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fare O Que a Biblia, a Ciéncia, e o Bom Senso PENTA OLR John Ankerberg Tel aT ALLL Aa Traduzido do original em inglés: “The Facts on Astrology” Copyright © 1988 by The Ankerberg Theological Research Institute Publicado por Harvest House Publishers, Eugene, Oregon 97402, EUA TradugGo: lone Haake Revisdo: Ingo Haake, ingrid H. L. Beitze, Joyce de Lima Silva Capa e Layout: Reinhold Federolf Todos os direitos reservados para os paises de lingua portuguesa © 1998 Obra Missionaria Chamada da Meia-Noite R. Erechim, 978 - B. Nonoai - 90830-000 PORTO ALEGRE/RS : Brasil Fone: (051) 241-50 50 — FAX: (051) 249-73 85 e-mail: chamada@pro.via-rs.com.br Composto e impresso em oficinas préprias CATALOGACAO NA FONTE DO DEPARTAMENTO NACIONAL DO LIVRO AGLIE Ankerberg, John, 1945- Os fatos sobre a astrologia : 0 que a Biblia, a ciéncia e o bom senso nos dizem sobre a astrologia? / John Ankerberg e John Weldon ; [tradugdo: Ione Haake]. - Porto Alegre : Obra Missionaria Chamada da Meia-Noite, 1998. 108p. ; 19,5x13,5cem. - (Os fatos sobre) ISBN 85-7408-002-0 Traduc&o de: The facts on astrology. 1. Astrologia - Literatura polémica. I. Weldon, John. Il. Titulo. II. Série. CDD-133.5 10. VW. . O que éa astrologia?. . Supostamente, como funciona a astrologia? . Que grau de influéncia a astrologia tem hoj Indice Primeira Parte Introdugao G Astrologia . Que termos e conceitos basicos necessitamos conhecer para entender a astrologia?......... . Por que a astrologia é tao popular?...... eee . Os horéscopos dos jornais podem ser perigosos? .. Sequnda Parte A Astrologia e o Ocultismo . A astrologia esta relacionada com o ocultismo? .. 25 . Existem astrélogos que declaram usar habilidades PSIQUICAS? 0... .eesec cece estes rsecstseeseseeseseteeseesesesesee 33 Terceira Parte Astrologia Versus Fé Crista . O que pensam os astrélogos sobre Deus? ........... 39 O que a astrologia cré sobre Jesus Cristo?.......... 42 O que a astrologia cré que seja o problema bdsico do homem e sua solugG0? «0... 43 12. O que a Biblia fala sobre a astrologia’ 13.0 livre de Daniel da apoio a astrologia Quarta Parte Avaliagao Critica da Astrologia 15. E valida a evidéncia cientifica da astrologia? 16. Qual é a evidéncia cientifica contra a astrologia? 64 17. O que tém provado os testes de validade dos signos zodiacais (por seme? vocé é de Peixes, Aries ou LeGo?)? oc eeeeereeeee sere 66 18. O que tém provado os testes de validade dos horOscopos?.......csesssessssessessesecsseencestesesenseestense 67 19. O que tém provado os testes sobre a influéncia da Lua? .. 20. O que tém pee os testes sobre as janie astrolégicas?..... oe 21. O que créem os ‘asiélogos ile. a 5 astrologio?.. 22. Se a astrologia é falsa, como pode funcionar?..... 23. HG perigos para adueles 4 que créem na astrologia OU G PLAticOM? .... seers ZO Concluso oo... eeccscsescsestesseesseeseesseesneeeneesneeseesnses Uma Palavra Pessoal ............scsssecseesesneeetessneeneenes Apéndice: A Astrologia no Bras Notas. Sobre os autores . -108 PRIMEIRA Parte Introducao a Astrologia A astrologia tem destaque nos jornais, e quase todos eles publicam uma seg4o permanente com seus supos- tos progndsticos. Seu prestigio foi seriamente afetado quando, em 1975, cento e noventa e dois cientistas de renome, incluindo dezenove ganhadores do prémio No- bel, publicaram uma declaragao desautorizando-a.' Entretanto, posteriormente foi noticiado que pessoas muito importantes — inclusive governantes de grandes poténcias — consultam tais progndsticos. O inesperado resultado foi uma inundacdo de nova literatura a res- peito. Um alto funciondrio da Casa Branca, nos Esta- 8 * John Ankerberg e John Weldon dos Unidos, disse que “a influéncia da astrologia nes- se Ambito se estende a toda agao e deciséo de impor- tancia”."* 1. O que é a astrologia? A astrologia 6 uma crenga baseada na suposigéo de que os astros e os planetas — na forma como os proprios astrélogos os configuram e interpretam — influem mis- teriosamente na vida dos homens. A astrologia ensina que essa influéncia comega com o nascimento e conti- nua ao longo de toda a vida de uma pessoa. The Shorter Oxford English Dictionary (O Pequeno Dicionario de Inglés Oxford) define astrologia como “a arte de avaliar a influéncia oculta dos astros sobre os acontecimentos com os homens”. A seguir, transcrevemos algumas definigdes da astro- logia que foram dadas pelos préprios astrélogos: 1. “A astrologia ¢ 0 estudo dos céus e da influéncia que 2 exercem sobre as vidas e os assuntos da humanidade’ 2. “A astrologia é a ciéncia de certas relagdes secretas (ou seja, ocultas ou misteriosas) entre os corpos celes- 3 tiais e a vida terrena’’ 3. “A astrologia é a ciéncia das reagGes da vida as vi- bragdes planetarias.”* (Neste caso, vibragdo significa algo misterioso, atuando supostamente como a influén- cia da gravidade da Lua sobre as marés dos oceanos na Terra). Os Fatos Sobre a Astrologia * 9 4, “A astrologia ¢ o sistema de interpretag&o de sim- bolos (os corpos celestes aos quais os astrdlogos atri- buem nomes e influéncias) relacionados ao comporta- mento e as atividades humanas.”* Existem muitos tipos de astrologia: (1) A astrologia antiga foi praticada pelos babilénios. Eles ensinavam que os planetas eram deuses e como tais governavam e influenciavam a vida sobre a terra (alguns grupos ocultistas que usam a astrologia atual- mente tém crengas similares). (2) Existem também os que praticam a astrologia material, crendo que as “ema- nagées” ou “influéncias” dos planetas do nosso sistema solar governam ou afetam a vida na terra. (3) Finalmen- te, ha os que créem na astrologia simbdlica, os quais en- sinam que os astros e planetas sio somente simbolos. Eles supdem que existe uma “correspondéncia magica” revelada nos simbolos que influi na vida sobre a terra. Ha muitos outros tipos de astrologia, cada qual com seus proprios fundamentos. Entretanto, aqui temos trés tipos de astrologia com trés diferentes suposigées. Os planetas so: (1) deuses; (2) objetos celestiais impes- soais; ou (3) apenas simbolos. Porém, os trés afirmam ser responsaveis pela mesma conclusio: quaisquer que sejam os planetas, eles influem sobre a vida na terra. Mas, como observou o filésofo Bertrand Russell, quando dois pontos de vista séo declarados ambos ver- dadeiros, contudo se contradizem entre si, um ou outro pode estar certo, porém nio ao mesmo tempo. O mes- mo vale para a astrologia. Logicamente, os diferentes tipos de astrologia néo podem ser todos verdadeiros, 10 + John Ankerberg e John Weldon pois contradizem um ao outro. Resta saber se algum deles é auténtico. 2. Supostamente, como funciona a astrologia? Supde-se que a astrologia “funciona” por intermé- dio dos planetas e astros que afetam nossas vidas. A principal ferramenta que os astrdlogos usam para in- terpretar essa suposta influéncia é 0 mapa astroldgi- co, chamado hordscopo natal {do nascimento] ou tam- bém mapa natal (a rigor, 0 termo hordscopo também envolve a interpretagéo do mapa, apesar dos termos “mapa” e “hordscopo” serem usados como sinéni- mos). Nesse mapa é calculada a posig&o exata dos corpos celestes na hora do nascimento, geralmente no momento quando o bebé respirou pela primeira vez. Isso é crucial para a maioria dos astrélogos, visto que aceitam a premissa da magia chamada de “correspon- déncia” (ou seja, que tudo nos céus estd correlacio- nado com algo sobre a terra, de maneira que os even- tos nos céus sao paralelos aos eventos na terra). Des- se modo, para eles os primeiros minutos da crianga lhe dio um “selo” permanente, de acordo com o se- lo ou modelo existente nos céus naquele momento. E esse padrao unico impresso sobre a crianga que os astrologos créem determinar o cardater e, finalmente, © destino de alguém. Para alguns astrélogos, 0 “selo permanente” é a in- fluéncia enviada pelos corpos celestes e absorvida por todos nds no momento que respiramos pela primeira Os Fatos Sobre a Astrologia + 11 vez ao nascer. Alguns astrélogos dizem que esses cor- pos celestes transmitem influéncias que determinam pa- ra sempre mais de 80% da nossa personalidade poten- cial e do nosso destino.* (O dito popular de que “os acontecimentos na terra refletem o que houve no alto” € a expressio antiga desse principio). Para outros astrélogos, o selo celestial nao provém diretamente dos planetas, mas sim de outras influéncias misteriosas que eles interpretam por meio de seus sim- bolos. No entanto, de uma ou de outra forma, durante toda a nossa vida — segundo afirmam os astrélogos — os planetas celestes continuarfo nos influenciando de ma- neiras previsiveis de acordo com nosso padrao original no nascimento. Além do mapa natal, os astrdlogos usam “mapas se- cundarios”. Por exemplo, um mapa terreno examina o destino de cidades, regides ou paises. Um mapa eletivo é tragado para decidir qual ¢ o melhor momento para comecar qualquer atividade. O mapa hordrio é feito pa- ta responder questées dos mais diversos topicos. Por que so importantes esses mapas secundarios? Porque os céus esto em movimento. Os astrologos dizem que, como os planetas mudam suas posigdes no céu constan- temente, é necessario fazer novos mapas para determi- nar a influéncia que podem ter sobre nds em cada mo- mento. Esses mapas secundarios — chamados também horéscopos progressivos ou dirigidos — nos dao infor- mages mais especificas para relaciona-las com 0 nosso mapa natal. Supde-se que essa informagdo nos revele como temos de atuar e 0 que temos de decidir num cer- to momento. 12_* John Ankerberg e John Weldon Portanto, um mapa pode ser tragado em qualquer mo- mento particular pelos astrélogos para determinar as in- fluéncias celestiais especificas que podem afetar-nos. Supostamente, a informagéo que se recebe dara ajuda ao consultante para tomar decisdes em aspectos de sua vida, tais como o amor e outras relagdes — familia, fi- nangas, trabalho, etc. Quer os astros ou seus simbolismos mdagicos real- mente nos influenciem ou nao, uma coisa deveria estar clara. Uma vez que aceitamos as premissas da astrolo- gia, isso ja nado importa. A astrologia realmente exerce uma influéncia poderosa, porém isso se deve a fé da pessoa na propria astrologia e nao a influéncia dos as- tros. Por exemplo, o poder que se da ao astrdlogo para interpretar com exatiddo o pretenso padrao celestial ou sua influéncia sobre nds é uma submisso dramatica da diregdo de nossas vidas. Para muitas pessoas nao ¢ pos- sivel tomar nenhuma decisdo importante sem consultar antes um astrdlogo. Também, tendo em vista que a as- trologia alega revelar o futuro, ela sempre teré poder, pois nao se pode subestimar o desejo de muitas pessoas conhecerem o futuro. Os astrélogos afirmam ser capazes de predizer tanto as influéncias celestiais sobre nossa vida no momento presente como no futuro. Essas duas poderosas motiva- gdes — decisdes sobre o presente e informagio sobre o futuro — que levam os homens 4 astrologia, também sdo tratadas pelas Escrituras. Deus nos da orientagao para tomar decisdes responsdveis no momento presente. Ele também promete ajudar-nos no futuro (Salmo 46.1; 48.14; 73.24; Mateus 6.25-34; 28.20; Filipenses 4.1-20; Os Fatos Sobre a Astrologia * 13 Hebreus 13.5). Se uma pessoa deve decidir entre ouvir um Conselheiro onisciente e infalivel, ou um ser huma- no falivel, seria ldgico escolher o ultimo? Se alguém pode ir a uma fonte de amor e confianga, por que ir a um conselheiro questionavel ¢ néo comprovado? Deus tem um historico de confianga; nado é assim com a as- trologia, como logo veremos. 3. Que termos e conceitos basicos necessitamos conhecer para entender a astrologia? Por que a astrologia freqiientemente confunde tanto as pessoas? Isso se deve 4 sua complexidade e a muitas palavras pouco familiares usadas pelos astrdlogos.’ Mostraremos alguns conceitos ¢ definigdes basicas para entender a astrologia. O zodiaco é um “cinturao” imaginario do céu, que contém os doze signos ou constelagées astroldgicas, com base nos quais os antigos imaginaram figuras hu- manas ou animais (0 zodiaco e as constelag6es sao fi- guras geométricas imaginarias). Os signos s&o os “signos do zodiaco”, também co- nhecidos como “signos do Sol”. Todos nasceram sob al- gum desses doze signos ou constelacgGes (Peixes, Touro, Gémeos, cte.). As casas sao as doze segdes do zodiaco, que em seu conjunto simbolizam todos os aspectos da vida. Os pla- netas se movem através das casas; portanto, quando um 14 + John Ankerberg e John Weldon planeta entra na esfera de uma casa, a mesma fica sob sua respectiva influéncia. O astrologo traga todos esses fatores e outros mais em um mapa. Esse mapa se chama horéscopo. O horéscopo é um “mapa” do céu no momento do nascimento da pessoa ou em qualquer hora especifica posterior. Sobre esse mapa, 0 astrologo situa a posigdo dos “planetas”, dos “‘signos” e das “casas” para um deter- minado momento. Desse modo, o mapa é interpretado de acordo com numerosas e complexas regras, muitas das quais variam grandemente de um astrdlogo para outro. Para entender as idéias basicas que estamos explican- do, pode ser de grande ajuda tragarmos um quadro mental. Mas, antes devemos entender que o “mundo” da astrologia se baseia numa concepgao antiga do Uni- verso e nao nos conceitos cientificos da atualidade. Os antigos construiram sua visio do Universo com base unicamente em como pareciam as coisas. Assim é que, olhando o céu 4 noite, a impressio era de que os astros e os planetas moviam-se sobre a superficie interna de um grande globo oco, uma esfera celestial. O Sol, a Lua e os planetas davam a impressio de que giravam ao re- dor da Terra, etc. Imaginemos agora uma grande bola de cristal rodea- da por um fino cinturdo branco. De acordo com a astro- logia, a bola de cristal é a esfera celeste. A faixa branca que circunda a bola de cristal ¢ 0 zodiaco. Dividimos essa faixa branca em doze segées, damos um nome pa- ra cada uma delas, usamos nomes de animais e homens que sejam simbolos para denominar as constelagées Os Fatos Sobre a Astrologia + 15 imagindrias, conhecidas como Aries (0 macho da ca- bra), Virgem, Ledo, Gémeos, etc. Estes simbolos de ani- mais e homens séo chamados de “signos do zodiaco” u “signos do Sol”. E isso que querem dizer as pessoas quando declaram: “Eu sou de Libra”, ou: “Meu signo é Peixes”, etc. Se fosse possivel olhar para dentro da bola de cristal e observar um pequena bola de gude verde em seu inte- rior, isso seria um simbolo da Terra. E se dividirmos to- do 0 espago dentro da bola de cristal em doze segées, as mesmas representariam 0 que os astrologos chamam de “casas”. Essas segdes comegariam em algum ponto no meio da bola de cristal (ou seja, no centro verde, a Ter- ra) e se estenderiam até o zodiaco (ou seja, até o cintu- rao branco que a envolve). Porém, essas doze segGes (as casas) estao espagadas em forma diferente das doze ca- sas do zodiaco (signos) dentro da faixa branca. Dentro da bola de cristal, os astrdlogos colocam o Sol, a Lua e oito planetas. Quando esses planetas se movem, eles 0 fazem através das doze regides da faixa branca, ou seja, do zodiaco, e cada um entra e passa através das doze di- ferentes segdes do espago que se chamam casas. Além disso, os astrélogos créem que cada planeta “governa” ou influi especialmente em diferentes signos do zodiaco. Por exemplo, Mercurio governa ou influen- cia em Gémeos e Virgem, enquanto dizem que Vénus governa ou influencia especialmente em Touro e Libra. Outro termo importante que os astrdlogos usam é “aspecto”. Isso se refere aos angulos entre os planetas, tal como se véem ou se encontram em um horéscopo. 16 + John Ankerberg e John Weldon Alguns dngulos sao interpretados como bons e outros como maus. Por exemplo, dois planetas em Angulo de noventa graus um do outro (chamado “quadrado”) su- postamente exercem ma influéncia. Mas dois planetas colocados a cento e vinte graus um do outro (chama-se um “triangulo”), supostamente exercem 6tima influén- cia. Porém o assunto é mais complicado que isso. Os astrélogos também consideram que os proprios planetas sdo “bons” ou “maus”. Essas palavras (“bom” e “mau”) se referem a Angulos ou planetas como tém sido defini- dos pelos astrélogos. Porém, por que esses planetas ¢ Angulos sao definidos com alguma logica como bons ou maus? Os proprios astrologos nao o sabem; simples- mente aceitam essa classificagéo e a mantém como sua tradigao astrolégica, a qual vai passando através dos sé- culos. Para serem justos, alguns astrélogos diriam que essas definigdes sdo o resultado de milhares de anos de observag4o da experiéncia humana. Mas ocorre que nao existe um registro exato de 4.000 anos da experiéncia humana. E, se assim fosse, por que ha tantas teorias as- trolégicas em conflito? Para comprovar o grau de subjetividade da interpreta- ¢do astroldgica, pergunte a qualquer astrdlogo como ele sabe que as diferentes casas representam coisas diferen- tes. Por exemplo, como sabe que a primeira casa repre- senta a personalidade, a segunda o dinheiro, a terceira a comunicagao, a oitava a morte, a décima a ocupagio, etc.? Os astrélogos tem dado nomes de muitos aspectos diferentes da vida a cada uma das diferentes casas. A questo é: “sobre que base légica isso tem sido feito?” Uma vez mais, declaram que sua informagao provém de quatro mil anos de observag4o humana. Porém, tal ob- 's Fatos Sobre a Astrologia » 17 servacdo nunca ocorreu e, se tivesse acontecido, os as- trdlogos teriam de concordar uns com os outros em suas interpretagdes. Os astrdlogos também podem dizer que esses significados derivam da numerologia — dos signi- ficados alegadamente inerentes aos niimeros, que te- riam sido relacionados com a teoria astrolégica. Mas se esses significados provém da numerologia, seguimos sem uma explicagao légica por que esse sistema haveria de ser verdadeiro ou valido. Além disso, para mostrar a extensdo do desacordo, os astrélogos nem sequer divi- dem as casas da mesma maneira. Isso significa que aquilo que para um astrdlogo é uma casa, pode ser dife- rente para outro, e assim se pode dar prognosticos intei- ramente diferentes.” Ao mesmo tempo, uma vez determinado quando um planeta cruza ou “‘transita” por um ponto especifico do mapa do horéscopo, o astrélogo sente que pode aconse- thar um cliente sobre o momento “favoravel”, “desfavo- ravel”, ou digno de precaugao quanto a determinada ati- vidade. De modo que, assim como ha bons e maus pla- netas e dngulos, ha bons e maus dias para comegar certas atividades. Foi por isso que Hitler planejou sua estratégia bélica pelos astros, e também alguns presi- dentes americanos tém buscado a orientagdo dos astros para planejar suas atividades. 