-se que nosso planeta é colônia de vários grupos ou
civilizações extraterrestres e, melhor dizendo, extradimensionais. Os
habitantes deste planeta não surgiram apenas como resultado das
colônias daqueles seres de Nibiru.

O que ocorre com a maioria dos historiadores ou linguistas é que eles


querem encontrar uma origem comum para todas as tradições e línguas
sagradas. Essa busca ocasiona diversos problemas para eles, pois isso não
é uma verdade total. Suas teorias sempre vão conter falhas em algum
ponto. Por exemplo, há uma corrente que tenta provar,
cronologicamente, que a origem da maioria das línguas sagradas está
associada à tradição cabalística, judaica ou hebraica. Isso também ocorre
na maioria das ordens esotéricas, fazendo crer que esse seria o melhor
método para o encontro interno ou a evolução. O que não entendem é
que, dada a origem remota do povo que hoje é chamado judeu,
proveniente de ponto longínquo do cosmos, mesclou-se com muitas
tradições, tanto às mais antigas como às posteriores à sua introdução
neste planeta ou à sua vinda para este planeta, deixando marcas nas
regiões, povos, tradições e escritos por onde passaram. O fato é que esse
povo, que veio para este planeta para continuar a trajetória espiritual que
não conseguiu atingir em seu planeta de origem, foi guiado por um ser de
nome Yavé ou Jeová, um general de Lúcifer. Lúcifer seria outro nome de
um dos príncipes, filho do rei de Nibiru, citado na obra de Zecharia. Esse
ser desvirtuou a trajetória espiritual que aquele povo deveria seguir,
conduzindo-o para uma busca pela matéria e não pelo espírito. Vários
outros seres de grande avanço espiritual encarnaram entre eles para
trazer a forma como esse povo poderia conseguir atingir sua meta, sem
obterem sucesso. Os integrantes desse povo não seguiram de forma
correta os ensinamentos originais, tendo perambulado pelo planeta até

304
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
hoje. Um desses seres, como bem sabemos, foi a própria manifestação do
Cristo em Jesus, em uma fase mais adiantada dessa história e sob
orientação da verdadeira hierarquia espiritual do planeta.
Abrindo um parêntese, alguns grupos de cunho espiritualista modernos
querem impor a ideia de que Lúcifer não é o mal, mas representa uma
qualidade da vida espiritual. De certa forma isso é correto, mas para
aqueles que já não pertencem mais ao planeta, que já ascensionaram.
Para aquelas pessoas que ainda não transformaram o “mal planetário”
que habita seus corpos densos, ou seja, que ainda estão sofrendo
influências do baixo astral ou de outros níveis de seres negativos, é óbvio
que o mal, como o concebemos, continua influenciando, e muito, na sua
evolução, atrapalhando, bloqueando, estagnando seu desenvolvimento. É
preciso ter cuidado com determinadas afirmações que são feitas, na
maioria das vezes, para distorcer a verdade espiritual e para atrapalhar a
caminhada do buscador curioso.
O que quero deixar claro é que não há uma origem única para os seres que
habitam a Terra. Muitas colônias, de muitas civilizações, de muitos pontos
do cosmos e de muitas dimensões estabeleceram-se aqui como forma de
aprendizado e evolução. Então, para compreender bem, muitos desses
povos mais antigos, passando a conviver com outros, deixaram suas
marcas, misturando sua cultura, perdendo um pouco da sua pureza
original. Dada a origem remota desses acontecimentos, mesmo o mais
sério historiador, que esteja baseando suas pesquisas em fontes materiais,
mentais e históricas, pode confundir-se com os fragmentos que
comprovem determinada teoria. Consideramos que muitos pontos chaves
foram distribuídos pelo planeta, como focos de culturas e tradições que
remontam às colônias originais. Mesmo que muitos tivessem o mesmo
princípio de desenvolvimento espiritual, cada um deles, como sede de um
determinado grupo ou linhagem espiritual, teria uma forma própria para
que a consecução desse aperfeiçoamento fosse atingida. A mistura entre
esses povos, culturas, conhecimentos, não significa uma mesma origem,
mas, no máximo, um mesmo propósito que seria a evolução. Quando se
fala em “tradição primordial”, como sendo a origem remota e a meta a ser
atingida, deve-se considerá-la como a meta a ser atingida por
determinado grupo original. Ela deve ser considerada a origem remota
que esse grupo teve de um ponto determinado do cosmos. O que a
maioria dos pesquisadores, mesmo os de ordem esotérica fez, foi tentar,

305
Conversando Sobre MOINTIAN
de forma intelectual, mental, mesclar os conhecimentos desses povos,
seres, civilizações, sem levar em consideração a estrutura energética e a
metodologia a ser aplicada para o seu desenvolvimento particular. Tudo
isso traz, como consequência, um prejuízo e um grande atraso para a
humanidade, sem falar em uma vastíssima produção de literatura que não
produz efeito real.

132. AS RAÇAS-RAÍZES

Iniciamos considerando que existem cinco Raças-raízes originais no


planeta, a saber: Hiperbórea, Lemuriana 1, Lemuriana 2, Atlante e Ariana.
Existem muitas definições diferentes sobre as Raças-raízes. Em algumas
fontes, elas podem ser assim definidas: protoplasmática, hiperbórea,
lemuriana, atlante e aria. Para a análise que farei, importa apenas que
tenhamos noção de que estamos na quinta raça.
Segundo os números citados pelos pesquisadores sobre a origem real dos
habitantes do nosso planeta, sofremos a influência dos seres invasores, os
reptilianos de Nibiru, ou de onde quer que tenham vindo, há cerca de
quatrocentos e cinquenta mil anos. Isso significa que, por assim ter
ocorrido, eles estão no planeta desde algum período da raça lemuriana.
Um dos grandes equívocos da literatura esotérica foi terem confundido a
história das Raças-Raízes originais com a história das raças influenciadas
por esses seres. Muitos quiseram relacionar os acontecimentos da
humanidade interpretando as histórias da Bíblia e de outros livros sagrados
que contam, como se pode supor, as histórias desses seres invasores.
A influência ou a chegada desses seres remonta à Lemúria, quando a
densidade planetária aumentou. Alguns autores colocam esse tempo em
milhões de anos. Não vamos lidar com números, pois a rede de influência
chegou a tal ponto que criou uma falsa cronologia, uma linha de tempo
paralela e própria para esta dimensão e alterou as dimensões conhecidas.
Por esse fato, todo o conhecimento antigo, desde a Lemúria, Atlântida e
os esotéricos atuais, fazem parte do legado deixado por esses seres.
Seguir a forma de desenvolvimento deixada por esses grupos, seria o
mesmo que estar seguindo uma linha de desenvolvimento para atingir o
cume da Campânula. Como consequência, temos a formação, em massa,
de uma fortíssima hierarquia multimilenar.

306
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
Onde isso nos leva, afinal? Tudo é enganação e nada mais serve? Qual o
propósito de todas essas informações?
Devemos ter claro que, antes desse processo de formação da terceira
dimensão, que domina a matéria, e da formação da hierarquia de seres
que dominam aquilo que se considerava espiritualidade, existia uma
verdadeira hierarquia espiritual. Existia um projeto original para os seres
que habitavam e habitam o planeta. Existia uma convivência harmônica
entre os reinos e dimensões não físicas.

133. SOBRE DEUS

Onde está deus nesse contexto todo que temos falado?


Certamente matamos o conceito de deus como usualmente conhecido,
pois todas as expressões de uma possível energia ou “força imanente” de
pureza real, harmonia real, vida real e manifestação real, fogem-nos por
completo. Não é apenas porque estamos limitados pelas imposições de
milênios, senão porque nossa capacidade cognitiva, como seres viventes
encarnados, impede-nos de uma percepção mais apurada do universo
profundo.
A ideia seria redescobrir as memórias reais de antes de havermos sofrido
com os intensos impactos “densificadores” que tivemos. Aí sim
poderíamos ter uma compreensão mais ampla de algo que fosse possível
como uma origem. E jamais seria uma origem ou força criadora, pois a
força ideal ou inicial não é dual, não se manifesta em opostos.
A ideia da deidade, de deus, como nos foi informada, não passa de uma
enganação. Todas as religiões estão, sem exceção, neste jogo de enganar,
mas que, ao mesmo tempo, serve para proteger o mundo como o
conhecemos. Todas as religiões pregam a mesma ideia dos mecanismos de
controle, sejam eles sociais, econômicos, psicológicos ou mesmo os
espirituais, que se manifestam como as crenças que precisam ser impostas
por meio de uma ideia de moral. Um controle, uma repressão que torna
suportável o próprio mundo que, este sim, foi criado e projetado para que
os seres nele viventes tenham certa harmonia e possam viver de acordo
com regras impostas. Como todo bom jogo, sempre há dois oponentes,
que jogam a mesma partida, manipulando peças, mas que querem apenas
o desfecho final do jogo. E inventam suas próprias regras. Então, por mais

307
Conversando Sobre MOINTIAN
que pensemos na possibilidade de um mal ou de forças contrárias, todas
as manifestações no mundo, sejam nas religiões, nas guerras ou nas
conquistas, não passam de manipulações, ou movimentos de peças do
jogo. É dessa força de controle que precisamos sair, estando com a mente
aberta para aceitar que não somos o que as instituições querem que
sejamos, mas algo muito além.
A ideia de “deus”, portanto, sempre evocará essas forças e não a força
original que alimenta algo que nem mesmo o termo vida, e menos ainda o
termo amor, podem definir, pois é algo que está além de definições.
Essa força, desconhecida, profunda, indeterminada, incognoscível,
indelével, está lá, sempre esteve, realmente imutável, inatingível,
enquanto formos humanos. Essa força, condutora, mas não movente, pois
não tem os atributos físicos que podemos conceber, não é vibrátil, não é
pulsante, não é quente, não é fria. Este seria o próprio sentido da
descoberta: o sentido da procura pelo centro do tudo. De certa forma, o
impulso para prosseguir. Mas não é o impulso da devoção, pois ela
impulsiona apenas para o encontro com a divindade de nós mesmos. Essa
divindade de nós mesmos é que está mais próxima do conceito que
poderia definir aquela força original que os seres originais, emanados dela,
um dia puderam compreender.
Mas as religiões, as instituições, não passam de regras do jogo. E deus, o
tabuleiro no qual jogam. Mas não tem nada a ver com a força que
alimenta os jogadores ou o fabricante de peças, ou mesmo o tempo que o
jogo dura...
Pensemos...

134. A ORIGEM

É comum haver confusão sobre as hierarquias do planeta porque temos


vários tipos e níveis de hierarquias chamadas espirituais. As definições que
nos chegam pelas literaturas esotéricas sempre estiveram de acordo com
modelos ou padrões culturais ou científicos, existentes ou por existir, e
que, por essa razão, ficaram muito condicionadas por eles. Mostram uma
realidade mais de acordo com “hierarquias aprisionadoras” que com
aquelas que originalmente se haviam instalado no planeta ou das que
posteriormente vieram auxiliá-las.

308
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
Pelo descrito no parágrafo acima, podemos distinguir claramente que, no
mínimo, teremos no planeta três hierarquias espirituais. Não entram aqui
aquelas hierarquias de reinos e dimensões de seres/energia ou dos
constituintes energéticos do planeta e de outros seres.
É preciso definir essas hierarquias como espirituais porque não
entraremos no mérito das hierarquias físicas ou que servem a hierarquias
espirituais aprisionadoras.
Definimos assim: um planeta para existir precisa, antes de tudo, ter um
plano para que exista. Para isso, são designados seres e hierarquias que
traduzirão o projeto e o plano desejado. Depois disso agregam-se forças
que vão se tornando densas até determinado ponto e aquilo que
conhecemos como vida se instala.
Neste nosso planeta e no universo que pensamos conhecer, a densidade
original ou aquela programada não era nada parecida com a que vemos
aqui. A vida como a conhecemos nada tem a ver com aquela vida como foi
originalmente pensada e manifestada. Certos de que a ideia de uma
criação é equivocada, e a qual precisamos mudar, ou mesmo abolir, a ideia
que deve permanecer é a da expansão, da evolução por mundos, como
pensamentos de energias em movimento. Sei que isso é abstrato, mas vou
tentando melhorar as descrições no decorrer dos tópicos.
A ideia original é de uma expansão de energias, de maneiras de ver
mundos se plasmarem. E plasmas são as melhores descrições para a
densidade original que gostaria que pensassem, porque plasma molda-se,
plasma conforma-se, determinado pelo modo que as “necessidades” o
exijam, da mesma maneira que a ideia original para um planeta.
Interrompendo a ideia acima, a densidade que vemos está relacionada a
desqualificação dos seres, porque lhes foi implantada a falsa ideia, pelas
hierarquias aprisionadoras, de que seus corpos possuem limitações
sensoriais e dimensionais. Isso explica muita coisa, especialmente a
incapacidade de perceber a outros reinos e dimensões.
As criações que fizeram, e aí sim podemos dizer criações, porque foram
manipulações de energias, originalmente puras, são manifestações de
coisas e seres que não precisariam existir. Assim, moldaram, modularam
ou reduziram as percepções e as características dos seres que deveriam
seguir um percurso natural e livre. As formas de criação, mental ou
etérica, ensinadas e estimuladas pelas culturas esotéricas, místicas,
míticas, holísticas e afins, reforçam o que esses seres criaram. Pois, em

309
Conversando Sobre MOINTIAN
assim fazendo, um ser, pensando em se libertar ou em imitar a seus
deuses criadores, cultivam as forças e formas de manipulação que eles
mesmos desenvolveram. Nisso estão inseridas as formas de magia que,
como descrevi no capítulo 8.2 do livro verde, são aprisionamentos de
amor, o qual deveria ser um fluxo natural de manifestação. Então, neste
mundo, todo amor é uma condução equivocada de energias. É preciso
entender o funcionamento direto das energias sem pensar no plano denso
e sem pensar nas formas de manipulação ou condução de energia para
poder entender o que quero dizer aqui. Se nos distanciamos das
definições inseridas em nossas mentes por milênios, então será possível
perceber o que estou tentando mostrar. Acredito que alguns autores mais
antigos chegaram perto dessas respostas, mas usaram o conhecimento
que atingiram para explicar ou justificar o que faziam os seres
manipuladores de energia. E o propósito real se perdeu. Por isso que
nunca houve uma espiritualidade verdadeira neste mundo.

135. DEFININDO DISTÂNCIAS E DIMENSÕES

No passado havia a ideia de que a distância retirava as camadas de


restrições dimensionais, ou seja, que quanto mais distante se fosse, isso
principalmente em níveis astrais, como antes era o definido, mais se
poderia acessar dimensões superiores. Como decorrência desse
pensamento, surgiram denominações como: grupos cósmicos, galácticos e
universais. Porque o distanciamento revelaria a camada superior ou a
dimensão mais elevada que os seres se colocariam. Além disso, seria o
motivo pelo qual a sede da Grande Fraternidade Branca, para este nosso
quadrante, limitou-se a Sirius, e que todos os representantes desta galáxia
se reuniriam ali sob a guarda de um grande Micah-el. Ocorre que um
grande Micah-el Galáctico ainda serve a um grande Micah-el Universal,
definindo a Grande Ursa como sendo o centro do universo. E nessa
mesma ordem, muitas outras denominações vieram.

Considerava-se que fora da Terra ou para além, no cosmos, os níveis de


atividade espiritual seriam mais intensos, e não apenas nos níveis
internos. Seguir ou aceitar esse raciocínio deveria levar a perceber a Terra
como um centro de referência altamente espiritual se a observássemos

310
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
desde outra galáxia, por exemplo. Ou que aqui, ao contrário, seria o ponto
mais baixo de todo o universo.
Esse tema ou essa ideia foi muito mal desenvolvida e está baseada no
falso conhecimento que foi transmitido a respeito do “círculo não se
passa”. Dizia-se que não era possível atravessar determinadas barreiras
astrais, ou no astral, a menos que se estivesse evoluído. Isso é certo e
erradíssimo ao mesmo tempo. Óbvio que não deixariam ver o que de fato
existia na lua ou além dela, e que no astral não se vê nada de importante.
Isso manifesta mais daquelas ideias criadas para iludir aos curiosos.
O aspecto interessante desse assunto é que, se considerarmos essa
mesma ideia, que de fora do planeta tudo é melhor e mais desenvolvido,
então alguém que viva em outra galáxia poderia pensar o mesmo sobre
esta galáxia e este planeta. Entendes isto? Não se pode mais cair na ilusão
equivocada de que o planeta é mau, mas que equivocada é a visão que
temos dele e das dimensões que podemos ou não perceber e presenciar.
Livrando-nos de falsas percepções e conceitos, poderemos ver que o
planeta é sede de muitíssimas forças poderosas, e que, mesmo que elas
não se originem daqui, permitem que seres de evoluída classe por aqui
residam e tenham suas vidas em planos sutis.
Com isso quero deixar claro que o que não está certo é pensarmos na vida
como a que se estabeleceu para que a percebamos, esta da 3D, mas que
muitos outros níveis e dimensões convivem conjuntamente, chocam-se
até, mas não estão em harmonia porque umas são verdadeiras e outras não.
Um fato interessante é perceber que aquelas pessoas que sentem
“saudade de casa” sejam as pessoas que saibam, de alguma maneira,
internamente, que algo errado ocorreu neste planeta. E não foi só aqui
neste planeta, mas em muitos outros, foi uma dimensão inteira. Sentem
saudade do tempo e da dimensão original, muito mais do que de um lugar
cósmico ou de um planeta original. Sentem falta da densidade original, da
liberdade original. Têm memórias profundas das sensações que ainda
restam “de lá” e por isso ficam angustiadas...

Analisemos as diversas conjunções de mestres e seus adeptos.


Comecemos pelos centros energéticos e os centros principais. As funções
que têm estão no âmbito de deixar que as energias extrassistêmicas,
como assim chamamos, e que agora temos que entender como
provenientes de dimensões fora e acima da nossa, possam ir se

311
Conversando Sobre MOINTIAN
depositando no planeta para cumprirem seu desígnio inicial. Hoje, a
função real disso está na abertura que proporcionam e nos reinos que
vivificam - aqueles que estão em outras dimensões e que não
percebemos. Existem muitos seres e muita vida já realizada vivendo no
planeta real, aquele que sempre existiu e que não é propriamente a Terra
tridimensional, esta que percebemos com os sentidos físicos. Essa é a
grande chave para entender o funcionamento de um Logos e de uma
“verdadeira Hierarquia Espiritual”. Eles estão lá, suas vidas continuam
como sempre foi planejado. Os que estão de certa forma enrolados na 4D
é que não conseguem perceber esses planos e se consideram separados
do que sempre esteve lá. Até mesmo aqueles seres humanos que tenham
sido criados, como parte do projeto dos seres dominadores da terceira
dimensão, voltarão para o estado original, de pureza original, que
deveriam ter. Basta, para esses, que vivam bem, que façam o bem, da
melhor forma possível, como parte de um plano maior. Esses são aqueles
seres que eu chamo “sem alma”, na parte V E deste livro, e que poderiam
ser definidos como sem conexão com seu Eu Superior. Quando findem
suas encarnações, e quando agreguem suficientes “partículas de luz”, e
que recolham partes divididas de suas essências, podem fazer parte do
manancial de luz planetária que sempre existiu. Estamos sempre a serviço
de uma grande transmutação das coisas deste planeta. Isso ocorre porque
elas são artificiais e não precisamos nos envolver totalmente com elas.

No planeta, os representantes Galácticos são diversos e podem ser


representantes de níveis ainda superiores, como por exemplo, o Logos,
que é toda a consciência planetária, a real razão para a existência e coesão
de um planeta. Depois vem o Regente, que assume o cargo de distribuir
funções para os chamados Choans, os senhores ou “Governadores de
Raios”. A partir dessa escala de seres já é possível perceber distorções das
hierarquias. São tantos cargos e tantas funções que muitas delas foram
ficando obsoletas. E, mesmo que entre esses seres esteja a mais alta
estirpe de seres humanos realizados, ainda podem estar servindo a níveis
de dentro da Campânula. Isso deve estar entendido para todos os que já
leram o livro verde.

312
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D

136. SOBRE CAMPÂNULA E RELIGIÕES

Alguns perguntam: como se originou a Campânula?


A resposta é muito simples: pela força gerada a partir do sistema de
crenças imposto e propagado pelas hierarquias dominantes e, até hoje,
mantém-se pela força das religiões.
Algumas pessoas, até bem-intencionadas, ainda ousam dizer que algumas
religiões são boas, referindo-se ao fato de que, de uma maneira
imediatista, veem pessoas supostamente largando seus vícios, que
melhoraram sua saúde, e ganham dinheiro. Que grande enganação!
Quando matamos o deus desta dimensão, matamos também o demônio.
Essa é a frase mais certa. E, quando matamos a esses, ficamos livres, pois
daí para frente dependeremos exclusivamente de nós mesmos. Primeiro,
retiramos nosso piso, nosso chão, pois, como diria o personagem: “e
agora, quem poderá nos defender?” A partir disso, vamos descobrir que
existe uma força ainda maior que estava guardada, mas era sugada por
aquilo tudo que não nos deixava evoluir. Essa força maior desperta a partir
da conexão com o que chamamos Eu Superior, o verdadeiro deus.
Fazemos contato com o que existe de verdadeiro e vem do centro de nós
mesmos. É algo muito distinto daquelas forças que nos sugam e nos atam
aos reinos densos.
Temos, por consequência do que estou querendo mostrar, que os guias,
os mestres, os anjos e toda horda de seres, tanto para o lado positivo
como para o negativo, são as mesmas forças. Eles guerrearam entre si
para conseguirem mais adeptos, mais alimentos, mais escravos. Atiçavam
uns e outros escravos para lutarem a favor de seus amos, como vimos em
relatos e nas guerras. E ainda o fazem, enquanto os escravos pensam estar
servindo a uma verdade ou a um propósito maior.
Como se originou a Campânula? Pela força gerada pelas organizações
religiosas. De todos os tempos. Sem elas, o que temos é o bom-senso e
uma vida plena, uma verdadeira nova humanidade.
Se acabamos com deus também acabamos com o demônio. Sem o deus de
fora, aquele de dentro surge e esse é o deus verdadeiro, que somos cada
um de nós. Se matamos o deus da matéria, matamos o demônio, porque
assim se vão as forças opressoras, que são uma só, e que podemos definir
como a escravidão que o ser humano sofre por ignorar que ele mesmo

313
Conversando Sobre MOINTIAN
deve ser o seu senhor. Enquanto serviçal de uma entidade externa a ele,
torna-se fraco, acredita em uma proteção contra forças invisíveis que lhe
oprimem, mas não sabe que essa proteção tem o preço da submissão e da
sua própria miséria. Quando liberta-se do protetor, liberta-se das supostas
opressões e, dessa maneira, vai poder contar apenas consigo mesmo. Vai
ter que descobrir a força interna que sempre teve, que sempre esteve à
espera de sua decisão de tomá-la para si.

A Campânula foi formada de uma maneira mais complexa, pela rede de


construções que os antigos deuses erigiram ao longo das civilizações.
Especialmente nos últimos 15 ou 20 mil anos, diferentemente do que se
pode pensar, havia muitos grupos isolados de seres que viviam como nos
dias atuais, talvez até melhor do que nos dias atuais. Construíram suas
cidades e seus reinos e não deixaram marcas além daquelas que
necessitavam para implementar as redes de energia que começaram a
envolver o planeta. Essas redes foram as que, ao longo dos últimos
milênios, intensificaram a projeção mais densa do planeta, tornando a
realidade física a única perceptível pela massa populacional de superfície.
Entretanto, não se deve confundir essa rede ou malha energética negativa
e artificial com a rede energética que é formada pelos centros energéticos
planetários.
A força da religiosidade, a força da coerção e da devoção externa
alimentou e alimenta essas energias que geram a percepção da realidade
segundo as necessidades dos seres que governam o mundo físico. Parece
contraditório dizer que a força que sempre foi chamada espiritual é a que
perpetua a realidade física. Toda a energia que as pessoas crentes geram
alimenta a prisão da qual elas pensam estarem saindo. Ainda que tenham
certos vislumbres de uma realidade acima da física, como sejam as visões
e os contatos com seres de outros mundos, esses seres e esses mundos
fazem parte da Campânula. Até que se libertem de seus sistemas de
crenças, de suas religiões, estarão aprisionadas, por suas próprias crenças,
nos mundos dos sofrimentos, das dores e das obras milagrosas que
reforçam a necessidade de servidão.
Não deves ficar surpreso com o fato de que os templos, as grandes e
belíssimas obras do passado, estejam todas dentro de um plano de
perpetuação da escravidão. No presente, as coisas continuam do mesmo
modo. Temos muitos outros templos grandiosos que sugam ou canalizam

314
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
a energia das pessoas para que todas sempre permaneçam do jeito que
são. Vemos isso nas grandes marcas de comida, de bebidas, nas diversões
das massas, nas televisões, só para exemplificar. Vemos o grande controle
das vontades e desejos expressos através desses novos templos.
Entretanto, não é tudo perigoso como pensam. Eu posso comer e beber do
que quiser desde que eu esteja livre e realizando o meu projeto principal de
viver no mundo sem ser do mundo. Eu posso rir e me divertir com as criações
daqui, desde que eu as encare como pura diversão, não como algo sério
ou mesmo importante. Devemos conhecer essa realidade, mas não
podemos entrar em outro sistema de crenças, concordando com aqueles
que pensam que tudo é uma grande conspiração e acreditam em todas as
fantasias que leem ou veem. É preciso grande discernimento nessa área.
Eu tenho por tarefa expor determinadas informações, mas não gosto
daqueles que apenas compilam dados de contrainformações vistas na
internet, dizendo que tudo faz mal e é do mal, enquanto vivem, nas suas
casas, como marionetes. Aqui nestes textos, coloco informações, mas no
Manual do MOINTIAN estão as chaves para perceber a realidade que está
além do físico. Eu não fico apenas nas palavras, eu mostro caminhos e
maneiras de se atingir algo mais profundo.

Remanescentes
Finalizando este tópico, é preciso dizer algo sobre os seres que
participaram para a formação do mundo conhecido. Não podemos criar
repúdio por raças ou seres baseados em informações generalizadas sobre
o que fizeram em um passado remoto. É preciso saber que existem formas
diferentes de evolução possíveis de serem atingidas por qualquer um, por
mais enganos que tenha cometido em um passado recente ou remotíssimo.
Para dar um exemplo, existiu uma raça, em tempos bem pretéritos, em
um período mediano da civilização que denominam Atlântida, que foi a
dos chamados Turanianos. Esse grupo foi um dos que mais atuaram para
formar o que ficou conhecido por magia negra e toda uma ritualística que
causou os maiores problemas para aquela fase. Podemos situar um
período inicial para aquele grupo em uns 200 mil anos atrás, para dar uma
ideia de cronologia. Podemos seguir uma evolução partindo de dois
princípios: o da cronologia e descendência, que é externo; o da origem
cósmica e linhagem espiritual, que é interno. Pela ordem de descendência,
os seres encarnados hoje, mesmo passados 200 mil anos, podem

315
Conversando Sobre MOINTIAN
expressar as mesmas características de antes. Portanto, não
apresentariam evolução alguma. Se alguém pertencente a esse grupo
encarna hoje, segundo as leis da descendência, não vai trazer nada de
bom ou de novo para os demais. Entretanto, se um grupo evolui, segundo
a definição de evolução interna e de linhagem espiritual, pode estar
manifestando características de níveis supra-humanos. Foi o caso do
grupo original de Turanianos como um todo. Eles ascenderam e vivem em
níveis superiores. Não são nada daquilo que seus descendentes ou os que
lembram ter vivido na Atlântida em tempos remotos possam manifestar.
Na atualidade, os que evoluíram prestam um serviço bem importante,
quando auxiliam, nos planos internos, para a desintoxicação por metais.
Diante disso, quero deixar bem claro que não importa o passado remoto,
mas o que cada um faz por si hoje. Importa com o que ou com qual nível
de seu ser ou de sua consciência quer estar em contato. Eu conheço
muitos que foram Dracos, que foram soldados reptilianos invasores e que
vieram causar tremendos problemas há muitos milênios, mas que hoje são
seres que estão fora de todo o jogo da Campânula. Ascenderam,
resgataram sua essência e auxiliam a verdadeira hierarquia espiritual.
Confesso que não são muitos que fazem esse trabalho, mas que é bem
fácil querer estar em um nível de conexão com o nível dos libertos.
É preciso saber que todos os seres têm algum nível de conexão com a
essência divina. Isso vale até para aqueles que tiveram as suas essências
divididas ou aqueles que se manifestam em grupos pouco sensíveis ao
progresso natural.

137. AS DIFERENTES HIERARQUIAS NO PLANETA

Temos várias classes de hierarquias: a dos formadores originais; a dos


deuses; a dos homens; a dos ascensionados auxiliares. Vejamos:

1- A hierarquia dos formadores originais – é a hierarquia que


coordena a formação e objetivo do planeta como um todo. Nessa linha,
entram os seres que vieram junto com o Logos, os que se formaram entre
os homens e se libertaram, os que fazem parte da hierarquia dos
ascensionados auxiliares. Atualmente, esta hierarquia é a que se mantém
mais distante ou dificilmente acessível.

316
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
2- A dos deuses da 3D – considera-se espiritual porque foi retirada
da superfície planetária. Eles mesmos mudaram a superfície, formando
dois planos de manifestação: o do controle e o dos controlados. Ela é
formada: por aqueles seres que se instalaram no planeta e mudaram o
projeto original, que chamamos invasores; pelos seres de outros pontos
que aderiram ao seu propósito; pelos homens da Terra que ascensionam,
mas não se libertam; e por alguns dos auxiliares que se deixam enganar
pela ambição ou pela densidade planetária.
3- A dos homens – são os seres que reuniram suas partículas de luz
de maneira suficiente para serem considerados ascensionados.
Progrediram de acordo com regras criadas pela Hierarquia Original, mas
sofrem com interferência da hierarquia dos deuses. A maioria deu origem
às escolas esotéricas, que proporcionam uma parcela da evolução baseada
no conhecimento dos grupos originais, utilizando-se da estrutura e origem
cósmica dos grupos aqui residentes ou remanescentes. Essa hierarquia
também é preenchida por ascensionados auxiliares que tenham
progredido entre os homens.
4- Dos mestres ascensionados auxiliares - são os seres que vieram
de fora. Esses, não sofreram as divisões de partículas de luz. Muitos
encarnam sem responder ao processo de encarnações proposto pelas
hierarquias planetárias. Têm por função auxiliar para retirar a malha que
impede a visão real do mundo, como é o nosso trabalho. No princípio
desta fase, o meu chamado foi para auxiliar diretamente na coordenação
de trabalhos do Senhor do Mundo, o Senhor Gautama, como deixei bem
claro no livro branco. Todo o meu trabalho é um departamento isolado e
independente que foi iniciado aqui neste planeta por uma solicitação
exclusiva do Senhor Gautama para auxílio ao Logos do planeta. Portanto,
não tenho qualquer necessidade de vínculo com quaisquer outras
hierarquias. Por isso mesmo, os alunos iniciados, quando se dedicam ao
Método, encontram sua própria origem, pois as energias que estão
disponíveis vêm de fora de toda essa conjuntura de confusões. Ademais, a
designação para toda essa força segue uma ordem direta de Micah, desde
a formação do MOINTIAN, antes de se direcionar para este plano. Hoje,
como membro do Conselho Cósmico e com outras funções dentro da
Hierarquia universal original e primordial, sigo apenas os ditames que
possam proporcionar a conexão direta com a parte superior de cada um e
que possam trazer para todos o status de libertos.

317
Conversando Sobre MOINTIAN
O problema do acesso às hierarquias, atualmente, reside no fato de que os
nomes que são vinculados a mestres da Campânula e mestres originais são
os mesmos. É muito mais fácil e comum acontecer o contato com mestres
da Campânula do que com mestres originais. Isso ocorre porque existem
regras internas a serem respeitadas para que alguém possa ser
considerado um aluno ou discípulo de um mestre original ou um mestre
da hierarquia dos auxiliares.
As confusões e ilusões que muitos estudantes e praticantes do esoterismo
e da espiritualidade, das mais variadas linhas, manifestam em relação ao
tema das hierarquias reside, essencialmente, na falta de discernimento, de
responsabilidade e de conhecimento interno por parte daqueles autores
que copiam e compilam dados e informações. Eles criam falsas
possibilidades que aprisionam muito mais facilmente.
Há uma literatura bastante antiga e divulgada do misticismo, que indica
que os Mestres Ascensionados conhecidos são, originalmente, os mesmos
deuses antigos. Isso é um engano sério. Entendo que, num primeiro
momento, pareceu interessante, para quem assim o fez, para quem
iniciou a querer associar nomes, associar as energias que iam
reconhecendo ou tendo acesso, com fontes mais antigas. E a fantasia, o
“ego”, como eles mesmos falavam, tomou conta. O problema na área
mística é a falta de equilíbrio que os alunos e interessados possuem entre
o intelectualismo e o contato interno. Há um exagerado intelectualismo e
pouquíssimo contato interno. É preciso equilibrar isso para que a função
correta da espiritualidade seja alcançada: a ascensão.
Para entender o que quero dizer com isso, é indispensável que o leitor
tenha lido, previamente, o que foi descrito na parte III C, no tópico 75,
“Técnica Para Reconhecer os Níveis do Ser”. É um exercício simples, de
anotar pensamentos e intuições para, posteriormente, analisar qual parte
do ser estava presente no momento da anotação.

