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A Árvore dos Sephirots

Metafísica
Relações Astrológicas
O Grande Teatro do Mundo
Os Centros
Involução
Os Canais
Evolução
Adendo

Nos at revem os t rat ar esse assunt o, fundam ent al no est udo da Cabala, com a boa int enção de
facilit ar sua com preensão a t odo est udant e sério, e evit ar a perda de t em po ent re as
cont radições que houvera observado no cont eúdo de m uit as das obras que fazem referência a
questão, como à nós foi passado.

Já sabem os que o est udo do ocult ism o leva consigo um ensinam ent o gradual e que, port ant o,
j am ais se dará t oda a verdade de um a só vez. Porém nas obras ent regues à im prensa e, em
conseqüência, ao grande público, t em um a m aneira de dissim ular o fundo das coisas; e
introduzindo- se erros. Se est e m ét odo é usado com prudência e discrição, é um bom sist em a
didát ico, pois obriga o aluno a um t rabalho pessoal, sem pre im prescindível para seguir a via
racional, bast a despert ar a necessária int uição, a qual perm it e ver as coisas claras. É o que
sem pre t em usado os aut ênt icos m est res. Mas, quando os aut ores não t em est a cat egoria, se
lim it am a reproduzir as coisas com o as vem as m ãos, sem se esforçar em com preender
previam ent e, a vender livros que sem pre encont rarão leit ores m ais ignorant e que eles. Em
out ros casos, dissim ulam seu conhecim ent o, alegando que não podem dizer m ais porque os
obriga o respeito de um juramento secreto.

Nós que não atuamos com pedantismo, fazemos nossos os lemas de que "A Ciência Secreta se
guarda por si só" , e de " Não há Religião superior a Verdade" . Adem ais nosso escudo leva a
divisa " Ducere ut Docere" , e a ela est am os at ent o. E que Deus e o leit or, cada um em seu
t erreno, nos j ulguem , que aceit am os hum ildem ent e seu veredict o.
Com o referência t om arem os a Árvore Sephirot ico, que figura na obra t ão conhecida de P.
Kircher, " O Edipus Egypt iacus" , e m agnificam ent e reproduzida no livro m onum ent al de Pedro
Telemarianus e, também, na obra de Papus "La Cabbale".

Não é nossa int enção corrigir a P.Kircher S.I . pois reconhecem os sua aut oridade e a
reverenciam os, porém t em os em cont a que era aj udado na redação de sua obra por um grupo
de amanuenses, que naquela época não se conhecia os planetas Urano, Netuno e Plutão.

Metafísica

Na parte superior da Árvore Sephirótico, e como elemento independente deste, Kircher localiza
um círculo dividido, horizont alm ent e , em duas zonas: branca acim a e negra abaixo. Sobre
est e dit o círculo, que quer represent ar a Deus, as palavras hebréias AI N- SOPH. No nível do
diâm et ro que divide o círculo, os vocábulos lat inos HORI ZON AETERNI TATI S.

O sím bolo é m uit o engenhoso pois, por si só, o círculo j á é a represent ação do infinit o, o
principal at ribut o de Deus. Mas com o a Árvore é, prim ordialm ent e, um esquem a de I nvolução,
o prim eiro passo fazia est a I nvolução e a aparição das t rês hipót eses Divinas, sem sair de sua
essência. São os três elementos contidos no círculo, a zona branca, a negra e a linha diametral
que as separam . Est a linha, que com o t al não exist e, pois geom et ricam ent e é um a pura
abst ração, separa, ou une, os dois sem i círculos em que est á dividido o círculo. Assim que
podem os considera- la com o form ando um a part e da nat ureza do Pai ( Filho espirit ual) , ou da
natureza do Espirito Santo (Filho carnal).

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As denom inações corrent e que dam os as Três Pessoas da Trindade, correspondem na
m et afísica orient al as da idéia de Parabrahm an, Brahm an e Brahm a. Se pergunt arm os à um
orient al cult o, o que ele ent endo por Parabrahm an, nos dirá que é indefinível, ou sej a inefável.
Só nos dará negações de qualidades; sua expressão repet ida será: não é isso; não é aquilo;
et c. et c. E o m esm o se verá obrigado a fazer um t eólogo sensat o diant e de idênt ica pergunt a.
É que nossa pobre int eligência hum ana é em absolut o incapaz de penet rar nest e m ist ério dos
m ist érios. Só os grandes m íst icos são capazes de pressent i- los. O rest o dos m ort ais nos
encont ram os em um a t reva t ot al. A própria religião se abst ém de render à Deus Pai um cult o
especial, enquant o t em inúm eras cerim ônias para o Filho, e m esm o invocando o Espírit o Sant o
para que ilum ine nossa int eligência. Adem ais, cada um em part icular pode chegar a sent ir a
presença dest as Duas Pessoas. Para a prim eira, no fundo de nossa própria consciência e, para
a Segunda, adm irando a profunda sabedoria que t oda a Nat ureza põem em evidência à
aqueles que são aptos para compreende- la. Tudo o que era treva intelectual, no primeiro caso,
se convert e em luz deslum brant e nos out ros Dois. Tant o é assim que m uit as vezes, desviam os
covardemente os olhos, assustados por sua magnificência.

Os com ent ários reduzidos que acabam os de present ear, nos fazem crer que est e sím bolo deve
est ar invert ido; assim , com o sem icírculo negro acim a e o branco abaixo. Adem ais, sobre o
set or negro escreverem os a palavra AYN, nom e da let ra hebréia, correspondent e ao signo
sat urniano de Capricórnio( 1) , o signo em que os dias são m ais curt os e as noit es t enebrosas
m ais longas. Ao nível da front eira ent re as t revas e a luz, as palavras AYN SOPH, o Alent o da
Et ernidade, o Alent o que recebeu Adão, para anim a- lo e faze- lo espirit ualm ent e im ort al. E,
finalm ent e, abaixo do set or branco as palavras AYN SOPH AUR " A Luz Vazia e sem lim it es" ( 2)
( 1) Recordem os que segundo a Mit ologia clássica, os deuses engendrados por Sat urno- Kronos,
eram devorados por seu próprio pai, ou seja, que os deuses, filhos do tempo, eram aniquilados
pelo m esm o t em po que os engendrou. As religiões desaparecidas são com provações da
realidade deste mito.