4. Que grau de influéncia a astrologia tem hoje? Os astrdlogos West e Toonder créem que a astrologia hoje em dia “goza de uma popularidade inigualavel 18 ¢ John Ankerberg e John Weldon desde a decadéncia de Roma”. Lawrence E. Jerome, escritor cientifico e engenheiro, faz a surpreendente afirmagao de que pelo menos um bilhdo de pessoas em todo o mundo “cré na astrologia ¢ a segue de alguma 29 maneira”’. Bernard Gittelson, investigador da conduta humana da Nova Era — e anteriormente consultor de relagdes pu- blicas do governo alem&o, do Mercado Comum Euro- peu, do Departamento de Comércio dos EUA e de ou- tros clientes dessa categoria — calcula que a circulagao de periddicos e revistas com colunas astroldgicas na América, Europa e Japao totaliza mais de 700 milhées de exemplares.'° Nos Estados Unidos, o interesse pela astrologia tem oscilado, porém continua sendo alto. Por exemplo, em 1969, a revista Newsweek estimou que havia dez mi- lhdes de seguidores da astrologia e um numero maior ainda de curiosos. Em 1975, uma pesquisa feita pe- Jo Instituto Gallup indicou que mais de trinta e dois milhdes de norte-americanos acreditavam que “os as- tros influenciam a vida das pessoas”, e que muitos deles consultavam seu hordscopo diaria ou semanal- mente.'' Nao sé isso, pois o nimero de astrélogos de tempo integral foi estimado em dez mil e o de as- trologos de tempo parcial em 175 mil.”? Dez anos de- pois, em 1984, o Instituto Gallup revelou que uma pesquisa feita entre adolescentes de treze a dezoito anos mostrava que 55% deles criam na astrologia. Em 1978, esse nimero era de 40%. Em 1988, outra pes- quisa do Gallup dizia que 10% dos evangélicos criam na astrologia." Os Fatos Sobre a Astrologia + 19 Atualmente, no Ocidente, a astrologia é um tema tra- tado por mais de cem revistas e assunto para milhdes de livros impressos. Desde 1960, a produgdo anual de no- vos titulos dobrou em relagao aos ultimos dez anos.* Os astrdlogos declaram que “nao existe aspecto da experiéncia humana que nao possa ser aplicado na as- trologia”.'’ Muitas praticas ocultistas, como a numero- logia e as cartas de tar6, ttm conexdes logicas com a astrologia; muitas religises mundiais e seitas - como o hinduismo e a teosofia — tém seus proprios tipos de as- trologia; e os astrélogos tém tentado inclusive integra- la a diversas ciéncias, como a medicina e a psicologia."* Uma prova dessa pretensdo dos astrologos, de que nao ha area da experiéncia humana na qual a astrologia nao possa ser aplicada, pode ser percebida indo a uma li- vraria. Por exemplo, um mostruario de titulos sobre a astrologia indica esse potencial de infiltragéo em diver- sos campos: “Horéscopo Astrologico do seu Cachor- ro”, “O Primeiro Horéscopo do seu Bebé”, “O Livro de Horéscopo do Adolescente”, “O Livro de Hordéscopo do Gato”, “Pluto: Planeta de Magia e Poder”, “Astro- logia Chinesa”, “Cozinhando com a Astrologia”, “Ho- réscopo para a Dieta e Satide”, “Predigéo de Terremo- tos através dos Astros”, “Astrologia Médica”, “Guia Astrolégico de Aconselhamento”, “Encontre seu Cén- juge pelo Horéscopo”, “Astrologia e Bioquimica”, “Te- mas Astrologicos para a Meditagao”, “Uma Introdugao a Politica Astrolégica”, “Numerologia dos Astros”, “Previsdes do Mercado de Valores”, “A Homossexuali- dade no Horéscopo”, “A Astrologia do I Ching”, “O Sexo e os Planetas Exteriores”, “Da Astrologia Huma- nistica 4 Transpessoal”, “Astrologia Financeira”, “As- 20 + John Ankerberg e John Weldon trologia e Vidas Passadas”, “Astrologia: a Chave para a Cura Holistica”, “Astrologia Asteca”, “Astrologia e Psicologia”, “Astrologia Feminina”, “Astrologia Esoté- rica”, “Astrologia Hindu”, “Astrologia e as Palestras de Edgar Cayce”, “Astrologia, Alquimia e o Tard”, “A As- trologia da Teosofia’”, “Astrologia na Biblia”, “Um Guia da Astrologia Cabalistica”, etc. O investigador cientifico Geoffrey Dean estima que ha, no mundo ocidental, tantos astrélogos como psicé- logos.'’ Mais de 80% dos jornais norte-americanos pu- blicam uma coluna astrologica. A astrologia pode-se gabar de uma impressionante lista de adeptos de destaque. Entre eles, podemos men- cionar 0 principe Andrew da Inglaterra e sua ex-esposa Fergie, a [falecida] princesa Diana; os astros do cinema Robert Wagner, Angie Dickinson, Lauren Bacall, Gol- die Hawn, Olivia Newton-John, Debbie Reynolds, Joan Collins, Liza Minelli, Jane e Peter Fonda’ [e artistas brasileiros como Caetano Veloso, Gal Costa, Simone, Daniela Mercury] e muitos outros. Hoje a astrologia esta sendo oferecida como maté- ria em algumas escolas superiores e campi universita- rios.? Algumas corporagdes usam orientagao astrold- gica para as principais decisdes de modo que se cal- cula que a astrologia é uma verdadeira industria que gera de 200 milhdes a 1 bilhao de dolares por ano.” De fato, a agéncia de noticias CNN informa que os astrélogos asseguram que 300 das 500 empresas da lis- ta da revista Fortune usam a ajuda de astrdlogos de uma ou de outra maneira.” Os Fatos Sobre a Astrologia + 21 5. Por que a astrologia é tao popular? A astrologia é popular porque afirma dispor de infor- magao importante de coisas que as pessoas querem sa- ber. Ela alega informar para dar protegao, trazer éxito, oferecer orientagdo, predizer o futuro e ajudar as pes- soas a se entenderem. A astrologia oferece as pessoas a idéia de que podem “controlar” seu proprio destino e lhes da uma justifica- gao ~ ja preparada de antem4o — para casos de fracasso ou pecado. A astrologia oferece a falsa esperanga de que, por meio do “conhecimento” dos astros, a pessoa pode manipular os outros ou os acontecimentos para seu proprio bem-estar ou seus desejos egoistas. Ela se especializa em responder quase todas as perguntas que os homens fazem sobre o futuro. De fato, ela afirma oferecer o poder téo buscado sobre a vida e a morte, 0 amor, © sexo e as relagdes, o dinheiro e as finangas, a satide pessoal e a felicidade, etc. Sobretudo, a astrologia vende esperanga — algo que ho- je todas as pessoas buscam desesperadamente! Em toda época de crise social, as massas humanas tém se voltado para o ocultismo e para a superstigao a fim de encontrar alivio e consolo. A época atual nao é uma excegao. Concluindo, a astrologia ¢ popular porque oferece es- peranga por meio do conhecimento da manipulagao da influéncia dos planetas e dos astros. Com esse “conhe- cimento secreto”, as pessoas créem ter mais controle de si mesmas, assim como sobre as circunstancias presen- tes e futuras. 22_¢ John Ankerberg e John Weldon 6. Os horéscopos dos jornais podem ser perigosos? A primeira coluna do horéscopo apareceu no jornal London Sunday Express em 1930.” Nos cingiienta anos seguintes foram se incorporando até chegar a 80% dos jornais, ou seja, de 1.250 a 1.500 nos Estados Unidos. A maioria dos astrélogos profissionais se queixa que essas colunas estao “super simplificadas”, para dizé-lo suavemente, ou que sao “pura bobagem”, em palavras mais duras.” Isso é certo, mesmo quando se trata de as- trdlogos profissionais que escrevem freqiientemente es- sas colunas e quando organizagées astroldgicas dao se- minarios sobre como escrevé-las.* Muitos editores desprezam a astrologia e parecem crer que os hordéscopos so somente entretenimento pa- ra seus leitores.* Mas sao corretas estas conclusdes? Seria verdade que os jornais de hoje est&o sendo social- mente irresponsaveis, de acordo com as razdes que mencionamos a seguir? 1) Os hordéscopos dos jornais parecem ter ao menos certo grau de responsabilidade pelo despertamento do interesse moderno pela astrologia.”* A lei das probabili- dades nos diz que certa quantidade de “predigdes” ge- rais que aparecem nos jornais estao feitas de tal forma que realmente se cumprem ou sao interpretadas, por parte dos leitores, como um cumprimento futuro. Nao se pode saber quantas pessoas tém se voltado para a as- trologia depois de lerem os horéscopos por meses e anos. Em uma enciclopédia ocultista se 1é: “A predigao diaria e os artigos em série nas revistas tém persuadido Os Fatos Sobre a Astrologia + 23 incontaveis milhares de pessoas de que os ‘astros’ po- dem chegar a influenciar os destinos humanos...”” 2) A astrologia tem-se demonstrado tanto falsa como perigosa.* Obviamente, fomentar algo enganoso, irra- cional e supersticioso nao pode contribuir para o bem da sociedade. 3) A astrologia, segundo se tem comprovado, é uma arte ocultista. Devido as suas muitas conexdes com ou- tras formas de ocultismo — como a bruxaria € 0 espiri- tismo — a astrologia é uma introdugdo em potencial a uma pratica mais ampla de atividade ocultista. Os jor- nais nao pensam em publicar colunas dando instrugdes sobre bruxaria ou espiritismo, mas nao hesitam em co- locar “conselhos” astrolégicos. Concluindo, a astrologia conduz ao envolvimento com o ocultismo, e tem sido demonstrado que isso é perigoso”, sendo que para todos os cristaos trata-se de algo condenado por Deus (Deute- ronémio 18.9-12; Isaias 47.13; 1 Corintios 10.20). Por essas e outras razdes deve-se considerar que ¢ uma falta de responsabilidade os jornais continuarem publicando colunas astroldgicas. Segunda Parte A Astrologia e o Ocultismo 7. A astrologia esta relacionada com 0 ocultismo? Geralmente podemos definir 0 ocultismo como o propdsito de alcangar poder ou conhecimento sobrena- tural. Os cristéos créem que este conhecimento e pode- res ocultos provém de seres espirituais que a Biblia chama de “deménios”.’ A astrologia esta relacionada com 0 ocultismo de quatro maneiras principais. Em primeiro lugar, a propria astrologia é definida como ar- te ocultista no dicionario Webster. Como tal, ela em- prega praticas ocultas como a adivinhagdo. Esta pode 26 * John Ankerberg e John Weldon ser definida como “a arte de obter conhecimento secre- to ou ilegitimo do futuro em desacordo com a santida- de de Deus” e que implica contato com os maus espiri- tos.*' Em segundo lugar, a astrologia se apresenta como algo que funciona melhor quando o proprio astrélogo é psiquicamente sensitivo, 0 que muitos astrdlogos cha- mariam de “intuitivo”. Em terceiro lugar, 0 uso prolon- gado da astrologia leva freqiientemente a um desenvol- vimento das habilidades ocultistas.* Em quarto lugar, gragas a sua histéria e propria natureza, a astrologia freqiientemente torna-se um caminho introdutorio para um espectro mais amplo de praticas ocultas. Tudo isso aponta para o fato de que a propria pratica da astrolo- gia é uma arte ocultista basica e que aqueles que a pra- ticam, no caso os astrdlogos, abrem para si mesmos a possibilidade de se envolverem em outras praticas de ocultismo. Apesar disso, a astrologia moderna deseja ser vista como algo cientifico. Em conseqiiéncia, dizem que é um sistema de crengas, que nada tem com o ocultismo € que o proprio astrologo nao necessita ter poderes psi- quicos, embora possa ser “intuitivo”. Um exemplo dis- so 6 o famoso astrdlogo Carroll Righter que “esta intei- ramente convicto de que a astrologia nao deve ser con- siderada [parte do] ocultismo”®. Por suas praticas astroldgicas, “ele chama a si mesmo de cientista...”* Outro influente astrélogo, Charles E. O. Carter, declara que “a astrologia nao implica nenhuma forma de psi- quismo...”,** mostrando com isso sua avers4o ao ocul- tismo. A astrdloga praticante Colette Michaan afirma que “a astrologia é magica somente no sentido de que percepgao é magica.”* Os Fatos Sobre a Astrologia + 27 Estas citagdes nos lembram dos pronunciamentos dos parapsicdlogos que, da mesma maneira, declaram que, ao estudar os fenémenos psiquicos ¢ meditinicos, est&o in- vestigando apenas poderes humanos “naturais” ¢ “nor- mais” — nada oculto, sobrenatural ou espiritista. Porém essas alegagdes sao falsas, quer sejam de parapsicologos ou astrélogos. O escritor John Weldon tem demonstrado que os parapsicdlogos abrem-se involuntariamente aos poderes demoniacos sob 0 pretexto de capacidades huma- nas latentes.” Se os astrologos desejam ser vistos como cientificos, 6 natural esperar que nao admitam a natureza ocultista de sua pratica. Pelo contrario, podemos esperar que eles, tal como o fazem os parapsicdlogos, justifiquem a mesma apresentando-a em termos cientificos e psicolé- gicos modernos. Mas[ sera que os astrélogos tém falsea- do a questio? Pode-se documentar que, por natureza, a astrologia faz parte do ocultismo? Enfim, existe alguma conexdo entre os astrologos ¢ as capacidades psiquicas? Desde sua concepgao, a astrologia tem estado ligada ao mundo do paganismo, a magia, ao espiritismo e ao ocultismo e segue assim até hoje. Por exemplo, ao exa- minar duas dezenas de livros “canalizados” (revelagdes dadas por espiritos através da possessao do corpo de al- guém), encontramos a astrologia aprovada ou endossada em quase todos eles. A prova de que os espiritos (deménios) estao clara- mente interessados em “vender” a astrologia pode ser vista nos dois exemplos seguintes.’* O primeiro: os espiritos que se comunicavam através da mistica e ocultista Alice Bailey (fundadora da Lucis 28 ¢ John Ankerberg e John Weldon Trust), a quem ditaram muitos livros, inclusive Esoteric Astrology (Astrologia Esotérica).* O segundo exemplo é o de Edgar Cayce, um médium muito influente. Ao longo de quase toda a sua vida, os espiritos que falaram por seu intermédio defenderam a pratica da astrologia. As 14 mil palestras que Cayce deu em estado de transe so consideradas como o maior corpo de informagdes psiquicas do mundo. Mais de duas mil e quinhentas dessas palestras tratam do que é chamado “leituras da vida”, e “‘quase todas se referem a encarnagdes passadas e a influéncias astrolégicas ou planetarias especificas sobre o presente.’ Quando se perguntou se era bom e adequado estudar a astrologia, os espiritos que falavam por meio de Cayce disseram que era “muito, muito, muito bom.” Os espiritos nao sao a unica conex4o ocultista da as- trologia. Em termos das realidades ocultas, a astrologia e 0 ocultismo estado unidos porque séo fundamental- mente inseparaveis. Ha vinculos historicos entre 0 cres- cimento da astrologia e o aumento da procura pelo ocul- tismo. Também é certo que, onde existe o desenvolvi- mento do ocultismo, também se desenvolve o crescimento paralelo da astrologia. Por exemplo, Helena P. Blavatsky era uma médium poderosa e uma inimiga virulenta do cristianismo. Ela fundou um dos mais in- fluentes movimentos ocultistas da cultura ocidental, co- nhecido como a Sociedade Teosdfica. Os astrdlogos West ¢ Toonder tém assinalado a influéncia da teosofia no atual avivamento da astrologia nos Estados Unidos: “Esse avivamento se deve ao movimento teosdfico que a Sra. Blavatsky fundou. A teosofia inspirou repentina- mente uma renovada e intensa busca da astrologia, pri- Os Fatos Sobre a Astrologia + 29 meiro na Inglaterra e nio muito depois na Alemanha, Franga e América do Norte.”*' (Na verdade, a teosofia e outras duas sociedades ocultistas — a antropossofia de Rudolf Steiner e o rosacrucionismo moderno — foram as tesponsaveis pela renovada paixdo pela astrologia no século XX.) Além disso, percebe-se que a maioria dos ocultistas usam a astrologia, e muitos astrélogos praticam outras ar- tes ocultas. Por exemplo, o astrélogo Daniel Logan admi- te ter-se envolvido com médiuns e espiritas;” 0 astrdlogo Marcus Allen tem um espirito-guia e estuda ioga, zen, bu- dismo tibetano e tradigdes de magia ocidentais, etc. Nao nos surpreende que tanto os astrologos como os ocultistas admitem que a astrologia é um pilar do ocultis- mo. Em seu A Manual of Occultism (Um Manual de Ocultismo), 0 astrlogo “Sepharial” afirma: “A arte astro- logica é considerada como a chave das ciéncias ocultas.”“ Em seu livro My Life in Astrology (Minha Vida na Astrologia), a famosa bruxa Sybil Leek declara: “A as- trologia é a minha ciéncia, a feitigaria a minha reli- gido.."* Ela diz que o hordscopo é “um documento magico.”“* Ela também alega que a astrologia é “uma ferramenta vital” para o uso da magia ¢ ressalta sua co- nexdéo com a numerologia, a frenologia, a quiromancia ea bruxaria.” Outra bruxa, Doreen Valiente, observa em seu li- vro An ABC of Witchcraft Past and Present (Um ABC da Feitigaria do Passado e do Presente): “A astrolo- gia... é outro dos fundamentos da magia. E estudada 30_* John Ankerberg e John Weldon tanto pelos bruxos como pelos feiticeiros.”** Por exem- plo, “quando uma bruxa quer selecionar uma erva pa- ra usd-la com um propdsito magico, deve usar uma dessas regéncias astrolégicas [lembre que os planetas regem os signos] para saber se tal erva é a correta para o seu objetivo... a Lua rege as coisas psiquicas e uma erva governada por ela ¢ usada para fazer uma infusdo ou cha que muitos acreditam que ajuda a cla- tividéncia.”” Alguns astrélogos admitem que a astrologia é uma pratica ocultista. Por exemplo, 0 campo da astrologia “humanistica” e “transpessoal” combina a astrologia com a filosofia oriental, 0 ocultismo com a psicologia de Jung. O teosofista Dane Rudhyar é o lider nesse campo. Em seu livro The Practice of Astrology (A Pra- tica da Astrologia), ele diz que “o astrélogo tem autori- dade como alguém que atua com entendimento e efica- cia com 0 ocultismo”, e em seguida declara que “a as- trologia € o limiar para o conhecimento [do ocultismo].”