Hipertexto É um documento exclusivamente eletrônico composto de unidades textuais multimodais interconectadas por meio de links, formando uma rede de estrutura não hierárquica e não linear.
Os links e as âncoras são os elementos
constitutivos do hipertexto. Conceitos Âncora:
Uma área dentro do conteúdo de um nó que é a
fonte ou o destino de um link. A âncora pode ser todo o conteúdo do nó, (por exemplo, os anúncios pop-up).
Clicar com o mouse sobre área de uma âncora
resulta em chegar-se ao link, deixando a âncora na ponta oposta do link mostrado. As âncoras tendem a ser destacadas de modo especial. Nó:
Os nós são unidades de conteúdo conectadas
pelos links. Eles estão presentes em hipertextos fechados, como um CD-ROM, ou em hipertextos abertos, como a web. Na Web, por exemplo, um nó é a página da Web ou qualquer recurso que possua uma URL. Documento:
Pode ser entendido como uma série de
elementos que são definidos por uma linguagem de marcação (HTML ou XML, por exemplo), ou mesmo, qualquer dado que possa ser representado no formato digital. Lexia:
A lexia é a unidade básica de informação num
hipertexto e é formada por textos hipermodais ou por textos verbais, imagens, vídeos, sons, narrações e ainda ícones e botões.
Para Gomes trata-se de um trecho com
sentido, um “pedaço” de texto, nó etc. e por unificar todos os termos, sem trazer prejuízo a nenhum dos sentidos que se queira atribuir. Actema:
Refere-se ao nível mais baixo da atividade
hipertextual, correspondendo a seguir um link.
Episódio:
Corresponde à combinação de múltiplos actemas
coerentes na mente do leitor Link:
É a unidade de conexão no hipertexto, ou ainda uma
referência de documento a outro (link externo) ou de um local a outro no mesmo documento (link interno), que pode ser seguido eficientemente usando um computador.
Para os profissionais da informática, é um elemento de
navegação, enquanto que para Landow (1997, p.11) “o link é o elemento que o hipertexto acrescenta à leitura e à escrita”. Taxonomia dos links por autores
Trigg (1993):
Os links normais têm função retórica e são utilizados
para conectar as lexias, de modo a especificar contexto, inserir argumentos, declarar teorias, sustentar argumentos e apresentar dados.
Os links de comentário trazem críticas e comentários e
podem nem ser clicados na primeira leitura ou podem servir de caminho para a segunda leitura. Rosemberg (1996):
Links disjuntivos (tipo “ou”): quando clicados
levam o leitor a outro ponto do sistema.
Links conjuntivos (tipo “e”): abrem janelas
tipo pop-up sobrepostas ao texto que estava sendo lido. Storrer (2002):
Links podem ser classificados como interno ou externo:
Links internos: quando conectados a nós dentro do
mesmo hiperdocumento ou dentro do mesmo site.
Links externos: encaminham para outros sites da
hyperweb, cujo conteúdo está além do controle imediato do autor. Keep, McLaughlin e Parmar (2003):
Distinção entre tipos de links e classes de links.
Os tipos de links diferenciam-nos visualmente, facilitando a navegação.
Quanto à classe de link, tem-se quatro categorias:
• Link de referência: é o link típico do hipertexto.
• Link de nota: é uma janela do tipo pop-up que não possui links a serem seguidos a partir dela e o leitor precisa fechá-la para continuar sua navegação.
• Link de expansão: quando acionado, o conteúdo da lexia de destino é
expandido em linha com a âncora fonte.
• Link de comando: ao ser selecionado, uma ação é realizada, como, por
exemplo, abrir um novo programa. La Passardiere e Dufresne (2006):
• Links pontuais: indicam e promovem a passagem do
leitor para outra lexia.
• Links estruturais: fornecem uma visão da posição
relativa do leitor no hipertexto, como um mapa.
• Ferramentas históricas: possibilitam identificar os nós
já acessados. Baron (1994):
• Links organizacionais: tais como índices, e informações
“próxima página”, “página anterior”.
• Links de conteúdo: tratam mais diretamente com
relações específicas entre as lexias dentro de um hipertexto. Subdividem-se em:
*Links semânticos: descrevem a relação ou associação
entre as palavras ou conceitos, de três diferentes modos: similaridade, contraste e relação parte/todo.
*Links retóricos: introduzem definições, ilustrações e
resumos.
*Links pragmáticos: definem relações ligadas a
resultados práticos, como, por exemplo, um aviso. Parunak (1991):
• Há três tipos: associativos, agregadores e de
revisão. Os associativos são os mais comuns e podem relacionar uma palavra ou frase a uma proposição maior, geralmente para especificar- lhe o significado.
• Os links que ligam proposições entre si
descrevem relações entre nós com conteúdo mais complexo e são divididos pelo autor em quatro categorias: links de orientação, de implicação, paráfrases e links ilustrativos. Conclusão
• Gomes, em consonância com Kopak, entende o
hipertexto como algo mais que uma coleção de simples associações, às vezes ambíguas, de pedaços de informações, sendo preciso compreender os diversos tipos de links e suas relações.
• Assim, nesse entendimento, os links são um meio
de expressão do autor e também uma forma de orientar o leitor sobre o destino dos links. Gomes acredita que para o autor de um hipertexto o mais aconselhável torna-se identificar as necessidades expressivas e as relações de sentido entre cada parte do hipertexto e de suas lexias, e criar seus links e âncoras em função delas.