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IV.

Empreendedorismo

1. Origens do Empreendedorismo
2. Empreendedorismo no Brasil
3. Definição de Empreendedor
4. Motivações do Empreendedor
5. Compensações e Desvantagens do Empreendedor
6. Algumas Características do Empreendedor
7. Análise Comparativa entre Gerente e Empreendedor
8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion
9. Nasce uma Idéi a
10. Idéia e Oportunidade
11. Buscando Ajuda de um Mentor
12. A Escolha dos Sócios
13. Contrato de Constituição da Sociedade
14. Incubadora de Empresas
15. Um Caso de Sucesso: Venturas & Aventuras

Simone Bacellar Leal Ferreira – simone@uniriotec.br UNIRIO

1. Origens do Empreendedorismo

A palavra empreendedor (entrepreneur)


tem origem francesa e quer dizer aquele
que assume riscos e começa algo de
novo.

Século XVII: Os primeiros indícios de relação entre assumir


riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o
empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo
para realizar algum serviço ou fornecer produtos.

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1. Origens do Empreendedorismo Continuação

Richard Cantillon (1680-1734), escritor e economista francês do


século XVII, é considerado como um dos criadores do termo
empreendedorismo.

Cantillon foi um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele


que assume riscos), do capitalista (aquele que fornecia o capital).

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1. Origens do Empreendedorismo Continuação

Ele chamou de empreendedores pessoas que


assumiam riscos e compravam matérias-primas
(em geral um produto agrícola) por um preço
determinado.

Depois de processarem as matérias-primas, essas


pessoas as revendiam por um preço incerto.

Elas identificavam nisso uma


oportunidade de negócio

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1. Origens do Empreendedorismo Continuação

A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista


Joseph Schumpeter em 1950 como sendo uma pessoa com
criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações.

Em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter


Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma
pessoa empreendedora precisa arriscar em algum
negócio.

Em 1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-


empreendedor, uma pessoa empreendedora dentro de uma
organização

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2. Empreendedorismo no Brasil

No Brasil, o empreendedorismo começou a


ganhar força na década de 1990, durante a
abertura da economia.

A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços,


uma condição importante para crescer, mas trouxe problemas para
alguns setores que não conseguiam competir com os importados.

Com isso, as empresas tiveram que se modernizar


para poder competir e voltar a crescer. O governo
deu início a uma série de reformas, controlando a
inflação e ajustando a economia, em poucos anos a
economia voltou a crescer.

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3. Definição de Empreendedor

Empreendedor (entrepreneur) é uma pessoa que inicia e/ou opera


seu próprio negócio.
São vistos como energizadores que assumem riscos necessários
em uma economia em crescimento, produtiva.
Definição limitada
Fundadores
Definição Ampla
Gerentes proprietários ativos
Membros de segunda geração de empresas familiares
Gerentes proprietários que compram empresas já existentes

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3. Definição de Empreendedor Continuação

Empreender

Empreender “é, uma atitude mental que


engloba a motivação e a capacidade de
um indivíduo, isolado ou integrado num
organismo, para identificar uma
oportunidade e para a concretizar com o
objetivo de produzir um novo valor ou
um resultado econômico”.

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4. Motivações do Empreendedor

Necessidade de realização
Disposição para assumir riscos
Autoconfiança
Necessidades de buscar refúgio
Vontade de ser independente
Vontade de ganhar mais dinheiro
Dedicar mais tempo à família
Desenvolver algo para si mesmo ou para a sociedade

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4. Motivações do Empreendedor Continuação

Em termos empresariais, o empreendedor é alguém que aceita


o dinheiro como medida de avaliação

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5. Compensações e Desvantagens do Empreendedor

Compensações
Lucro
Independência
Uma maneira prazerosa de viver
Desvantagens
Requer muito trabalho, horas de dedicação e energia emocional
Tensão inerente ao se dirigir um negócio próprio
Possibilidade de fracasso é uma ameaça constante
Empreendedores devem assumir riscos relacionados ao fracasso

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6. Algumas Características do Empreendedor

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6. Características do Empreendedor Continuação

Auto Confiança

O empreendedor tem auto-confiança,


isto é, ele acredita em si mesmo.

Se ele não acreditasse em si, seria difícil tomar a iniciativa.

