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2009

Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento

MANUAL DE LEGISLAÇÃO ■ PROGRAMAS NACIONAIS DE SAÚDE ANIMAL DO BRASIL


Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento -
MAPA
Organização Pan-Americana
da Saúde – OPAS/OMS Manual de
Legislação
Saúde Pública Veterinária
Departamento de Saúde Animal Centro Pan-Americano de Febre
Esplanada dos Ministérios Aftosa - PANAFTOSA
Bloco D, Anexo A, Sala 301 Av. Presidente Kennedy, 7778
70.043-900 - Brasília - DF - Brasil 25040-004 - Duque de Caxias
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http://www.agricultura.gov.br http://www.panaftosa.org.br
DE SAÚDE ANIMAL DO BRASIL

ISBN 978-85-99851-61-6

Ministério da
Secretaria de Agricultura, Pecuária
Defesa Agropecuária e Abastecimento

2009
Saúde Pública Veterinária
Centro Pan-Americano de Febre Aftosa
Brasília, DF
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Saúde Animal

Manual de Legislação
PROGRAMAS NACIONAIS DE SAÚDE ANIMAL DO BRASIL

manual técnico

Missão do MAPA
“Promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade
do agronegócio em benefício da sociedade brasileira”

Brasília, DF
© 2009 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.

Tiragem: 5.000 exemplares


1a edição. Ano 2009

Elaboração, distribuição e informações:


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Departamento de Saúde Animal
Coordenação Geral de Combate a Doenças
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo A, 3º andar, sala 318-A
CEP: 70043-900, Brasília-DF
Tel.: (61) 3218-2840/2686/2724
Fax: (61) 3226-3446 / 3224-4180
www.agricultura.gov.br

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Este produto foi realizado no âmbito do Termo de Cooperação Técnica (TCT) com o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa – PANAFTOSA,
Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS, Organização Mundial da Saúde – OMS.

Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI

Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Manual de Legislação : programas nacionais de saúde animal do Brasil / Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento
de Saúde Animal. – Brasília : MAPA/SDA/DSA, 2009.

440 p.

ISBN 978-85-99851-61-6

1. Saúde animal. 2. Legislação. I. Secretaria de Defesa Agropecuária. II. Departamento de


Saúde Animal. III. Título: Programas nacionais de saúde animal do Brasil.
AGRIS D50
CDU 351.779
Apresentação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem tido uma atuação efetiva


no sentido de incluir a atenção à saúde animal de forma articulada entre os diversos
níveis de governo. Nesse sentido, expediu uma série de atos legais para viabilizar a
organização dos programas de saúde animal. São portarias e instruções normativas
e de serviços que regulamentam os programas, na perspectiva da atenção integral à
sanidade animal e que contaram na sua formulação com ampla participação de repre-
sentantes de instituições profissionais e de usuários vinculados à questão.
Instrumento orientador das ações do setor Saúde Animal, a Política Nacional de
Defesa Agropecuária tem como propósito definir diretrizes e responsabilidades institu-
cionais, com vistas a criar condições para proteger a saúde do rebanho nacional, bem
como prevenir agravos à saúde pública. Esta publicação reúne os principais atos legais
que norteiam esse processo, relativos ao período de 1934 a 2008. A íntegra de cada pu-
blicação deste Manual está disponível no sítio eletrônico do Mapa, em formato digital.
O Manual será atualizado à medida que novas legislações forem publicadas.
É nosso desejo que este Manual seja utilizado pelos Serviços Oficiais de Defesa Agro-
pecuária do Brasil como uma fonte estratégica de informação e conhecimento.

Jamil Gomes de Souza


Departamento de Saúde Animal - Diretor
Sumário

parte I

Fundamentação

LEIS E DECRETOS
14 LEI nº 9.712, de 20 de novembro de 1998
Altera a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, acrescentando-lhe dispositivos
referentes à defesa agropecuária. 
 
16 LEI nº 569, de 21 de dezembro de 1948
Estabelece medidas de defesa sanitária animal, e dá outras providências.

17 DECRETO nº 5.741, de 30 de março de 2006


Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991,
4 organiza o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras
providências.

52 DECRETO nº 27.932, de 28 de março de 1950


Aprova o regulamento para aplicação das medidas de defesa sanitária animal.

55 DECRETO n° 24.548, de 3 de julho de 1934


Aprova Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

64 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA


65 PORTARIA nº 45, de 22 de março de 2007
Aprova o Regimento Interno da Secretaria de Defesa Agropecuária, na forma do
Anexo à presente Portaria.
parte II

Programas de Defesa
Sanitária Animal

PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E


PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA
LEI nº 11.515, de 28 de agosto de 2007
Altera dispositivos da Lei no 569, de 21 de dezembro de 1948, que estabelece
66
medidas de defesa sanitária animal.

PORTARIA nº 4, de 21 de janeiro de 2000
Altera o Anexo I do art. 5º da Portaria nº 50, de 19 de maio de 1997.
66
PORTARIA nº 50, de 19 de maio de 1997
Aprova os critérios técnicos para a classificação dos níveis de risco por febre aftosa
68
das Unidades da Federação.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 63, de 17 de dezembro de 2008


Aprova as Diretrizes para Execução do Sistema de Vigilância Veterinária nas Zonas
71
de Alta Vigilância de Febre Aftosa (ZAVs) implantadas nas Regiões de Fronteira entre
Mato Grosso do Sul e as Repúblicas do Paraguai e da Bolívia, na forma do Anexo à 5
presente Instrução Normativa.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 53, de 23 de novembro de 2007
Reconhece e consolida a situação sanitária das vinte e sete Unidades da Federação
74
com respeito à febre aftosa.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 44, de 2 de outubro de 2007
Aprova as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa,
76
constante do Anexo I, e os Anexos II, III e IV, desta Instrução Normativa, a serem
observados em todo o Território Nacional, com vistas à implementação do
Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), conforme
o estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES 96
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE
E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E
TUBERCULOSE ANIMAL
99 PORTARIA nº 11, de 26 de janeiro de 2004
Exclui o Estado de Santa Catarina da obrigatoriedade de vacinação das fêmeas
bovinas e bubalinas contra a brucelose.

100 INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 33, de 24 de agosto de 2007


Estabelece as condições para a vacinação de fêmeas bovinas contra brucelose, uti­
lizando vacina não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51.

105 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 41, de 24 de novembro de 2006
Aprova os “Critérios Específicos para o Credenciamento e Monitoramento de
Laboratórios de Diagnóstico da Brucelose Bovina e Bubalina”.

118 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 30, de 7 de junho de 2006


Estabelece as normas de habilitação de médicos veterinários que atuam no setor
privado, para fins de execução de atividades previstas no Regulamento Técnico do
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal
- PNCEBT, referentes à realização de testes diagnósticos de brucelose e tuberculose,
encaminhamento de amostras para laboratórios credenciados e participação no
processo de certificação de estabelecimentos de criação livres ou monitorados para
brucelose e tuberculose bovina e bubalina.

125 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 6, de 8 de janeiro de 2004
Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da
Brucelose e Tuberculose Animal.

6 142 INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA nº 6, de 27 de março de 2003
Estabelece critérios para o reconhecimento de Cursos de Treinamento em Métodos
de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuberculose Animal e de Noções em
Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis - EET, para credenciamento de
médicos veterinários no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose
e Tuberculose Animal (PNCEBT).

143 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE


DA RAIVA DOS HERBÍVOROS
144 PORTARIA SDA n°168, de 27 de setembro de 2005
Aprova o Manual Técnico para o Controle da Raiva dos Herbívoros - Edição 2005.

145 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 5, de 1º de março de 2002
Aprova as Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos.

149 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES
PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO
E CONTROLE DAS ENCEFALOPATIAS
ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS
PORTARIA nº 516, de 9 de dezembro de 1997
Declara o Brasil livre de encefalopatia espongiforme bovina, de acordo com o que
149
estabelece o artigo 3.2.13.2 do Código Zoossanitário Internacional.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 49, de 15 de setembro de 2008


Estabelece as seguintes categorias de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina
150
- EEB: categoria I - países com risco insignificante para a EEB; categoria II - países
com risco controlado para a EEB; categoria III - países com risco indeterminado ou
não classificado para a EEB.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 15, de 2 de abril de 2008


Aprova os Procedimentos para a Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de
153
Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie).

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 8, de 25 de março de 2004


Proíbe em todo o território nacional a produção, a comercialização e a utilização
160
de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua
composição proteínas e gorduras de origem animal.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 7, de 17 de março de 2004


Proibe a importação de ruminantes, seus produtos e subprodutos destinados
161
a quaisquer fins, e de produtos para uso veterinário que contenham em sua
composição insumos oriundos de ruminantes, quando originários ou procedentes
de países que registraram casos autóctones de EEB, e de outros países considerado
de risco pela Secretaria de Defesa Agropecuária.
7
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, de 15 de dezembro de 2003
Publicada no Diário Oficial da União de 24/12/2003 , Seção 1 , Página 21
161
Proíbe o abate de bovino e bubalino importados de país onde houve ocorrência de
caso autóctone da EEB ou de país considerado de risco para esta doença.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 18, de 15 de fevereiro de 2002
Aprova as Normas a serem adotadas, visando incrementar à vigilância
168
epidemiológica para detecção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis -
EET - em ruminantes.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES 169
PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA
171 PORTARIA nº 147, de 14 de junho de 2006
Constitui o Comitê Técnico Consultivo, para auxiliar na elaboração de propostas
técnicas que se referem à Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

172 PORTARIA Nº 542, de 16 de novembro de 1998


Dispõe sobre Normas de Higiene e Segurança Sanitária para Habilitação de
Estabelecimentos Avícolas de Criação de Aves e Incubatórios Avícolas para
Intercâmbio no MERCOSUL.

177 PORTARIA nº 115, de 04 de outubro de 1995


Determina as atribuições do Comitê Científico do PNSA.

177 PORTARIA nº 193, de 19 de setembro de 1994


Institui o Programa Nacional de Sanidade Avícola no âmbito da SDA e cria o Comitê
Consultivo do Programa de Sanidade Avícola.

178 PORTARIA nº 70, de 03 de março de 1994


Regulamenta a obrigatoriedade de Comunicação da suspeita da Doença de
Newcastle.

178 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 56, de 4 de dezembro de 2007


Estabelece os Procedimentos para Registro, Fiscalização e Controle de Estabe­
lecimentos Avícolas de Reprodução e Comerciais.

195 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 17, de 7 de abril de 2006


Aprova, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional
de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de
Newcastle.
8
201 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 78, de 3 de novembro de 2003
Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos
Avícolas como livres de Salmonella gallinarum e de Salmonella pullorum e Livres ou
Controlados para Salmonella enteritidis e para Salmonella typhimurium.

209 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 11, de 1º de setembro de 2003


Declara os plantéis avícolas industriais dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e
do Distrito Federal livres da doença de Newcastle.

209 INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA nº 2, de 21 de fevereiro de 2003


Dispõe sobre a aprovação do regulamento técnico para registro, fiscalização e
controle sanitário dos estabelecimentos de incubação, de criação e alojamento
de ratitas.

223 INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 32, de 13 de maio de 2002


Aprova as Normas Técnicas de Vigilância para doença de Newcastle e Influenza
Aviária, e de controle e erradicação para a doença de Newcastle.
INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 44, de 23 de agosto 2001
Aprova as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e
234
Estabelecimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum,
synoviae e melleagridis).

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA nº 1, de 14 de dezembro de 1999


Requisitos para ingresso de Aves de Companhia no Território Nacional.
241
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES 241

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS


ANIMAIS AQUÁTICOS
PORTARIA nº 573, de 4 de junho de 2003 242
Institui o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, de 13 de maio de 2008 242
Estabelece os procedimentos para importação de animais aquáticos para fins
ornamentais e destinados à comercialização.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 53, de 2 de julho de 2003


Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade de Animais
245
Aquáticos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 39, de 4 de novembro de 1999


Suspende, temporariamente, a entrada no território nacional de todas as espécies
251
de crustáceos, quer de água doce ou salgada, em qualquer etapa do seu ciclo 9
biológico, inclusive seus produtos frescos e congelados, assim como os cozidos,
quando inteiro em suas carapaças ou partes delas, de qualquer procedência.

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS


CAPRINOS E OVINOS
INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 20, de 15 de agosto 2005
Aprova os Procedimentos para Operacionalização do Cadastro Sanitário de
252
Estabelecimentos de Criação de Caprinos e Ovinos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 87, de 10 de dezembro de 2004


Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e
257
Ovinos.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES 261


PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE APÍCOLA
261 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 16, de 8 de maio de 2008
Institui o Programa Nacional de Sanidade Apícola, no âmbito do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

262 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE


DOS EQUÍDEOS
262 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 17, de 08 de maio de 2008
Institui o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos -PNSE, no âmbito do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

263 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 45, de 15 de junho de 2004


Aprova as Normas para a Prevenção e o Controle da Anemia Infecciosa Equina - A.I.E.

274 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 24, de 5 de abril de 2004


Aprova as Normas para o Controle e a Erradicação do Mormo.

280 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 12, de 29 de janeiro de 2004


Estabelece os Requisitos de Qualidade para o Credenciamento e Monitoramento
de Laboratórios para Diagnóstico Sorológico do Mormo por meio da Técnica de
Fixação do Complemento.
10
298 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA


299 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 8, de 3 de abril de 2007
Aprova as Normas para o Controle e a Erradicação da Doença de Aujeszky (DA) em
suídeos domésticos, a serem observadas em todo o território nacional.

329 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 47, de 18 de junho de 2004


Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade Suídea - PNSS,
na forma do anexo a esta Instrução Normativa.

332 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 27, de 20 de abril de 2004


Aprova o Plano de Contingência para Peste Suína Clássica, a ser observado em todo
o Território Nacional, na forma do anexo à presente Instrução Normativa.
INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 6, de 9 de março de 2004
Aprova as Normas para a Erradicação da Peste Suína Clássica (PSC) a serem
348
observadas em todo o Território Nacional, na forma do anexo à presente Instrução
Normativa.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 19, de 15 de fevereiro de 2002
Aprova as Normas a serem cumpridas para a Certificação de Granjas de Reprodutores
353
Suídeos.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES 362

parte III

Controle do Trânsito
e Quarentena Animal

PORTARIA n.º 162, de 18 de outubro de 1994


Aprova as Normas complementares anexas à presente Portaria, baixadas pelo
363 11
Departamento de Defesa Animal, que versam sobre a Fiscalização e o Controle
Zoossanitário das Exposições, Feiras, Leilões e outras aglomerações de animais, em
todo território Nacional.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 46, de 2 de setembro de 2008
Aprova os procedimentos para importação de material genético destinado à
369
reposição de plantéis avícolas de galinhas (Gallus gallus), galinha da angola
(Numida meleagris), perus (Meleagris gallopavo), codornas (Coturnix coturnix), aves
palmípedes (patos, gansos e marrecos), faisões (Phasianus colchicus) e perdizes
(gênero Alectoris).

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 40, de 4 de setembro de 2007


Estabelece os Requisitos Sanitários para a Importação de Sêmen Bovino e Bubalino
375
Oriundo de Países Extramercosul.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 18, de 18 de julho de 2006


Aprova o modelo da Guia de Trânsito Animal (GTA) a ser utilizado em todo o
379
território nacional para o trânsito de animais vivos, ovos férteis e outros materiais
de multiplicação animal.

384 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 8, de 10 de março de 2006
Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os Requisitos Zoossanitários para
Intercâmbio entre os Estados Partes de Sêmen Bovino e Bubalino.

390 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 80, de 11 de novembro de 2004


Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para
o Intercâmbio de Bovinos para Recria e Engorda entre os Estados Partes do
Mercosul e os Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque” aprovados
pela Resolução GMC - MERCOSUL Nº 31/03, que constam como anexo da presente
Instrução Normativa.

396 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 69, de 15 de setembro de 2004


Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para o
Intercâmbio de Bovinos e Bubalinos para Reprodução entre os Estados Partes do
Mercosul e os Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque.”

401 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 61, de 30 de agosto de 2004
Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para o
Intercâmbio de Bovinos para Abate Imediato entre os Estados Partes do Mercosul e
os Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque.”

405 INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 48, de 17 de junho de 2003
Somente poderá ser distribuído no Brasil o sêmen bovino ou bubalino coletado em
centros de coleta e processamento de sêmen - CCPS, registrados no Ministério da
agricultura pecuária e Abastecimento - MAPA, que cumprem os requisitos sanitários
mínimos para a produção e comercialização de sêmen bovino e bubalino no país.

408 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 17, de 10 de abril de 2003


Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos e Certificados
Zoossanitários para o Intercâmbio de Animais Caprinos entre os Estados Partes do
12 MERCOSUL”.

420 INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA nº 54, de 17 de setembro de 2002


Aprova os requisitos zoossanitários para importação de sêmen suíno. Não se aplica
aos Estados partes do MERCOSUL.

422 INSTRUÇÃO NORMATIVA/SDA nº 39, de 17 de junho de 2002


Adota a resolução GMC - Mercosul nº 51/01 que aprova os “Requisitos e Certificados
para o Intercâmbio de Animais Ovinos entre os estados parte do Mercosul”.

435 INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 31, de 10 de maio de 2002


Estabelece os requisitos sanitários brasileiros para importação de suínos para
reprodução.