* O diretor da Sociedade Nacional Astrologica de No- va Iorque, Henry Weingarten, autor de uma série de vo- lumes sobre esse tema, chegou 4 conclusdo de que a as- trologia esta relacionada com a quiromancia, a numero- logia e as cartas de tar6. Ele também admite que quase todos os ocultistas usam o tempo astroldgico (ou seja, o melhor tempo indicado pela astrologia) em seu traba- tho.”s' E ento ele acrescenta: “A maior parte dos astré- logos nao é ocultista.” Quando Weingarten declara que a maioria dos astrologos nao é ocultista, ele revela seu “tropego” filosdfico. Os Fatos Sobre a Astrologia + 31 No somente muitos astrdlogos e quase todos os ocul- tistas admitem que a astrologia faz parte do ocultismo, pois o mesmo é dito também por eruditos objetivos que estudaram o assunto. Richard Cavendish foi o principal editor dos vinte e quatro volumes da enciclopédia Man, Myth and Magic (Homem, Mito e Magia), como também da Encyclopedia of the Unexplained: Magic, Occultism and Parapsychology (Enciclopédia do Inexplicavel: Ma- gia, Ocultismo e Parapsicologia). Ele estudou na Univer- sidade de Oxford e é considerado a principal autoridade na historia da magia e do ocultismo. Em seu livro The Black Arts (A Magia Negra), ele observa: “A astrologia é essencialmente uma arte magica... As consideragées as- trolégicas sempre tém sido de extrema importancia para a magia... Alguns textos de magia classificam os ‘espiri- tos’ ...em termos de suas relagées planetarias.”* Em seu estudo completo sobre o ocultismo inglés nos séculos dezesseis e dezessete, Religion and the Decline of Magic (A Religido e a Decadéncia da Magia), 0 his- toriador Keith Thomas, graduado em Oxford, documen- ta os fortes vinculos intelectuais e praticos entre a ma- gia, a adivinhagdo, a astrologia e a bruxaria.® Ele mos- tra que boa parte do ocultismo esta de fato fundamentada em uma concepgao astrologica. Também documenta que alguns astrologos medievais alegavam obter seu conhecimento astrologico do mundo dos espi- titos. Por exemplo, ele menciona um espirito chamado “Bifrons”, que fazia com que os homens fossem “sur- preendentemente habeis” em assuntos da astrologia.** Em Astrology Disproved (A Astrologia Desacredita- da) o engenheiro e escritor cientifico Lawrence Jerome 32_* John Ankerberg e John Weldon conclui que de todas as “ciéncias” ocultas, a astrologia é a que mais parece cientifica, porém, na verdade, “nada mais é que um sistema de magia para controlar os ou- tros.”* Ele declara: “A astrologia, portanto, tem tido um papel de destaque em todas as ‘ciéncias’ magicas: alqui- mia, magia negra, exorcismo, necromancia e também em praticas mais simples, como 0 uso de talismas.”* O promotor e filésofo Dr. John Warwick Montgo- mery afirma que a astrologia “acha-se em quase todo lugar onde se encontra 0 ocultismo.”*” Outros eruditos créem que para certas pessoas a as- trologia providencia uma conexdo légica para a conver- sdo a pratica ocultista do satanismo. O socidlogo Ed- ward J. Moody, em Magical Therapy: An Anthropologi- cal Investigation of Contemporary Satanism (Terapia Magica: Uma Investigagao Antropologica do Satanis- mo Contempordneo), explica que existe certa necessi- dade psicolégica de controle e poder por parte de mui- tos que (devido a sua disposig&o) ele classifica como “pré-satanistas”. Ele mostra como essa necessidade en- contra naturalmente sua primeira forma de expressao na astrologia. Assim progride logicamente para o satanis- mo, que providencia “um meio mais poderoso de con- trole” do destino de uma pessoa. Todos devem tomar nota da impressionante conclusiéo de Moody de que “aqueles que eventualmente chegam a ser satanistas co- megaram com a astrologia...”** Em resumo, se os astrologos dizem que sua pratica nao tem relagao com o ocultismo, ou estéo mal-infor- mados ou estao mentindo. Os Fatos Sobre a Astrologia * 33 8. Existem astrdlogos que declaram usar habilidades psiquicas? A intengao de manter uma imagem cientifica e evitar a imagem ocultista da sua pratica, requer que a maioria dos astrdlogos modernos enfatize a natureza “objetiva” da interpretagéo do seu mapa ou horéscopo. Por exem- plo, os astrdlogos gostam de dizer ao publico que a in- formagao astrologica é tio objetiva que eles podem conferi-la em manuais de interpretagdo astrologica pa- dronizados (por exemplo, o que significa Plutao na séti- ma casa). Isto parece bom, mas dificilmente torna a in- terpretagdo astrologica objetiva. A astrologia é qualquer coisa menos a observagdo dos fatos para fazer interpretag6es confidveis. E ébvia a existéncia de um grande numero de afirmagGes sub- jetivas e “intuitivas” por parte de cada astrdlogo quan- do explica um horéscopo a alguém. Muitos astrologos — que pouco se preocupam em mostrar uma imagem cientifica — admitem que a pratica astrologica com fre- qiiéncia utiliza ou requer uma sensibilidade psiquica. (The Oxford American Dictionary (O Dicionario Ame- ricano Oxford) de 1982 define psiquico como o que es- ta “relacionado com os processos que parecem estar fo- ta das leis fisicas ou naturais, tendo ou envolvendo per- cepg4o extra-sensorial ou poderes ocultos.”) Isso nao deveria surpreender ninguém. Afinal, a astrologia é de- finida — até mesmo pelo dicionério Webster — como uma arte oculta. E também um fato comprovado em pesquisas, que a pratica e envolvimento ocultista conti- nuos tendem a desenvolver capacidades psiquicas nu- ma pessoa.” 34 + John Ankerberg e John Weldon Justamente nesse ponto, alguns astrélogos fazem um jogo de palavras. Eles dizem que estdo simplesmente desenvolvendo e usando os poderes “intuitivos” latentes em cada um. Os astrélogos tém usado o mito moderno promovido pelos parapsicélogos (os que tém estudado “cientificamente” os fendmenos ocultos) de que toda pessoa tem um potencial psiquico. Como resultado, eles podem alegar que nao esto envolvidos em nada sobre- natural ou “psiquico”. Porém, quando pressionados, os astrologos que contatamos admitiram que “intuitivo” e “psiquico” so a mesma coisa para eles. Esses astrdlo- gos preferem a palavra “intuitivo” porque, para muitas pessoas, “psiquico” tem demasiadas conotagées ocultis- tas negativas, enquanto que “intuitivo” ¢ mais neutro, positivo e universal para os ouvidos de muitos. Desse modo, exatamente como muitas vezes os velhos termos negativos de mediunidade e espiritismo sao substituidos pelo termo nova-erense moderno “canalizagao”, o anti- go termo ocultista “psiquico” é trocado pela nova pala- vra “intuitivo”. O pesquisador psiquico Bernard Gittle- son, por exemplo, falou com “dezenas de astrdlogos” e observou que “embora muitos adeptos (especialistas) sentem-se psiguicos em certa medida, a maioria fala de seus sentidos intuitivos sem qualificar-se necessaria- mente como psiquicos.” (énfase acrescentada). A pergunta a responder é: “Todos os astrdlogos sio psiquicos?” Na verdade, ainda que todos os astrologos pratiquem uma arte ocultista, isso ndo significa que to- do astrdlogo seja necessariamente psiquico. B de conhe- cimento comum que ha “livros de receitas” padroniza- dos de métodos de interpretagdo de mapas astrologicos que qualquer um pode comprar. Porém, existem alguns Fatos Sobre a Astrologia * 35 astrologos que declaram abertamente que sao “astrdlo- gos psiquicos” e um deles chegou a dizer que todo as- trologo genuino deveria ser psiquico por definigao. Apesar de parecer que alguns astrologos nunca chegam a ser psiquicos, outros podem levar anos para sé-lo. Cremos, entretanto, que isso ocorre com a vasta maio- ria. Um ex-astrdlogo cré que todos os verdadeiros astré- logos, devido as suas habilidades, cedo ou tarde sao ex- postos a inspiragdes espiritas, quer tenham ou nao cons- ciéncia de serem psiquicos." Por exemplo, ao interpretar um mapa, os astrologos podem sentir “impresses” leves a fortes; eles podem notar que estdo sendo “levados” a certos dados, ou en- contrar-se dizendo algo inesperadamente. A informa- cao obtida dessa maneira mostra ser de enorme impor- tancia para o cliente e pode envolver revelagées sobre ele de que o astrologo possivelmente nao tinha conhe- cimento. O fato é que muitos espiritas sao guiados por seus espiritos-guias de maneira semelhante. O médico Robert Leichtman afirma sobre os seus espiritos-guias: “O que eles faziam era dar-me muitas idéias. E claro que pensei que, de repente, minha mente tinha se tor- nado brilhante. Ela ja era notavel antes, mas agora é absolutamente brilhante. Passei a ter todo tipo de idéias de tempos em tempos e, é claro, os fantasmas [espiri- tos] me disseram que me guiavam (se bem que no prin- cipio eu nao acreditava).” Nao nos surpreende muito que varios astrdlogos te- nham buscado seu proprio desenvolvimento psiquico, ja que a filosofia astrolégica os encoraja a isso. Por exemplo, “aos de Peixes (é dito que sao) altamente in- 36_* John Ankerberg e John Weldon tuitivos e podem desenvolver capacidades psiquicas e meditinicas.”* A astrologia ensina que quando “Peixes esta em ascensio e Aquario governa a duodécima ca- sa”, isso pode significar um alto grau de potencial psi- quico.“ Qualquer numero de combinagées distintas de interpretagdes astroldgicas pode animar um astrdlogo ou o seu cliente em diregao a um desenvolvimento psi- quico. O famoso astrélogo Sidney Omar disse que “quando Urano esta na quinta casa” tem de encontrar recursos para suas “necessidades de expresso” e que estas eram “magia, ocultismo, ...quiromancia, numero- logia, fenémenos psiquicos.”* Alguns astrologos asso- ciam os planetas Urano, Netuno e Plutdo com o desen- volvimento do potencial psiquico.* Além disso, diz-se ao publico que se a Lua, Merctrio ou Vénus estado na duodécima casa, se a Lua esta em Sagitario ou Aqua- rio, se Marte e Jupiter estéo em CAncer, ou se existe uma conjungao de Jupiter e Saturno em Touro, tudo is- so pode indicar um potencial mistico, psiquico ou in- tuitivo.’” E estas so somente algumas das possiveis combina¢ées que podem indicar tal coisa. Tanto as autoridades em ocultismo como os préprios astrélogos reconhecem que freqiientemente a astrologia depende da capacidade psiquica. Em The Occult: A History (O Ocultismo: uma Histéria), Colin Wilson ob- serva que a astrologia, tal como a quiromancia “...de- pende de uma aptidio quase meditinica’’* A enciclopé- dia ocultista Man, Myth and Magic (Homem, Mito e Magia) se refere aos astrdlogos como aqueles que se so- bressaem na interpretagéo dos hordscopos por terem “poderes intuitivos altamente desenvolvidos.”® O astré- logo humanista Michael Shallis cré que 0 conhecimento Os Fatos Sobre a Astrologia * 37 astrolégico chega por meio da intuicao.” O astrdlogo Julien Armistead disse: “No creio que se possa ler um mapa astrolégico sem ser intuitivo””" O astrdlogo Charles Jaynes declara que “nado cré que um astrélogo nao-intuitivo trabalhe bem, porque ndo pode” (énfase acrescentada). Mas os astrélogos Jane Gosselin e Julien Armistead admitem candidamente que usam capacida- des psiquicas para interpretar os mapas.” O Dr. Ralph Metzger, um famoso investigador da consciéncia por meio das drogas e do ocultismo, observa em seu livro Maps of Consciousness (Mapas da Consciéncia), como podem atuar os processos psiquicos do astrdlogo: “...tragar um horéscopo astrologico 6, em certa forma, uma estrutura para a percepgao intuitiva. Conhego um astrologo vidente que simplesmente olha um diagrama de horéscopo real para comegar a “ver” a vida interior, as formas do pensamento e os padrées emocionais de seu cliente, quase como se estivesse olhando em uma bola de cristal.” Deve-se frisar que alguns astrdlogos revelam a fonte de sua intuicdo e de sua capacidade psiquica. Por exem- plo, 0 astrédlogo Marcos Allen, que escreveu Astrology for the New Age: an Intuitive Approach (Astrologia pa- ra a Nova Era: uma Abordagem Intuitiva), agradece em seu livro: “ao meu espirito-guia por sua percepgao, cla- reza e presenga.””* Assim, 0 que temos visto até aqui é que, apesar das muitas alegagdes de que se trata de algo cientifico, os astrologos freqiientemente admitem que sua pratica en- volve habilidades psiquicas e, até, que tém espiritos- guias. E claro que nem todos os astrdlogos vao admitir 38_* John Ankerberg e John Weldon ter um espirito-guia. Mas nao é¢ interessante que aqueles que nao admitem ter espirito-guia tenham os mesmos poderes que os que o admitem? TeERCEIRA PARTE Astrologia Versus Feé Crista 9. O que pensam os astrélogos sobre Deus? Se um astrélogo declara ser cristdo, freqiienta a igreja e 1é a Biblia, e diz que a sua pratica da astrologia 6 com- pativel com sua fé cristé, vocé acreditaria nele? Existe algum conflito entre a fé cristi e a astrologia? O que vo- cé diria aos cristéos que créem nao haver nada de mal em consultar o horédscopo diariamente? Lendo o que di- 40 + John Ankerberg e John Weldon zem os astrologos praticantes ou perguntando-lhes a respeito do que créem sobre Deus, a maioria dird: para eles a idéia do panteismo (que tudo é Deus; Deus é tu- do) define sua crenga sobre Deus. Outros dizem que nao se opdem a crer em Deus da maneira que cada um queira crer. O que é evidente é que quase 100% dos as- trologos nado chegam ao conceito de Deus através da lei- tura dos fatos da Biblia. Os astrélogos que formaram sua concep¢g4o de Deus a partir de dados que nao sejam os da Biblia, obviamen- te, terfio um Deus diferente do da Biblia. Eles estarfo mais de acordo com o conceito comum que ensina “a paternidade de Deus e a fraternidade dos homens”. Quer vocé seja ateu, hinduista, budista, islamita ou te- nha qualquer outra idéia de Deus, isso nao os incomoda em nada. Desde que alguém aceite a astrologia, nao lhes importa 0 que creia sobre Deus. Essa é a nogdo de Deus que eles aceitam. Entretanto, os astrélogos se opdem a crer em um Deus que define certas agdes ou atos como errados — como pecaminosos — e obviamente os astrélo- gos se opdem a quem cré em um Deus que condena a pratica da astrologia. E, finalmente, como a maioria das pessoas do mundo, eles nao aceitam as afirmagées de nosso Senhor Jesus Cristo, que disse: “...ninguém vem ao Pai senao por mim” (Joao 14.6). Ou seja, eles nao créem que Jesus é 0 Salvador do mundo, que perdoa nossos pecados por meio de Sua morte na cruz e de nossa fé nEle (Joao 3.16; 5.24; 6.47). Muitos astrologos definem Deus de tal maneira que sua fé se confunde facilmente com um conceito ocul- tista do mundo. Por exemplo, a maioria vé Deus co- Os Fatos Sobre a Astrologia + 41 mo um poder divino e em certo sentido toda a vida e a natureza sao vistos como divinos.” Por isso, a astro- loga e bruxa Sybil Leek escreve: “Deus esta em tudo”, incluindo a natureza. Ela ndo vé conflito em usar a as- trologia como um meio principal para praticar a bru- xaria.” Outro astrologo diz que a astrologia é uma “afirmacéo da ordem divina no Universo”, que nos permite “alinhar-nos com as energias da natureza” e entender que “os planetas sio nossas fontes de ener- gia...” Outro astrdlogo declara que os verdadeiros as- trdlogos so “curadores” orientados espiritualmente, que sabem ser “somente o canal através do qual o Po- der [inerente na criacdo] flui” e “somente um canal através do qual as energias podem fluir”.” Lamenta- velmente, quando os astrélogos olham para a natureza e a criacéo em busca de sabedoria divina e de um no- vo poder, a “natureza” freqiientemente torna-se uma “cortina de fumaga” (uma visdo distorcida do mundo) que permite aos espiritos ou deménios proporcionarem poderes ocultos aos astrologos. Esse poder inclui re- velagdo, a intuigdo para dar informagées notavelmen- te exatas sobre uma pessoa a partir do horéscopo. Além disso, quando os astrdlogos dao esse tipo de in- formagio, trata-se de algo muito similar ao que ocor- re quando os espiritas dio informagées a alguém por meio do poder de seus espiritos-guias. Além disso, a astrologia realmente despreza a Deus por Sua criagdo. Tanto a idéia de um Deus criador pes- soal como a idéia da responsabilidade do homem diante dEle so abandonadas. O resultado é que os homens ja nado sao responsaveis diante de Deus, mas somente diante deles mesmos e de alguma forga impessoal. 42 + John Ankerberg e John Weldon Concluindo, a astrologia recusa o ensinamento biblico sobre Deus e adota critérios ocultistas que dao a criagao de Deus a gloria que deve ser somente dEle. Como decla- ra o Dr. Robert Morey: “Atribuir aos astros 0 que corres- > 79 ponde exclusivamente a Deus que os criou é idolatria”. 10. O que a astrologia cré sobre Jesus Cristo? Esta claro que a astrologia esta disposta a aceitar qualquer conceito sobre quem é Jesus Cristo, exceto 0 que Ele mesmo ensinou e que a Biblia ensina. Em se- gundo lugar, deve-se levar em conta que os astrologos tipicamente adotam uma visio ocultista de Cristo (por exemplo, que Jesus como homem reencarnou na terra e que “Cristo” é nosso “eu superior”). Vejamos os conceitos que dois destacados astrologos tém sobre Cristo. Ronald Davidson é “o mais importan- te astrélogo vivo na Inglaterra” e tem sido editor da re- vista The Astrologers Quarterly desde 1959. Ele afirma que “a histéria do Ser mais perfeito que encarnou na terra nos fala do sacrificio final na cruz... com 0 propo- sito de pagar todas as dividas restantes [carma] de si mesmo para com o passado...”