A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar,


oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Auto Motivação, Entusiasmo e Energia

Empreendedores são capazes de auto motivação relacionada


com desafios e tarefas em que acreditam.

Eles não precisam de prêmios; sua


motivação permite entusiasmarem-se com
suas idéias e projetos.

Seu entusiasmo e motivação dão- lhe a


energia necessária para se lançarem em
novas realizações, que usualmente exigem
intensos esforços iniciais.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Decisão e Assumir Responsabilidades

O empreendedor não fica à espera que os outros decidam por ele.

O empreendedor deve ser capaz de tomar


decisões corretas no momento exato, estar
bem informado, analisar friamente a
situação e avaliar as alternativas para
poder escolher a solução mais adequada.

Ele aceita as responsabilidade que suas decisões acarretam.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Necessidade de Realizar Coisas Novas

O empreendedor tem a necessidade de


realizar coisas novas, pôr em prática
idéias próprias, características de
personalidade e comportamento.

As pessoas que têm necessidade de realizar se destacam porque,


independente de suas atividades, fazem com que as coisas
aconteçam.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Disposição para assumir riscos


O empreendedor aceita riscos, mesmo que muitas
vezes ele seja cauteloso e precavido contra o risco.
Os riscos que os empreendedores assumem ao
iniciar e/ou operar seus próprios negócios são
variados. Exemplos:
Riscos financeiros: investem dinheiro próprio ou fazem empréstimos

Riscos de suas carreiras: abandonam empregos seguros

Riscos familiares: iniciar e dirigir um negócio próprio coloca as famílias em ris co

Riscos psicológicos: enfrentam a possibilidade de fracasso nos negócio

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6. Características do Empreendedor Continuação

Liderança e dinamismo

Liderar é saber definir objetivos,


orientar tarefas, combinar métodos e
procedimentos práticos, estimular as
pessoas no rumo das metas traçadas e
favorecer relações equilibradas dentro
da equipe de trabalho, em torno do
empreendimento.

Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos.


Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a
liderança tem que ser uma qualidade sempre presente.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Iniciativa

A iniciativa é a capacidade daquele que, tendo um problema


qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.

O empreendedor não fica à


espera que os outros (governo,
empregador, familiar) venham
resolver o seu problema.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Ambição

O empreendedor procura fazer sempre mais e


melhor, nunca se contentando com o que já
atingiu.

Não tentar progredir significa estagnar e um empreendedor deve


ter a ambição de chegar um pouco mais além do que da última vez.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Otimismo

O empreendedor é otimista e nunca


deixa de ter a esperança de ver seus
projetos realizados; ele tem confiança
em seu desempenho profissional.

Ele acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita


na possibilidade de solução dos problemas.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Conhecimento da Área
É importante que o empreendedor tenha um
bom conhecimento da área que vai atuar, e
que saiba reunir as competências necessárias
para levar o projeto ou idéia adiante.

Quanto mais dominar o ramo em que


pretende atuar, maiores serão as chances de
êxito. O empreendedor deve ter experiência
no setor que quer atuar; ele deve aprender
através de cursos, livros, centros de
tecnologia, ou até com outros empresário

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6. Características do Empreendedor Continuação

Perseverança (ou Persistência)

O empreendedor, por estar motivado,


convicto, entusiasmado e crente nas
possibilidades, é capaz de persistir
até que as coisas comecem a
funcionar adequadamente.

A perseverança está entre as características mais importantes do


empreendedor.
Ela é dinamizada por alguém que está em busca de um sonho.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Saber Aproveitar Oportunidades

O empreendedor deve estar sempre


atento e deve ser capaz de perceber, no
momento certo, as oportunidade de
negócio que o mercado oferece.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Independência

O empreendedor precisa saber determinar


seus próprios passos sozinho, isto é, ele
precisa abrir seus próprios caminhos,
decidir o rumo de sua vida, enfim, ser seu
próprio patrão

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6. Características do Empreendedor Continuação

Flexibilidade (jogo de cintura)

O empreendedor adapta-se às circunstâncias


que o rodeiam, pois se algo corre diferente do
inicialmente previsto, o empreendedor não
deve desistir, mas sim alterar os seus planos
de modo a atingir os seus objetivos.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Não Ter Medo de Errar

A empresa é um grande laboratório para o empreendedor. Ele


fará tudo para não fracassar, mas ele não teme o fracasso.