439 LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES
parte I

Fundamentação
LEIS E DECRETOS

LEI Nº 9.712, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1998


Publicada no Diário Oficial da União de 23/11/1998 , Seção 1 , Página 1
 
Altera a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, acrescentando-lhe dispositivos referentes à
defesa agropecuária. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber tem da defesa agropecuária e dos compromissos
que o C0NGRESSO NACIONAL decreta e eu sancio- internacionais firmados pela União.”
no a seguinte Lei: “Art. 28-A. Visando à promoção da saúde, as
  ações de vigilância e defesa sanitária dos animais
Art 1º A Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de e dos vegetais serão organizadas, sob a coordena-
1991, em seu Capítulo VII, passa a vigorar com os ção do Poder Público nas várias instâncias fede-
seguintes artigos: rativas e no âmbito de sua competência, em um
“Art. 27-A. São objetivos da defesa agrope- Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro-
cuária assegurar: pecuária, articulado, no que for atinente à saúde
I - a sanidade das populações vegetais; pública, com o Sistema Único de Saúde de que
II - a saúde dos rebanhos animais trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
III - a idoneidade dos insumos e dos serviços do qual participarão:
utilizados na agropecuária; I - serviços e instituições oficiais;
14 IV - a identidade e a segurança higiênico-sa- II - produtores e trabalhadores rurais, suas as-
nitária e tecnológica dos produtos agropecuários sociações e técnicos que lhes prestam assistência;
finais destinados aos consumidores. III - órgãos de fiscalização das categorias
§ 1º Na busca do atingimento dos objetivos profissionais diretamente vinculadas à sanidade
referidos no caput , o Poder Público desenvolve- agropecuária;
rá, permanentemente, as seguintes atividades: IV - entidades gestoras de fundos organizados
I - vigilância e defesa sanitária vegetal; pelo setor privado para complementar as ações
II - vigilância e defesa sanitária animal; públicas no campo da defesa agropecuária.
III - inspeção e classificação de produtos de § 1º A área municipal será considerada uni-
origem vegetal, seus derivados, subprodutos e re- dade geográfica básica para a organização e o
síduos de valor econômico; funcionamento dos serviços oficiais de sanidade
IV - inspeção e classificação de produtos de agropecuária.
origem animal, seus derivados, subprodutos e re- § 2º A instância local do sistema unificado
síduos de valor econômico; de atenção à sanidade agropecuária dará, na sua
V - fiscalização dos insumos e dos serviços jurisdição, plena atenção à sanidade, com a par-
usados nas atividades agropecuárias. ticipação da comunidade organizada, tratando
§ 2º As atividades constantes do parágrafo especialmente das seguintes atividades:
anterior serão organizadas de forma a garantir I - cadastro das propriedades;
o cumprimento das legislações vigentes que tra- II - inventário das populações animais e vegetais;
III - controle de trânsito de animais e plantas; logia e de apoio ao desenvolvimento do Sistema
IV - cadastro dos profissionais de sanidade Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária;
atuantes; VIII - a cooperação técnica às outras instân-
V - cadastro das casas de comércio de produ- cias do Sistema Unificado;
tos de uso agronômico e veterinário; IX - o aprimoramento do Sistema Unificado;
VI - cadastro dos laboratórios de diagnósti- X - a coordenação do Sistema Unificado;
cos de doenças; XI - a manutenção do Código de Defesa Agro-
VII - inventário das doenças diagnosticadas; pecuária.
VIII - execução de campanhas de controle de § 5º Integrarão o Sistema Unificação de Aten-
doenças; ção à Sanidade Agropecuária instituições gestoras
IV - educação e vigilância sanitária; de fundos organizados por entidades privadas
X - participação em projetos de erradicação para complementar as ações públicas no campo
de doenças e pragas. da defesa agropecuária.
§ 3º Às instâncias intermediárias do Sistema § 6º As estratégias e políticas de promoção
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária à sanidade e de vigilância serão ecossistêmicas e
competem as seguintes atividades: descentralizadas, por tipo de problema sanitário,
I - vigilância do trânsito interestadual de visando ao alcance de áreas livres de pragas e do-
plantas e animais; enças, conforme previsto em acordos e tratados
II - coordenação das campanhas de controle internacionais subscritos pelo País.
e erradicação de pragas e doenças; § 7º Sempre que recomendado epidemiolo-
III - manutenção dos informes nosográficos; gicamente é prioritária a erradicação das doen-
IV - coordenação das ações de epidemiologia; ças e pragas, na estratégia de áreas livres.”
V - coordenação das ações de educação sa- “Art. 29-A. A inspeção industrial e sanitária
nitária; de produtos de origem vegetal e animal, bem
VI - controle de rede de diagnóstico e dos como a dos insumos agropecuários, será gerida
profissionais de sanidade credenciados. de maneira que os procedimentos e a organiza-
§ 4º À instância central e superior do Sistema ção da inspeção se faça por métodos universali-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária zados e aplicados eqüitativamente em todos os
compete: estabelecimentos inspecionados.
I - a vigilância de portos, aeroportos e postos § 1º Na inspeção poderá ser adotado o método
15
de fronteira internacionais; de análise de riscos e pontos críticos de controle.
II - a fixação de normas referentes a campanhas § 2º Como parte do Sistema Unificado de
de controle e erradicação de pragas e doenças; Atenção à Sanidade Agropecuária, serão consti-
III - a aprovação dos métodos de diagnóstico tuídos um sistema brasileiro de inspeção de pro-
e dos produtos de uso veterinário e agronômico; dutos de origem vegetal e um sistema brasileiro
IV - a manutenção do sistema de informa- de inspeção de produtos de origem animal, bem
ções epidemiológicas; como sistemas específicos de inspeção para insu-
V - a avaliação das ações desenvolvidas nas mos usados na agropecuária.”
instâncias locais e intermediárias do sistema uni- Art. 2º O Poder Executivo regulamentará
ficado de atenção à sanidade agropecuária; esta Lei no prazo de até noventa dias, a contar de
VI - a representação do País nos fóruns inter- sua publicação.
nacionais que tratam da defesa agropecuária;  Art 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
VII - a realização de estudos de epidemio- publicação.

Brasília, 20 de novembro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.


 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
FRANCISCO SÉRGIO TURRA
LEI Nº 569, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948
Publicada no Diário Oficial da União de 23/12/1948 , Seção 1 , Página 18256

Estabelece medidas de defesa sanitária animal, e da outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que sentante das Associações Rurais, criadas pelo Decre-
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a to-lei nº7.449, de 9 de abril de 1945, substituindo o
seguinte Lei: último nas zonas ou regiões onde não existirem tais
Art. 1º Sempre que, para salvaguardar a saúde entidades, por um ruralista de reconhecida capaci-
pública, ou por interesse da defesa sanitária animal dade técnica, indicado pela parte interessada.
venham a ser determinado o sacrifício de animais Parágrafo único. Do laudo caberá recurso,
doentes, destruição de coisa ou construções rurais, dentro do prazo de trinta dias, para o Ministro da
caberá ao respectivo proprietário indenização em Agricultura, devendo ser interposto:
dinheiro, mediante prévia avaliação. a) pelo representante do Governo Federal,
Parágrafo único. Far-se-á devido desconto quando este considerar excessiva a avaliação ou in-
na avaliação quando parte das coisas ou cons- cabível indenização;
truções condenadas seja julgada em condições b) pelo proprietário do animal, coisas ou insta-
de aproveitamento. lações rurais, quando for negada a indenização ou
Art. 2º Serão sacrificados os animais atingi- reputada insuficiente a avaliação.
dos por qualquer das zoonoses especificadas no Art. 6º A indenização será paga pelo Governo
art. 63 do Regulamento do Serviço de Defesa Sa- da União, a conta da dotação consignada em orça-
nitária Animal, aprovado pelo decreto nº 24.548, mento especialmente para esse fim, do crédito adi-
de 3 de julho de 1934. cional a que se dê o mesmo destino, ou da dotação
Parágrafo único. Não caberá qualquer indeni- orçamentária destinada às despesas com a profila-
zação quando se tratar de raiva, pseudo-raiva, ou xia e combate a epizotias.
de outra doença considerada incurável e letal. Parágrafo único. Quando houver acordo ou
Art. 3º A indenização devida pelo sacrifício convênio entre o Governo da União e do Estado,
do animal será paga de acordo com as seguin- com a contribuição de uma outra entidade, para
16 tes bases: execução de serviços públicos de defesa sanitária
a) quarta parte do valor do animal se a doença animal, um terço da indenização sairá da contri-
for tuberculose; buição estadual, saindo da contribuição federal
b) metade do valor, nos demais casos; os dois terços restantes.
c) valor total do animal, quando a necropsia ou Art. 7º O direito de pleitear a indenização
outro não confirmar o diagnóstico clínico. prescreverá em noventa dias, contados da data em
Art. 4º A indenização por coisas ou constru- que for morto o animal, ou destruída a coisa.
ções rurais será igual ao valor total da respectiva Art. 8º O poder executivo expedirá dentro do
avaliação. prazo de sessenta dias, o regulamento necessário à
Art. 5º A avaliação será feita por uma comis- execução da presente Lei.
são, composta de representantes do Governo Fede- Art. 9º Esta Lei entrará em vigor noventa
ral, obrigatoriamente profissional em veterinária, (90) dias após a sua publicação, revogadas as dis-
um representante do Governo Estadual e um repre- posições em contrário.
Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1948, 127º da Independência a 60º da República.

EURICO G. DUTRA
Daniel Carvalho
Corrêa Castro
DECRETO Nº 5.741, DE 30 DE MARÇO DE 2006
Publicado no Diário Oficial da União de 31/03/2006 , Seção 1 , Página 82

Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza
o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das deste Decreto, o Regulamento dos arts. 27-A, 28-A
atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991.
e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista Art. 2º Compete ao Ministro de Estado da
o disposto nos arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no Agricultura, Pecuária e Abastecimento a edição
8.171, de 17 de janeiro de 1991, dos atos e normas complementares previstos no
Regulamento ora aprovado. (NR)
DECRETA: Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data
Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo de sua publicação.

Brasília, 30 de março de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Roberto Rodrigues
Miguel Soldatelli Rosseto

ANEXO

REGULAMENTO DOS ARTS. 27-A, 28-A E 29-A DA LEI No 8.171, DE 17 DE JANEIRO DE 1991
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pelo setor privado para complementar as ações