Por culpa dessa abertura para os dois lados das hierarquias, às quais
podemos denominar verdadeira e falsa, a Hierarquia dos Mestres Originais
e Auxiliares criaram, e estamos criando, momentos como os da quarta-
feira. Esses são momentos que permitem o uso de determinadas técnicas
e símbolos que rompem camadas densas e impedem a infiltração e a
interferência de seres e energias indesejáveis. É comum que muitos alunos
novos percam seus “contatos” nesse período, ou que outros sintam-se mal

318
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
por culpa do que carregam em si quando iniciam a praticá-la. Vejo muitas
pessoas que andam como que sem rumo, como se, metaforicamente,
estivessem paradas, de braços abertos, numa autoestrada muito
movimentada: o primeiro carro que vier, abraçam, mesmo que sejam
atropelados por um caminhão. Pessoas assim circulam por dimensões e se
deixam penetrar por todo tipo de seres e hierarquias. Não vejo como pode
haver progresso real para alguém desse tipo.
Há um problema que se quer evitar, atualmente, que é a vulnerabilidade
que qualquer um fica, de qualquer nível, quando se põe à disposição de
um contato. Quando se contata seres de dimensões diferentes, sejam
superiores ou não, fica-se “visível” para os que querem atrapalhar no
processo. Esse é o problema que a Hierarquia Espiritual quer combater,
mostrando e fazendo com que não se contate mais com ela, mas
primeiramente com os nossos próprios núcleos superiores. O processo fica
bem diferente e mais seguro.
Ninguém abre a porta da casa antes de olhar quem está batendo. Pois o
que ocorre atualmente é que quem tenta contatar com seres de outras
dimensões sem ser devidamente convidado, sem estar preparado, deixa a
porta aberta para que entrem seres de quaisquer dimensões. Foi o que
sempre ocorreu, e ainda ocorre, especialmente nos casos de projeções e
invocações de seres e energias.
Quando utilizamos o MOINTIAN, dizemos que atuamos como filtros de
energia, para que ocorra a transmutação de energias negativas ou
estagnadas dos nossos corpos densos e do ambiente. Como filtro de
energias, mesmo quando se está conectado com níveis mais profundos, é
preciso estar pronto para que as energias ao redor sejam transmutadas
por nós e por todos à nossa volta. Então, querer atuar ou mesmo contatar
com forças desconhecidas é um grande perigo, exige prudência e
maturidade. Não estou tentando desestimular as práticas ou causar
“terrorismo espiritual” com isso. Quero fazer com que entendam que é
preciso saber de fato o nível que se alcança e com o que se está
conectando. A maioria dos que leiam isso, agora, vai dizer: “Mas eu
sempre sei bem com quem eu falo”. Certamente. E certamente não sabe a
fonte real da coisa contatada. É preciso ir à fonte de tudo. Se um contato
vem e diz: “Eu estive lá e me disseram para te contar”, saia fora. E se outro
diz: “Este é o lugar certo, está apenas um pouco disfarçado”, esse é pior
que o amiguinho anterior.

319
Conversando Sobre MOINTIAN
Muita coisa mudou quando o MOINTIAN ficou disponível, pois temos
acesso a níveis extremamente potentes quando reunidos nas meditações
de quarta-feira, mesmo que estejamos unidos apenas em pensamento.
Entretanto, isso ocorre desde que sejam seguidas as normas estabelecidas
e os pensamentos estejam puros, em conformidade com o que é
determinado para a técnica da meditação. Se alguém coloca alguma outra
informação ou contato durante esses períodos, não está realizando o
procedimento correto e seguro que está disponível.
O fato é que os mestres e toda a verdadeira hierarquia mudou a forma
como interage com seus discípulos. Em vez de passarem instruções como
as mensagens que se fazia antes e que, na maioria das vezes, mesmo nas
mais conhecidas obras, não eram de mestres verdadeiros, agora preparam
os discípulos para que tenham voz própria. Que assumam a força que têm
e digam algo concreto. Nada de mensagens para depois ou o que vai vir a
ser. Fatos. Se alguém precisa encontrar um mestre, não é mais pela
vontade da personalidade que fica invocando forças, mas pela sua própria
natureza interna que encontra a força para o encontro ocorrer.
Não adianta citar os nomes de seres, colocá-los em tabelas com nomes,
mantras e cores, se é bem provável que a mente de quem escreve vai
desviar a energia original e os próprios mestres vão se retirar dali. É
preciso encontrar primeiro o próprio mestre interno para depois poder
penetrar nos reinos das hierarquias verdadeiras.

No capítulo 3, A Irmandade Cósmica, do Manual do MOINTIAN, temos a


descrição de distintas cores para mestres e raios, conforme o nível de
consciência de quem os perceba. Isso porque, de acordo com o que gosto
de dizer, a “percepção de cores” em níveis fora da Campânula difere da de
dentro, como se um cristal refletisse cores diferentes.
Isso me faz lembrar certos grupos que contatam e canalizam “diferentes
encarnações” de um suposto mestre. Ou que os verdadeiros mestres
precisariam “baixar sua frequência” para atingir determinados grupos.
Seria isso mesmo? Por que um mestre vai querer ir a um grupo retrógrado
impor uma verdade incompreensível a eles?

Eu não estou para denunciar, só achar coisas erradas, ou reclamar. Quero


mostrar caminhos. Mas sei que é difícil permanecer “limpo e livre”. Ser
livre num mundo de prisões, encantos e apelações, é tão difícil que, para a

320
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
maioria, pode parecer mais como uma prisão. Sentem-se sós, soltos
demais, sem ter muito que fazer. É difícil. Mas é a saída. Não estou para
denunciar ou achar que tudo é errado. Estou para trazer uma informação
que outros não querem ver ou falar. Isso porque, no meu entender,
podem estar comprometidos com seu status ou com o conhecimento que
já adquiriram e defendem por anos ou décadas. Eu não tenho interesse
em que me leiam, compreendam ou sigam. Todo o meu trabalho está
aberto a quem quiser acolhê-lo. Não preciso ser aprovado, agradar,
desagradar ou querer convencer de algo. Quero apenas expor essas
informações. Esse é meu trabalho.

138. O CONTATO COM AS ESCOLAS INTERNAS

É muito importante saber que, para o contato com as hierarquias, mais


vale é estar aceito ou sendo direcionado para uma Escola Interna. Uma
Escola Interna é a câmara de acesso aos Centros Energéticos Planetários.
São locais situados no plano espiritual, onde os alunos, iniciados, adeptos,
mestres e hierarquias aprendem e ensinam. A energia, o aprendizado e a
vivência estarão sempre de acordo com a sintonia, com o nível interno e
com as funções que cada um precisa desempenhar. Somente após serem
realizados estágios, que podem ser coordenados por alunos ou mestres, é
que um aspirante pode ser considerado iniciado na aura de um mestre ou
hierarquia verdadeira.
O aprendizado pode revelar a verdadeira atuação de um ser e sua
interação com os reinos e os raios. É importante saber que, quando da
manifestação atual do MOINTIAN, vários foram os contatos, estadias e
trocas realizadas nos centros energéticos, com todas as escolas internas e
hierarquias. Aquilo foi necessário para adequar a energia do MOINTIAN ao
padrão atual dos seres que povoam a Terra. Muitas técnicas tiveram sua
origem depois dos estudos sobre as estruturas energéticas e análises dos
corpos sutis realizados nos principais centros energéticos.
Vale dizer que esse contato não pode ser forçado ou artificialmente
estimulado. Ele deve aparecer naturalmente. Esse é mais um dos motivos
pelos quais, na atualidade planetária, não se utilizam invocações a mestres
ou hierarquias. No máximo, quando se sabe o que podemos atingir ou
quando percebemos o chamado para determinado aprendizado,

321
Conversando Sobre MOINTIAN
reforçamos nossa entrega para que nosso Eu Superior nos direcione para
uma ou outra hierarquia.

Apenas a título de informação, é possível dizer que, na formação original


do planeta haviam sido introduzidos seis programas originais de ascensão
ou evolução. Estavam diretamente associados aos Raios e Mestres então
instalados com o Logos e o Regente Planetário. Naquele antanho, o
primeiro e o segundo raios estavam integrados. Desde o início havia doze
raios principais, cinco dos quais atuavam apenas em esferas mais sutis.
Entenda-se que as aberturas ou rupturas da Campânula proporcionam a
recepção e percepção de energias e raios mais elevados. Produzimos
rupturas na Campânula quando nos tornamos libertos, quando utilizamos
corretamente a energia do MOINTIAN, quando contatamos nossa
verdadeira essência.

Analisemos a seguinte figura:

A visão que a maioria das pessoas espiritualizadas faz das hierarquias ou


dos mestres, de quaisquer níveis, é mais ou menos a seguinte:
Digamos que o ponto B representa a maioria das pessoas espiritualizadas.
As figuras geométricas representam alguns mestres e hierarquias. O ponto
A representa o nível de consciência das essências divinas. A maioria olha
os mestres e seres desde um ponto inferior (B). Assim, sujeitam-se a uma
possível superioridade. Qualquer força espiritual seria superior, melhor e
mais desenvolvida. O nível espiritual é inatingível. É preciso assumir uma
posição de olhar desde um nível de perspectiva que seja possível acessar a
essência divina. É preciso reconhecer que a verdadeira hierarquia
espiritual, liberta da Campânula, é uma irmandade que vê a todos os
demais libertos no mesmo nível. Existem as regras para os contatos e
verdadeiras afiliações, mas quando um ser é liberto, é igual aos demais,
sem cronologias ou graduações.

322
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D

139. NEGLIGÊNCIA OU SIMPLES DESPREOCUPAÇÃO

Quando a primeira hierarquia, a verdadeira, instalou-se, seu objetivo, mais que


a própria experiência, a leveza e o aprendizado da criação, era proporcionar um
ambiente para seres também evoluírem de uma maneira alegre e, de
certa forma, divertida. Nada de problemas ou da luta pela sobrevivência.
Quando viram os primeiros avanços de seu trabalho e o fruto de seus
pensamentos plasmando-se por entre dimensões, com tantos níveis de
aprendizado e tantos reinos sendo originados, em um tempo de não-
tempo e sem limites, foi fácil confiar em quem não deveriam. Muitas
hierarquias de níveis diversos e de dimensões variadas instalavam-se ou
pediam acesso para colonizar ou agregar forças ao que se estava criando.
Com muitos trabalhos, em tantas dimensões, “dar uma voltinha” e voltar
para ver como as coisas andam pode levar dez mil anos humanos ou físicos.
Quer dizer, no não-tempo dos seres espirituais, foi bem fácil permitir que
outros níveis de seres e hierarquias penetrassem na aura do planeta de
então, sem avaliar o que estaria ocorrendo por séculos ou milênios de
nosso tempo cronológico. Eu diria que não se justifica totalmente essa
surpresa de uma “invasão” originalmente causada por alguma negligência
ou acordos malsucedidos, mas foi o que ocorreu. É muito fácil confundir-
se e “deixar passar algo” quando se vive e atua de forma “não polarizada”,
ou seja, sem estar fixo a uma realidade. É o que ocorre quando se percebe
ou se experimenta realidades sutis como as das dimensões conjuntas, as
quais brevemente descrevi no glossário do livro verde. Para inicialmente
entendê-las, seria preciso imaginar algo como uma teia de aranha que
tenha sido construída desde um ponto central. Uma quantidade muito
grande de fios espalha-se em todas as direções, mas permite o contato e a
interação com os demais. As dimensões integradas são como um ponto
central de confluência e, ao mesmo tempo, de acesso e de profusão para
outros locais e outras dimensões. Por não haver, nos planos do não-tempo,
uma noção de importância, somente quando algo exija uma participação
maior é que a atenção se volta para uma dimensão ou local específico.
É possível fazer um exercício para perceber as inúmeras dimensões: fecha
os olhos e pensa no que tu gostas. Pensa no cachorro; pensa no que
deixaste de fazer ontem; pensa numa conversa com um amigo. Aí tens, na
tua tela mental, inúmeras dimensões diferentes.

323
Conversando Sobre MOINTIAN

140. O BEM E O MAL, ANJOS E ARCANJOS

É bom quando conseguimos sentir que não é apenas a vida humana e


terrena que existe, e podemos reconhecer seres que nos orientam,
nutrem e elevam. Mas precisamos estar atentos aos enganos e até onde
esses seres podem nos levar. Eu escrevi muito sobre arcanjos e as
hierarquias no livro branco. Ficou bem explícito que a hierarquia chamada
angélica e arcangélica segue aos propósitos do seu líder Muriel. Tanto
aqueles que ficaram conhecidos como Miguel, Rafael, e os outros todos,
seguem dentro dos limites do plano da Campânula. Podem até ter sido
seres que, de alguma maneira, contribuíram para a hierarquia humana,
mas ainda servem apenas dentro da Campânula. Atuam como uma
hierarquia de suporte dentro desses níveis. Eles podem dar ferramentas
para aqueles que vão avançando, bem conforme coloquei no livro branco,
mas, a certa altura, atrapalham, enganam e estancam o desenvolvimento.
É preciso cuidar disso. É preciso estar atento para deixar para trás a
influência deles quando se tem a oportunidade de reconhecer o que
somos em nosso íntimo. Mesmo que nos deem ferramentas, elas serão
substituídas pelas verdadeiras e mais potentes quando assumirmos nossa
própria essência. Então, veremos que as que eles nos forneciam eram
pequenas perto das que sempre tivemos. É o mesmo que estarmos
sempre precisando de bengalas. E as hierarquias são bengalas perigosas.

Anjos e Demônios ou o Bem e o Mal


Anjos e demônios são hierarquias que servem à Campânula desde a
quarta e quinta dimensão. O Bem e o Mal: o Bem são as hierarquias
predominantes, dentro da Campânula; o Mal são os rebeldes, os que se
tornaram coadjuvantes, derrotados nas primeiras batalhas pela conquista
do território humano. Ambos, anjos e demônios, eram soldados que
serviam a uma mesma causa. Para os humanos e para os libertos, esses
dois lados expressam o mesmo problema. Parece que o lado que
predominou, que ficou conhecido como o bem, nessa luta, ajuda o
humano quando, por exemplo, oferece presentes, dádivas ou informações
que se transformam em “avanços”, como foi o caso da agricultura, da cura
para alguma doença, etc. No entanto, isso não passa de uma maneira de
produzir mais dependência. No caso da agricultura, primeiro veio o

324
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
ensinamento sobre a dependência de alimentos. Depois, a necessidade de
ter que trabalhar e se sustentar para poder comer. Dependência e luta
pela sobrevivência: presentes ou maldições?
Se analisarmos a influência de seres como os anjos, os protetores, os guias
e os mestres, para os quais muitas pessoas pedem ajuda, podemos ver
que seu auxílio, quando ocorre, envolve uma grande armadilha. Esse
auxílio retira a força interna, direcionando-a para uma devoção externa.
Um verdadeiro instrutor ou uma verdadeira indicação deve ser aquela que
mostra a força interna e que tudo deve vir do interior de cada ser.

Sistema de crenças
O que parece difícil para a maioria das pessoas entender é que, depois de
tantos milhares de anos, os seres dominantes e invasores ainda estejam
por aí.
Outro ponto que não entendem é o porquê não se manifestam
claramente. Há uma explicação bem simples para isso tudo: foi preciso um
grande investimento e uma alta tecnologia para criar um mundo de ilusão
para que pudessem dominar e continuar sendo reis e deuses do outro
lado. O que confunde é que a maioria das pessoas pensa que o governo
oculto está instalado aqui fisicamente. A realidade é que aqueles que
parecem ser os chefes ou os mandantes, não passam de marionetes
realizando, a qualquer custo, o que seus deuses mandam. Esse é o preço
por terem suas ambições. O que fazem é perpetuar a maior arma que eles
têm contra os humanos: sistemas de crenças.
Aparentemente contraditórios, esses sistemas de crenças coordenam os
passos dos humanos. Todas as pesquisas, os presentes e a evolução
humana estão de acordo com os passos que esses seres querem que a
humanidade dê. Por exemplo, uma doença como tuberculose se instala e
é incurável. Depois, vem uma cura para ela e, com isso, as riquezas para
alguns. Logo se instala outra doença ainda mais grave, e logo depois outra
cura e assim sucessivamente. Um aparente sofrimento, depois seu
aparente alívio, sempre guiado e sugerido por esses seres. Sistemas de
crenças que eles mesmos impuseram, contraditórios para os que não os
entendem, mas ferramentas de controle. Seja para que uns lutem contra
os outros ou para que se unam quando eles querem. Sistemas de crenças.
Criados para controlarem os passos humanos.

325
Conversando Sobre MOINTIAN

141. SOBRE RELIGIOSIDADE

Em um de seus sentidos etimológicos, a palavra religião significa voltar a


ligar: re-ligar. Nesse contexto, seria a forma pela qual o crente ou devoto
poderia voltar ao seu estado de união com a divindade. Essa é a ideia
corrente de prática religiosa. Ela fala da religação a uma divindade, a deus,
ao externo. Nunca fala do encontro com o ser original, com a divindade
em seu próprio ser.
Diante de tudo que pudemos entender, pelo exposto até aqui, pode-se
dizer que as religiões proporcionam, muito mais, a “desligação”. Elas
afastam o ser de sua verdadeira origem, de seu verdadeiro potencial. Para
que houvesse uma verdadeira religião, seria preciso reformular a ideia que
temos da devoção e entrega e, principalmente, à que ou a quem deveriam
seus devotos religarem-se.
Faz-se vital entender que a verdadeira religião deve ser a do ser humano.
O deus não é o humano, mas sim sua parte divina, que está latente e em
potencial no mais profundo do seu ser. Seria preciso abrir a mente para
entender o sentido de abandonar a ideia da deidade externa ou de que
sempre algo externo é melhor e mais profundo que tudo o que levamos
dentro de nós. A ideia do distanciamento dimensional também entra
nesse aspecto. É preciso entender que não é uma galáxia distante que tem
maior potencial espiritual, mas sim uma dimensão distinta da que
percebemos com os sentidos.

142. SETE QUESTÕES SUGERIDAS ATÉ ESTE PONTO

1 - Pergunta: Se o mundo é enganação e projeção holográfica, não seria


melhor destruir tudo?

Resposta: Não seria melhor a pura “destruição do mundo” porque é


preciso aprender ou ensinar a sair daqui sem entrar nas malhas
etéricas/astrais que foram criadas, e que fazem o ser humano retornar
continuamente, nos processos de encarnações. Por isso, a urgência com o
“religar” verdadeiro ao centro de si mesmo. Somente os que saem da

326
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
Campânula e veem o mundo desde fora, estão livres e não voltam mais
para cá, a menos que decidam auxiliar...

2 – Pergunta: Se a projeção foi feita ou criada “por eles”, como podem


estar presos até a quarta dimensão?

Resposta: A quarta dimensão era a mais densa e original. A terceira


dimensão foi a criação que vemos, o plano de manifestação como o
vemos. A ideia, então, seria que eles não “foram para lá”, mas sempre
estiveram lá. A densidade original do planeta se vê em planos internos. Ela
é, portanto, invisível aos olhos humanos, acostumados na hipnose
planetária, que impede de ver o que há além.

3- Pergunta: Então, não existem anjos e protetores?

Resposta: Se alguém me pergunta se existem seres verdadeiros, posso


mostrar pessoas, amigos e alunos que expressam linhagens verdadeiras.
Poderia mostrar, em nossos encontros, verdadeiros anjos, por
expressarem aquela pureza ideal atribuída a tais seres; um verdadeiro
Xamã, por expressar um respeito e um contato profundo com as forças da
natureza; uma verdadeira energia viva de Shakti, por ser um
remanescente da energia criadora do planeta; uma verdadeira monja
encarnada, que expressaria o sentido mais profundo do respeito pela
divindade; uma perfeita encarnação de algo que poderia ter sido uma
Cabala original, por ter transcendido de maneira correta as características
que todo um povo ainda não o fez. São pessoas bem normais, na
aparência, mas com todo um potencial interno pronto para se manifestar.
Além desses, eu poderia mostrar seres que podem expressar verdadeiras
correntes espiritualistas. Para isso, os que têm potenciais internos
precisam, primeiramente, entender que todo conhecimento que
necessitam expressar não se encontra nos grupos já formados, mas no
que poderiam aprender com o seu conhecimento interno desperto.

4- Pergunta: Quais poderes um Mestre pode manifestar?

Resposta: É preciso ficar bem claro que o domínio da matéria, como


divulgado pelos grupos que gostam de fantasiar o processo espiritual, não

327
Conversando Sobre MOINTIAN
tem nada a ver com a manifestação de fenômenos. Os fenômenos, sejam
os realizados no campo da materialização, no domínio de forças físicas ou
de curas fantásticas e mirabolantes, são manifestados por seres
dominados pela Campânula, que produzem o desvio da atenção para
processos que não estão relacionados com o contato interno ou a
evolução verdadeira. Os que mostram poderes e que dizem dominar as
leis da matéria são justamente os mestres das geometrias e da
Campânula. Nós, como seres que viemos auxiliar e que, por definição
atual, somos os invasores dos invasores (invadimos a dimensão criada
pelos “outros invasores”), dominamos apenas o centro de nós mesmos. E
com isso, com essa ferramenta, combatemos e auxiliamos.

5- Pergunta: Se cada civilização e grupo original tem sua forma de


evolução, significa que sempre encarnamos no mesmo grupo e com a
mesma estrutura energética?

Resposta: Tendo como princípio de que a origem espiritual é uma só e que


as essências que se dirigem para este plano de manifestação, para
encarnarem, são provenientes de um plano muito elevado, teríamos
algumas considerações a fazer nesse sentido, antes que consigamos obter
uma resposta mais clara.
Um ser encarnado em um plano responde de acordo com as regras desse
plano, desde que não esteja consciente dos processos internos do plano
ao qual pertence ou de onde se originou.
Um ser que encarna, mesmo num plano denso, mas que esteja consciente
de seus objetivos internos e que já trilhou muito de sua caminhada antes
de sua manifestação física, pode já estar fora das regras estabelecidas
para um plano.
Quando um ser tem uma origem que remonta a raças que, por exemplo,
causaram distúrbios para um planeta inteiro, como no caso das raças
invasoras, ele vai passar pelos ciclos de encarnações de todas as possíveis
raças e estruturas que estejam envolvidas no mesmo processo.
Sendo assim, temos as duas possibilidades.
O que é preciso entender, aqui neste contexto, é que um ser, mesmo que
tenha feito parte de todo um projeto equivocado, tem sua essência pura.
Pode ter o resgate de sua essência e ascender, iluminar-se e estar fora de
todo esse ciclo de penitências, sofrimentos e carmas. Tenho visto muito

328
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
isso, de seres que teriam sua origem entre os Dracos, mas que, passados
milênios no trabalho para o resgate da verdadeira consciência, para o
resgate da verdadeira espiritualidade, dissolvem a barreira das raças e
origens densas e retornam à sua essência divina.

6- Pergunta: A Lua se desprendeu da Terra ou é uma nave reptiliana?

Resposta: Esse foi um questionamento que uma pessoa fez há algum


tempo. Analisando o que temos visto, parece-me que as duas versões são
corretas. Cada uma expressa a visão de dimensões diferentes, da mesma
maneira que a história da Terra também pode ser contada desde
perspectivas que podem ser assumidas em dimensões diferentes, mas que
estão conectadas e influenciando-se mutuamente.

7- Pergunta: Sobre Jesus e os Mestres, o que se pode dizer?

Resposta: Primeiro, que existe toda uma literatura conflitante e


contraditória. Segundo, que é preciso saber com qual Jesus alguém entra
em contato, pois há muitas manifestações do ser e de um ser chamado Jesus.
Antes de entrar no assunto de Jesus, é preciso falar sobre o ser que
chamam Melchizedek ou Melquisedeque. Atribuem a esse ser a qualidade
de Rei do Mundo, o grande sacerdote. Dizem alguns que seria uma
encarnação anterior de Jesus, quando, se fosse verdade, estariam
querendo se referir ao Cristo. Temos, pois, que esse é um dos nomes do
deus do mundo, e que nada tem a ver com o Logos ou o Regente
Planetário. Esse é um dos seres que pode ser encontrado no plano astral,
como fonte de toda uma cultura e ritualística. Atualmente, existem muitos
grupos que dizem iniciar pessoas na aura desse ser ou que muitos podem
“chegar ao nível de um Melchizedek”. Dizem que esses seres são partes da
Grande Fraternidade Branca e que é a expressão da divindade que todos
devem atingir. A bagunça generalizada é tão gigantesca que dá vergonha
falar que somos seres que vivemos a espiritualidade: podemos ser
confundidos ou associados com essas pessoas crédulas e com buscadores
desinformados ou mal-intencionados. Quanto mais circo houver em torno
de nomes e seres, mais certo será que não são manifestações reais ou
divinas. A confusão é grande e a enganação permanente nessa área.

329
Conversando Sobre MOINTIAN
Alguns relatam que Jesus falou de Melchizedek. Mas ele o fez porque
tinha por missão desmascarar o rei do mundo subterrâneo e os que
controlam a Terra. Ele sabia disso. A grande confusão ficou mesmo grande
quando os próprios seres da Campânula assumiram a figura de Jesus como
messias e não como seu destruidor. Viraram o jogo a seu favor e, ainda
hoje, informam, para os religiosos e para os místicos, de acordo com o que
precisam, para manipular a esses dois lados. Os místicos, pensando que
são opositores à igreja e aos dogmas, são mais crentes que os carolas e
vivem controlados pela contrainformação crescente. O mesmo que fazem
com Jesus, fazem para todos os Mestres e seres iluminados: inventam
histórias; associam com energias, iniciações e ritos que não fazem parte da
verdadeira corrente interna desses Mestres.
Muitos falam de seus contatos com Jesus. Nesse aspecto, é preciso ter
cautela e muito discernimento. Harmonizar-se com o Jesus criado, com o
Jesus cultuado ou com um Jesus absolutamente morto é o mesmo que
estar cultuando uma prisão, uma hierarquia aprisionadora.
É fácil deixar-se equivocar: muitos místicos, para chamar a atenção,
informam a seus seguidores que se harmonizam, veem, vivenciam com
Jesus. Mas o fazem com uma imagem do Jesus histórico, que viveu
milhares de anos atrás e que agora não é nada mais daquilo que nunca foi.
É preciso lembrar que seres viventes em planos espirituais estão sempre
em evolução. Não ficam presos a uma encarnação ou personalidade.
É fácil depositar amor, sentimentos puros e devoção por algo equivocado
e que, mesmo assim, faz aflorar coisas boas, mas não verdadeiras. Quem
não se apaixonou por uma pessoa errada que jogue a primeira pedra. É
fácil deixar-se enganar quando queremos algo, quando nos devotamos a
algo ou nos apaixonamos por algo sem, no entanto, estarmos realmente
no íntimo da questão, quando não percebemos a dimensão exata de onde
provém o que defendemos ou aquilo a que nos devotamos. Só quando
vivenciamos a dimensão de algo, sem paixão, sem ter ouvido falar, mas
por conhecimento direto, podemos ter alguma noção do que essa coisa ou
objeto realmente pode ser. E, mesmo assim, na maioria das vezes,
podemos estar entre uma intuição mental e uma interna, ou mesmo numa
vivência em um nível que não mostra todas as possíveis facetas de um
evento ou ser.

330
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D
Sobre a história de Jesus, que muitos me perguntam, falei em uma charla
e vou reproduzir algumas das informações, que não são novas e não estou
falando com exclusividade.
Eu não estive com o Jesus. Quando vivi na Caxemira, 2000 anos atrás,
tínhamos informações, sabíamos e sentíamos que havia um ser de enorme
grandeza realizando um trabalho no planeta. Tinha meu trabalho e já
manifestava um nível anterior do MOINTIAN. As distâncias eram as que
todos podem imaginar e os deslocamentos demoravam muito. As direções
que seguia não eram as mesmas que levariam a esse ser. Ademais, eu
nunca tive mestres neste planeta, por todos os motivos que já expliquei
em outros pontos.
Colhi muita informação, nos anos em que vivi desencarnado e nas
vivências com outros reinos, seres e mestres. Quando as Hierarquias se
manifestam, ou quando sou convidado para participar de algum evento
com eles, obviamente, estou com eles. Em muitos momentos ficamos lado
a lado e relatamos os fatos de nossos trabalhos ou assistimos a projetos
sendo realizados pelo conjunto da hierarquia. Os fatos que relato são,
portanto, uma reunião de dados coletados diretamente de várias fontes:
da história lida na aura desses próprios seres; da história atemporal
registrada no cosmos, no planeta e em várias dimensões; dos relatos
emitidos por seres e energias participantes dos eventos.
Para ser breve, posso dizer que a imagem que se vê de Jesus não é nada
parecida com sua face real. Recentemente, alguns pesquisadores forenses
tentaram recriar uma face baseada nos traços gerais das pessoas que
vivem na região que Jesus originalmente teria vivido. Usaram como base
um crânio de um homem que vivera na mesma época. Por mais estranho
que possa parecer, o resultado ficou muito semelhante ao que era o rosto
de Jesus. Quanto ao sudário, de fato ele mais parece com o Cristo, aquele
que se manifestou no Jesus nos anos que ficaram conhecidos como os do
seu ministério.
Como deve estar claro para todos, Jesus não morreu na cruz. Viveu até
mais de setenta anos, deixou alguns escritos, ensinou. Há muitos relatos e
documentários que chegam perto de uma versão mais verdadeira de sua
história, mas do ponto de vista da vida em si, de que importam? Para os
mais curiosos e que gostam de pesquisar, há um documentário da BBC
chamado “Did Jesus Die On Cross?” e um livro que tem alguns dados
corretos e outros tantos especulativos, denominado “Os Manuscritos de

331
Conversando Sobre MOINTIAN
Jesus”. Aqueles que gostam de ler e pesquisar intelectualmente,
descobrirão histórias mortas, de alguém que viveu manifestado em uma
personalidade, mas que não é nada mais daquilo há muito tempo.
Foi na encarnação seguinte que o ser que era denominado Jesus
ascendeu, tornou-se um Mestre. Alguns autores mais antigos associam
essa sua última encarnação com a figura de Apolônio de Tiana. Eu
contesto as histórias dos dois personagens e não associo um personagem
ao outro.
Vale lembrar que os três anos que são lembrados como “o ministério do
Cristo” foram os anos nos quais o Cristo viveu encarnado nos corpos
densos de Jesus. Após a crucificação, o Cristo volta ao plano espiritual e o
Jesus continua o seu processo de encarnação. Outros fatos a serem
lembrados:
• os pais de Jesus eram seres de alta evolução, preparados para um trabalho
em nível planetário e que pertenciam à hierarquia espiritual original;
• ele não era pobre e menos ainda carpinteiro;
• a imagem mostrada no Sudário é a do Cristo.

Quanto aos demais mestres, o que posso dizer, de maneira resumida, é


que cada um tem que escolher o que quer ser e com o que quer se
conectar. As informações veiculadas na internet e as que vão sendo
encontradas nos livros, novos e antigos e, depois de recolhidas, chegam ao
leitor curioso com dados compilados de todo tipo de corrente
espiritualista. Vale dizer, agora aberta e claramente, que além de Muriel,
conforme descrevo no livro branco, os outros dois mestres que falaram,
ao Delci da época, sobre a Campânula, foram Kuthumi e El Morya, que são
representantes e mantenedores de várias escolas esotéricas espirituais.
Com essa informação, deixo para que o aluno reflita em sua profundidade
e analise onde os mestres atuam e a que nível podem influenciar. É
preciso entender a diferença entre as hierarquias planetárias e as de
outros níveis espirituais.
Muitos dos mestres ascensionados, como representantes da Hierarquia
Planetária, visitam-me, trocam informações ou chamam para eventos no
plano interno. Mas o departamento que sigo é completamente isolado de
todas as hierarquias do planeta.