( 2) Vej a as inspiradoras explicações que Robert Am belain o faz, em sua obra " La Kabbale
Pratique", pg.48 até 50.

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Relações Astrológicas

Com o na época de Kircher não se conhecia m ais que set e planet as básicos, e o núm ero de
cent ro sephirót icos na Árvore são dez, falt avam t rês espaços para serem preenchidos. Kircher,
ocult ist a int uit ivo, bom ast rólogo, parece que pressent iu a exist ência das oit avas superiores
nas influências ast rológicas e não duvida em im aginar para t odos os planet as - excet uando- se
as luminárias - e atribuindo aos três centros superiores, três de sua creação. Assim coloca dez,
m as lhes sobram dois, que sit uou j unt o a represent ação das Táboas da Lei, que figuram em
seu esquem a. Para diferenciar est as oit avas superiores dos planet as básicos, ut ilizou os
m esm os signos adornados pelo sub index n. A coisa não est ava de t odo m as pois, assim
cont ava com doze signos planet ários, um para cada signo zodiacal, e cobria os que poderiam
ser descobert os, um a vez que resolvia o problem a das regência. Alguns aut ores m odernos ( 3) ,
que t em reproduzido m ais ou m enos Árvore de Kircher, t em opt ado, prudent em ent e, por
suprim ir suas fant asias. Mas, quem sabe se ent ret ant o será preciso reconhecer que t inha um
cert o pont o de razão. O francês Nerom an e o inglês Maurice Wem ys dão com o realidade a
existência de planetas hipotéticos.

Mas at endo- se a realidade dos descobrim ent os m odernos, result a que hoj e j á t em os os dez
planetas - luminárias compreendidos - que faltavam a Kircher.

Assim at ribuirem os a prim eira Sephira, o planet a Plut ão; a Segunda o planet a Net uno; a
t erceira ao planet a Urano. Se vê im ediat am ent e que se cum pre a ordem cronológica de seus
descobrim ent os; com o em ordem de suas dist âncias do ast ro cent ral, o Sol. Tem o- os sit uados
sobre os t rês Cent ros superiores, porque est e pert encem ao nível superior espirit ualm ent e. Os
set e planet as clássicos pert encem ao que poderíam os cham ar cam pos de forças físicas do
Sist em a, enquant o que os t ransat urnianos t em m elhores efeit os sobre o que poderíam os
cham ar de aura do Sist em a Solar. Todos sabem os com o os set e planet as, os signos por eles
regidos, det erm inam o t ipo físico das pessoas, em cuj os horóscopos figuram no ascendent e,
enquant o que, se o ascendent e t em alguns dos planet as t ransat urnianos, o t ipo físico fica
com plet am ent e obscurecido. Não é em vão que o planet a Sat urno rege a pele, lim it e físico dos
seres vivos. Assim, também, limita os efeitos físicos do Sistema.

A at ribuição de Plut ão com a prim eira Sephira, se deduz da sua analogia m it ológica com o deus
dos infernos, ou sej a, o reino dos inferior, as nove Sephiras rest ant es, que de em anação em
em anação, chegaram em seu processo descendent e, a consolidar- se com o Terra. Os que
freqüent am a Sinagoga observaram que no lugar preferido do Tem plo, o que represent a o
Alt ar Maior, com o o esot erism o j udeu não t em im agens, figuras um t apet e, m ais ou m enos
adornado de bordados, que t em em seu cent ro, com o lugar m áxim o de honra, o nom e
KETHER, que em hebreu se escreve K, TH, R, equivalent e a E A G segundo a Cabala.

Net uno t em que ser assinalado na Segunda Sephira a qual corresponde pela nat ureza sim ples.
Net uno é o deusa das águas, especialm ent e o m ar, origem de t oda a vida. O próprio Kircher
indica para o canal que vai da Segunda Sephira para a Sext a, a let ra HE, sím bolo da Vida
Universal e, com o se fosse pouco, escreve sobre o dit o canal, a indicação de " AQUARI UM
DIVINAE".

Urano vem descrit o na Terceira Sephira. Urano na m it ologia clássica é o Céu. O canal que liga
a Terceira Sephira com a Sext a Sephira, Kircher o denom ina de " I GNUM DI VI NAE" . Est e fogo
do céu não é fogo físico, m as sim a energia Universal; é o Fohat da filosofia orient al, cuj a
última manifestação no nosso mundo é a eletricidade.

Efet ivam ent e a Física m oderna est á reconhecendo que t oda m anifest ação física de nosso
ilusório m undo, não é m ais que fenôm enos elét ricos, percebidos at ravés de nossos
lim it adíssim os sent idos e criando a aparência de coisas t angíveis. É bem conhecida a regência
Ast rológicas de Urano, sobre t odo fenôm eno elét rico. E recordem os a im agem de Júpit er com
um feixe de raios na m ão. O ant es cit ado canal vem regido com a let ra hebréia ZAI N e, será
por pura casualidade que na t ipografia m oderna de t odos os países civilizados a let ra Z t em a
figura ideal para o relâmpago.

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Out ra observação a fazer é que Mart e e Vênus aparecem t rocados de lugar na Árvore de
Kircher, pois Vênus corresponde a NETZAH e Mart e a HOD. É evident e que a deusa da Fort una
leva consigo a Vit ória, e é bem conhecida a ínt im a relação que sem pre há nos assunt os
am orosos e econôm icos. Por out ro lado, t odo m ilit ar deve Ter bem claro que som ent e a Honra
pode lhe dar a Glória a que legit im am ent e aspira. Um m ilit ar sem honra será sem pre um ser
desprezível.