CAPÍTULO I públicas no campo da defesa agropecuária.
§ 2o  O Sistema Unificado de Atenção à Sani-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES dade Agropecuária opera em conformidade com
os princípios e definições da sanidade agropecuá­
Art.  1o   Fica instituído, na forma definida ria, incluindo o controle de atividades de saúde,
neste Regulamento, o Sistema Unificado de Aten- sanidade, inspeção, fiscalização, educação, vigi-
ção à Sanidade Agropecuária. lância de animais, vegetais, insumos e produtos
§  1o   Participarão do Sistema Unificado de de origem animal e vegetal.
Atenção à Sanidade Agropecuária: §  3o   O Sistema Unificado de Atenção à
I - serviços e instituições oficiais; Sanidade Agropecuária desenvolverá, perma-
II - produtores e trabalhadores rurais, suas as- nentemente, as seguintes atividades:
sociações e técnicos que lhes prestam assistência; I - vigilância e defesa sanitária vegetal;
III - órgãos de fiscalização das categorias II - vigilância e defesa sanitária animal;
profissionais diretamente vinculados à sani- III - inspeção e classificação de produtos de
dade agropecuária; e origem vegetal, seus derivados, subprodutos e
IV - entidades gestoras de fundos organizados resíduos de valor econômico;
IV - inspeção e classificação de produtos de a sanidade dos vegetais, a segurança, a qualida-
origem animal, seus derivados, subprodutos e re- de e a identidade dos produtos de origem animal
síduos de valor econômico; e e vegetal, e dos insumos agropecuários, nem im-
V  -  fiscalização dos insumos e dos serviços pede a realização de novos controles ou isenta
usados nas atividades agropecuárias. da responsabilidade civil ou penal decorrente do
§ 4o  O Sistema Unificado de Atenção à Sanida- descumprimento de suas obrigações.
de Agropecuária articular-se-á com o Sistema Úni- §  5o   Os produtores rurais e os demais in-
co de Saúde, no que for atinente à saúde pública. tegrantes das cadeias produtivas cooperarão
com as autoridades competentes para assegurar
Seção I maior efetividade dos controles oficiais e melho-
Dos Princípios e Obrigações Gerais ria da sanidade agropecuária.
Art. 2o  As regras e os processos do Sistema §  6o   Os processos de controle sanitário in-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária cluirão a rastreabilidade dos produtos de origem
contêm os princípios a serem observados em animal e vegetal, dos insumos agropecuários e
matéria de sanidade agropecuária, especialmen- respectivos ingredientes e das matérias-primas,
te os relacionados com as responsabilidades dos ao longo da cadeia produtiva.
produtores, dos fabricantes e das autoridades § 7o  As normas complementares de defesa
competentes, com requisitos estruturais e opera- agropecuária decorrentes deste Regulamento se-
cionais da sanidade agropecuária. rão fundamentadas em conhecimento científico.
§ 1o  As regras gerais e específicas do Siste- §  8o   A importação e a exportação de ani-
ma Unificado de Atenção à Sanidade Agrope- mais e vegetais, de produtos de origem animal e
cuária têm por objetivo garantir a proteção da vegetal, dos insumos agropecuários e respectivos
saúde dos animais e a sanidade dos vegetais, a ingredientes e das matérias-primas respeitarão
idoneidade dos insumos e dos serviços utiliza- as disposições deste Regulamento.
dos na agropecuária, e identidade, qualidade e Art. 3o  A área municipal é a unidade geo-
segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos gráfica básica para a organização do Sistema
produtos agropecuários finais destinados aos Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
consumidores. e para o funcionamento dos serviços oficiais de
§ 2o  O Sistema Unificado de Atenção à Sani- sanidade agropecuária.
dade Agropecuária funciona de forma integrada Art. 4o  Este Regulamento se aplica a todas
18
para garantir a sanidade agropecuária, desde o as fases da produção, transformação, distribuição
local da produção primária até a colocação do e dos serviços agropecuários, sem prejuízo de
produto final no mercado interno ou a sua desti- requisitos específicos para assegurar a sanidade
nação para a exportação. agropecuária, a qualidade, a origem e identidade
§ 3o  Os produtores rurais, industriais e forne- dos produtos e insumos agropecuários.
cedores de insumos, distribuidores, cooperativas Art. 5o  Os participantes da cadeia produtiva
e associações, industriais e agroindustriais, ataca- estão obrigados a cientificar à autoridade com-
distas e varejistas, importadores e exportadores, petente, na forma por ela requerida:
empresários e quaisquer outros operadores do I  -  nomes e características dos estabeleci-
agronegócio, ao longo da cadeia de produção, mentos sob o seu controle, que se dedicam a
são responsáveis pela garantia de que a sanidade qualquer das fases de produção, transformação,
e a qualidade dos produtos de origem animal e distribuição e dos serviços agropecuários;
vegetal, e a dos insumos agropecuários não se- II - informações atualizadas sobre os estabe-
jam comprometidas. lecimentos, mediante a notificação de qualquer
§  4o   A realização de controles oficiais nos alteração significativa das atividades e de seu
termos deste Regulamento não exime os partici- eventual encerramento; e
pantes da cadeia produtiva da responsabilidade III - ocorrência de alterações das condições
legal e principal de garantir a saúde dos animais, sanitárias e fitossanitárias registrada em seus
estabelecimentos, unidades produtivas ou pro- Art. 7o  O Ministério da Agricultura, Pecuária
priedades. e Abastecimento estabelecerá normas específicas
Art. 6o  Este Regulamento estabelece as re- relativas à defesa agropecuária para:
gras destinadas aos participantes do Sistema I - produção rural primária para o autocon-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária e sumo e para a preparação, manipulação ou ar-
as normas para a realização de controles oficiais mazenagem doméstica de produtos de origem
destinados a verificar o cumprimento da legis- agropecuária para consumo familiar;
lação sanitária agropecuária e a qualidade dos II  -  venda ou fornecimento a retalho ou a
produtos e insumos agropecuários, levando em granel de pequenas quantidades de produtos da
consideração: produção primária, direto ao consumidor final,
I - a garantia da saúde dos animais e sanida- pelo agricultor familiar ou pequeno produtor ru-
de dos vegetais; ral que os produz; e
II - a garantia da sanidade, qualidade e se- III - agroindustrialização realizada em proprie-
gurança dos produtos de origem animal e vegetal dade rural da agricultura familiar ou equivalente.
ao longo da cadeia produtiva, a partir da produ- Parágrafo único.   A aplicação das normas
ção primária; específicas previstas no caput está condicionada
III  -  a manutenção da cadeia do frio, em ao risco mínimo de veiculação e disseminação de
especial para os produtos de origem animal e pragas e doenças regulamentadas.
vegetal congelados ou perecíveis que não pos- Art.  8o   Este Regulamento não desobriga
sam ser armazenados com segurança à tempe- o atendimento de quaisquer disposições es-
ratura ambiente; pecíficas relativas a outros controles oficiais
IV  -  a aplicação geral dos procedimentos não relacionados com defesa agropecuária da
baseados no sistema de Análise de Perigos e União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Pontos Críticos de Controle - APPCC e análises Municípios.
de riscos; Parágrafo único.  Entre os controles oficiais
V - o atendimento aos critérios microbio- da União mencionados no caput estão as disposi-
lógicos; ções relativas ao controle higiênico-sanitário es-
VI - a garantia de que os animais, vegetais, tabelecidas pelo Sistema Único de Saúde - SUS.
insumos agropecuários e produtos de origem
animal e vegetal importados respeitem os mes- CAPÍTULO II
19
mos padrões sanitários e de qualidade exigidos
no Brasil, ou padrões equivalentes; DO SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO
VII - a prevenção, eliminação ou redução dos À SANIDADE AGROPECUÁRIA
riscos para níveis aceitáveis;
VIII - o cumprimento das normas zoossanitá- Seção I
rias e fitossanitárias; Das Instâncias
IX  -  a observação dos métodos oficiais de Art. 9o  As atividades do Sistema Unifica-
amostragens e análises; e do de Atenção à Sanidade Agropecuária serão
X - o atendimento aos demais requisitos esta- executadas pelas Instâncias Central e Supe-
belecidos pela legislação sanitária agropecuária. rior, Intermediárias e Locais.
§  1o   Os métodos oficiais de amostragem e § 1o  A Instância Central e Superior responde-
análise utilizados como referência serão estabe- rá pelas atividades privativas do Governo Fede-
lecidos observando norma específica. ral, de natureza política, estratégica, normativa,
§  2o   Enquanto não forem especificados os reguladora, coordenadora, supervisora, auditora,
métodos oficiais de amostragem ou de análise, fiscalizadora e inspetora, incluindo atividades de
podem ser utilizados métodos que sejam cientifi- natureza operacional, se assim determinar o in-
camente validados em conformidade com regras teresse nacional ou regional.
ou protocolos internacionalmente reconhecidos. §  2o   As Instâncias Intermediárias serão
responsáveis pela execução das atividades de e coerência dos controles oficiais.
natureza estratégica, normativa, reguladora, co- Art. 10.  As três Instâncias assegurarão que
ordenadora e operativa de interesse da União, e os controles oficiais sejam realizados regular-
também as privativas dos Estados ou do Distrito mente, em função dos riscos sanitários agropecu-
Federal, em seus respectivos âmbitos de atuação ários existentes ou potenciais e com freqüência
e nos termos das regulamentações federal, esta- adequada para alcançar os objetivos deste Regu-
dual ou distrital pertinentes. lamento, sobretudo:
§  3o   As Instâncias Locais responderão pela I - riscos identificados ou associados;
execução de ações de interesse da União, dos Esta- II - antecedentes dos responsáveis pela pro-
dos, do Distrito Federal ou dos Municípios, no âm- dução ou pelo processamento;
bito de sua atuação, nos termos das legislações fe- III  -  confiabilidade de autocontroles rea-
deral, estadual, distrital ou municipal pertinentes. lizados; e
§ 4o  Cabe aos integrantes do Sistema Uni- IV - indícios de descumprimento deste Regu-
ficado de Atenção à Sanidade Agropecuária lamento ou da legislação específica.
zelar pelo pleno cumprimento das legislações Art. 11.  A critério da autoridade competen-
especificas vigentes, que regulamentam as ati- te, os controles oficiais poderão ser efetuados em
vidades de defesa agropecuária, as obrigações qualquer fase da produção, da transformação, do
e os compromissos assumidos pelos acordos armazenamento, do transporte e da distribuição
internacionais. e abrangerão o mercado interno, as exportações
§ 5o  Atos de controle realizados por autori- e as importações.
dades competentes das três Instâncias são consi- §  1o   As autoridades competentes de cada
derados atos diretos do Poder Público. Instância verificarão o cumprimento da legisla-
§  6o   Incumbe às autoridades competentes ção mediante controles não-discriminatórios.
das três Instâncias assegurar: § 2o  Para a organização dos controles ofi-
I - a eficácia e a adequação dos controles ofi- ciais, as autoridades competentes de cada Ins-
ciais em todas as fases das cadeias produtivas; tância solicitarão aos produtores documentos e
II - a contratação, por concurso público, do informações adicionais sobre seus produtos.
pessoal que efetua os controles oficiais; § 3o  Caso seja constatado qualquer descum-
III - a ausência de quaisquer conflitos de in- primento durante um controle efetuado no lo-
teresses por parte do pessoal que efetua os con- cal de destino, ou durante a armazenagem ou o
20
troles oficiais; transporte, as autoridades competentes de cada
IV  -  a existência ou o acesso a laboratórios Instância tomarão as medidas adequadas.
com capacidade adequada para a realização de § 4o  As auditorias, inspeções e fiscalizações
testes, com pessoal qualificado e experiente em serão efetuadas sem aviso prévio, exceto em ca-
número suficiente, de forma a realizar os contro- sos específicos em que seja obrigatória a notifica-
les oficiais com eficiência e eficácia; ção prévia do responsável pelo estabelecimento
V - a disponibilidade, a adequação e a devi- ou pelos serviços.
da manutenção de instalações e equipamentos, Art. 12.  A adequação, formulação ou as al-
para garantir que o pessoal possa realizar os con- terações de normas de defesa agropecuária ob-
troles oficiais com segurança e efetividade; servarão as disposições deste Regulamento, para
VI - a existência dos poderes legais necessá- o contínuo aprimoramento do Sistema Unificado
rios para efetuar os controles oficiais e tomar as de Atenção à Sanidade Agropecuária.
medidas previstas neste Regulamento; e
VII - a existência de planos de emergência Seção II
e de contingência, e a preparação das equipes Da Instância Central e Superior
para executar esses planos. Art. 13.  As atividades da Instância Central e
§  7o   As autoridades competentes das três Superior são exercidas pelo Ministério da Agricul-
Instâncias garantirão imparcialidade, qualidade tura, Pecuária e Abastecimento e seus órgãos co-
legiados, constituídos e disciplinados pelo Conse- cias intermediárias e locais;
lho Nacional de Política Agrícola, nos termos do VII - a representação do País nos fóruns in-
art. 5o da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991. ternacionais que tratam de defesa agropecuária;
§ 1o  Cabe ao Conselho Nacional de Política VIII - a realização de estudos de epidemio-
Agrícola assegurar que órgãos colegiados sejam logia e de apoio ao desenvolvimento do Sistema
constituídos com participação de representantes Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária;
dos governos e da sociedade civil, garantindo IX - o aprimoramento do Sistema Unificado
funcionamento democrático e harmonizando de Atenção à Sanidade Agropecuária;
interesses federativos e de todos os participantes X  -  a cooperação técnica às outras instân-
do sistema, e aprovar os regimentos internos dos cias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
órgãos colegiados. Agropecuária;
§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e XI - a manutenção das normas complemen-
Abastecimento, como Instância Central e Supe- tares de defesa agropecuária; e
rior, institucionalizará os órgãos colegiados no XII - a execução e a operacionalização de ati-
prazo máximo de noventa dias após a constitui- vidades de certificação e vigilância agropecuária,
ção pelo Conselho Nacional de Política Agrícola. em áreas de sua competência.
§  3o   As Unidades Descentralizadas do Mi- Art. 15.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- ária e Abastecimento, como Instância Central e
to  - Superintendências Federais de Agricultura, Superior do Sistema Unificado de Atenção à Sani-
Pecuária e Abastecimento e Laboratórios Nacio- dade Agropecuária, é responsável por:
nais Agropecuários - são integrantes da Instância I - elaborar os regulamentos sanitários e fi-
Central e Superior. tossanitários para importação e exportação de
§ 4o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e animais, vegetais e suas partes, produtos e sub-
Abastecimento, como Instância Central e Supe- produtos, matérias orgânicas, organismos bioló-
rior, constituirá, no prazo definido no § 2o, Co- gicos e outros artigos regulamentados em função
mitês Executivos para apoiar a gestão de defesa do risco associado à introdução e à disseminação
agropecuária de responsabilidade da Instância de pragas e doenças;
Central e Superior. II  -  organizar, conduzir, elaborar e homo-
Art.  14.   À Instância Central e Superior do logar análise de risco de pragas e doenças para
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro- importação e exportação de produtos e maté-
21
pecuária compete: rias-primas;
I  -  a vigilância agropecuária de portos, ae- III - promover o credenciamento de centros
roportos e postos de fronteira internacionais e colaboradores;
aduanas especiais; IV  -  participar no desenvolvimento de pa-
II - a fixação de normas referentes a campa- drões internacionais relacionados ao requeri-
nhas de controle e de erradicação de pragas dos mento sanitário e fitossanitário, e à análise de
vegetais e doenças dos animais; risco para pragas e doenças;
III - a aprovação dos métodos de diagnóstico V  -  gerenciar, compilar e sistematizar infor-
e dos produtos de usos veterinário e agronômico; mações de risco associado às pragas e doenças; e
IV - a manutenção do sistema de informa- VI - promover atividades de capacitação nos
ções epidemiológicas; temas relacionados ao risco associado às pragas
V - a regulamentação, regularização, implan- e doenças.
tação, implementação, coordenação e avaliação Art. 16.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
das atividades referentes à educação sanitária ária e Abastecimento, como Instância Central e
em defesa agropecuária, nas três Instâncias do Superior, estabelecerá as normas operacionais,
Sistema Unificado; contemplando o detalhamento das atividades do
VI - a auditoria, a supervisão, a avaliação e a Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro-
coordenação das ações desenvolvidas nas Instân- pecuária, no âmbito de sua competência.
Art.  17.   Os Estados, o Distrito Federal e Federal, individualmente;
os Municípios fornecerão as informações soli- III - pólos produtivos; e
citadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuá- IV - região geográfica específica.
ria e Abastecimento, como Instância Central e § 2o  As Instâncias Intermediárias designarão
Superior. as autoridades competentes responsáveis pelos
Art.  18.   Para operacionalização e contro- objetivos e controles oficiais previstos neste Re-
le do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade gulamento.
Agropecuária, o Ministério da Agricultura, Pecu- § 3o  Quando uma das Instâncias Intermedi-
ária e Abastecimento, como Instância Central e árias atribuir competência para efetuar contro-
Superior, deverá: les oficiais a uma autoridade ou autoridades de
I  -  organizar e definir as relações entre as outra Instância Intermediária, ou a outra insti-
autoridades do Sistema Unificado de Atenção à tuição, a Instância que delegou garantirá coor-
Sanidade Agropecuária; denação eficiente e eficaz entre todas as autori-
II - estabelecer os objetivos e metas a alcançar; dades envolvidas.
III - definir funções, responsabilidades e de- Art. 20.  Às Instâncias Intermediárias do Sis-
veres do pessoal; tema Unificado de Atenção competem as seguin-
IV - estabelecer procedimentos de amostra- tes atividades:
gem, métodos e técnicas de controle, interpreta- I  -  vigilância agropecuária do trânsito inte-
ção dos resultados e decisões decorrentes; restadual de vegetais e animais;
V - desenvolver os programas de acompa- II - coordenação e execução de programas e
nhamento dos controles oficiais e da vigilância campanhas de controle e erradicação de pragas
agropecuária; dos vegetais e doenças dos animais;
VI - apoiar assistência mútua quando os con- III - manutenção dos informes nosográficos;
troles oficiais exigirem a intervenção de mais de IV  -  coordenação e execução das ações de
uma das Instâncias Intermediárias; epidemiologia;
VII  -  cooperar com outros serviços ou de- V - coordenação e execução dos programas,
partamentos que possam ter responsabilidades dos projetos e das atividades de educação sanitá-
neste âmbito; ria em sua área de atuação; e
VIII - verificar a conformidade dos métodos VI  -  controle da rede de diagnóstico e dos
de amostragem, dos métodos de análise e dos profissionais de sanidade credenciados.
22
testes de detecção; e Art. 21.  A Instância Intermediária toma-
IX - desenvolver ou promover outras ativida- rá as medidas necessárias para garantir que
des e gerar informações necessárias para o fun- os processos de controle sejam efetuados de
cionamento eficaz dos controles oficiais. modo equivalente em todos os Municípios e
Instâncias Locais.
Seção III §  1o   A autoridade competente da unidade
Das Instâncias Intermediárias da Federação de destino deve verificar o cum-
Art.  19.   As atividades das Instâncias In- primento da legislação mediante controles não-
termediárias serão exercidas, em cada unida- discriminatórios.
de da Federação, pelo órgão com mandato ou § 2o  Caso seja constatado qualquer descum-
com atribuição para execução de atividades primento durante o controle efetuado no local
relativas à defesa agropecuária. de destino, ou durante a armazenagem ou o
§ 1o  As atividades das Instâncias Intermedi- transporte, a Instância Intermediária tomará as
árias poderão ser exercidas por instituições defi- medidas adequadas.
nidas pelos Governos Estaduais ou pelo Distrito Art.  22.   As Instâncias Intermediárias coor-
Federal, podendo representar: denarão e compilarão as informações referentes
I - regiões geográficas; às atividades de sanidade agropecuária em seu
II  -  grupos de Estados, Estado ou o Distrito âmbito de atuação.
Seção IV dades locais de atenção à sanidade agropecuária,
Das Instâncias Locais são os órgãos de notificação dos eventos relativos
Art.  23.   As atividades da Instância Local à sanidade agropecuária.
serão exercidas pela unidade local de atenção
à sanidade agropecuária, a qual estará vincu- CAPÍTULO III
lada à Instância Intermediária, na forma defi-
nida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e DOS PROCESSOS DAS INSTÂNCIAS
Abastecimento, como Instância Central e Supe- DO SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO
rior, e poderá abranger uma ou mais unidades À SANIDADE AGROPECUÁRIA
geográficas básicas, Municípios, incluindo mi-
crorregião, território, associação de Municípios, Seção I
consórcio de Municípios ou outras formas asso- Da Erradicação e Dos Controles
ciativas de Municípios. de Pragas e Doenças
§ 1o  A Instância Local dará, na sua jurisdi- Art. 26.  As estratégias e as políticas de pro-
ção, plena atenção à sanidade agropecuária, com moção da sanidade e da vigilância agropecuá-