332
AS DIFERENTES HIERARQUIAS ESPIRITUAIS PARTE V D

143. BREVE ANÁLISE E RESUMO SOBRE AS DIFERENTES HIERARQUIAS

Diferentes hierarquias no planeta


Cósmica original
Deuses e invasores
Humanos ascensionados
Mestres auxiliares

Hierarquia Cósmica Original


Logos
Regente Planetário
Choans
(Mestres dos Raios e das Escolas Internas)
Conselhos formados por Mestres Galácticos

Hierarquia Onde residem


Hierarquia Cósmica Original Centros Energéticos Planetários; Bases; Naves
Hierarquia dos Deuses e Templos; Pirâmides; Templos Antigos; Centro
Invasores do Planeta; Bases; Naves; Colônias

Níveis de Hierarquias
Planetária Solar
Galáctica Universal
Multiuniversal

Muitos leitores certamente já ouviram falar sobre a Grande Fraternidade


Branca. Essa seria a denominação da reunião de seres excelsos, composta
por mestres da luz e que apenas benefícios traria para a humanidade.
Como tentei demonstrar nesta parte, os fatos não são exatamente como
tentam convencer os autores e místicos com pouca vida interna. Sabe-se,
além disso, que existem várias fraternidades ou “Lojas Hierárquicas”:
Branca; Cinza; Negra. De acordo com o que descrevi, sobre qual nível
alguém pode contatar ou estar coligado, as diferenças entre elas residem
apenas nos nomes. Não faz diferença, segundo a conjuntura planetária, de
enganações e informações contraditórias, dizer que segue uma ou outra,
para quem não está internamente iniciado e conectado com a sua
essência.

333
Conversando Sobre MOINTIAN
Uma explicação para a multiplicidade de hierarquias, ritualísticas e escolas
reside na multiplicidade de Raças-raízes e suas sub-raças. Elas constituem
as hierarquias humana e da Terra dos invasores. O que resta, sem toda
essa multiplicidade, é a Hierarquia Original. Finalizando:

Quando o contato interno se estabelece, os mistérios desaparecem e a


linguagem velada dá lugar ao discernimento e à sabedoria.

334
V E – A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA

PARTE

VE
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA

335
Conversando Sobre MOINTIAN

V ESPIRITUALIDADE SOB A ÓTICA DO MOINTIAN 211


VE A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA 335
144. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA I 337
145. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA II 344
146. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA III 345
147. TROCAR MEDOS POR FORTALEZA 346
148. TUDO É TUDO E AS NOVAS CONSPIRAÇÕES CÓSMICAS 347
149. RITUAIS DE FESTAS 362
150. O BEM E O MAL SEGUNDO A NOVA PERSPECTIVA HUMANA 364
151. O CÉREBRO TRIUNO 368
152. A FORMAÇÃO DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA 369

336
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E

144. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA I

A - INTRODUÇÃO
O que se pode ver hoje, como sendo um grande problema para o planeta,
é que estamos rodeados de seres de todos os tipos.
Vivemos em um planeta que foi colonizado, explorado e tem sido alvo de
inúmeros tipos de experiências e projetos atribuídos às “forças
involutivas”, aos negativos ou às raças negativas.
Temos, na ordem de mais da metade da população, povoando o planeta,
seres que servem de marionetes. São os seres que mantêm o
funcionamento do planeta por muitos milhares de anos. Esses são os seres
que chamo “sem alma”, os clones humanos. São os protótipos dos
híbridos e os híbridos do presente e do futuro. Há, vivendo no planeta,
seres que são híbridos, resultado da mescla de raças humanas originais
com os extraterrestres ou extradimensionais. Além desses, existem seres
que são como clones, que têm suas essências divididas e que, por isso, não
têm uma conexão avançada com sua parte divina. Eles são a massa
predominante deste planeta desde há milênios. Eles são as pessoas que
povoam as cidades, as igrejas, que constroem prédios, que constroem
armazéns, que plantam, que colhem, enfim, seres comuns. Tu, lendo este
tópico, podes ser um desses. O que caracteriza seres que estou chamando
de clones ou os híbridos, viventes desde todo o sempre, é que esses seres
não possuem conexão além da alma. Vou dizer “sem alma”.
Por esse fato, não têm nada além de seu invólucro físico e seu astral. Por
isso padecem de doenças, de pesares e fazem-se presentes nas igrejas.
Por que estão programados para ser a massa humana. Deveriam ser
apenas mão de obra para o início das colonizações de seres negativos, mas
aprenderam a se reproduzir, o que lhes fez parecer providos de alguma
característica que os fizesse parecer livres. E deram o nome de livre-
arbítrio ao peso de suas escolhas. Isso é o que pensam os seres que são
assim. Entretanto, são parte de uma obra sinistra e obscura, que os tornou
apenas servos para que o domínio pudesse ser realizado, mesmo tendo a
capacidade de se reproduzir. Os colonizadores brincavam de criadores e
colocaram servos para trabalhar, programados para o trabalho que
necessitavam, como a extração das riquezas. O ápice desse plano foi
introduzir, nos seres criados, a capacidade de reprodução. Assim, os próprios

337
Conversando Sobre MOINTIAN
escravos forneciam a mão de obra que necessitavam, reduzindo ainda mais a
necessidade que aqueles seres tinham de realizar outros serviços.

B - DESALMADOS
Como é sabido, por meio das leituras que já tenham feito ou do que
sempre me ouviram falar, busco um equilíbrio entre a profundidade do
discurso, do que expresso, principalmente por meio destes tópicos, e a
prática ou a aplicação do que é falado. Penso que fico alienado dos
materialistas convictos e também dos espiritualistas convictos. Isso ocorre
porque não estou em nenhuma destas qualificações. Se me perguntarem
hoje o que pretendo ser, posso achar, neste momento, que sou um
pensador liberto. Só assim vou construindo o meu próprio entendimento
das coisas que tenho visto e vivido, que é o mais importante para mim.
Nessa última frase, se resume o que venho falando: que tudo deve partir
do que se sente internamente, do que verdadeiramente nos dá convicção.
Mas até isso deve merecer nossa atenção, sendo necessário manter certa
flexibilidade, pois se ainda não alcançamos o âmago de uma questão
qualquer, todo ponto de vista que tenhamos, por mais profunda que
tenha sido nossa experiência com o que defendemos, será apenas uma
opinião. E como saber se mantemos uma simples opinião ou se já
conquistamos uma parcela de verdade sobre um tema, um assunto, uma
ideia? Só com a presunção poderemos emitir uma resposta a essa
pergunta, pois enquanto estamos crescendo - e estamos sempre
crescendo, evoluindo - não podemos ter uma ideia exata a respeito de
qualquer coisa que seja. Mas nisso existe uma saída para identificar a
sabedoria adquirida. Essa saída reside no fato de que é possível identificar
o ponto, o passo ou a maneira de pensar que uma pessoa ou ser se
encontra, a partir do raciocínio ou da opinião que ela emite, de acordo
com o que já vivenciamos. Ainda assim, isso exige conhecer quem nos fala
porque, do contrário, estaremos sempre querendo julgar a opinião do
outro, de acordo com algo que já vivemos e que não merece crédito, pois
é ultrapassado para nós. Nisso está outra fase de reconhecimento interno,
que se pode chamar de “paciência e maturidade”, que é saber guiar pela
experiência, sabendo da importância que cada processo e opinião tenha
para cada ser em cada momento de sua existência. Aí se encontram
mecanismos de pensamento, mecanismos de associação de ideias,
mecanismos de desenvolvimento da percepção, da consciência. Mas não

338
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
se pode afirmar que aí se encontrem mecanismos que definem que uma
pessoa, por possuir discernimento na resolução de conflitos e o poder de
aconselhar outros através de suas experiências, é um ser evoluído.
Se tu já estavas te identificando com a beleza do pensamento, conforme a
linha de raciocínio que emiti acima, agora vou te desconcertar.
O que estava expondo acima, ainda que belo e que de fato identifique
uma pessoa em crescimento na compreensão de outros “irmãos”, não
denota que esse desenvolvimento signifique que essa pessoa tenha alma.
A compreensão da alma, ou das experiências latentes, imanentes,
inerentes, indeléveis até o ponto que tenham que se dissolver (pois
experiências de vida são importantes para uma alma, não para níveis
acima disso) denota um ser que evoluiu através de encarnações e que
aprendeu coisas com vidas passadas no plano encarnado. Isso não significa
que as experiências que tenham sido revividas e relembradas, até mesmo
nessas práticas que se tornaram usuais, como o que chamam regressão,
sejam memórias de encarnações passadas, que são atribuídas, até este
ponto, a seres que possuam alma. Essas memórias revividas, em sua
maioria, maioria mesmo, são registros inconscientes, do inconsciente
coletivo, registros de memórias alternativas como, por exemplo, os
mecanismos de defesa que nossa mente cria para que possamos suportar
um trauma ou alguma experiência muito negativa. Por último, o que
importa para este tópico, são as memórias de antepassados que, estas
sim, podem ser as memórias de tempos remotos que qualquer um,
mesmo um ser sem alma, pode ter, pois o remete para a sua linhagem,
origem física, memória celular. Está sendo passada de geração a geração. E
está impregnada de emoções. Mas não significa que tenha o fogo ou a
chama do espírito divino ou a partícula de percepção extracorpórea que
identifica seres em evolução. Descrevo essas partículas, as PISEs, dos tópicos
165 ao 167 da parte VI do presente livro. E existem ainda os “programas”
que são implantados para que determinados registros despertem, fazendo
fortalecer ainda mais a crença de que são memórias verdadeiras. Agora
chegamos ao ponto que quero começar a desenvolver neste tópico.

C - DEFININDO
Quero deixar claro que existe uma grande massa de seres sem alma
vivendo na Terra desde tempos que vão muito aquém dos registros da
história convencional. E que tu mesmo, agora lendo este artigo, não te

339
Conversando Sobre MOINTIAN
assustes se fores um desses seres. É uma questão de definição, neste
momento, não um julgamento e, menos ainda, uma condenação. O fato é
que, enquanto escrevo este tópico, não disponho de uma solução
imediata para este impasse. Mas vou descrever o que significa esta
constatação ao longo destas linhas.
Muitas vezes já havíamos conversado, principalmente em nossas charlas, a
respeito de uma informação que obtive sobre a existência de seres
híbridos na superfície do planeta e que, num futuro próximo, o número
destes seres seria igual ou superior aos seres humanos “normais”. Esses
híbridos, que falo neste parágrafo, seriam uma mescla de DNA humano
com o de dracos, ou seja, os reptilianos originais. Alguns deles foram
capturados pelas hierarquias da luz na tentativa de se fazer uma reversão
do processo de “malignidade”, de acordo com os padrões espirituais, mas
a coisa não saiu bem como o esperado. Para resumo de conversa, muitos
permaneceram no planeta e fizeram parte de planos obscuros, por parte
de determinadas instituições mundiais e resulta no que está acontecendo
até mesmo aqui no Brasil, com experiências de ordem genética. Mas isso
aconteceu antes que a hierarquia “expulsasse da atmosfera planetária” os
“malignos” que produziam toda sorte de abduções e coisas negativas que
tivemos notícia... E esses híbridos permanecem, pois são 50% humanos. Aí
teremos outro problema futuro, mas não é tema para este tópico.
O fato é que sempre houve os tipos de seres híbridos e os tipos clones, ou
algo que o valha. São como robôs e vivem entre nós. Mas não imagina
algo como os androides do Star Wars, R2D2 ou C3PO. Imagina a tua tia ou
a tua avó ou a tua amável vizinha. Esses tipos produzidos em série estão
desde há muitíssimo tempo no planeta e sua origem remonta aos
colonizadores primários, como os reptilianos e outros, que vieram
colonizar, explorar ou minar o planeta. Produziram seres robôs biológicos,
da mesma maneira que os são a raça conhecida como Grays, que tanto
assusta nos filmes de ficção científica. Mas os piores tipos são os que não
estão escondidos e vivem, há milhares ou talvez milhões de anos, como
sendo seres chamados humanos. Porque são humanos. O fato é que esses
seres não têm alma individual nem conexão com o superior. Aprenderam
uma arte muito especial, que é a arte da reprodução e com isso, estão por
aí, cumprindo o plano da “criação”. Este é o ponto: eles cumprem o plano
da criação. São religiosos, pois seu deus é este das igrejas, que engana até
os verdadeiros humanos, mas é o deus disfarçado, porque atrás da

340
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
máscara se reflete a imagem de um réptil (aqui, no sentido de algo não
humano e feio, para nossos padrões de estética atuais). Então, deus é o
diabo, e a própria coisa contra a qual a igreja se dizia lutar. É a enganação.
É a conservação de um plano de escravização, de exploração de energia
biofísica e de trabalho feito por milhares de anos. Talvez por isso que os
padres eram os que cumpriam a função de exorcizar, porque eram
“instrumentos da igreja” para controlar aqueles demônios que queriam
um corpo físico para se manifestarem, indo contra o princípio que estava
estabelecido para cada grupo. Isso porque, talvez, toda essa ordem de
seres inferiores estivesse controlada pelo tal deus que na verdade é o
chefe da coisa toda.

Mas aí podem perguntar: como são os seres sem alma?


Esses seres são, como disse acima, como a tua tia, o teu vizinho simpático,
o teu patrão. São seres que governam, seres que têm ambição, seres com
espiritualidade e com devoção. Eles são os patrões ou os empregados, são
os que sofrem e os que dão esperança. Enfim, são como o que estamos
acostumados a ver. Como qualquer um. O fato é que não possuem alma.
Aí reside a diferença. Mas ainda assim, possuem o que conhecemos como
emoções, o que produz ainda maior confusão. Possuem emoções, como se
fosse algo verdadeiro, mas não possuem o movente disto, que é a alma e
sua conexão com o superior. Ou possuem apenas uma parcela disso.

E como se faz para reconhecê-los?


Aí a coisa complica. Afinal, fala-se que uma pessoa que tem
espiritualidade, que tem religião, está mais próxima de deus... Mas se
deus, esse deus que falamos desde há milênios vem enganando a todos,
então podemos dizer que a religiosidade e a espiritualidade são falsas e
não levam a nada, absolutamente nada além da conservação do problema
que até agora vivemos.
O fato é que existe sim algo maior. Algo que de fato importa. E isto é o que
importa: que consigamos sentir, em nosso íntimo, a conexão com o divino.
Mas não com este deus da mentira, senão que com o divino que temos no
íntimo de nosso ser. Esse é o deus que nos retira do véu de ilusão que
sempre vivemos. Esse é o sentido de dizer que precisamos retirar o véu
das ilusões, que este mundo é uma ilusão.

341
Conversando Sobre MOINTIAN
Mas e os que não têm alma? Que podem fazer?
Na origem da construção de seus corpos e de sua manifestação, aqueles
inescrupulosos cientistas espaciais conseguiram fragmentar almas ou
essências divinas. Tornaram a esses humanos como se fossem animais,
porque passaram a compartilhar uma parcela de alma em comum, como a
alma de grupo dos animais. Estás entendendo? A única saída para eles
está que, em seu âmago, no mais profundo de seu ser, reside uma parcela
divina que, mesmo que não os remeta a uma individualidade humana, os
retira da necessidade de perpetuar uma raça que não tem objetivos do
ponto de vista espiritual.
Mas existe ainda outro tipo de seres que perambula pela superfície
planetária e em outros mundos, que também pode estar sem a conexão
com o divino. E é um problema que devemos encarar com muita
tranquilidade e sabedoria. Lembremos que, na definição espiritual, se diz
que temos uma mônada regente que se divide em sete, e que cada uma
dessas sete se divide em cento e quarenta e quatro, que são chamadas
almas e que essas almas encarnam para aprender, experienciar ou ajudar.
O processo de retorno à divindade, que é o que todos estamos fazendo,
ou seja, o ciclo de retorno, de volta para casa, enfim, todas essas coisas
que nos falam aos montes, exige que se tome as rédeas do
desenvolvimento espiritual. Isso significa que tu que lês, para tua
evolução, em determinado momento, deves assumir a responsabilidade
por tua caminhada para ser uma mônada encarnada. Isso é o que estamos
fazendo hoje como parte do processo evolutivo. Não queremos ser almas
encarnadas, mas mônadas, porque estamos indo rápido para uma
dimensão superior. A quinta, sexta, seja o que for. Se encarnamos a
mônada, vivendo na terceira dimensão, estamos livres para qualquer
processo que ocorra no planeta não nos afetar. Porque estaremos em
dimensões superiores, mesmo encarnados, e fora do jugo das forças que
controlam e sempre controlaram a atmosfera planetária.
Agora pensa comigo: e se outra das tuas extensões de alma tomou a
decisão antes de ti e levou consigo as conexões divinas?
Pois aí temos o problema das pessoas que sofrem toda sorte de mazelas,
que podem estar deslocadas e ainda servirem de alimento para as forças
involutivas, porque, para além da experiência espiritual e física que já
tiveram até o momento da decisão da outra extensão de alma, vão ficar
estagnadas esperando a morte chegar, quando então as fagulhas de

342
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
partículas divinas serão reabsorvidas no reservatório planetário ou na
mônada já viajante. A saída, para esse caso, seria simplesmente devotar a
vida ao divino e ao plano divino real. Ser uma pessoa de boa índole e
continuar vivendo...

D- CONCLUINDO
Podemos ver, desse ponto de vista, que na verdade essa coisa de somos
todos um é outra grande armadilha. Isso não existe, não é assim. Devemos
sim, em primeiro lugar, assumir que somos muito diferentes, somos de
diversas linhagens e sistemas, de diversas origens, e que a maioria está
aqui apenas para servir, mas servir a um plano obscuro, nefasto. E aqueles
que sempre se acharam os maiores iluminados ou que tinham uma grande
mente pensante podem ser justamente os que trabalharam para que esse
plano se fortalecesse e chegasse até nossos dias, mesmo sem ter noção do
que estavam fazendo. Por isso que sempre falei de linhagens, de seres de
origens diferentes, e do problema da massificação de conceitos de ordem
espiritual. Imagina fazer determinados procedimentos que, em vez de
trazer iluminação, vão degenerando teu campo sutil para que sirva de
“bateria” para outros seres...
É por esse motivo que muitos métodos terapêuticos, como florais de bach,
homeopatia, psicanálise, terapia comportamental, etc., para citar apenas
alguns, servem e têm maior eficácia para determinados tipos de pessoas e
em níveis até o que se chama energético, mas não afeta os níveis acima
desses. E essas terapêuticas funcionam e se espalharam pelo mundo
porque é fácil tirar dinheiro dos robôs, porque uma grande parte deles
tem muito dinheiro, pois eles são máquinas de trabalhar e persuadir e ser
persuadido e o fruto desse trabalho, hoje em dia, gera dinheiro. É a
recompensa pela doação da energia que eles fazem aos que os comandam
desde todo o sempre. Outro ponto acerca de terapias e cura, é que esses
seres, essas pessoas, não têm força, não sabem e não gostam de fazer as
coisas por eles mesmos. Doenças aparentemente novas, como a
depressão e suas variantes, entre outras que não quero citar agora, são
fruto de uma tentativa de gerar ainda mais robôs. É como se estivessem
desconstruindo o que ainda resta de ser humano do planeta. Estou
falando isso para que não queiram ter essas enfermidades e que, dessa
maneira, alcancem e gerem em si a força interna que pode modificar todo
esse contexto.

343
Conversando Sobre MOINTIAN
Mas, ao contrário de semear discórdia, o que pretendo é que, na medida
em que mais e mais nos tornemos conscientes das diferenças internas,
possamos, aí sim, construir um planeta diferente em um novo ciclo.
Deixando as máscaras de lado, deixando de achar que somos superiores
aos que de fato serviam ao plano do obscuro, podemos começar a
planejar um futuro equilibrado, com a participação de todos. Esse é um
começo. E continuamos...

145. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA II

Para tentar suavizar o tópico anterior, vale ressaltar que não é o objetivo
destes artigos e muito menos do trabalho que fazemos neste plano,
despertar desesperança, separação ou pessimismo entre nós como seres
humanos. Bem ao contrário disso, nossa mensagem sempre foi, é, e
continuará sendo a da esperança, de acreditar que somos todos divinos e
que, sim, temos solução para tudo.
O fundamento destes tópicos é responder a questionamentos de alunos
sobre temas que não foram tratados no Manual ou nos demais livros e
encontros, de uma maneira mais aberta informal. São temas que precisam
ser colocados nesse momento, para que possamos descobrir quem somos,
quais forças estão atuando no planeta, para ambos os lados e,
principalmente, para sabermos o que podemos fazer para nos libertarmos
do jugo dessas forças opressoras que sempre nos colocaram como
objetos, escravos e dependentes. Esse é o meu objetivo.
Vejo no MOINTIAN uma chave segura para que toda e qualquer
interferência que porventura tenha nos impedido de atingir aquilo que
devemos ser, que é a plena manifestação do divino que sempre fomos,
possa ser retirada.
Mesmo no caso dos “sem alma” conforme exposto no tópico anterior,
existe a possibilidade de agregar partículas de luz para que, se não nesta
vida, durante o período de entre vidas, possam romper com o ciclo de
escravidão a que foram submetidos e assim, de alguma maneira, as
hierarquias trabalharão para que sigam com a evolução semelhante ao
que foi proposto para a presente civilização. Devemos querer uma nova
humanidade, liberta e integrada.

344
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
Acrescento aqui que, embora tenha colocado esses fatos como algo
profundamente arraigado ao planeta e à memória celular desses seres, a
saída para qualquer prisão é sempre o amor. Qualquer ser, por desprovido
que seja de qualquer corpo que lhe permita elevar-se nos planos e
dimensões, mas que tenha o sentimento de amor desenvolvido no grau
mais inicial, já está no caminho da sua evolução. O respeito pelo
semelhante, o amor pela vida, a verdade como caminho, aproxima
qualquer ser da divindade que, em algum grau, possua em seu interior.
Acrescenta-se a isso o amor incondicional, verdadeiro, que nos une ao que
de mais sagrado temos, que é a parcela divina em nosso interior. Acredito
sempre na possibilidade de reverter qualquer quadro de obscuridade.
Acredito inclusive que a eliminação de muitas doenças, atribuídas a seres
que não possuam o contato com o plano da alma, ou que não a possuam
de fato, pode ser realizada na medida em que esse contato comece a ser
refeito. Então, o desenvolvimento real para esses seres é o reencontro
com sua essência, através do cultivo do amor pelo bem e pelo belo.
O MOINTIAN, como uma prática que vem desde há milênios servindo
como elo entre civilizações, raças e seres, contribui para essa realidade se
manifestar. Se não fosse assim, não teríamos tido acesso a essas
informações e não teríamos iniciado esse tipo de discussão.

146. SOBRE ALMAS DIVIDIDAS E SEM ALMA III

Pergunta: Como isso teria sido possível, de haver almas subdivididas, dado
que almas ou esses tipos de manifestações seriam partículas divinas?

Resposta: Talvez os que pudessem responder melhor a essa pergunta


fossem mesmo aqueles que fizeram o tal processo se manifestar ou que
aproveitaram da possibilidade que isso ocorresse para criar as formas
humanas que chamamos sem alma, clones ou híbridos.
Pensemos assim: já temos como aceito que um ser divino, por inúmeras
possibilidades, como para ter experiências ou para cumprir determinadas
tarefas, ao descer à Terra, como dizem, divide-se em partes menores que
viemos a conhecer pelo nome de mônadas. Essas mônadas, em geral
numera-se em sete. O ser original, para os parâmetros terrestres, da
evolução terrestre, já não era um só, mas sete. Elas vivem em um reino,

345
Conversando Sobre MOINTIAN
plano ou dimensão muito além do que conhecemos como plano humano.
São seres que vivem na sexta ou sétima dimensão. Quando precisam
descer ainda mais, descer tendo como definição a terminologia usual da
espiritualidade conhecida, cada uma dessas mônadas pode se dividir em
outras doze partes, chamadas almas. As almas são as partes do ser que
ainda vivem na quinta dimensão. Têm uma compreensão um tanto
diferente do mundo, porque estão num estado contínuo de experiências
livres, sem contato com a densidade e o mal planetário, aquele dos
sofrimentos e das emoções. Cada uma dessas almas pode se dividir em
outras doze, somando cento e quarenta e quatro extensões de alma.
Essas, são as personalidades que encarnam, que vivem, que se limitam a
experiências que duram o tempo de uma encarnação, e que ficam presas
aos processos daqueles que coordenam o que viemos a conhecer como
evolução humana. Se admitimos esse “processo de descensão” como
vimos, percebemos a possibilidade de fragmentação daquilo que
chamamos essência divina ou o homem original. Diante disso, vemos que
uma mesma alma, estando totalmente dividida, pode se perder,
alimentando suas extensões de alma que residam em diversas dimensões.
Quando uma dessas partes de extensão de alma alimenta ou é absorvida
por um corpo criado para ser alimento para seres de dimensões mais sutis,
como da quarta ou da quinta dimensão, ela empresta sua essência ou
encarna nesse corpo híbrido e o “energiza”. Essa seria uma explicação
para as partículas divinas que se dividem e que alimentam clones. Outros
mecanismos que os seres manipuladores conseguiram usar foram os
reservatórios naturais de partículas que contém uma essência ou uma
conexão com a parte divina. Usados como baterias, como alimentos para
corpos, eles foram adaptados para que esses corpos pudessem manifestar
o que conhecemos com o nome de vida.

147. TROCAR MEDOS POR FORTALEZA

Vejo que muitos alunos ou leitores desses tópicos ficam com medo,
quando percebem que o mundo pode ser uma grande armadilha. Não
podemos ter medo, temos que encontrar a fonte da fortaleza em nós
mesmos. Não nos ocupamos em saber quem são ou não malignos, pois
eles não nos importam. Importa nosso trabalho interno, nossa

346
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
integridade. Há muitos dracos e outros que serviram às forças obscuras e
involutivas que se tornaram positivos, como já afirmei. Muitos seres que
no passado remoto foram negativos transmutaram-se, venceram as
limitações genéticas, de raças e de propósitos, encontraram sua
verdadeira essência e hoje auxiliam às verdadeiras hierarquias. Então, não
nos cabe julgar ou rotular, mas seguir o nosso caminho e entender que, no
fim, todos somos iguais. Nosso trabalho é para o resgate dos que estão
presos aqui. Mas, para isso, precisamos da fortaleza interna e descobrir o
que somos e o que podemos ser.

148. TUDO É TUDO E AS NOVAS CONSPIRAÇÕES CÓSMICAS

Tudo é tudo
O que isto quer dizer? É algo que disse certa vez, anos atrás quando, ainda
na cidade de Alegrete, antes de toda a história do MOINTIAN iniciar,
tínhamos um grupo de estudos. Veja o contexto: estávamos estudando
muitas coisas, cada um provinha de um grupo distinto, com formação
teórica distinta, com percepções distintas, e uma miscelânea de
informações estava afluindo em nossa direção. Cada um tinha uma parcela
da verdade, como dizem, mas eu acho que era uma parcela de meia
verdade ou mesmo de enganação, olhando a partir da perspectiva que
temos atualmente. Cada um tinha pontos de vista distintos e havia pouco
consenso. Isso ocorria não porque estivéssemos errados simplesmente,
senão que estávamos todos certos. Essa é a parte difícil de entender. Mas
é assim porque vamos entendendo o mundo e aos outros e a nós mesmos
de acordo com o que experienciamos, vivenciamos e absorvemos. A partir
do momento que temos vivências de alma, isso ainda é mais intenso e
profundo, e quando temos vivências de mônada, é muito mais
abrangente. Então, tudo é tudo porque cada verdade é a verdade que
importa para aquele que a carrega. Tudo é tudo, porque cada verdade é
uma parte de todas as verdades possíveis.
Serão muitas as ideias que aparecerão nas próximas páginas. Preciso
mostrar certa alegria inicial para que, no final da leitura, ela também possa
ser demonstrada. Vou expor algumas teorias, concepções e pensamentos
de várias pessoas e grupos. Alguns tentam realizar um trabalho sério para
encontrar suas verdades. Outros procuram, com hipocrisia e dissimulação,

347
Conversando Sobre MOINTIAN
passar falsas informações e ideias absurdas e pouco demonstráveis. Por
sorte, não estamos lidando com a mente concreta, mas com o intuitivo,
para podermos desconstruir as ideias que nos colocam e obtermos uma
luz sobre essas hipóteses. Falarei um pouco mais dos deuses, Anunnakis,
reptilianos, uma pseudofísica, e outras coisas. Será um artigo extenso.
Então, prepara o teu mate e comecemos a charla...

Diante de determinados questionamentos que foram feitos


principalmente em conversas, resolvi “atualizar-me” sobre as muitas
teorias, grupos e conclusões que se pode obter na mídia atual sobre a
origem da humanidade, as perspectivas futuras diante dos discursos
catastróficos e certas teorias sobre a energia e as dimensões acessíveis.
Como todos devem saber, minhas conclusões a respeito de qualquer
ponto nunca estão baseadas em outros autores, ou nas ideias de grupos
ou instituições e muito menos em compilações de obras, mas em
pesquisas realizadas na vida prática, na percepção e na vivência em
distintos níveis de consciência. Por esse motivo, tenho sempre falado que
estou muito só, parecendo que sou o único detentor da verdade, como
muitos me denominam. Mas isso ocorre porque, no momento em que
penso poder confiar em algum grupo ou autor, já tenho a percepção exata
de onde eles querem chegar e o que estão fazendo com as energias que
trabalham e se isso é realmente para beneficiar aos que se aproximam
deles ou só a eles mesmos. Tenho uma ética interna que me policia nesse
sentido e que me dá condições de saber as intenções verdadeiras dos
demais.

Num primeiro momento dessa minha pesquisa, deixei-me aberto para as


informações de maneira até mesmo perigosa, porque fiquei exposto ao
fluxo do discurso e de uma possível lavagem cerebral. Fiquei imaginando
que é uma grande catástrofe mental, para uma pessoa desavisada, ficar
navegando pelo Google a procura de “informar-se” sobre esses temas.
Tomei as dores desses pesquisadores, buscadores e curiosos e fui adiante
para ver até onde a confusão poderia me levar. Confesso que quase morri
num dilúvio de “desinformação” e de contrainformação. Mas voltei para
poder fazer uma alegre conclusão.

348
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
Híbridos na atualidade
Essa pesquisa também foi realizada para saber se outras pessoas ou
autores estavam comentando acerca de determinados fatos que tomei
ciência a partir do que chamamos plano interno, que mostravam a
situação da dominação dos reptilianos e sua influência no planeta e na
vida humana.
No início do ano 2000 foi-me mostrado, além de outras informações, o
que estava sendo escondido no lado oculto da lua. Alguns Dracos, que são
seres pálidos e altos, rostos com aparência de morcego, e representam a
“pureza da raça reptiliana”, estavam sendo mantidos em estações para
uma tentativa de reversão do quadro de negatividade. Foi-me dito que,
até por volta do ano de 2036, se nada fosse feito, cerca de 50% da
população terrestre seria de híbridos de humano com essa espécie. Alguns
daqueles dracos fugiram dessas estações (ou foram auxiliados a fugir) e
deram origem a projetos dos híbridos da Terra. Acrescentamos a isso o
fato de que na Terra já estão vivendo os híbridos produzidos em escala
desde há milênios, aos quais me referi anteriormente, como sendo os
sem-alma, clones ou robôs e os que já eram mescla desses seres, ainda
que em evolução. Vemos um quadro bastante preocupante, se levarmos
em consideração apenas esse aspecto dos fatos atuais do planeta. Ao
mesmo tempo, temos esses dados mais claros na atualidade devido a que
muitos véus, como também já havia falado anteriormente, caíram, e
podemos ver o mundo e as realidades sutis de uma maneira renovada.
A influência astral que esses seres produzem é ainda tema para mais
discussão. Existem os seres que podemos chamar escravos dos dracos, os
do tipo morcegos gigantes, aqueles que têm a estatura mínima de uma
pessoa normal, que sugam a energia do ser humano e levam para os
“chefes” através da quarta dimensão. Quero deixar claro que não é meu
interesse, e nunca foi, colocar descrições de coisas que ocorrem no plano
astral. Até porque sempre fui da opinião que, quanto mais distante desse
plano estivermos, mais conseguiremos nos dirigir para o divino que
somos. Nisso inclui-se o afastamento de adivinhações, profecias,
psiquismo, vidências, etc. Sobre esses pontos já esclareci bastante em
vários tópicos anteriores.
Comecei expondo os fatos relativos a essa nova construção da
espiritualidade nos artigos anteriores, nos tópicos que descrevem a
respeito da enganação que nos foi transmitida como critérios para a

349
Conversando Sobre MOINTIAN
evolução espiritual acontecer. Na realidade, o que era tido como uma
grande busca pela iluminação ou espiritualização, era mesmo uma maior
prisão, mesclada com conceitos religiosos e new-age que não nos levariam
a lugar algum. Diante desses fatos e de outros questionamentos foi que
tive a ideia de verificar onde poderíamos nos apoiar para conseguir de fato
ter ferramentas sólidas para podermos fugir dessas falsas verdades que
nos transmitiam.