Finalm ent e vem os que Kircher sit ua a Lua, debaixo da últ im a Sephira. Em princípio a coisa
est á bem . Porém a Lua, ast ro insignificant e dent ro do Sist em a Solar, seria um fim bem
m esquinho para um processo de em anações sucessivas, cuj a origem se encont ra na m esm a
Divindade. A Lua t em , realm ent e, m uit a influência sobre a vida hum ana e t errest re, porém
m uit o pouco do pont o de vist a cósm ico. Em sent ido figurado poderíam os dizer que a Lua é a
ant ena da Terra, com o colet ora de t odas as classes de vibração, que t ransm it e nosso planet a.
Com o form a com est e um sist em a solidário, nos repugna separá- los e, port ant o sit uarem os do
lado esquerdo de MALKUTH, o sím bolo da Lua e a direit o o da Terra. Adem ais o receber sobre
a Terra as influências dos out ros planet as, não recebem os conj unt am ent e com as do ast ro
principal, as de seus satélites?

3) Papus - "La Cabbale", pg. 36 e Ambalain "La Kabbale Pratique", pg 46.

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O Grande Teatro do Mundo

Para melhor afixar as idéias que representam a Árvore Siphirótico, ou Árvore da Vida, que com
as denom inações é conhecida pelos cabalist as, nos valerem os da Lei Universal da Analogia,
porem dest a vez levando- a at é os seus m ais baixos escalões. Personificarem os seus cent ros
com as figuras m ais t ípicas da farsa t eat ral. Nos perdoe se com ist o com et em os pecado de
irreverência, porem um art igo um art igo dest inado a ir para m ãos de um grande público, e
nem todos estão preparados para compreender as questões metafísicas.

Imaginemo- nos em um t eat ro ant es de ent rar o público. Da cort ina para dent ro pode haver
um a cert a at ividade, enquant o os at ores se m aquiam - se devidam ent e para desem penhar seus
respect ivos papéis. Porém a sala de espet áculos est á escura e em silencio. Est am os em AYN.
Um t em po ant es da hora anunciada para a apresent ação, se abrem as port as do t eat ro, e
com eça a ent rar o público. A sala est á som ent e a m eia luz. Est am os em AYN - SOPH, a um
pont o de em pezar. De pront o se acende as luzes diant e das cort inas. A sala se inunda de luz.
A orquest ra inicia um prelúdio e se propaga pelo am bient e as vibrações acúst icas dos t em as
principais da obra. O público em udece absort o com a em oção produzida, cheio de curiosidade
pelo que vai ser realizado no cenário. Sobem as cort inas. Finaliza AYN - SOPH - AUR.

O pensamento do espectador consciente deriva hacia três pessoas que não aparecem em cena,
senão para recolher os últ im os aplausos. O prim eiro deles é o em presário, graças a cuyas
cabais e acert adas as disposições foi possível m ont ar a peça. Ele firm ou os cont rat os de
quant os part icipariam da m esm a, de t al m aneira que t odas as at ualizações dos m esm os,
em anam de suas ordens, e t odos se m ovem pensando na ret ribuição que deverão ser
percebidas pelo dit o em presário. A m issão dest e é análoga a prim eira SEPHI RA na Árvore da
Vida. A Segunda pessoa é o Maest ro Com posit or, que soube capt ar as vibrações m usicais
precisas para obt er a expressão abst rat a, em linguagem m usical, das em oções convenient es a
obra a ser represent ada I . Finalm ent e na t erceira t em os o aut or da let ra, graças à seu
engenho foi possível expressar em linguagem humana tudo quanto os autores teriam que dizer
para dar um a aparência de realidade a seus respect ivos papéis. Não m enos inspirado que seu
com panheiro, o com posit or, em m uit as ocasiões t erá suas recit ações em versos que, se t em a
devida qualidade, serão a mais alta expressão do verbo humano.

Out ras duas personagens int ervirão t am bém no desenvolvim ent o perfeit o da farsa: um o
apont ador, o grande benéfico F que resolve os m om ent os difíceis que se crê, quando algum
dos at ores não se recorda o que t em que dizer, coisa m uit o freqüent e nas grandes recit ações
de um a com édia. Com o boa pessoa e hum ilde, e est e não se m ost ra nunca na presença do
público; o out ro é o Diret or de Orquest ra que, com a indicação de sua im periosa bat ut a, vai
m arcando os m úsicos e os at ores nos m om ent os precisos G para sua ent rada, em função e
ritmo a ser seguido.

Agora vam os com ent ar os prot agonist as da represent ação. Tom arem os por t ais, as
personagens do t eat ro m ais clássico e m undialm ent e conhecido; a farsa it aliana ant iga.
Primeiro encontraremos o Sr. Polichinelo, homem importante pelo dinheiro que tem, ridículo de
aparência, porém ricam ent e vest ido de sedas m ult icoloridas, pont os e bordados de ouro fino
( A) . Todos os dem ais personagens giram ao seu redor, adulando- o e cant ando suas falsas
virt udes, deslum brados pela possibilidades econôm icas, das quais esperam sem pre recolher
algum a m igalha.

Out ra figurant e é a " Dona Sereia" , m ulher com grande aparência de grande dam a, prot et ora
da ingênua Colom bina. Sabe guardar as m ais esquisit as form as ext ernas. Se bem que t em
um a ext ensa experiência na " lut as am orosas" , porém não dissim ila m uit o bem ( C) e, se isso
pode favorece- la, t am bém fará discret as m issões de alcagüet e. De acordo com seu carát er, se
adorna com chamativas jóias falsas.