a participação da sociedade organizada, tratando ria serão ecossistêmicas e descentralizadas, por
das seguintes atividades: tipo de problema sanitário, visando ao alcance
I - cadastro das propriedades; de áreas livres de pragas e doenças, conforme
II  -  inventário das populações animais e previsto em acordos e tratados internacionais
vegetais; subscritos pelo País.
III - controle de trânsito de animais e vegetais; § 1o  Sempre que recomendado epidemiolo-
IV  -  cadastro dos profissionais atuantes em gicamente, é prioritária a erradicação das doen-
sanidade; ças e pragas na estratégia de áreas livres.
V - execução dos programas, projetos e ati- §  2o   Na impossibilidade de erradicação,
vidades de educação sanitária em defesa agrope- serão adotados os programas de prevenção,
cuária, na sua área de atuação; controle e vigilância sanitária e fitossanitária vi-
VI - cadastro das casas de comércio de pro- sando à contenção da doença ou praga para o
dutos de usos agronômico e veterinário; reconhecimento da condição de área de baixa
VII - cadastro dos laboratórios de diagnósti- prevalência ou para o estabelecimento de siste-
cos de doenças; ma de mitigação de risco.
23
VIII - inventário das doenças e pragas diag- Art.  27.    Para todos os casos relevantes,
nosticadas; será adotado plano de contingência ou plano
IX - execução de campanhas de controle de emergencial ajustado ao papel de cada Instân-
doenças e pragas; cia do Sistema.
X - educação e vigilância sanitária; Art. 28.  As campanhas nacionais ou regio-
XI - participação em projetos de erradicação nais de prevenção, controle e erradicação serão
de doenças e pragas; e compatíveis com o objetivo de reconhecimento
XII - atuação em programas de erradicação da condição de área, compartimento, zona ou
de doenças e pragas. local livre ou área de baixa prevalência de pra-
§ 2o  As Instâncias Locais designarão as au- ga ou doença.
toridades competentes responsáveis para efeitos Art. 29.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
dos objetivos e dos controles oficiais previstos ária e Abastecimento, como Instância Central e
neste Regulamento. Superior, estabelecerá e atualizará os requisitos
Art. 24.  A Instância Local poderá ter mais de sanitários e fitossanitários para o trânsito nacio-
uma unidade de atendimento à comunidade e nal e internacional de animais e vegetais, suas
aos produtores rurais em defesa agropecuária. partes, produtos e subprodutos de origem ani-
Art. 25.  As Instâncias Locais, pelos escritó- mal e vegetal, resíduos de valor econômico, or-
rios de atendimento à comunidade e pelas uni- ganismos biológicos e outros produtos e artigos
regulamentados, que possam servir de substrato, Nacionais de Emergências Sanitária ou Fitossa-
meio de cultura, vetor ou veículo de dissemina- nitária, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
ção de pragas ou doenças. Abastecimento, como Instância Central e Supe-
Art.  30.   As Instâncias Intermediárias e Lo- rior, garantirá equipes mínimas, capacitação per-
cais implantarão sistema de alerta e comunica- manente e condições de mobilização para atuar
ção para notificação de riscos diretos ou indiretos nas ações de controle de emergências sanitárias
à saúde animal e sanidade vegetal, e para troca e fitossanitárias.
de informações que facilitem ação de avaliação e § 5o  Os Grupos Nacionais de Emergências Sa-
gestão dos riscos, rápida e adequada, por parte nitária ou Fitossanitária poderão ser auxiliados por
dos integrantes do Sistema Unificado de Atenção equipes técnicas especializadas, na forma definida
à Sanidade Agropecuária. pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
Art. 31.  O Ministério da Agricultura, Pecu- cimento, como Instância Central e Superior.
ária e Abastecimento, como Instância Central e Art.  34.   As Instâncias Intermediárias ins-
Superior, disciplinará mecanismos que viabili- titucionalizarão e coordenarão os Grupos Esta-
zem a participação de consórcios de entidades duais ou Regionais de Emergências Sanitária e
públicas e privadas, institutos e fundos, para a Fitossanitária.
implementação de política sanitária ou fitossani- Parágrafo único. Para sua atuação, os Gru-
tária comuns, de forma a garantir maior inserção pos Estaduais ou Regionais de Emergências Sa-
da microrregião nos mercados regional, nacional nitária e Fitossanitária deverão ser reconhecidos
e internacional. pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
Art.  32.  As três Instâncias do Sistema Uni- tecimento, como Instância Central e Superior.
ficado de Atenção à Sanidade Agropecuária de- Art. 35.  Os Grupos Nacionais, Estaduais ou
senvolverão mecanismos de mobilização, arti- Regionais de Emergências Sanitária e Fitossani-
culação e organização da comunidade local, na tária atuarão como órgãos operativos e auxilia-
formulação, implementação e avaliação das polí- res às atividades das autoridades competentes,
ticas sanitárias ou fitossanitárias. apoiados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
Art. 33.  O Ministério da Agricultura, Pecu- e Abastecimento, como Instância Central e Supe-
ária e Abastecimento, como Instância Central e rior, funcionando como força-tarefa.
Superior, elaborará planos de contingência, de §  1o   Os Grupos Nacionais, Estaduais ou
controle e de emergência para doenças e pragas Regionais de Emergência Sanitária e Fitossani-
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de impacto, e institucionalizará Grupos Nacionais tária iniciarão suas atividades de campo com
de Emergências Sanitária e Fitossanitária. a declaração de estado de alerta ou de emer-
§ 1o  Os planos de contingência, de controle gência sanitária ou fitossanitária, na forma
e de emergência para doenças e pragas de im- definida pelo Ministério da Agricultura, Pecu-
pacto serão elaborados de forma preventiva e ária e Abastecimento, como Instância Central
constituirão prioridade para as três Instâncias. e Superior.
§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e §  2o   Os Grupos Nacionais, Estaduais ou
Abastecimento, como Instância Central e Supe- Regionais de Emergência Sanitária e Fitossani-
rior, coordenará os Grupos Nacionais de Emer- tária estarão permanentemente articulados e
gências Sanitária e Fitossanitária e definirá as em estado de prontidão, independentemente
normas para sua constituição, seu funcionamen- das declarações de emergência, podendo re-
to, seus programas de capacitação, treinamento, alizar as ações preventivas e corretivas reco-
hierarquia e competências específicas. mendadas à contenção do evento sanitário ou
§  3o   Os Grupos Nacionais de Emergências fitossanitário.
Sanitária e Fitossanitária serão constituídos, pre- Art.  36.   Os programas de capacitação e
ferencialmente, por tipo de problema sanitário treinamento dos Grupos Nacionais, Estaduais ou
ou fitossanitário. Regionais de Emergência Sanitária e Fitossanitá-
§  4o   Para o funcionamento dos Grupos ria serão coordenados pelo Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância de planejamento, avaliação e controle relacio-
Central e Superior, observando planos de contin- nadas aos programas sanitários e às estratégias
gência, de controle e de emergência. para o desenvolvimento da política nacional
em saúde animal;
Seção II VIII - programação, coordenação e execução
Da Saúde Animal da fiscalização do trânsito de animais, de produ-
Art.  37.   O Sistema Unificado de Atenção tos veterinários, de materiais de multiplicação
à Sanidade Agropecuária manterá serviço de animal, de produtos destinados à alimentação
promoção de saúde animal, prevenção, contro- animal, produtos, subprodutos e derivados de
le e erradicação de doenças que possam cau- origem animal, incluindo a aplicação de requisi-
sar danos à produtividade animal, à economia tos sanitários a serem observados na importação
e à sanidade agropecuária, e desenvolverá as e exportação;
seguintes atividades, respeitando as atribuições IX - planejamento, coordenação e execução
de cada Instância do Sistema, de acordo com a de ações relacionadas às quarentenas animais e
legislação vigente: respectivos estabelecimentos quarentenários;
I - avaliação de riscos e controle de trânsito X - planejamento, coordenação e execução
de animais, seus produtos, subprodutos, resíduos de ações relacionadas com a realização de ex-
e quaisquer outros produtos ou mercadorias que posições, feiras, leilões e outras aglomerações
possam servir de substrato, meio de cultura, ve- animais;
tor ou veículo de doenças; XI  -  estabelecimento de procedimentos de
II - elaboração de políticas, normas e diretri- controle, inclusive por meio de auditorias, em
zes para os programas de prevenção, controle e qualquer Instância do Sistema Unificado de Aten-
erradicação de doenças, objetivando o estabele- ção à Sanidade Agropecuária, que auxiliem a ges-
cimento de área livre ou controlada; tão em saúde animal, a supervisão das atividades
III  -  programação, coordenação e execução e a revisão do planejamento;
de ações de vigilância zoossanitária, especial- XII  -  designação e habilitação, em trabalho
mente a definição de requisitos sanitários a se- conjunto com o sistema de vigilância agropecu-
rem observados no trânsito de animais, produ- ária internacional, de pontos específicos de en-
tos, subprodutos e derivados de origem animal; trada no território brasileiro de animais e produ-
IV - elaboração de planos de contingência, tos importados que exijam notificação prévia à
25
de controle e de emergência para doenças de chegada, considerando o risco associado, acesso
impacto, definindo as autoridades administra- às instalações de controle, armazenamento, local
tivas que intervirão, os respectivos poderes e apropriado para quarentena e presença de labo-
responsabilidades, e os canais e procedimentos ratório de apoio;
para troca de informações entre os diferentes XIII - articulação com a rede de laboratórios
intervenientes; credenciados, oficiais e acreditados nas atividades
V - planejamento, coordenação e implemen- relacionadas à saúde animal, visando a elevar a
tação do sistema de informação zoossanitária e qualidade e uniformidade dos resultados; e
banco de dados correspondente, com o objetivo XIV - coordenação do sistema de alerta zoos-
de facilitar a coordenação das atividades, o inter- sanitário para notificação de riscos para a saúde
câmbio de informações e a elaboração e execu- animal e para informações que facilitem ação de
ção de projetos comuns; gestão dos riscos rápida e adequada.
VI - planejamento, coordenação e realiza- Parágrafo único.  A importação de animais,
ção de estudos epidemiológicos para doenças seus produtos, derivados, subprodutos e resíduos
de interesse em saúde animal; de valor econômico, e de materiais de multipli-
VII - realização de estudos e análises de da- cação animal, órgãos, tecidos e células animais,
dos zoossanitários e investigações epidemioló- atenderão aos preceitos definidos por meio de
gicas correspondentes, para subsidiar as ações análise de risco e procedimentos definidos pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- quer outros itens regulamentados, com finalidade
mento, como Instância Central e Superior. comercial, científica, cultural e diplomática;
VII - realização de estudos e análises de da-
Seção III dos e investigações fitossanitários corresponden-
Da Sanidade Vegetal tes, para subsidiar as ações de planejamento,
Art.  38.   O Sistema Unificado de Atenção à avaliação e controle relacionadas aos programas
Sanidade Agropecuária manterá serviço de pro- e às estratégias para o desenvolvimento da políti-
moção da sanidade vegetal, prevenção, controle ca nacional em sanidade vegetal;
e erradicação de pragas que possam causar danos VIII - programação, coordenação e execução
à produtividade vegetal, à economia e à sanidade da fiscalização do trânsito de vegetais, produtos,
agropecuária, e desenvolverá as seguintes ativida- subprodutos, resíduos, material orgânico, mate-
des, respeitando as atribuições de cada Instância rial de propagação e multiplicação, organismos
do Sistema, de acordo com a legislação vigente: biológicos e quaisquer outros produtos, insumos
I - avaliação de riscos e controle de trânsito ou mercadorias que possam servir de substrato,
de vegetais, seus produtos, subprodutos, resídu- meio de cultura, vetor ou veículo de pragas, in-
os, material orgânico e organismos biológicos, e cluindo a aplicação de requisitos fitossanitários a
quaisquer outros produtos, insumos ou merca- serem observados na importação e exportação;
dorias que possam servir de substrato, meio de IX  -  planejamento, coordenação, execução
cultura, vetor ou veículo de pragas; das atividades relacionadas à quarentena vegetal
II - elaboração de políticas, normas e diretri- e respectivos estabelecimentos quarentenários;
zes para os programas de prevenção, controle e X  -  estabelecimento de procedimentos de
erradicação de pragas, objetivando a erradicação controle, inclusive por meio de auditorias, em
ou o estabelecimento de área livre, local livre, qualquer Instância do Sistema Unificado de
área de baixa prevalência ou sistema de mitiga- Atenção à Sanidade Agropecuária, que auxilie a
ção de risco de pragas regulamentadas; gestão em sanidade vegetal, a supervisão das ati-
III  -  programação, coordenação e execução vidades e a revisão do planejamento;
de ações de vigilância fitossanitária, especial- XI  -  designação e habilitação, em trabalho
mente a definição de requisitos a serem obser- conjunto com o sistema de vigilância agropecu-
vados no trânsito de vegetais, produtos, subpro- ária internacional, de pontos específicos de en-
dutos, resíduos, material orgânico e organismos trada no território brasileiro de vegetais e produ-
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biológicos, e quaisquer outros produtos, insumos tos importados que exijam notificação prévia à
ou mercadorias que possam servir de substrato, chegada, considerando o risco associado, acesso
meio de cultura, vetor ou veículo de pragas; às instalações de controle, armazenamento, local
IV - elaboração de planos de contingência, de apropriado para quarentena e presença de labo-
controle e de emergência para pragas regulamen- ratório de apoio;
tadas, definindo as autoridades administrativas XII - articulação com a rede de laboratórios
que intervirão, os respectivos poderes e responsa- credenciados, oficiais e acreditados nas ativida-
bilidades e os canais e procedimentos para troca des relacionadas à sanidade vegetal, visando a
de informações entre os diferentes intervenientes; elevar a qualidade e uniformidade dos resulta-
V  -  planejamento, coordenação e imple- dos das análises;
mentação do sistema de informação fitossani- XIII  -  regulamentação dos critérios e dire-
tária e banco de dados correspondente, com o trizes para prestação de serviços de tratamentos
objetivo de facilitar a coordenação das ativida- fitossanitários e quarentenários por empresas cre-
des, o intercâmbio de informações e a elabora- denciadas, centros colaboradores e estações qua-
ção e execução de projetos comuns; rentenárias, na forma da legislação pertinente; e
VI - estabelecimento dos requisitos fitossanitá- XIV - coordenação do sistema de alerta fi-
rios para a autorização de importação e exportação tossanitário para notificação de riscos para a
de vegetais e seus produtos e subprodutos, e quais- fitossanidade e para o ambiente, e para infor-
mações que facilitem ação de gestão dos riscos legislação de defesa agropecuária;
rápida e adequada. II - promoção de cursos de educação sani-
Parágrafo único.  A importação de vegetais, tária;
seus produtos, derivados, subprodutos e resídu- III - formação de multiplicadores;
os de valor econômico, e de materiais orgânicos, IV - promoção de intercâmbios de experiên-
biológicos, de multiplicação vegetal, atenderão a cias; e
procedimentos definidos pelo Ministério da Agri- V  -  utilização dos meios de comunicação
cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instân- como instrumento de informação e de educação.
cia Central e Superior. Art. 41.  O Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento, como Instância Cen-
Seção IV tral e Superior, apoiará as ações de educação
Da Educação Sanitária sanitária em defesa agropecuária dos segmen-
Art.  39.    A educação sanitária é atividade tos públicos e privados da cadeia produtiva
estratégica e instrumento de defesa agropecuá- agropecuária e da sociedade em geral, e das
ria no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade instituições de ensino e de pesquisa, desde
Agropecuária, para garantir o comprometimento que estejam em conformidade com o que de-
dos integrantes da cadeia produtiva agropecuá- termina o Programa Nacional de Educação Sa-
ria e da sociedade em geral, no cumprimento dos nitária em Defesa Agropecuária.
objetivos deste Regulamento.
§ 1o  Para fins deste Regulamento, entende- Seção V
se como educação sanitária em defesa agropecu- Da Gestão dos Laboratórios
ária o processo ativo e contínuo de utilização de Art.  42.   As autoridades competentes, em
meios, métodos e técnicas capazes de educar e cada Instância do Sistema Unificado de Atenção
desenvolver consciência crítica no público-alvo. à Sanidade Agropecuária, designarão os labora-
§ 2o  As três Instâncias do Sistema Unificado tórios credenciados para análise das amostras de
de Atenção à Sanidade Agropecuária disporão de controles oficiais, na forma definida pelo Minis-
estrutura organizada para as ações de educação tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
sanitária em defesa agropecuária. como Instância Central e Superior.
§ 3o  As três Instâncias poderão apoiar ati- §  1o   Os Laboratórios Nacionais Agropecuá-
vidades de educação sanitária realizadas por rios são os laboratórios oficiais do Ministério da
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serviços, instituições e organizações públicas e Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
privadas. § 2o  Os Laboratórios Nacionais Agropecuários
Art. 40.  O Ministério da Agricultura, Pecu- e os laboratórios públicos e privados credencia-
ária e Abastecimento, como Instância Central e dos constituem a Rede Nacional de Laboratórios
Superior, desenvolverá, de forma continuada, Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à
gestão de planos, programas e ações em educa- Sanidade Agropecuária, coordenada pelo Minis-
ção sanitária em defesa agropecuária, de forma tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
articulada com as demais Instâncias e com os como Instância Central e Superior.
Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos e § 3o  Os Laboratórios serão organizados em
Insumos Agropecuários. rede, de forma hierarquizada e regionalizada, ten-
§  1o   O Ministério da Agricultura, Pecuária do como fundamento para a sua estruturação:
e Abastecimento, como Instância Central e Su- I - o nível de complexidade de suas instala-
perior, instituirá, regulamentará, coordenará e ções laboratoriais;
avaliará periodicamente o Programa Nacional de II  -  os critérios epidemiológicos, sanitários,
Educação Sanitária em Defesa Agropecuária. demográficos e geográficos que orientem a deli-
§ 2o  O Programa Nacional terá, entre outras, mitação de suas bases territoriais; e
as seguintes diretrizes: III - as atividades na sua respectiva jurisdição.
I - promoção da compreensão e aplicação da § 4o  O credenciamento de laboratórios aten-
derá à demanda por análises ou exames, aos gru- animal e vegetal, equipamentos e implementos
pos de análises ou espécimes específicos, segun- agrícolas, nos termos deste Regulamento, serão
do critérios definidos pelo Ministério da Agricul- exercidos mediante procedimentos uniformes,
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância em todas as Instâncias do Sistema Unificado de
Central e Superior. Atenção à Sanidade Agropecuária.
§ 5o  A autoridade competente das três Instân- § 2o  As autoridades responsáveis por trans-
cias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade porte aéreo internacional e doméstico, nave-
Agropecuária que credenciar o laboratório poderá, gação internacional e de cabotagem, ferrovias,
a qualquer tempo, cancelar este credenciamento hidrovias e rodovias assegurarão condições de
quando deixarem de ser cumpridas as condições acesso das equipes de fiscalização sanitária
previstas no sistema de credenciamento. agropecuária às áreas de embarque e desem-
§  6o   Qualquer laboratório, seja público ou barque de passageiros e recebimento e despa-
privado, uma vez credenciado por uma das três cho de cargas.
Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à Sa- §  3o   O Ministério da Agricultura, Pecuária
nidade Agropecuária, pode ser designado como e Abastecimento, como Instância Central e Su-
referência, por um ou mais escopos, atendendo perior, estabelecerá as normas e coordenará a
aos requisitos exigidos. fiscalização do trânsito nacional e internacional,
§ 7o  A Instância Intermediária, ao designar por qualquer via, de animais e vegetais, seus pro-
um laboratório como referência, por escopo, para dutos e subprodutos, ou qualquer outro material
atuar na sua esfera de competência, empregará destes derivado.
procedimento documentado para verificar o cum- § 4o  As Instâncias Intermediárias do Sistema
primento de critérios definidos por essa Instância, Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
visando a reconhecer e a aceitar formalmente a atuarão na fiscalização agropecuária do trânsito
competência analítica desse laboratório. interestadual, com base nas normas fixadas pelo
§  8o   As Instâncias Intermediárias e Locais Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
podem estabelecer acordo de cooperação técnica mento, como Instância Central e Superior.
com laboratórios de referência situados em ou- §  5o   As Instâncias Intermediárias regula-
tras unidades da Federação. mentarão e coordenarão a fiscalização agropecu-
Art.  43.    Fica proibida a manipulação de ária do trânsito intermunicipal e intramunicipal,