O empreendedor comete muitos


erros mas “ele aprende fazendo”.
Aprende com os erros que comete.
Para ele o fracasso é um resultado
como outro qualquer, com o qual
tem muito a aprender.

Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não


correr o risco de não acertar – ficam, então, paralisadas.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Organização

O empreendedor deve ter senso de


organização e capacidade de utilizar
recursos humanos, materiais e
financeiros de forma lógica e racional.

A organização facilita o trabalho e economiza tempo e dinheiro.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Concentração

O empreendedor deve ser capaz de se


alhear de todos os demais temas e
problemas de forma a mergulhar em um
só assunto de cada vez.

O empreendedor deve ser capaz de se concentrar em um só


ponto como se fosse a coisa mais importante do mundo,
abstraindo-se dos demais assuntos.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Verticalização

O empreendedor deve ser capaz de tratar os assuntos com a


profundidade requerida, e não apenas superficialmente

O empreendedor deve ser capaz de


organizar os detalhes em um todo
coerente, indo do geral para o particular,
detalhando o particular e refazendo a
visão do todo.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Gosto pelo Aprendizado


Para aprender com os erros o empreendedor
tem que se dedicar, repetindo o ciclo: fazer,
analisar os resultados, aprender, fazer de
forma melhor.

A criatividade só desponta em um
ambiente de liberdade no qual se pode
errar!

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6. Características do Empreendedor Continuação

Criatividade
O empreendedor deve ser muito criativo, sempre!. Isso
porque à medida que a concorrência aumenta, aumenta a
necessidade de se criar coisas novas em novos mercados.
Não basta fazer a mesma coisa de maneira melhor; é
preciso que o empreendedor aposte na criatividade, para
que os negócios possam evoluir com as mudanças.
É comum vê-se produtos, tecnologia surgindo onde não onde há
mais dinheiro, mas sim onde há mais criatividade

A criatividade é mais importante do que o conhecimento.


Albert Einstein

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6. Características do Empreendedor Continuação

Criatividade Continuação
O empreendedor é alguém muito criativo, que
consegue ver as coisas, as oportunidades, onde os
outros nada vêem.

O empreendedor é alguém capaz de definira algo a


partir do nada, do indefinido.

O empreendedor faz descobertas,


coloca o acaso a seu favor. Ele em
geral tem propensão a descobrir
coisas por acaso ou em lugares
inesperados. Isto é, ele possui
serendipitidade.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Serendipitidade .
È a característica de se ter uma propensão a descobrir coisas por
acaso ou em lugares inesperados.
A palavra inglesa serendipity foi cunhada em 1754,
por Horace Walpole, escritor e político inglês, para
exprimir descobertas ocasionais diferentes
daquelas que estavam sendo buscadas.
A palavra vem da Ilha de Serendip, nome
antigo do Ceilão e atual Siri Lanka, e baseia-
se em um conto oriental no qual três príncipes
de Serendip, ao excursionarem pela ilha,
fizeram importantes e inesperadas descobertas,
todas elas fruto da observação e da sagacidade
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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Estabelecer Relações

Uma características importante do empreendedor


é a sua capacidade de estabelecer relações com
pessoas (em todos os níveis) que podem
contribuir para seu negócio.

O empreendedor deve ser hábil na formação de


sua rede, que vai se tornando elemento essencial
de suporte à empresa.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Escolher as Pessoas Adequadas

Um ponto central para um empreendimento é


a capacidade do empreendedor de escolher
as pessoas adequadas para se juntarem ao
empreendimento.

O empreendedor deve criar equipes, delegar, acreditar nos outros


e é capaz de obter resultados por meio de outros indivíduos.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de Ser Polivalente


Em uma empresa nascente, por escassez de recursos, o
empreendedor tem que estar preparado para fazer de tudo, desde
pagar a conta de luz até fabricar o produto.

O empreendedor tem que conseguir


ser polivalente, pois ele vai lidar com
todos que tem algo relacionado com a
empresa, isto é, com empregados,
contador, fornecedores, advogado,
banco, prefeitura, sindicatos etc.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Internalidade ou “Locus de controle”


A internalidade é a autopercepção do
indivíduo como alguém que influi sobre os
eventos a acredita ter capacidade de produzir
certos efeitos, de interferir no mudo.
O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e
não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele vê-se com
capacidade para se controlar a si mesmo e para influenciar o meio de
tal modo que possa atingir os seus objetivos.