Com plem ent ando a " Dona Sereia" , t em os o galhardo " Capit ão" , fanfarrão, pendeciero,
espadachim , que fala sem pre com palavras alt issonant es de sua honra, ( E) , porém est á a t odo
momento disposto a por sua espada a serviço de quem melhor lhe pagar. Freqüentemente faz-

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se de guarda espadas do Sr. Polichinelo. Leva plum as no chapéu e varre com elas o chão,
quando quer saudar cerim oniosam ent e, com o se fosse um aut ent ico cavalheiro.

Out ro papel im port ant e corresponde ao sim pát ico " Arlequim " , que vest ido com um t raj e
est apafúrdio e j ust o, com post o de rem endos de t odas as cores, acusa sua condição de
personagem de " pouca roupa" , ágil, ( B) , bailarino e am igo de t odos, por sua sim pat ia, porém
capaz de enredar a quem quer que sej a, se ist o lhe t rouxer algum benefício, poet a, adulador e
sat írico, linguarudo que sabe arrem at ar com um a piruet a suas crít icas. Tem um a repugnância
inst int iva para t rabalhar. Muit o apt o para levar m ensagens confidenciais am orosas. Bom
colaborador de "Dona Sereia".

E, finalm ent e, t em os " la parej a" m ais hum ano: " Pierrô" , filho da Lua, o rom ânt ico enam orado;
sonhador, ingênuo como uma criança, alma branca como o traje que usa, e com expressão em
seu rost o de grande t rist eza, vít im a de t odos os enganos que os dem ais com parsas o
preparam com suas picardia. Vive suspirando e canta à Lua, pensando sempre em seu amor, a
bela " Colom bina" , filha da Terra, a que com sent ido m ais posit ivo, apesar de sua j uventude,
duvida dos concelhos de " Dona Sereia" e a nat ural at ração pelo " Pierrô" . Enquant o vai se
engraçando com t odos, sat isfeit a de ver as hom enagens m asculinas e as envidias fem ininas
que seus encant os j uvenis com port am . O próprio " Sr. Polichinelo" não perm anece indiferent e
diant e de t ant a beleza. Dent ro de seu vest ido branco, t odavia, vai sort eando os perigos que o
m undo lhe apresent a e que sua j uvent ude não perm it e capt ar em t oda sua im port ância, ainda
que em cert os m om ent os sua int uição fem inina já à faz ent rever.

Deixam os a boa com pressão do leit or, fazer as analogias convenient es, para dar ao t odos
est es personagens sim bólicos, seus verdadeiros valores, dent ro da form a bem hum orada que
estamos expressando.

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Os Centros

Todo est udant e sério conhece os diversos Nom es de Deus, at ribuídos aos diferent es Cent ros e
que, na Árvore de Kircher aparecem escrit os em let ras hebraicas. São t am bém qualificadas de
Palavras de Poder. Na realidade são palavras hebraicas designando qualidades específicas das
sucessivas em anações da Divindade no m undo espirit ual o Olam At zilut .

Na Árvore de Kircher not am os um a anom alia, cuj a correção nos at revem os a propor aos
interessados nestas questões, na espera de que autoridades qualificadas o confirmem. Se trata
de que considerem os t rocados os Nom es at ribuídos as Séphiras t erceira e quart a, de t al
m aneira que EL perm aneça no cent ro I I I e I AVE ELOHI M no I V. Muit as razões apoiam est a
t roca de lugar: 1° , EL e I AH est ão a um m esm o nível, cont rapost o um ao out ro, equilibrando-
se m ut uam ent e nos dois ext rem os do canal n° 4; 2° I AH dá origem as 32 Vias da Sabedoria,
enquanto que EL anima as 50 Portas da "Razão". 3° Estas duas sílabas formam as terminações
dos nom es das Shem anphoras, t ão usadas em Magia Prát ica. I AH figura com t al t erm inação,
32 vezes, e EL, 40, que podem ser 50 se se tem em conta as terminações dos nomes angélicos
que correspondem aos Centros no mundo de Briah (1).

O cent ro da Árvore pode- se considerar ordenados em t rês colunas ou pilares denom inados:
pilar cent ral e que vem sit uado no cent ro da figura; pilar da m isericórdia, o que vem sit uado a
direit a do leit or; e pilar do rigor, o que vem sit uado a esquerda. Se fazerm os a t roca indicada
antes, teremos que a coluna da misericórdia vem iniciada com o vocábulo IAH e a rigor por EL.
Est as duas palavras não dão as raízes dos nom es que seguirão em sua penet ração na m at éria
( os nom es exot éricos do Tet ragram at om Sagrado é I AVE, com o se expressam m uit os
autores). Assim teremos:

Esquerda Direita
EL IAH
ELOHIM IAVE ELOHIM
ELOHIM TZEBAOTH IAVE TZEBAOTH

(1) Veja "La Kabbale Pratique". De R. Ambelain, pg 81.

Com o podem os ver, corresponde ao pilar do rigor, os planet as e nom es que, desde o pont o de
vista da personalidade, consideramos maléfico; o pilar da misericórdia, os planetas e os nomes
que, desde o m esm o pont o de vist a, se consideram benéficos. O pilar do rigor é o da lei do
Carm a ou do Dest ino rigoroso, cego, im placável e inevit ável, com o t odas as Leis da Nat ureza.
O pilar da m isericórdia é o da Providência que nos beneficia, aplacando os rigores do Dest ino,
segundo nossas possibilidades e conveniências. Ent re os dois pilares se levant a, cheio de
prom essas, o pilar cent ral, da Vont ade hum ana ( 1) .
(1) Veja: Fabre de Olivet, "Histoire Philosophique de Genre Humain" - pg.44 e seguinte.

7
Involução

Se considerarm os os Cent ros por sua ordenação horizont al, vem os em seguida que est e vem
dispost os segundo t rês t riângulos; o superior com o vért ice para cim a e os seguint es com os
vért ices para baixo. Finalm ent e, t em os o solit ário Cent ro inferior sobre o que incidem t odas as
influências que emanam dos outros centros.