qualquer organismo patogênico de alto risco sem com base nas normas fixadas pelo Ministério da
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a existência de laboratório com nível de biosse- Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Ins-
gurança adequado e sem prévia autorização do tância Central e Superior.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- § 6o  As Instâncias Locais do Sistema Unifi-
mento, como Instância Central e Superior. cado de Atenção à Sanidade Agropecuária atu-
arão na fiscalização agropecuária no âmbito de
Seção VI sua atuação.
Do Trânsito Agropecuário § 7o  As Instâncias Locais do Sistema Unifica-
Art. 44.  É obrigatória a fiscalização do trân- do de Atenção à Sanidade Agropecuária regula-
sito nacional e internacional, por qualquer via, de mentarão e coordenarão o trânsito intramunici-
animais e vegetais, seus produtos e subprodutos, pal, com base nas normas fixadas pelas Instâncias
qualquer outro material derivado, equipamentos Intermediárias e pelo Ministério da Agricultura,
e implementos agrícolas, com vistas à avaliação Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
das suas condições sanitárias e fitossanitárias, e tral e Superior.
de sua documentação de trânsito obrigatória. Art. 45.  A fiscalização do trânsito agropecuá-
§ 1o  A fiscalização e os controles sanitários rio nacional e internacional incluirá, entre outras
agropecuários no trânsito nacional e interna- medidas, a exigência de apresentação de docu-
cional de animais, vegetais, insumos, inclusive mento oficial de sanidade agropecuária emitido
alimentos para animais, e produtos de origem pelo serviço correspondente, o qual conterá a
indicação de origem, destino e sua finalidade, e Central e Superior, serão definidas rotas de trân-
demais exigências da legislação. sito e pontos específicos de ingresso e egresso
de vegetais, animais, produtos básicos e outros
Seção VII artigos regulamentados, que possam atuar como
Da Vigilância do Trânsito Agropecuário vetor ou veículo de disseminação ou dispersão de
Interestadual determinada praga ou doença.
Art.  46.    Os critérios técnicos para estabe- § 1o  As Instâncias Intermediárias instalarão
lecer a classificação ou categorização de risco postos de fiscalização sanitária e fitossanitária in-
de disseminação e estabelecimento de pragas e terestaduais ou inter-regionais, fixos ou móveis,
doenças regulamentadas, por unidade da Fede- para fiscalização do trânsito, incluindo, entre ou-
ração ou região geográfica, os quais orientarão tras medidas, os mecanismos de interceptação e
a fiscalização do trânsito interestadual, serão de- exclusão de doenças e pragas, destruição de ma-
finidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e terial apreendido, em estreita cooperação com
Abastecimento, como Instância Central e Supe- outros órgãos, sempre que necessário.
rior, com base nos seguintes fatores: §  2o   Nos casos de identificação de pragas,
I - características epidemiológicas específicas doenças ou vetores e veículos de pragas ou doen-
das pragas e doenças; ças de alto potencial de disseminação, o material
II - histórico da ocorrência de casos ou focos infestado será imediatamente destruído ou elimi-
das pragas ou doenças; nado, conforme definido em norma específica.
III  -  histórico das inconformidades verifica- § 3o  As instâncias responsáveis pelo controle
das na fiscalização do trânsito; de trânsito, em sua área de abrangência, identifi-
IV  -  definição da área geográfica incluída carão e informarão ao Ministério da Agricultura,
no programa a que se aplica a classificação ou Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
categorização; tral e Superior, os locais e instalações destinados
V  -  avaliação da condição zoossanitária a operações de fiscalização, inspeção, desinfec-
ou fitossanitária nas áreas geográficas e das ção, desinfestação, destruição ou eliminação do
respectivas fronteiras, a serem classificadas ou material apreendido.
categorizadas; Art.  49.   As autoridades competentes das
VI - estrutura, operacionalização e desempe- Instâncias Intermediárias e Locais, ao controlar o
nho dos programas de prevenção, erradicação e trânsito agropecuário, verificarão o cumprimen-
29
controle de pragas e doenças; to das obrigações definidas neste Regulamento e
VII - organização do sistema de vigilância sa- nos demais atos normativos pertinentes.
nitária agropecuária; §  1o   A autoridade competente das Instân-
VIII  -  condições e eficiência da fiscalização cias Intermediárias organizará sua atuação e
do trânsito agropecuário; e a das Instâncias Locais, com base nos planos
IX  -  grau de articulação das estruturas de plurianuais elaborados nos termos deste Regu-
apoio institucional, incluindo a rede laboratorial. lamento e com base na categorização ou classi-
Art. 47.  O planejamento das ações e a apli- ficação de riscos.
cação de medidas sanitárias e fitossanitárias para § 2o  Os controles abrangerão todos os aspec-
cada doença ou praga, e a definição das normas tos da legislação sanitária para animais, vegetais,
de controle do trânsito para movimentação de insumos, inclusive alimentos para animais, e
vegetais, animais, seus produtos e quaisquer ou- produtos de origem animal e vegetal.
tros produtos ou mercadorias estarão baseadas § 3o  Os controles serão realizados em todas
na classificação ou categoria de risco efetuada as rotas de trânsito de vegetais, animais, seus
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- produtos e quaisquer outros produtos, mercado-
cimento, como Instância Central e Superior. rias, equipamentos e implementos agrícolas que
Art. 48.  A critério do Ministério da Agricul- possam atuar como vetor ou veículo de dissemi-
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância nação de praga ou doença.
§ 4o  Os servidores públicos das Instâncias à identidade ou o destino da produção, carga
Intermediárias, observando as exigências pre- ou remessa, ou à correspondência entre a pro-
vistas no § 6o do art. 9o deste Regulamento, dução, carga ou remessa e as respectivas garan-
serão autoridades competentes para fiscalizar tias certificadas, a autoridade competente nos
o trânsito de vegetais, animais, seus produtos postos sanitários agropecuários poderá reter a
e quaisquer outros produtos ou mercadorias, remessa ou partida, até que sejam eliminados
equipamentos e implementos agrícolas que os indícios ou as dúvidas.
possam atuar como vetor ou veículo de disse- § 1o  A autoridade competente reterá oficial-
minação de praga ou doença, na circulação en- mente os animais, vegetais, insumos, inclusive
tre as unidades da Federação. alimentos para animais, e produtos de origem
Art.  50.   Os controles sanitários agropecu- animal e vegetal transportados, que não cum-
ários oficiais incluirão, a critério da autoridade pram os requisitos da legislação.
competente, o controle documental, de origem §  2o   A autoridade competente notificará
e físico, conforme norma definida pelo Ministério oficialmente os responsáveis pela carga sobre a
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como inconformidade constatada, cabendo recurso, na
Instância Central e Superior. forma definida em norma específica.
§ 1o  A freqüência e a natureza desses con- § 3o  A autoridade competente adotará, a seu
troles serão fixadas em normas específicas das critério, as seguintes medidas:
três Instâncias. I  -  ordenar que os animais, vegetais, insu-
§ 2o  A freqüência com que os controles físi- mos, inclusive alimentos para animais, produtos
cos serão efetuados dependerá dos: de origem animal e vegetal sejam submetidos a
I - riscos associados aos animais, vegetais, in- tratamento especial ou quarentenário, devolvi-
sumos, inclusive alimentos para animais, e pro- dos, sacrificados ou destruídos; e
dutos de origem animal e vegetal; II  -  destinar os animais, vegetais, insumos,
II  -  antecedentes em matéria de cumpri- inclusive alimentos para animais, e produtos de
mento dos requisitos aplicáveis ao produto em origem animal e vegetal para outros fins que não
questão; e aqueles a que inicialmente se destinavam, de-
III  -  controles efetuados pelos produtores pendendo do risco associado.
de animais, vegetais, insumos, inclusive ali- § 4o  No caso de equipamentos e implemen-
mentos para animais, produtos de origem ani- tos agrícolas que possam disseminar doenças e
30
mal e vegetal. pragas, a autoridade competente condicionará a
§ 3o  As amostras retiradas pela fiscalização liberação à sua desinfecção ou desinfestação.
do trânsito agropecuário serão manuseadas de §  5o   No caso da detecção de inconformi-
forma a garantir a sua validade analítica. dades, a autoridade competente notificará as
Art. 51.  O Ministério da Agricultura, Pecuária demais Instâncias envolvidas e prestará informa-
e Abastecimento, como Instância Central e Supe- ções definidas em normas específicas do Minis-
rior, definirá e divulgará lista de produtos agrope- tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
cuários de risco associado a pragas e doenças, e como Instância Central e Superior.
que exigem controles e notificação prévia de trân- §  6o   A autoridade competente assegurará
sito entre Instâncias de origem e de destino. que os tratamentos especial ou quarentenário
Parágrafo único.  As Instâncias responsáveis sejam realizados em conformidade com as con-
pela administração das barreiras de fiscalização dições estabelecidas neste Regulamento e nas
sanitária agropecuária suprirão as condições normas específicas aplicáveis.
mínimas de funcionamento das atividades de § 7o  O prazo máximo para retenção de car-
vigilância agropecuária no trânsito interestadual, gas ou partidas, por motivo de controle sanitário
intermunicipal e intramunicipal. agropecuário, será de quinze dias.
Art.  52.   Em caso de indícios de descum- § 8o  O prazo de que trata o § 7o poderá ser
primento da legislação ou de dúvidas quanto ampliado, a critério da autoridade competente,
nos casos previstos em normas específicas. animais, e produtos de origem animal e vegetal.
§  9o   Decorrido o prazo de quinze dias, se §  4o   As normas gerais de vigilância agro-
a reexpedição não tiver sido feita, salvo demora pecuária internacional previstas neste Regula-
justificada, a remessa deve ser devolvida, sacrifi- mento e nas legislações específicas são aplicá-
cada ou destruída. veis aos controles oficiais de animais, vegetais,
Art. 53.  A autoridade competente cientifica- insumos, inclusive alimentos para animais, e
rá o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- produtos de origem animal e vegetal importa-
cimento, como Instância Central e Superior, das dos e exportados.
suas decisões, preferencialmente mediante siste- § 5o  Os controles oficiais abrangerão todos
ma eletrônico oficial. os aspectos da legislação sanitária agropecuá-
Art. 54.  Os responsáveis pela contratação ria para animais, vegetais, insumos, inclusive
dos serviços de transporte e o transportador de alimentos para animais, e produtos de origem
animais, vegetais, insumos, inclusive alimen- animal e vegetal.
tos para animais, produtos de origem animal § 6o  Os controles oficiais serão realizados
e vegetal, equipamentos e implementos agrí- em locais definidos pelo Ministério da Agri-
colas responderão pelas despesas incorridas cultura, Pecuária e Abastecimento, incluindo
em decorrência das decisões das autoridades pontos de ingresso e saída das mercadorias em
competentes. território nacional, entrepostos, instalações de
produção, em regimes aduaneiros ou destina-
Seção VIII das a zonas francas, em entrepostos especiais,
Da Vigilância do Trânsito Agropecuário unidades especiais de reexportação ou outros
Internacional pontos da cadeia de produção e distribuição,
Art. 55.  As atividades de vigilância sanitá- incluindo reembarques.
ria agropecuária de animais, vegetais, insumos, Art. 56.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
inclusive alimentos para animais, produtos de ária e Abastecimento, como Instância Central e
origem animal e vegetal, e embalagens e supor- Superior, definirá as zonas primárias de defesa
tes de madeira importados, em trânsito adua- agropecuária e estabelecerá os corredores de im-
neiro e exportados pelo Brasil, são de responsa- portação e exportação de animais, vegetais, in-
bilidade privativa do Ministério da Agricultura, sumos, inclusive alimentos para animais, e pro-
Pecuária e Abastecimento. dutos de origem animal e vegetal, com base em
31
§ 1o  O Ministério da Agricultura, Pecuária análises de risco, requisitos e controles sanitários,
e Abastecimento coordenará e executará as status zoossanitário e fitossanitário, localização
atividades do sistema de vigilância agropecuá- geográfica e disponibilidade de infra-estrutura e
ria internacional. de recursos humanos.
§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e Art.  57.    Os controles sanitários agropecu-
Abastecimento institucionalizará o comitê ges- ários oficiais para exportação e importação de
tor do sistema de vigilância agropecuária inter- animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
nacional e os subcomitês do sistema de vigilân- para animais, e produtos de origem animal e
cia agropecuária internacional dos aeroportos vegetal incluirão, a critério da autoridade com-
internacionais, portos organizados, postos de petente, o controle documental, de identidade e
fronteira e aduanas especiais, os quais atuarão físico, conforme norma definida pelo Ministério
como órgãos consultivos junto às autoridades da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
competentes. Instância Central e Superior.
§ 3o  Os Fiscais Federais Agropecuários são as § 1o  A freqüência e a natureza desses contro-
autoridades competentes para atuar na área da les serão fixadas pelo Ministério da Agricultura,
fiscalização da sanidade agropecuária das impor- Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
tações, exportações e trânsito aduaneiro de ani- tral e Superior, e dependerá:
mais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para I  -  dos riscos associados aos animais, vege-
tais, insumos, inclusive alimentos para animais, II  -  ordenar que os animais, vegetais, insu-
e produtos de origem animal e vegetal; mos, inclusive alimentos para animais, e produ-
II - dos controles efetuados pelos produtores tos de origem animal e vegetal sejam destinados
ou importadores; e para outros fins que não aqueles a que inicial-
III  -  das garantias dadas pela autoridade mente se destinavam, dependendo do risco as-
competente do país exportador. sociado; e
§ 2o  As amostras devem ser manuseadas de III - notificar os demais serviços aduaneiros
forma a garantir a sua validade analítica. das suas decisões de rechaço e fornecer informa-
§ 3o  Para organização dos controles oficiais ções sobre o destino final da importação, no caso
de vigilância agropecuária internacional, o Minis- da detecção de não-conformidades ou da não-
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, autorização da introdução de animais, vegetais,
como Instância Central e Superior, poderá exigir insumos, inclusive alimentos para animais, e
que os importadores ou responsáveis pelas im- produtos de origem animal e vegetal.
portações de animais, vegetais, insumos, inclusi- § 3o  As medidas descritas no inciso I do § 2o,
ve alimentos para animais, e produtos de origem a critério da autoridade competente e conforme
animal e vegetal, notifiquem previamente a sua a legislação pertinente, serão:
chegada e natureza, conforme norma específica. I  -  tratamento ou transformação que co-
Art. 58.  Os responsáveis pela administra- loque os animais, vegetais, insumos, inclusive
ção das áreas alfandegadas suprirão as condi- alimentos para animais, e produtos de origem
ções adequadas e básicas de funcionamento animal e vegetal, em conformidade com os re-
das atividades de vigilância agropecuária in- quisitos da legislação nacional, ou com os re-
ternacional, para o funcionamento dos pontos quisitos de um país exportador de reexpedição,
de entrada e saída no território nacional, em incluindo, se for o caso, a descontaminação,
portos, aeroportos, aduanas especiais, postos excluindo, no entanto, a diluição; e
de fronteiras e demais pontos habilitados ou II - transformação, por qualquer outra forma
alfandegados, na forma definida pelo Ministé- adequada, para outros fins que não o consumo
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, animal ou humano, desde que atenda à legisla-
como Instância Central e Superior. ção pertinente.
Art.  59.   Em caso de indícios de descum- §  4o   A autoridade competente assegurará
primento ou de dúvidas quanto à identidade, à que o tratamento especial ou quarentenário seja
32
qualidade, ao destino ou ao uso proposto dos efetuado em estabelecimentos oficiais ou cre-
produtos importados, ou à correspondência en- denciados e em conformidade com as condições
tre a importação e as respectivas garantias certi- estabelecidas neste Regulamento e nas normas
ficadas, a autoridade competente, nas unidades específicas aprovadas.
de vigilância agropecuária internacional, poderá § 5o  A autoridade competente do Ministério
reter a remessa ou partida, até que sejam elimi- da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
nados os indícios ou as dúvidas. Instância Central e Superior, permitirá a reexpor-
§  1o   A autoridade competente notificará tação de uma remessa, desde que:
oficialmente os responsáveis pela carga sobre a I - o novo destino tiver sido definido pelo res-
inconformidade constatada, cabendo recurso, na ponsável pela partida; e
forma definida em norma específica. II - o país de destino tenha sido informado,
§ 2o  A autoridade competente poderá, a seu previamente, sobre os motivos e as circunstân-
critério e conforme a legislação pertinente: cias que impediram a internalização dos ani-
I  -  ordenar que os animais, vegetais, insu- mais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para
mos, inclusive alimentos para animais, e produ- animais, e produtos de origem animal e vegetal
tos de origem animal e vegetal, sejam sacrifica- em questão no Brasil.
dos ou destruídos, sujeitos a tratamento especial § 6o  O prazo máximo para retenção de car-
ou quarentenário, devolvidos ou reexportados; gas ou partidas, por motivo de controle sanitário
agropecuário, será de quinze dias. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento noti-
§ 7o  O prazo de que trata o § 6o poderá ser ficará, por meio de documentos previstos em
ampliado, a critério da autoridade competente, normas específicas e próprias, aos serviços adua-
nos casos previstos em normas específicas. neiros e aos importadores e indicará se as merca-
§ 8o  Decorrido o prazo de quinze dias, caso dorias podem ou não ser colocadas no território
não tenha sido efetuada a reexportação, salvo nacional antes de serem obtidos os resultados
demora justificada, a partida ou remessa deverá das análises das amostras, desde que esteja ga-
ser destruída. rantida a rastreabilidade das importações.
§ 9o  A autoridade competente do Ministério Art.  61.    Serão estabelecidas, nos termos
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como deste Regulamento, medidas necessárias para
Instância Central e Superior, notificará os serviços garantir a execução uniforme dos controles ofi-
aduaneiros das suas decisões, preferencialmente ciais da introdução de animais, vegetais, inclusi-
mediante a utilização de sistema informatizado. ve alimentos para animais, e produtos de origem
§ 10.  O Ministério da Agricultura, Pecuária animal e vegetal.
e Abastecimento, como Instância Central e Su-
perior, adotará medidas necessárias para pre- Seção IX
venir a introdução no território nacional das Das Certificações
partidas rejeitadas ou rechaçadas, na forma Art. 62.  Compete às três Instâncias do Siste-
definida em legislação. ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuá-
§  11.   Os responsáveis pela importação de ria e aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Pro-
animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos dutos e Insumos Agropecuários, em suas áreas de
para animais, e produtos de origem animal e ve- competência, implantar, monitorar e gerenciar
getal proverão as despesas decorrentes das deci- os procedimentos de certificação sanitária, fitos-
sões das autoridades competentes. sanitária e de identidade e qualidade, que têm
Art. 60.  As autoridades competentes de vi- como objetivo garantir a origem, a qualidade e a
gilância agropecuária do Ministério da Agricul- identidade dos produtos certificados e dar credi-
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância bilidade ao processo de rastreabilidade.
Central e Superior, e os demais serviços adua- § 1o  Os processos de controles assegurarão
neiros, públicos e privados, cooperarão estrei- as condições para identificar e comprovar o for-
tamente na organização dos controles oficiais necedor do material certificado na origem e no
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referidos neste Regulamento. destino dos produtos, que serão identificados por
§ 1o  Os serviços aduaneiros não permitirão códigos que permitam a sua rastreabilidade em
a introdução ou o manuseio, em zonas primá- toda a cadeia produtiva, na forma definida em
rias, zonas francas e em aduanas especiais, de norma específica.
remessas de animais, vegetais, insumos, inclu- §  2o   Compete, na forma da lei, aos Fiscais
sive alimentos para animais, e produtos de ori- Federais Agropecuários a emissão dos certifica-
gem animal e vegetal, sem a concordância da dos oficiais agropecuários exigidos pelo comércio
autoridade competente de vigilância agropecu- internacional.
ária internacional do Ministério da Agricultura, Art. 63.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
Pecuária e Abastecimento. ária e Abastecimento, como Instância Central e
§ 2o  A autoridade competente do Ministério Superior, instituirá e coordenará bancos de dados
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como de informações relativas à certificação.
Instância Central e Superior, informará, por meio Parágrafo único.  Os requisitos sanitários e