Verdades, dissimulações e grupos


Pesquisei sobre as novas teorias conspiratórias e catastróficas que assolam
a mente e a imaginação místico-esotérica-newageana do momento.
Comecei essa pesquisa investigando uma pessoa, um homem americano
que se dizia contatado por seres de uma região de Andrômeda por mais
de trinta anos. É preciso dizer que os seres seriam da constelação de
Andrômeda e não da galáxia de Andrômeda. Logo vi que, no decorrer dos
anos, ele acabou associando-se a determinados grupos surreais e que
estão absolutamente fora do propósito real a que temos nos dedicado. Tal
associação me fez concluir de que ele fica com 50% de credibilidade,
relativa ao período que não estava associado a esses grupos. Até nunca
havia visto nada igual ao que ele descreve. Não faz parte do meu trabalho.
Mas a ideia que traz de muitas coisas pode-se dizer que são bastante
convincentes ou, até mesmo, realidade. Uma das pessoas com as quais ele
se associou foi uma mulher que se diz canalizadora de um ser ou mestre, e
faz uma voz estranha quando se diz estar possessa, para arrebanhar
multidões. Só o fato de se dizer canalizadora já demonstra a falsidade em
qualquer ação. Por que não ensinam as pessoas a adquirir força para se
tornarem como os seres que pretendem atingir, que seriam seres
superiores, para trazerem as tais informações por elas mesmas?
Após esses, cheguei a ver alguns vídeos e textos de outra mulher que não
consigo nem lembrar o sobrenome, que se dizia transmissora de uma
mensagem de seres de Cassiopeia do futuro. Quanto a essa e aos seus
contatos, posso dizer que a mensagem provém do fundo de sua mente
insana. Ouvi a ela mesma na internet, falar de psicopatas e coisas assim,
mas ela é uma pessoa que deveria procurar ajuda urgente e se resolver.
Inteligente ao extremo, compiladora de ideias, pode ter no máximo
encontrado restos de uma civilização do passado remotíssimo e teria
pensado que falavam do seu próprio futuro, ou do futuro de sua espécie,

350
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
porque os relatos não são para nós. E o caos que está gerando com a
confusão de teorias, misturando física e espiritualidade, causam ainda
maior confusão. A pessoa que a ouve vai achar que se não souber de física
não pode alcançar a sua divindade. E isso é um serviço? Acho que não.
Afora isso, a tal pseudofísica, a qual ela pomposamente diz entender, não
passa de mescla de teorias que não são aceitas nem mesmo pelos físicos
mais principiantes. Outra mensagem que profere é quanto a que nada
mais se pode salvar ou mesmo que não se pode encontrar outro destino
para o mundo. Isso sim é uma grande desinformação. É o mesmo que
dizer que fomos todos condenados desde todo o sempre e que tudo o
mais que fizemos foi fruto de nossa mente insana. Insanos podem ser os
que fizeram aquele seu movimento crescer e se espalhar. Ela tem tanta
confusão de pensamentos que só posso supor que é uma forma de
manipulação e de retirar o foco principal da questão, que é a chave de
tudo isso: que o movimento para atingir o divino em cada um estava
fazendo muito barulho e, agora, ideias mais fantásticas são produzidas
para tentar ofuscar o trabalho já conquistado. Manipulação infiltrada
dentro da massa de buscadores, primeiro para tentar ridicularizar o
progresso da luz e do trabalho verdadeiro e depois para retirar do foco
aqueles que acham importante a mescla entre ciência e espiritualidade.
Por isso, desde que inicio este tópico, vou salientando: confiem somente
em seu espírito. Aceitem somente o que diz seu coração. Mesmo que ele
se engane algumas vezes, ou que tenha arroubos emocionais, é o mais
correto para esta caminhada tão cheia de obstáculos, nesta estrada de
pouquíssimos tijolos de ouro.

Modelo tridimensional
Na minha pesquisa, além de outros, encontrei mais dois nomes muito
comentados. Estive vendo textos interessantes, principalmente sobre as
pesquisas e descobertas de Zecharia Sitchin e de um pseudofísico que não
citarei o nome, dado que realmente não traz uma conclusão que poderia
ser levada a sério. Como era de se esperar, encontrei um erro fatal em
cada um. O erro principal, começando pela conclusão, é que esquecem
que o foco principal deve ser a elevação, a ascensão, a iluminação. O
segundo grande erro, é o modelo usado para definir o progresso do
planeta e do ser humano. O problema é que os que se denominam
pesquisadores e que querem unir o conhecimento espiritual com o

351
Conversando Sobre MOINTIAN
científico, sempre voltam ao modelo cabalístico, que é limitado e nunca
despertou ninguém. Esse modelo é o instrumento daqueles que criaram o
ser humano e o mundo tridimensional e para que tudo permaneça como
está. Nunca chegaremos a nenhum lugar acima do nível já dominado
enquanto usarmos o modelo retilíneo geométrico. A nova geometria, se
precisarmos de formas, deve ser a esférica, circular e não deve estar
baseada nas leis da física da terceira dimensão. Mas isso não importa.
Importa o fato que a Cabala pode levar no máximo para a quinta
dimensão e essa dimensão ainda pode ser dominada pelos que sempre
dominaram a terceira e a quarta. A fuga disso não é seguir o modelo
imposto e tão bem engendrado pelos maiores pensadores de hoje que,
pensando terem descoberto a pólvora do conhecimento, ainda agem sob
a mesma perspectiva criada desde tempos remotos pelos seres que
sempre dominaram este plano.
E porque isso é assim? Porque toda vez que a Cabala for usada, por mais
que as tentativas de descortinar ou decodificar algum de seus segredos
aconteça, sempre levará para o centro de outro programa, de outro
holograma, e tudo volta a ser como antes, ainda que se tenha a ilusão de
que algumas respostas foram alcançadas. E na ilusão dessas respostas,
continua o programa do domínio, porque o que de fato importa não foi
alcançado, que é o divino em cada um. E por mais interessantes que sejam
as ideias e os conceitos que alguns novos pseudofísicos tentem
demonstrar, como aqueles que vi, suas maiores conquistas consistem em
determinar, de maneira brilhante, o quão presos estamos na terceira
dimensão. Porque todo o sistema que eles apresentam nos colocam
sempre, por mais longe que possamos ir, voltando para a terceira
dimensão. Esse é um problema que não se resolve na matemática ou na
geometria conhecida. Quando falam, de maneira profícua, sobre a origem
do universo, apresentam uma teoria baseada nas toroides. O problema
das esferas ou das toroides ou das estruturas cristalinas é que criam os
modelos para esta densidade e, assim, voltamos sempre ao mesmo ponto.
A fuga de tudo isso é, e sempre foi, a ruptura interna com todo o esquema
criado. Só assim a visão se torna clara, pois vai atingir a sexta ou sétima
dimensão que são as únicas que estão fora dos conceitos geométricos
apresentados e possíveis de serem respondidos neste plano.
O Símbolo da Transmutação, para exemplificar, é algo além da simples
geometria, mas que, num primeiro momento, se expressa

352
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
geometricamente. É do plano esférico e apresenta círculos em uma
configuração 3-1 que interagem simultaneamente e constroem-se
conforme a oitava dimensão se expressaria na sétima.
Esse é um novo paradigma. Ele leva a descobrir que algo de acima não
pode jamais ser analisado em termos do que foi aparentemente “deixado”
neste planeta, como a chamada geometria sagrada, porque todas as
“pistas”, até para as “descobertas futuras”, foram manipuladas. E a
humanidade nunca escapará dessa armadilha enquanto a busca estiver
apontando no sentido da Cabala ou da ciência humana e para tudo que
foi, de maneira tão astuta, dissimulado.

Confusões históricas
O trabalho da vida de Zecharia Sitchin foi o de traduzir os conhecimentos
sumérios encontrados em milhares de placas de argila, e teorizar de
acordo com o que está escrito nelas. São importantes as informações que
elas nos trazem. Sem dúvida, um trabalho magnífico. Mas ele não viveu
aquilo, apenas traduziu. Não são verdades absolutas dentro da percepção
de alguém, mas traduções técnicas e elaborações mentais sobre eventos
possíveis. E muitas especulações são mescladas ao conteúdo original,
como fruto da sua própria convicção. É como sempre acontece. Estamos
limitados e limitando um conjunto maior de informações porque
colocamos nossos pontos de vista no meio de algo que poderia ser maior.
Isso acontece principalmente porque são usadas as ferramentas da
personalidade, o mental e o emocional, para realizar esse tipo de trabalho.
Um exemplo disso é quando cita que os Anunnaki (os que do céu vieram
para cá) eram os que se tornaram os Ptahs ou os sacerdotes iniciadores
antigos. Aí temos uma limitação, porque nem todos os Ptahs tinham essa
mesma origem que os Anunnaki ou os fundadores a que se referem as
tábuas traduzidas. Tivemos outros seres e colônias de muitos outros
pontos do universo instalados por aqui. Em muitos períodos trabalharam e
tentaram construir algo em conjunto. Mas, fundamentalmente, existem
muitos grupos originais. Esse é um ponto importante para que possamos
seguir nesta análise. Além disso, ele não associa esses seres aos reptilianos.
O fato é que as regras morais, como as concebemos ou entendemos hoje,
não funcionam do mesmo modo nos planos mais profundos ou para os
tempos mais antigos. Remotamente, sempre foi possível ver até mesmo
os dois lados (o que chamamos de bem e mal) trabalhando quase

353
Conversando Sobre MOINTIAN
conjuntamente, dividindo templos ou sabedorias e, de certa maneira,
manipulando a informação que era passada para o ser humano criado e
manipulado. Nesse contexto, sempre tivemos um lado querendo o
crescimento da humanidade e seu avanço espiritual e outro lado
atravancando ou se alimentando da energia que o ser humano produz.
Sendo assim, não podemos esquecer que muitos grupos vieram para cá e
que, nestes mais de 210.000 anos que conta minha história neste planeta,
estive em muitos pontos e lugares e pude observar os fatos que relato.
Participei da classe sacerdotal em vários períodos, como o que chamavam
Ptah (sacerdote iniciador e não simplesmente a designação de uma
deidade) e vi o que se passava dos dois lados da história. E também vi que,
quando alguns transgrediam o básico da lei que regia o avanço e o
equilíbrio, desde que estivessem dentro da irmandade do bem, eram
severamente punidos. Um caso que presenciei e que muito era comum foi
o da aniquilação da personalidade ou o “zerar” de um sacerdote. Naquela
época, e de acordo com as regras internas de então, quando o
transgressor aceitava redimir-se, significava que ele deveria ter sua
evolução “zerada”. Com isso, ele voltava a ser um indivíduo com “alma
jovem”, tendo que passar por todas as provas estabelecidas para este
planeta e quadrante galáctico para elevar-se novamente; se não aceitasse,
ou estivesse repetindo um erro, poderia ser aniquilado como
personalidade e alma, não tendo mais a oportunidade de voltar a este
plano. Lembro-me que Samael (o fundador do movimento conhecido
como Gnose) dizia que ele mesmo, tendo nos primórdios de seu processo
sucumbido às forças involutivas, teve que refazer sua jornada espiritual,
mostrando que também tinha ciência que isso era uma possibilidade. E
isso também ocorreu com a essência que habitava estes corpos antes de
minha entrada. A história relatada no capítulo XV – Janela 1 – Três Mil
Anos Atrás, do livro branco, relata esse fato.
Esse foi o período quando as religiões começaram. Alguns seres
sucumbiram ao poder e ao que poderia ser gerado com o domínio da
adoração, acrescentando a isso ritos e sacrifícios de animais e humanos,
como maneira de controlar, aterrorizar e dominar, além de servirem como
alimento energético para seres negativos. Por esse e outros motivos que,
no período atual da humanidade, as práticas espirituais verdadeiras estão
totalmente despojadas de ritualística externa. Como já tenho falado, e
está escrito na página 100 do Manual do MOINTIAN, o ritual que

354
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
precisamos é nossa própria manifestação do sagrado. E o que há de mais
sagrado é cada um de nós.
Na Macedônia, há cerca de três mil anos, houve uma revolta muito
importante no sentido de tentar fazer voltar a ordem de grupos originais
que queriam o avanço da humanidade. Foi feita uma tentativa de
eliminação de seres, inclusive reptilianos, e de tudo o que eles
representavam, mas as ligações que tinham com as estrelas e com os que
os auxiliavam foi predominante. Apesar de ter sido uma conquista na
época, não durou muito tempo para que tudo voltasse ao estado de antes
e até hoje é assim: dois lados em cada moeda.
As alternativas colocadas no passado de “explodir o planeta”, elaboradas
pelas hierarquias do bem, não eram propriamente para destruir a
humanidade ou o planeta, senão para reverter um quadro de manipulação
instalado.
A conquista do ser humano, auxiliado por seres de esferas superiores, está
em sua facilidade de mesclar-se com características supra-humanas que
possibilitaram o despertar da chama trina, primeiramente na alma, e de
sua conexão divina. Aqueles que já tinham isso desperto e vieram para cá,
auxiliaram a acelerar o processo, como que contaminando positivamente
a atmosfera e a essência do ser humano.
O fato de ser possível passar do lado do bem para o negativo, só para dar
mais uma breve explicação, se deve ao fato que, principalmente naquela
época, os chamados Ptahs ou sacerdotes estavam em uma dimensão que
ainda permitia fazer escolhas entre o que chamamos bem e mal. Não
eram mestres completos no sentido que entendemos hoje, porque só
conseguiam atingir até a quinta dimensão, que é o reino da alma. Não
estavam totalmente prontos. O fato é que devemos agora, mais que
nunca, buscar a sexta e a sétima dimensão. Aí sim estaremos livres de
toda essa história que ouvimos e contamos até aqui.

Outro autor que cheguei a encontrar nessas pesquisas e que, creio, é


importante nomear, foi David Icke. Um extremista sobre a influência
reptiliana e conspirações governamentais, gosta de chamar o mundo de
matrix, o holograma. Mas é realmente radical em suas teorias. Ele peca
pela falta de um discernimento sobre o que de fato importa e,
principalmente, por não mostrar chaves para que possamos, de uma
maneira clara e objetiva, sair dessa tal matriz. Estive lendo uma de suas

355
Conversando Sobre MOINTIAN
obras, um livro intitulado “O Maior Segredo do Mundo”, especificamente
os capítulos 1 e 2, que considerei muito interessante porque pode dar
uma boa e resumida ideia do trabalho de Zecharia Sicthin. De certa
maneira lá estão as mesmas conclusões que acabei chegando sobre a obra
de Zecharia e sobre as falhas em suas teorias. Seria interessante a leitura
desses capítulos, mas que depois o leitor pudesse voltar e reler este
artigo, para que sua mente possa se tranquilizar, haja vista que o David
Icke realmente deixa todo mundo de cabelos em pé e não nos apresenta
uma saída real para o problema todo que apresenta. Além do mais,
exagera em determinadas conclusões puramente mentais e extrapola no
sentido de induzir a crer que tudo está sob o comando de uma elite ou
governo oculto. Realmente não gosto nada disso.
Outro dia também vi alguma coisa de um militar americano reformado
que, em princípio, pareceu-me alguém sério, com muitas informações
interessantes, mas que em alguns aspectos também se perde pelo
exagero. Nas boas coisas, estava uma sólida capacidade de transmitir
informações sobre suas experiências com os textos do Zecharia e com
seres extraterrestres. Na parte do exagero, quando se refere a
informações sobre Lua e Marte... aí perde-se. Isso porque não há nada
para se ver na parte física de Marte e o pessoal tem exagerado demais nas
conspirações, forjando dados e provas para alimentar o que não deve existir.
Tenho visto muitos outros se autodenominando pesquisadores ou
denunciadores, que falam de toda essa rede de enganação, dominação e
prisão, mas que, quando defendem uma ideia, usam os mesmos nomes e
citam os mesmos escritos utilizados por aqueles que são alvos de suas
denúncias. Chegam ao absurdo de falar em nome de uma mudança e
transformação usando nomes de deuses e imagens que são próprias de
tudo o que supostamente condenam. E estão cheios de seguidores cegos,
vendendo milhões de livros e tendo milhares de visitas aos seus sites e vídeos.

Portais e aberturas
Alguns gostam de falar de portais, aberturas dimensionais e locais
sagrados. Os verdadeiros portais ou aberturas que podem vir a nos
interessar são aqueles que nos permitem romper os véus da terceira
dimensão, num primeiro momento. Os buracos de minhoca ou os buracos
negros não fazem isso, porque eles remetem a uma retroalimentação
deste mesmo espaço-tempo que estamos vivendo. E cada vez que se tenta

356
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
sair disso por meio desses mecanismos, volta-se à prisão, pensando que
foi adquirida “outra visão”. Porque, ainda que seja paralela, uma visão
proveniente da quarta dimensão não nos ajuda em nada a romper os véus
da malha de ilusão. A única saída, neste universo e para sair deste
universo, é a via interna, e precisa ser realizada através de instrumentos
que tenham sido criados acima da sétima dimensão e que possam ser
usados aqui. O resto são instrumentos para esse mesmo processo
dimensional continuar, mesmo que aparentem criar estados de lucidez,
paz, transcendência ou expansão de consciência.

Conexão com a densidade


Uma demonstração de que temos uma sintonia com este universo e com
as dimensões chamadas mais densas está nas doenças psiquiátricas e na
desconexão da realidade que muitas pessoas experimentam em vários
níveis. Eu chamaria a atenção para o fato que o tratamento psicanalítico
não passa de uma maneira de adaptação a esse padrão exigido para a
humanidade atual, que é chamada insana, por um lado, mas que é
controlada, por outro. O insano pode ter sido de várias maneiras assim
diagnosticado. Temos aqueles que são loucos por fúria, por má índole, que
são os loucos por raiva. Mas temos os que não suportariam conhecer a
realidade sobre si mesmos e, quando começam a despertar essa
realidade, entopem-se de medicamentos ou de tratamentos para se
enquadrarem ao status quo. E temos aqueles que, por viverem uma
realidade paralela, como por falar de temas como os que estamos falando
aqui, desconectam-se das forças involutivas ou obscuras e já se abstraem
da maior parte da dominação. Isso até seria algo positivo. Mas quando
falamos ou vemos uma pessoa “desconectada” da realidade, percebemos
claramente a existência da “projeção mental” ou ilusória para que exista a
terceira dimensão. Quando perdemos o ajuste (aí entra a psicanálise, a
psicofarmacologia, etc.) entramos em outro mundo, devido ao “curto-
circuito” da rede de informações ou decodificação da realidade vigente.
Por isso, era muito comum falar que os que chegavam ao ponto de se
iluminarem ficavam loucos ou perto disso. E também por esse mesmo
motivo é que se fala que os prognósticos e as vidências não nos
interessam na evolução interior, porque eles não passam de um acesso ao
campo de visão ou de informações da quarta dimensão, justamente onde
estão as definições e os registros do que será projetado na terceira

357
Conversando Sobre MOINTIAN
dimensão. Se pudéssemos fazer uma comparação bem tosca, poderíamos
dizer que a terceira dimensão é a prisão, a quarta, a armadilha, a quinta o
equipamento do programador, a sexta já está na visão do que ocorre.

A chave para tudo se transformar


Quando se consegue atingir o mínimo que seja da verdadeira realidade, o
que podemos imaginar como uma agulha furando o véu que nos prende
nesta dimensão, podemos respirar um ar com cheiro de liberdade. Isso é o
que ocorre quando nos livramos de paradigmas, sistemas de crenças ou
ideologias. Quando eu, ainda como Delci, rompi os véus que me prendiam
ao mundo e senti uma dúvida em relação a desconectar-me de tudo o que
eu tinha acreditado até então, isso no ano de 1999, foi-me dito, por
mestres conhecidos, no plano interno: “tu não tens nada mais para colher
daqui; vai agora ou permanece com a Campânula”. Essa Campânula
simboliza justamente nossa prisão na esfera dos planos densos e da alma
que, mesmo sendo mais sutil que o físico, é nossa prisão na densidade. Foi
a partir daí que a vida daquela personalidade que habitava estes corpos
decidiu fazer o que era certo e tivemos a oportunidade de continuar com a
evolução. Essa é a história que relato na terceira parte do livro branco.
O romper desse véu seria, então, o verdadeiro domínio da vida e das
forças da natureza, porque assim, vivendo livre, liberto, ainda que
permanecendo aqui, as forças positivas de outros planos se moldam às
necessidades reais que tenhamos e para que possamos auxiliar a que
outros atinjam este mesmo domínio. Assim vamos dominar a matéria,
porque começaremos a viver fora do que foi ditado como uma regra geral.
Um bom início para essa libertação seria começar a fazer o que gostamos,
para conquistar a alma. Viver para conseguir conquistar alegria, para a
beleza e a bondade. Mesmo que isso seja, de um ponto de vista mais
elevado, uma falsidade e uma ilusão, nos afasta do jugo do sofrimento e
das mazelas. Dá-nos a oportunidade de fugirmos da armadilha de sermos
sofredores e nos afasta da ditadura da dor do mundo.

Aumentar a frequência
Este é outro problema que vejo acontecer: dizem que devemos aumentar
a frequência para que possamos sair da matriz, etc., para que não
soframos a influência de toda esta manipulação e coisas do tipo. Mas se
apenas aumentamos nossa frequência, vamos atingir justamente o maior

358
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
problema que é o astral. Entramos em uma frequência diferente, vamos
perceber de maneira diferente, com uma visão mais ampla, um mundo
completamente novo. Mas, ao mesmo tempo, podemos estar caindo no
ciclo interminável que é a programação para que permaneçamos neste
mundo, nesta dimensão. Não basta elevar a frequência, o que precisa ser
feito é, acima de tudo, atingir a maestria, atingir o divino. E para isso, num
primeiro momento, são necessárias as “desiniciações” ou seja, a
desprogramação de energias, forças, rituais, pensamentos e conceitos
arraigados, para que tenhamos a energia para iniciarmos o trabalho
interno verdadeiro, com força e com coragem. Vamos ver que as situações
de vida se dissolvem porque faziam parte do projeto que cada um,
adormecido para si mesmo, planejou inconscientemente. Isso leva a
mudanças e a novas perspectivas. Mas sem fantasia e sem ser atrapalhado
pelas imagens ou visões distorcidas que o astral pode trazer.

Expansão e elevação
Quero fazer uma diferenciação de conceito baseada em tudo o que vimos
até aqui, a respeito de toda esta trampa que nos colocaram e que nos têm
colocado até mesmo os que se chamam místicos, esotéricos, newageanos,
espiritualistas, etc.
O conceito de expansão da consciência, apesar de conseguir dar, para o
que realiza determinados exercícios ou técnicas, uma real abertura para
percepções de sensações e conhecimentos muito além da mera
capacidade de entendimento e interpretação humana corrente, é limitado
pela dimensão na qual se encontra. Uma expansão de consciência reflete
apenas a capacidade de entendimento de determinados efeitos e causas
naturais, leis naturais, que regem a dimensão física, astral e mental, no
máximo. Sempre vai ser nesses níveis.
Já a elevação da consciência, para níveis e dimensões superiores, vai
possibilitar trazer para a vida e manifestação aquilo que realmente ocorre
além do manto da terceira dimensão e da consciência humana. Aí, estarão
os níveis de contato interno superiores, com o centro do ser e com a sua
própria divindade. A elevação ou ascensão retira as máscaras e véus e traz
para a vida encarnada, enquanto o ser está encarnado, os reflexos do
contato e permanência nesses níveis. Este tema foi tratado anteriormente
no início do tópico 119.

359
Conversando Sobre MOINTIAN
Olhar pela janela, olhar pela fechadura...
Por que se diz que é preciso olhar para dentro de si mesmo?
Porque olhando para fora, vemos as galáxias, as estrelas, tudo enfim....
Vemos tudo o que foi criado e manifestado, tudo o que podemos
compreender com nossa mente e até mesmo com nossa alma.
Mas não é o que realmente importa nestes dias, nesta hora. O que nos
importa é olhar para dentro, porque ali estão as respostas verdadeiras, a
compreensão verdadeira e a única saída desta ilusão que nos fizeram
acreditar como sendo o estado de vigília. Somente aquele que se vê de
fato pode mudar sua vibração para que não seja enganado. Ele muda sua
vibração e não pode mais ser afetado pela influência da quarta ou quinta
dimensão. Ele mesmo pode se enganar, se quiser viver bem, viver
apreciando as fantasias que são criadas para entreter os sentidos físicos.
Mas ele sabe que são apenas diversões, ilusões, e que, mesmo tendo certo
tipo de envolvimento com elas, não faz mais parte delas. São passatempos
enquanto não vai para o seu lugar definitivo. Mas é preciso estar livre. É
preciso tirar a casca, é preciso ver-se como de fato se é. É preciso um
esforço bem grande para conseguir chegar a romper com essas coisas.
Num primeiro momento, começamos descartando tudo de nossas vidas.
Começamos avaliando cada movimento, cada reação, cada sensação. Por
que faço isto ou aquilo? Por que reajo desta maneira? Por que gosto de tal
cor, música, livro, sabor? Por que uso tal objeto? Porque compro
determinadas coisas? Disso advém a primeira compreensão de quem
somos de fato. Nisso também entra a análise que define se somos parte
do quadrado ou do círculo...

O quadrado e o círculo
O quadrado é o lugar comum, aquele que “segue o programa” sem olhar o
que faz. Mesmo que aparente lutar pela vida, não que isso seja de todo
errado, pois eu conheço muitas pessoas que fazem isso para o bem de
outros, mas são aqueles que seguem o programa, se desesperam se não
seguem o padrão de nascer, casar, ter filhos, etc. Lutadores e positivos,
sempre vão em frente mesmo com obstáculos. Mas, no máximo
conseguem ver as estrelas, jamais dentro de si mesmos.
Os do círculo são ainda piores. Creem ser os bons, aqueles que mudam
tudo, transformadores, que não estão mais seguindo o programa, mas seu
alcance é para sempre chegar ao mesmo ponto. Quanto mais andam,

360
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
pensando que vão para frente, mais se enrolam na estrada circular. Nunca
alcançam a verdadeira liberdade. Olham para si e creem que atingiram a posição
de olhar os do quadrado desde acima. É como se estivessem circundando
o quadrado. Mas ainda estão dentro do quadro, da paisagem, da montagem
geométrica que manifesta este mundo de fantasia, ilusão e sonho.

A saída então seria a volta ao ponto. O ponto original, conforme nos


proporciona aquela técnica da Ponte de Helio, descrita no Nível II do
MOINTIAN. Ela remete-nos para o centro de nós mesmos, simbolizado
pela pineal, como um contato com os planos originais ou com nossa
essência, não apenas imaterial, senão divina. Se alguém atinge essa
essência, um milissegundo que seja, será o suficiente para transformar sua
vida e o seu ambiente. Primeiro, a vida transforma-se num caos, fruto de
deixar desabar todas as perspectivas, sonhos e ilusões do mundo, depois,
num extremismo fanático, produzido por alguém que teve um vislumbre
de realidade e que gostaria de mostrá-lo aos demais. Além disso, vem uma
profunda desilusão, porque gritou aos quatro ventos e ninguém quis saber
de ouvir ou mudar algo em sua vida. Mas, num momento posterior, vem a
plenitude, não sei se imediatamente após a desilusão, mas quando a
plenitude chega, vai sabendo o momento de calar ou de falar. E aí se torna
um instrumento eficaz para a verdadeira luz. Mas luz também é outro
termo que vamos ter que tomar cuidado, porque, como sempre disse,
para quem nada vê, um ser de pouca luz pode parecer do bem, o que nem
sempre ou muito raramente é assim. Enganos demais. Mas a saída é bem
simples, e está mais perto do que pensamos.

Só para deixar mais uma linha de pensamento para reflexão, temos


também o fato de que podemos quebrar as chaves genéticas antigas e
animalescas (essas do padrão Adâmico). De alguma maneira, apesar de
todo tipo de manipulação que sofremos, tivemos como característica
positiva, talvez não deixada de maneira premeditada, a possibilidade de
ligar, desligar e acrescentar partes de DNA ou características genéticas.
Esta brecha ou abertura é a que nos oportuniza sair do controle da
negatividade e vermos a verdadeira realidade ou a luz real. A respeito de
genética, para o contexto espiritual, há uma boa descrição no capítulo 6.6,
Novo Código Genético, Nova Raça, do livro verde.

361
Conversando Sobre MOINTIAN
Fico por aqui agora, e tu, com teu mate já lavado. Deixo muitas ideias
tendo sido colocadas, com muitos pontos um tanto desconexos, mas que
certamente farão o leitor atento pensar bastante. Certamente não esgoto
esses temas. Sei que não falei de muitos aspectos que poderiam trazer
mais esclarecimentos para cada parágrafo tratado, mas deixo as sementes
para discussões futuras. Finalizo lembrando o que tenho frisado muito
ultimamente: todo movimento tem que estar motivado por alegria. Essa é
uma importante chave neste momento da humanidade. E continuamos...
Agora, para finalizar de fato, uma ideia que deixará todos ainda mais
pensativos e que estará apenas neste parágrafo. No início do texto eu
falava sobre as verdades de cada um, e que todas as verdades possíveis
existem. Da mesma maneira, a verdade sobre os seres que invadiram o
planeta e criaram toda uma dimensão é apenas uma parte de uma outra
verdade: que quanto mais se acredita na influência deles e quanto mais a
fundo se investiga o que eles criam e criaram, mais intensa, profunda e
antiga se torna esta dimensão e a sua verdade. Hoje, é possível ver que os
dados sobre eles, segundo alguns que pesquisam, vão para a casa de
milhões de anos. Alguns achados arqueológicos verdadeiros, não aqueles
forjados para a contrainformação, remontam cada vez mais atrás no
tempo. É um reforço e uma reação contrária que a própria informação
provoca. É importante sabermos o que ocorre, o que acontece com as
pessoas, o que provocam naqueles que se deixam envolver por
enganações e forças negativas, involutivas ou obscuras, mas quanto mais
nos envolvermos nisso, mais forte fica. Por isso tudo que, terminando esse
assunto, vou repetir, mais uma vez: o que realmente importa é a conexão
com a parte divina, que está fora de todas essas enganações e jogos de
dimensões, seres e deuses.

149. RITUAIS DE FESTAS

As celebrações que acontecem no mundo todo, como por exemplo,


páscoa, e demais feriados, mostram claramente como perpetuamos os
ritos e sacrifícios aos quais a raça humana, o ser humano, foi submetido
desde tempos pretéritos. O único aspecto que mudou é que agora o ser
usado no sacrifício não é mais o humano, senão qualquer outra espécie
animal. O ato de matar ou sacrificar foi ensinado, como que ofertado,

362
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
pelos seres denominados deuses para que o humano pudesse sentir-se
um pouco menos insignificante. Mas o humano ainda oferece o sangue de
suas vítimas para os seus senhores. E faz isso tentando passar uma ideia
de paz, de harmonia e de felicidade enquanto usa vidas para saciar a
mediocridade insana que o impede de ver o fato por trás dos atos. Estou
falando das festas, dos assados, dos banquetes para celebrar a vida, com a
vida de outros seres...
Parece estranho que seres ditos espiritualizados não se deem conta de
situações tão simples como essa. Parece estranho que pessoas ditas
inteligentes ainda não se apercebam do sofrimento causado a espécies
diferentes da nossa, mas que sentem e reagem a emoções e dores. É
ainda mais estranho que até pessoas racionais não entendam a química
existente nos processos hormonais dos seres que consomem e que
impregnam seus corpos antes do abate, seja pelo sofrimento, pelo medo,
ou pelo aprisionamento. Parece que continuam querendo, na verdade, o
aviltamento da espécie humana, que deveria já ser espécie espiritual, ao
impregnar-se com as vibrações de “seres inferiores” no sentido evolutivo.
Se formos pensar um pouco, poderíamos ver que o consumo de seres de
outras espécies coloca na vibração, na corrente sanguínea, as
características de seres que não são próprias do humano. E ainda
defendem a tese absurda de que proteína se repõe com proteína. Quando
ouço isso, penso que a humanidade está voltando aos tempos da magia
por contágio, aquela magia primitiva que acreditavam, em tempos
remotos, os seres hominídeos com pouca capacidade cerebral, e que de
fato tem algo de verdade, mas que é tão primitiva que deveria ter sido
esquecida. São atos que não acrescentam nada à tão buscada evolução.
Há ainda aqueles que argumentam que os vegetais também são seres
vivos. De fato, são. Mas existem dois pontos fundamentais nessa questão:
o primeiro e mais importante, é que não existe o sangue nos vegetais,
pelo menos nos que não foram modificados geneticamente até o
momento; e o segundo é que o reino vegetal cumpre uma função também
evolutiva para ele ao servir ou se doar como alimento ao reino humano.
Faz parte de seu fluxo natural de existência.
Outro ponto a considerar é que o reino humano deveria proteger e
auxiliar o reino animal em seu processo evolutivo, auxiliando para que
seres com maior capacidade de entendimento, como cães, gatos, e outros
animais maiores e semiconscientes, possam aumentar sua parcela de

363
Conversando Sobre MOINTIAN
autoconsciência. Nesse contexto é que a ingestão de carne impregna o ser
que a ingere e o torna embrutecido, de certa forma, semelhante ao ser
que ele ingeriu, no sentido de “rebaixar seus atributos humanos”. Óbvio
que existem aquelas pessoas que, por características físicas, ainda
necessitam da ingestão de proteínas animais. E ainda vai longe essa
necessidade em um número expressivo de seres humanos neste planeta.
Mas colocar essa ideia aqui, para seres, pessoas, que se voltam para a
espiritualidade, é disponibilizar de informação para que se tornem
conscientes e que saibam que podem optar, como em tudo na vida. É dar
uma ideia da possibilidade que temos desta nova consciência, deste novo
padrão humano que estamos ajudando a manifestar a partir de nosso
exemplo e modo de vida. Sobre o tema da alimentação, há vários tópicos
na parte IV A deste livro.
É preciso salientar que o ideal humano passará deste nível humano
conhecido, para o que temos indicado como sendo a nova humanidade.
Nessa nova humanidade, conceitos como roubo, tirar vantagem, e até
mesmo leis, entre outros, não serão necessários.
Mas vale uma observação: como podemos querer que uma nova
humanidade se manifeste se ainda preservamos, em nossas vidas, em
nossos atos e pensamentos, os mesmos princípios que regiam aquela que
chamamos de velha humanidade?