O t riângulo superior, por sua disposição, j á indica que seus Cent ros não descendem a
m anifest ação inferior, m as sim perm anece no nível da pura espirit ualidade. Em seu int erior
figuram um as pequenas cabeças aladas de Anj os, desprovidos de corpos, confirm ando o que
acabam os de dizer. Est am os em OLAM ATZI LUTH. É o m undo dos Princípios.

Os dois t riângulos inferiores, são denom inados " Seis Sephirot s de Const rução" . Seu enlace
com o superior são as duas Tábuas da Lei, cont endo um a os t rês m andam ent os que se refere
a Deus, e a outra, os sete que se refere ao homem.

O Triângulo superior de " Los Seis de Const rução" , corresponde ao m undo das causas, o Olam
Briah, e o inferior a Olam I et zirah, o m undo das Leis. Ent re os dois, vem os desenhado na
Tábua dos dois Pães da Proposição a esquerda, e o Candelabro de set e braços a direit a,
sím bolos, respect ivam ent e, das 12 forças zodiacais que at uam sobre o hom em de m aneira
fat al; são 12 front eiras do Universo que est e não pode t raspassar nem m odificar, e as set e
forças conversível, que o hom em t em por m issão t ransform ar de m ás para ót im as. Os
sím bolos vem sit uados ao nível do vért ice do dit o t riângulo superior, correspondent e ao SOL, a
est rela governant e de nosso sist em a, o grande doador de Vida, im agem a m ais exat a da
Divindade, t om ada por Divindade m esm o por aqueles que não sabem ver m ais além . É o Adão
Kadmon da Cabala.

O nível do vért ice do t riângulo inferior t em out ros sím bolos baixo de form a de pedra cúbica,
sobre a qual queima- se perfumes especiais. O aroma das resinas se inclina a esquerda em um,
e a direit a no out ro. São as oferendas feit as em nom e do egoísm o ou na virt ude do Am or.

São as oferendas de Caín e Abel, para unir a Terra com o Ast ral at ravés do perfum e et érico.
Todos sabemos o resultado.

Out ra observação a fazer sobre a Arvore de Kircher é a disposição dos nom es das dez Séfiras,
ao redor de cada uma delas. Vem situadas em forma radial, como uma aureola de cada Centro
e guardando ent re si um a dist ância angular de 36° - os sem i- quint iles que est udam a
Astrologia - porem em t odos os Cent ros vem sit uado na part e superior, o nom e de I ESOD, o
que dá respeit o ao conj unt o um a im pressão de coisa est át ica. Ou sej a, cada Séphira é um a
em anação da que precede, ent endem os que em cada um a t eria que ocupar um lugar
preferencial, o superior, o nome próprio, ou seja, que a primeira Séphira deve estar situado no
lugar m ais elevado o nom e de Ket her; a Segunda de Chokm ah, e assim sucessivam ent e, para
expressar um conceit o dinâm ico m uit o m ais de acordo com o processo de sucessivas
em anações, reconhecido por t odos os cabalist as.

O m esm o Kircher, verdadeira aut oridade na m at éria, apesar das correções que propom os
concret am ent e para o esquem a da Árvore, que figura na obra m onum ent al, ant es cit ada, t em
um a frase decisiva que copia Papus em seu livro " La Cabale" , pg 199, VI , que diz: " Todos os
Sephirot s ou núm eros, são um a só e m esm a força m odificada diferent em ent e, segundo m eio
que at ravessa" . I st o confirm a que o raio creador ( 1) , que saindo de Ket her, vai at ravessando
t oda a Árvore, seguindo a ordem num érica dos Cent ros, at é finalizar em Malkut h, o m undo
material, de onde aparece como eletricidade. Então cremos que a rotação sucessiva dos nomes
que formam a aureola de cada Centro, se impõe.

8
Os canais

Complemento indispensável da disposição dos Centros, são os canais que religam, segundo um
sist em a que acusa um cont eúdo de sabedoria, que deixa est upefat o o est udant e sincero. Cada
Canal se relaciona com um a das 22 let ras hebraicas e, port ant o, com o Arcano Maior do Taro
que o corresponde.

Há um pequeno erro no esquem a de Kircher. O canal que une os Cent ros VI I e VI I I t em


at ribuídas as let ras SAMEK e PHE, quando a let ra PHE corresponde ao canal que conect a os
Centros VI e IX.

Outra correção a se fazer é no canal entre as Séphiras VIII e IX, ao que corresponde o número
19, e a let ra QOPH. O canal núm ero 20 deve passar a unir os Cent ros VI I e X.
O conj unt o dos 22 canais e os 10 Cent ros, t ot al de 32, são os 32 cam inhos da Sabedoria,
chave im prescindível para abrir as 50m port as da razão. Em out ra ocasião darem os um
prim eiro procedim ent o para ut ilizar a Árvore Sephirót ica, com um esquem a prát ico de um
sist em a adivinhat ório. I sso não quer dizer que a dit a Árvore não t enha out ras aplicações m uit o
mais importante que o domínio racional e metafísico.

Adj unt o aos canais 3, 10, 12, Kircher cit a as 72 pot est ades m édia, da direit a e da esquerda.
São as conhecidas Shem anphores ou gênios, que em um sent ido rest rit o, regem a vida do
hom em ( 1) . " Segundo o t est em unho do Zohar, ist o é a escada que Jacob viu em sonhos,
form ada por 72 degraus, cuj a ext rem idade, sit uada sobre os rais do Sol e da Lua, ia perder- se
na imensidão das residências da Divindade".

" È por est a escada das influências de Deus, descendem e se com unicam a t odas as ordens das
hierarquias celestes e a todas as criaturas do Universo.

(1) Veja: LENAIN - La Science Cabalistique, pg. 20 e seguintes.

Evolução

O esquem a da Árvore não dá só um a idéia do processo creador, que vem finalizado na


m at erialização da TERRA, senão que é t am bém um indicador preciso das et apas da evolução,
que devem seguir o ser hum ano para conseguir sua reint egração às font es Divinas, de onde
procede a " liberação" das ilusões que nos oferece a t eat ral e fict ícia creação obj et iva.