de documentos previstos em normas específicas fitossanitários para o trânsito agropecuário in-
e próprias, aos serviços aduaneiros e aos impor- termunicipal, interestadual e internacional de
tadores, se os lotes podem ou não ser introduzi- animais, vegetais, produtos e subprodutos de
dos em território nacional. origem animal ou vegetal, e outros produtos que
§ 3o  A autoridade competente do Ministério possam servir de substrato, meio de cultura, ve-
tor ou veículo de doenças ou pragas regulamen- com base em identificação uniforme.
tadas, serão definidos em normas específicas de Art. 68.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
informações relativas à certificação. ária e Abastecimento, como Instância Central e
Art.  64.   Será implantado o cadastro nacio- Superior, definirá os procedimentos a serem ob-
nal dos responsáveis técnicos habilitados a emitir servados para o cadastro de estabelecimentos ou
a certificação sanitária de origem, fitossanitária de organizações.
origem, de identidade e de qualidade, a permissão §  1o  O cadastro é obrigatório e será efetu-
de trânsito de vegetais e guias de trânsito de ani- ado pelos serviços oficiais da esfera competen-
mais, na forma definida pelo Ministério da Agri- te do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Agropecuária, na forma definida pelo Ministério
Central e Superior, e pela legislação pertinente. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
Art. 65.  Sem prejuízo dos requisitos gerais Instância Central e Superior.
adotados para a sanidade agropecuária e de nor- §  2o   O cadastro conterá identificação indi-
mas brasileiras e internacionais, o processo de vidual única no Sistema Unificado de Atenção à
certificação observará: Sanidade Agropecuária, que identificará o inte-
I - os modelos de certificados previstos nas ressado em todos os processos de seu interesse.
normas vigentes; § 3o  Sempre que existirem cadastros oficiais
II - os requisitos sanitários e fitossanitários e previstos para outros fins, serão utilizadas, prefe-
o respaldo legal para Certificação; rencialmente, suas informações e bases de dados
III  -  as qualificações dos responsáveis pela para subsidiar o cadastro único, e as informações
certificação; do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
IV - as garantias e a confiabilidade da certifi- Agropecuária, para o efeito normalizado neste
cação, incluindo a certificação eletrônica; Regulamento.
V - os procedimentos para emissão, acompa- §  4o   As autoridades competentes, nas três
nhamento, desdobramento, cancelamento, retifi- Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à
cação e substituição de certificados; e Sanidade Agropecuária, manterão atualizado o
VI - os documentos que devem acompanhar cadastro de estabelecimentos e produtores de
a partida, remessa ou carga, após a realização animais, vegetais, insumos agropecuários, in-
dos controles oficiais. clusive alimentos para animais, e produtos de
Art. 66.  Nos casos em que for exigida certifi- origem animal e vegetal, sejam pessoas físicas
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cação, deverá ser assegurado que: ou jurídicas, empresas, prestadores de serviços
I - existe relação e rastreabilidade garantida ou organizações.
entre o certificado e a remessa, o lote, o item ou Art. 69.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
a partida; ária e Abastecimento, como Instância Central
II - as informações constantes do certificado e Superior, definirá os procedimentos a serem
são exatas e verdadeiras; e observados para o registro de estabelecimentos,
III - os requisitos específicos relativos à certi- organizações ou produtos nas formas previstas
ficação foram atendidos. neste Regulamento.
§  1o   A concessão do registro pelo Sistema
Seção X Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
Dos Cadastros e Dos Registros envolverá fiscalização e auditoria oficial, com o
Art. 67.  O Ministério da Agricultura, Pecu- objetivo de verificar se as exigências legais e os
ária e Abastecimento, como Instância Central e requisitos deste Regulamento foram atendidos.
Superior, na forma por ele definida, promove- § 2o  O registro será utilizado exclusivamente
rá a articulação, a coordenação e a gestão de para a finalidade para a qual foi concedido, sen-
banco de dados, interligando as três Instâncias do proibida a sua transferência ou utilização em
do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade outras unidades ou em outros estabelecimentos.
Agropecuária para o registro e cadastro único, §  3o   O estabelecimento registrado fica
obrigado a adquirir apenas material que es- defesa, sem prejuízo da aplicação das penalida-
teja em conformidade com as exigências da des definidas na legislação pertinente.
legislação vigente. §  3o   Na reincidência de inconformidades
§ 4o  O estabelecimento registrado fica obri- ou deficiências e nos casos de constatação de
gado a cooperar e a garantir o acesso às insta- inconformidades e deficiências consideradas
lações de pessoas habilitadas para realização graves, na forma definida em norma específica,
de inspeção, fiscalização, auditoria, colheita de a autoridade competente suspenderá o creden-
amostras e verificação de documentos. ciamento imediatamente e iniciará processo de
descredenciamento.
Seção XI Art. 72.  As autoridades competentes mante-
Do Credenciamento de Prestadores de rão cadastros atualizados, preferencialmente em
Serviços Técnicos e Operacionais meio eletrônico, dos prestadores de serviço creden-
Art. 70.  O Ministério da Agricultura, Pecuária ciados, disponibilizando-os a todas as Instâncias do
e Abastecimento, como Instância Central e Supe- Sistema Unificado de Atenção Sanitária Agropecuá-
rior, definirá procedimentos a serem observados ria e ao público em geral, no que couber.
no credenciamento de empresas ou organizações Art. 73.  Ao prestador de serviço credenciado
interessadas na prestação de serviços técnicos ou competirá:
operacionais, conforme legislação pertinente. I  -  atender aos critérios, diretrizes, parâ-
§ 1o  Sempre que receber pedido de creden- metros e especificações de serviços, materiais e
ciamento, a autoridade competente efetuará visi- produtos, instalações físicas, componentes de
ta ao local e emitirá laudo de vistoria e relatórios equipamentos e modalidades de aplicação dos
pertinentes na forma regulamentada. tratamentos e procedimentos, e medidas de se-
§ 2o  A autoridade competente credenciará o gurança, conforme normas específicas;
prestador de serviço, desde que esteja demons- II  -  colocar à disposição da fiscalização sa-
trado o cumprimento dos requisitos pertinentes nitária agropecuária, das três Instâncias, sempre
da legislação sanitária agropecuária e das de- que solicitada, documentação que comprove o
mais exigências legais. credenciamento, a relação de produtos e equipa-
§ 3o  Cabe à autoridade competente avaliar mentos utilizados, e o histórico das atividades e
se o prestador de serviço atende aos requisitos de dos serviços realizados;
procedimentos, pessoal, infra-estrutura, equipa- III - assegurar o acesso às suas instalações,
35
mentos, conhecimento técnico e outras exigências para que a autoridade competente efetue vi-
legais, na forma definida neste Regulamento e na sita ao local e emita laudo de vistoria e rela-
legislação sanitária e fitossanitária específica. tórios pertinentes, na forma regulamentada,
Art. 71.  A autoridade competente, na forma quando da solicitação de credenciamento ou
definida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária a qualquer tempo;
e Abastecimento, como Instância Central e Supe- IV  -  comunicar à Instância correspondente
rior, auditará e fiscalizará, a seu critério, as ativi- quaisquer alterações das informações apresenta-
dades do prestador de serviço. das em seu credenciamento, as quais serão sub-
§ 1o  Caso detecte deficiências ou inconfor- metidas à análise para aprovação e autorização;
midades, a autoridade competente adotará me- V - manter os registros e controles dos pro-
didas corretivas previstas em norma específica, cessos e serviços prestados e realizados, por um
podendo, a seu critério, suspender a prestação período mínimo de cinco anos; e
dos serviços credenciados até a correção das defi- VI  -  garantir supervisão por responsável
ciências, em prazo definido. técnico, observando legislação sanitária agro-
§  2o   Decorrido o prazo definido no § 1o e pecuária vigente.
mantidas as deficiências e inconformidades, será Art. 74.  Norma específica editada pelo Mi-
iniciado processo de descredenciamento da em- nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
presa ou organização, assegurando o direito de to, como Instância Central e Superior, definirá os
processos de credenciamento, os serviços cujos II  -  promover a coordenação dos trabalhos
credenciamentos serão obrigatoriamente homo- sobre normas propostas por organizações inter-
logados e as regras específicas para a homologa- nacionais relativas à defesa agropecuária, quan-
ção, observando legislação setorial. do justificada;
III  -  contribuir, sempre que relevante e
Seção XII adequado, para a elaboração de acordos sobre
Da Habilitação de Profissionais e Reco- o reconhecimento da equivalência de medidas
nhecimentos específicas relacionadas com os produtos de
Art. 75.  As três Instâncias do Sistema Unifi- origem animal e vegetal, e os alimentos para
cado de Atenção à Sanidade Agropecuária pode- animais;
rão habilitar profissionais para prestar serviços e IV  -  prestar especial atenção às necessida-
emitir documentos, conforme a legislação vigen- des específicas de desenvolvimento e às necessi-
te, na forma definida pelo Ministério da Agricul- dades financeiras e comerciais das unidades da
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância Federação, com vistas a garantir que as normas
Central e Superior. internacionais não criem obstáculos às suas ex-
§  1o   Caberá às respectivas Instâncias pro- portações; e
mover e fiscalizar a execução das atividades do V - promover a coerência entre as normas
profissional habilitado. técnicas internacionais e a legislação de aten-
§ 2o  A emissão de documentos e prestação ção à sanidade agropecuária, assegurando si-
de serviços por profissionais privados habilitados multaneamente que o nível de proteção não
será permitida em casos especiais regulamen- seja reduzido.
tados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, como Instância Central e Superior, Seção XIV
observando as demais legislações específicas. Da Formação de Pessoal
Art. 77.  As três Instâncias do Sistema Unifi-
Seção XIII cado de Atenção à Sanidade Agropecuária serão
Do Atendimento aos Compromissos Inter- responsáveis pela capacitação do seu corpo de
nacionais profissionais.
Art. 76.  As três Instâncias do Sistema Uni- § 1o  Os eventos de capacitação serão uti-
ficado de Atenção à Sanidade Agropecuária são lizados para desenvolver abordagem harmô-
36
responsáveis pelo atendimento aos compromis- nica dos controles oficiais, nas três Instâncias
sos e obrigações decorrentes de acordos interna- do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
cionais firmados pela União, relativos às ativida- Agropecuária.
des de sanidade agropecuária. § 2o  O programa de capacitação e treinamen-
§ 1o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e to abordará, entre outros, os seguintes temas:
Abastecimento, como Instância Central e Superior, I - legislações nacional e internacional relati-
coordenará e acompanhará a implementação de vas à sanidade agropecuária;
decisões relativas ao interesse do setor agropecu- II - métodos e técnicas de controle, a exem-
ário nacional, de organismos internacionais e de plo da auditoria de sistemas concebidos pelos
acordos com governos estrangeiros. operadores, para dar cumprimento à legislação
§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e sanitária agropecuária;
Abastecimento, como Instância Central e Supe- III  -  métodos e técnicas de produção e co-
rior, sem prejuízo dos seus direitos e obrigações mercialização de insumos, inclusive de alimentos
nos foros internacionais, deverá: para animais, e de produtos de origem animal e
I - contribuir para a formulação consistente vegetal;
de normas técnicas internacionais relativas aos IV - meios, métodos e técnicas pedagógicas
produtos agropecuários e alimentos para ani- e de comunicação, para execução das atividades
mais, e de normas sanitárias e fitossanitárias; dos educadores sanitaristas com os componentes
da cadeia produtiva e da sociedade em geral; e § 3o  Nas análises de risco, serão levadas em
V - outras ações específicas de competência consideração as informações científicas disponí-
de cada instância, a serem definidas pelo Minis- veis, os processos e métodos de produção per-
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tinentes, os métodos para testes, amostragem e
como Instância Central e Superior. inspeção pertinentes, a prevalência de pragas ou
§ 3o  Os eventos de capacitação podem ser doenças específicas, a existência de áreas e locais
abertos a participantes de outros países. livres de pragas ou doenças, as condições ambien-
Art. 78.  O Ministério da Agricultura, Pecuá- tais e ecológicas e os regimes de quarentena.
ria e Abastecimento, como Instância Central e Su- § 4o  A determinação da medida a ser aplicada
perior, proporá a política de capacitação, ouvidas para alcançar o nível adequado de proteção sanitá-
as Instâncias Intermediárias e Locais. ria e fitossanitária, para determinado risco, deverá
Art. 79.  A autoridade competente das três considerar o dano potencial à saúde animal e à sa-
Instâncias do Sistema Unificado de Atenção à nidade vegetal, as perdas econômicas no caso do
Sanidade Agropecuária garantirá que todo o seu ingresso, estabelecimento e disseminação de uma
pessoal encarregado dos controles oficiais: praga ou doença, os custos de controle e erradica-
I - tenha formação profissional exigida para ção no território, e a relação custo e benefício de
as atividades de sanidade agropecuária; enfoques alternativos para limitar os riscos.
II - receba, na respectiva esfera de atuação, Art.  81.    As autoridades competentes das
capacitação e mandatos adequados para exercer três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção
as suas funções com competência, independên- à Sanidade Agropecuária deverão estabelecer
cia e isenção; procedimentos para identificação de riscos, nas
III  -  mantenha-se atualizado na sua esfera áreas de sua competência.
de competência e, se necessário, receba regular- Art.  82.    Sempre que uma autoridade sus-
mente formação suplementar; e peitar que existe risco sanitário ou fitossanitário,
IV - esteja apto a trabalhar em cooperação solicitará informações adicionais às outras Instân-
multidisciplinar. cias do Sistema Unificado de Atenção Agropecu-
ária, que deverão transmitir com urgência todas
CAPÍTULO IV as informações pertinentes de que disponham.
Art.  83.   As medidas corretivas necessárias
DA METODOLOGIA E DOS para determinar nível adequado de proteção sa-
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PROCEDIMENTOS ESPECIAIS nitária e fitossanitária para um local, Município,
região ou Estado, para um risco identificado, se-
Seção I rão compatíveis com o objetivo de reduzir ao mí-
Da Análise de Risco nimo os efeitos negativos para o Sistema Unifica-
Art.  80.   A análise de risco será o método do de Atenção à Sanidade Agropecuária e para o
básico utilizado na definição dos procedimentos comércio entre as áreas e localidades envolvidas.
de atenção à sanidade agropecuária. § 1o  Nos casos em que a evidência científica
§  1o   As análises de risco serão elaboradas for insuficiente para as análises de risco, a crité-
utilizando as referências e os conceitos harmoni- rio da autoridade competente poderão ser ado-
zados internacionalmente e aprovadas em acor- tadas, provisoriamente, medidas sanitárias ou
dos firmados pelo Brasil. fitossanitárias de proteção, com base em outras
§ 2o  Para alcançar o objetivo geral de eleva- informações disponíveis, incluindo as oriundas
do nível de proteção à saúde animal e à sanidade de organizações internacionais de referência e
vegetal, a garantia da inocuidade dos produtos também de medidas sanitárias e fitossanitárias
de origem animal e vegetal, as medidas sanitá- aplicadas por outros países.
rias e fitossanitárias serão baseadas em análise § 2o  Serão realizadas análises de risco para
de risco, exceto quando não for adequado às cir- autorização de importação de animais, vegetais
cunstâncias ou à natureza da medida. e produtos, sempre que a condição sanitária ou
fitossanitária do país de origem, ou de seus pa- perior, ações, programas e projetos implantados
íses vizinhos, assim determinar, ou em caso de com o objetivo de valorizar as atividades de con-
descumprimento das condições sanitárias ou fi- trole relacionadas com o sistema APPCC.
tossanitárias estabelecidas.
§ 3o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e CAPÍTULO V
Abastecimento, como Instância Central e Supe-
rior, analisará as regiões brasileiras, formulará DAS NORMAS COMPLEMENTARES DA
diagnósticos e proporá linhas de ação como es- DEFESA AGROPECUÁRIA
tratégia para o desenvolvimento do agronegócio
local, regional ou nacional, com base nos estudos Seção I
de análise de risco. Do Compromisso com o Consumidor e
com o Produtor
Seção II Art. 85.  As normas complementares nacionais
Da Análise de Perigo e Ponto Crítico de e estaduais de defesa agropecuária serão elabora-
Controle das com base nas diretrizes deste Regulamento,
Art. 84.  Os produtores de animais, vegetais, buscando proteger os interesses dos consumido-
insumos agropecuários, inclusive alimentos para res, da produção agropecuária e dos produtores,
animais, e produtos de origem animal e vegetal no que se refere à qualidade de matérias-primas,
observarão os princípios do sistema de Análises aos insumos, à proteção contra fraudes, às adulte-
de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC, rações de produtos e práticas que possam induzir
conforme normas específicas. o consumidor a erro, contemplando a garantia da
§  1o   Os produtores de animais, vegetais, sanidade de animais e vegetais e a inocuidade de
insumos agropecuários e produtos de origem produtos de origem animal e vegetal.
animal e vegetal, conforme normas específi- Parágrafo único.  Nas normas complemen-
cas, devem: tares referidas no caput, serão definidas e enfa-
I - fornecer à autoridade competente as pro- tizadas as responsabilidades do produtor em co-
vas da observância do requisito estabelecido, sob locar no mercado produtos e serviços seguros, o
a forma por ela exigida, considerando a natureza autocontrole da produção e os pontos críticos de
e a dimensão de sua atividade; controle de cada processo aprovado.
II - assegurar que todos os documentos que
38
descrevem os processos desenvolvidos estejam Seção II
sempre atualizados; e Da Elaboração de Normas Complementa-
III - conservar quaisquer outros documentos res de Boas Práticas
e registros, durante o período definido pelo Mi- Art. 86.  As três Instâncias do Sistema Unifi-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- cado de Atenção à Sanidade Agropecuária elabo-
to, como Instância Central e Superior. rarão normas complementares de boas práticas
§  2o   Serão definidas condições especiais para a sanidade agropecuária, incluindo proce-
para pequenos produtores de animais e vegetais, dimentos-padrão de higiene operacional para
estabelecendo a utilização de processos citados viabilizar a aplicação dos princípios de análise de
nas diretrizes, para aplicação dos princípios do risco de pragas e doenças, e análise de perigos
APPCC ou dos sistemas equivalentes. e pontos críticos de controle, em conformidade
§ 3o  As condições devem especificar o perí- com este Regulamento.
odo em que os produtores de animais e vegetais § 1o  O Conselho Nacional de Política Agrí-
deverão conservar documentos e registros. cola aprovará as normas complementares na-
§ 4o  Serão reconhecidos no Sistema Unifica- cionais e estaduais, e determinará suas revisões
do de Atenção à Sanidade Agropecuária, em atos periódicas.
específicos do Ministério da Agricultura, Pecuária § 2o  O objetivo da revisão é assegurar que as
e Abastecimento, como Instância Central e Su- normas complementares continuem a ser aplica-
das objetivamente e incorporem os desenvolvi- para os métodos analíticos, a precisão será ba-
mentos científicos e tecnológicos. seada em testes de conformidade.
§ 3o  Os títulos e as referências das normas § 2o  Os resultados do ensaio coletivo serão
complementares nacionais serão publicados e publicados ou acessíveis sem restrições.
divulgados em todo o território nacional § 3o  Os métodos de análise uniformemente
§ 4o  As normas complementares nacionais aplicáveis a vários grupos de produtos serão pre-
de boas práticas serão elaboradas por cadeia feridos em relação aos métodos aplicáveis unica-
produtiva, e com a participação dos produtores mente a produtos específicos.
e demais agentes dessa cadeia, considerando § 4o  Serão definidas normas e diretrizes es-
também as normas complementares de práti- peciais, buscando harmonização, para as situa-
cas pertinentes dos organismos internacionais ções em que:
de referência. I - os métodos de análise só possam ser va-
Art.  87.   As Instâncias Intermediárias po- lidados em laboratórios credenciados ou de re-
derão elaborar, a seu critério e observando in- ferência; e
teresses específicos, as suas próprias normas II - os critérios de desempenho para os mé-
complementares de boas práticas, as quais se- todos analíticos forem baseados em testes de
rão enviadas para o conhecimento do Ministério conformidade.
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Art.  89.    Os métodos de análise adapta-
Instância Central e Superior, e das demais Ins- dos nos termos deste Regulamento serão for-
tâncias Intermediárias. mulados de acordo com as especificações e os
métodos de análise preconizados nacional ou
CAPÍTULO VI internacionalmente.

