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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Programa de Pós-graduação em Química - NPGQ

PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM


QUÍMICA DA UFS – 2012.2

GABARITO

Questão 1)
O efeito fotoelétrico trata da interação da radiação eletromagnética com a matéria.
Quando uma superfície metálica é exposta à radiação eletromagnética com uma determinada
frequência, elétrons são ejetados dos átomos do metal. Essa interação não ocorre de forma
contínua, mas de forma discreta e em quantidades definidas energia para cada elemento,
considerando que E = hν (E é a energia, h é a constante de Planck e ν é a frequência da
radiação eletromagnética incidente). Nesse experimento, três observações são importantes: 1)
nenhum elétron é ejetado até que a radiação eletromagnética tenha frequência acima de um
determinado valor, característico para cada metal, 2) os elétrons são ejetados imediatamente e
3) a energia cinética dos elétrons ejetados aumenta linearmente com o aumento da frequência
da radiação eletromagnética incidente.
Por isso, a radiação eletromagnética pode ser entendida como partícula, pois ela
interage com a matéria em quantidades específicas e discretas, que são denominadas de
fótons. Assim, a radiação eletromagnética transfere um fóton com energia “E” para o átomo do
metal e essa é a energia necessária para provocar uma transição eletrônica que leva a perda
de um elétron. A energia fornecida pelo fóton é igual à energia necessária para remover um
elétron de um átomo mais a energia cinética do átomo ejetado (E = hν + ½ mv2). Quando a
frequência da radiação eletromagnética incidente sobre uma superfície metálica atinge o valor
necessário para que um elétron seja removido da superfície metálica, o efeito é observado
imediatamente. Quando a frequência está abaixo desse valor, não se observa o efeito. Quando
a frequência está acima desse valor, o excesso da energia será convertido em energia cinética
dos elétrons removidos.
Na comparação entre alvos metálicos de sódio e rubídio, deve-se observar o seguinte:
-O átomo de rubídio é maior e seus elétrons da ultima camada sofrem o efeito da
blindagem de forma muito mais intensa do que os elétrons do átomo de sódio.
-A primeira energia de ionização do rubídio é menor que a do sódio.

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Jardim Rosa Elze – São Cristóvão – SE
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-O elétron mais externo do átomo de rubídio ocupa uma camada mais afastada do
núcleo. A ligação do elétron com o núcleo é mais fraca.
Como a energia requerida para remover um elétron do rubídio é menor do que a energia
requerida para remover um elétron do sódio, a frequência da radiação eletromagnética também
deverá ser menor, pois energia e frequência são diretamente proporcionais (E = hν).
Atkins Páginas 118 e 119
Brown Páginas 186 e 187

Questão 2)
O átomo de carbono é menor do que o átomo de silício. Átomos menores são capazes
de se aproximar mais uns dos outros e como resultado, a superposição lateral dos orbitais p é
mais eficiente. Dessa forma, o átomo de carbono consegue fazer ligações π. Essas ligações π
estão presentes nas estruturas do grafite e do fulereno. O átomo de carbono também pode
fazer ligações π com átomos de outros elementos, como o oxigênio e o nitrogênio. O átomo de
silício é maior, a distância internuclear nas ligações químicas é maior e a sobreposição de
orbitais p é muito menos efetiva. Por isso, a ligação π com átomos de silício é mais fraca e
desfavorável, e estruturas tipo grafite e fulereno não são observadas.
Na molécula de CO2, o átomo de carbono faz ligações π com os átomos de oxigênio. A
molécula é linear e apresenta ligações duplas.
Na molécula de SiO2, o átomo de silício faz apenas ligações σ com os átomos de
oxigênio. A geometria é tetraédrica e apresenta apenas ligações simples, formando uma
estrutura estendida que tem a fórmula mínima SiO2.
Brown, Página 806

Questão 3)
Tendo gastos 26,6 mL da solução de NaOH 0,1 mol L-1, temos então:
0,1 mol => 1000 mL
X mol => 26,6 mL X= 2,66 x 10-3 moles de NaOH
Sabendo que a reação de neutralização do CH3COOH pelo NaOH segue uma
estequiometria de 1:1, então temos 2,66 x 10-3 moles de CH3COOH.
1 mol de CH3COOH => 60,05 g
2,66 x 10-3 moles => Y Y= 0,1597 g de CH3COOH

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d= m/V, logo 1,049= 0,1597/V, então V= 0,1522 mL de CH3COOH


