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Tema: recursos cíveis em espécie

APELAÇÃO

1. Conceito:

É o meio processual que a lei coloca à disposição das partes, do MP e de um terceiro,


a viabilizar, dentro da mesma relação jurídica processual, a anulação ou a reforma da
sentença que extingue o procedimento de 1º grau, que tenha ou não resolvido o mérito
da causa.

2. Fundamentos da apelação:

Contra a sentença definitiva são cabíveis alegações concernentes à invalidade


(anulação) da sentença, em decorrência de vícios, ou alegações referentes à injustiça
da sentença, em razão de erro cometido pelo juiz na solução de questão de fato ou de
direito, quando então se pedirá a reforma da decisão judicial.

Cumpre destacar que o tribunal somente passará ao exame das alegações relativas à
errores in iudicando (injustiças) se (e depois que) houver rejeitado as alegações
concernentes a errores in procedendo (vícios).

Anulada a sentença, devem os autos retornar ao juízo de origem para que se refaça o
que tiver sido desfeito, enquanto que se houver a reforma a decisão de 2º grau
substituirá a decisão primária.

Na sentença terminativa são cabíveis as mesmas alegações concernentes á sentença


definitiva. Contudo, de acordo com o art. 515, § 3o do CPC, nos casos de extinção do
processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide,
se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de
imediato julgamento.

3. Efeitos da apelação

É da tradição do direito brasileiro que a apelação produza, em regra, os efeitos


devolutivo e suspensivo e, por exceção, apenas o efeito devolutivo. Importante
observar que compete ao juiz declarar os efeitos em que a recebe independentemente
de requerimento da parte, e, registre-se, o magistrado não possui qualquer margem de
discrição na declaração dos efeitos, pois tem de ater-se, estritamente, ao que a lei
estabelece no art. 520 do CPC.

Destaque-se que na omissão do juiz, entende-se que recebeu a apelação em ambos


os efeitos, pois essa é a regra, à exceção dos casos em que a lei exclui a
suspensividade.

A extensão do efeito devolutivo no recurso de apelação traz algumas conseqüências,


são elas:

a) Impossibilidade de inovar a causa no juízo da apelação, em que é vedado a parte


pedir o que não pedira perante o órgão a quo;

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b) A limitação da atividade cognitiva do tribunal à parte da sentença que haja sido


objeto de impugnação (salvo a exceção prevista no §3º do art. 515 do CPC);
c) A proibição de reformatio in pejus.

Na hipótese de existir apelação parcial da sentença será possível a execução


definitiva da parte da sentença já transitada em julgado, desde que observadas às
seguintes condições:

a) Cindibilidade dos capítulos da decisão;


b) Autonomia entre a parte da decisão que se pretende executar e a parte objeto da
impugnação;
c) Existência de litisconsórcio não unitário ou diversidade de interesses entre os
litisconsortes, quando se tratar de recurso interposto por apenas um deles.

Igual situação é a dos efeitos da apelação interposta contra sentença que julga ações
conexas. Nesse caso, deve o juiz receber a apelação, único recurso cabível contra a
sentença, mas dar efeito suspensivo à parte da sentença que o comportar, e dar efeito
meramente devolutivo ao capítulo da sentença que assim o reclamar.

Outra questão polêmica é a da antecipação da tutela na sentença e o efeito


suspensivo da apelação. Nessa situação, embora o ato seja complexo, já que possui
natureza de decisão interlocutória e sentença, o recurso cabível será o de apelação,
vez que não se pode fracionar o manejo de recurso de agravo, para a parte que
deferiu a tutela antecipada e apelação, para impugnar a sentença. A antecipação
concedida na própria sentença tem como conseqüência exatamente retirar o efeito
suspensivo da apelação, No que se refere aos efeitos antecipados, o julgamento é
imediatamente eficaz, ainda que suscetível de apelação.

Por fim, caso a apelação seja recebida apenas no efeito devolutivo, de acordo com o
art. 520 do CPC, e, apesar disso, seja necessário suspender os efeitos da sentença,
vez que pode resultar em lesão grave e de difícil reparação, o remédio processual
adequado para sustar os efeitos da sentença é a interposição de medida cautelar
inominada incidental com pedido liminar. Importante registrar que, de acordo com o
art. 800, parágrafo único, do CPC, interposto o recurso, a medida cautelar será
requerida diretamente ao tribunal.

4. Procedimento da apelação

De acordo com o art. 514 do CPC a apelação de ser interposta por petição dirigida ao
juiz, contendo: os nomes e a qualificação das partes; os fundamentos de fato e de
direito; o pedido de nova decisão.

Observe que, apesar da prática forense, as razões da apelação podem constar da


própria petição ou ser oferecidas em peça anexa.