DA OPERACIONALIZAÇÃO E DO CONTROLE Seção II


Das Amostras
Seção I Art.  90.   Os métodos de amostragem e de
Do Controle Laboratorial análise utilizados nos controles oficiais devem
Art. 88.  Os métodos de análise devem obe- respeitar as normas brasileiras aplicáveis.
decer aos seguintes critérios: § 1o  Os métodos de análise serão validados
I - exatidão; em laboratório, observando regra nacional ou
39
II - aplicabilidade (matriz e gama de concen- protocolo internacionalmente recomendado.
trações); § 2o  Na ausência de normas nacionais, ou
III - limite de detecção; de normas ou protocolos reconhecidos interna-
IV - limite de determinação; cionalmente, o Ministério da Agricultura, Pecu-
V - precisão; ária e Abastecimento, como Instância Central e
VI - recuperação; Superior, aprovará normas ou instruções, defi-
VII - seletividade; nindo métodos adequados para cumprir o ob-
VIII - sensibilidade; jetivo pretendido.
IX - linearidade; §  3o   Os métodos de análise serão carac-
X - incerteza das medições; e terizados pelos critérios definidos por este Re-
XI - outros critérios que possam ser selecio- gulamento.
nados, consoante as necessidades. Art.  91.    As autoridades competentes do
§ 1o  Os valores que caracterizam a preci- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
são referida no inciso V devem ser obtidos a mento, como Instância Central e Superior, regu-
partir de ensaio coletivo, conduzido de acordo lamentarão os procedimentos de contraprovas
com protocolos nacionalmente ou interna- e estabelecerão procedimentos adequados para
cionalmente reconhecidos e, quando tenham garantir o direito de os produtores de animais,
sido estabelecidos critérios de desempenho vegetais, insumos, inclusive alimentos para
animais, produtos de origem animal e vegetal, § 1o  As auditorias e inspeções específicas
cujos produtos sejam sujeitos à amostragem e destinam-se a:
à análise, solicitarem o parecer de outro peri- I  -  avaliar a aplicação do plano nacional de
to credenciado, na forma regulamentada, sem controle plurianual, da legislação em matéria de
prejuízo da obrigação das autoridades compe- animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos para
tentes tomarem medidas rápidas, em caso de animais, produtos de origem animal e vegetal e da
emergência. legislação em matéria de sanidade vegetal e saúde
Parágrafo único.  Não se aplicam os procedi- dos animais, e podem incluir, se for o caso, inspe-
mentos de contraprova e parecer de outro perito, ções no local dos serviços oficiais e das instalações
quando se tratar de riscos associados a animais, associadas à cadeia produtiva objeto da auditoria;
vegetais e produtos agropecuários perecíveis. II - avaliar as condições de funcionamento e
Art. 92.  As amostras serão adequadamente a organização dos trabalhos das Instâncias Inter-
coletadas, manuseadas, acondicionadas, identifi- mediárias e Locais;
cadas e transportadas, de forma a garantir a sua III  -  identificar, avaliar e propor planos de
validade analítica. contingência ou de emergência, para problemas
relevantes, críticos ou recorrentes nas Instâncias
Seção III Intermediárias e Locais; e
Dos Controles do Sistema Unificado de IV  -  investigar situações de emergência,
Atenção à Sanidade Agropecuária problemas emergentes, resolução de planos de
Art. 93.  O Ministério da Agricultura, Pecu- contingências ou aperfeiçoamentos adotados nas
ária e Abastecimento, como Instância Central e Instâncias Intermediárias e Locais.
Superior, realizará auditorias gerais e específicas § 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e
nas demais Instâncias, com o objetivo de avaliar Abastecimento, como Instância Central e Supe-
a conformidade dos controles e atividades efetu- rior, elaborará relatório sobre os resultados de
ados com base nos planos nacionais de controle cada auditoria de que participar.
plurianuais. § 3o  Os relatórios conterão, se for o caso, re-
§ 1o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e comendações dirigidas às Instâncias Intermediá-
Abastecimento, como Instância Central e Supe- rias e Locais, para a melhoria do cumprimento da
rior, pode nomear peritos das Instâncias Inter- legislação em matéria de defesa agropecuária.
mediárias ou Locais, se necessário, para executar § 4o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e
40
ou apoiar as auditorias gerais e específicas nas Abastecimento, como Instância Central e Superior,
demais Instâncias. fornecerá à autoridade competente o projeto de
§ 2o  As auditorias gerais e específicas serão relatório, para que a Instância auditada formule,
organizadas em articulação e cooperação com no prazo de trinta dias, parecer e observações.
as autoridades competentes das Instâncias Inter- §  5o   As manifestações das Instâncias In-
mediárias e Locais. termediárias e Locais farão parte do relatório
§  3o   As auditorias gerais serão efetuadas final, desde que sejam encaminhadas no prazo
regularmente, com base nos planos de controle definido no § 4o.
plurianuais. §  6o   Os relatórios serão divulgados obser-
§ 4o  A critério do Ministério da Agricultura, vando a forma regulamentada pelo Ministério
Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen- da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como
tral e Superior, poderão ser solicitadas, antes das Instância Central e Superior.
auditorias gerais, informações atualizadas dos Art. 95.  As Instâncias Intermediárias e Lo-
controles sanitários agropecuários elaborados cais deverão:
pelas Instâncias Intermediárias e Locais. I - participar das auditorias gerais e especí-
Art. 94.  As auditorias gerais serão comple- ficas, realizadas pelo Ministério da Agricultura,
mentadas por auditorias e inspeções específicas Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
em uma ou mais áreas determinadas. tral e Superior;
II - realizar suas próprias auditorias gerais e os aspectos da legislação em matéria de importa-
específicas; ção e exportação, definidos neste Regulamento.
III - adotar medidas corretivas, atendendo às Art. 100.  O Ministério da Agricultura, Pe-
recomendações resultantes das auditorias; cuária e Abastecimento, como Instância Central
IV  -  prestar toda a assistência necessária e e Superior, definirá, em normas específicas, por
fornecer toda a documentação e qualquer outro país, controles especiais prévios à exportação
apoio técnico solicitados pelo Ministério da Agri- para o Brasil de animais, vegetais, insumos, in-
cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instân- clusive alimentos para animais, e produtos de
cia Central e Superior; e origem animal e vegetal, para verificar o aten-
V - garantir aos auditores do Ministério da dimento dos requisitos e demais exigências
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como deste Regulamento.
Instância Central e Superior, o acesso a todas as § 1o  A aprovação será aplicável aos animais,
instalações ou partes de instalações e às infor- vegetais, insumos, inclusive alimentos para ani-
mações, incluindo sistemas de informação, rele- mais, e produtos de origem animal e vegetal
vantes para a auditoria. originários de país, desde que tenha acordo sani-
Art. 96.  O Ministério da Agricultura, Pecuária e tário com o Brasil, e será concedida para um ou
Abastecimento, como Instância Central e Superior, mais produtos.
a qualquer tempo, avaliará a condição sanitária §  2o   Sempre que tenha sido concedida a
ou fitossanitária, ou de equivalência da legislação aprovação de que trata o § 1o, os controles na im-
e dos sistemas sanitários agropecuários, adotados portação dos animais, vegetais, insumos, inclusi-
pelas Instâncias Intermediárias e Locais em relação ve alimentos para animais, e produtos de origem
à legislação federal de defesa agropecuária. animal e vegetal serão simplificados e expeditos
em conformidade com o risco associado e com
Seção IV as regras específicas definidas pelo Ministério da
Do Controle de Importação e Exportação Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Ins-
Art. 97.  Os importadores de animais, ve- tância Central e Superior.
getais, insumos agropecuários, inclusive ali- § 3o  Os controles prévios à exportação rea-
mentos para animais, produtos de origem ani- lizados no país de origem permanecem eficazes,
mal e vegetal e outros produtos que possam podendo, a critério da autoridade competente,
constituir risco de introdução e disseminação ser solicitada a realização de novos controles ofi-
41
de doenças e pragas, ficam obrigados a ob- ciais para certificar a sanidade, a fitossanidade
servar os requisitos deste Regulamento e das e a qualidade dos animais, vegetais, insumos,
normas definidas pelo Ministério da Agricultu- inclusive alimentos para animais, e produtos de
ra, Pecuária e Abastecimento, como Instância origem animal e vegetal importados.
Central e Superior. § 4o  A aprovação referida no § 1o será conce-
Art. 98.  O Ministério da Agricultura, Pecu- dida, desde que:
ária e Abastecimento, como Instância Central e I - auditorias ou procedimentos oficiais, re-
Superior, elaborará e atualizará lista de pragas alizados com base em especificações definidas
e doenças, animais, vegetais, insumos, inclusive pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
alimentos para animais, e produtos de origem tecimento, como Instância Central e Superior,
animal e vegetal, com base em análise de risco, comprovem que os animais, vegetais, insumos,
as quais estarão sujeitas a controles oficiais nos inclusive alimentos para animais, e produtos de
pontos de ingresso do território nacional, a crité- origem animal e vegetal, exportados para o Bra-
rio das autoridades. sil, cumprem os requisitos deste Regulamento ou
Art. 99.  As autoridades competentes do Mi- requisitos equivalentes; e
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, II  -  controles efetuados no país de origem,
como Instância Central e Superior, realizarão con- antes da expedição, sejam considerados suficien-
troles oficiais para verificar a conformidade com temente eficientes e eficazes para substituir ou
reduzir os controles documentais, de identidade II - isenções ou condições específicas apli-
e físicos previstos neste Regulamento. cáveis a determinados procedimentos de pro-
§ 5o  A aprovação identificará a autoridade cessamento, industrialização e imediata reex-
competente do país de origem, sob cuja res- portação;
ponsabilidade os controles prévios à exporta- III  -  produtos de origem animal e vegetal,
ção são efetuados. para abastecimento da tripulação e dos passagei-
§  6o   A autoridade competente ou o orga- ros de meios de transporte internacionais;
nismo de controle especificado na aprovação do IV  -  insumos, inclusive alimentos para ani-
país exportador são responsáveis pelos contatos mais e produtos de origem animal e vegetal,
com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- encomendados por via postal, pelo correio, por
tecimento, como Instância Central e Superior. telefone ou pela rede mundial de computadores,
§  7o   A autoridade competente ou o or- e entregues ao consumidor;
ganismo de controle do país exportador asse- V  -  alimentos para animais e produtos de
gurarão a certificação oficial de cada remessa origem animal e vegetal, transportados por pas-
controlada, antes da respectiva entrada em ter- sageiros e pela tripulação de meios de transporte
ritório nacional. internacionais;
§ 8o  A aprovação especificará modelo para VI  -  remessas de origem brasileira, que se-
os certificados. jam devolvidas por países importadores; e
§ 9o  Quando os controles oficiais das impor- VII - documentos que devem acompanhar
tações sujeitas ao procedimento referido reve- as remessas, quando tiverem sido recolhidas
larem qualquer descumprimento deste Regula- amostras.
mento, as autoridades do Ministério da Agricul- Art.  103.    O Ministério da Agricultura, Pe-
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância cuária e Abastecimento, como Instância Central
Central e Superior, ampliarão as verificações e os e Superior, poderá, a qualquer tempo, avaliar a
controles, observando a gravidade do descum- condição sanitária ou de equivalência da legis-
primento, realizando novas análises de riscos e lação e dos sistemas sanitários agropecuários de
notificando, de imediato, os países exportadores, países exportadores e importadores, em relação
segundo os acordos sanitários agropecuários. à legislação de defesa agropecuária brasileira.
§ 10.  Persistindo o descumprimento referi- §  1o   O Ministério da Agricultura, Pecuária
do no § 9o, ou constatado que o descumprimento e Abastecimento, como Instância Central e Su-
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coloca em risco os objetivos deste Regulamento, perior, poderá nomear, a seu critério, peritos ou
inclusive a sanidade agropecuária, deixa de ser especialistas para tarefas específicas e definidas
aplicável, imediatamente, o regime de controle no caput deste artigo.
simplificado ou expedito. § 2o  As avaliações incluirão, entre outras:
Art. 101.  No que se refere à exportação ou I - consistência e coerência da legislação de
reexportação de animais, vegetais, insumos, in- defesa agropecuária do país exportador;
clusive alimentos para animais, produtos de ori- II - organização e funcionamento dos serviços
gem animal e vegetal, deverão ser observados os oficiais, das autoridades competentes do país ex-
requisitos deste Regulamento e da legislação sa- portador, suas competências e sua independência;
nitária agropecuária vigente, além das exigências III - qualificação do pessoal e equipe para o
legais dos países importadores. desempenho dos controles oficiais;
Art. 102.  O Ministério da Agricultura, Pecu- IV - infra-estrutura disponível, incluindo la-
ária e Abastecimento, como Instância Central e boratórios e instalações de diagnóstico;
Superior, estabelecerá normas específicas para a V - existência e funcionamento de procedi-
execução dos controles da importação para: mentos de controle;
I - animais e vegetais sem valor comercial, VI - situação dos controles de saúde animal,
quando for utilizado meio de transporte inter- zoonoses e no domínio fitossanitário, e procedi-
nacional; mentos de notificação de surtos, focos ou eventos
de doenças de animais e vegetais; e informações sobre a organização e a gestão dos
VII  -  garantias que podem oferecer para o sistemas de controle sanitário agropecuário.
cumprimento dos requisitos nacionais ou para a §  1o   As informações referidas estarão rela-
equivalência sanitária. cionadas aos resultados dos controles do país
§  3o   A freqüência da avaliação sobre as exportador.
condições sanitárias agropecuárias vigentes nos §  2o   Se um país exportador não fornecer
países exportadores para o Brasil será determi- essas informações ou se essas informações não
nada com base em: forem corretas, o Brasil exigirá, unilateralmente e
I - análise de risco dos produtos exportados; de imediato, a aplicação dos controles plenos de
II - disposições da legislação brasileira; importação, sem quaisquer concessões.
III - volume e natureza das importações do §  3o   O Ministério da Agricultura, Pecuá-
país em questão; ria e Abastecimento, como Instância Central e
IV  -  resultados das avaliações anteriores, Superior, estabelecerá a forma como as infor-
efetuadas pelo Ministério da Agricultura, Pecu- mações serão coletadas, preparadas, organiza-
ária e Abastecimento, como Instância Central e das e apresentadas, e as medidas de transição
Superior; destinadas a dar tempo aos países exportadores
V - resultados dos controles na importação; para preparar tais informações.
VI - informações recebidas de outros orga- Art. 107.  Os acordos de equivalência reco-
nismos; nhecem que as medidas aplicadas no país expor-
VII  -  informações recebidas de organismos tador oferecem garantias equivalentes às aplica-
internacionalmente reconhecidos, como a Orga- das no Brasil.
nização Mundial de Saúde, o Codex Alimentarius, § 1o  Para a determinação de equivalência,
Convenção Internacional de Proteção de Vegetais serão avaliados:
e a Organização Mundial de Saúde Animal; I - natureza e conteúdo dos certificados que
VIII - detecção de doenças e pragas no país devem acompanhar os produtos;
exportador; II - requisitos específicos aplicáveis à expor-
IX  -  identificação de riscos associados a tação para o Brasil; e
animais, vegetais e produtos agropecuários pe- III - resultados de auditorias.
recíveis; e § 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e
X  -  necessidade de investigar situações de Abastecimento, como Instância Central e Supe-
43
emergência num país exportador. rior, elaborará e manterá atualizadas listas de
Art. 104.  Quando forem identificados ris- regiões ou estabelecimentos dos quais são per-
cos associados a animais, vegetais e produtos mitidas importações pelo Brasil, observando o
agropecuários perecíveis, na análise de risco, o sistema de equivalência.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- § 3o  O reconhecimento de equivalência será
mento, como Instância Central e Superior, ado- revogado, de imediato e de forma unilateral,
tará, de imediato, medidas de emergência nos sempre que deixem de ser cumpridas quaisquer
termos deste Regulamento ou nas disposições das condições estabelecidas.
de proteção à sanidade agropecuária previstas Art.  108.   O Ministério da Agricultura,
na legislação pertinente. Pecuária e Abastecimento, como Instância
Art. 105.  O Ministério da Agricultura, Pecu- Central e Superior, fica autorizado a executar
ária e Abastecimento, como Instância Central e ações conjuntas e apoiar os países vizinhos,
Superior, elaborará relatório sobre os resultados em matéria de sanidade dos animais, vege-
de cada avaliação efetuada, incluindo recomen- tais, insumos, inclusive alimentos para ani-
dações pertinentes. mais, e produtos de origem animal e vegetal,
Art. 106.  O Ministério da Agricultura, Pecu- a fim de desenvolver a capacidade institu-
ária e Abastecimento, como Instância Central e cional necessária para cumprir as condições
Superior, poderá solicitar aos países exportadores referidas neste Regulamento.
CAPÍTULO VII cimento, como Instância Central e Superior, iden-
tifique descumprimento, tomará medidas que
DA COOPERAÇÃO E DA ASSISTÊNCIA garantam que as Instâncias Intermediárias ou