150. O BEM E O MAL SEGUNDO A NOVA PERSPECTIVA HUMANA

Como ponto de partida, vamos considerar que, no passado, os seres que


encarnaram neste planeta foram aqueles que proporcionariam um
reequilíbrio das forças espirituais atuantes, de tal modo que permitiriam
restabelecer o plano normal para o desenvolvimento do ser humano. No
entanto, esses seres criaram um tipo de tolerância com os negativos. Isso
se deu desde o estabelecimento da própria hierarquia no planeta.
Já descrevi anteriormente, no tópico 148, sobre como os templos estavam
divididos em regiões de positivos e negativos nos mesmos espaços físicos.
E, ainda hoje, temos o que chamamos negativos, positivos e toda essa
tolerância continua. Analisando profundamente a origem da situação
planetária, a origem da humanidade como um todo e de uma maneira
atemporal estabelecendo uma relação entre culturas, raças e significados,

364
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
sob o ponto de vista puramente espiritual, pode-se dizer que o que
chamamos de Bem e Mal podem ser uma só e a mesma coisa.
Por toda a manipulação que sofremos e continuamos a ser submetidos,
percebemos que temos, isto sim, dois lados de uma mesma moeda,
cunhada através de milênios por seres que pretendem dominar o planeta.
Então temos apenas um tipo de seres que estão em luta para o domínio
desta dimensão e dos seres que por eles mesmos foram criados. Temos
dois grupos que, mutuamente se acusam de bons e maus. E dos dois lados
pode-se ter seres um pouco mais bondosos ou maldosos. Estamos no
meio de uma grande batalha, uma batalha por nossa conexão com o
divino. Não é simplesmente uma batalha por nossas almas, mas pelo
alcance ou a conexão que podemos ter com nossa parte divina. Isso muda
o objetivo que devemos ver nesta nossa batalha por definições e,
principalmente, por ligações que fazemos com as coisas ditas espirituais.
Temos então, para definir a situação atual do planeta, dois lados de um
mesmo drama. Não posso mais pensar em bem ou mal, simplesmente,
porque isso é uma simplificação tão grande, tão primitiva, que não nos
permite ver o quadro geral da situação que nos acomete. Penso então em
lados diferentes com um mesmo propósito. Para entender um pouco mais
disso, vou usar uma definição da seguinte maneira: vamos falar em
positivos, negativos, neutros e “não-neutros”.
Os positivos e os negativos, do meu ponto de vista, são de mesma origem,
que brigam para manter o poder neste plano, mesmo que atuando,
atualmente, até a quinta dimensão; os neutros são os piores da situação,
pois não se importam com o que acontece, e servem a ambos os lados e a
eles mesmos (de certa forma, os que, desde muito antigamente viemos
para cá, fomos um pouco neutros nesta história, até porque encarnamos
muitas vezes como sacerdotes de templos positivos/negativos). Mas
atualmente a situação muda. E temos os não-neutros, que são os seres
que realmente se tornaram ou estão se tornando conscientes da situação
que vem se arrastando por milhares de anos (vejo isso há 210 mil anos), e
que temos por trabalho auxiliar a despertar.
Isso me leva a outro ponto que quero frisar, complementando o que foi
dito no tópico 42. Quando um ser está para entrar nas linhas dos
negativos, da magia negra, muitos testes se fazem para que seja admitido.
Mas, quando do lado positivo, da luz, como chamamos, pedimos reservas
de uma dieta que seja, tudo se torna obstáculo e temos que admitir a

365
Conversando Sobre MOINTIAN
todos, indistintamente, mesmo que não façam diferença na força do
trabalho. Essa é uma ideia mais complexa, mas a resumi para fins de
entendimento rápido. Temos, pois, toda uma “condescendência”, por
assim dizer, de ver o mal agindo e deixá-lo agir. Pareceu-me burrice de
nossa parte continuar assim. Vejo a enganação que sofrem aqueles que se
juntam a espíritas, umbandistas, etc., pois todos lidam com energias de
astral, aprisionam elementais e, principalmente, fazem um compromisso
com forças que desconhecem, enquanto prometem a falsa liberação de
uma possível doença ou aprisionamento. Enquanto o sujeito que recebe o
dito alívio de seu sofrimento aparentemente manifesta uma melhora, ao
mesmo tempo cria laços com aquelas forças obscuras que nem mesmo o
praticante, ignorante delas, poderia imaginar que estava provocando.
Diante desses fatos, tenho trabalhado para que não sejamos mais
pacíficos, porque, parece-me, se assim continuássemos, estaríamos a
mercê, ou sob o domínio, dessas forças que são justamente as que viemos
repelir. E como é fácil repelir a eles com a simples vontade e a força que
trazemos para estes mundos! As ferramentas são poderosas. Tenho
envolvido a essa gente em bolhas de luz azul com a potência dos símbolos
andromedanos do MOINTIAN e se dissolvem muito facilmente. O Símbolo
da Transmutação torna-se especialmente indispensável, pela sua eficácia e
rapidez, para resolver esses casos.

Diante desses fatos e de acordo com as ideias que tenho tentado elucidar,
há algumas considerações importantes a fazer, para deixar como reflexão:
• que é preciso abandonar a ideia da necessidade de barganha com seres
ou divindades;
• que o encontro interno é a força e a fonte de todo o conhecimento que
necessitamos;
• que, se em alguma prática filosófica ou corrente que se diga espiritualista
ou que trabalhe com energias, digam que existe a possibilidade de
utilizarem esta mesma energia para provocar o mal ou para proveito
próprio, então a ideia do mal já estava intrínseca na própria energia;
• que todas as religiões são provenientes do obscuro e da necessidade de
dominação e de envolvimento com forças obscuras. Existe a possibilidade
de algumas pessoas manifestarem novas correntes, verdadeiras, mas elas
precisariam esquecer as nomenclaturas, os títulos e os tipos de seres da
escola, grupo ou religião da qual provieram.

366
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E
Do lugar de onde eu venho, que mais se poderia dizer da dimensão e da
maneira como vejo a utilização de energias para ascensão, está intrínseca
a ideia de respeito pela vontade alheia, mesclada com a educação. Sempre
se pede licença para entrar na casa alheia mesmo que seja a de um amigo
de longa data. Da mesma maneira, é imprescindível pedir licença para usar
a energia ou qualquer técnica para outro, sempre dizendo o que vai
acontecer e como estão sendo vinculados às forças atuantes. O problema
é que a maioria dos terapeutas ou dos que se utilizem de energias
oferecidas em cursinhos de meia hora não têm a menor ideia de com o
que estão sendo coligados. Quando oferecem algum tipo de auxílio ou
tratamento, as pessoas têm a tendência a dizer, que “se for para o bem,
tudo bem”. Mas que bem é esse, se por trás se esconde o que
desconhecemos ou está a intenção de prender o beneficiado a toda uma
sorte de seres e entidades de níveis que ele desconhece?

Último ponto a considerar


• Sempre havia três sacerdotes: um era o negativo, outro o positivo e um
terceiro uma força neutra, representante de pontos longínquos do cosmo.
Eles tinham por missão equilibrar as forças e impedir a maldade plena e
trazer novas energias para o planeta;
• Quando um neutro atuava, a força ou a energia de um templo, sua
coligação com a fonte espiritual que o alimentava, por exemplo, se
desativava. Ainda temos essa atuação de neutralizar forças e muitos
desses neutros são chamados, hoje em dia, de pés frios;
• A maioria dos que são chamados de negativos deram origem às religiões,
enquanto que os positivos, às escolas de mistérios. Andavam lado a lado
no passado e ainda hoje, porque são faces de uma mesma moeda. Têm
semelhante origem cósmica.

367
Conversando Sobre MOINTIAN

151. O CÉREBRO TRIUNO

Pergunta: Ouvi falar que no cérebro humano ainda existem traços do


cérebro dos répteis. O que isso significa?

Resposta: Cérebro Triuno é uma teoria desenvolvida por um médico


neurocientista americano chamado Paul McLean. Ele sugere que o cérebro
humano é composto pela reunião de três cérebros:
1 – Cérebro reptiliano ou Complexo-R – relacionado com a sobrevivência
física real e a manutenção do corpo. As principais características de
comportamento são as respostas automáticas, a ritualística e a resistência
às mudanças;
2 – Cérebro paleomamífero ou límbico – são as emoções e os instintos,
herdados dos mamíferos inferiores;
3 – Cérebro neomamífero ou neocórtex – responsável pelo pensamento
avançado, razão, fala. Regula emoções específicas, baseadas nas
percepções e nas interpretações do mundo.
Suas teorias ainda geram muita controvérsia no campo da ciência médica
formal e da psiquiatria. Muitos acham que é apenas especulação. No
campo da especulação espiritualista, os mais afoitos creem que essa teoria
pode explicar as mudanças genéticas produzidas no ser humano. No
campo da antropologia, ela parece concordar com a teoria da evolução.
Assim, rastros bem físicos poderiam ser detectados no processo de
evolução das espécies até chegar ao estado humano. Cada grupo pode
aproveitar ou rechaçar como queira cada teoria ou nova descoberta.
Penso que, para nós, não prova nenhuma possibilidade e também não
produz descrédito para nenhum conceito que tenhamos aceitado. Parece-
me que é muito mais certo que esse tipo de teoria induza a uma aceitação
maior da teoria da evolução, do que de ser uma prova de que fomos
transformados geneticamente em uma espécie diferenciada. As provas
que devemos procurar para aceitar alguma conclusão de ordem espiritual
estão na vivência interna, não em alguma parte da física, da antropologia
ou da ciência em geral.

368
A CONDIÇÃO ESPIRITUAL HUMANA PARTE V E

152. A FORMAÇÃO DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA

De acordo com certa ideia que lancei sobre que, quando uma determinada
característica se faz necessária, há um erro no “programa da matriz da
3D”, da projeção do que vemos, que produz novas espécies. Seria, então,
para se pensar, que não se descobrem novas espécies, senão que elas
aparecem?
O surgimento de espécies foi relatado no livro branco, na terceira parte, a
partir da página 269, como se brotassem por fruto de uma “visualização” e
uma necessidade. Outra ideia sobre isso, que também está no livro
branco, na primeira parte, a partir da página 35, se dá quando aqueles
seres, por realizarem seu trabalho de evolução, lançaram as suas
“sujeiras” para uma camada da atmosfera. Em algum momento, aquela
sujeira se condensava e dava origem a outras espécies de seres, muitos
sem consciência e outros semiconscientes.

O processo das hierarquias para a reconstrução de toda uma dimensão


envolve algo ainda mais sério e complexo que isso. É um processo que se
baseia na necessidade de despolarização dos seres que experienciam a
superfície da terceira dimensão atual. Isso representa um trabalho que
envolve muitas etapas: a retirada do foco de consciência da 3D; o
completo traslado dos que anteriormente haviam encarnado e que
permanecem no etérico; a ruptura com os padrões antigos de
desenvolvimento espiritual; e uma reavaliação interna dos “serviços” a
serem prestados ao planeta em questão. É como criar um novo planeta.
A ideia de “densidade” e “dimensão” originais cria um problema de
compreensão porque elas se referem a seres oriundos de camadas
externas à manipulação de energias e PISEs. Referem-se a seres
ascensionados e libertos, sem nada da conotação ou dos apelos que a
polarização na terceira dimensão acarreta.
O nível de prisão a sistemas de crenças pode ser bem facilmente
detectado quando sentimos algo que nos proporciona conforto ou
harmonia. A sensação de conforto, de segurança e de bem-estar gera um
tipo de necessidade de agradecimento. Por exemplo: após um dia frio, o
calor do sol gera um apelo, como uma necessidade arraigada de agradecer
à benemerência de um ser superior por haver nos dado a oportunidade de

369
Conversando Sobre MOINTIAN
termos os pés aquecidos. Essas são as emoções e as sensações que chamo
“aprisionadoras”, pois estão vinculadas a éons de encarnações e laços
encarnatórios, relacionados a substâncias materiais e com outras PISEs
daqui desta dimensão.
O problema de escrever de forma concisa está em que cada um interpreta
como quiser. E o problema de expor o pensamento original e mais
profundo está em que cada um vai ler apenas o que lhe interessa. Mas
isso é algo que vamos resolvendo desde que possamos seguir adiante.
Seguimos.

370
VI – FILOSOFIA MOINTIANIANA

PARTE

VI
FILOSOFIA MOINTIANIANA

371
Conversando Sobre MOINTIAN

VI FILOSOFIA MOINTIANIANA 371


153 SOBRE PONTOS DE VISTA 373
154. SOBRE O TEMPO, SOFRIMENTO E ENCARNAÇÕES 374
155. SOBRE CONTEMPLAÇÃO 374
156. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO I 377
157. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO II 378
158. SOBRE A INTEGRAÇÃO 379
159. UMA ORAÇÃO? 380
160. O QUE QUEREMOS QUE SEJA E O QUE DE FATO É 383
161. O QUE FOI E O QUE CONTINUA SENDO 384
162. TENDÊNCIAS E O PROCESSO INTERNO 385
163. SOBRE O TERCEIRO SEXO 387
164. SOBRE SEXUALIDADE – COMPLEMENTOS 391
165. PARTÍCULAS INTELIGÍVEIS DE SUBSTÂNCIA EXTRACORPÓREA 391
166. SOBRE PISES II 394
167. SOBRE PISES III 394
168. ETNIAS OU GRUPOS RACIAIS 395
169. VERDADES INTERNAS E VERDADES ACEITAS 395
170. AMIZADES E PONTOS DE VISTA 396
171. QUEM PODE MEDITAR 396
172. O PROBLEMA DA CIÊNCIA E O CÉREBRO DE PAPAGAIO 398
173. SOBRE A RETÓRICA 401
174. SOBRE OS PENSADORES 401
175. ERA UMA VEZ A NATUREZA 401
176. SEMELHANTES E SEMBLANTES 404
177. SOBRE OBRAS E COISAS DESTE MUNDO 405
178. ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE PAIS E FILHOS 405
179. SOBRE MELHORAR A VIDA 406
180. O CEGO E O ZAROLHO 407

372
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI

153. SOBRE PONTOS DE VISTA

Não podemos permanecer intransigentes, inflexíveis, mantendo


determinado ponto de vista. Devemos manter o equilíbrio, aceitar a
opinião alheia. Devemos verificar nossos argumentos para que estejamos
certos sobre aquilo que defendemos. Cedo ou tarde, algo em relação ao
que foi defendido por nós mudará. Nosso conceito sobre essa coisa
defendida mudará. Então, nem lembraremos mais daquilo que
defendíamos ou, simplesmente, compreenderemos essa mesma coisa de
um ponto de vista totalmente diferente.
Só defendemos com armas aquilo que pensamos conhecer. Quando
adquirimos o real significado sobre qualquer coisa, ou a respeito de
qualquer tema, e isso se torna arraigado em nosso ser, não precisamos
provar mais nada, os argumentos são nossa própria vida, ou a
manifestação da coisa defendida através da nossa vida.
Por que isso é assim? Porque tudo neste mundo é transitório e apenas
aqueles que ultrapassam o limite da capacidade humana racional, mental,
enfim, da personalidade, é que podem atingir a paz originada pelo
conhecimento proveniente do plano intuitivo ou além deste. E atingindo
isso, os pontos de vista podem ser um pouco diferentes na tentativa de
elaborar uma descrição a respeito de alguma coisa proveniente de lá, mas
na essência, esses pontos de vista são partes de uma verdade. A
compreensão do mundo torna-se diferente.
Assim, muitos perguntam: quando haverá um consenso ou uma unificação
das religiões? Essa unificação, esse consenso, da mesma forma que um
conceito real a respeito de qualquer coisa, só pode vir quando os limites
da consciência humana, planetária, forem ultrapassados. Seguindo esse
raciocínio, a unificação das religiões ocorrerá quando em nosso interior
houver também uma unificação, mas uma unificação com o significado
real que cada uma de suas manifestações tenha para a humanidade como
um todo. Para isso, deve-se levar em consideração os tipos humanos, suas
características e, principalmente, o nível de compreensão ou de
consciência de cada um desses tipos vivendo neste planeta. A
compreensão sobre algo só pode vir quando atingimos uma parcela da
essência dessa coisa que está, em sua origem, acima da capacidade de
entendimento pelo raciocínio puramente humano. O desenvolvimento do

373
Conversando Sobre MOINTIAN
raciocínio é importante para que ideias possam ser elaboradas,
manifestadas, mas é uma etapa, uma fase inferior ao processo intuitivo
que é o contato com a essência do ser, com a alma ou com o Eu Superior,
e que provém de mundos abstratos. Não é a morte da mente, mas sua
transfiguração, sua transformação em algo superior.

154. SOBRE O TEMPO, SOFRIMENTO E ENCARNAÇÕES

Do ponto de vista da vida em si, cada encarnação é quase nada. Baseado


no pressuposto que, como um plano divino, mais cedo ou mais tarde
todos nós seremos seres realizados, iluminados, seres de pura luz, uma
encarnação é quase nada. Um evento, uma situação marcante,
traumática, perturbadora, é menos ainda. É preciso ver com os olhos do
Logos, do Regente, do Plano Divino, da Vida em si. Por isso, o mal
planetário ou cósmico se debate tanto: pelo horror, para si, que é saber
que, no fim último de tudo, só resta o bem. O mal se debate, grita e se faz
tão aparente, porque sabe que seu destino é ser o Bem, a Luz!
O exercício da intemporalidade, da visão de acima, do fim último do ser
como uma proposta divina de aprendizado neste plano, traz a
possibilidade de sairmos da armadilha da mente humana, do mal, do
sofrimento, do que chamam carma. Isso resolve qualquer problema. No
início, criamos a ideia de um fio, um elo com a parte superior, divina, em
nós. Pode ser visualizado como um fio de luz que vai para cima, bem alto,
conectando com aquilo que somos em planos superiores. Então, trazemos
isso para nós, aqui, agora. Sempre que precisarmos...

155. SOBRE CONTEMPLAÇÃO

Pergunta: O que é, na realidade, a contemplação? Como sabemos que


estamos em contemplação? E como de fato alcançá-la? Tenho a impressão
de já ter alcançado esse estado, mas não tenho certeza se realmente
aconteceu. Gostaria de saber sobre isso.

Resposta: A maioria das pessoas quer definir, em palavras e conceitos,


uma experiência, mas sem ter passado pela experiência. As palavras são

374
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
construídas, definidas, no contexto espiritual, por quem tem ou teve a
experiência. Por isso, existe tanta diversidade na terminologia, nas
conceituações. Tenho gostado mais de orientar aqueles que experienciam
as palavras, sejam as palavras que falam de técnicas, ou de palavras
internas, relativas ao processo do MOINTIAN em si. De que adianta a
terminologia para definir coisas que não conhecemos e não fazem parte
de nossa vida? Uma dúvida, um questionamento, segue um determinado
contexto, uma terminologia, de acordo com o pensamento, a leitura ou a
compreensão daquele que o produz. Por isso, além de seguir fiel a uma
linha, é preciso discernimento para saber o que, realmente, a pessoa está
querendo perguntar, à que está se referindo. Em qual nível está sua
pergunta e em qual nível está a resposta? Muitos enganos surgem desse
hiato, desta lacuna entre o conhecimento e a curiosidade, entre a coisa
em si e profunda, e a luta da mente comum para tentar se orientar. É
preciso saber algo sobre alguma coisa para poder questionar. É preciso ter
conhecimento sobre o pensamento do inquiridor para poder responder...
Antes de termos as palavras, definições ou pontos de vista, é preciso ter o
entendimento pela experiência. Por exemplo: ouvi falar que contemplação
é “estar absorto em um determinado e único tema, mote ou imagem, a tal
ponto que se funde com a coisa observada”. O correto seria, então,
perguntar-se, enquanto relê a definição sugerida acima, se já, alguma vez,
sentiu isso. Melhor ainda seria se, por estar lendo, enquanto estiver lendo,
vier a certeza interna dizendo: “eu sei disso, é assim mesmo porque já vivi
isso!”. Como atingir esse nível? Muitas pessoas falam muita coisa. São
muitos métodos. Mas aqui, falamos de MOINTIAN. E por falar nisso, fica
claro que o inquiridor não está seguindo uma técnica do MOINTIAN para
conseguir o fim último, mas está tentando misturar práticas, pois, no
MOINTIAN, nunca se utiliza essa definição de “contemplação” para definir
o estado de consciência acima do nível de vigília. Fala-se, no MOINTIAN,
em Estado Intermediário. Entretanto, a experiência com a prática da
energia do MOINTIAN, seja na autoaplicação ou para outras pessoas, traz
inúmeras possibilidades de encontrarmo-nos nesse estado e além dele,
que é a pura meditação. Por exemplo: quando sugerimos que a energia
seja enviada para outra pessoa, a distância, e sentimos que vamos lá,
ficamos tão absortos que nem o ruído de fora, do ambiente, nos perturba;
quando nos reunimos na meditação de quarta-feira, tudo some e, se não
dormimos, logo estamos absortos, envolvidos na energia de forma

375
Conversando Sobre MOINTIAN
“contemplativa” até que a meditação surge, que é definida como “a
ausência de pensamentos”, esse estado que renova o nosso ser e traz
tudo o que precisamos, seja em força física, sutil, emocional ou espiritual.
Se, entretanto, o inquiridor precisasse de mais algumas definições,
poderíamos buscá-las no dicionário Houaiss, no termo contemplação:
1- ato de concentrar longamente a vista, a atenção em algo;
2- profunda aplicação da mente em abstrações; meditação, reflexão;
3- teologia: concentração do espírito nas coisas divinas;
4- consideração, benevolência.
De acordo com esse dicionário, podemos notar, de forma bem clara, uma
significativa diferença entre as definições apresentadas, inclusive uma
elevação da profundidade ou alcance delas. Na primeira definição, já
temos que a concentração leva a uma contemplação, mas que é daquelas
nas quais a mente se perde em uma espécie de devaneio, que não produz
nada a não ser perda de tempo. Na segunda, há uma confusão de termos
em se tratando de uma terminologia espiritual ou da prática espiritual.
Define como a absorção da mente em algo que não pode ser medido ou
racionalizado, ou que se entra em contemplação por causa disso, podendo
ser, sim, uma reflexão, pois essa é caracterizada por remoer pensamentos.
Mas não pode ser meditação. Não do ponto de vista da prática espiritual
verdadeira. A terceira definição, de acordo com a teologia, nos fala da
concentração do espírito nas coisas divinas. Todavia, o “espírito”, na
terminologia que utilizamos, significa a própria mônada, a essência divina
em nosso interior. Um estado profundo de concentração voltado para o
superior, para o mais elevado, para que seja atingida a fusão com a
divindade, ou o processo místico em si. Só por aqui já seria possível ter
certa resposta à pergunta.
Entretanto, para finalizar este comentário, e voltando a dizer como é
necessário discernimento tanto para questionar como para responder,
coloco duas citações do Glossário Esotérico de Trigueirinho:
CONTEMPLAÇÃO - estado de consciência profundo e dinâmico, em que o ser
é colocado de modo direto diante de uma fonte de energia interior e dela
colhe vibrações que então irradia para o mundo. A contemplação genuína
não é obtida por empenho humano; portanto, não há formas para alcançá-la.
Orações, pensamentos ou exercícios, quaisquer que sejam, não podem
induzi-la; no entanto, a busca tranqüila de união com a essência cria um
ambiente interno receptivo para que este estado emerja. Quando se

376
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI

implanta, a contemplação traz sementes de etapas futuras da evolução.


Absorvido pela consciência imaterial, o indivíduo deixa de procurar caminhos,
técnicas e métodos de ascensão; apenas um rumo, o único e real, permanece.
Na contemplação, desconhece tristeza e alegria, mas plenifica-se no silêncio.
Não sabe do ontem ou do amanhã, no hoje está toda a sua existência. Nada
espera e a ponto algum pretende chegar, pois perfaz sua jornada no infinito.

MEDITAÇÃO - estado interior que, permeando a consciência externa do ser


humano, lhe permite contatar a vibração do nível da alma e de outros mais
além. Não pode ser provocada por meios externos; surgem espontaneamente
quando a personalidade está desobstruída dos obstáculos mais grosseiros à
fluência da energia interna. As chamadas técnicas de meditação do passado,
algumas das quais incluíam a ciência dos chacras, preparavam os corpos da
personalidade para acolherem esse estado. Hoje estão desatualizados, dadas
as transformações que se operam no planeta e no ser humano. Sem lançar
mão delas, pode-se, por meio do serviço ao Plano Evolutivo, do esquecimento
de si e da persistência em atingir a meta superior, estar lúcido em níveis
abstratos da consciência. Nessa ampliação interior, a serenidade emerge e a
atenção aperfeiçoa-se. Denominar esse estado ou descrever as fases para
atingi-lo nem sempre é oportuno, pois atualmente ele é alcançado do modo
mais descondicionado possível de regras e fórmulas. As etapas dessa união
com o infinito podem ter aspectos concomitantes, e seu desenvolvimento em
cada indivíduo é singular. A entrega e o devotamento a ela é que a atrai.
Quando o ser humano se coloca a serviço do Todo, obstáculos pessoais e
necessidades intelectuais de definições desaparecem e esse estado
desconhecido aproxima-se de sua consciência. TRIGUEIRINHO, Glossário
Esotérico. 4.ed. São Paulo, SP. Pensamento. 1994. p. 92 e 284.

156. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO I

Surge uma nota de esclarecimento a respeito da compreensão das


escrituras sagradas e outros textos antigos, que é relativa ao nível de
desenvolvimento interior da pessoa que lê ou tenta interpretar
determinado texto ou literatura.
É impossível para uma pessoa centrada na personalidade compreender
definitivamente o que lê em um texto escrito por um ser divino, seja essa
pessoa pertencente a qualquer etapa da vida humana sobre a Terra. Sua
compreensão se dará em nível mental concreto, relativo primeiramente

377
Conversando Sobre MOINTIAN
ao gosto literário, à compreensão da sintaxe e da gramática, da
sonoridade do documento ou do texto, da beleza da organização dos
versos ou das frases... Mas será nesse nível apenas. Por esse motivo,
passado algum tempo, quando essa pessoa estiver relendo esse mesmo
documento, poderá ver nuances antes não vistas, pois poderá
compreender e perceber a partir de uma forma de pensamento mais
elaborada que aquela que tinha algum tempo atrás. Isso ocorrerá devido,
principalmente, a que seus conhecimentos intelectuais, sua compreensão
da vida ou do que se chama beleza evoluem um pouco. Ainda assim, é
apenas uma compreensão e uma concepção mental e não expressa de
fato o que aquele ser divino queria realmente dizer.
Com o devido crescimento interno, com a devida evolução poderá,
gradativamente, rever seus conceitos e compreender um pouco melhor,
em cada passo dessa jornada, aquilo que aquele ser escreveu, para ele
mesmo, na sua origem, aquela origem que a pessoa vai atingir quando
definitivamente começar a entender o significado de um conhecimento
espiritual específico.
E é assim que vemos duas coisas importantes: uma é que a compreensão
de textos sagrados, esotéricos e velados, acontece pelo crescimento do
nível da consciência e a segunda coisa, é o retorno dos homens deuses,
pois a consciência retorna ao patamar dos seres que transmitiram ou
manifestaram aquela energia na forma de um texto ou de um
conhecimento, e integra-se neste nível, mas sempre em uma espiral
crescente...

157. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO II

Este tópico tenta esclarecer e continuar o anterior.


O tópico acima foi produzido pelo contato com um nível abstrato, acima
da mente concreta e analítica. Deveria ser lido com a mente abstrata,
percebido com os sentidos internos. Entretanto, para que seja possível dar
uma compreensão a seu respeito, é preciso que seja revisto com a mente
pensante concreta, com a qual estamos todos acostumados. Ele falava
claramente disto, que devemos nos abstrair e evoluir, crescer
espiritualmente, para que possamos entender as verdades sublimes,
gradativamente. Fala que somente quando formos ou estivermos vivendo

378
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
no mesmo nível espiritual daqueles que compuseram certos textos,
deixados como guias para raças e civilizações, pois foram fruto da
harmonização e contato direto de mensageiros espirituais com
hierarquias, com os conselhos superiores, com os manus de raças
(arquétipos originais), é que de fato “decodificamos” os textos e
aproveitamos a “energia” e o propósito a que se destinam, e não apenas a
parte intelectual e a harmonia da composição. Ele serve para chamar a
atenção que devemos, como um grupo voltado para o espiritual, buscar
ainda mais esse contato e essa comunicação com o nível abstrato e
intuitivo, mesmo na vida cotidiana.
Para formar uma ideia consciente a respeito do texto, imagina o início de
uma Raça-raiz, quando seres de elevado nível recebem impulsos e regras
da correta maneira de viver e de ser para transmitirem aos demais seres
viventes no planeta e que se destacam de outros, e que se tornam
representantes, pioneiros da manifestação da nova raça. Eles podem
compor determinadas obras para auxiliar as gerações futuras. Com o
passar do tempo, a essência daquilo que foi registrado começa a ser
perdida, restando apenas a beleza da composição que, por ser originada
de fonte divina, expressa uma beleza e harmonia sem igual...

158. SOBRE A INTEGRAÇÃO

No processo espiritual, num primeiro momento, somos uma


personalidade em constante luta com os seus corpos, até que ocorra um
equilíbrio ou integração entre o físico, o emocional e o mental: a
integração da personalidade; a mente e a emoção a serviço do ser...
Isso pode ser entendido como a luta que uma pessoa preocupada com a
alimentação sente quando depara-se com algo que pense ser saboroso,
como um chocolate, por exemplo: a mente diz, “Isto pode ser bom”; o
corpo sente, “Se comer faz mal e engorda”; e a emoção contradiz, “Mas só
mais um pouquinho, que mal faz?”. É a luta interna de uma personalidade
em conflito. Os corpos em conflito tentando encontrar um equilíbrio.
Todas as lutas são assim. A chave é perseverar, sem reprimir vontades,
mas entregando as vontades humanas ao direcionamento do Eu Superior.
Só o impulso do superior pode dirigir uma personalidade para sua
integração e só o que é necessário fazer para que isso ocorra, é estar

379
Conversando Sobre MOINTIAN
atento à voz que vem de dentro e de acima. Escutando-a, por fraca que
seja, é possível seguir o direcionamento que ela dá e, desse modo, ir
caminhando com segurança no espiritual. Isso vale para tudo, desde dietas
até hábitos e vícios.
Depois, vem a integração da alma, significando o aprendizado daquilo que
fomos, do que já manifestamos e aprendemos enquanto encarnados.
Quando temos as lembranças, de flashes que sejam, de outras vidas, toda
a realidade muda, pois nossa consciência impregna-se com a certeza da
imortalidade da alma. Quando essa certeza faz parte de nosso ser,
estamos prontos para a próxima fase, com a confiança interna assumida.
Obtemos consciência, experiência, de que a vida eterna é uma realidade e
podemos esquecer dos problemas, desejos, anseios e tudo o que for
relativo a temporaneidade, pois agora é chegada a jornada cósmica, que
nos remete à origem, ao início da trajetória rumo ao reino espiritual...

159. UMA ORAÇÃO?

Na página 281 do Manual do MOINTIAN, meio solta, logo após a capa


divisória de entrada ao Nível IV, passando quase imperceptível, temos
uma verdadeira oração:
MESTRE DA MINHA SENDA DIVINA
ILUMINA MEU CAMINHO DE RETORNO A TI
PERMITA QUE EU SINTA CADA VEZ MAIS
A FREQUÊNCIA, A SINTONIA, A IRRADIAÇÃO
DA TUA ONDA, DA TUA ENERGIA,
PARA QUE, CONJUGADAS AS FORÇAS DOS
RAIOS PERTINENTES À MINHA MANIFESTAÇÃO
EU ESTEJA NOVAMENTE INTEGRADO NA SÍNTESE
QUE TU REPRESENTAS!

Primeiramente, quero pedir que seja realizada uma reflexão sobre o seu
significado, dizendo que ela é uma Oração ao Pai.
Dentro do contexto que venho demonstrando, vai parecer um total
disparate falar em oração neste ponto. Entretanto, podemos analisá-la de
uma maneira cardíaca, ou seja, com o sentido de abertura ao divino e de
acordo com o significado que o Manual do MOINTIAN propõe. Peço que o
leitor faça uma pausa aqui, antes de prosseguir na leitura. Lê novamente a
380
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
página 281 do Manual e, logo após, entra no Estado Intermediário para
sentir o que ela pode trazer como significado. Depois, segue com a leitura
deste texto.