*° Observe que o famoso astrologo cré que Jesus foi somente outro espirito que reencarnou sobre a terra. Davidson vé a morte de Jesus na cruz como algo necessario para pagar o prego de Seus prdéprios “pecados” (carma). Marcus Allen é outro exemplo de astrélogo profissio- nal que ensina uma visdo ocultista de Cristo. Ele cré Os Fatos Sobre a Astrologia + 43 que Cristo é agora o eu oculto superior de cada um. Por isso, ele afirma: “Cristo teve todos os sete planetas anti- gos... todos em Peixes... de modo que ele € 0 Peixe su- premo e final... e assim ele iniciou a era de Peixes, que esta terminando com o alvorecer da era de Aquario, que € iniciada pela segunda vinda da Vida de Cristo dentro de todos nos... Na era de Aquario, cada um é 0 Avatar, cada um é sintonizado com seu eu superior...”.*! O que Allen esta dizendo é que Jesus Cristo foi a su- prema ilustragéo do temperamento ou personalidade de Peixes. Entretanto, o que Allen cré é que como a era de Peixes esta terminando e a era de Aquario esta comecan- do, a Segunda Vinda de Cristo 6 o comego de um perio- do de “consciéncia” mais elevada para todos os homens. Em outras palavras, esse astrologo profissional chega a conclusao de que Cristo, mesmo por meio de Seu “retor- no”, é igual 4 consciéncia oculta de toda a humanidade que esta emergindo. Esse conceito esta em conflito com © que a Biblia ensina. As Escrituras ensinam que Jesus Cristo é plenamente homem e plenamente Deus em uma sO pessoa, o Unigénito Filho de Deus e Salvador do mundo, que algum dia voltara fisica e visivelmente a ter- ra (Mateus 24.1-35; Joao 1.1; 3.16; 10.30; Atos 1.11). 11. O que a astrologia cré que seja 0 problema basico do homem e sua solugao? Muitos astrélogos créem que o problema do homem € que ele nao esta em harmonia com as forgas e ener- gias divinas do Universo. Ele precisa ser unido com es- 44 * John Ankerberg e John Weldon sa harmonia. E, por isso, para muitos astrologos a salva- g4o nao é o perdao dos pecados (a maioria nao cré no pecado em seu sentido biblico), mas uma iluminagao a partir do padrio divino subjacente que, segundo eles, governa o Universo. A “salvagio” ¢ o ato de tomar consciéncia do poderoso efeito desses modelos celestes. Muitos astrdlogos créem que por intermédio de uma “consciéncia superior” que supdem ser uma unido com o “impulso” evolucionario divino, eventualmente, se produzira uma Unidade mistica com o que eles chamam de “Deus” ou realidade final. O astrélogo Dane Rudh- yar escreveu que aquele que aceita a astrologia “‘apren- de a identificar sua consciéncia e vontade com os pa- drdes e ritmos ‘celestiais’.” Ele prossegue, dizendo que a pessoa “chega a se unir com os principios da ordem 99982 universal, que podem ser chamados de ‘Deus’, Por outro lado, a Biblia ensina que somos rebeldes, que ignoramos voluntariamente a Deus e cometemos in- contaveis pecados. A salvacdéo é um dom gratuito que nos livra da ira de Deus por causa dos nossos pecados e se baseia em nossa fé na morte de Cristo por nds e em recebermos esse dom por meio da fé (Joao 3.16; Roma- nos 5.1-10; Efésios 1.7; 2.8-9; 1 Pedro 2.24). Além disso, muitos astrologos também créem na reen- carnagéo (uma pesquisa revelou que cerca de 75% eréem nela®). A reencarnagéo ensina que os homens morrem e voltam a viver muitas vezes, e eventualmente voltam ao estado de sua unidade original com Deus. A astrologia ¢ considerada como um guia ¢ uma ferramen- ta para iluminar os homens durante cada vida de modo a evitar que acumulem mais carma, acelerando assim [a Os Fatos Sobre a Astrologia + 45 chegada do] dia quando alcangarao sua verdadeira natu- reza divina. Entretanto, a Biblia ensina que nao temos um numero infinito de vidas para nos aperfeigoar; temos somente uma, ¢ nesta vida temos de decidir se aceitamos 0 perdao de Deus ou enfrentamos Seu justo juizo depois da morte (Hebreus 9.27; Apocalipse 20.10-15). 12. O que a Biblia fala sobre a astrologia? A Biblia ensina que a astrologia 6 néo somente uma atividade inutil (sem valor), mas algo tio mau que sua simples presenga indica que o juizo de Deus ja ocorreu (Atos 7.42-43). Tanto como filosofia ou como pratica, a astrologia rejeita a verdade relativa ao Deus vivo, e em seu lugar conduz as pessoas a objetos mortos, como os astros e planetas. Assim como a Biblia ridiculariza os idolos, também o faz com os astrdlogos e suas praticas (Isaias 47.13). Entretanto, isto nao tem evitado que a maioria dos as- trdlogos declare que a Biblia apdia favoravelmente a as- trologia. Jeff Mayo, fundador da Escola Mayo de Astro- logia, declara que “a Biblia esta cheia de referéncias as- trologicas”.“* Joseph Goodavage, autor de Astrology: The Space Age Science (Astrologia: A Ciéncia da Era Espacial) e Write Your Own Horoscope (Escreva Seu Proprio Horéscopo), declara que “a Biblia esta cheia da” filosofia da astrologia.* Os astrdlogos “justificam” tais afirmagdes da mesma maneira que muitas seitas citam a Biblia como evidén- 46 + John Ankerberg e John Weldon cia de seus proprios ensinamentos falsos e anti-biblicos. Eles distorcem as Escrituras até ensinarem algo contra- tio 4 Biblia.** Qualquer passagem biblica que refute tais ensinos € simplesmente ignorada, mal interpretada, ou eliminada. Pode-se provar que todo texto biblico citado pelos astrélogos para provar que a Biblia apoia a astro- logia foi mal interpretado ou mal aplicado.” Assim co- mo a gua e o dleo nao se misturam, a Biblia e a astro- logia sdo totalmente incompativeis. Alguns nao-cristaos também admitem que existe “um abismo ideoldgico permanente entre ambas as crengas”.* Historicamente 0 cristianismo tem-se oposto a astro- logia por trés razdes biblicas. Primeiro, a Biblia expli- citamente rejeita a astrologia como uma pratica inttil (sem valor). Uma prova disso esta em Isaias 47.13-14, onde Deus afirma: “Ja estas cansada com a multidao das tuas consultas! Levantem-se pois, agora os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que ha de vir sobre ti. Eis que serfo como restolho, 0 fogo os queimara; nao poderao livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restara para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem.” Aqui vemos que, em primeiro lugar, Deus condena o conselho dos astrolo- gos babilénicos. Em segundo lugar, Deus disse que suas predicdes baseadas no movimento dos astros nao os salvariam do juizo divino que se aproximava. Final- mente, Deus disse que 0 conselho dos astrdlogos nao era inutil somente para os outros, mas que nem os sal- varia a eles mesmos (Deuteronémio 4.19; 17.1-5; 18.9- 11; 2 Reis 17.16; 23.5; Jeremias 8.2; 19.13; Ezequiel 8.16; Amés 5.26-27). Fatos Sobre a Astrologia * 47 A segunda razao biblica pela qual o cristianismo tem- se oposto a astrologia é porque Deus proibe as praticas ocultas. Basicamente, a astrologia é uma adivinhagao. Esta é definida pelo Webster's New Collegiate Dictio- nary (1961) como “o ato ou pratica de prever ou predi- zer atos futuros ou descobrir conhecimento oculto”. No Webster's New World Dictionary (1962), a astrologia € definida como “a arte ou pratica de tentar predizer o fu- turo ou o conhecimento por meios ocultos”. Por ser uma arte ocultista, Deus condena a adivinhagéo como mal e como uma abominagao para Ele, dizendo que ela leva ao contato com maus espiritos chamados de demé- nios. (Deuteronémio 18.9-13; 1 Corintios 10.20). Finalmente, a Biblia repudia a astrologia por levar as pessoas a terrivel transferéncia de sua lealdade ao infi- nito Deus do Universo para as coisas que Ele criou. E como dar todo o crédito, honra e gloria 4s magnificas obras de arte, esquecendo completamente o grande ar- tista que as produziu. Nenhum astrdlogo, vivo ou mor- to, daria as pinturas de Rembrandt ou Picasso o mérito que corresponde aos autores, mas eles o fazem rotinei- ramente com Deus. Entretanto, Deus é infinitamente mais digno de honra que os homens, pois ¢ Ele quem fez “os céus e a terra” e em Suas mos esta a vida de to- dos os homens (Génesis 1.1; Daniel 5.22-23). 13. O livro de Daniel da apoio a astrologia? Os astrélogos dizem costumeiramente que o livro de Daniel é uma prova de que Deus aceita a astrologia. Em 48 + John Ankerberg e John Weldon primeiro lugar, eles 0 dizem porque Deus fez com que Daniel se tornasse o principal dos astrélogos e magos da Babilénia (Daniel 2.48). Em segundo lugar, [dizem eles,] se ele foi feito cabega de todos os ‘sdbios’ da Ba- bilénia, certamente deve ter-se destacado na astrologia, ja que esta cidade era muito conhecida por suas praticas astrologicas. Mas isso nao é verdade. Por qué? A pri- meira razdo para que nao seja verdade é que 0 relato bi- blico de Daniel atribui explicitamente todo o éxito de Daniel exclusivamente a Deus e nao a sua alegada prati- ca da astrologia ou aos astros (Daniel 1.17;2.27-28; 4.17-18). Em segundo lugar, Daniel era um homem pie- doso que, de acordo com o seu préprio testemunho, aborrecia a idolatria e as mas praticas da Babilénia (Da- niel 1.8; 4.27). Em terceiro lugar, é inconcebivel que Deus permitiria a Daniel se dedicar As mesmas praticas pelas quais a nag&o havia caido sob juizo (astrologia, idolatria, etc.). Em quarto lugar, pode-se encontrar uma prova de que Daniel nao se adaptou 4 astrologia, pelo fato dele ter apontado os continuos fracassos dos astré- logos babilénicos, em comparagéo com o verdadeiro conhecimento dado por Deus. Longe de respaldar a as- trologia, Daniel a repudiou e dirigiu os homens ao uni- co Deus verdadeiro. Assim, todo o livro de Daniel reve- Ja a inutilidade da astrologia. Os astrélogos fracassaram 100% em comparagéo com o tnico Deus verdadeiro (Daniel 2.27-28; 4.7; 5.7-9, 12-13,17). Deus é 0 Unico soberano, mas os reis babilénicos se voltaram para os astros buscando orientagdo e ignoraram o verdadeiro Deus. Por exemplo, em Daniel 5, Ele decla- ra Seu juizo sobre o governo babilénico de Belsazar, di- zendo: “Tu, Belsazar, que és seu filho, nado humilhaste Os Fatos Sobre a Astrologia + 49 o teu cora¢ao, ainda que sabias tudo isto. E te levan- taste contra o Senhor do céu... além disso, deste lou- vores aos deuses... que nao yéem, nao ouvem, nem sa- bem; mas a Deus, em cuja mAo esta a tua vida e todos os teus caminhos, a ele nado glorificaste” (Daniel 5.22- 23). Quando se outorga a gloria e o poder divinos aos “deuses” dos céus e nao ao Deus que fez os céus, Ele mesmo diz que eles “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura, em lugar do Criador, 0 qual é bendito eternamente” (Romanos 1.25). De fato, esta é a razio porque vem o juizo de Deus; porque os homens O ignoram e passam por cima da verdade em injustiga, de modo que “a ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e perversao dos homens que detém a verdade pela injustica; porquan- to o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus Ihes manifestou. Porque os atribu- tos invisiveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua prépria divindade, claramente se reco- nhecem, desde o principio do mundo, sendo percebi- dos por meio das coisas que foram criadas. Tais ho- mens sao por isso indesculpaveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, nao o glorificaram como Deus, nem lhe deram gragas, antes se tornaram nulos em seus préprios raciocinios, obscurecendo-se-lhes 0 cora¢do insensato. Inculcando-se por sabios, torna- ram-se loucos” (Romanos 1.18-22). Em outras palavras, a astrologia é condenada pela Bi- blia porque sua pratica em si indica uma forma de ido- latria que ja esta sob o juizo divino: “Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milicia celestial” (Atos 7.42-43). 50 + John Ankerberg e John Weldon Concluindo, a astrologia ¢ rejeitada pela Biblia por- que: (1) é fatil e inutil, (2) constitui envolvimento com os poderes ocultos e (3) é uma forma de idolatria, pois troca Deus pelos céus. De modo que: (1) no tem poder para salvar os homens de seus pecados, (2) leva os ho- mens ao engano demoniaco e (3) tira de Deus a gléria que Lhe é devida. 14. Existe uma astrologia crista? Temos visto que a Biblia rejeita completamente a as- trologia. Qualquer estudo completo da histéria crista apresenta um forte testemunho contra a astrologia, ape- sar das alegagdes dos seus seguidores.* O unico breve periodo em que a igreja “abragou” a astrologia foi o pe- riodo no qual a prépria Biblia foi amplamente rejeitada e a igreja estava cheia de praticas mas, imoralidade e paganismo.” Apesar de tudo isto, existem trés categorias dos que sao astrélogos e, com freqiiéncia, proclamam sua fé cristé: (1) os que declaram ser cristéos simplesmen- te porque vivem em um pais “cristéo” ou foram cria- dos em um ambiente nominalmente cristéo, mas nao esto ligados a nenhuma igreja ou doutrina; (2) os que praticam ativamente alguma forma falsa de cris- tianismo e freqiientam uma igreja que nado se funda- menta na Biblia; (3) os que dizem aceitar a autori- dade biblica e mesmo assim praticam a astrologia. Porém, ninguém pode seguir logicamente o cristianis- mo e a astrologia juntos. Examinemos brevemente es- tas trés categorias. Os Fatos Sobre a Astrologia + 51 Categoria 1: Muitos astrélogos declaram ser cristaos, mas na realidade sao hostis ao cristianismo! O Dr. Ro- bert Morey tem observado: “mesmo que a maioria dos astrologos declare ser crista, geralmente, so hostis aos ensinamentos do cristianismo biblico e histdrico””' Essas pessoas que declaram ser cristis provavelmente admiti- riam que tém preferéncia pelo ocultismo (da maneira co- mo 0 definem) e que nao sao cristas no sentido biblico. Categoria 2: Aqueles que mantém uma relagao que vai de moderada a forte com uma igreja e que dizem ser cristaos, mas que, apesar disso, rejeitam a Biblia como autoridade final em matéria de astrologia. Sua fé se ba- seia em Deus em sentido geral. Nao admitem um conhe- cimento pessoal de Deus e mostram pouco interesse no novo nascimento (Joao 3.3-8). Por praticarem a astrolo- gia e rejeitarem as instrugdes de Deus sobre este ponto, pode-se aplicar a eles os seguintes versiculos: “No to- cante a Deus professam conhecé-lo, entretanto 0 ne- gam por suas obras” (Tito 1.16). Ou: “Se dissermos que mantemos comunhao com ele, e andarmos nas trevas, mentimos e nao praticamos a verdade” (1 Jo 1.6). E também: “Aquele que diz: Eu 0 conhego, e nao guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele nao esta a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeigoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve tam- bém andar assim como ele andou” (1 Jo 2.4-6). E triste que muitos créem que a médium Jeane Dixon é uma boa cristd. Em seu livro Yesterday, Today and Fo- rever (Ontem, Hoje e Sempre), ela afirma que foi guia- 52_¢ John Ankerberg e John Weldon da pelo Espirito Santo para integrar o cristianismo e a astrologia.” Ela alega: Alguns de meus amigos consideram que esta é uma pratica estranha para uma catélica romana. No minha opiniao, porém, a Igreja Catélica e muitos outros grupos religiosos nunca condenaram o estudo da astrologia... Nunca experimentei nenhum conflito entre a fé e orienta- do que recebi de minha igreja, e o conhecimento que encontro nos astros... De fato, muito do que sei sobre a astrologia, eu aprendi de um sacerdote jesuita, que é um dos eruditos melhor informados que conheci.” Ela conta que foi através de uma série de visdes que foi levada a adotar a astrologia, dizendo que, através dessas visdes, descobriu: ..@ resposta que levaria a combinar os fatos da Escritu- ra e os dados da astrologia... Agora entendo porque, em minha visdo, cada apéstolo estava associado com um sig- no do zodiaco; cada um me foi revelado como o arquéti- po desse signo. Cada um [apéstolo] corporifica todas as caracteristicas mentais e emocionais de seu proprio seg- mento do zodiaco... Essa verdade simples, porém profun- da, era a mensagem que recebi tanto por meio de minhas meditacdes como pelas vises nas semanas seguintes.™ Ela conclui: ..a astrologia se ajusta ao plano de Deus para a hu- manidade, ajudando-nos a entender tanto nossos talentos como nossas falhas. Ao estarmos melhor informados so- bre nds mesmos, a apreciagdo de nossas forcas e a com- preensdo de nossas debilidades, estaremos muito melhor equipados para fazer com que tudo o que somos se volte para o servigo do Senhor.” (Para entender porque Jeane Dixon esta errada com respeito aos seus conceitos sobre a astrologia, veja adiante os comentarios sobre a Categoria 3). Continuan- do a discusso sobre aqueles que se classificam como astrologos cristaos, devemos admitir, mesmo relutantes, que apesar de tudo que a Biblia diz contra a astrologia, existem uns poucos cristios verdadeiros que tém abra- gado conceitos astrolégicos. Categoria 3: O Dr. John Warwick Montgomery se refere aos cientistas luteranos Tycho Brahe e Johann Kepler como cristaos que “foram convencidos de que a astrologia nfo é incompativel com a revelagao divi- na”.°** Um homem nos escreveu dizendo ser um “astré- logo profissional cristéo” e queria que soubéssemos que ele nao encontrava “afirmagées claras e especifi- cas na Biblia contra a astrologia”. Ao nos apresentar sua defesa, disse: “E certo, os astrdlogos foram censu- rados pelo mau uso de seus dons — como o foram pro- fetas, sacerdotes e reis — porém nao lhes foi ordenado negar ou abafar a pratica de tais habilidades.” Ele con- tinuou dizendo: Certamente, a adoracéo das ‘hostes celestiais’, tal co- mo se /é em algumas tradusdes, é algo proibido ao cren- te; como o é a adora¢éo ao dinheiro ou ‘ao rei’, mas uma observagdo respeitosa e uma mordomia das forsas econémicas e politicas nado s6 é permitida, mas também requerida. 