O Cent ro inferior da Árvore t em os Malkut h, o dom ínio da Lua- Terra. É o m undo onde vive a
imensa maioria da humanidade atual.

A sat isfação dos apet it es m at eriais, j unt o com um pouco de fant asiosa im aginação, é t odo o
cont eúdo de sua alm a, que não t em im pulsos superiores a os que podem dar o desej o ou a
em oção. Com t ão m iserável m ot or, passarão m uit as vidas peram bulando pelo m undo, com o
sonâm bulos, sem ent ender nada que os rodeiam , nem t ão só sent ir um a curiosidade para
compreende- lo. São seres extravagantes, muito próximo de uma etapa animal.

Tem os vist o m uit as vezes passando m ilhares de pessoas diant e da cat edral de Not re- Dam e de
Paris, sem sentir o menor interesse em entrar ao interior do Templo por qualquer uma das três
port as de sua fachada. Form am o m undo profano, em t odo o sent ido et im ológico dest a
palavra. É a pobre descendência de Pierrô e Colombina.

Mas de vez em quando, algum dest es ext ravagant es sent e que despert a em seu int erior, que
t om a form a segundo seu próprio t em peram ent o e, ent ão, se at reve a ent reabrir algum a das
t rês port as da cat edral sim bólica. Caso decida a penet rar sua alm a fica enfocada em um dos
t rês cam inhos, bem definidos pela ant iga filosofia ocult a; o da ação, o do conhecim ent o e da
m íst ica. O prim eiro - Karm a Yoga - levará o discípulo dot ado de um espírit o reform ador a

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chocar e a com bat er com t odo o seu inst int o e, se a sort e não o acom panha, é bem possível
que o exij a o sacrifício da própria vida, m as, graças ao sacrifício do Herói, a hum anidade
avança m ais um passo. Um exem plo t ípico é o da vida m ilit ar, que se vivida com Honra, pode
proporcionar a Glória, apesar de que Ter sido um hom icida em defesa da pát ria e de seus
int eresses. O segundo - Gnani Yoga - será seguido por aquele que, havendo vist o, ou
experim ent ado , a t ragédia da vida, canal 22, let ra THAU, a cruz, cam inho do Calvário, levado
por seu t em peram ent o m ent al, busca ansiosam ent e encont rar um a razão para a exist ência;
prim eiro na análise cient ífica; depois no árido est udo dos ocult ist as; finalm ent e o
descobrim ent o das Leis que regem t oda a nat ureza, lhe proporciona um a visão sint et izada da
Vida por ilum inação int erior: ent ão encont ra o fundam ent o de t odas as coisas: : passa pela
erudição e conhecim ent o. O t erceiro - Bakt i Yoga - fará de seu seguidor, geralm ent e de
espírito tímido, emotivo, concentrado, um devoto, vitalizado em grau superlativo pela fé e, sua
em oção am orosa se generalizara e se inclinará at é a caridade, e seu t em peram ent o
concentrado pode leva- lo a vida de claustro.

Mas em t odo caso, os Cent ros de HOD e NETZAH devem est ar equilibrados por I ESOD at ravés
dos canais 19 e 18, para evit ar os exageros desorbit ados. I sso im pedirá que a com bat ividade
pode se convert er em crueldade, ou que a fé pode derivar em fanat ism o.

E agora nos encont ram os diant e do prim eiro canal horizont al que nos fecha o passo. Sit uado
ent re os ant agonist as Y e X, correspondendo a let ra SAMEK e o canal n° 15, sua ident ificação
com o Arcano XV do Taro, o Diabo, é indubit ável. A m út ua reação de X e Y , cria t odas as m ás
paixões na alm a do hom em , pois quando um se desorbit a, o out ro t am bém ( por exem plo:
nunca houve t ant as violações, em t em po de guerra, nem com et idos t ant os crim es, com o por
m ot ivos passionais ou com finalidades de lucros ) . Não há o que dizer para seguir adiant e se
t em os que vencer os obst áculos que o Diabo " siem bra" em nossa psique.

O processo de I ESOD pela via int elect ual, encont ra o obst áculo de frent e e pelo m eio, de
m aneira que o choque é de m áxim a int ensidade. Est a se apresent a debaixo da form a de
orgulho, a qualidade t ipicam ent e sat ânica, e t ant o m ais grave, quant o o que chegou a est e
cent ro, t em m uit os m ot ivos para sent ir- se superior a seus sem elhant es. Som ent e um a
qualidade espirit ual pode evit ar est e perigo e m ant er um a ardent e esperança - Arcano XVI I ,
canal 17, let ra PHE - com o um a longínqua Est rela que brilha no firm am ent o com o um ideal
inatingível.

Tal é o m undo dos iniciados, ou sej a, aqueles que se em penharam a t om ar por si m esm o as
rédeas do seu dest ino. Enquant o cont inuam seu aperfeiçoam ent o int erno, se encont ram
subm et idos a provas de t oda classe, m as cada ilusão vencida é um passo a m ais na realidade
t ranscendent e, int uída porém não com preendida. As t ent ações das forças do m al t om am um a
int ensidade desconhecida pelos profanos, cust ando lágrim as de sangue desm ascara- las e
vence- las, porém se a decisão de seguir adiant e é firm e, a vit ória é cert a. Obt idos os últ im os
êxit os no m undo, o I niciado chega ao fundo do sim bólico Tem plo de Jerusalém ( 1) , j ust o na
ent rada do Sant uário. Só lhe falt a passar pela Pia de Abluções e pelo Mar de Bronze, para que
as Port as do lugar Sant o se abram de par em par. As dit as port as são os canais n° 16 e 14 - A
Torre Fulm inada, que fará conhecer a últ im a hum ilhação e a Transvasação de Fluidos, que o
levará a abert ura dos sent idos psíquicos.
(1) Veja: Ambelain, La Cabbala Pratique, pg. 73.