Todavia, não será conhecida a apelação que: for apresentada sem razões; interposta
mediante simples cota lançada nos autos; em que as razões são apresentadas após a
fluência do prazo recursal; e, por fim, em que as razões são inteiramente dissociadas
do decidido na sentença.

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Por outro lado, configura mera irregularidade que não impede o conhecimento do
recurso: a falta de assinatura do advogado, na petição de interposição, desde que
lançada esta em papel com seu timbre; não estarem assinadas pelo advogado as
razões que acompanham a petição de interposição, embora esta última esteja
assinada; e, por fim, a assinatura do advogado fora do fecho da petição de recurso.

O prazo de interposição, que é de 15 dias, é contado da intimação do ato judicial.


Entretanto, segunda remansosa jurisprudência, se as partes foram previamente
intimadas para a audiência, o marco inicial para a contagem do prazo recursal, ainda
que ausentes os litigantes, dar-se-á da publicação da sentença em audiência, sendo
desnecessária qualquer outra intimação.

Interposto o recurso de apelação, não sendo conhecido pelo juiz de 1º grau, será
cabível o recurso do agravo de instrumento, conforme art. 522 do CPC.

De acordo com o art. 517 do CPC, as questões de fato, não propostas no juízo inferior,
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por
motivo de força maior. Portanto, somente comprovando força maior poderá a parte
inovar no recurso, que, registre-se, terá sua admissibilidade analisada pelo Tribunal,
sendo vedado ao juiz exarar juízo de prelibação.

Por fim, cabe registrar que além dos requisitos de admissibilidade (cabimento,
legitimação para recorrer, interesse em recorrer, tempestividade, preparo, regularidade
formal e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de recorrer), de acordo
com o §1º do art. 518 do CPC, o juiz só receberá o recurso de apelação quando a
sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do
Supremo Tribunal Federal. Ou seja, a Lei nº 11.276 de 2006 inseriu mais um requisito
de admissibilidade para o recurso de apelação. Destaque-se, por oportuno, que a falta
de menção à súmula do STJ ou do STF, desde que a fundamentação da sentença a
tenha adotado o entendimento sufragado na súmula, em nada impedirá o magistrado
de não receber a apelação.

AGRAVO

1. Das diversas modalidades de agravo no sistema recursal cível brasileiro

Sinteticamente poderíamos reduzir as quatro modalidades de agravo ao seguinte


quadro sinótico:

Agravo de Agravo Agravo interno, Agravo de


Instrumento retido nos inominado ou Instrumento
autos regimental para o STJ
e/ou STF
Regime Legal Arts. 522, 524 Arts. 522 e Arts. 532, 545, Art. 544
a 529 523 557, 558
Tipologia da Decisão Decisão Decisão singular Decisão
decisão proferida por proferida por proferida por monocrática
interlocutória magistrado de magistrado de membro de proferida por
1º grau que 1º grau. tribunal (relator) Presidente ou
causa dano Vice-
irreparável ou presidente de

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de difícil tribunal
reparação. inadmitindo
RESP e/ou
RE.
Finalidade Sustar a Obstar a Submeter a Determinar a
eficácia ou preclusão. matéria apreciada remessa dos
conceder monocraticamente autos do
tutela ao crivo do RESP e/ou RE
antecipada no colegiado. ao tribunal
âmbito superior.
recursal (art.
527, III).
Prazo 10 dias 10 dias 5 dias 10 dias

2. Prazo para interposição

Em regra as modalidades de agravo se processam nos próprios autos, à exceção do


agravo de instrumento interposto diretamente no tribunal (art. 524 do CPC); do agravo
de instrumento interposto contra decisão que não admite a subida de recurso especial
ou extraordinário (art. 544 do CPC); e do agravo de instrumento nas causas em que o
STJ funciona como segundo grau de jurisdição (art. 539, § único do CPC).

Diante disso, importante atentar para o dies a quo e o início da fluência do prazo
recursal, que devem ser aferidos tendo em vista a existência de expediente forense
normal no juízo de origem. Já o termo final deve ser averiguado tendo em conta a
ocorrência de expediente forense normal na comarca sede do tribunal ad quem.

Observe-se que o pedido de reconsideração, mesmo atingindo o seu objetivo, não faz
às vezes de recurso, não interrompendo nem suspendendo o prazo para a
interposição contra a decisão cuja reconsideração se pede. Ademais, o pedido de
reconsideração não pode ser transformado em agravo, até porque com o agravo retido
perdeu a sua utilidade como expediente alternativo.