O Pai, no aspecto da consciência humana e segundo o que temos


entendido, é uma referência à Mônada ou ao Regente Monádico. No
aspecto divino, é o princípio criador da Vida, do ser, do universo imaterial.
Vamos nos ater ao princípio evocado no início: Mestre. A quem ou a que
está se referindo esta prece, esta evocação? Que síntese é esta tão almejada?
É preciso ter em mente que esse tipo de definição sempre tem dois lados:
o humano e o Divino. As definições são imprecisas, mas complementares
nos diferentes níveis de manifestação, conforme a relação, a percepção e
o alcance do pesquisador.
Existe o Pai, o Filho e o Espírito Santo na Trindade Divina. São os três
Aspectos Divinos e estão relacionados aos três primeiros Raios:

PAI VONTADE-PODER VIDA


FILHO AMOR-SABEDORIA CONSCIÊNCIA
ESPÍRITO SANTO INTELIGÊNCIA ATIVA (LUZ) FORMA

Existem muitas formas de explicar a Trindade Divina, que se manifesta em


tudo, está em tudo, mas é a expressão do Uno. Existem muitos níveis de
utilização para a Trindade, inclusive para as forças obscuras.
- O Primeiro Aspecto, Vontade-Poder, é a síntese, a reunião de todas as
qualidades e manifestações originalmente concebidas. É o Homem
Cósmico, o ser divino e integrado.
- O Segundo Aspecto, nesta análise rápida, seria a consciência e suas
manifestações, como os conhecimentos, tendo o Cristo como cadeia de
ligação, e se dissolve no Pai, que é o Reino Divino. A alma e suas
lembranças se perdem quando o Reino espiritual desperta.
- O Terceiro Raio de Aspecto, Inteligência Ativa, dá origem aos quatro
Raios de Atributos (raios 4º ao 7º). O Espírito Santo pode ser entendido
como a manifestação no mundo físico e tem sua representação na Mãe do
Mundo, parcela da Mãe Universal, energia de polaridade feminina. É o
nível da interação humana, planetária, para entendermos superficialmente.
A Mãe é a influência planetária; o Reino dos Céus é do Filho (alma e
mônada); e o Pai habita regiões inexploradas ao viajante cósmico: é o
Regente-Avatar, a oitava mônada, a síntese.

381
Conversando Sobre MOINTIAN
Voltando à Oração descrita, vejamos alguns pontos
• Mestre da minha senda divina: meu Eu Superior, meu Regente.
• Ilumina meu caminho de retorno a ti: conduz meus passos, ilumina
minha consciência para que ocorra a entrega dos corpos inferiores e que
“eu” possa estar focalizado apenas em Ti, sentindo Tua frequência,
sintonizado no Teu nível e recebendo Tua influência.
• Conjugadas as forças dos raios...: depois de ter sentido cada
manifestação possível, cada tipo de manifestação e influência, através das
diferentes linhagens e raios, esta síntese remete ao Regente, o Mestre,
que as expressa de maneira unificada.
Temos muita reflexão aqui, mas nenhuma definição é definitiva...

Espírito Santo e Linhagens Espirituais


O Espírito Santo, além daquilo que descrevi anteriormente, é a
manifestação do poder divino. No contexto bíblico, é a descida do Espírito
Santo que desperta determinadas características divinas ou os “dons do
espírito”. Entre elas, segundo pode ser lido em Coríntios, estão: falar
línguas, curar, profetizar. São as mesmas qualidades das Linhagens
Hierárquicas, que são os arquétipos do ser humano. A maestria consiste
no despertar de cada uma das sete linhagens: contemplativos, curadores,
espelhos, governantes, guerreiros, sábios, profetas e sacerdotes. A
integração de todas, torna o ser um mestre completo, com a manifestação
das linhagens e Raios. Então, a ascensão é o despertar total de uma
corrente, linhagem e raio, mas a integração de todas é que torna, de fato,
um mestre completo. São níveis de ascensão, por assim dizer.
O Espírito Santo é desperto em uma sequência de iniciações planetárias. A
quarta iniciação planetária, por exemplo, é de grande importância, pois a
alma despede-se, trazendo a mônada. A vida espiritual toma um rumo
sem retorno ou dúvida quanto à entrega ao caminho espiritual. Dúvidas
em relação à forma de continuar podem ocorrer, mas não há mais dúvida
sobre o caminho e o objetivo a ser alcançado.
Assim como certos dons despertam, no plano interno aparecem
instrumentos, vestimentas ou formas de utilizar a energia, próprias para o
despertar particular do aspirante espiritual ou iniciado e para seu serviço
em cada nível. Isso é brevemente esclarecido no Manual do MOINTIAN, no
capítulo 52, O Cetro de Poder. Outros comentários sobre isso são feitos na

382
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
parte III C, no tópico 68, Sobre Presentes Espirituais, Joias e Iniciações
Internas. Sobre Raios e iniciações, consulta o capítulo 3 do Manual.
Cada fase é de grande importância para o caminho, mas é somente o
marco de início de algo maior, que está por vir... Por isso é necessário
desprendimento e saber que por mais profundo que esteja sendo o
processo, o que virá depois será ainda mais intenso...

160. O QUE QUEREMOS QUE SEJA E O QUE DE FATO É

Todo mundo quer sempre alguma coisa de alguém. Sempre queremos o


bem de outrem, sem saber quem de fato é a pessoa à nossa frente. E
como sabê-lo? Uma pessoa não é apenas o que se apresenta e nem aquilo
que ela sabe de si. Há muito mais, desconhecido, escondido, em seu interior.
Mas sempre queremos algo, pensamos e projetamos algo. E todos os
encontros, os relacionamentos, sejam amizades, relacionamentos
afetivos, profissionais, etc., todos ocorrem, neste plano comum, com cada
um projetando algo no outro. Projetam interesses, necessidades,
possibilidades, conveniências. Sempre uma expectativa, sempre querendo
algo em troca.
Um terapeuta, querendo o bem-estar alheio, para promover o seu
“processo de cura”; uma amizade, pela conveniência ou pelos benefícios
que o outro possa eventualmente trazer em caso de uma necessidade...
Por isso, todos acabam mal. Sempre há algo humano e escondido por trás
de um relacionamento. Então, as pessoas se decepcionam: elas esperam
algo, seja em benefícios materiais ou pela resposta emocional que
gostariam de receber.
Os relacionamentos deveriam estar livres disso, e poderiam estar, se todos
quisessem viver pela verdade, sendo verdadeiros em tudo, dizendo a
verdade, expressando a verdade. Faz um exercício: conseguirias dizer,
agora, neste instante, o que está passando pela tua mente, de fato, se
alguém telefona e pergunta? Consegues dizer “isto” ou “aquilo”, sem
inventar algo ou acrescentar algo?
Projetamos nos outros o que necessitamos, o que queremos de um
relacionamento, por conveniência. Por isso, as decepções. Se não
esperamos nada de ninguém, não pode haver decepção pois, assim, cada
pessoa pode se manifestar como de fato é e não como queremos que ela

383
Conversando Sobre MOINTIAN
seja. Da mesma forma, é preciso ser verdadeiro no pensamento e na
atitude para não criarmos expectativas que possam vir a frustrar a
qualquer pessoa com a qual nos relacionemos.
Projetamos nos outros até nossos objetivos. Por isso criamos frustrações e
alimentamos existências paralelas, conforme o que está muito claro no
Manual do MOINTIAN, na página 330, sobre o símbolo para Abertura
Dimensional. No livro verde, no capítulo 8.4, é falado sobre o interesse
como motivador e fator intrínseco nos relacionamentos.

161. O QUE FOI E O QUE CONTINUA SENDO

Quem não conhece a história como ela realmente é, pode pensar que
hoje, a vida atual, é muito melhor que aquela de tempos passados. Isso
pode ter dois lados. Por um lado, que de fato deve ser melhor, pois é a
vida que temos. Pela ordem natural das coisas, o hoje deve ser sempre
melhor que o ontem. Porém, por outro lado, significa que a pessoa que
assim pensa, está alheia aos fatos reais da existência.
As pessoas sempre foram como são hoje. Sempre existiram os mesmos
conflitos, as mesmas ideias, os mesmos objetivos, as mesmas diferenças,
os mesmos anseios. Sempre, sempre, em todos os tempos, ocorreram
crimes, lutas, seres de luz e de trevas... A mesma coisa.
O que muda, o que deve mudar, é a relação da pessoa com o mundo, é a
interação da pessoa com grupos, ideias e para que alcance pensamentos
mais elevados, melhores. Estou falando, num primeiro momento, sobre a
vida da alma e sobre civilizações. Mas temos o mesmo a respeito do
passado recente, de algumas décadas, de alguns anos. As coisas se
repetem. Alguns dizem: “no meu tempo não era assim...” Mas era, sim.
Os interesses pessoais é que eram diferentes. A atenção é que estava
voltada para outros eventos. O que importa é a evolução da consciência,
não o meio imediato ou grupos isolados e suas manifestações. Importa é a
capacidade de estar, agora, em um meio melhor e mais evoluído.
“No meu tempo era melhor...” é a prova da falta de observação, da
mesma forma que dizer que só agora existam manifestações de
promiscuidade, de guerras, conflitos, enganos, santidade e outras coisas.
O problema de agora é o maior número de adeptos para todo o tipo

384
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
diferente de coisas, e o fato de que, sendo normais, são mais divulgadas,
aparecem mais.
Basta ler os filósofos mais antigos e ver as preocupações que tinham, o
que expunham em seus ensinamentos, para termos claro, e sem dúvida,
que tudo é sempre igual, mas que o ser, o habitante destes corpos, precisa
ser diferente, e sempre melhor...

162. TENDÊNCIAS E O PROCESSO INTERNO

Pergunta: O que se pode dizer sobre a relação entre a espiritualidade e o


homossexualismo?

Resposta: A segunda parte do Nível I, do Manual do MOINTIAN fala sobre


a energia sexual, assunto complementado posteriormente no capítulo 62.
Outros esclarecimentos importantes sobre a energia sexual receberam
atenção especial no capítulo 8.7 do livro verde.
Na manifestação física existem polaridades: uma polaridade masculina e
outra feminina. Um ser, enquanto se expressa no corpo físico, deve seguir
uma dessas polaridades e buscar, ou ter, as características conforme essa
polaridade. Em relação à energia sexual e à sexualidade, o ideal a ser
atingido é o estado de androginia, como sendo a fusão das manifestações
das polaridades masculina e feminina. Há, entretanto, um ponto que
precisa ser esclarecido e que é muito simples, e não é questão de
julgamento ou de quem pode ou não pode atingir o máximo da
espiritualidade que, como já muitas vezes falamos, é a ascensão, a
iluminação ou a consciência cósmica.
Todos nós somos divinos, mas existem algumas práticas que podem ser
consideradas acréscimos para a vida espiritual e outras que são
consideradas, ou que proporcionam, um estancamento, uma parada do
processo de evolução espiritual. Não significa que uma pessoa que seja
homossexual está em nível de evolução inferior a qualquer outra que não
o seja. Uma pessoa homossexual pode estar muito evoluída. O ponto que
gostaria de colocar aqui é que existe certo estágio do desenvolvimento
espiritual, que é aquele limiar da consciência cósmica, o ponto no qual a
consciência humana está para transformar-se em consciência cósmica, o

385
Conversando Sobre MOINTIAN
momento em que a consecução mística ocorre, que só pode tornar-se
efetivo se forem respeitadas as polaridades naturais do ser humano.
No caminho do desenvolvimento, há um estágio anterior a esse ponto
culminante, que é aquele no qual a personalidade vai absorvendo as
qualidades de ambos os sexos. A personalidade precisa aprender a
expressar, com equilíbrio, as qualidades de ambos os sexos, aprendendo a
não fazer distinção entre um e outro, colhendo e manifestando o que há
de positivo em cada um dos sexos. Neste ponto, algumas personalidades
mais frágeis, podem ficar confusas e ter atração por um ser, uma pessoa,
do mesmo sexo. Mas isso também é apenas uma fase do caminho, é um
momento a ser ultrapassado para que aquele outro, posterior, do limiar,
possa chegar, para que se manifeste o ponto seguinte que é a vida
cósmica e a ascensão.
Esse estágio da integração, da fusão ou da absorção das qualidades do
sexo oposto, é um estágio preliminar, também, à androginia, sendo essa
uma fase posterior. Depois disso, ainda existem fases que podem ser
definidas como a escolha de um complemento físico do sexo oposto ou a
manifestação da androginia em si. Isso depende muito do serviço que o
ser que atinge esse estágio vai prestar para a Hierarquia que o assiste.
Então, não é uma questão de discriminação, de preferência, de quem
pode ou não pode atingir a iluminação, mas de como o processo interno
ocorre. Não é uma questão de julgamento, nem de repressão, mas é uma
questão do fluxo da energia e de como isso ocorre no plano espiritual.
Estamos falando aqui da consecução última que, volto a dizer, é sempre
nosso objetivo falar, do momento último e não do caminho propriamente.
Então, há muita diferença entre praticar uma coisa, ler, estudar sobre
esoterismo, misticismo, escola esotérica, métodos de cura, métodos de
desenvolvimento espiritual, religiosidade, etc., e a consecução do
caminho, a consecução que é a integração do nível espiritual.
Existem regras que não foram criadas pela personalidade. É preciso saber
diferenciar preconceitos, dogmas, normas estabelecidas por religiões, por
escolas esotéricas, por grupos que tentam, pela intelectualidade, pela
conceituação mental, ditar determinadas normas a seus seguidores,
daquelas coisas que são leis naturais. Há uma grande diferença nisso em
todos os aspectos e sobre todas as manifestações de preceitos. Existem os
preceitos criados para dominar ou para subjugar e aqueles preceitos que
são formas de se seguir naturalmente a expressão da energia para que se

386
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
possa obter mais facilmente resultados que nos elevem e que nos
proporcionem uma aproximação mais rápida do Plano Espiritual. Esse é
um ponto muito importante que deve ser avaliado sempre, em qualquer
literatura, em qualquer discussão.
No fim último, para a personalidade, não haverá um Mestre em
desequilíbrio com as suas polaridades, mas um ser em total equilíbrio e
com total conhecimento de como são as manifestações da personalidade
encarnada para que possa orientar, com o justo conhecimento, outros
seres que estejam necessitando de auxílio. Críticas, julgamentos e pontos
de vista são coisas da personalidade, que não nos interessam quando
estamos visando algo superior e de nível divino.
Outro aspecto desse contexto é que o amor verdadeiro, e por uma pessoa
apenas, é muito importante e um aspecto da devoção. Com esse
raciocínio, um homem ou uma mulher promíscua, evidentemente, está
mais distanciado do caminho interno que um homossexual, do sexo
masculino ou feminino, que tem amor verdadeiro por uma única pessoa.
Por esse posicionamento, fica muito clara a necessidade de: não confundir
celibato com repressão, que causa desvios; não confundir vaidade com
sensibilidade; não confundir a sensibilização e integração das qualidades
do sexo oposto com as necessidades sexuais; não deixar aflorar aspectos
que influenciarão negativamente os que veem àquele que está passando
pela integração. Alguns dizem: “Parece que homossexuais são mais
sensíveis e mais aptos aos dons do Espírito”. Não se deve confundir
percepção extra-sensorial com dons do Espírito ou evolução.

163. SOBRE O TERCEIRO SEXO

Como civilização moderna, primeiro tivemos a oportunidade de ver a


conquista dos seres humanos entre si para se considerarem parte de uma
mesma espécie. Então, falamos em abolir o preconceito racial. Depois,
vimos uma luta para chegarmos a um equilíbrio entre polaridades, na
expressão do masculino e do feminino. Nada disso se resolveu muito bem,
mas tivemos consideráveis avanços nesse aspecto, em relação a um
passado remoto e até próximo da humanidade de terceira dimensão.
O que devemos considerar agora é a aceitação ou uma melhor análise dos
demais sexos que existem. Estes são, no mínimo, mais dois. O que, na falta

387
Conversando Sobre MOINTIAN
de uma denominação melhor, podemos considerar como homossexual
masculino e feminino. Estive verificando que nos textos ditos sagrados do
Hinduísmo, como os Vedas, já havia uma denominação para pessoas que
não eram nem homens nem mulheres. Chamavam-lhes Tritiya Pritrika,
considerados hábeis dançarinos sagrados. Não farei referência aos antigos
eunucos ou mesmo aos castrati italianos, pois com isso estaríamos falando
de uma classe de seres que foram literalmente castrados, ou seja, foram
alvo de uma violência tal que descaracterizou sua sexualidade. Vamos
considerar, então, de uma maneira geral, um terceiro sexo, composto por
pessoas que expressam características externas diferentes das que sua
mente, sua alma e sua estrutura interna e energética na realidade são.
Seria necessário um estudo mais profundo sobre esses sexos, mas vejo
que é hora de considerarmos a existência real desse fato. São seres que se
manifestam em corpos com polaridades aparentemente opostas ao que
são em seu interior, tendo como parâmetro de definição a sexualidade
como foi vista até aqui, mas que nascem com esse aspecto diferenciado. O
estudo que penso que seja possível de ser realizado seria sobre a
diferença entre uma tendência – por escolha gerada por fatores
ambientais ou sociais - e uma característica inata. Deveriam ser
consideradas também as possíveis influências hormonais maternas
gestacionais e as influências do ambiente ao nascer. Acrescentar-se-ia a
esse estudo, uma pesquisa sobre se houve rejeição ou não.
Posteriormente, ainda entrariam os casos de abuso e sofrimentos de
ordem sexual desde a primeira infância. Isso seria necessário porque são
distinguíveis os que são de fato de outro sexo por natureza própria e aqueles
que o são por uma influência ou um sofrimento provocados pelo meio.
Muitos do terceiro sexo, como eu prefiro denominar, sentem atração
natural por pessoas do sexo oposto ao qual se manifestam em seus
corpos, como heterossexuais. O fato é que muitos deles não são atraentes
para o sexo oposto. Isso pode se dever a uma questão hormonal. Nesse
ponto estou mesmo conjecturando.
Também não é regra que essas pessoas tenham interesse por outras
pessoas do mesmo sexo ou polaridade que se manifestam no corpo físico.
Quero dizer que muitos homens que são do terceiro sexo podem estar
casados, ter filhos e viver aparentemente tranquilos. Mas não expressam,
psicologica e espiritualmente, todo o potencial que poderiam, pois de
certa forma foram podados pelos parâmetros sociais.

388
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
Interessa-me, neste tópico aparentemente inusual, pelo tema tratado,
uma análise do ponto de vista da espiritualidade das pessoas que
manifestam essas características. Por que sempre foram usados nos rituais
antigos, em geral nos que envolvem práticas do astral, baixo astral e
magia? Porque sempre estiveram à margem da evolução instituída pelas
tradições esotéricas ou trazidas para este plano. De alguma maneira,
sendo “excluídos” de um padrão de desenvolvimento natural, sempre
foram colocados à margem para que, permanecendo com sua energia
densificada, pudessem servir como elos entre mundos límbicos. Outro
ponto que é preciso salientar é que este tipo sexual não tem nada que ver
com perversão sexual, distúrbios ou orgulho de pertencer a uma classe,
até aqui distinta, de seres.
O que muda ao escrever este tópico? Para alguns pode parecer que nada,
mas fica a certeza de que, se descobrimos quem somos, não precisamos
querer combater o mundo para afirmar nossa posição. E reina a paz. Não
existem outros querendo o teu mal, mas forças que, de alguma maneira,
mostram que ainda não estás em equilíbrio.

Uma mente certa no corpo certo


Quando falo desse fato, não estou me referindo a isso por modismo ou me
referindo a casos doentios ou de absoluta falta de pudor. Refiro-me a
pessoas em corpos do sexo masculino ou feminino em verdadeiro conflito,
porque sempre existiram, mas nunca houve nenhuma definição séria a
esse respeito. Refiro-me a pessoas em corpos errados, como devem
pensar, mas que estão nos corpos certos. O que elas são é que é algo
diferente, diferente dos dois sexos definidos como convenção. Refiro-me
aos que, por terem tantos conflitos, geralmente se envolvem com a
espiritualidade de mais baixo nível, pois querem respostas às suas
questões, não respondidas nem mesmo por meio da espiritualidade.
Como são seres com alto poder de concentração de energia, porque não
tiveram um método próprio para seu desenvolvimento por milênios, suas
energias se concentram por demais ao longo das encarnações e acabam
sendo alvos fáceis para aquilo que recebe o nome de mediunidade. “Será
que sou médium?”, perguntam-se, e caem nas maiores armadilhas que
foram criadas, como sejam o espiritismo e as outras religiões de origem
duvidosa que trabalham com baixo astral e magias de toda sorte. É outra
armadilha e outra prisão que temos que trazer à tona.

389
Conversando Sobre MOINTIAN
Processos espirituais impróprios
O fato é que nunca houve um processo espiritual que lhes proporcionasse
uma total liberdade. Com isso, agarravam-se aos que existiam, doando-se
totalmente, sem saber que estavam sendo a força motriz de tais
processos. Como não tinham um processo exato para sua estrutura
energética específica, pensavam, porque fizeram com que pensassem
assim, que estavam à margem de qualquer processo. Excluídos, muitos
acabavam servindo para tarefas paralelas ou, como disse, como serventes
para que os ditos evoluídos pudessem permanecer como estavam. O fato
é que eles sempre alimentaram todas as instituições com sua forte
conexão com os planos sutis. Um fator importante a deixar claro é que,
como tinham, e têm uma estrutura energética particular, nenhuma das
técnicas ou métodos criados para tipos específicos ou raças específicas
pode produzir o efeito ideal neles. Nenhuma técnica para alguém do sexo
masculino e com polaridade masculina serviria para alguém do sexo
masculino, mas com polaridade feminina, ou vice-versa. Com isso, geração
após geração, encarnação após encarnação, toda uma classe de seres,
oprimidos pelos diferentes grupos sociais e espiritualistas, foi densificando
sua energia. Essa energia era então filtrada, sugada e direcionada para
propósitos obscuros, não por eles, não por sua vontade, mas daqueles que
não lhes explicaram o que de fato acontecia.
Sempre falo pelo MOINTIAN como método integrado e que produz seus
efeitos para todos os tipos de seres, de todas as raças, tipos, linhagens e
estruturas energéticas. Com isso, deixo a forte indicativa de que seja
possível uma evolução equilibrada e equânime, quando não fazemos
distinção por estruturas energéticas, e que estamos reconstruindo a
espiritualidade segundo os parâmetros internos e vivos que dispomos
neste momento planetário. Com a prática do MOINTIAN, temos chaves
para que cada ser alcance seu objetivo espiritual. Foi-se o tempo em que
os conceitos espirituais estavam norteados pelas regras sociais. Foi-se o
tempo da hipocrisia. Estamos reconstruindo os parâmetros e os conceitos,
derrubando obstáculos que foram criados propositalmente e que, por
décadas, séculos, milênios, foram seguidos cegamente, inculcando
firmemente falsas teorias e falsos argumentos que mais aprisionaram que
libertaram. Já tenho falado disso quando me refiro a conceitos simples
como holismo, terapêutica, ou a conceitos mais profundos, como
reencarnação, carma e a própria evolução.

390
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI

164. SOBRE SEXUALIDADE – COMPLEMENTOS

Um estudo mais aprofundado sobre a sexualidade, especificamente sobre


a homossexualidade, deve levar em conta que determinadas situações
podem desencadear o processo homossexual. Assim, fica diferenciada a
homossexualidade inata, aquela manifestada por uma contraposição entre
o tipo sexual manifestado externamente com o tipo de manifestação
sentida no íntimo (corpo feminino em essência masculina). Analisando
superficialmente, aponto como principais casos de interferência na
manifestação sexual: primeiro, os abusos sofridos na infância, na época de
desenvolvimento das características próprias, em conformidade com as
definições psicológicas; segundo, a influência da personalidade materna,
conjuntamente com a classe hormonal que esta mãe deposita no filho,
desde a gestação. Uma mãe dominante, como chamaria, é forte na
relação com o pai e também na relação com o filho, gerando uma
indeterminação da característica natural ou da expressão natural que a
criança teria.
Um problema que seguramente surgirá, e que já está aparecendo, é que,
pelo uso indiscriminado da sexualidade, ocorram rupturas nas conexões
energéticas que permitem um desenvolvimento natural. A utilização do
desejo sexual direcionada para ambos os sexos, como neste período vem
ocorrendo, pode interferir grandemente no progresso da vida interna de
cada um. Se a pessoa não tem a estrutura energética de um terceiro sexo,
mas que, pela moda ou pela liberdade atingida pelos jovens, e também
levada aos mais velhos, usa de sua sexualidade para descobrir o que seria
mais prazeroso, todo um processo interno se esvai.

165. PARTÍCULAS INTELIGÍVEIS DE SUBSTÂNCIA EXTRACORPÓREA

É possível pensar que os corpos, em todos os níveis, sejam apenas uma


projeção inteligível de algum tipo de substância mental que nos permite
obter a consciência dos processos físicos ou sutis. Os processos sutis, que
estão além da sensação tátil, podem ser apenas a memória de uma
partícula que agrega substâncias em diversos níveis ou dimensões. Com
essa ideia, joga-se fora um sem-número de definições e torna-se

391
Conversando Sobre MOINTIAN
impossível encontrar algum tipo de alma mensurável, pois cada núcleo de
consciência ou corpo sutil existiria apenas como memória para uma
partícula que se desloca por diferentes dimensões.
Nos tratamentos realizados na nave do MOINTIAN, o que se tem notado é
que as partes enfermas ou danificadas de seres que são levados para lá
são completamente dissolvidas para resultar na resolução de um conflito
de qualquer ordem. O que acontece é que a negação da cura gera novos
corpos ou partículas de corpos que correspondem à vida em níveis
emocionais e mentais. Mas quando se leva seres para lá, a essência divina
é religada diretamente no corpo físico, dando uma visão completamente
diferente para a pessoa que foi assim “tratada”. Essa seria uma nova
definição de tratamento ou mesmo da interação com corpos.
Fundamentalmente, então, corpos não existem, mas sim uma substância
que pode interagir em níveis mais sutis, e que envia as informações para o
mental poder assimilá-las. Podemos definir a essa substância como
Partícula Inteligível de Substância Extracorpórea ou PISE. Essa partícula é
que vai às naves ou aos encontros com seres enquanto mantém o contato
com o corpo encarnado. Se fosse o caso de desencarnar, o primeiro
trabalho seria, como tem sido para milhares de seres atualmente, a
dissolução de corpos pelo desligamento das partículas. A PISE permite aos
seres viajarem a mundos, reconhecer culturas e analisar energias, mas de
acordo com a essência encarnada. Quando essa partícula “volta de sua
viagem” para o corpo encarnado que a retém, ela permite que a mente
processe a informação acessada. Num nível primordial e profundo, o que
temos não são propriamente corpos, mas essa partícula que consegue
interagir com reinos e dimensões e trazer as informações para o nosso
nível de compreensão.

As PISEs se reorganizam
Uma PISE é formada de algo como consciência e luz, e dá consistência de
maior ou menor densidade para os seres se manifestarem nas dimensões
pertinentes. Quando se retira a luz das manifestações, a essência é
liberada e o ser avança para uma camada superior. Para os seres não
evoluídos, basta retirar sua PISE atuante e ele não existe mais.
Uma cura se resumiria na retirada de luz de manifestações doentes e, por
consequência, na dissolução de problemas. A luz/consciência se concentra
em outros pontos ou outra dimensão e o ser fica renovado. Isso porque a

392
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
doença é gerada por uma situação tão marcante que propicia uma
densificação dessa luz em um determinado ponto. Esse ponto denso é a
origem da doença no corpo, é o foco de doença. A cura seria, então, a
identificação original do problema, ou seja, falar a respeito de uma
possível origem de um problema como sendo um fato traumático e logo a
seguir fazer várias aplicações com a energia. A energia retira a luz de onde
não precisa estar, de uma camada material que está sendo alimentada de
maneira equivocada e a devolve para o reservatório comum do planeta, e
a pessoa tem o órgão anteriormente afetado voltando ao normal.
Além disso, quando se sonha ou se tem uma experiência mais profunda ou
superior, as imagens que retemos são menos coloridas. Isso ocorre porque a
luz interna não é esta nossa luz que nos chega pela atmosfera, mas uma luz
“limpa e sutilizada”, que elimina as influências físicas e químicas das
frequências da maioria das cores, deixando a atmosfera sutil mais esbranquiçada.

Pontos importantes para reflexão


1. Em zona abissal ainda existe luz – é parte do plano físico;
2. Em níveis infra-humanos, menos luz/consciência - mais rápida dissolução;
3. Seres que desencarnam levam sua PISE no nível que atuam;
4. É a PISE que registra a próxima encarnação;
5. O esquecimento da alma é fruto da perda de luz, para ficar mais denso
(acúmulo - ver ponto 15 abaixo);
6. A substância perdida que fica escura ou sem a luz/consciência, se
dissolve totalmente e...
7. pode ser introduzida no reservatório comum a seu nível;
8. Toda camada dissolvida de luz entra no acúmulo da luz do ser, em um
nível acima;
9. O reservatório de luz planetário cede luz aos que nascem daqui;
10. A luz mais densa forma corpos mais densos; por consequência perde luz;
11. Descamar corpos, mesmo de um ser encarnado, permite a irradiação
da luz para todos;
12. O mesmo princípio vale para corpos celestes, planetas, etc.;
13. Pequenos focos de luz coloridos são liberados quando acontece uma cura,
14. dissolve-se o bloqueio ou doença, em qualquer nível e libera-se a luz
contida;
15. Perda de luz é na verdade acúmulo ou concentração; nisso reside a
formação atômica no nível físico denso;

393
Conversando Sobre MOINTIAN
16. Não temos outros corpos, mas percepções de níveis traduzidas pelas PISEs;
17. As PISEs que se agrupam no físico perdem-se ao liberar o corpo na
morte, em todos os reinos – a demora na decomposição ocorre pela
densidade e pelo número de outras PISEs de corpos que habitam o físico e
ajudam em sua decomposição;
18. Há uma PISE original, da consciência, e outras PISEs de agregados,
focos de energia, positiva ou negativa, que se densificam.

166. SOBRE PISES II

As PISEs servem para nos dar uma ideia de que a origem divina, assim falada,
não pode estar vinculada a ideias de planetas ou galáxias, mas de dimensões.
Dessa maneira é que se pode entender como os seres conseguem fazer
uma conexão com algo divino e de fora da Campânula. Eles devem ir
agregando luzes de PISEs ou liberando PISEs agregadas (de outros corpos,
organismos, pensamentos, criações equivocadas) para alcançar a origem
da essência que têm. A sua essência, ainda que tenha sido dividida e
partilhada, pertencendo a outros seres, pode ir sofrendo evoluções e
voltar a se tornar forte, recolhendo em si partículas de luz que permitam a
reconexão com o divino original. Parece lógico pensar que as chamadas
extensões de alma sejam, na realidade, essas partículas divididas que os
seres vão reagrupando e desativando os “clones” que lhes foram criados.

167. SOBRE PISES III

Diante do questionamento de alguns, parece-me adequado colocar mais


algumas ideias sobre esse conceito.
A linha de pensamento ideal que gostaria de ter incutido com o tópico
anterior foi a de que não houve uma necessidade de perdas de PISEs, mas
sim uma enganação, uma manipulação. Com o tempo, pareceu, como
parece para a maioria, que precisamos resgatar algo ou que precisamos
iluminar algo. Um dos conceitos de PISE, relacionados a tratamentos que
coloquei na primeira descrição das mesmas, foi a de que a energia não
agregaria PISEs. A energia retira a PISE que permite a manifestação de algo
negativo ou maligno, nos processos de doenças. Sendo assim, só há

394
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
necessidade de aumento de PISEs para os organismos criados, para os
seres criados pela divisão de essências divinas, o que gerou a proliferação
de conceitos e números aparentemente fixos de divisões possíveis. Não há
números exatos nessas divisões, mas padrões de medida aproximados ou
mesmo médias realizadas. É preciso levar em consideração, além disso,
que os conceitos espiritualistas que falam de extensões de almas e seus
números, não trabalham para a libertação, mas para a Campânula.
Mostram fórmulas que, mesmo que acelerem o desenvolvimento, criam
mestres da Campânula e não da liberdade.
Minha intenção é a de permitir o questionamento sobre as teorias
espiritualistas e fazer com que cada um possa ir além. Não se limitem aos
escritos, mas ao que o interno possa ensinar. Tentem discernir entre o que
é o questionamento mental e o que são as respostas internas. O mental
tentará sempre fazer comparações, mas o interno trará certezas que são
bem diferentes do que foi exposto nas mais diversas literaturas.