54 ¢ John Ankerberg e John Weldon Do ponto de vista das Escrituras, somente se a astrolo- gia for considerada uma adivinhagéo podemos situd-la fora dos planos de Deus para seu povo; porém, a maior parte dos conselhos astrologicos nao é de natureza divi- natoria. Além disso, as adverténcias da Biblia sobre a adivinhagdo parecem ser absolutas, ao comparar as Es- crituras vemos que ao povo da Alianga foi dado um ora- culo, o Urim e Tumim, que era usado somente por parte dos membros da Comunidade da Alianga. A deductio pratica @ que os crentes erram quando usam as habilidades dos incrédulos para discernir a von- fade de Deus - com o que estou plenamente de acordo; porque fazendo isso colocam-se em posi¢do espiritual pe- rigosa. (Enfase acrescentada; em outras palavras, ele cré que aos cristéos é permitido consultar astrélogos cristdos — como ele mesmo!) Minha conclusdio é, portanto, que a astrologia — como qualquer outra ciéncia ou arte humana, tais como a fisica nuclear ou a psicoterapia, pode ser Util quando exercida em submissdo ao senhorio de Jesus Cristo; mas é espiri- tual e psicologicamente perigosa quando praticada no es- pirito do mundo, da carne ou do diabo.” Essencialmente, este é 0 mesmo argumento usado pe- los “parapsicélogos cristéos” (que estudam “cientifica- mente” o ocultismo e, entre outras coisas, o aplicam a igreja). Do mesmo modo que os astrélogos cristaos, eles declaram que a condenagao das praticas meditnicas ¢ espiritistas no Antigo Testamento (Deuteronémio 18.9- 12) tem por destinatdrios aqueles que fazem mau uso dessas praticas, mas nao aqueles que as usaram “etica- Os Fatos Sobre a Astrologia * 55 19 «6, mente”, “sabiamente”, com bons motivos e para a gloria de Deus.* Entretanto, os astrélogos e parapsicdlogos cristdéos ignoram o fato de que Deus declarou especifica- mente que tais praticas sio mas em si mesmas. O pré- prio Deus nao fez nenhuma distingao sutil quanto a tais praticas. A prova de que nao ha tais distingdes sutis da parte de Deus no que se refere a “astrologia crista” ou ao “espiritismo cristao” é que Deus as faz quando se trata de algo importante. Se a astrologia crist& e o espiritismo cristéo fossem importantes para o crescimento espiritual, Deus teria feito tais distingdes. Afinal, Deus o fez em muitos outros casos. Por exemplo, o sexo é glorificado dentro do matriménio, mas é condenado fora dele ou en- tre pessoas do mesmo sexo. Deus também diz que certas comidas ou bebidas sao permitidas em uma determinada situagao, mas nao em outra (Romanos 1.26-27; 14.20; 1 Corintios 6.18). O argumento basico dos astrélogos cris- téos é que a astrologia pode ser benéfica desde que nao se adore os astros (0 que seria idolatria) ou haja envolvi- mento em adivinhag@o (“o ato ou pratica de tentar predi- zer o futuro por meios ocultos”), porém isto é uma con- cluséo falsa. Trata-se de uma conclusio baseada Jarga- mente em pragmatismo (se funciona, tudo bem). Eles dizem que a astrologia “funciona”, é “itil” ou “ajuda” e que, portanto, néo deve ser condenada. Mas se esse ra- ciocinio é verdadeiro, por que nao tentamos, como cris- tdos, eliminar e separar a adivinhagdo e idolatria de to- das as outras formas de ocultismo, simplesmente apro- veitando sua “sabedoria” ¢ usos praticos? Mas os argumentos dos “astrélogos cristéos” jamais tratam de oito graves questdes: (1) Pode a astrologia realmente ser separada de suas conexdes ocultistas? (2) 56_* John Ankerberg e John Weldon Sao cientificamente exatos os principios e premissas basicos da astrologia? (3) Pode-se dizer que a astrologia esta de alguma maneira interessada em principios mo- rais? (4) As Escrituras realmente justificam a pratica da astrologia para algum objetivo? (5) Quais saos os riscos ou conseqiiéncias da pratica da astrologia (veja a Per- gunta 23)? (6) Por que Deus haveria de proibir a astro- logia se ela fosse realmente de tdo grande ajuda? Afi- nal, Deus iria condenar alguma pratica que, de alguma forma, fosse boa? (7) Os “conselhos” astroldgicos tipi- camente envolvem adivinhagdo. Por exemplo, ex-astré- logos, como Karen Winterburn, contaram-nos que sim- plesmente nao existe maneira de praticar a astrologia, nem mesmo de dar conselhos astrologicos, sem dedicar- se a adivinhagdo. Também o “Urim e Tumim” nao eram para ser usados pelos leigos, nem esto em uso hoje em dia. O uso da astrologia na igreja nao pode ser defendi- do com base no uso desses elementos na antigitidade e de forma muito seletivo. (8) Adoragao é mais que a simples inclinagao diante de algo. Ela implica aquilo que servimos e ao que damos nossa devogdo; o que exaltamos e admiramos, 0 que reconhecemos como orientagdo para nossa vida e que reverenciamos. Os as- trélogos cristéos talvez ndo se inclinem literalmente diante dos astros, mas também os outros astrélogos nao fazem isso. Porém, tanto os corpos celestes como a pré- pria astrologia assumem as caracteristicas da adoracao na vida dos astrologos, quer sejam cristdos ou nao. Quarta Parte Avaliacao Critica da Astrologia 15. E valida a evidéncia cientifica da astrologia? Na ultima pergunta contestamos as afirmagdes daqueles que alegam existir algo como uma astrologia cristé. Agora examinaremos a evidéncia cientifica que os astrologos afirmam validar sua pratica. Para escrever este livro procu- ramos a melhor evidéncia cientifica disponivel quanto as alegagdes da astrologia. Por exemplo, fizemos contato com 58 * John Ankerberg e John Weldon a Federagao Americana de Astrdlogos, de Tempe, Arizona, que é a sociedade astrologica maior e mais cientificamente orientada. Esta organizacao oferece 4 venda quase mil li- vros, mais de seiscentos videos e declara ser “o centro ne- vralgico da astrologia nos Estados Unidos nos dias de ho- je...” Também diz que por cingiienta anos tem liderado a “educagao e a investigago astrologica.”” Mas a literatura que eles recomendaram como mos- trando a melhor evidéncia quanto a astrologia nos de- cepcionou e também é questionavel.”* A pesquisa mais importante que citaram foi a de Gauquelin, que analisa- remos a seguir. Antes devemos dizer que boa parte da astrologia simplesmente ndo pode ser testada cientifica- mente devido a sua propria natureza. Por exemplo, ela declara ser uma pratica baseada em influéncias misticas e interpretagdes subjetivas particulares de astrologos in- dividuais em suas leituras do hordscopo. Por isso (nes- ses pontos), a astrologia nunca pode ser provada ou re- futada cientificamente. Seus fendmenos estaéo fora das fronteiras da ciéncia (a “intuigdo”, as influéncias misti- cas planetarias, as correspondéncias simbodlicas, etc.). Entretanto, tanto os astrdlogos como os pesquisadores cientificos da astrologia concordam que existem claros principios astrologicos que merecem ser testados cienti- ficamente.' Porém, se estes comprovarem ser falsos, ¢ se os resultados praticos da astrologia forem explicados melhor por dados nao-astrologicos, entéo nossa unica conclus&o possivel é que simplesmente nao existe evi- déncia cientifica da veracidade da astrologia. A evidéncia geral que se apresenta para provar a as- trologia pode ser dividida em trés categorias basicas: (1) Os Fatos Sobre a Astrologia * 59 Os argumentos gerais; (2) os estudos estatisticos; e (3) os resultados praticos (0 terceiro ponto é o mais impor- tante e o mais citado. Para nossa andlise critica, veja a Pergunta 22.) Em primeiro lugar, os argumentos comuns que sio apresentados pela maioria dos astrdlogos sao examina- dos por Kelly e outros, e resumidos pelo pesquisador cientifico Geoffrey Dean. Ele observou que Kelly diz que nenhum desses argumentos citou razées validas pa- ra se crer na astrologia. (As anotagGes entre parénteses também sao deles.) 1) A astrologia é muito antiga e tem permanecido esta- vel hé séculos (o assassinato também). 2) A astrologia se encontra em muitas culturas (a idéia de que a terra é plana também). 3) Muitos grandes eruditos acreditam nela (muitos ou- tros nao). 4) A astrologia se baseia na observacio (sua comple- xidade desafia a observacdio). 5) As influéncias extra-terrestres existem (nenhuma de- las é relevante para a astrologia). 6) A astrologia tem sido provada pela pesquisa (o que nao é verdade). 7) Os nGo-astrélogos ndo tém autoridade para emitir juizos (entdo, quem julga os assassinos?). 60_* John Ankerberg e John Weldon 8) A astrologia nao é uma ciéncia, mas sim uma arte ou filosofia (ndo se trata de uma razéo para crer nela). 9) A astrologia funciona (a evidéncia mostra o con- trario).'°" A segunda area de evidéncia apresentada pelos astré- logos para demonstrar a validade da astrologia provém de certos estudos estatisticos. Nao é possivel citar aqui todos os estudos principais, mas podemos citar breve- mente os resultados negativos de quatro grandes estu- dos. Também podemos dizer que qualquer outro estudo de que temos conhecimento enfrenta problemas iguais ou similares a esses. Por favor, observe que os seguintes estudos tém si- do todos declarados como evidéncia ou prova da as- trologia. Entretanto, nada poderia estar mais longe da verdade. 1) O Estudo Mayo-White-Eysenck tentou determinar se a astrologia poderia predizer se a personalidade de um adulto sera extrovertida ou introvertida. Ele foi feito com 2.324 adultos cujos indices de extroversdo/intro- versio foram tabulados com o sistema criado por Ey- senck (EPI). Esses indices foram comparados com pre- visdes astrolégicas. Sua conclusdo foi: os resultados marginais (favoraveis, no entender dos astrdlogos) que foram obtidos nao poderiam ser fruto de mera casuali- dade. Cinco estudos adicionais revelaram: trés nao con- firmaram esses descobrimentos, dois sim. Finalmente, descobriu-se mais tarde que os resultados positivos po- diam ser explicados adequadamente de diferentes ma- Os Fatos Sobre a Astrologia » 61 neiras, sem recorrer a teorias astrologicas. O prdéprio Eysenck, em um estudo posterior (confirmado por ou- tros pesquisadores), chegou a crer que “todo o efeito as- trolégico [do estudo original] devia-se a expectativa dos pesquisados e de sua familiaridade com as caracteristi- cas associadas ao seu signo zodiacal.”'” Em resumo, es- te estudo nao pode ser usado como evidéncia para vali- dar a astrologia. 2) A pesquisa envolvendo o Efeito Gauquelin “Mar- te” tornou-se um estudo cientifico para testar se as da- tas do nascimento de 2.088 campeées esportivos seriam estatisticamente significativas de acordo com predigées “astrolégicas”. A conclusdo a que os pesquisadores che- garam foi que um numero estatisticamente significativo de esportistas campedes havia nascido quando Marte estava situado entre o horizonte oriental e o meridiano celestial. Isto significa que existia uma correlagéo de 21,65% (de atletas que nasceram na época acima) con- tra uma possibilidade esperada de 17,17% (a quantidade de campeées que nasceria normalmente no periodo). O Efeito “Marte” nunca foi absolutamente confirma- do em vinte anos de estudos posteriores. O que se pode dizer na atualidade é que “o éxito da repetigao de tal es- tudo [poderiam ser confirmadas essas estatisticas?] é¢ assunto de alguns debates”.'* Significativamente, mesmo que a pesquisa de Gau- quelin seja apresentada com freqiiéncia pelos astrologos como uma confirmagao da astrologia, parece que o pro- prio Gauquelin tem realizado pesquisas mais profundas do que qualquer outro para desautoriza-la. Seu trabalho 62_* John Ankerberg e John Weldon incluiu a busca de quaisquer influéncias cosmolégicas — nao astroldgicas. (A chamada “neo-astrologia” de Gau- quelin nao esta relacionada com a propria astrologia e continua sujeita 4 discussio.) Mas ele tem examinado as alegagées da astrologia e as tem testado em grande detalhe. Num estudo, ele utilizou 15.560 pessoas para testar a suposta influéncia do zodiaco no éxito profis- sional. Ele concluiu: “os resultados sao totalmente ne- gativos.”"™ Quando os astrologos objetaram que o “éxito profissional” era “um critério muito grosseiro para de- monstrar a sutileza astral das influéncias zodiacais”, Gauquelin realizou novos e complexos testes para aten- der tais queixas e substanciar suas conclusées. (Nota: os astrologos afirmam que os astros influenciam o éxito profissional.) Entretanto, os astrologos disseram que Gauquelin nao deveria ter testado o sucesso profissio- nal, mas a personalidade, alegando que, se 0 tivesse fei- to, teria comprovado uma Teal influéncia. Aqui é impor- tante notar que, quando os dados parecem confirmar a astrologia, seus adeptos aceitam 0 critério do éxito pro- fissional para os campedes do esporte, mas quando o mesmo critério se opde a astrologia, eles o rejeitam. Apesar disso, Gauquelin levou em conta a opinido dos astrologos e testou os tragos da personalidade com pre- digdes zodiacais. Em seu teste, 52.188 tracgos de perso- nalidade foram coletados sistematicamente em 2.000 pessoas. Qual foi o resultado? — que as predigdes astro- légicas receberam “um golpe fatal.”"* Leia qualquer livro de algum astrdlogo moderno de orientagao cientifica, e é quase certo que vocé encontra- ra citagdes dos trabalhos de Gauquelin como evidéncias para a astrologia. Porém, a verdade é 0 contrario: 0 pré- Os Fatos Sobre a Astrologia + 63 prio Gauquelin nunca alegou ter provado a astrologia. Por exemplo, Gauquelin é autor dos livros: The Scienti- fic Basis of Astrology: Myth or Reality (4 Base Cientifi- ca da Astrologia: Mito ou Realidade — 1973) e Dreams and Ilusions of Astrology (Sonhos e Ilusées da Astrolo- gia — 1979). Vejamos o que ele mesmo teve de admitir sobre a validade cientifica da astrologia: “Todo intento, seja da parte de astrologos ou de cientistas, para provar a validade das leis astrologicas tem sido em vao. E to- talmente certo que os signos dos céus que presidem nosso nascimento ndo tém poder algum pata decidir nossos destinos, para afetar nossas caracteristicas here- ditarias, ou ter qualquer parte, por mais simples que se- ja, na totalidade dos afetos, aleatérios ou nao, que for- mam a estrutura de nossas vidas e moldam nossos im- pulsos de acdo. Confrontadas com a_ ciéncia, constatamos que a astrologia moderna e tradicional nos oferecem doutrinas ilusorias.”"* (énfase acrescentada). 3) O grande Estudo Guardian-Smithers testou 2,3 milhdes de pessoas, comparando suas ocupagées e sig- nos zodiacais. Embora uma /eve correlagaio tenha sido notada, o préprio Smithers nado ficou convencido. Ele chegou 4 conclusdo de que os dados (em sua maioria) “poderiam ser explicados de outra maneira” (por exem- plo, por fatores ambientais, habitos sociais, crenga na astrologia, etc.). Mais tarde, uma nova avaliagdo da pes- quisa de Smithers pretendeu demonstrar suas falhas. Ela também concluiu que os efeitos poderiam ser expli- cados por fatores adicionais, nao-astrologicos.'” 4) O teste do National Enquirer examinou 240 pes- soas e relacionou seus signos astrologicos e sua perso- 64 + John Ankerberg e John Weldon nalidade. Pretendia-se demonstrar que 91% das pessoas testadas tinham sua personalidade determinada pelo signo zodiacal. Entretanto, alguns testes subseqiientes nado confirmaram essas alegagées.'* Concluindo, a evidéncia cientifica citada em favor da astrologia revela néo ser nenhuma prova. Na verda- de, ocorre o contrario: de fato, a ciéncia desmente a astrologia. 16. Qual é a evidéncia cientifica contra a astrologia? A evidéncia cientifica contra a astrologia é extrema- mente conclusiva. Entretanto, a reagao dos astrologos a este fato é simplesmente ignord-lo. A astrologia sempre tem vivido em seu proprio mundo privado, impassivel diante de todos os ataques. Como assinalou um critico: “A situagao nao é melhorada pela tipica atitude dos as- trologos frente a evidéncia dos fatos téo bem descritos por Levy (1982), dono do maior servigo de horéscopos computadorizados da Austrdlia: ‘Freqlientemente tenho a sensagdo, depois de falar com alguns astrdélogos, que eles vivem em um mundo de fantasia mental, um tipo de universo astrologico onde nao se permitem explica- gdes exceto as astrolégicas e que, se os fatos do mundo real néo concordam com as nogées ou predigdes astro- logicas, sera necessario inventar mais outra técnica as- trologica para explica-los’.”"” Entre os astrélogos existe uma recusa obstinada em enfrentar os fatos, e eles freqiientemente apresentam um Os Fatos Sobre a Astrologia + 65 enfoque fundamentalmente irracional. Por exemplo, observemos os comentarios do presidente da Associa- ¢ao Astrologica do Reino Unido, que critica a inclina- ¢ao dos astrélogos em buscar desculpas. Ele descreve o que um astrélogo pode fazer para “harmonizar” as pre- dig6es astrologicas com uma pessoa que nao combina com elas. No caso mencionado abaixo, ele descreve uma pessoa muito pacifica, mas que deveria ser agressi- va segundo a astrologia: Se encontro uma pessoa muito gentil € nao agressiva com cinco planetas em Aries, isso ndo me faz duvidar de que Aries produza agressividade. Posso apontar seu as- cendente em Peixes, ou sua conjuncdo do Sol com Satur- no ou como este governa a duodécima casa, e se nenhum desses caminhos resultam em nada, simplesmente decido que também nao foi cumprido © potencial de Aries. Ou posso argumentar, (como @ conhecido}, que se uma pes- soa tem um excesso de planetas num signo particular, a tendéncia é de suprimir as caracteristicas desse signo porque se teme ao que esta sendo revelado acabe levan- ao extremo. Porém, se no dia seguinte encontro uma pessoa muito agressiva que também tem cinco planetas em Aries, ent&éio mudo minha melodia: direi que ela tinha de ser assim por causa de seus planetas em Aries." A astrologia é um mito moderno que é crido por mi- Ihdes. Assim como em tempos remotos muitas pessoas creram que os astros eram deuses, hoje existem milhdes que créem que a astrologia influencia suas personalida- des e seus destinos. Porém, até agora, dezenas de testes tém falhado em seu intento de comprovar a astrologia. A natureza ampla desses testes cientificos invalida defi- 66_* John Ankerberg e John Weldon nitivamente a astrologia. Nas perguntas seguintes exa- minaremos alguns dos testes de doutrinas especificas da astrologia. 