3. Hipóteses de cabimento dos agravos retido e de instrumento

Agravo Retido Agravo de Instrumento


Arts. 522 e 523 Arts. 522 e 527, II
- Decisões interlocutórias proferidas na - Decisões interlocutórias que inadmitem
audiência de instrução e julgamento; recursos;

- Decisões interlocutórias posteriores à - Decisões interlocutórias relativas aos


sentença; efeitos em que a apelação é recebida;

- Decisões interlocutórias que não - Decisões interlocutórias que causa dano


causam dano de difícil e de incerta de difícil e de incerta reparação;
reparação;
- Decisões interlocutórias que concedem
- Decisões interlocutórias que cominam a ou denegam liminares satisfativas ou
multa do art. 14 do CPC, se o cautelares;
responsável for a parte.
- Decisões interlocutórias que cominam a

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multa do art. 14 do CPC, quando o


responsável for terceiro.

I. Agravo retido nos autos

Podemos conceituar o agravo retido como o meio processual que a lei coloca AA
disposição das partes, do MP e de um terceiro, com o escopo de obstar a reclusão de
decisão interlocutória proferida por magistrado de 1º grau de jurisdição, cujo conteúdo
não possui aptidão para causar dano irreparável, ficando o conhecimento subordinado
à reiteração expressa de seu julgamento como matéria preliminar nas razões ou na
resposta da apelação dirigida ao tribunal.

Assim sendo, o agravo retido carece, sob certo aspecto, de autonomia, uma vez que
seu conhecimento está subordinado ao da apelação, que tem de existir, para que ele
tenha sentido prático. Portanto, se a parte não reiterar nas razões ou contra-razões da
apelação pelo seu conhecimento esse recurso não será apreciado.

São, dessa forma, pressupostos do agravo retido: haja apelação própria ou de outrem,
ou recurso adesivo; que a apelação seja conhecida; e, por fim, que seja
expressamente pedida sua apreciação, nas razões ou contra-razões.

Todavia, mesmo que não reiterado no momento oportuno, as matérias de ordem


pública deverão ser conhecidas elo tribunal.

Segundo o STJ, em decisão fulcrada no princípio da igualdade das partes, “o agravo


retido deve ser apreciado pelo tribunal, na assentada em que fizer a revisão ex officio”.

Importante doutrina, por todos Nelson Nery Júnior, entende que não cabe agravo
retido interposto por terceiro prejudicado, porque não teria como reiterá-lo nas razões
ou contra-razões de apelação, já que não é parte na relação jurídica processual.
Todavia, outra parcela significativa afirma que não se pode pré-excluir a possibilidade
de recurso retido por terceiro, tomando uma situação como regra; nada em tese,
justifica esta exclusão, pois o interesse recursal é algo que se verifica no caso
concreto.

Uma das características de qualquer agravo, em regra, é a possibilidade conferida ao


juiz a retratação da decisão agravada. No entanto, essa faculdade precluirá se o
magistrado vier a praticar outros atos incompatíveis com a possibilidade de retratação.
Agora, se o juiz ao retratar-se modifica ou reforma a decisão caberá contra essa
decisão tanto o agravo retido como o agravo de instrumento, apenas com a
particularidade de que ao juiz não é dado modificar ou reformar sua decisão, uma vez
que o juízo de retratação só pode ser exercido validamente numa única ocasião.

De acordo com o § 3o do art. 523 do CPC, das decisões interlocutórias proferidas na


audiência de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser
interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele
expostas sucintamente as razões do agravante. Entende a doutrina que o agravo
retido pode ser interposto oralmente em qualquer audiência, seja de simples
conciliação, seja preliminar ou, seja de instrução e julgamento.

II. Agravo de instrumento

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Conforme previsão contida no art. 525 do CPC, compete ao agravante formar o


instrumento, juntando as peças obrigatórias e facultativas. Observe-se que não se
admite a juntada de peças, ainda que dentro do prazo do recurso.

Cumpre salientar que, embora nominadas como facultativas pela lei processual, caso
não seja possível ao tribunal compreender a controvérsia, por ausência de peça de
juntada facultativa, o agravo não deverá ser conhecido por irregularidade formal.

Observe-se, por ser de extrema relevância para o exame da OAB, que ausência da
declaração do advogado da autenticidade das peças juntadas, que poderá ser feita na
própria petição de interposição do recurso, sem maiores formalidades, ocasionará a
sua inadmissão por vício de regularidade formal. Ademais, não será possível que após
a interposição do agravo de instrumento seja declarada a autenticidade das cópias por
parte do advogado do agravante.

O art. 526, caput, do CPC prevê que o agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá
juntada, aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do
comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que
instruíram o recurso.

Dispõe ainda no seu parágrafo único que o não cumprimento do disposto neste artigo,
desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo.
Portanto, mesmo que o agravante não tenha comunicado ao juízo a quo a interposição
do agravo, não poderá o relator deixar de admitir o recurso por vício de regularidade
formal, porque tal sanção depende de provocação expressa do agravado em sua
resposta.