É uma característica gradualmente aprendida por alguém que quer


assegurar que seus desejos se realizem. Empreendedores de sucesso
tem alta internalidade e grande necessidade de controlar o ambiente

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6. Características do Empreendedor Continuação

Conhecer a Opinião dos Outros


O empreendedor tem que estar disposto a conhecer a opinião dos
outros sobre a pessoa dele, sobre seu produto, sobre sua empresa.

O empreendedor tem que estar disposto a obter um feedback


pessoal para saber como eles estão e em que ponto estão.

Ele tem que ir atrás das pessoas,


criar um clima propício para que
elas se sintam à vontade para
emitir a opinião que tem sobre o
empreendedor e depois fazer as
perguntas certas.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Capacidade de se Auto-avaliar

O feedback é importante porque ajuda ao empreendedor a se conhecer


melhor.

O empreendedor tem que se


conhecer profundamente para
aumentar as chances de
sucesso da empresa.

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6. Características do Empreendedor Continuação

Instinto Empresarial

O empreendedor possui um
forte instinto empresarial, uma
boa percepção de negócios, isto
é, o empreendedor tem um tino
empresarial e segue caminhos
para o sucesso e para a
materialização de seus sonhos.

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6. Características do Empreendedor

Algumas Outras Características ...

Querer manter-se sempre atualizado


Possuir um grande Espírito Inovador

Etc.

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7. Análise Comparativa entre Gerente e Empreendedor

Gerente Empreendedor
Tenta otimizar os recursos para atingir metas Estabelece uma visão e objetivos, depois localiza os
recursos.
Opera dentro de uma estrutura existente Define tarefas e papéis que criam uma estrutura de
organização.
Busca aquisição de conhecimentos gerenciais e Apóia-se na auto-imagem geradora de visão,
técnicos inovação. Busca adquirir know-how e know-who.
A chave é se adaptar às mudanças. A chave é iniciar as mudanças.
Seu padrão de trabalho implica análise racional. Seu padrão de trabalho implica imaginação e
criatividade.
Trabalho centrado em processos que se apóiam no Trabalho centrado no planejamento de processos que
meio em que ele se desenvolve. resultam de uma visão diferenciada do meio.
Apoiado na cultura da afiliaçã o Apoiado na cultura da liderança.
Centrado no trabalho em grupo e na comunicação Centrado na evolução individual.
grupal.
Desenvolvimento dos dois lados do cérebro, com Desenvolvimento dos dois lados do cérebro, com
ênfase no lado esquerdo. ênfase no lado direito.
Desenvolve padrões para a busca de regras gerais e Lida com situações concretas e específicas. Uma
abstratas. O gerente está em busca de princípios que oportunidade é únic a, é um caso diferente de outros e
possam transformar -se em comportamentos deve ser tratada de forma diferenciada.
empresariais de eficácia.
Baseia-se no desenvolvimento do conceito de si, com Baseia -se no desenvolvimento do conceito de si, com
ênfase na adaptabilidade. ênfase na perseverança.
Voltado para a aquisição de know-how em Voltado para a aquisição de know-how em definir
gerenciamento de recursos e da área da própria contextos que levem à ocupação do mercado
especialização.

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion - 1991

Louis Jacques Filion é professor e pesquisador do


Centro de Empreendedorismo no HEC (Ecole des
Hautes Etudes Commerciales) -Montreal, uma das
principais escolas de Administração do Canadá.

A teoria visionária de Louis Jacques Filion


[1991] ajuda a se entender como se forma
uma idéia de produto (ou empresa) e quais as
condições e elementos que sustentam esta
idéia

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Visões Emergentes

As pessoas motivadas a abrir uma


empresa criam, baseadas na sua
experiência, idéias de produtos, visões
emergentes para Filion.

Essas idéias no início consistem apenas de um sonho, uma vontade


não muito definida, isto é, elas ainda não foram validadas.

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Validação das Visões Emergentes

O futuro empreendedor procura então


pessoas com quem possa obter
informações para aprimorar e testar
sua idéia verificando se é mesmo um
bom negócio.
Ele procura também ler sobre o
assunto, participar de feiras, eventos.