168. ETNIAS OU GRUPOS RACIAIS

É preciso transmutar, ir além das qualidades ou dos problemas da etnia ou


das características físicas. Se foste colocado em determinado grupo não é
para reforçar hábitos ou modos de pensar, mas para ultrapassar e alcançar
a elevação requisitada. E hoje ainda reforçam características. Se uma
pessoa nasce bela, por exemplo, seria para transformar a vaidade e a
luxúria. Mas agora ainda pagam para reforçar isso...

169. VERDADES INTERNAS E VERDADES ACEITAS

O ponto principal que devemos levar em consideração em relação às


mudanças dos conceitos espirituais é que devemos rever claramente o
que foram as coisas simplesmente aceitas por nós e as que realmente
vivenciamos. À medida que conseguirmos remover o que foi imposto
como verdade e colocarmos no lugar o que é experimentado, além de
liberdade, teremos sabedoria e elevação.
É preciso definir o que faz parte de nossa experiência e o que é
informação aceita. Existe grande diferença nisso.

395
Conversando Sobre MOINTIAN

170. AMIZADES E PONTOS DE VISTA

O princípio do respeito pelo amigo pode ser dado quando é necessário um


afastamento.
Muitas vezes, para que não exista qualquer tipo de discórdia, o
afastamento de uma amizade pode significar ainda mais respeito que se
os amigos ou convivas permanecessem próximos. Um afastamento pode
mostrar ainda mais respeito pelos pontos de vista ou pelos rumos que
cada um pode seguir ao longo de suas vidas. É melhor manter um
afastamento harmonioso e respeitoso que uma falsa proximidade, onde
os pontos de vista e os objetivos causem desarmonia, conflitos e até
mesmo conversas e discussões inapropriadas.

171. QUEM PODE MEDITAR

Algumas pessoas acreditam que só é possível meditar de barriga cheia.


Dizem que a pessoa “que está na luta”, à procura do que chamam “um
lugar ao sol” não tem tempo a perder com a busca interior. Dizem ainda
que a concentração é difícil quando é preciso preocupar-se em colocar a
comida no prato, seu e dos que estejam próximos. Parece que preciso
contestar isso. E tem dois pontos a analisar: o primeiro, é que as igrejas
estão cheias de gente; e o segundo, que a condição mental é mais
importante que a condição financeira.
Em geral os que procuram a chamada espiritualidade são aquelas pessoas
que não conseguiram atingir seus objetivos de vida, ou que sofreram com
perdas, com desenganos, etc. Mas essas são as pessoas que menos
resultados vão conseguir, pois uma coisa é buscar conforto ou a cura
emocional e outra coisa é a realização espiritual. Sobre isso as pessoas não
falam e não entendem. Então essas pessoas buscam as igrejas, quando são
pobres espiritualmente, porque assim pensam que haverá a possibilidade
de algum ser, que se diga intermediário de um deus ou de deuses, possa
retirar-lhe do estado miserável que esse mesmo deus a colocou. Um
paradoxo... Mas não vamos querer entender a lógica teológica neste
momento, senão fugiremos do tema proposto para este tópico.

396
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
Alguns me dizem, então, que só aqueles que podem sentar-se e
contemplar a natureza ou que tenham tempo para ficar boquiabertos
sentindo o passar do tempo e de barriga cheia podem dedicar-se a uma
busca espiritual e que estas coisas da inquietude interna não servem para
os simples. Bem, então eu mesmo não estaria enchendo estas linhas com
estas palavras, porque também me preocupo com isso, haja vista que não
disponho de provimentos para sentar-me sobre eles enquanto a linha do
tempo físico e humano corre...
Acho, inclusive, se acompanhas o meu raciocínio, que as pessoas com mais
poder aquisitivo são justamente as que têm maior dificuldade em
sentarem-se, sós, para tentarem contemplar a si mesmas. As distrações
que têm à disposição são bem maiores e as retiram do seu contato íntimo.
Elas têm o carro, a casa, a viagem, a televisão, os negócios... Enfim, toda
sorte de possíveis atividades externas que prendem sua atenção e sua
vontade e não as permitem obter um contato íntimo com o centro de si
mesmas. Sim, este é o objetivo das tentativas de meditação: atingir o
centro de si mesmo, entender os processos mentais, emocionais, mas não
de forma consciente, apenas afrouxá-los e deixar que eles se dissolvam de
maneira natural.
Mas analisando o parágrafo acima, podemos notar que falamos de coisas
externas, aquilo que as pessoas almejam, querem, desejam. Então, vemos
que não importa quanto dinheiro se disponha para satisfazer essas
necessidades, pois cada um tem seus próprios meios de fugir do encontro
interno. Basta ver, por exemplo, a TV, o álcool, as festas e tudo o que a
sociedade normalmente aponta como sendo mecanismos de controle
social, mecanismos com os quais colocam determinados entretenimentos
para que o cidadão possa extravasar seus sentimentos de inferioridade ou
de culpas e viver conforme é preciso. Mas isso acontece em qualquer
classe, não importa se a pessoa é rica ou pobre. A perda da consciência
acontece em todas as classes. E não importa a formação intelectual,
porque até mesmo um grande entendido de determinada área de estudo
formal pode ser ignorante total de como realmente os processos de sua
ciência funcionem. Podemos ver isso nas modificações que ocorrem da
noite para o dia dos chamados paradigmas ou das teorias aceitas. Será
que essas pessoas, alguma vez na vida, chegaram a pensar por si mesmas
nos problemas que creem ter as soluções?

397
Conversando Sobre MOINTIAN
As questões do pensamento, da mente, e da maneira como aceitamos o
mundo é que podem gerar sentimentos de separatismo, de
impossibilidade de realizar alguma coisa e que podemos ser os coitados da
história. Quando realmente voltamos ou aceitamos voltar para dentro de
nós mesmos e deixamos que o espelho da alma mostre quem
verdadeiramente temos sido ou como somos, aí encontramos o
verdadeiro problema. E é este fato, do confronto entre o que temos sido
com o que deveríamos ser, o real problema que impede as pessoas de
quererem ver a si mesmas através do seu espelho interno. Por isso que é
difícil parar, sentar, ficar em silêncio, porque esse desespero aparece
quando de fato não sabemos quem somos, quando desesperadamente
nos envolvemos com coisas, pessoas ou situações apenas para fugir
daquilo que somos ou do que deveríamos ser.
Depois que esse terror desaparece, a pessoa começa a viver algo que acho
incrivelmente grandioso, que é a verdade. Começa a manifestar sua
verdadeira face. Não é fácil, realmente, rever opções erradas, reavaliar
situações, mas essa é a verdadeira cura e libertação.
Nenhum projeto social ou político pode ser tão transformador, tão
revolucionário como viver a verdade.

172. O PROBLEMA DA CIÊNCIA E O CÉREBRO DE PAPAGAIO

Não penso na possibilidade de um encontro entre o espiritual e o científico,


da maneira como se sonha na comunidade espiritualista. Haverá sim, um
dia, pessoas mais evoluídas usando de melhor tecnologia. Isso é um fato.
Mas não vejo “engenheiros-sacerdotes” ou algo assim, como seria uma
visão atual, contemporânea, de um encontro entre essas duas linhas.
Isso é tão verdade quanto aquela ideia de que jamais as igrejas se
unificarão, descrita no tópico 153. Isso só pode acontecer dentro de cada
um de nós, como consequência de nosso crescimento interno. Mas, no
externo, as reformas sociais produzem muito pouco.
O problema da ciência e de toda a atual cultura formal reside, a meu ver,
no fato de que se ensina a reproduzir uma ciência ou um status quo.
Ensina-se, nas faculdades, a recriar ou a reproduzir a ciência já encubada,
baseada e elaborada segundo preceitos que podem estar totalmente
enganados. Não se ensina que uma nova perspectiva possa surgir, mesmo

398
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
que para isso todos os padrões ou paradigmas possam ou tenham que ser
rompidos. Esse, a meu ver, é o ponto que precisamos ver e explorar com
mais clareza para que possamos entender o que de fato estamos tentando
criar. Criar é a palavra-chave, não apenas reproduzir ou copiar. Criar.
Tenho sempre comigo uma grande diferença que o Osho fazia nas suas
palestras, conhecidas através de seus livros, entre um mestre e um
professor. Não estava se referindo a mestre de hoje em dia, de mestrado
em alguma faculdade ou especialização. Falava da diferença entre um
mestre realizado espiritualmente e um professor ou instrutor de alguma
filosofia ou escola. Dizia que a diferença entre o professor e o mestre é
que o professor repetia coisas que adquiria por meio de um conhecimento
prévio, mas o mestre mostrava um caminho novo, renovado e vivo.
Sempre que eu cito isso vejo que a maioria das pessoas não entende a que
se refere e, outros, ainda, sentem-se um pouco ofendidos, mesmo sem ter
entendido de fato o contexto.
O fato é que para ser uma pessoa que possa instruir alguém, é preciso ter
ultrapassado de maneira completa e viva as mesmas experiências que se
está tentando ensinar. Por exemplo, de que adianta uma pessoa falar,
dissertar a respeito da viagem interdimensional se nunca a realizou? De
que adianta falar a respeito da transformação interna se nunca se
transformou? De que adianta falar do convívio entre espécies se ainda
come carne? De que adianta salientar as faculdades da alma se ainda
suscita a competição, se ainda quer coisas que os outros tenham e não
encontrou a paz na própria vida?
Entendes o que quero dizer? Parece-me óbvio que, para dar exemplo, é
preciso ter vivido sobre o que se quer falar. É como um pai que, tendo
vivido determinada situação, fala ao filho que, se ele seguir determinado
caminho, isto ou aquilo vai acontecer. Mas mesmo falando, ou enquanto
fala, sabe que o filho vai fazer o que ele não gostaria que fizesse e vai
sofrer a consequência do ato. É um tipo de maestria, porque sabe que no
final terá que auxiliar o filho para que o mais rapidamente possível saia da
fase de sofrimento. Mas só pode fazer isso quem, de antemão, sabe a
duração do ímpeto para fazer o processo errado e a duração do processo
de recuperação, para o mais rapidamente possível restabelecer a
integridade do filho, até uma próxima aventura de aprendizado de alma.
Recentemente assisti um filme interessante, contando uma história
diferente do herói Thor (versão de 2011). As lições que o herói passa,

399
Conversando Sobre MOINTIAN
auxiliado ou não por seu mentor, seu pai, refletem exatamente a ideia que
estou querendo transmitir nos parágrafos acima.
E falando a respeito disso, eu fico pensando naqueles que são copiadores
das ideias alheias, especialmente no chamado mundo espiritualizado.
Algumas pessoas tentam copiar o Método, porque eu sempre falo que um
dia todos nós seremos a própria energia e não precisaremos mais de
métodos - seremos o próprio método que precisamos pelo contato
interno que teremos atingido. Pensando nisso, certas pessoas pensaram:
bem, se é assim, eu também vou “canalizar” meu próprio método e sair
por aí “ensinando” como aquele cara faz (o cara seria eu).
O fato é que esquecem que “o cara” não queria fazer isso, e,
principalmente, “o cara” não criou um método com a mente dele, não
inventou a coisa para ensinar aos outros. A coisa é a coisa em si. Não foi
criada para se tornar um destes métodos de enganação que existem por
aí. Outro fato é que, como gosto muito de ser transparente e mostrar
técnicas ou informações que complementam ou que teriam efeitos
semelhantes, alguns confundiram essa atitude e, fazendo o contrário,
compilam ideias de outros, agrupando tudo em uma salada de técnicas
que não levam a lugar algum. O fato é que não foi assim que o Método foi
criado. Esquecem que antes de querer parecer algo, é preciso ser o algo. É
preciso atingir o algo.
Eu sei que fujo um pouco do foco enquanto escrevo, mas as ideias são
assim mesmo, elas fluem porque não me prendo a um único ponto de
vista. Mas isso também completa a ideia de que não é apenas a ciência
que parece estagnada e repetitiva, sem apresentar novidade. Também no
mundo espiritual, quando uma ideia nova surge, outros pensam que
podem simplesmente imitar.

Voltemos ao nosso ponto de vista sobre a ciência.


Então veja: a ciência não está errada no seu caminho de descobertas de
coisas e na facilitação da vida da humanidade. O errado está na aplicação
dessas ideias e que, no final último delas, existe sempre a limitação
imposta por aqueles que são os governantes reais do mundo material. É
aquela mesma ideia que sempre tenho falado a respeito dos seres que
mandam no mundo da terceira dimensão e que só passam informações
para a humanidade prender-se ainda mais nesta mesma esfera. Ou que
limitam o alcance da humanidade. Poderíamos estar milênios a frente, em

400
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
termos não só de tecnologia, mas também de uso de energias naturais.
Devemos pensar na fuga deste sistema. Sempre. Mas não pela luta física,
senão pela luta pela nossa própria essência. Quando ela desperta, pelo
menos deixamos de alimentar ou sermos alimento para a continuidade
desses erros todos que vemos.
Então, temos que o cérebro de papagaio é aquele que, bitolado, segue o
que qualquer norma dita formal estabelece e não consegue pensar de
maneira distinta, não consegue ser original.

173. SOBRE A RETÓRICA

A arte da retórica é para os que não seguem ou nunca sentiram o que vem
do interno e pensam que precisam ser convencidos de alguma coisa.
Quem já teve o mínimo de contato interno sabe que as informações vêm
como um conhecimento inato ou um sentimento que nos preenche. E
bastam, mais que palavras. Então, eu aprendi mais a falar desse resultado
último que inventar explicações para as coisas.

174. SOBRE OS PENSADORES

Muitos dos pensadores atuais, que adoram os filósofos e outros


pensadores mais antigos, não sabem que eles mesmos seriam alvo das
críticas daqueles que supostamente adoram. Mortos em consciência,
apoiam-se em ideias alheias para tentar provar que dispõem de um
conhecimento formal ou intelectual quando, na verdade, são incapazes de
elaborar um pensamento próprio que seja.

175. ERA UMA VEZ A NATUREZA

Este tópico é sobre a harmonia ideal ou utópica e a natureza forçada das


cidades e sua ideia geral foi iniciada no capítulo XXI do livro branco.
Para começar a entender o mundo animal ou a natureza como um todo,
seria preciso sair das cidades. Seria preciso abandonar as próprias

401
Conversando Sobre MOINTIAN
frustrações e necessidades de conforto, amor e até mesmo de troca
emocional.
Quando vemos que animais estão sendo tratados como humanos, temos
um choque muito grande. Parece que toda aquela atenção deveria estar
sendo dispensada para humanos, para crianças, enfim... Mesmo assim
pensando, e parecendo que seja até certo ponto correto, quem teve esse
pensamento também se equivoca, porque esse pensamento foi gerado
pela mente perturbada daquele que assim pensou. Por que perturbada?
Porque o pensador não estava fazendo a sua parte com os supostos
necessitados.
Mas o contexto social não nos importa muito. Importam, sim, as bases
que possam reconstruir uma natureza ideal. E, para isso, deveríamos
desconstruir as bases da convivência humana, para entender por que
estamos fazendo essa transferência afetiva para os animais.
Como ponto de partida, deveremos pensar que na natureza real tudo é
completamente diferente dos conceitos que idealizamos para os animais
chamados domésticos. Dizem, por exemplo, que no reino animal só
matam para comer. Isto não é bem verdade. Existe a matança da cria,
quando a fêmea parida detecta que algum filhote não irá sobreviver, ou
que tenha um mal congênito, ou mesmo quando há excesso de crias, que
tornaria insuficiente a alimentação, gerando uma morte de todos ou mais
de um ou dois filhotes de uma ninhada. Existe a morte por proteção, como
das cobras, e outros tantos que atacam para se defender e acabam
matando, e existe a morte por brincadeira, que são coisas naturais dos
animais, que até mesmo os gatos o fazem. Brincam e matam... Devemos
ter em mente que, nesses casos citados, e teríamos muitos outros que não
consegui lembrar em tempo para este tópico, não existe o que o humano
chama crueldade. Não existe, na natureza real, o conceito de crueldade
como é elaborado pela mente humana. Existem instintos que estão fora
do alcance do entendimento da mente humana, limitada por emoções que
o próprio ser humano não compreende.
Fato importante é que existem pessoas certas para as coisas certas. Então
vemos que existem pessoas aptas para o serviço de cuidado dos animais
que, por um erro humano, acabaram sendo domesticados em excesso...
As pessoas que amam a natureza e os animais deveriam espalhar a ideia
da apreciação da vida in loco. Deveriam incentivar a volta à compreensão
da natureza por si mesma, não uma reinvenção da natureza segundo a

402
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
concepção urbana. Deveriam incentivar a amar a vida livre, não a vida
limitada a padrões humanos, ou desumanos, pois mesmo o carinho,
quando em excesso ou mal aplicado, ou aplicado na hora errada, pode ser
uma grande violência. Deveria ser incentivada a prática da vida livre. Dessa
forma, menor seria o número de doenças, fome, procriação, acabando
com uma série de problemas gerados por uma emotividade humana que
não entende a si mesma.
Assim como o reino vegetal tem uma importante tarefa a realizar em
conjunto com o reino humano, na sua entrega e doação incondicional,
proporcionando sutilmente a vitalidade, energia e sustentabilidade, para
aqueles que ainda vivem segundo as normas da tridimensionalidade, o
reino animal também tem seus atributos. Um desses, sempre foi a troca
emocional profunda. Quando um parceiro humano morria, o animal partia
junto. Quando o humano adoecia, o animal adoecia primeiro. Muitas
vezes, no processo de transmutação emocional e mental, característico da
simbiose entre reinos, o animal assumia a doença e logo partia, tendo
levado consigo o problema e dissolvendo-o com sua morte por doação.
Muitos bruxos, sabendo desse processo, realizavam toda sorte de magias
ou trocas inapropriadas de doenças e curas, manchando seriamente esse
laço puro entre espécies. Nem falarei sobre os ritos que envolvem
sacrifícios para não manchar o propósito deste livro. Ao mesmo tempo
que hoje é possível ver uma importante reversão desses quadros de abuso
de um reino todo, quando as pessoas também se doam para o reino
animal, na tentativa de estimular sua elevação e transmutar os enganos
cometidos pelo lado obscuro, há também excessos que impedem o
processo natural de elevação e transmutação.
A medicina humana formal e instituída, cada vez mais se preocupa com a
preservação da vida. Mas o faz voltada, mais que tudo, para aumentar
seus lucros e seu poder, não para respeitar a vida ou para melhorar a
condição de vida humana. Quando alguém adoece, se tem boa condição
financeira, preocupam-se em, a todo custo, manter o cidadão vivo,
retirando-lhe partes do corpo e esvaziando-lhe os bolsos, quando
poderiam apenas encurtar sofrimentos. Se não tem boa condição
financeira, ocorre o contrário, encurtam o sofrimento sem se preocupar
com a manutenção da saúde. E estão, atualmente, transferindo essa
situação para os animais. Com o excesso de transferência afetiva
depositada nos animais, por todas as frustrações, carências e distorções

403
Conversando Sobre MOINTIAN
sociais existentes, o terrorismo emocional da medicina animal, dizendo-se
proteger vidas, impede o crescimento, a evolução, a transmutação natural
e a troca verdadeira entre reinos e espécies.
Neste tipo de comentário, tenho que terminar sem conclusão. Desejo
apenas que haja muita reflexão a respeito. Todos nós e todos os seres
precisamos manifestar o que está em nosso interior. O problema está em
conseguir atingir o nível de poder identificar, nos nossos semelhantes ou
nos demais reinos, vendo, com os olhos dos outros, o que seja realmente
importante para eles, e não para nós. Certa vez, eu ouvi um comentário de
alguém que dizia que gostava de dar presentes para os outros. Essa pessoa
dizia que, assim, comprava para os outros o que gostaria de ter para si. Ou
seja, não estava dando algo pensando no que o outro precisasse, mas no
que ela mesma precisava.

176. SEMELHANTES E SEMBLANTES

Um bom exercício de desidentificação ou para aprendermos o que


estamos manifestando neste mundo seria aquele no qual nos olhássemos
no espelho, nas fotos, nos vídeos e seguíssemos imaginando as variadas
nuances que teríamos se mudássemos apenas algumas partes do nosso
aspecto, como a cor dos olhos, a roupa, o modo de pentear o cabelo ou
algo do tipo. Não é algo para querer ser diferente do que se é, mas algo
para aprendermos a ser sempre o melhor possível. Não é algo para se
querer fazer cirurgias corretivas, mas para analisar coisas que são
possíveis de mudar, como o jeito de andar, a maneira de se expressar, a
forma como articulamos as palavras, o tom da voz, a maneira como nos
vestimos. Coisas da personalidade. Dessa maneira, vamos também
identificando partes do nosso caráter que foram construídas baseadas em
espelhos, espelhos de outras pessoas, de modas, etc. Podemos também
verificar isso nos outros, vendo como poderiam ser mais nobres
determinadas pessoas se mantivessem uma postura mais adequada ao ser
que se expressa por meio daquele corpo...

404
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI

177. SOBRE OBRAS E COISAS DESTE MUNDO

Até mesmo estas coisas que são escritas, como um livro, principalmente
como “Os Incríveis Seres de Dois Mundos”, são prisões e não dizem nada
em relação ao que se precisa de fato atingir neste plano. Para o que
escreve é um grande desafio, pois ele é uma possível âncora com estes
níveis densos. Ele será lido depois que eu parta... então, se não houver
desprendimento total agora, na hora de seu início, eu também ficaria
enraizado por aqui. A personalidade, como emoção e mente, está nos
níveis densos.

178. ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE PAIS E FILHOS

Alguns alunos me perguntaram sobre a melhor maneira de ter e educar


filhos. Muitos receiam que trazer mais seres para se manifestarem neste
mundo pode ser muito complexo e exige muita responsabilidade. É bem
certo isso. Mas eu vejo mais problemas para os filhos que terão que
conviver com pais que podem não corresponder às suas expectativas...
Sempre haverá, nos filhos, o que gosto de chamar características inatas
indesejáveis e elas deverão ser analisadas desde cedo. Da mesma maneira,
haverá aquelas qualidades inatas positivas, que precisam ser estimuladas
corretamente, para que a expressão do ser verdadeiro possa se manifestar
e não os desejos ou as frustrações dos pais.
Não adianta achar que um filho tem características nobres demais se essa
nobreza traz consigo um caráter passivo, desleixado ou mesmo submisso. Por
outro lado, de nada adianta criar um sujeito determinado e altamente
intelectualizado se ele não sabe expressar emoções mínimas, como o apreço
aos mais íntimos, ou avaliar as diferenças humanas em todos os âmbitos,
como as espirituais, as sociais, as mentais e as corporais e respeitar isso.

Acredito que, para ser um pai e uma mãe de fato, além das características
naturais que determinam essa classe de ser, como o desprendimento, o
amor, o altruísmo, a abnegação, seria preciso conhecer um pouco de
pedagogia e da psicologia da infância. Há muitos fatores que motivam as
pessoas a terem filhos. Posso citar alguns:

405
Conversando Sobre MOINTIAN
- filhos não são posses. Um amigo disse: uma pessoa não tem posses,
então tem um filho - MEU filho!
- filhos para mostrar status;
- filhos porque casaram ou se amancebaram;
- filhos para dizer que é adulto;
- filhos para a mulher dizer que é desejada ou que o homem é “bem homem”;
- filhos como brinquedos;
- filhos dos outros como teus – tem dois lados: ajudar ou atrapalhar;
- filhos dos outros: o exemplo como educação e o conflito de ideias e gerações;
- não se pode convencer alguém – a melhor educação é o exemplo.
Este tema pode ser concluído com a leitura do capítulo 8.6, Sabedoria,
Conhecimento e Filhos, do livro verde.

179. SOBRE MELHORAR A VIDA

As dúvidas em relação à vida normal ou ao que fazer com a vida, vão


permanecer sempre, pois sempre haverá uma espécie de necessidade de
equilíbrio entre o que podemos sentir ou vislumbrar de um plano ideal e o
que vemos no mundo humano ou “real”.
A verdade é que para o encontro interno de fato ocorrer, seria preciso que
a pessoa se retirasse completamente do mundo, que não houvesse
necessidade de viver as coisas do mundo, de resolver conflitos ou de
pensar em soluções para manter a casa ou a família. Seria coisa para
ascetas verdadeiros, esse encontro com a essência. Algo que, num
passado não muito remoto, era muito mais comum e plausível. Hoje,
vivemos no mundo e fazemos parte dele. Pensamos antes com a razão e
ofuscamos um pouco até mesmo as conclusões que venham do interno. E
assim deve ser, como um equilíbrio entre essas duas partes. Se me
perguntam sobre a maneira de viver no mundo, como equilibrar a parte
financeira ou material, eu jamais saberei responder, porque me larguei
num fluxo sem volta há muito tempo. Sem responsabilidades, sem
propriedades, e até sem coerência. Houve um tempo, e ainda existem
práticas, dentro daquela espiritualidade que tanto comentei ao longo do
presente trabalho, que proporcionam maneiras de obter sucesso em tudo.
Mas hoje tenho informado sobre os comprometimentos reais que tais

406
FILOSOFIA MOINTIANIANA PARTE VI
práticas e tal maneira de pensar ocasionam naqueles que buscam sua
essência. Então, para essas soluções, eu não sou o adequado a responder.
Entretanto, sei que todos nós temos traços, qualidades, formas de
expressão que podem nos fazer atuar em campos profissionais diversos e
que, quando nos dedicamos com amor real a uma causa, fazemos
qualquer coisa da melhor maneira possível e muito melhor que qualquer
outro. Se nos focamos nisso, se escolhemos um trabalho que seja honesto,
justo, que proporcione o que cremos que pode auxiliar a família e a nossa
própria forma de ver e viver no mundo, devemos perseguir esse objetivo,
esse trabalho. E vamos ser os melhores no que fizermos. É preciso aceitar
as oportunidades que apareçam e, mesmo que no princípio elas não
pareçam ideais, podem, com nossa conexão com o que deva ser melhor
para todos, transformarem-se em algo que seja o ideal. O que não
podemos é simplesmente, por uma ilusão de ideal, ir fechando portas e
oportunidades, pois isso gera letargia, depressão e estagnação. E assim,
também não mudamos nada no mundo.
Cada um deve se esforçar para encontrar seu objetivo no mundo, mesmo
que seja num trabalho que não pareça ideal. Mas ele pode se transformar
no ideal. É preciso uma análise bem íntima de todas as nossas qualidades
e necessidades. Espero ter, nesse caso, gerado um pouco mais de certezas
que dúvidas. Pode-se concluir este tema lendo e praticando a segunda e
terceira semanas do livro Práticas Para a Meditação Livre. Continuamos...

180. O CEGO E O ZAROLHO

O zarolho é aquele que pode ver algo. Acha tão fantástico o que percebe
que fala para todos os cegos que sua visão é fenomenal. O que ele
percebe, do mundo e das dimensões, é o que se lê nos livros
espiritualistas. As definições que os cegos conhecem, aceitam, recriam,
compilam, são as definições dos zarolhos.
Mas o que o zarolho não sabe é que ele induz os cegos a perceberem uma
visão limitada. Alguns zarolhos têm apenas uma fração da visão que seu
único olho poderia alcançar. E induzem outros zarolhos a perceberem, a
permanecerem sempre no mesmo nível que ele. Quando um zarolho abre
um pouco seu olho, pode perceber um pouco mais, uma dimensão um

407
Conversando Sobre MOINTIAN
pouco mais ampla, mas ainda continua limitado, por sua consciência e por
suas dúvidas, repetindo por anos suas mesmas certezas.
No final, se um ser com uma percepção mais ampla induz um zarolho a
abrir seu outro olho ou mesmo a abrir totalmente seu único olho, ele pode
perceber o que de fato é o mundo que ele pensava conhecer. Então, os
zarolhos se tornam verdadeiros conhecedores de algo, percebendo um
mundo mais amplo que aquele que pensavam ser o original e definitivo.
Por isso, pensa bem nessa conclusão: Pior que um cego a guiar cegos é um
cego a cegar zarolhos.

408
VII – ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES

PARTE

VII
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES

409
Conversando Sobre MOINTIAN

VII ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES 409


181. ESQUEMA SOBRE OS EFEITOS DO ÁLCOOL 411
182. MODELO DE FICHAS DE ANAMNESE, EVOLUÇÃO E REGISTRO 412
183. SOBRE O LIVRO “OS INCRÍVEIS SERES DE DOIS MUNDOS” 416
184. REGRAS E CONDIÇÕES PARA GRUPOS INFORMAIS 421
185. SOBRE CHARLAS E VÍDEOS 425
186. QUINZE ANOS DE MOINTIAN 426

410
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII

181. ESQUEMA SOBRE OS EFEITOS DO ÁLCOOL

411
Conversando Sobre MOINTIAN

182. MODELO DE FICHAS DE ANAMNESE, EVOLUÇÃO E REGISTRO

FICHA DE ANAMNESE - PÁGINA 1

412
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII

FICHA DE ANAMNESE – PÁGINA 2

413
Conversando Sobre MOINTIAN

FICHA DE CONTROLE E EVOLUÇÃO DOS TRATAMENTOS

414
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII

FICHA PARA REGISTRO DAS INICIAÇÕES

415
Conversando Sobre MOINTIAN

183. SOBRE O LIVRO “OS INCRÍVEIS SERES DE DOIS MUNDOS”

A. IDEIA GERAL
Diferentemente do manual do MOINTIAN, este livro não tem técnicas.
Pode ser lido como um romance, uma ficção. Está recheado de contos
imaginados e outros tantos vivenciados. Ele foi escrito com base na minha
própria vida e história, mas com muito conteúdo adaptado ou criado para
expor as experiências ou fases da natureza humana. Nessa mescla entre o
real e o imaginado, vou expondo as fases constituintes do ser humano.
Vão sendo desvelados os vários aspectos que cada ser humano manifesta
até conseguir sair disso que temos chamado “reino humano”. Saindo
disso, revela-se um ser supra-humano, um ser espiritual vivendo
encarnado. Entre histórias nebulosas e situações pitorescas e engraçadas
revelam-se os “incríveis seres de dois mundos”. Seres em um eterno
conflito entre o que são e o que querem ser. Ou entre o que percebem e o
que precisam expressar.
O livro é uma viagem de descoberta e uma análise da humanidade tendo
como ponto de partida o aspecto espiritual. Inicia com o personagem
narrador descobrindo a si mesmo e aos seus próprios mecanismos
internos. Para isso, ele se vê em um mundo diferente, cheio de encanto e
misticismo. Logo, ele descobre seus medos, inseguranças e frustrações,
entrando mais profundamente em sua alma. A análise dos tipos humanos,
das características humanas principais, é realizada em capítulos
intercalados, definidos no livro como “janelas”. Cada janela abre uma
história, relativa a um dos tipos ou níveis de consciência que temos,
tivemos ou vamos ter.
Após entrar profundamente em sua mente, sua alma e sua constituição
espiritual, descobre um mundo totalmente novo, o mundo dos libertos.
Esse é o ideal da humanidade no momento atual. Os contos são baseados
em fatos, de minhas experiências vividas, e em observações recolhidas por
décadas, mescladas de maneira a não criar uma biografia linear, à exceção
da terceira parte, que conta um pouco da história que culmina com o
início do trabalho de difundir o MOINTIAN no planeta.

416
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
B. A NARRATIVA
Para que se possa acessar as janelas ou as partes mais profundas de nossa
psique, alma ou consciência, identificando as características básicas por
intermédio das quais nos expressamos neste mundo, precisamos conhecer
nosso mestre interior, nosso templo sagrado, nossos registros profundos.
Precisamos curar nossa personalidade. Isso é mostrado na primeira parte,
o Vale da Verdade. Sem viver no vale da verdade, não se pode perceber os
meandros da nossa mente e muito menos viver de acordo com nossa
consciência. A verdade é o primeiro passo para acessar o templo interno.
Dessa maneira, retiramos os véus que encobrem nossas memórias e
temos os registros de nossas manifestações.
Temos, na segunda parte, algo que usei como ferramenta para poder
expor as escalas ou níveis de consciência: as janelas do inconsciente. Elas
representam as diferentes manifestações ou características humanas. São
os tipos básicos humanos, que podemos dividir em sete. As histórias
criadas têm um pouco de cada ser humano encarnado na Terra. Pode-se
dizer que cada ser humano vive, viveu ou vai viver algo que esteja de
acordo com uma história daquelas, porque elas expressam tipos humanos.
Podem ser experiências um pouco diferentes das relatadas, mas que, na
essência, refletem o aspecto moral ou o aprendizado que os personagens
obtiveram ao seu final. A resolução dessas fases, primeiro da
personalidade, depois da alma, remetem a experiências ainda mais
profundas, daquilo a que chamamos mônada, ou de níveis ainda mais
profundos e sutis. Isso se vê na terceira parte. Ali são dadas informações
sobre as possibilidades atuais planetárias, no âmbito da espiritualidade e
da vida em si, e também de como podemos ser livres, mesmo vivendo em
um mundo tão complexo como o nosso.