O processamento do agravo de instrumento está previsto no art. 527 do CPC. Porém,


cabem algumas observações sobre o trâmite do recurso, por exemplo: as informações
que o relator poderá requerer a que faz alusão o inciso IV desse artigo só devem ser
solicitadas nos casos estritamente necessários, assim como se o agravado for réu
revel não haverá necessidade de sua intimação.

Ao contrário do agravo retido (art. 522, § único do CPC), o agravo de instrumento


exige preparo, sendo requisito recursal para a sua admissibilidade, sendo sancionado
com o seu não conhecimento mesmo que juntado a taxa a destempo.

Como característica de todo recurso de agravo, no de instrumento também cabe juízo


de retratação, que poderá ocorrer a qualquer temo, desde que o seja até o julgamento
do recurso pelo tribunal. Observe que se a retratação for parcial não estará
prejudicado o recurso, devendo o tribunal apreciar a parte que não foi modificada.

Note que de acordo com o art. 544 do CPC, não se admite sustentação oral quando
do julgamento do agravo de instrumento, embora o art. 7, IX do EOAB assegure ao
advogado essa prerrogativa em qualquer recurso. Isso se deve a ADI 1.105-7 – DF
que suspendeu a eficácia do dispositivo da Lei nº 8.906/94.

Em regra o agravo de instrumento terá apenas efeito devolutivo, mas ao recurso pode
ser conferido efeito suspensivo e ativo, desde que, obviamente, requeridos pelo
agravante.

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III. Agravo de instrumento contra decisão que não admite recurso extraordinário
ou recurso especial

A decisão monocrática proferida por Presidente ou Vice-Presidente de tribunal que


inadmite RESP e/ou RE é passível de impugnação por meio de agravo de instrumento
para o STJ ou STF, respectivamente.

Em consonância com o princípio da economia processual, quando houver admissão


parcial do RE ou do REsp, prevalece a orientação de que não há necessidade de
interposição de agravo de instrumento quanto aos fundamentos inadmitidos.

O prazo de interposição desse recurso é de 10 dias, e ele tem por objetivo determinar
a remessa dos autos do RESP e/ou RE ao tribunal superior competente, ou seja, o
agravo de instrumento visa destrancar o recurso excepcional.

Quanto aos requisitos de admissibilidade desse recurso, cabe destacar que o tribunal
de origem não poderá exercer o juízo de prelibação prévia, como, por exemplo, em
caso de intempestividade, que, registre-se, será aferida na data de entrada no
protocolo do tribunal.

Lembramos que o agravo de instrumento contra decisão denegatória dos recursos


excepcionais está isenta do pagamento tanto de preparo, quanto de porte de remessa
e retorno, vez que essas taxas judiciárias já foram pagas quando da interposição do
RE e/ou REsp.

Por fim, ressaltamos que de acordo com o § 3o do art. 544 do CPC, poderá o relator,
se o acórdão recorrido estiver em confronto com a súmula ou jurisprudência
dominante do Superior Tribunal de Justiça, conhecer do agravo para dar provimento
ao próprio recurso especial; poderá ainda, se o instrumento contiver os elementos
necessários ao julgamento do mérito, determinar sua conversão, observando-se, daí
em diante, o procedimento relativo ao recurso especial.

IV. Agravo interno, inominado ou regimental

O agravo interno é o recurso cabível contra decisão interlocutória monocrática


proferida por relator, de natureza terminativa ou definitiva, no âmbito dos tribunais.

O prazo de interposição, diferentemente das demais espécies de agravo, cujo prazo é


de 10 dias, nesse caso será de 5 dias. O agravo interno visa submeter a matéria
apreciada monocraticamente pelo relator ao crivo do colegiado, juiz natural.

Infere-se, portanto, que como o colegiado é o juiz natural para o julgamento do


recurso, agindo o relator apenas por delegação legal, contra toda deliberação singular
de magistrado com assento em tribunal caberá agravo interno, sob pena de
inconstitucionalidade por violação do devido processo legal, na sua perspectiva do
princípio da colegiabilidade das decisões definitivas dos tribunais. Note que essa regra
vale também quando o tribunal estiver atuando na sua competência originária.

Efetivamente, o cabimento do agravo interno independe de expressa previsão na lei


ou no regimento. É decorrência direta de um atributo constitucional dos tribunais
brasileiros: sua composição e forma de atuação necessariamente colegiadas. A

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recusa de processamento desse agravo, sob o argumento de que não está previsto ou
é proibido pelo regimento interno, é ato corrigível mediante mandado de segurança.

Por fim, lembramos que o agravo interno é interposto por petição dirigida ao relator, a
quem não é dado indeferir o recurso por razões óbvios. Portanto, não há necessidade
de formação de instrumento e pagamento de preparo, e sendo apresentado ao próprio
prolator da decisão, dá-lhe a oportunidade de modificação da sua decisão anterior
(juízo de retratação).

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