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Processo de Formação da Visão

Com as novas informações, a pessoa vai alterando a sua idéia


inicial (visão emergente inicial ), agregando novas características,
descobrindo novos processos de produção, distribuição ou vendas.
A medida que ela vai aprimorando sua visão emergente inicial (o
produto), ela vai de novo atrás de informações

É um processo cont ínuo de conquistas de


novas relações.
E esse processo é circular, pois as novas
relações contribuem para melhorar o
produto, alterando-o e ... assim por diante.
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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Requisitos para o Processo de Formação da Visão

Energia

Liderança

Visão Complementar

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Energia Necessária para o Processo de Formação da Visão


Para desenvolver o processo de formação da visão, o
empreendedor tem que se apoiar em alguns elementos.
O principal deles são as Relações.

Ele tem que trabalhar muito ,


sempre voltado para os resultados.
O alvo não é o trabalho em si, mas
sim seu resultado.

Filion chama isso de Energia.

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Liderança Necessária para o Processo de Formação da Visão

O empreendedor ser uma pessoa com


autonomia, autoconfiança.
Ele tem que acreditar que pode mudar as coisas

Ele deve ser capaz de convencer (persuadir )


as pessoas de que sua idéia é ótima e de que
todos vão beneficiar-se dela.

Essa capacidade é o que Filion chama de Liderança.

O líder deve conhecer bem o setor em que vai atuar

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8. Teoria Visionária de Louis Jacques Filion – 1991 Continuação

Visão Complementar para o Processo de Formação da Visão

A Visão Complementar trata da


gerência da empresa, da
organização e controle das
atividades administrativas,
financeiras, de pessoal etc.

Através da visão complementar é que é criada a


estrutura para que o produto seja vendido aos
clientes, da forma mais eficaz possível, gerando
os resultados esperados: viabilidade,
consolidação, crescimento, altos lucros

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9. Nasce uma Idéia

Ao ter uma idéia, o futuro empreendedor deve se perguntar:

Quais as revistas, livros, artigos sobre o assunto ele costuma ler?

Quais seriam os fornecedores de equipamento?

Quais seriam os fornecedores de matéria prima?

Quem seriam os clientes?

Qual o perfil dos clientes?

Qual é o lucro médio das outras empresas que atuam nesse setor
em relação ao faturamento?

Simone
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10. Idéia e Oportunidade

Idéia
A idéia ainda não é um produto rentável, capaz de
viabilizar uma empresa.

Quando se trata de produto, do outro


lado tem que haver um cliente que se
interesse pelo produto, isto é, deve
ter alguém disposto a pagar um valor
capar de remunerar o empreendedor

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Idéia Continuação

Uma excelente idéia pode ser viável em tudo


e transformar-se em um grande produto que
dará vida a uma empresa de sucesso.

Mas se o produto não se adequar ao


perfil do empreendedor, terá grandes
chances de não ir para frente

É importante que a empresa seja


exteriorização de uma vontade, em todos
os sentidos.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Oportunidade
Atrás de uma oportunidade sempre existe uma idéia.

È necessário fazer uma validação da


idéia, isto é, fazer uma análise
criteriosa de sua viabilidade técnica,
mercadológica e financeira do negócio

Essa análise pode ser feito através de um plano de negócios,


para se saber o potencial da idéia se transformar em negócio.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Oportunidade Continuação

A oportunidade é uma forma de olhar. Ela


está na mente e no coração da pessoa.

É importante que as pessoas tenham a


capacidade de “ver o que os outros não
vêem”. Para isso elas precisam se diferenciar

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Amadurecendo a Idéia

O empreendedor deve expor todas suas


idéias a diversas pessoas experientes e
ouvir o que elas tem a dizer.

Quanto maior o número de pessoas


que possam avaliar e criticar o
projeto melhor.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Amadurecendo a Idéia Continuação

O empreendedor não deve temer que a idéia seja “roubada”.

É pouco provável que alguém


queira abrir uma empresa só
porque ouviu a idéia de alguém.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Amadurecendo a Idéia Continuação

1. O fato desse alguém querer abrir


uma empresa não é em si uma
garantia de sucesso.