Eis aqui o nosso iniciado que t erm inou as iniciações virt uais, perm anece dispost o a receber a
prim eira Grande I niciação, I niciação Solar ou I niciação Real, que lhe sit uará no m undo dos
Mest res. Quando est a t iver lugar, t om ará posição do Cent ro de Thipheret , pont o cent ral do
conj unt o da Árvore. Seu cam inho é o do Raj a Yoga ou Yoga Real.
Se no uso de sua sacro sant a liberdade se sent e inclinado a seguir suas preferências
temperamentais, pode t om ar o pilar do rigor se é hom em de ação, ou seguir o pilar da
m isericórdia se quer cont inuar o cam inho da religião. Pelo cam inho da ação, cont inuará
com bat endo com energia decisão e violência, se convém , pelos seus ideais, cada vez m ais
elevados, at é conquist ar os lugares de com ando polít ico ou m ilit ar m ais eficient es. Para seu
pais, o grupo étnico cairá instituído como Poder Temporal.

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Desgraçadam ent e, o canal n° 13, corresponde ao Arcano XI I I , a Mort e, e, com efeit o, sua
ascensão im plica sem pre um a grande série de vit im as, procedent e de guerras, at ent ados ou
sent enças j udiciais que o Poder Tem poral deve sancionar, em m uit as ocasiões, ele m esm o é a
vítima escolhida por Deus.

Se, ret ornando ao pilar da m isericórdia, chega ao Cent ro da Chesed, o dom ínio de F , haverá
conseguido o m ais alt o grau sacerdot al, com t odas as at ribuições de um aut ênt ico KADOSH
( Sant o) . Em oposição ao Poder Tem poral, ele será Aut oridade Espirit ual. Est a oposição é, na
realidade, com plem ent o sobre os dois braços do canal horizont al n° 9, a Segunda Cruzou
segundo obst áculo. Efet ivam ent e, se ent re os dois Poderes, Tem poral e Espirit ual, há a devida
harmonia, esta deverá ser de muito respeito e levada com prudência (Arcano XI), para não dar
m ot ivo a crit ica profana, a falar com escândalo da aliança int eressant e ent re a espada e o
alt ar. O pont o difícil de m ant er, e a hist ória nos m ost ra, quant as vezes se t em esquecido est e
preceito, ou seja para cair em uma conturbação de interesses, ou em uma guerra encetada por
est es dois pensam ent os. Sem pre o result ado t em sido nefast o para o povo, que t em que
suport ar est as calam idades. Tudo o que a prim eira Cruz represent ava com carát er individual,
aqui a temos reproduzido com conseqüências coletivas.

Os Cent ros de GEBURAH e CHESED, devem est ar perfeit am ent e equilibrado sobre
THI PHERETH, o prim eiro pelo canal 12 ( Arcano do Sacrifício) , e núm ero correspondent e ao
círculo do dest ino, represent ado pelos 12 Signos e as 12 F do Universo. O segundo pelo canal
n° 10, let ra I OD, sím bolo da et ernidade e da vida. Renovável na form a m ais perene em sua
essencial como a Religião, e que se apresenta em diferentes modalidades, segundo os tempos,
porem que perm anece im ut ável em seus princípios e m ist érios at ravés de sucessivas
civilizações. O sacrifício ou as oferendas vem sim bolizados pelos 12 pães da proposição,
enquanto que a Vida vem representada pelas sete chamas do candelabro de sete braços, que o
Grande Sacerdot e em punhava nas principais solenidades do Tem plo de Jerusalém no int erior
do lugar Santo.

Mais acim a do m undo dos Mest res, encont ram os as out ras regiões onde at uam os Adept os.
Tent arem os um a breve explicação, apesar de que nossos idiom as vulgar est ej am falt ando
palavras adequadas para expressar coisa t ão fora do corrent e, Que a int uição do leit or supra
nossa incapacidade.

Volt em os para o pilar do Rigor, pelo canal n° 8, a j ust iça, let ra CHET. Vem os em seguida que o
exercício do Poder Tem poral só pode exercer sua m agnit ude, pela prát ica da Just iça
I nt eligent e, que não é precisam ent e a aplicação de cast igos, m as sim a prom ulgação de Leis,
que t endo present e a condição psicológica do povo, ou da raça a que deve aplicar- se, facilit em
o desenvolvim ent o dest a, dent ro das possibilidades. É óbvio que dispor o j ust o sobre o que é,
ou que deverá ser, um a colet ividade subm et ida a um processo evolut ivo que pode durar
séculos, é um a t arefa que sobrepõe m uit o, as possibilidades hum anas corrent es. Só um
Adept o m uit o seguro de suas faculdades saberá faze- lo com o devido acert o. Ent ão a
iluminação que receberá do Sol, através do Arcano VII, A Vitória, o consolidará na alma de seu
povo, como Instrutor da raça. Haverá nascido um novo Manú.

Subindo pelo pilar da m isericórdia, chegarem os ao Cent ro da SEPHI RAH I I , A DA " Sum m a
Sapiência" , que não pode ser out ra que a da Ciência Sagrada. Sit uado ao m esm o nível do
Poder Tem poral, est udado ant eriorm ent e, sua m issão será análoga ao prim eiro, porém
realizada sobre o cam po religioso. Assim fundará sua nova form a religiosa que deverá servir
de base à egrégora da nova raça ou nova civilização. Seus cont at os espirit uais o aut orizam a
considerar a form a de est abelecer com o um a aut ênt ica revelação. Sobre a função
com plem ent ar dest es dois Adept os, fundou- se t odas as civilizações do passado, pois não
houve nenhum a que não t enha repousado sobre um fundam ent o religioso, nem que não t enha
t ido um a legislação . Est a efet iva Aut oridade Espirit ual ret irará sua Sabedoria pelo canal 6, os
dos cam inhos, Arcano VI , int uição da diferença do bem e do m al. Adem ais a int uição recebida
das forças ocult as, o perm it irá dar nom es, form ulações e rit uais adequados. Pelo canal n° 5,
letra HE, terá a visão das essências da Vida.

