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ANO 125 – Nº 239 – 100 PÁGINAS BELO HORIZONTE, quinta-feira, 28 de Dezembro de 2017
Caderno 1 – Diário do Executivo
LEI Nº 22.790, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2017. Sumário Institui as carreiras de Técnico da Defensoria Pública e Diário do Executivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Analista da Defensoria Pública e dá outras providências. Governo do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Secretaria de Estado de Governo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Cidades e de Integração Regional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, pro- Secretaria de Estado de Cultura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 mulgo a seguinte lei: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 CAPÍTULO I Secretaria de Estado de Esportes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 DISPOSIÇÕES GERAIS Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Art. 1º – Ficam instituídas, na forma desta lei, as carreiras de Técnico da Defensoria Pública e Ana- Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. . . . . . . . . . 12 lista da Defensoria Pública, pertencentes ao quadro de apoio administrativo e serviços auxiliares da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais. Secretaria de Estado de Fazenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 § 1º – A estrutura das carreiras instituídas por esta lei é a constante no Anexo I. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 § 2º – As atribuições básicas das carreiras instituídas por esta lei são as fixadas no Anexo II, Secretaria de Estado de Saúde. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 cabendo seu detalhamento ao Conselho Superior da Defensoria Pública, a que se refere a alínea “c” do inciso “I” do art. 6° da Lei Complementar n° 65, de 16 de janeiro de 2003. Secretaria de Estado de Administração Prisional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 § 3º – Regulamento interno disporá sobre a identificação da especialidade do Analista da Defen- Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 soria Pública nos atos que praticar. § 4º – Resolução do Defensor Público-Geral identificará os cargos das carreiras instituídas por Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 esta lei. Secretaria de Estado de Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Art. 2º – Para os efeitos desta lei considera-se: I – carreira o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza e comple- Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 xidade e estruturados em classes e padrões, escalonados em função do grau de responsabilidade, capacitação e Advocacia-Geral do Estado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 experiência nas atribuições da carreira; Polícia Militar do Estado de Minas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 II – cargo de provimento efetivo a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal provido por concurso público, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições e responsabilidades definidos em lei Polícia Civil do Estado de Minas Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 e direitos e deveres de natureza estatutária estabelecidos em lei complementar; Controladoria-Geral do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 III – quadro de pessoal o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em comissão; Editais e Avisos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 IV – classe o estágio do servidor no escalonamento vertical da mesma carreira, contendo cargos escalonados em padrões; V – padrão a posição do servidor no escalonamento horizontal da mesma classe de determinada carreira.
Diário do Executivo CAPÍTULO II
DA CARREIRA Seção I Do Ingresso Governo do Estado Art. 3º – O ingresso em cargo de provimento efetivo das carreiras instituídas por esta lei, observa- Governador: Fernando Damata Pimentel das as condições estabelecidas em regulamento, dependerá de: I – aprovação em concurso público de provas, ou provas e títulos, de caráter classificatório e eliminatório; Leis e Decretos II – comprovação de habilitação mínima em nível: a) médio, para ingresso na carreira de Técnico da Defensoria Pública; b) superior, para ingresso na carreira de Analista da Defensoria Pública. MENSAGEM Nº 359, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2017. § 1º – Além dos requisitos previstos nas alíneas “a” e “b” do inciso II do caput, poderão ser exi- gidos formação especializada, experiência e registro profissional, bem como outros requisitos decorrentes de Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia exigência legal para o exercício da profissão a serem definidos em regulamento e especificados no edital do Legislativa, concurso. § 2º – Poderá ser incluído, como etapa do concurso, programa de formação de caráter eliminatório, Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do inciso II do art. 70 da Constituição do Estado, classificatório ou eliminatório e classificatório. decidi vetar parcialmente, por considerar inconstitucional e contrária ao interesse público, a Proposição de Lei Art. 4° – As instruções reguladoras do concurso serão