2. Uma idéia demora a se formar na cabeça de uma pessoa.

3. A empresa é uma extensão da forma de ser da pessoa que teve


a idéia e vai dar certo porque é importante para essa pessoa
por vários motivos, muitos deles ligados à características
pessoais, não encontradas em qualquer pessoa.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Amadurecendo a Idéia Continuação

O roubo de uma idéia se fundamenta em dois elementos não


necessariamente verdadeiros:

1. O “ladrão” da idéia é melhor do que quem teve a idéia


2. Não existe no mercado lugar para os dois.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Para abrir um negócio, são necessários muitos


estudos, pesquisa, análise, planejamento, um
plano de negócios.

É necessário ter um conhecimento


profundo do negócio, dos clientes, dos
fornecedores, da concorrência, das
tendências e sinalizações sobre o futuro
do produto

É preciso também se saber muito sobre a gerência, administração


financeira, e, principalmente, caixa.
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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Não basta ter o melhor produto.


Isso era verdade na primeira
metade do século XX, quando a
demanda era enorme e a
concorrência pequena.

Saber produzir era o ponto chave.

Hoje o foco deve ser o negócio


como um todo e não a idéia ou o
produto.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Foco no Negócio
Bill Gates, dono da Microsotf,
quando começou, era apenas um
estudante de Havard.
Ele dominava a tecnologia mas
teve que aprender muito sobre
mercado, finanças, organizações.

Hoje Bill Gates é um dos homens mais ricos


do mundo.

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10. Idéia e Oportunidade Continuação

Nem sempre o produto de maior sucesso é o


que apresenta melhor qualidade .

A Microsoft nunca teve o melhor software mas


nunca saiu da frente.
A IBM nunca teve o hardware mais avançado,
seus sistemas operacionais na área de
mainframe não são os melhore e nem seus
computadores de grande porte. No entanto ele
sempre teve sucesso

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11. Buscando Ajuda de um Mentor

O empreendedor deve pedir ajuda a um mentor.

O mentor é uma pessoa capaz, qualificada,


experiente e que conhece bem o negócio.
Ele pode atuar como um consultor, dando
conselhos e orientações.Em geral é um
trabalho voluntário .

A ajuda de um mentor é feita através de análises e orientações de


em como definir, planejar, formalizar e desenvolver seu negócio,
fazer bons negócios e até mesmo como obter crédito

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11. Buscando Ajuda de um Mentor Continuação

O melhor mentor (consultor) para um pequeno negócio é outro


empresário que tenha passado pelos mesmos problemas. Melhor
até que um especialista, porque o conhecimento adquirido de
forma contextual e pela prática e mais rico e aplicável.

Para se trabalhar com a ajuda a um


consultor deve-se saber que tipos de
consultoria se está desejando e deve-se
estar preparado para faze as perguntas.

Para que a consultoria dê certo, o empreendedor deve saber


encomendar o serviço ao consultor, acompanhar e cobrar.

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12. A Escolha dos Sócios

Características Desejadas nos Sócios

Os sócios devem ter perfis Complementares


Os sócios devem ter necessidades e Ambições semelhantes
Os sócios devem aceitar as virtudes e defeitos uns dos outros.
Os sócios devem partilhar valores, isto é, devem possuir formas
semelhantes de tratar empregados, clientes, meio ambiente, lucros etc.
A confiança e aceitação devem ser mútuas
Os sócios devem conversar, trocar informações, abordar os temas
mais conflitantes, evitar a formação de tabus entre si.

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13. Contrato de Constituição da Sociedade

Quando se tem sócios, deve-se tomar um cuidado com o contrato de


constituição da sociedade.
No momento da criação da empresa não existem desavenças.

Existem duas situações onde as desavenças são comuns:

1. Quando há muito prejuízo


2. Quando há muito lucro

Sociedades se desfazem também quando a empresa vai bem

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13. Contrato de Constituição da Sociedade Continuação

No contrato social deve-se prever cláusulas de saída da sociedade:


1. Como será calculado o valor da empresa
2. Quanto tempo os sócios terão para se manifestar sobre a
compra das outras partes

É importante planejar a criação da


empresa, mas também é essencial prever a
saída da empresa, ou até seu fechamento.