C. OS PERSONAGENS
Na narrativa, encontramos os personagens apresentados em janelas.
Perguntamos a nós mesmos se, afinal, estes personagens são encarnações
diferentes ou uma mesma encarnação. A resposta é que as duas alternativas
são verdade. Poderemos ter manifestado em encarnações passadas ou
futuras, vivências como as que expressam os personagens. Pode levar
muitas vidas para um aprendizado significativo ocorrer, mas pode ser em
uma vida bem vivida que se progrida e se chegue ao cume da evolução
espiritual. Isso segue de acordo com o que expus sobre que, em cada

417
Conversando Sobre MOINTIAN
encarnação, todas as informações e manifestações das vidas já vividas vão
aparecer. Assim, teremos não apenas a possibilidade de progresso até o
nível que nos encontramos, mas até o máximo possível, sem impedimentos.
Os únicos obstáculos são aqueles impostos por nós mesmos. Com os
personagens, podemos identificar em qual estágio possivelmente estejamos.
Uma mostra rápida de como podemos ter várias das cenas expressas no
livro vividas ou criadas em nossa imaginação, pode ser vista analisando as
cenas encontradas na leitura. Atira tuas pedras se estiverem errados os
diagnósticos da tua mente nas perguntas seguintes:
- Quem não teve um momento de querer matar a outro?
- Quem não teve um momento de professor Ambrósio, todo sabedor,
enquanto disfarçadamente tinha ideias diversas daquelas que expressava?
- Quem não teve momentos que queria suicidar-se, como o professor?
- Quem não teve momentos de ser seu próprio Zoilo e querer desistir nos
momentos cruciais de sua vida?
- Quem não esteve a ponto de julgar e condenar, mas escolheu manter-se
firme em seus propósitos?

D. OS TIPOS HUMANOS NO LIVRO BRANCO


Na segunda parte, tudo começa com o personagem de 3000 anos atrás
sendo “zerado”. Ele era avançado, mas ocupava-se com seu próprio
mundo e conquistas. Como consequência, tornou-se do tipo 1, após já
estar no tipo 6:

OS TIPOS HUMANOS: ANÁLISE DOS PERSONAGENS POR CAPÍTULOS


TIPO CAPÍTULO CARACTERÍSTICA
No final, um ser de tipo 6 é “zerado” e vai
1 3000 Anos Atrás
para o tipo 1
1 Na Noite Negra Sobrevivência, “canibalismo” e pensa em si
Entre Janelas 2: O
Samana; Uma Mãe, Um Inserido no mundo, busca pela moral e
2
Filho, Um Pai; Pérsia, inicia a pensar em grupo
ano 492
O Comerciante – Opressor, pensa pouco, acredita-se acima
3
Dorival, Jonas dos demais
4 O Comerciante - Joca Início da moral, pensa no senso comum,
O Homem do Espelho - intelectivo, inicia a preocupar-se com algo
4 além do material
Everaldo

418
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
O Místico Professor –
É mais evoluído, mas essencialmente
5 Professor Ambrósio e
intelectual, moralista, místico e mago
Everaldo
Importa-se com os problemas alheios,
Um Grupo de Amigos –
6 conhece outros mundos, é filosófico e
Tales e outros
místico
O Outro Lado da Vida;
É o liberto, o nível que já não é mais
7 Entre Janelas 5 –
humano, realizado espiritual
O Instrutor M.

E. SOBRE A HISTÓRIA DO LIVRO


A história começou a ser escrita em junho de 1988. Eu comecei a visualizar
determinadas imagens e cenas. Primeiro, foi um ser com capacete e que
mostrava ter algo como distintas personalidades ou aparências. Depois,
foram as cenas, três para ser mais exato:
• a primeira, foi um conjunto de montanhas ao fundo e dois seres
aparentando esfinges no primeiro plano;
• a segunda cena tinha algo como o interior de um amplo salão de um
templo. Nela, seres alados apareciam, com um tom um tanto medieval e
sem perspectiva exata;
• a terceira cena, por fim, era de uma enorme escadaria, a mesma que
utilizei na capa do livro. Eu via e sabia que aquelas cenas remetiam a uma
confluência de civilizações. Não era outra civilização, mas a mescla de
todas as conhecidas.
Eu quis saber mais a respeito e fui fundo nas minhas meditações. Fazia
desenhos e escrevia impressões isoladas. Comecei a me interessar pelas
características humanas. Precisava de argumentos para histórias. Eu
analisava as pessoas, como reagiam e como viviam. Eu continuava minha
vida simples, mas sempre entrando mais e mais fundo naquele mundo e
naquela história.
Aproximadamente entre 1990 e 1995, eu terminei a primeira parte. Já
sabia quem eram os personagens e havia encontrado o Mestre do Templo,
que me instruía nos planos internos. Aquele poema, “a origem do
universo”, que retrata um pouco de uma possível história da Terra, eu
escrevi em uma manhã de domingo. As lembranças que eu ia tendo de
minhas vidas deram origem à segunda parte, Janelas do Inconsciente. Mas
faltavam informações para complementar o livro. Então, eu parei de

419
Conversando Sobre MOINTIAN
escrevê-lo. Outro fator que levou a parar de escrevê-lo foi que “eu” morri.
O Delci, como autor original, morreu.
Outros trabalhos surgiram, e tive que escrever algo mais importante, que
foi o MOINTIAN. Mas eu nunca parei de analisar as pessoas pois, com o
despertar que atingi, tornou-se ainda mais fácil fazer isso. E também pude
ter certeza do que eu estava analisando. Com o tempo, as pessoas que
iam aprendendo o MOINTIAN queriam saber de onde o Método surgiu.
Afinal, tudo tem uma história. Para contar um pouco dessa história eu
entendi que deveria colocá-la na terceira parte do livro. Para mim,
somente agora ele estava completo.

Na primeira parte da narrativa, o cume da história está que o personagem


narrador encontra o Mestre. Toda a primeira parte descreve uma
sociedade ideal e utópica, como muitas que muitos autores descreveram.
Na segunda parte, entra a análise das características humanas e as fases
de desenvolvimento que o ser humano passa enquanto vai encarnando no
planeta. Elas são mostradas em “janelas”. Nesse ponto, acontece algo
interessante: o Mestre da primeira parte apresenta um novo Instrutor,
que ajudará o personagem narrador a encontrar suas respostas. As
histórias seguem em linhas paralelas: de um lado estão as janelas, que
contam situações e vivências de personagens, que podem ou não ser
outras vidas; de outro, há o que chamo “entre janelas”, que é onde o
personagem assimila as informações ou aprende algo com os instrutores.
O cume da segunda parte está quando ele descobre que o Instrutor será
ele mesmo, no futuro. Mas não ele mesmo como personalidade, senão
que o Instrutor se fundirá no corpo físico dele.
Então, ele passa para a terceira parte, onde encontra uma classe de seres
elevada, chamada de “os libertos”. Esses seres estão livres de toda a
enganação que o primeiro Mestre proporcionava e vivem para auxiliar a
humanidade a ser livre. Para isso, contam com ferramentas importantes,
como o MOINTIAN.

420
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII

184. REGRAS E CONDIÇÕES PARA GRUPOS INFORMAIS

O MOINTIAN é um Método para ser praticado com liberdade e alegria, de


acordo com o interesse e a dedicação do próprio aluno. O MOINTIAN não
é e nunca poderá ser uma instituição. É um Método que deve ser
praticado individualmente, despertando características e processos
internos muito particulares. Ele não pode ser como uma fraternidade
esotérica, como uma organização estruturada financeira ou materialmente,
nem mesmo como uma instituição social.
Entretanto, muitos alunos gostam e anseiam por conhecer outros alunos,
por partilhar experiências e por entender melhor determinadas técnicas.
Para isso, é possível encontrar algum grupo de estudos do MOINTIAN.
Esses grupos são sempre informais, organizados por alunos mais adiantados
no processo interno e auxiliados e assistidos pelo Codificador do Método.
Um grupo de MOINTIAN não pratica assistencialismo. É preciso educar os
alunos para que entendam o Método desde o início, para que não criem
vínculos de dependência com grupos ou outros alunos e para que não
pensem que a energia de um seja melhor que a de outro pelo nível de
iniciação no Método ou pela posição obtida pela descoberta interna.

A importância de um grupo
A energia gerada pelo encontro para meditação em grupo é incrivelmente
maior que aquela do praticante isolado. É algo de uma proporção sem
igual. A grande dificuldade para a existência de um grupo está na definição
do bom senso e do senso comum dos seus participantes. É preciso instruir
a cada participante sobre como adequar-se, portar-se e interagir em um
grupo.
No trabalho com o MOINTIAN, a meta única é o desenvolvimento interno
e pessoal. Aqueles que se unem a um grupo com o mesmo propósito
devem enfrentar o maior desafio do convívio: os maus pensamentos. Os
maus pensamentos são aqueles gerados pela conversa, pelo julgamento,
pelas insatisfações, pelas frustrações. Eles provocam equívocos,
discussões, brigas, desentendimentos. Para que os maus pensamentos
fiquem fora dos grupos de MOINTIAN, é preciso considerar um ponto
essencial: que ali não estão reunidas pessoas ou personalidades, mas
seres divinos. Se os participantes se preocupam consigo mesmos e em

421
Conversando Sobre MOINTIAN
manifestar essa divindade, poderão ver no outro o que há de profundo e
não vão se importar com a vida íntima ou material do outro e, muito
menos, com sua caminhada.
Superar as dificuldades e diferenças vale a pena, pelo resultado que será
obtido. Então, para um grupo funcionar, é preciso esquecer a
humanidade, a pessoa, a individualidade e ver o interno de cada um.
É preciso pensar, acima de tudo, no fluxo correto da energia. E as
conversas, os disse-me-disse, bloqueiam, desviam e diminuem o alcance
de um grupo. Um grupo vivo e atuante de acordo com o fluxo da energia é
uma extensão da hierarquia. Um grupo onde as pessoas se reúnem para
conversas ou festividades é apenas uma agremiação de pessoas sem
utilidade do ponto de vista interno. É preciso fazer a diferença entre as
duas formas de reunião de um grupo: reuniões para práticas e
meditações, nas quais os participantes falam apenas o necessário, cuidam
da sua energia e focalizam seu encontro apenas nas práticas que serão
realizadas; reuniões para encontros informais, que são úteis para manter
laços fraternos e de amizade desinteressada, podendo agregar leituras e
outras atividades de interesse comum.
Para que um grupo seja organizado, o local escolhido, seja a casa de um
dos participantes ou outro local, deve ser absolutamente neutro. Isso quer
dizer que não deve haver outras práticas ou métodos sendo realizadas no
mesmo local. Os alunos não devem se reunir, para formar um grupo de
MOINTIAN, em locais que partilhem suas dependências com outros
grupos, escolas esotéricas, religiões ou terapias.
Um grupo iniciante, com alunos iniciantes, deve se concentrar na
resolução imediata dos conflitos que surgem pelo trabalho interno de
cada participante. É comum que os processos de desequilíbrio, gerados
pelas técnicas e pelas iniciações, sejam repassados ao grupo e que, com isso,
haja desentendimento entre os participantes. É preciso ter muito cuidado e
discernimento para saber em que nível as ações e reações são reflexos
desse processo de reajuste interno. Um grupo mais maduro vai gerar uma
energia muito forte, capaz de auxiliar os participantes novos ou que
estejam iniciando no Método. Os grupos são distintos, mas estão inseridos
no grupo de MOINTIAN. Portanto, não há pessoas do grupo A e B, mas
alunos do MOINTIAN.

422
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
Carta de boas vindas
Para que os alunos novos sintam-se integrados ao grupo, temos que
estruturar os locais das práticas para que se tornem receptivos e, ao
mesmo tempo, que expressem os mesmos princípios.
A pessoa que entrar em um grupo de MOINTIAN deve saber que irá
encontrar, com essas pessoas e nesse local, apenas MOINTIAN. Não vai
haver nenhum outro tipo de prática. Conversas sobre outras práticas de
cunho filosófico-religiosas serão realizadas apenas para esclarecimento ou
quando forem motivo específico para uma conversa.
Penso que, nos dias de hoje, estabelecer regras e maneiras de conduta é
algo totalmente retrógrado, ultrapassado, e que não condiz com os ideais
mais elevados que podemos atingir pelo senso comum. Entretanto, vemos
que é preciso estabelecer, para aqueles que não conseguem perceber esse
senso comum, para os novos alunos, e para manter a uniformidade dos
grupos, maneiras simples que vão permitir o melhor fluir das energias e da
compreensão do Método. Para isso, ainda precisamos de regras.
Normas servem para harmonizar um grupo. Entretanto, o ideal é a sintonia
com a necessidade alheia e do grupo. Assim, as normas tornam-se obsoletas.
No Manual do MOINTIAN foram estabelecidas as primeiras normas para
grupo, que estão no capítulo 18, Reunião ou Meditação de Quarta-Feira,
nas páginas 117, 118 e início da página 119.
O MOINTIAN é um método completo em si mesmo. Portanto, ele não
necessita de outras técnicas, práticas, métodos ou terapias complementares.
Os alunos mais avançados, os coordenadores, instrutores e conselheiros,
devem saber proporcionar, dentro do Método, a maneira adequada para
solucionar cada situação apresentada. Aqueles que não concordam com o
que for estabelecido para a harmonia dos grupos, ficam livres para
realizarem suas práticas em suas próprias casas. Grupos são apenas para os
que querem ter momentos de partilha, troca de experiência e um apoio para
eventuais dificuldades. E que este convívio seja sempre harmonioso e alegre.

A postura do participante de um grupo


Na maioria das vezes, os que querem ajudar os outros são os que mais
atrapalham. Sem conhecerem seus próprios processos internos,
pretendem interferir nos processos alheios. Oferecer ou indicar leituras,
dar dicas de exercícios e técnicas foge totalmente do propósito do
Método, que se baseia na “liberdade” e na descoberta individual do seu

423
Conversando Sobre MOINTIAN
próprio caminho. Indicar técnicas seria interferir no processo interno. Se
alguém rouba o mais precioso do caminho, que é a descoberta, faz um
serviço contrário ao auxílio. Além disso, vai criar frustrações, porque a
pessoa não conseguirá atingir bons resultados. Com isso, poderá criar
decepção para com o grupo, o Método e o próprio processo interno.
Indicar o Método ou que alguém ingresse em um grupo é uma coisa, mas
interferir na caminhada é outra.
Aos alunos iniciantes, que sejam participantes de outros métodos, fica
expresso o pedido para que façam um esforço consciente de não divulgar,
comparar, incentivar ou levantar discussões sobre suas práticas ou
filosofias para que os demais participantes sigam para seu grupo. Assuntos
sobre comparações, definições e outros, devem ficar para temas de
encontros, charlas ou reuniões específicas para esse fim, estabelecidas em
comum acordo com os participantes interessados. Isso deve ser assim
para preservar os alunos de constrangimentos e interferências em seu
progresso, seguindo as definições estabelecidas no Manual, nos tópicos
deste livro e outras definições do próprio grupo e que sejam importantes
para a convivência.
Alguns pensamentos para ajudar a manter a postura de um participante
de um grupo de MOINTIAN:
• a mente deve silenciar;
• só se consegue ajudar de fato quando não se quer mais ajudar;
• teu processo interno é o que importa. Teu crescimento! Não o do colega;
• a evolução ocorre naturalmente, e não se pode fantasiá-la. Ela ocorre
pelo silêncio, pela reclusão, pela análise dos processos internos. Cada um
tem os seus processos. E eles não valem para os demais;
• é essencial manter uma postura condizente com a prática mais
profunda, mantendo a higiene física, mental, emocional e espiritual;
• é preciso cuidar ao máximo para que não ocorram envolvimentos ou
relacionamentos amorosos entre os participantes. Se ocorrerem, devem
ser discretos e não impedir a participação individual no grupo e nos
estudos particulares;
• um casal são duas pessoas. Cada um tem seu próprio processo interno,
ainda que partilhem muitas experiências;
• cada participante deve estar consciente do cuidado com o local que foi
cedido para o encontro, respeitando as normas de uma boa convivência,
pensando no bem comum.

424
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
Leitura complementar para grupos
É importante rever os tópicos que falam sobre grupos de MOINTIAN:
• Manual do MOINTIAN: capítulo 18.
• Livro verde: todo o livro é importante, com ênfase no capítulo 6.10.
• Aqui neste livro, os seguintes tópicos:
26. Sobre meditação e misturas com pessoas contaminadas;
27. Sobre a pureza na prática com o MOINTIAN;
40. O sentido do silêncio;
41. Treinamento em grupo;
49 e 50. Meditação de quarta-feira;
51. Interferências nas meditações;
69. Sobre ver pessoas de acordo com o seu interior;
115. Notas atuais – grupos e mensagens.

185. SOBRE CHARLAS E VÍDEOS

Os vídeos do MOINTIAN, que estão disponíveis no Youtube, têm uma


função extremamente importante e positiva. Podemos separar os vídeos
em dois grupos: as charlas (conversando) e os cursos. As charlas, como o
nome indica, são encontros informais. Não há um palestrante, um dono da
verdade. Aliás, esse é o ponto mais importante do Método. Fora as
explicações sobre as técnicas e a filosofia, necessárias para que o aluno
possa entender e usar a energia, o MOINTIAN não ensina nada. Ele faz com
que as pessoas possam, por voltarem a ter contato com o seu interior,
perceber as bobagens que os métodos, livros e autores descrevem e que
não são a espiritualidade. É possível perceber claramente, se
acompanhamos os vídeos das charlas, o progresso de muitos dos que se
faziam presentes. Em três ou quatro anos, vê-se claramente pessoas
passando de contestadoras a questionadoras e, posteriormente, a
formadores de opinião, mas uma opinião baseada no encontro interno.
Então, as conversas passam a ser entre seres de mesmo nível de
entendimento. É possível ver isso claramente nos vídeos das charlas e dos
cursos. Obviamente, existem aqueles que nunca mudaram nada, que
interferem no contexto de uma charla ou que querem aparecer. Mas esses,
poucos, são os que não conseguiram, ou não quiseram, despertar seu
interior. Os vídeos possibilitam, para aqueles que vivem distantes, que

425
Conversando Sobre MOINTIAN
praticam sozinhos e que não conhecem outro aluno do Método, possam
estar presentes de alguma forma e sintam-se acolhidos pelo grupo.
Quanto aos vídeos dos cursos, estes sim, são imprescindíveis para o
entendimento do Método. Mesmo que eles ainda tenham falhas, pois
foram feitos de maneira amadorística, dão toda a informação necessária
para que a pessoa que se interessa pelo Método não tenha dúvidas sobre
como aplicar ou praticar cada técnica. Outro ponto importante é que cada
um pode ficar sabendo sobre o propósito exato do MOINTIAN, pois os
vídeos mostram todas as informações, toda a filosofia e toda a verdade
que o Método expressa, de maneira absolutamente clara.

186. QUINZE ANOS DE MOINTIAN

A conclusão deste livro marca os quinze anos do MOINTIAN na sua fase atual,
iniciada no ano 2000. Ao longo desses anos, muitos resultados positivos
foram alcançados. Produzimos um belo trabalho, que agora se consolida.

Breve histórico
Iniciei em Alegrete, no ano 2000, o primeiro esboço do “Sistema
Devocional”, numa fase que ainda precisava contar com o auxílio e
respeito das hierarquias e escolas instituídas no planeta, fazendo
comparações entre métodos, escolas e técnicas para que os alunos
pudessem se situar na proposta do Método. Depois, em Santiago, já mais
amadurecida a manifestação da Hierarquia do MOINTIAN, consegui
elaborar o Manual Completo do MOINTIAN, concluído em 2006. Mais
tarde, a partir de 2010, viajando constantemente para Santa Maria e
recebendo o estímulo e apoio daquele grupo, iniciei a organização dos
vídeos de nossos encontros, que são a referência básica para o estudo do
Método. Além disso, houve a possibilidade de editar os demais livros que
compõem este trabalho.
De 2009 a 2011 estive afastado fisicamente, quando morei na Argentina.
Foi um período importante para conhecer a Medicina formal e poder fazer
um paralelo com o trabalho que o método pode desencadear para os
processos terapêuticos. Importantes acréscimos foram conseguidos, como
saber onde começa a terapêutica com energia e onde entra a medicina
formal. Foi o que ocorreu para inúmeras sugestões de tratamentos.

426
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
O resultado mais significativo, no que tange à terapêutica, continua sendo
o procedimento para menorragia, descrito no tópico 90, na parte IV A
deste livro, e também disponível no canal do Youtube sobre esse tema.
Por isso, é importante que as pessoas “tratadas” ou que tenham
melhorado com o tratamento alternativo sugerido com o Método possam
fazer seus relatos e possamos compartilhá-los.
A partir de 2011, com as constantes viagens à Santa Maria, quando os
alunos aderiram ao MOINTIAN e quiseram entendê-lo com mais
profundidade, foi o momento de começar a mostrar a sua verdadeira
intenção. Iniciamos o “Conversando Sobre MOINTIAN”, fruto de
questionamentos profundos e de uma maior interação com os praticantes.
O significado real da energia do MOINTIAN começou a se expressar.
Filmar os encontros, os cursos e as charlas (encontros informais),
possibilitou a construção de algo ainda maior, que é o canal do MOINTIAN
no Youtube. Hoje, são mais de 250 vídeos que podem ser estudados,
baixados e analisados por alunos e curiosos.
Em 2012 lancei o livro “Os Incríveis Seres de Dois Mundos”, o livro branco.
Em 2013 foi a vez do “Práticas Para a Meditação Livre”, como um material
complementar que estava faltando. Ele é o ponto inicial para que os
alunos novos e antigos possam conseguir melhores efeitos em suas
práticas. Em 2015, tivemos o lançamento do livro “Uma Nova Consciência
Para Uma Nova Humanidade”. Sem dúvida, é a leitura essencial e uma
introdução importante ao trabalho que o MOINTIAN pode realizar pela
humanidade. Foi um trabalho meticuloso, que contou com a leitura, crítica
e análise de várias pessoas para torná-lo o mais compreensível possível.
Os arquivos do MOINTIAN já foram baixados milhares de vezes, sem
contar os links espalhados pela internet que fazem referência a artigos do
Conversando ou a determinadas páginas do Manual e que servem de
referência a outros grupos espalhados pelo mundo.
Agora, temos a conclusão do livro “Conversando Sobre MOINTIAN”, um
passo importante e de finalização da parte escrita sobre o Método.
Quanto aos amigos e alunos, falar da importância de uns e não falar de
todos é injusto. São tantos amigos e tantas histórias fantásticas que não se
pode ignorar a importância de cada uma delas e de cada momento vivido
durante esses anos. Para muitos, ficou apenas a lembrança dos cursos,
mas, para outros, que se integraram, que conviveram, tivemos uma
verdadeira simbiose de sentimentos e experiências.

427
Conversando Sobre MOINTIAN
Com o que foi exposto aqui, fica claro, para aqueles que perguntaram “o
que acontece agora?”, que o MOINTIAN é vivo e segue muito bem. Mudou
apenas o padrão de divulgação e de utilização, para tornar-se mais
pessoal, individual, como fora de início. Mas os alunos continuam usando,
tendo seus resultados, aplicando a energia. Mais e mais pessoas estão se
integrando, lendo, estudando e praticando pelo mundo todo.

Visita da hierarquia
Tive uma importante visita, na manhã do dia 9 de fevereiro de 2015,
quando 12 representantes da Hierarquia Planetária trouxeram um convite
do Senhor Gautama para um encontro com ele. No início da tarde,
tivemos uma reunião especial. Naquela ocasião, uma chuva de gotas
douradas se derramava por todos, durante o dia todo. Os alunos,
indistintamente, foram agraciados com um “lilâ”, na forma de um rubi -
um fortalecimento da energia, um pequeno presente espiritual. Ele me
conduziu à Sede da Hierarquia Planetária, entre as dimensões que nos
aproximam do que se manifesta no planeta como o lago Titicaca, onde
toda a Hierarquia Planetária estava em celebração pelos trabalhos já
realizados e pela importância do Método. São milhares que se utilizam da
energia, ainda que conheçamos fisicamente bem poucos.
Também estive com Micah, em uma verdadeira reconfirmação de votos. E
assumo minha postura de sempre, com os cargos que a Hierarquia
Multiuniversal me confere.

Os resultados obtidos
Os resultados particulares com a energia merecem um capítulo à parte em
nossa história. É importante que saibamos dos resultados, das
experiências, das conquistas que muitos tiveram, mas que, por todos
esses anos, ficaram sem divulgação. Parece-me que, dessa maneira, alguns
possam dar pouca importância aos efeitos palpáveis que a autoaplicação,
a prática terapêutica ou simplesmente a persistência com as técnicas
podem proporcionar. Os resultados podem não ser apenas palpáveis, ou
que tragam benefícios e bem-estar, mas podem estar na mudança de
foco, na mudança de consciência. Então, mesmo que alguns manifestem
problemas ou doenças (como consequência de anos de práticas e escolhas
equivocadas, frustrações ou traumas), as mudanças internas, do foco de
consciência, perdurarão para sempre, gerando saltos evolutivos inigualáveis.

428
ANEXOS E OUTRAS DEFINIÇÕES PARTE VII
É preciso chamar a atenção para os resultados que temos obtido com o
MOINTIAN, não apenas no que se refere ao seu propósito máximo, que é a
transformação interna do aluno, mas também aos resultados com a
prática terapêutica e aos avanços que temos alcançado nessa área.
É preciso saber que o MOINTIAN também tem resultados práticos em
áreas distintas, quando aplicamos a energia em pessoas que procuram a
prática terapêutica, e que podem ser surpreendentes do ponto de vista
clínico. Casos de depressão, pânico, desequilíbrio psíquico, são os mais
frequentemente tratados e os resultados são rápidos e palpáveis. Casos
gerais de desequilíbrio emocional, casos de aceleração dos processos
físicos, também são tratáveis, tanto a distância como pessoalmente,
sempre lembrando-nos daquela máxima que o Método ensina: a pessoa
precisa querer a melhora e precisa mudar sua consciência.
Devemos chamar a atenção para os resultados práticos e a eficácia do
Método. Enquanto muitos grupos, métodos e pessoas fantasiam
resultados, colocando em risco a saúde e o progresso pessoal e espiritual
dos que os procuram, temos ferramentas seguras, de anos de prática e
com resultados que, quando seguidos conforme as indicações precisas
para cada caso, alcançam os resultados esperados.
Por exemplo, posso dar alguns números iniciais:
• Casos de pânico – número de aplicações varia muito, entre 4 e 20.
• Casos de desequilíbrio físico, psíquico e emocional geral – aplicações
simples a distância e sistemáticas – 3 ou 4.
• Casos de menorragia – pessoa com a chama ou iniciada – uma aplicação
para a maioria – de uma semana até um mês para quem faz sozinha.
São inúmeros os casos, ao longo dos anos, nos quais uma simples
aplicação remove a maioria dos problemas ou mesmo alivia sintomas
imediatamente. O problema são as próprias pessoas não persistirem com
as aplicações, parecendo que o Método não é seguro ou que deve ser
tratado em segundo plano. Quando perceberem a seriedade do Método e
o que ele pode proporcionar, certamente teremos condições de avaliar
ainda mais precisamente outros casos e resultados.

429
Conversando Sobre MOINTIAN
Partilha de experiências
Convido a todos para que partilhem suas experiências, seus resultados
alcançados ou suas decepções com o MOINTIAN ao longo dos anos. Quero
tornar esses depoimentos disponíveis para que todos possam ler.

Como proceder:
• Peço a todos que façam um relato de suas experiências, mudanças,
alegrias, conquistas, percepções, decepções, frustrações, enfim, suas
impressões, certezas, dúvidas e resultados com a energia do MOINTIAN ao
longo dos anos.
• O relato pode conter: uma experiência que tenhamos vivido juntos ou
que tenham ouvido; um comentário pessoal ou de grupo; algo que
tenham presenciado; um resultado marcante, etc.
• Pode ser um breve relato, como uma carta ou em tópicos, breve, mas
com boa explanação.
• A declaração ou o resumo pode ser feito sem assinatura, para os que
desejarem permanecer anônimos. Então, podem usar apenas uma rubrica
que os identifique.
• Peço que todos, indistintamente e sem exceção, participem.
• Peço que notifiquem uns aos outros sobre este meu pedido, para que
todos possam participar.
• Aqueles que não possuem e-mail ou não tenham computador, podem
escrever seu relato e enviar por carta para o meu endereço.
• Todos os depoimentos, cartas, manifestações, sem exceção, serão
postados no blog “Delci Jardim”, sem alterações ou interferências, na
medida em que forem sendo recebidos.
• Os relatos, depoimentos e comentários podem ser vistos na aba
“comentários”, do blog “Delci Jardim”:
http://delcijardim.blogspot.com/p/comentarios.html

Ficarei muito grato com a participação de todos.

430
PONTO FINAL – ORDEM DE LEITURA DOS LIVROS DO MOINTIAN

Para entender o propósito do MOINTIAN e obter os melhores resultados,


é importante realizar a leitura dos livros na seguinte ordem:

1. Uma Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade - Livro Verde


É preciso ler, entender e concordar com as ideias do livro verde. Concordar
com as ideias ali expostas abre a percepção do leitor, que não cria barreiras
ao Método e à sua energia. Assim, será possível saber exatamente o
propósito do Método e como ele poderá auxiliar o interessado.

2. Práticas Para a Meditação Livre - Livro Laranja


Se o leitor é iniciante nos resultados com a meditação, se não sentiu, com
outras práticas, resultados satisfatórios, é indicado o estudo atento deste
livro. O curso de meditação livre e os seus conceitos ajudarão qualquer
leitor, mesmo que seja aluno do MOINTIAN, a atingir melhores resultados
ao praticar as técnicas do Manual completo.

3. Manual do MOINTIAN - Livro Amarelo


Este não é um livro que permita uma leitura rápida ou uma compreensão
imediata. Serão necessários, no mínimo, dois anos para o processo básico
e de despertar das iniciações. No entanto, o Manual pode acompanhar um
aluno por toda sua vida e seu estudo seguirá em conjunto com os demais
livros, pois eles podem conter esclarecimentos sobre determinadas ideias
iniciadas no Manual.

4. Os Incríveis Seres de Dois Mundos - Livro Branco


Nele está um pouco da filosofia do Método e, na terceira parte, algo da
história do ciclo atual do mesmo. Lê o tópico 183 do presente livro.

5. Conversando Sobre MOINTIAN - Livro Azul


Este livro será, assim como o Manual, uma companhia constante. É um
guia de leitura para os demais livros. Contém tópicos que devem ser lidos
antes das iniciações e após todas elas, sendo, portanto, uma fonte de
esclarecimentos para todos os níveis de estudo e práticas do Método.

431
Conversando Sobre MOINTIAN

EU POSSO VER

EU POSSO VER

Eu posso ver o dia


Que não existam mais palavras
E que todos estejamos unidos num só corpo.

Eu posso ver o dia


Que não existam mais ideias
E que estejamos todos unidos pelo silêncio.

Eu posso ver o dia


Que não exista nada além
Do encontro alegre de todos
Em um mesmo estado interno.

432
INFORMAÇÕES SOBRE AS OBRAS CITADAS

Jardim. MOINTIAN, Método Integrado de Transmutação Interior e


Ascensão. 1.ed. Santiago, RS. Ed. do Autor. 2006.
http://mointian-livro.blogspot.com

Jardim. Os Incríveis Seres de Dois Mundos. 1.ed. Santiago, RS. Ed. do


Autor. 2012.
http://seresdedoismundos.blogspot.com

Jardim. Práticas Para a Meditação Livre. 1.ed. Nova Petrópolis, RS. Ed. do
Autor. 2013.
http://meditacaolivre.blogspot.com

Jardim. Uma Nova Consciência Para Uma Nova Humanidade. 1.ed. Nova
Petrópolis, RS. Ed. do Autor. 2015.
http://unohumanidade.blogspot.com

Jardim. Conversando Sobre MOINTIAN. 1.ed. Nova Petrópolis, RS. Ed. do


Autor. 2016.

433
Conversando Sobre MOINTIAN

CONTATO COM O AUTOR

delcijardim@bol.com.br

(54) 99960403

Nova Petrópolis, RS, Brasil

INFORMAÇÕES SOBRE OUTRAS OBRAS

BLOG PRINCIPAL
http://delcijardim.blogspot.com

UMA NOVA CONSCIÊNCIA PARA UMA NOVA HUMANIDADE


http://unohumanidade.blogspot.com

PRÁTICAS PARA A MEDITAÇÃO LIVRE


http://meditacaolivre.blogspot.com

MOINTIAN – MANUAL COMPLETO


http://mointian-livro.blogspot.com

OS INCRÍVEIS SERES DE DOIS MUNDOS


http://seresdedoismundos.blogspot.com

CONVERSANDO SOBRE MOINTIAN


http://conversandosobremointian.blogspot.com

CANAL DO MOINTIAN NO YOUTUBE


www.youtube.com/user/jardimt

ARQUIVOS PARA DOWNLOAD


http://delcijardim.blogspot.com.br/p/blog-page_15.html

434

Você também pode gostar