17) O que tém provado os testes de validade dos signos zodiacais (por exemplo, vocé é de Peixes, Aries ou Leao?)? A astrologia diz que o signo zodiacal de uma pessoa tem grande importancia para determinar a totalidade de seu cardter.'" A analise de um pesquisador do conteido da literatura astrolégica revela 2.375 adjetivos especifi- cos para os doze signos zodiacais. Cada signo foi des- crito por uns 200 adjetivos (por exemplo, “Leao” é for- te, dominante, rude — um lider nato; “Touro” é indeciso, timido, inseguro — nao é lider). Nesse teste, mil pessoas foram examinadas segundo 33 varidveis, incluindo o atrativo fisico, a capacidade de lideranga, os tragos de personalidade, as crengas sociais e religiosas, etc. A conclus&o foi que este teste falhou em provar qualquer predig&o astrolégica: “Todos os nossos resultados po- dem ser atribuidos ao acaso.”"” Foi feito outro teste para descobrir se os planetas in- fluem na compatibilidade do matriménio, ou seja, se existe uma indicagao significativa do numero de casais que continuaram casados porque seus signos demons- traram ser “compativeis”? E os que tinham um signo “incompativel” se divorciaram? O estudo foi feito com 2.978 casais que se casaram e 478 casais que se divor- ciaram em 1967 e 1968. Este teste demonstrou que os Os Fatos Sobre a Astrologia * 67 signos astrolégicos no alteravam significativamente o resultado em qualquer desses grupos. Os nascidos sob signos “‘compativeis” casaram e se divorciaram com a mesma freqiiéncia do que os nascidos sob signos “in- compativeis”."”? Os astrélogos alegam que os cientistas e os politicos sio favorecidos por um ou outro signo zodiacal. Ou se- ja, que ha uma suposta conex4o entre o signo de uma pessoa e suas possibilidades de éxito numa determinada profissdo. Ao investigar esse tema, John McGervy com- parou a data de nascimento de 16.634 cientistas e 6.475 politicos e néo encontrou correlagdo que substanciasse as afirmagdes dos astrélogos. Nao pode haver divida de que a distribuigao de signos nestas duas atividades foi tao aleatoria quanto entre o publico em geral.'* Concluindo, a evidéncia cientifica atual mostra que nao é valida a afirmagao dos astrélogos de que seu sig- no influi em sua vida. 18. O que tém provado os testes de validade dos horéscopos? Pelo menos sete estudos independentes indicam que mesmo entre os melhores astrdlogos existe pouca con- corddncia quanto ao sentido de um mapa [astral].' Além disso, outros sete estudos revelaram que as pes- soas que tém feito uso do horéscopo nao conseguem distinguir a diferenga entre um mapa correto e um erra- do. Ou seja, elas podem identificar tanto um horéscopo 68 _* John Ankerberg e John Weldon alheio quanto o seu proprio como o que pensam ser sua “melhor” descrigdo. Em outras palavras, os testes mos- traram que as pessoas ficaram tao satisfeitas com os mapas errados (de outra pessoa) quanto com os corre- tos. Dessa maneira, os pesquisadores descobriram que as interpretagdes “se ajustam” as pessoas mesmo quan- do foram de um mapa errado. (Estes resultados ndo pu- deram ser rejeitados pelos astrologos culpando as inter- pretagdes deficientes dos mapas, ou alegando que falta- va conhecimento proprio as pessoas.'"*) Na realidade, muitos testes revelam que as pessoas nao conseguem nem mesmo distinguir um mapa [astral] auténtico de outro que foi deliberadamente invertido. As pessoas dao tanto valor aos hordscopos invertidos quanto aos genuinos. E ébvio que mapas invertidos sao diametralmente opostos a auténticos. Portanto, as con- clusdes que as pessoas tiram desses dois hordscopos nao poderiam ser mais equivocadas. Resumindo, estes testes mostram que muita gente es- ta disposta a aceitar como valido qualquer mapa por uma série de razdes (umas vinte),'” todas completamen- te sem relagao com a teoria astrolégica (como a creduli- dade, a esperanga, a necessidade emocional, etc.).'* E o pior é que os pesquisadores tem comprova- do que astrélogos que usam mapas astrologicos nao sio melhores em suas avaliagdes do que astrologos que ndo os usam — e que simplesmente seguem pal- pites. Na verdade, as pesquisas mostraram que os astrologos que usam os mapas dao pareceres ligei- ramente piores.'” Os Fatos Sobre a Astrologia + 69 19. O que tém provado os testes sobre a influéncia da Lua? A limitagao de nosso espa¢o requer que sejamos bre- ves. Entretanto, mais de trés dezenas de estudos cienti- ficos fracassaram em indicar qualquer “relagao causal entre os fenémenos lunares ¢ a conduta humana.”"” 20. O que tém provado os testes sobre as predicoes astrolégicas? Os testes das predigées astrolégicas tém revelado que elas apresentam uma taxa de erros extremamente alta. Por exemplo, um importante estudo examinou mais de trés mil predig6es feitas por astrologos e publicagées as- trolégicas reconhecidas de 1974 até 1979. Este estudo revelou 90% de fracassos nas predig6es astrolégicas.'” O Dr. Paul Kurtz, editor de Free Inquiry, escreveu que “ha testes exaustivos das alegacdes astrolégicas pa- ra ver se elas tém alguma validade”, e apesar do fato dos astrélogos afirmarem ter um registro de éxitos de quatro mil anos e que esse registro fala por si mesmo, “dezenas de testes cientificos de colunas de astrologia, de mapas e hordscopos contradizem claramente esta 39122 alegagado”. Podemos assegurar com clareza e precisaéo que tem sido cientificamente demonstrado que os astros nao in- fluem em nossa vida da maneira como os astrdlogos afirmam. Pelo que sabemos, a astrologia tém falhado em todos os testes a que foi submetida. 70_¢ John Ankerberg e John Weldon Apesar de toda a desaprovacio cientifica da astrolo- gia, ndo se pode explicar como os astrdlogos, as vezes, podem fornecer revelagdes exatas sobre seus clientes (informagdes 4 qual nao tinham acesso), ou como sio exatos em suas predigées em casos isolados. Como ve- remos na Pergunta 22, isso “funciona” inteiramente por razdes que nada tém a ver com a astrologia. Algumas dessas razdes sAo naturais e outras sdo sobrenaturais, mas em nenhum caso sao astroldgicas. 21. O que créem os astrélogos sobre a astrologia? Parece que de modo geral, muitos ou quase todos os astrdlogos nao tém alto conceito de suas praticas ou mesmo de outros astrélogos. Em primeiro lugar, alguns astrologos até admitem que a maioria dos outros astré- logos s4o impostores. John Townley, um respeitado as- trologo norte-americano, com 20 anos de experiéncia, admitiu o seguinte: “Eu diria que a maioria dos acusa- dores da astrologia provavelmente tem razdo. Eles pen- sam que os astrélogos séo 100% charlataes, mas eu re- duziria esse indice para 90%. Eles nao sao necessaria- mente... charlatées intencionais... mas, provavelmente, 50% dessa gente esta vendendo deliberadamente ‘gato por lebre’””"> Em segundo lugar, muitos astrdlogos admitem a rea- lidade de teorias contraditérias e falsas dentro da astro- logia. Por exemplo, Kathleen Russo e Carolyn Bur- mingham, presidente e vice-presidente da Federag&o de Astrélogos Cientificos, admitem que “muito do que tem Fatos Sobre a Astrologi 1 sido proposto pelos astrdlogos no passado e hoje nao tem fundamento...”"* Em terceiro lugar, os proprios astrologos admitem que muitas interpretagdes de hordscopos sao infundadas e incertas. Por exemplo, 0 astrologo John Addey admi- te: “No que se refere as regras praticas da horoscopia, existe uma grande quantidade de incertezas — [relativas] ao zodiaco, as casas, aos aspectos — todos [eles agora] apresentando problemas insuperdveis...”"** Ademais, 0 astrologo Dr. W. M. Davidson escreveu que a astrologia tem sido, em grande medida, um fracasso e que “muitas [de suas] interpretagdes sao somente uma massa de ge- neralidades e palpites casuais”.'”* Em quarto lugar, com relagio aos testes cientificos, Charles Carter, editor da Astrology Magazine (Revista de Astrologia) e reconhecido como “um dos mais desta- cados e confidveis astrdlogos do mundo”, declara: “A investigacao estatistica, que os astrologos antigos nao podiam fazer por falta de dados suficientes, [agora] tem langado consideraveis dividas sobre a validade de par- tes da verdadeiramente incoerente massa de tradicdes que até anos recentes representava a ciéncia astroldgi- ca”.” §. Best, diretor do Correlation (Correlagdo), jor- nal erudito de pesquisa astrologica, chegou a conclusao de que “realmente nao temos alternativa: ou colocamos nossa casa em ordem ou alguém do sistema, cedo ou tarde, tera o prazer em fazé-lo em nosso lugar, ou ira desmonta-la, tijolo por tijolo”.'* Concluindo, até agora temos visto que a evidéncia cientifica contra a astrologia é conclusiva e que ela 72_* John Ankerberg e John Weldon mesma, conforme os astrélogos, encontra-se em um es- tado de desordem e confusio. Essas constatagdes nos preparam para examinar o que os astrélogos afirmam ser a “prova” principal da astrologia — que ela “funcio- na”. Mas devemos nos perguntar: se ela nao é verdadei- ra, como pode funcionar? 22. Se a astrologia é falsa, como pode funcionar? A astrologia funciona por razdes nao relacionadas a ela. Consideremos o dilema da astrologia moderna. To- dos os testes demonstram que ela é falsa. As escolas e a teorias astrologicas se contradizem entre si. Os proprios astrologos esto deprimidos por causa do estado da astro- logia. Eles nao tém outro recurso a nao ser alegar que ela tem de ser verdadeira, ja que funciona. Mas se podemos demonstrar que ela nio funciona por qualquer razio rela- cionada a astrologia, nenhum astrélogo pode logicamente alegar que ela funciona porque é verdadeira. E se nao é verdadeira, ent&o se esta langando sobre o publico uma maci¢a campanha de fraude ao consumidor. Se um ho- mem compra um automével com a garantia de que fun- ciona com gasolina, mas na realidade s6 anda com ener- gia nuclear, ele fica numa situac4o muito dificil. Saber como algo funciona pode ser mais importante do que saber que funciona. Se a astrologia alega funcio- nar por causa dos padrées celestes nos nascimentos, e na verdade sé funciona por motivos ligados a psicologia humana ou, como veremos, por logro espirita, entio o consumidor tem sido enganado. A ele foi prometido co- ‘atos Sobre a Astrologia * 73 nhecimento objetivo das influéncias estelares que o aju- daria a viver melhor sua vida. Na realidade, ele caiu nu- ma trapaga que o conduz ao ocultismo e a outros peri- gos. A astrologia ndo precisa ser verdadeira para fun- cionar, mas as razdes porque ela funciona fazem-na potencialmente perigosa. Se a astrologia esta oferecen- do ao publico ocultismo disfargado de influéncias celes- tiais, ela 6 perigosa tanto moral como espiritualmente. Quando os astrélogos oferecem as pessoas “conheci- mento” do futuro com base em teorias nado provadas ou sob a diregfo de espiritos, as pessoas deveriam ser aler- tadas sobre as conseqiiéncias. Os astrdlogos véem os argumentos contra a astrolo- gia como se nao existissem, porque a astrologia parece funcionar e ninguém se importa se nao podemos expli- car por que ela funciona.” Se as pessoas soubessem que a astrologia é falsa e que sé funciona por meio do auto-engano ou através [da agao] de espiritos demoniacos, sendo também peri- gosa, podemos crer que elas continuariam consultando os astrologos? Foi demonstrado que fatores psicolégicos podem ser a causa de uma grande parte do éxito da astrologia."° E © que podemos dizer dos espiritos sobrenaturais chama- dos deménios? Eles estdo ligados 4s surpreendentes re- velagdes algumas vezes encontradas na astrologia? O pesquisador psiquico Bernard Gittelson declara: “Uma amiga minha ficou surpreendida porque seu as- trélogo, na primeira visita, foi capaz de mencionar os log P 74 + John Ankerberg e John Weldon principais fatos de sua vida, dos quais ele nunca poderia ter conhecimento, como, por exemplo, o que ocorreu du- rante duas semanas muito especificas vinte anos antes de seu encontro. Em outras palavras, ndo nos surpreenda- mos com o que os astrélogos sabem a nosso respeito.”"" Vejamos uma afirmacéo de um ex-astrologo pro- fissional: ...quando olhamos honestamente a astrologia, comesa- Mos a ver que aqueles que aderem a esse sistema — sem saber — estGo abrindo uma porta pela qual se estabelece uma comunica¢éo com espiritos que tém conhecimento, mas sdo enganadores. A seu tempo, essa porta se abre, produzindo um surpreendente desenvolvimento na vida do adepto. Ele ou ela se aperfeicoam na pratica, de uma forma como néo haviam pensado: como médium espirita. Sem contato com os seres espirituais, no haveria revela- Ges astrolégicos sobre a vida das pessoas. Ou se apare- cessem [sem contato com os espiritos], elas [as informa- ges sobrenaturais] seriam quase inteiramente obra da adivinhagao, [e] elas [as vevelagées sobrenaturais] seriam muito raras.'%? Mas se néo é possivel distinguir entre revelagdes as- trologicas e as que sao dadas pelo mundo espiritual em geral, 4 luz de tudo que temos visto, é mais légico con- cluir que essas revelagdes surpreendentes derivam de fontes espiritas — e nao dos astros. Além disso, quando se vé que a astrologia é uma pratica oculta, que freqiien- temente usa ou desenvolve capacidades psiquicas, e quando percebemos as mesmas tragédias e enganos que se encontram no espiritismo, como podemos acreditar Os Fatos Sobre a Astrologia * 75 nos astrdlogos quando dizem que sao simplesmente os astros que nos influenciam? 23. Ha perigos para aqueles que créem na astrologia ou a praticam? Algumas coisas funcionam extremamente bem, e mesmo assim sio muito perigosas; por exemplo, as ar- mas, a dinamite e as bombas. Os perigos da astrologia (e de toda forma de adivi- nhagdo) podem ser divididos em seis categorias basicas: (1) dano fisico; (2) indugao ao crime; (3) perdas econé- micas; (4) dano espiritual; (5) dano psicologico e (6) dano moral. 1) Dano fisico — Por exemplo, até mesmo alguns as- trologos admitem que, por ser freqtientemente charla- tanismo, “a astrologia médica é uma drea exposta a muitas falhas”.'* De modo que, quando um astrdlogo adverte a um cliente contra a apendicectomia de seu filho e este morre em conseqiiéncia, isso é mais do que tragico."* 2) Indugdo ao crime — O Dr. Kurt Koch observa que “a astrologia tem sido responsdavel por um indice eleva- do de suicidios e assassinatos.”"* Em seus livros ele da exemplos de efeitos nocivos da natureza sugestiva da astrologia. Assim, predigdes ou conselhos astrolégicos podem levar muitas pessoas a fazerem coisas que de ou- tra maneira nao teriam feito, e em alguns casos isso as levou a tragédia. Por exemplo, uma mulher assassinou 76 _* John Ankerberg e John Weldon seu proprio filho porque um astrdlogo lhe predisse que ele teria uma vida mentalmente desequilibrada. A per- turbada mae acabou presa e 0 astrdlogo ficou livre.'* As possibilidades sao infinitas: um mapa astral revela um bebé em gestagao deformado, resultando em um aborto; uma companhia pode falir, levando seu tesourei- ro a desviar fundos; etc. Podemos somente perguntar, quantos crimes tém sido cometidos por causa da astrologia? 3) Perdas econémicas — Quando as pessoas consul- tam os astrdlogos com respeito aos investimentos finan- ceiros e uma série de outras decisées de ordem econdé- mica — como jogos de azar, predigdes do tempo e resul- tados de colheitas, variagdes do mercado de valores, etc. — ha muita possibilidade para perdas financeiras ou tragédias. 4) Dano espiritual - Como a astrologia é uma pratica oculta (adivinhagao) condenada na Biblia, o pior dano que um astrélogo pode causar é contribuir para que as pessoas se afastem de Deus e de Cristo — passando a confiar em uma falsa filosofia religiosa. Isso nao so- mente impede a salvagdo pessoal, como também abre a porta para maior atividade ocultista, 0 que pode acabar em envolvimento com demGnios. Como a astrologia conduz as pessoas ao ocultismo? Uma analise de catorze fontes astroldgicas “padrées” apresentou trés signos zodiacais com qualidades ocul- tistas: Peixes, Escorpido e Aries. Os que nasceram sob esses signos supostamente seriam misticos, intuitivos, Os Fatos Sobre a Astrologia * 77 espirituais, magos, clarividentes, ocultistas, etc.’ A es- sas pessoas é dito que seriam psiquicas ou teriam ten- déncias para isso. Sera que muitas delas, sendo infor- madas de sua natureza “espiritualista”, nado tentarao cumprir © seu “destino” astrologico ou seu carma, en- volvendo-se desse modo no ocultismo? 5) Dano psicolégico — Quando os clientes tomam de- cisdées importantes baseadas em predigées ou calculos astrolégicos — decisdes relacionadas com a satide, a fa- milia, os filhos, os negécios, o futuro — abre-se a porta para uma tragédia em potencial. Tais decisdes sao feitas em uma base irracional e/ou emocional e nao sobre um juizo sadio ou fatos concretos relacionados ao assunto. Qualquer um que alega ter conhecimento do futuro esta exercendo uma influéncia que pode reorientar radical- mente os pensamentos de uma pessoa. Isso pode inclu- sive levar alguém a um processo de decisdo baseado na ansiedade e no irracional. (Quando o elemento de enga- no demoniaco também entra no quadro, é certo que ha- vera dano mais cedo ou mais tarde.) O “aconselhamento astrolégico” de pessoas sensiti- vas esta carregado de perigos em potencial. O que po- de ocorrer com aqueles a quem se diz que nasceram sob o signo de Gémeos, cuja “influéncia” pode resul- tar em uma personalidade dividida? Havera alguns de- les que viverdo sob a carga desse conhecimento e, por isso, chegarao a um limite perigoso? O que ocorrerd com os que procuram viver de acordo com sua “natu- reza astrologica” quando ndo se trata realmente da sua natureza? Que dificuldades ou problemas isso pode causar?" 