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14. Incubadora de Empresas

Incubadora de empresas é
uma estrutura planejada,
organizada para apoiar o
desenvolvimento de micro e
pequenas empresas, de
pessoas ou grupos, que
queiram criar empresas,
visando a transformação de
idéias em produtos ou
serviços inovadores.

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14. Incubadora de Empresas Continuação

O ambiente da incubadora
estimula a criação e o
desenvolvimento de novas
empresas, abrigando-as por
tempo determinado.
Cada incubada desfruta das
instalações por um preço
menor.

Em geral uma incubadora é mantida por entidades


governamentais, universidades, grupos comunitários e pela
iniciativa privada.

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14. Incubadora de Empresas Continuação

O programa de Incubadora de empresas surgiu como experimento


nos Estados Unidos, em 1939, na Universidade de Stanford,
Califórnia.

O diretor do laboratório de
Radiocomunicações da Universidade
de Stanford estimulou dois jovens,
Bill Hewlett e Dave Packard a
persistirem no desenvolvimento do
projeto de um equipamento eletrônico

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14. Incubadora de Empresas Continuação

Com a verba de uma bolsa de estudos e do laboratório, os dois


jovens iniciaram uma empresa para produzir o equipamento. Eles
começaram seu negócio na garagem de casa da casa de um deles.

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14. Incubadora de Empresas Continuação

Essa empresa prosperou e se transformou


numa das maiores do mundo, a Hewlet-
Packard Company (HP).

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15. Um Caso de Sucesso: Venturas & Aventuras

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Chapada Diamantina

Área montanhosa de 38000Km2 , com uma


variedade de ecossistemas como rios,
cerrado, caatinga florestas, cavernas,
cachoeiras, lagos, grutas e formações
rochosas.

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Garimpo na Chapada Diamantina

Antes do século XVIII a Chapada era habitada somente por índios.

Em 1710 foi descoberto ouro na


Chapada mas a região só passou a
ser conhecida em 1750, com a
chegada dos bandeirantes que
descobriram seus diamantes .

Durante três décadas no século XIX, a


Chapada foi povoada por mais de 25.000
pessoas, a maioria garimpeiros, vivendo
precariamente em tendas e locas.
Era o ciclo do diamante.
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Garimpo na Chapada Diamantina Continuação

A fase áurea do ciclo do diamante durou até 1870. Depois os


minerais começaram a se esgotar.
Em 1865, foram descobertas jazidas na África do Sul, próximo da
Europa, causando desinteresse pela Chapada.
Tem início a decadência da Chapada. Começa um período de
estagnação com evasão de moradores.

Alguns garimpeiros permaneceram e


continuaram suas atividades, que,
devido à pouca intensidade se tornaram
uma fonte de subsistência razoável.

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Consequências da Criação do Parque Nacional

Em 1985 o governo brasileiro criou o Parque


Nacional da Chapada Diamantina.
O garimpo foi proibido; tornou-se ilegal.
Mas os garimpeiros não sabem sobreviver de outra
forma. Muitos mal sabem ler e escrever.

As comunidades garimpeiras não foram consultadas


sobre a criação do parque.
De repente ficaram privadas do usufruto da terra,
embora não tivessem sido expropriadas, nem
indenizadas.

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Consequências da Criação do Parque Nacional Continuação

Até hoje não foram tomadas medidas para


regularizar a situação e viabilizar de
forma sustentável a preservação ambiental
e atividades econômicas necessárias à
sobrevivência da população.

O governo nada fez para capacitar os


moradores a exercer outras atividades.

Assim, ainda hoje muitos continuam garimpando ilegalmente.

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Eco-Turismo no Brasil

O Brasil possui enorme potencial para


o eco-turismo.

É uma excelente oportunidade de negócio


para empreendedores e moradores de
certas áreas.
É uma atividade ainda é incipiente no
Brasil.

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Oportunidades com a Criação do Parque Nacional Continuação

O Parque Nacional da Chapada Diamantina começou a atrair


turistas motivados por uma consciência ecológica e pelo desejo de
conhecer suas riquezas e belezas naturais.

Estava criado um cenário propício para uma


nova atividade que poderia trazer benefícios
para os ex-garimpeiros e suas famílias.

Faltava só um empreendedor com uma visão de


negócio para tirar partido dessa oportunidade.