publicadas em edital, que conterá, tendo em nº 23.871, que institui as carreiras de Técnico da Defensoria Pública e Analista da Defensoria Pública e dá outras vista as especificidades das atribuições do cargo, no mínimo: providências. I – o número de vagas existentes ou cadastro de reserva; II – as matérias sobre as quais versarão as provas e os respectivos programas; Ouvida a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – Seplag –, concluo, no exercício da com- III – o desempenho mínimo exigido para aprovação nas provas; petência prevista no inciso VIII do art. 90 da Constituição do Estado, pelo veto do art. 25. IV – os critérios de avaliação dos títulos e certificados, se for o caso; “Art. 25 – Ficam criadas duas funções gratificadas especiais – FGDP-ESP –, privativas dos Defen- V – as informações sobre o caráter eliminatório e classificatório de cada etapa do concurso; sores Públicos com atuação na representação da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais em Brasília-DF, VI – os requisitos para a posse. atividade considerada como serviço especial nos termos do inciso IV do art. 75-A da Lei Complementar nº 65, Parágrafo único – Entre os requisitos a que se refere o inciso VI do caput, o candidato deverá de 2003, desde que mantenham residência fora do Estado de Minas Gerais, conforme designação do Defensor comprovar: Público-Geral.”. I – ser de nacionalidade brasileira; II – estar no gozo dos direitos políticos e quite com as obrigações eleitorais; III – estar quite com o serviço militar, para os candidatos do sexo masculino; Razões de Veto: IV – ter o nível de escolaridade mínima exigida para o ingresso na carreira; V – ter a idade mínima de dezoito anos, exceto os emancipados; O art. 25 da Proposição de Lei nº 23.871 institui a criação de duas funções gratificadas especiais VI – ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições, atestada por médico perito – FGDP-ESP –, privativas dos Defensores Públicos com atuação na representação da Defensoria Pública do oficial; VII – ter idoneidade moral e conduta ilibada, nos termos do regulamento do concurso. Estado de Minas Gerais em Brasília-DF, as quais terão valor correspondente a 30% (trinta por cento) do subsídio Art. 5º – Concluído o concurso e homologados os resultados, a nomeação dos candidatos habilita- bruto do Defensor Público de classe inicial, gerando um impacto mensal de R$ 11.361,09 (onze mil, trezentos dos obedecerá à ordem de classificação e ao prazo de validade do concurso. e sessenta e um reais e nove centavos). Parágrafo único – O prazo de validade do concurso será contado a partir da data da homologação Vale destacar que as despesas de pessoal da Defensoria Pública compõem a base de cálculo do de seus resultados, respeitados os limites constitucionais. Poder Executivo para a apuração do índice de pessoal previsto na Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e Seção II dá outras providências. Considerando o último relatório de gestão fiscal, publicado em 30 de setembro de 2017, Do Desenvolvimento na Carreira que apresenta índice de pessoal de 48,38%, acima, portanto, do índice prudencial, prevalecem as vedações pre- vistas no inciso II do art. 22 da supracitada lei federal, que veda a criação de cargo, emprego ou função. Art. 6° – Adquirida a estabilidade, após aprovação em estágio probatório, o servidor público terá Outro fator relevante foi a publicação da Lei Complementar Federal n° 156, de 28 de dezembro direito a desenvolvimento na carreira na forma disposta nesta lei. de 2016, que determina que os Estados e o Distrito Federal terão que estabelecer, para os exercícios de 2018 e Art. 7º – O desenvolvimento do servidor nas carreiras instituídas por esta lei dar-se-á por meio de 2019, limitação do crescimento anual das despesas primárias correntes, exceto transferências constitucionais progressão ou promoção, que serão concedidas mediante o acúmulo de pontos, na forma do Anexo V desta lei. a Municípios e Programas de Formação do Patrimônio do Servidor Público – Pasep –, à variação da inflação, § 1º – Progressão é a passagem do servidor do padrão em que se encontra para o padrão subse- quente, na mesma classe da carreira, sendo concedida ao servidor que, a contar da data de conclusão do está- aferida anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA – ou por outro que venha a gio probatório, acumular cinco ou mais pontos de acordo com a pontuação atribuída aos critérios na forma do substituí-lo. Neste grupo, incluem-se as despesas com pessoal ativo e inativo e os demais gastos de custeio. Anexo IV e mediante avaliação de desempenho satisfatória, nos termos de regulamento. São essas, Senhor Presidente, as razões que me levam a vetar parcialmente a proposição em § 2º – Promoção é a passagem do servidor para a classe imediatamente superior da carreira, sendo comento, as quais ora submeto ao necessário reexame dessa egrégia Assembleia Legislativa. concedida ao servidor que possuir, nos termos de regulamento: I – no mínimo quarenta pontos, segundo os critérios apresentados no Anexo IV; FERNANDO DAMATA PIMENTEL II – no mínimo quatro anos de efetivo exercício na classe em que se encontra; Governador do Estado III – duas últimas avaliações de desempenho satisfatórias.