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Est es alt os graus de evolução espirit ual, som ent e são acessíveis depois de haver passado o
Abism o, que represent am as Tábuas da Lei, cuj o cum prim ent o est rit o é im prescindível para
poder levant ar o Véu do " Sanct a Sant orum " do Tem plo. Os adept os vem personificados pelos
Querubins que suport am a Arca da Aliança, deposit ária de t odos os Mist érios cont idos na I
Séphira.

O canal t ransversal n° 4, é a t erceira e últ im a Cruz que se encont ra no curso ascensional da


alm a hum ana. Pela t erceira vez, as forças diabólicas querem int ent ar obst ruir os passos aos
níveis espirit uais superiores, desviando seu dever. Recordem os a últ im a t ent ação de Jesus por
Satanás, oferecendo- lhe o reino do Mundo, o do quat ernário ( let ra DALET) , se rendia pleit esía
e a sóbria contestação do Mestre. É o último obstáculo que tem a subir pelo canal central n° 3,
que encont ra de frent e, o que provem diret am ent e pelo pilar cent ral, o da Vont ade Hum ana.
Só lhe falt a um passo m ais para conquist ar o est ado glorioso da União Míst ica com a Realidade
Absolut a, enquant o seus braços est endidos se abrem sobre os dois pilares lat erais. Conquist ou
o Mist ério da Cruz depois de haver subido a cust as o Calvário, a exist ência obj et iva, e a
Ressurreição e a Ascensão aos Céus são imediatas.

Há os que provem do pilar do Rigor, necessit am , t odavia, resolver ao problem a da dualidade (


canal n° 2) , dos pares opost os ou dos paradoxos da Vida. E se se t rat a dos que vem pela
Misericórdia das alt uras de " vért igo" dest es est ados, deverão experim ent ar a visão da Unidade
Suprem a ( canal n° 1) . Finalm ent e os t rês cam inhos de saída vem a fundir- se em um só ponto,
a conquista da Coroa, comportando a afirmação que seu reino "não é deste mundo".

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Adendo

Kircher sit ua aos dados do Esquem a da Árvore, ao nível do t riângulo cent ral, o m undo dos
Mestres, quatro lemas apresentados em forma de pergaminhos enrolados, dois ao lado do pilar
do Rigor e dois do lado do pilar da Misericórdia. Dizem os seguint e: os do lado do Rigor; 35
Príncipes a Severit at e Origenem Ducent es e 365 Praecept a Legis Negat iva: os do lado da
Misericórdia; 35 Principes a Misericordia Origenem Ducent es e 248 Praecept a Legis Afirm at iva.

Est as denom inações são um pouco arbit rária e int encional para despist ar. O im port ant e são os
núm eros que as encabeçam , j á que eles nos dão a chave das com binações a fazer, para
utiliza- las com fins prát icos, o Esquem a que, com o j á t em os dit o, não só um esquem a
m et afísico, senão um inst rum ent o de t rabalho. Não podem os dent ro do lim it es que t em os
fixados, dar det alhes de sua ut ilização. Port ant o, nos eduzirem os a apresent ar um as idéias
sugest ivas. Não esqueçam os que o t rabalho pessoal é im prescindível para o que quer chegar a
ser um "BAALSCHEM", ou aquele que possui "o nome".

Exem plos: Lado do Rigor; 35 = 5 x 7. Os set e olanet as básicos em suas cinco condições de
ent ronizados, dest errados, exalt ados, caídos e peregrino. Um a aplicação: a ast rologia
onom ânt ica ou cabalist a para fixar a qualidade das let ra duplas, às quais os dit os planet as são
assimilados.

365 = 72 x 4 + 50 + 27. As 72 pot est ades, em cada um dos quat ro m undo da Cabala,
com binadas com as 50 port as e as 27 let ras do " Alephat o" . A Magia. A com preensão das " 50
portas da razão" (1), ou "da Luz".

Lado da Misericórdia; 35 = 3 + 10 + 22. As t rês condições de AI N, AI N- SOPH e AI N- SOPH-


AUR com binadas com as dez Séphiras e as 22 let ras. Aplicação Jogada de Taro sobre a Árvore
Sephirotica.

248 = 72 x 3 + 32. As 72 pot est ades em suas t rês condições de direit a, m édia e esquerda,
combinada com as 32 Vias da Sabedoria.

Aplicação; As contemplações da Fé com Razão.

Kircher diz que o est udo dest as Vias e Port as, exige um esforço considerável e longos anos de
m edit ações. Só ent ão, os hom ens reput adam ent e sant os, m arcados por Deus, são ilum inados
pela Luz emanada do Centro.

( 1) Vej a: Enel - Rot a, pg. 68 e 69, Manuel de Cabbala Prat ique, pg. 78 e seguint es. 1° edição.
Para resolver possíveis dúvidas dos leit ores, reproduzim os uns fragm ent os do prólogo que
Papus fez para a edição da obra de Lenain, " La Sacience Cabalist ique" . Disse assim :
" Com o t odo t rabalho realm ent e iniciát ico, est e pequeno volum e é o pont o de part ida de
frutuosas meditações.

" A Cabala, com efeit o, não pode est udar- se abaixo de duplo m ét odo. Os livros e os
manuscritos não servem mais que de ponto de partida e a meditação, ajudada pela assistência
do plano invisível, podem som ent e fazer o rest ant e ... Mas eu não repet irei nunca o bast ant e
que, sem a assist ência do plano invisível, nenhum progresso real pode ser conseguido nest es
estudos" - Dr. Papus, Grande Mestre da Ordem Cabalistica da Rosa Cruz.

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