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Venturas & Aventuras: Pioneirismo no Eco-Turismo na Chapada

A idéia da criação da empresa surgiu de dois


amigos que viajavam juntos.

Um deles viu na Chapada a oportunidade de se criar um produto


verde, ecologicamente viável, capaz de atrair turistas oferecendo
atividades de caminhada, e travessia.

A Venturas & Aventuras foi fundada em 1992 com uma viagem


comercial, em um ônibus partindo de São Paulo.
No início levava só 50 pessoas por ano. Hoje já transportou mais de
7000 pessoas para vários lugares pouco visitados. Possui uma média
anual de 1100 passageiros durante os últimos três anos
Diversificou suas atividades: arvorismo, rapel, tirolesa ...
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Modelo da Chapada adaptado do Modelo do Nepal

Nepal: “Teto do Mundo”: atrai andarilhos do mundo inteiro

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Necessidade de Adaptação do Modelo do Nepal

O perfil dos eco-turistas da Chapada


difere dos do Nepal.
Foi preciso adaptar o modelo para
receber turistas.

Problema: o único conhecimento que os moradores da Chapada


possuíam era voltado para o garimpo.

Foi preciso capacitá- los para


exercerem atividades voltadas para o
turismo, como guiar, cozinhar,
hospedar etc.

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Necessidade de Adaptação do Modelo do Nepal Continuação

Com essa iniciativa, os fundadores da


Venturas começaram a ter um forte
relacionamento e responsabilidade com os
moradores da região.

Foram abertas oportunidades para os


garimpeiros de exercerem atividades lícitas.

Hoje são oferecidos vários roteiros: Chapada


Básica, Travessia da fumaça, do Patí etc

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Venturas & Aventuras: Estratégia

Estratégia: especialização – optou-se por


focar em um numero reduzido de destinos.
A empresa percebeu que quanto mais
elaborado o nível de especialização dos
produtos, mais difícil seria para a
concorrência imitá- la.

Para atingir os objetivos as parcerias


foram fundamentais: a equipe foi
cuidadosamente selecionada e treinada.
Foi formada essencialmente por nativos
da região.

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Venturas & Aventuras: Um caso de Sucesso

Conseqüências
As famílias tiveram que passar por uma educação ambiental e de
negócios pois sempre exploraram a terra sem critério.
Conscientizar os garimpeiros foi um desafio para a empresa.
A empresa orientou às famílias na transformação de suas resid ências
em hospedagem. As famílias conseguiram se estruturar para ter
melhor qualidade de vida
Surgiu uma alternativa de subsistência num ambiente onde as fontes
de renda são escassas.
As famílias têm autonomia para receber quem viaja por conta
própria.

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Venturas & Aventuras: Um caso de Sucesso

Consequências
A Chapada está se tornando um destino de muitos estrangeiros
adeptos do trekking que viajam por conta própria
Essas pessoas organizam sua viagem pela Internet, se hospedam nas
casas dos moradores e depois divulgam suas experiências em sites.

A possibilidade de se
hospedar em casa de ex-
garimpeiros está se tornando
conhecida no mundo todo.

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Conclus ões sobre a natureza de Pequenas Empresas

Pequenas empresas de sucesso podem


surgir da união de uma boa idéia, com o
saber aproveitar uma oportunidade,
força de vontade, persistência, dedicação
e um espírito empreendedor.

Uma pequena empresa, como a Venturas e Aventuras


Fornece novos empregos
Estimula a competição
Introduz inovações e produzem bens e serviços com eficiência

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Trabalho Obrigatório

1. Fazer o teste do site do Sebrae:


http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/testeaquiseuperf
ilempreendedor.asp
2. Imprimir o formulário com as perguntas e suas respostas
3. Imprimir o resultado do teste (média obtida após enviar o
formulário preenchido).

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Bibliografia Recomenda

Livros Texto:
“O Segredo de Luísa”
Dolabela, Fernando – Editora Cultura
“Administração de Pequenas Empresas”
Longendecre, Moore, Petty, Editora Atlas
Sites para Consulta
Venturas e Aventuras: http://www.venturas.com.br/
Sebrae: http://www.sebrae.com.br/br/home/index.asp
Instituto Endeavor: http://www.endeavor.org.br/br/default.htm
Instituto Euvaldo Lodi: http://www.iel.org.br/
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