718 * John Ankerberg e John Weldon Até mesmo astrdlogos profissionais admitem os peri- gos disso. O astrélogo e psiquiatra Bernard Rosenblum, um defensor do aconselhamento por meio da astrologia, advertiu mesmo assim: “...a ma reputag4o com a qual a astrologia luta deve-se parcialmente aqueles que fazem predigdes definidas sobre a morte, o divorcio, a doenga, e outras situagdes que sugerem que o cliente tera de so- frer pelo resto de sua vida com um dificil problema psi- colégico a fim de corrigir um desequilibrio do carma. Esses astrélogos revelam arrogancia e insensibilidade ao extremo”,"*? O proeminente astrdlogo Dane Rudhyar observa: “Tenho recebido muitas cartas de pessoas dizendo que estéo atemorizadas ou psicologicamente confundidas depois de uma consulta mesmo com um astrologo bem conhecido, que Ihes deu uma analise de personalidade tendenciosa e/ou predisse enfermidades, catastrofes ou até a morte’ O ex-astrdlogo Charles Strohmer admi- te: “Os maiores pesares apareceram em meu caminho devido ao meu envolvimento com a astrologia.”" Como a maior parte das visitas aos astrdlogos esta re- lacionada com questées da maior importancia para os clientes, por exemplo, decisdes importantes sobre di- nheiro, saide ou doenga, relacionamentos, filhos, dura- gao da propria vida ou da vida do cénjuge, etc., as pos- sibilidades de engano sio infinitas. 6) Dano moral - A astrologia nao tem carater moral. Em primeiro lugar, quase todos os astrélogos despre- zam qualquer critério absoluto de moralidade e prefe- rem uma abordagem de “ética circunstancial” em que Os Fatos Sobre a Astrologia * 79 as decisdes morais sao determinadas subjetivamente — em sua maior parte pelas preferéncias ou fantasias do astrélogo. O astrdlogo Alan Oken declara: “Nenhum Caminho é 0 Caminho Verdadeiro, porque no Absoluto nao existe Verdade ou Falsidade, correto ou errado, nem sim ou nao.”'? Em segundo lugar, muitos astrologos deliberadamen- te rejeitam os valores morais. Por exemplo, John Mano- lesco observa: “Os valores religiosos ou morais estio declinando; a ficgao do livre arbitrio, da obrigagdo mo- ral, [e dos] valores eternos, imutaveis foi desmascarada como 0 que realmente é — mito.”"* Em terceiro lugar, os astrdlogos preferem nao educar moralmente o publico. Jeff Mayo, fundador da Escola Ma- yo de Astrologia, enfatiza: “Deve ser entendido que a as- trologia nao moraliza; o mapa astral indica debilidade ou forga nesse aspecto: a escolha da agao é do individuo”.'“ Finalmente, o astrélogo nao é responsavel diante de nada a nao ser seus proprios critérios, ou dos astros im- pessoais que pouco ou nada tém a ver com sua condu- ta. Por exemplo, os tipos de tragédias relatados sao fa- cilmente justificados pelos astrologos com a desculpa de que se trata do “destino cdrmico” de seus clientes. Sejam quais forem os pecados ou tragédias de seus clientes nesta vida, eles so somente os resultados das condi¢gdes de uma vida passada que os “predestinou”. Por exemplo, muitos astrélogos atendem a comunidade homossexual. Ocasionalmente podem orientar um cliente sobre o melhor tempo para seu proximo caso, ou explicar-lhe que sua preferéncia sexual foi “deter- 80_¢ John Ankerberg e John Weldon minada” pelos astros.'** Um astrologo até admite que “as pessoas usam a astrologia com muita freqiiéncia como uma desculpa, uma justificativa para suas debili- dades e erros...”" Conclusao Duas Histérias da Vida Real A verdade é que as predigées astrologicas podem ter conseqiiéncias tragicas na vida das pessoas. Para mui- tos, 0 astrélogo é um “deus” e suas palavras tém autori- dade “divina”. Portanto, uma interpretag4o astrolégica pode ser para muitos 0 equivalente a uma revelagdo pes- soal do proprio Deus. Consideremos as seguintes histd- rias veridicas que ilustram melhor o problema dos con- selhos astrolégicos. Um jovem consultou um astrélogo que lhe informou: os astros revelaram que ele iria se casar ainda jovem, mas que sua primeira esposa nao seria a “destinada” pa- ra ele. Somente sua segunda esposa é que lhe traria a “verdadeira felicidade”. Assim, 0 jovem casou-se deli- beradamente cedo a fim de conhecer sua primeira espo- sa, OU seja, para cumprir a profecia e ndo perder a pos- sibilidade de encontrar a segunda esposa, que seria a unica que o faria feliz. Sua primeira esposa era uma pessoa muito bondosa e uma mulher dedicada a ele, com quem teve trés filhos. Porém, depois do nascimen- to do terceiro filho, o esposo abandonou a familia e pe- diu 0 divércio. Ele casou-se com a segunda mulher, que cria ser a que os astros haviam destinado para fazé-lo Os Fatos Sobre a Astrologia * 81 feliz. Mas dentro de poucos meses ela se juntou a uma seita e fez da vida dele uma completa miséria, de forma que ele decidiu divorciar-se dela.” Assim, um tnico astrélogo, com uma sé de suas pre- digdes, produziu dor e tragédia na vida de seis pessoas: trés adultos e trés criangas. Multipliquemos agora 0 po- der das predigées por milhdes de predigdes e conselhos astrologicos dados ano apés ano e veremos o potencial para o desastre. Excessivas tragédias sao “preparadas” por predig6es astrologicas. O padrao é muito claro: (1) os clientes ficam surpreendidos pelas revelagdes exa- tas; (2) essas revelagdes produzem confianga; (3) a confianga leva ao engano; (4) o engano produz deci- sdes e agdes tolas ou imorais; (5) as agdes erradas tra- zem ruina ou destruigao.'* Uma segunda ilustragfo revela nao somente quao fa- cilmente a astrologia torna-se um veiculo para a tragé- dia, como também a realidade da luta espiritual escon- dida sob a superficie. Aqui vemos como a astrologia produz medo e desespero irracionais. Ela também para- lisa a iniciativa e 0 bom juizo e pode levar ao suicidio se nao for prevenido. Uma mulher estava para se casar e pensou que Ihe seria muito Util o conselho de um astrdlogo. Depois de preparar o hordscopo, o astrdlogo prognosticou o se- guinte: “Seu noivado se rompera. Esse homem nao se casara com vocé. Na realidade, vocé nunca se casara e ficara sempre solteira”. A mulher ficou arrasada. Ela estava apaixonada pelo seu noivo e nao podia suportar a idéia de perdé-lo. Ficou paralisada pelo panico e vi- 82_¢ John Ankerberg e John Weldon via temendo pelo rompimento do compromisso e tam- bém porque nunca se casaria. Finalmente resolveu por fim a sua vida, mas no dia em que tencionava come- ter o suicidio um amigo de seu noivo a impediu de fa- zé-lo. Por orientag&o desse amigo, buscou aconselha- mento pastoral, revelou seu drama, arrependeu-se e en- tregou sua vida a Cristo. Pouco depois, seu noivo também fez o mesmo. Hoje eles sdo casados, tiveram varios filhos e sao muito felizes. Porém, se nao fosse por Cristo, a tragédia que havia sido anunciada pelo as- trdlogo teria se cumprido.”'” Uma palavra pessoal Se, como cristéo, vocé esta atualmente envolvido de alguma forma com a astrologia, esperamos que as infor- mag6es deste livro fagam com que vocé se afaste desse envolvimento. Ha duas raz6es para isso: a primeira 6 que, co- mo cristéo, o Deus eterno que o ama profundamen- te o adverte que a astrologia é uma filosofia sata- nica, e que nfo devemos buscar informagdes em tais fontes. Como vimos neste livro, os maus espiritos so o poder real que atua por tras de muitos astré- logos. Em segundo lugar, as colunas de revistas e jornais que eles escrevem e os livros que publicam também sao meios para contaminar nossas mentes e tirar-nos a paz. Os Fatos Sobre a Astrologia + 83 Pega ao Senhor que o perdoe por sua desobediéncia e que supra todas as suas necessidades. Ele o fara. Caso vocé esteja em diivida se é realmente um cris- téo, ou se sabe que nunca depositou sua fé em Jesus Cristo, encorajamos vocé a recebé-IO agora. Se quiser receber a Cristo, a unica coisa a fazer é orar: Amado Deus, peco a Jesus Cristo que entre em minha vida e seja meu Senhor e Salvador. Reconheco que esta € uma decisGo que o Senhor leva a sério. Creio que Je- sus Cristo morreu na cruz pelos meus pecados e agora mesmo O recebo em minha vida. Prometo que O segui- rei e deixarei a astrologia. Peco Sua ajuda para fazé-lo. Amém.”1° Apéndice A Astrologia no Brasil Paulo Cesar Pimentel Presidente do CPR O astrélogo Assuramaya, responsdvel por um curso de Astrologia no Rio, brasileiro na faixa dos 70 anos, sacerdote bramanista, revela que por volta de 1930 al- guns astrologos jd ministravam aulas sobre 0 assunto no Brasil. Esses pioneiros foram Demeétrio de Toledo, Botelho de Abreu, dentre outros. Assuramaya, por sua vez, apresenta-se como responsavel pela formagao de novos astrdlogos ha mais de 44 anos no Brasil. No Rio de Janeiro, em 1952, ele criou a Granja Experimental de Astrologia. Nos anos 70 foi convidado pelo DESIPE (Departamento do Sistema Penitencidrio do RJ) para Os Fatos Sobre a Astrologia * 85 desenvolver pesquisas sobre a influéncia dos astros no comportamento dos presos, ou predispondo-os a vida marginalizada. Assuramaya, que tem o n° | no cadastro do SINARJ (Sindicato dos Astrélogos do Rio de Janeiro), tem atua- do até em faculdades, ministrando cursos livres. Em 1978, recebeu da Universidade Estacio de Sa (RJ) 0 titulo de Professor-Conferencista, e estabeleceu ali o seu Laboratério Experimental de Astrologia. Hoje ele oferece um curso de Astrologia em 57 fitas cassete (sintese de milhares de palestras), além de preparar grupos em sua fazenda Mata Atlantica, em Nova Fri- burgo — RJ. Declara ja ter dado mais de 40 mil con- sultas astrologicas. Segundo a astrdloga Celi, da Astroscientia, do Rio, antes de 1984 existiam poucos cursos de Astrologia no Brasil. Mas a partir desse ano, ela declara que houve um grande avango com o surgimento de novos cursos em nosso pais. Marta Pires Ferreira, catélica, artista plastica e astré- loga ha 30 anos, autora de artigos publicados em diver- sos jornais de grande circulagao no Brasil, recebeu pré- mio na Suiga em 1992 por suas previsdes astrolégicas mundiais. Os astros influenciaram na data do 1° Simpdsio Na- cional de Astrologia que se realizou no Rio de Janei- to nos dias 24 e 25 de janeiro de 1997, porque “nes- tes dias o Sol estaria em conjunc4o exata a Urano no signo de Aquario, e Jupiter teria acabado de entrar nes- 86_* John Ankerberg e John Weldon te signo, que rege a Astrologia”, informa Olavo de Azevedo, presidente do SINARJ, no jornal Universus, outubro/96, p.2. Servicos oferecidos Sao muitos os servigos oferecidos pelos astrdlogos no Brasil. Dentre eles temos 0 hordscopo diario nos jornais e radios e uma verdadeira inundagao de antin- cios na televiséo oferecendo aconselhamento astrold- gico por telefone (0900). Porém, segundo a astrologa Celi, a horoscopia é um apéndice da Astrologia, ma- téria que ela considera desnecessdria em seu curso de formagio de astrélogos, tido como o melhor e mais completo, com 4 anos de duragao e 90 alunos matri- culados em 1996. A horoscopia, segundo Celi, nao é pessoal, mas coletiva. E ai constitui-se o problema: a probabilidade de acertos nos hordscopos é de um pa- ra milhdes, ou mesmo bilhdes, assegura ela. Ou seja, dentre os milhdes nascidos sob determinado signo, tal- vez para apenas uma pessoa coincida o que revela o hordéscopo do dia. Também sao oferecidas consultas particulares onde se prepara o mapa natal ou mapa astral de cada indivi- duo em fungao de data, local e hora de nascimento. Para facilitar o preparo do mapa existem programas informa- tizados, como o Pegasus e o Canopus. Em menos de um minuto é feito o mapa astral do cliente. Por isso, servi- gos desse tipo sao oferecidos até pelo correio. Basta en- viar os dados basicos com o pagamento, € 0 interessado recebera em sua casa o seu mapa natal interpretado. Os Fatos Sobre a Astrologia + 87 A Internet, sistema da informatica acessivel a mi- Ihdes de pessoas no mundo hoje, também dispde de di- versos servicos astrologicos. A maioria dos jornais eso- téricos tém a sua home page nesse sistema para servir os interessados. Até mesmo cursos de Astrologia po- dem ser feitos dentro de casa via Internet! Charlatanismo Alguns astrélogos que se consideram sérios no exer- cicio da astrologia reconhecem que existem muitos as- trdlogos charlatées que visam somente o lucro financei- ro. Enquanto para uns a interpretagio de um mapa as- tral leva até 3 horas, a um prego de R$ 150,00, outros o fazem em menos de uma hora cobrando 0 mesmo valor. Atendem mais pessoas por dia, e conseqiientemente fa- turam mais. Ha astrdlogos que atendem até dez pessoas por dia, o que é um absurdo, revela Celi. Dentre os milhares de astrdlogos no Brasil, Assura- maya diz haver menos de 50 sérios e confidveis. A maioria, segundo ele, visa tio somente o dinheiro. Uns, informa Celi, chegam a marcar consultas todo més para os seus consulentes; o que ela considera abusivo. Ainda existem denuncias de que as previs6es as- trologicas de alguns jornais e programas de radio sao feitas sem nenhum critério astrolégico. Simplesmen- te trocam-se as previsdes de um signo pela de outro signo do dia, semana ou més anterior. Ou seja, sim- plesmente é feito um rodizio das mesmas previsdes entre os signos. 88 _¢ John Ankerberg e John Weldon Previsaéo do futuro? Para Celi, que se diz catdlica, nao existem previsdes, mas, sim, probabilidades: nenhum astrélogo tem o direto de prever o futuro de alguém em fungio dos astros. Mui- to menos deve-se crer em influéncias de vidas passadas. Contestando aqueles que usam da Astrologia como misticismo, e procurando argumentar a favor do seu re- conhecimento como ciéncia, a Astroscientia registrou no programa do seu curso a declaragao intitulada O que nao somos. Resumidamente, diz 0 seguinte: 1) Nao somos “astrélogos esotéricos” - Embora quase todo o simbolismo astrolégico provenha de antigas tradi- g6es esotéricas, a Astrologia em si nao é um conhecimen- to oculto ou misterioso... Sua aquisig¢ao ndéo depende do ingresso em ritos de iniciagdo...” 2) Nao somos “astrdlogos cientificos” - |...) 3) N&o somos “adeptos da Astrologia” - A Astrologia nao é uma fé ou crenga que deve ser defendida contra os adeptas do partido contrario... 4) N&o somos psicdlogos ou psicoterapeutas — Rejeita- mos na base o pastulado corrente em certos circulos que faz da Astrologia uma parte ou divisdio da Psicologia... 5) N&o somos astrénomos — (...) 6) N&o somos gurus - Consideramos abusiva a preten- so de certos astrélogos em revelar a seus clientes o “sen- Os Fatos Sobre a Astrologia * 89 tide césmico” de suas existéncias, tendo por base uma in- terpretacdo finalistica ou “carmica” de seus hordscopos... Na conclusao lé-se: “O astrélogo é apenas um ho- mem de ciéncia e 0 praticante de uma técnica diagndsti- ca que se baseia em fendmenos naturais e humanos, na- da conhecendo para além do natural e do humano... suas especulagdes, como as de outros homens, serio apenas especulagées, e nada mais”. (sic) Conflitos externos Embora poucos astrologos se digam sérios e tentem justificar suas praticas como cientificas, nao tém falta- do atritos entre a Astrologia e alguns grupos cientificos, como o Conselho Federal de Psicologia que, através da Resolugao n° 29, de 16/12/95, publicada no Diario Ofi- cial da Unido em 30/01/96, proibe que os psicdlogos fa- gam propaganda ou uso de praticas “alternativas”, alheias as praticas cientificamente aceitas. Pois denin- cias tém sido feitas junto ao CFP de psicdélogos que fa- zem uso de praticas esotéricas, incluindo astrologia, no tratamento de seus clientes. Diz a Resolugio n° 29 no seu artigo 1°: “Fica vedado ao psicdlogo na publicidade através de jornais, radio, te- leviséo, ou outro veiculo de comunicagao, vincular ou associar a0 titulo de psicdlogo e/ou ao exercicio profis- sional rotulos, expresses, praticas ou técnicas tais co- mo: Tarologia, Astrologia, Numerologia, Cristalotera- pia, Terapia Energética, Psicoterapia Xamdanica, Psico- logia Esotérica, Terapia de Transmutagao Energética, 90_* John Ankerberg e John Weldon Quiromancia, Cromoterapia, Florais, Fotografia Kirlian, Terapia Regressiva de Vidas Passadas, Psicologia Espi- ritual, Terapia dos Chacras, Terapia dos Mantras, Tera- pia de Meditacao, Psicoterapia do Corpo Astral, Traba- lho Respiratorio MohAnico, Projeciologia, Iridologia.” Para a astrénoma e fisica Josina Nascimento, do Ob- servatorio Nacional do Rio de Janeiro, a Astrologia é¢ inécua, nao faz bem nem mal — os que dela dependem revelam-se fracos. Declara, ainda, que néo ha compro- vacao cientifica de que os astros possam influenciar no carater e personalidade do ser humano. O jornalista-cientifico e assessor de imprensa do mesmo Observatorio Nacional, Jorge Pereira, informa: 1) Astrologia n&o é ciéncia; 2) A descoberta de Ofiico, uma nova constelacdo, que se encontra entre as constelacées de Touro e de Aries, de- ve ser considerada, pois a composi¢éo dos signos do Zo- diaco poderia ser alterada e, derrubar, assim, todos os postulados astrolagicos aceitos até entdo; e 3) O céu est mudando, ou seja, os astros estdo se afastando ou se aproximando uns dos outros com o pas- sar dos séculos e dos milénios, 0 que os astrélogos tam- bém devem considerar. Além disso, Jorge Pereira informa que “tudo que es- ta no céu hoje ja é passado. Por exemplo, o Sol que vejo agora é o Sol de 8 minutos atras. A Lua, o astro mais proximo da Terra, é vista com um segundo de Os Fatos Sobre a Astrologia * 91 atraso. E a estrela Alfa de Centauro, proxima ao Cru- zeiro do Sul, é vista com 4 anos de atraso”. Além dis- so, a explosdo da estrela Supernova de Shelton ha 170 mil anos foi vista por 3 meses a olho nu em 1987. Diz ele que os astrologos deveriam atentar também para estes fatos. Conflitos internos Além do comércio e do charlatanismo entre os astro- logos brasileiros, dos conflitos externos com ramos do saber cientifico, existem também problemas entre os proprios astrélogos. Cid de Oliveira, diretor da Escola Zenith de Astrologia, no Rio, declarou o