Sabendo que temos,
0,1522 mL de CH3COOH => 5 mL de alíquota
W => 100 mL W= 3,044%

a) Como trata-se de um ácido fraco, o CH3COOH estará todo na forma de CH3COO- no


Ponto de Equivalência, o qual sofrerá hidrólise, logo o pH será dado por:
CH3COO- + H2O  CH3COOH + OH-
Kb= [OH-] [CH3COOH] / [CH3COO-]
Kb= Kw / Ka; Kb= 10-14 / 1,8 x 10-5; Kb= 5,55 x 10-10
Sabendo que [OH-] = [CH3COOH] então temos x . x= x2;
e a [CH3COO-]= 2,66 x 10-3 moles/ 0,0316 L = 8,42 x 10-2 mol L-1
Substituindo:
5,55 x 10-10 = x2 / (8,42 x 10-2-x)
Com base no valor de kb podemos dizer que 8,42 x 10-2 >> x,
então (8,42 x 10-2-x)= 8,42 x 10-2
Resolvendo, 5,55 x 10-10 = x2 / 8,42 x 10-2, obtemos um valor de x= 6,84 x 10-6;
Como x = [OH-] = 6,84 x 10-6; pOH= - log [OH-]= 5,16; pH= 14 – pOH; pH= 8,84.

Questão 4)
A condição para que ocorra a precipitação será:
Ag+ + I- => AgI(s)
AgI(s)  Ag+ + I- sendo KpsAgI= [Ag+] [I-]
Para avaliar determinamos a [Ag+] e [I-] na mistura. Então na mistura:
[Ag+]= (7,9 x 10-7 x 0,035) / 0,06 = 4,61 x 10-7 mol L-1
[I-]= (1,4 x 10-9 x 0,025) / 0,06 = 5,83 x 10-10 mol L-1
Para avaliar fixamos uma das variáveis na equação do equilíbrio e encontramos a condição da
outra espécie. Fixando [Ag+], temos:
KpsAgI= [Ag+] [I-]
8,5 x 10-17= 4,61 x 10-7 [I-]
[I-]= 1,84 x 10-10 mol L-1; ou seja, qualquer concentração de [I-] acima deste valor favorece a
precipitação. Como o valor na mistura de [I-]= 5,83 x 10-10 mol L-1, e este é superior, ocorrerá a
formação de precipitado. O raciocínio poderá ser aplicado fixando o valor de [I-].
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Questão 5)

(a) CH3CH2OH > CH3CH2NH2 > CH3CH2CH3


O oxigenio é mais eletronegativo que o nitrogênio, que é mais eletronegativo que o carbono. A
ligação O – H é a mais polarizada, a ligação N – H é a segunda e a ligação C – H é a menos
polarizada.
(b) CH3CH2O– < CH3CH2NH– < CH3CH2CH2–
Quanto mais fraco o ácido, mais forte é a base conjugada.

Questão 6)

(a) Enantiômeros: esquerda (S); direita (R).


(b) Diasteroisômeros: esquerda (2S,3S); direita (2R,3S).
(c) Mesmo composto (2S,3S).
(d) Isômeros constitucionais; ambos aquirais.

Questão 7)

A lei de velocidade deve ser escrita como v = k [metanoato de etila]x [NaOH]y, mas como
o NaOH está em grande excesso v = k’ [metanoato de etila] x, pois k’ = k [NaOH]. Como o
tempo de meia vida independe da concentração iniciação do éster, ela segue uma cinética de
pseudo-primeira ordem, assim v = k’ [metanoato de etila]. A lei de velocidade de primeira
ordem integrada é ln ([A]o/[A]) = k’ t. No tempo 14 min e 12 s (t = 852 s) permanecem 13,2% do
éster presentes no meio reacional, assim ln (100%/13,2%) = k’ 852 s, logo k’ = 2,37 10 -3 s-1. E
para calcular k, temos que k’ = k [NaOH], logo k = k’ / [NaOH] = 2,37 10-3 s-1 / 0,23 mol dm-3 =
1,03 10-3 dm3 mol-1 s-1.

Questão 8)

∆Gθ = ∆Hθ – T ∆Sθ


∆Gθ = -92,38 kJ mol-1 – (298 K) (-198,4 J K-1 mol-1) = -33,3 kJ mol-1
K = (PNH32)/(PN2 PH23) = (0,5002)/(1,00 3,003) = 9,26 10-3
∆G = ∆Gθ + R T ln K
∆G = -33,3 kJ mol-1 + (8,314 J K-1 mol-1) (298 K) ln(9,26 10-3)
∆G = -33,3 kJ mol-1 + (2,48 kJ mol-1) (-4,68)
∆G = -33,3 kJ mol-1 – 11,6 kJ mol-1 = -44,9 kJ mol-1.

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