seguinte no jornal esotérico Universus, de outubro/96: “Tenho ob- servado que alguns estudantes, apds o deslumbramento provocado pelo contato inicial com a Astrologia... tem dificuldades para traduzir aquilo que percebem e€ conse- guem dizer em ‘astrologués’. Muitos empacam, e com razio”. Tal situagdo, na verdade, evidencia a existéncia de conflitos internos e de dividas entre os proprios as- trdlogos sobre o que seria a verdadeira interpretagao da linguagem dos astros para uma determinada pessoa. Cid de Oliveira exemplifica: - O mapa astrolégico com seus doze signos; as doze casas; 0 Sol, a Lua, os cinco planetas tradicionais e ainda Urano, Netuno e Plutao; os Siversos tipos de aspectos; os Nodos Lunares, Lilith, Quirion, as Partes Arabes, o Vér- tex, os Pontos Médias, a Roda da Fortuna, etc, tudo isso é um desafio para a capacidade de combinagdo e sintese de qualquer um. Além disso, pode-se atribuir uma mesma 92_* John Ankerberg e John Weldon interpretagdio a configuragées astrolégicas similares. Por exemplo: 0 individuo inconvencional, diferente, imprevisi- vel, intenso emocionalmente, passional e apaixonado, pode ter esses tracos devido a um Sol em Aquario... ou pode ser que Urano esteja cravado no Ascendente e a Lua na casa 8 em Céncer; ou pode ser que nao seja nada disso, mas, sim, um Sol de casa 11... Isto pode criar uma certa desorientacio e inseguranga. - Por outro lado, com tantos elementos a considerar, pode-se ndio saber por onde comesar a interpretagtio... No mapa de mulher comeco pela Lua?... - ...A diferenga entre aquilo que indica um signo, uma casa ou um aspecto é, ainda, matéria confusa no saber astrolégico. -Eoqueé pion como escolher entre descricdes con- traditérias aquela que € correta para o mapa que estou interpretando?... Conclusao Enquanto a “luz dos astros” tem trazido duvida e di- visdo entre os proprios astrdlogos, ¢ incerteza e frustra- Gao para 0 povo que anda sem diregao, JESUS, o Cria- dor de todos os astros celestes e de todo o Universo, apresenta-se como a verdadeira Luz do Mundo e decla- ra que aqueles que O seguirem nao mais andario em trevas; mas terao a luz da vida (Joao 8.12). Os Fatos Sobre a Astrologia + 93 Aos que esto buscando diregdo para suas vidas, Je- sus convida: “Vinde a mim todos os que estais cansa- dos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei... e achareis descanso para a vossa alma” (Mateus 11.28-30). Na Biblia, a Palavra de Deus, encontramos revela- g6es claras de que nossas vidas estéo nas maos de Deus. Davi revela-nos no Salmo 139 que Deus tudo conhece e que nao podemos fugir da presenga dEle em hipotese alguma. Daniel, o profeta, declara ao rei Belsazar: «,..Deus, em cuja mio esta a tua vida, e todos os teus caminhos...” (Daniel 5.23). Nossas vidas e nossos caminhos estéo nas maos de Deus! Que consolo e descanso é sabermos que nossas vidas estéo nas maos desse Deus amoroso! Para os ba- bilénios, todavia, que se deixavam guiar pelos astros, nao foi assim, conforme lemos em Isaias 47.13-15. Diante de nds esta a escolha a ser feita: saber 0 que dizem os astros a meu respeito, ou saber qual a vontade de Deus para a minha vida. Convém recordarmos as pa- lavras do apéstolo Paulo na sua carta aos Romanos: “E nao vos conformeis com este século, mas transfor- mai-vos pela renovagao da vossa mente, para que ex- perimenteis qual seja a boa, agradavel e perfeita vontade de Deus” (capitulo 12.2). Aqradecimentos Agradecemos ao Pr. Paulo Cesar Pimentel, fundador e presidente do CPR, pela elaboragao do apéndice “A Astrologia no Brasil”. Somos gratos também 4 Sra. Mary Schultze, pesquisadora do CPR, pelas sugestdes e ajuda prestada. O Que € o Centro de Pesquisas Religiosas? O CPR é uma missao evangélica interdenominacional que visa alcangar os perdidos nas diversas seitas heréti- cas, e alertar os servos do Senhor Jesus contra a sedu- gao desses grupos, incentivando e preparando os cris- taos para “batalhar pela fé uma vez dada aos santos” (Judas 3). Junta-se ao apdstolo Paulo tomando a defesa da fé (Fp 1.16). Veio a existir como conseqiiéncia de um trabalho de evangelizacao entre as “Testemunhas de Jeova”, realizado no Rio de Janeiro, em agosto de 1988, por irmaos do “ICP — Instituto Cristaéo de Pesquisas” (SP). Desse trabalho participou ativamente o Pr. Paulo Cesar Pimentel, na ocasiao, a frente de uma igreja batis- ta no Rio, que passou a dedicar-se exclusivamente 4 evangelizagaéo dos adeptos das seitas em margo de 1991. Em maio de 1994, juntamente com outros irmaos, fundou o CPR, do qual é presidente. Os Fatos Sobre a Astrologia * 95 Evangelismo prdatico Estimulo, motivagao e despertamento é 0 que o CPR tem procurado dar as igrejas através de trabalhos prati- cos com os adeptos de seitas. Muitas dessas igrejas rea- lizam congressos que reinem milhares de adeptos. Sao ocasides propicias para os crentes sinceros misturarem- se ao povo a fim de dar-lhe o verdadeiro testemunho da fé em Jesus. Literaturas apropriadas s&o utilizadas nes- sas ocasides, além de faixas e cartazes. Folnetos O CPR tem editado folhetos especificos para adeptos de seitas. Alguns deles sao: A Vida de Sao Jorge; A Vida de Sao Sebastido; A Vida de Cosme e Damido; O Dog- ma da Imaculada Conceigdéa de Maria; Pascoa Crista; Quem Matou Lenae, Adrian e Lisa; A LBV Fechara as Portas? Proclamagdao; Cristao Magom?; Pactos Secre- tos Anulados Por Deus; As Escrituras Mormons ou a Bi- blia?; O Mormonismo Tem Outro Jesus; e Um Evento Que Vocé Nao Deve Perder. Centenas de milhares de fo- Ihetos tém sido publicados nestes Ultimos anos visando a evangelizagao direta dos adeptos de seitas. Livros Em dezembro de 1995 foi lancado o livro Merecem Crédito as Testemunhas de Jeova?, de autoria de Aldo Menezes, ex-adepto das TJs. Trata-se de um verdadeiro manual para a evangelizagéo dessas pessoas. O livro 96 _* John Ankerberg e John Weldon contém dezenas de raciocinios objetivos e irrefutaveis que podem ser usados por qualquer pessoa que se dis- ponha a evangelizar as TJs a luz da Biblia e a luz da ra- zao. Em 1977 foi publicado o livro Por Amor Aos Caté- licos Romanos. Outros livros deverao sair em breve nos mesmos moldes sobre os adventistas e outros grupos. Video A fita de video Loja Magénica: O que Acontece por Tras das Portas Fechadas?, uma producao de John An- kerberg, é 0 primeiro langamento do CPR nessa area. Ex-magons vestem-se com as roupas apropriadas e si- mulam alguns rituais das lojas confrontando-os com a Palavra de Deus. O objetivo é desmascarar a magonaria, evidenciando sua incompatibilidade com os principios da vida crista. Palestras Diversas igrejas tém sido beneficiadas pelos estudos ministrados pelos pesquisadores do CPR. Muitos deles, ex-integrantes das seitas, vivenciaram durante anos as amargas experiéncias de crer num falso deus e ter uma falsa esperanga. Hoje abengoam as igrejas com seu tes- temunho e conhecimento. Adiministra¢ao e manuten¢ao O CPR é administrado por uma diretoria eleita dentre os seus associados. No escritério conta com a coopera- Os Fatos Sobre a Astrologia + 97 ¢4o de irmaos que voluntariamente ajudam nas pesqui- sas e servigos. As despesas sao cobertas por ofertas de irmaos e igrejas que reconhecem que o servigo prestado pelo CPR é importante e necessario nos dias atuais. Onde estdo os ex-adeptos de seitas? Cremos que um cadastro desses nossos irmaos seria muito util para a igreja do Brasil. Para tanto, o CPR esta cadastrando esses nomes a fim de se tornar uma refe- réncia para as igrejas. Crescimento das seitas O CPR preocupa-se bastante com o grande cresci- mento das scitas no Brasil. Em 1994, as “Testemunhas de Jeova” batizaram mais de 24 mil pessoas; em 1995, esse numero ultrapassou 32 mil pessoas. Um aumento na ordem de 30%. Os mérmons avangam folgadamente sem que a igreja dé um basta. Os adventistas gabam-se de ex-evangélicos que tém passado para os seus ar- raiais. Sem falar no crescimento exagerado do espiritis- mo de todos os niveis. Alerta final As seitas estao cativando pessoas por toda parte com uma mensagem falsa de controle mental; até mesmo os membros das igrejas evangélicas podem tornar-se presa facil por nao estarem preparados para defender sua fé. 98 * John Ankerberg e John Weldon Os falsos ensinos continuarao a crescer, afrontando o Evangelho de Jesus Cristo até que alguém resolva agir. Alguém gue esteja disposto nao somente a ter as glorias do Cristianismo, mas também a receber em seu corpo as marcas do Senhor Jesus (Gl 6.17). Alguém que en- tenda que fomos chamados nao somente a crer em Cris- to, mas também a padecer por Ele (Fp 1.29). Onde es- tao esses servos? Centro de Pesquisas Religiosas - CPR Caixa Postal 92.950 FAX: (021) 643-2325 TERESOPOLIS - RJ - CEP: 25951-970 e-mail: cor@ism.com.br a . Geoffrey Dean, “Does Astrology Need to Be True? Part On Notas The Los Angeles Times, 3 de setembro de 1975, p. 1. . Donald Regan, For the Record: From Wall Street to Washing- ton (Nova lorque: Harcourt Brace Jovanovich, 1988), p. 3. . June Wakefield, Cosmic Astrology: The Religion of the Stars (Lakemont, GA: CSA Press, 1968), p. 22. . Charles E. O. Carter, The Principles of Astrology (Wheaton, IL: Theosophical Publishing House, 1977), p. 13. . Theodore Laurence, The Foundation Book of Astrology (Se- caucus, Nu: University Books, 1973), p. 13. . Jeff Mayo, Astrology (London: Hodder, and Stoughton, 1978), p. 2. . Owen S. Rachleff, Sky Diamonds: The New Astrology (Nova lorque: Popular Library, 1976), p. 15. . Por exemplo, “Ascendant”, “Aspect”, “House”, “Sextile”, “Cusp”, “Sesquiquadrate”, “Imum Coeli”, “Ecliptic’,“Opposi- tion”, “Quadruplicity”, “ Quincunx”, “Trine”, “Zodiac”, “Descen- ding Node”, etc. |. Também nao ha acordo em relagao ao valor dos conceitos, © que gera por sua vez interpretages que diferem muito en- tre si. . John Anthony West e Jan Gerhard Toonder, The Case For Astrology (Baltimore, MD: Penguin Books, 1973), p. 1. . Lawrence E. Jerome, Astrology Disproved (Buffalo, NI: Pro- metheus Books, 1977), p. . Bernard Gittelson, Itangibi Evidence (Nova lorque: Simon and Schuster, 1987), p.3 . Pesquisa Gallup de 19 i erat 1975. Veja R. B. Culver e P. A. lanna, The Gemini Syndrome: A Scientific Evaluation of Astrology (St. Buffalo, NI: Prometheus Books, 1984), p. 2. . Derek e Julia Parker, The Compleat Astrology (Nova lorque: Bantam, 1978), p. 178. . “News and Comment”, The Skeptical Inquirer, Vol. 9, n° 2, pp. 113-114. Pesquisa Gallup de maio de 1988 indicou que a crenga na astrologia estava em baixa, mas no incluia as re- velagdes posteriores da Casa Branca. A Look at the Real Thing”, The Skeptical Inquirer, Vol. 11, 2, p. 167. 100 * John Ankerberg e John Weldon 15. 16. 17. 18. 19, 20. 21. 22. 23. 24. Derek e Julia Parker, op. cit., p. 60. E.g., veja Eden Gray, A Complete Guide to The Tarot (Nova lorque: Bantam, 1980), pp. 204-27, também Javane & Bun- ker Numerology and the Divine Triangle (Para Research, 1980), que abarca numerologia, tarot e astrologia, como John Sandbach, Degree Analysis: Dwadashamsas and Dee- per Meanings (Seek It, 1983). Dane Rudhyar, Liz Greene, e Stephen Arroyo sao os trés astrélogos mais destacados que atualmente fazem a integragao entre a psicologia e a astrolo- gia. Veja Joanne Sanders, “Connecting Therapy to the Hea- vens”, The Common Boundary, janeiro/fevereiro de 1987, pp. 11-14; também Alice Howell, Jungian Symbolism in As- trology (Wheaton, IL: Quest, 1987). West e Toonder, op. cit., Pp. 221-227; Roy A. Gallant, Astrology: Sense or Nonsense (Garden City, Doubleday, 1974), pp. 14-19. Gittelson, op. cit., pe 350-353; em astrologia médica ver Harry F. Darling, M. D., Essentials of Medical Astrology (Tempe, AZ: AFA, 1981); Omar V. Garrison, Medical Astrology: How the Stars Influence Your Health (Nova lorque: Wamer, 1973). cf., Barb Bok e Lawrence E. Jerome, Objections to Astrology (Buffalo, NI: Prometheus Books, 1975), p. 46; C. Norman Shealy, Oc- cult Medicine Can Save Your Life (Nova lorque: Bantam, 1977), p. 117; Gallant, op. cit., pp. 115-116. Sobre hinduismo € teosofia ver James Braha, Ancient Hindu Astrology for the Modern Western Astrologer (N. Miami, FL: Hermetician Press, 1986); Edward K. Wilson, Jr., The Astrology of Theo- sophy (Tempe, AZ: AFA, 1982). Dean, parte 1, op. cit., p. 167. Joyce Wadler, “The President's Astrologers”, People Weekly, 23 de maio, 1988, p. 111; Gittelson, op. cit., pp. 352-353. E.g., Mae Wilson-Ludlam deu o primeiro curso de 2° Grau de astrologia autorizado em 1972. O manual e mesa de livros da Convengao da AFA em julho de 1988 indicavam que va- trios astrélogos ensinavam astrologia no 2° Grau ou em uni- versidades e. g., Louise Bronley na Universidade Emory. Culver e lanna, op. cit., p. 2. De M. Kurt Goedelman, “Seeking Guidance From the Stars of Heaven”, Personal Freedom Outreach, julho/setembro, p. 5. Este é provavelmente um exagero, apesar de ser ampla- mente reconhecido que um grande numero de corporacdes de importancia empregam a astrologia. The Los Angeles Times, 5 de julho, 1985, p. 1. Henry Weingarten, A Modern Introduction to Astrology (Nova lorque: ASI Publishers, 1974), p. 28. E.g, The American Federation of Astrologers em Tempe, Ari- zona oferece fitas gravadas a respeito de outras conven- Os Fatos Sobre a Astrologia * 101 25. 26. 27. 28. 29. 31. 32. 33. 34. 35. 36. goes. A convengao de julho de 1988 em Las Vegas também ofereceu cursos sobre 0 assunto. The Los Angeles Times, 5 de julho, 1985, p. 1. Geoffrey Dean, “Does Astrology Need to be True, Part 2 ~ The Answer is No”, The Skeptical Inquirer, Vol. 11, n° 3, p. 262. E. Howe, “Astrology”, em Richard Cavendish (ed.), Man, Myth and Magic: An Illustrated Encyclopedia of the Superna- ey a 1 (Nova lorque: Marshal Cavendish Corporation), p. 149. E.g., Culver e lanna, op. cit, pp. 1X-218. Veja Pergunta 23 e hosso texto que se segue, Astrology: Do The Heavens Rule Our Destiny? (Harvest House, 1988). John Weldon, Hazards of Psychic Involvement, nao publica- do, 1986, pp. 1-389. Veja os escritos a respeito de ocultismo do Dr. Kurt Koch (e. tween Christ and Satan (Grand Ra- pids,MI: Kregel, 1962)) e do Dr. Merril Unger (e.g., Demons in the World Today (Wheaton, IL: Tyndale 1972). Veja tam- bém os escritos de Edmond Gruss, The Ouija ; Door- way to Occult (Chicago: Moody, 1279), pp. 59-112; Merrill Unger, The Haunting of Bishop Pike (Wheaton, IL: Tyndale, 1971) Testemunhos pessoais incluindo os de Doreen Irvine, Freed From Witchcraft (Nashville: Thomas Nelson, 1973); Johanna Michaelsen, The Beautiful Side of Evil (Eugene, OR: Harvest House, 1982); Raphael Gasson, The Challen- ging Counterfeit (Plainfield, NJ: Logos, 1970); e Malachi Mar- tin, Hostage to the Devil: The Possession and Exorcism of Five Living Americans (NI: Bantam, 1977). ). Veja Merrill Unger, Biblical Demonology (Wheaton, IL: Scrip- ture Press, 1971): C. Fred Dickason, Angels: Elect and Evil (Chicago, IL: Moody Press, 1975); e Merrill Unger, Demons in the World Today, op. cit. E significativo que em oito dos dez cursos examinados alea- toriamente durante a convengdo da Federagéo Americana de Astrologia de 4 a 8 de julho de 1988 em Las Vegas, NV, os instrutores de astrologia admitiram ter espiritos-guias. A definigao Faia 6 de Merrill Unger, Biblical Demonology, op. cit., p. 119. A parte da literatura que pode ser citada, esse comentario foi admitido pela maioria das dezenas de astrdlogos com quem falamos na convengao da Federagéo Americana de Astrolo- gia em julho de 1988 em Las Vegas, Nevada. The Los Angeles Times, 15 de janeiro, 1975. Ibid. Carter, op. cit., p. 14. . Em Gittelson, op. cit., p. 350. 102 + John Ankerberg e John Weldon 37. Clifford Wilson e John Weldon, Psychic Forces (Chattanoo- ga, TN: Global, 1987), pp. 331-345. 37a. Além disso, na conveng&o da AFA de maio de 1988, a astré- loga, com experiéncia de 20 anos, Rev. Irene Diamond nos disse que os espiritos a guiaram pessoalmente a astrologia @ que seus livros sobre astrologia foram produzidos ditados por espiritos e/ou através de psicografia. A presidente atual da AFA, Doris Chase Doane, disse-nos que os esforgos dos espiritos através da igreja ocultista Church of Light (Igreja de Luz) fundada por C.C. Zain sao muito importantes para 0 tra- balho da astrologia. 38. Alice Bailey, Esoteric Astrology (London: Lucius Trust, 1982). Este é 0 volume 3 de A Treatise on the Seven Rays. 39. Margaret H. Gammon, Astrology and the Edgar Cayce Rea- dings (Virginia Beach: A.R.E. Press, 1987) p. Vill. 40. Ibid., p. 15; palestra n° 3744-3. 41. West e Toonder, op. cit., pp. 107-108. 42. Daniel Logan, The Reluctant Prophet (1980), pp. 63-65, 169-170. 43, Marcus Allen, Astrology for the New Age: An Intuitive Ap- proach (Sebastopol, CA: CRCS Publications, 1979), pp. 2, 6. Uma breve andlise de 500 livros escritos por astrdlogos, na convengao de julho de 1988, revelou que muitos astrdélogos — se nao a maioria deles — praticavam outras formas de ocul- tismo. Isto também vale para a maioria dos astrdlogos com quem falamos. 44. “Sepharial”, A Manual of Occultism (Nova lorque: Samuel Weiser, 1978), p. 3. 45. Sybil Leek, My Life in Astrology (Englewood Cliffs, NJ: Pren- tice Hall, 1972), p. 11. 46. Ibid., p. 12. 47. Ibid., pp. 19, 31, 48. 48. Doreen Valiente, An ABC of Witchcraft Past and Present (Nova lorque: St. Martin’s Press, 1973), p. 21. 49. Ibid., p. 23. 50. Dean Rudhyar, The Practice of Astrology (Nova lorque: Pen- guim Books, 1975), p. 21. 51. Weingarten, A Modern Introduction to Astrology, op. cit., p. 77. 52. Richard Cavendish, The Black Arts (Nova lorque: G, P. Put- nam's Sons, 1967), pp. 219, 222, 225. 53, Keith Thomas, Religion and the Decline of Magic (Nova lor- que: Charles Scribner's Sons, 1971), capitulo 21. 54. Ibid., p. 634. 55. Jerome, op. cit., p. 225.

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