Locais possam resolver a situação.
Art.  109.    A pedido das autoridades com- § 2o  Ao decidir pela assistência, em função da
petentes das Instâncias Locais e em colaboração incapacidade operacional ou temporal das Instân-
com elas, a Instância Intermediária prestará coo- cias Intermediárias em cumprir o que estabelece
peração e assistência às Instâncias Locais. o § 1o, a autoridade competente do Ministério da
Art. 110.  A pedido das autoridades compe- Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Ins-
tentes das Instâncias Intermediárias e em colabo- tância Central e Superior, levará em consideração
ração com elas, o Ministério da Agricultura, Pe- os antecedentes e a natureza do descumprimento.
cuária e Abastecimento, como Instância Central § 3o  A ação de assistência referida no caput
e Superior, prestará cooperação e assistência às pode incluir uma ou mais das seguintes medidas:
Instâncias Intermediárias. I  -  adoção de procedimentos sanitários ou
Parágrafo único.  A cooperação e assistência de quaisquer outras medidas consideradas ne-
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- cessárias para garantir a segurança dos animais,
cimento, como Instância Central e Superior, con- vegetais, insumos, inclusive alimentos para ani-
templará, em especial: mais, produtos de origem animal e vegetal, e das
I - esclarecimentos sobre a legislação nacio- normas relativas à saúde dos animais;
nal de defesa agropecuária; II  -  restrição ou proibição da colocação de
II - informações e dados disponíveis, em ní- produtos no mercado;
vel nacional, que possam ser úteis para o contro- III - acompanhamento e, se necessária, de-
le nas Instâncias Intermediárias e Locais para ga- terminação de recolhimento, retirada ou destrui-
rantir a universalidade, a harmonização, a eqüi- ção de produtos;
dade e a efetividade dos controles e das ações de IV  -  autorização de utilização de insumos,
sanidade agropecuária; e inclusive alimentos para animais, produtos de
III - suporte operacional necessário aos con- origem animal e vegetal, para fins diferentes da-
troles de responsabilidade das Instâncias Inter- queles a que inicialmente se destinavam;
mediárias e Locais no Sistema Unificado de Aten- V - suspensão do funcionamento ou encer-
ção à Sanidade Agropecuária. ramento da totalidade ou de parte das atividades
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Art. 111.  A Instância Intermediária adotará de produção ou de empresas;
medidas de assistência emergencial e temporá- VI - suspensão ou cancelamento do creden-
ria, em caso de descumprimento, por parte das ciamento concedido; e
Instâncias Locais, de obrigações estabelecidas na VII - quaisquer outras medidas consideradas
legislação sanitária agropecuária e neste Regula- adequadas pela autoridade competente do Mi-
mento, que comprometa os objetivos do Sistema nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. to, como Instância Central e Superior.
Art. 112.  O Ministério da Agricultura, Pecu- § 4o  O ônus decorrente das ações estabelecidas
ária e Abastecimento, como Instância Central e no § 3o será de responsabilidade dos produtores
Superior, adotará medidas de assistência emer- de animais, vegetais, insumos, inclusive alimentos
gencial e temporária em caso de descumpri- para animais, e produtos de origem animal e ve-
mento, por parte das Instâncias Intermediárias, getal, cabendo recurso, na forma regulamentada
de obrigações estabelecidas neste Regulamento pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
e na legislação sanitária agropecuária, que com- cimento, como Instância Central e Superior.
prometam os objetivos do Sistema Unificado de Art. 113.  As sanções às infrações relaciona-
Atenção à Sanidade Agropecuária. das com a sanidade agropecuária serão aplicadas
§ 1o  Sempre que a autoridade competente na forma definida em legislação específica, nas
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- esferas federal, estadual e municipal.
Art. 114.  Todos os procedimentos do Siste- Art. 119.  Sempre que uma autoridade com-
ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuá- petente das três Instâncias tome conhecimento
ria deverão ser documentados. de caso de descumprimento e esse caso possa ter
Art. 115.  No caso de descumprimento das implicações para o Sistema Unificado de Atenção
normas de sanidade agropecuária, os produtores à Sanidade Agropecuária para outra Instância
de animais, vegetais, insumos, inclusive alimen- Intermediária, transmitirá imediatamente essas
tos para animais, produtos de origem animal e informações ao Ministério da Agricultura, Pecu-
vegetal, serão formalmente notificados pela au- ária e Abastecimento, como Instância Central e
toridade competente. Superior, e à outra Instância Intermediária, sem
necessidade de pedido prévio.
Seção I §  1o   As Instâncias que receberem as refe-
Dos Controles de Crises ridas informações procederão a investigações e
Art.  116.    O Sistema Unificado de Atenção informarão à Instância que as prestou os resul-
à Sanidade Agropecuária disporá de Manual de tados das investigações e, se for caso, as medidas
Procedimentos de Gestão de Crises e de Grupos adotadas, em especial a aplicação de assistência,
Especiais de Ação Emergencial para Sanidade sem pedido prévio.
Agropecuária, que observarão normas específicas § 2o  Se as autoridades competentes das Ins-
definidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária tâncias envolvidas tiverem motivos para supor
e Abastecimento. que essas medidas não são adequadas, devem
Art. 117.  Para a implementação das orien- procurar, em conjunto, as formas e os meios de
tações contidas no Manual de Procedimentos de solucionar o descumprimento.
Gestão de Crises, as três Instâncias do Sistema § 3o  As Instâncias Intermediárias informarão
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
elaborarão, de forma proativa, planos de contin- mento, como Instância Central e Superior, se não
gência e de emergência que definam as medidas conseguirem chegar a um acordo sobre as medi-
aplicáveis imediatamente, sempre que se verifi- das adequadas e se a não-conformidade afetar o
que risco para a sanidade agropecuária, quer di- Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro-
retamente, quer por intermédio do ambiente. pecuária como um todo.
§ 1o  Os planos de contingência e de emergên- §  4o   Constatada que a não-conformidade
cia especificarão as autoridades administrativas que pode afetar a sanidade agropecuária em âmbito
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devem intervir, os respectivos poderes e responsabi- regional ou nacional, o Ministério da Agricultura,
lidades, os canais e os procedimentos para a troca Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
de informações entre os diferentes intervenientes. tral e Superior, realizará assistência, sem pedido
§  2o   As Instâncias Intermediárias, em suas prévio, na área identificada.
áreas de abrangência, revisarão e adequarão os Art. 120.  O Ministério da Agricultura, Pecuá-
planos de contingência e de emergência às suas ria e Abastecimento, como Instância Central e Su-
condições específicas. perior, suspenderá a aplicação de medidas sanitá-
Art.  118.    As Instâncias Intermediárias rias ou fitossanitárias injustificadas, ou contrárias à
prestarão assistência mútua, mediante pedido legislação de sanidade agropecuária, entre instân-
ou por iniciativa própria, sempre que os resul- cias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
tados dos controles oficiais impliquem adoção Agropecuária, adotando medidas pertinentes.
de medidas emergenciais em mais de uma Ins-
tância Intermediária. CAPÍTULO VIII
Parágrafo único.  A assistência mútua das
Instâncias Intermediárias pode incluir, se for o DO PLANEJAMENTO
caso, a participação em controles no local, efe-
tuados pela autoridade competente de outras Art. 121.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
Instâncias Intermediárias. ária e Abastecimento, como Instância Central e
Superior, institucionalizará Planos Plurianuais de atuação, e os recursos de que dispõem;
Atenção à Sanidade Agropecuária, estratégicos e IV - organização e gestão dos controles ofi-
executivos, articulados entre as três Instâncias do ciais, incluindo controles oficiais nos diferentes
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro- estabelecimentos;
pecuária, os quais serão: V - sistemas de controle aplicados e coorde-
I - elaborados de cinco em cinco anos, com nação entre as autoridades competentes, respon-
a participação dos segmentos sociais e dos gover- sáveis pelos controles oficiais;
nos envolvidos, com atualizações anuais; VI - eventual delegação de tarefas;
II - referências para a elaboração do Plano VII - métodos para assegurar o respeito aos
Plurianual do Governo Federal, planos equi- critérios operacionais;
valentes dos Governos estaduais e do Distrito VIII - formação do pessoal encarregado dos
Federal e dos Municípios, e seus respectivos controles oficiais;
programas de ação; e IX - procedimentos documentados;
III - organizados e executados em função X - organização e funcionamento de planos
dos perigos identificados e relacionados com de contingência e de emergência, em caso de do-
animais, vegetais, insumos, inclusive alimen- enças e pragas de impacto, e de outros riscos;
tos para animais, e produtos de origem animal XI  -  organização da cooperação e da assis-
e vegetal. tência mútua;
§  1o   Os Planos Plurianuais de Atenção à XII  -  mecanismos de articulação institucio-
Sanidade Agropecuária definirão as metas, as nal; e
responsabilidades respectivas de cada Instância, XIII  -  órgãos colegiados e de cooperação e
os recursos necessários, inclusive contrapartidas assistência, a exemplo da extensão rural.
financeiras, e fontes de financiamento. § 2o  Os Planos Plurianuais de Atenção à Sa-
§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e nidade Agropecuária podem ser alterados duran-
Abastecimento definirá a forma de aplicação dos te a sua aplicação.
recursos da União, observando a legislação per- § 3o  As alterações serão efetuadas levando
tinente. em consideração, entre outros:
§  3o   As três Instâncias assumem a res- I - aparecimento de novas doenças ou pra-
ponsabilidade pela aplicação dos recursos e gas de impacto, ou de outros riscos;
total observância dos Planos Plurianuais de II - nova legislação e ajustes definidos pela
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Atenção à Sanidade Agropecuária, acordados Instância Central e Superior;
conjuntamente. III  -  alterações significativas na estrutura,
Art. 122.  O Ministério da Agricultura, Pecu- na gestão ou no funcionamento das autoridades
ária e Abastecimento, como Instância Central e competentes;
Superior, estabelecerá calendário de elaboração e IV - resultados dos controles oficiais efetua-
atualização dos Planos Plurianuais de Atenção à dos no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Sanidade Agropecuária, de forma a subsidiar a ela- Agropecuária;
boração do Plano Plurianual do Governo Federal. V - descobertas científicas;
§ 1o  O Plano Plurianual de Atenção à Sa- VI - sugestões de consultorias técnicas reali-
nidade Agropecuária deve conter informações zadas pelas três Instâncias ou de missões técnicas
gerais sobre: internacionais; e
I - objetivos estratégicos do plano e a forma VII - resultado das auditorias efetuadas pela
como estes se refletem na atribuição de priorida- Instância Central e Superior.
des e de recursos; § 4o  Os Planos Plurianuais de Atenção à Sa-
II  -  categoria ou classificação de riscos das nidade Agropecuária contemplarão:
atividades; I - abordagem coerente, global e integrada
III - designação das autoridades competen- da legislação;
tes e respectivas funções, nos diversos níveis de II - prioridades em função de riscos;
III - critérios para categoria ou classificação CAPÍTULO IX
de riscos das atividades;
IV - procedimentos de controle e correção; DOS RECURSOS E DO FINANCIAMENTO
V - compromissos internacionais, multilaterais
ou bilaterais, relativos à sanidade agropecuária; Art. 125.  É responsabilidade das três Instân-
VI - indicadores nas fases da cadeia produti- cias garantir os recursos necessários para as ativi-
va que fornecerão as informações representativas dades do Sistema Unificado de Atenção à Sanida-
do cumprimento da legislação sanitária agrope- de Agropecuária, em suas respectivas jurisdições,
cuária; observando a legislação pertinente.
VII - sistemas de boas práticas, em todas as § 1o  As Instâncias do Sistema Unificado de
etapas das cadeias produtivas; Atenção à Sanidade Agropecuária podem cobrar
VIII - sistemas de controle da rastreabilidade; taxas ou encargos, conforme suas respectivas
IX - sistemas de avaliação de desempenho e legislações pertinentes, para cobrir as despesas
dos resultados das ações de controle, com indica- ocasionadas pelos controles oficiais, vedada a du-
dores de desempenho; plicidade de cobrança pelos serviços prestados.
X - normas e recomendações dos organismos § 2o  Sempre que efetue simultaneamente vá-
internacionais de referência; rios controles oficiais no mesmo estabelecimento,
XI - critérios para realização das auditorias; e a autoridade competente deve considerá-los como
XII - estrutura dos relatórios anuais e infor- uma única atividade e cobrar uma única taxa.
mações que neles devem ser incluídas. §  3o   No ato do recolhimento de qualquer
Art.  123.    Após o primeiro ano do início taxa relativa ao Sistema Unificado de Atenção à
da execução dos Planos Plurianuais de Atenção Sanidade Agropecuária, será, obrigatoriamente,
à Sanidade Agropecuária e, posteriormente, a emitido um comprovante do pagamento, na for-
cada ano, serão preparados e publicados re- ma regulamentada.
latórios indicativos da evolução dos trabalhos Art. 126.  As Instâncias do Sistema Unifica-
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- do de Atenção à Sanidade Agropecuária podem
tecimento, como Instância Central e Superior, fixar, com base em legislação própria, taxas dife-
com as seguintes indicações: renciadas para os serviços que prestam ou isentá-
I  -  alterações propostas ou introduzidas las em situações específicas.
nos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Art. 127.  As Instâncias do Sistema Unificado
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Agropecuária; de Atenção à Sanidade Agropecuária devem tor-
II - resultados dos controles e das auditorias nar pública a tabela de taxas cobradas por servi-
realizados no ano anterior, conforme disposições ços ou atividades.
dos Planos Plurianuais de Atenção à Sanidade Art. 128.  As Instâncias do Sistema Unifica-
Agropecuária; do de Atenção à Sanidade Agropecuária podem
III - tipo e número de casos de descumpri- cobrar as despesas decorrentes de controles
mento identificados, e localização geográfica dos adicionais, sempre que a detecção de uma não-
principais eventos, preferencialmente utilizando conformidade dê origem a controles oficiais ou
mapas eletrônicos; e medidas corretivas que excedam as atividades
IV - recomendações para o aperfeiçoamento normais da autoridade competente, observando
da execução das atividades previstas nos Planos legislação pertinente.
Plurianuais de Atenção à Sanidade Agropecuária Parágrafo único.  As atividades que excedem
subseqüentes. as atividades normais de controle incluem medi-
Art. 124.  O relatório deverá ser submetido das corretivas e outros controles adicionais, para
ao Conselho Nacional de Política Agrícola, que o verificar a dimensão e a solução do problema.
encaminhará, com suas recomendações, ao Mi- Art. 129.  O Ministério da Agricultura, Pecu-
nistro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abas- ária e Abastecimento, como Instância Central e
tecimento, que o divulgará ao público em geral. Superior, poderá suspender repasses de recursos
para as Instâncias Intermediárias e Locais nos se- mos Agropecuários.
guintes casos: § 1o  Os Sistemas Brasileiros de Inspeção de
I  -  descumprimento deste Regulamento e Produtos e Insumos Agropecuários desenvolve-
das demais normas específicas de sanidade agro- rão atividades de:
pecuária; I  -  auditoria, fiscalização, inspeção, certifi-
II - descumprimento das atividades e metas cação e classificação de produtos de origem ve-
previstas nos Planos Plurianuais de Atenção à Sa- getal, seus derivados, subprodutos e resíduos de
nidade Agropecuária, e em projetos específicos, valor econômico;
quando não acatadas as justificativas apresenta- II - auditoria, fiscalização, inspeção, certifica-
das pela autoridade das Instâncias Intermediá- ção e classificação de produtos de origem animal,
rias ou Local responsável; seus derivados, subprodutos, e resíduos de valor
III - falta de comprovação da contrapartida econômico; e
de recursos correspondente; III  -  auditoria, fiscalização, inspeção e cer-
IV - emprego irregular dos recursos financei- tificação dos insumos e dos serviços usados nas
ros transferidos; atividades agropecuárias.
V - falta de comprovação da regularidade e § 2o  As atividades dos Sistemas Brasileiros de
oportunidade da alimentação e retroalimentação Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários
dos sistemas de informação epidemiológica; e serão executadas conforme a legislação vigente
VI - falta de atendimento tempestivo a solici- de defesa agropecuária e os compromissos inter-
tações formais de informações. nacionais firmados pela União.
Parágrafo único.  Após análise das justificati- § 3o  As auditorias, inspeções e fiscalizações
vas apresentadas pelas Instâncias Intermediárias serão efetuadas sem aviso prévio, exceto em ca-
e Locais que motivaram a suspensão dos repasses, sos específicos em que seja obrigatória a notifica-
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- ção prévia do responsável pela produção.
mento, como Instância Central e Superior, com § 4o  As auditorias, inspeções e fiscalizações
base em parecer técnico fundamentado, poderá serão efetuadas em qualquer fase da produção,
restabelecer o repasse dos recursos financeiros, da transformação, do armazenamento e da dis-
providenciar assistência sem pedido, manter a tribuição.
suspensão do repasse de recursos, ou sustar o re- § 5o  Excetuam-se das auditorias, inspeções
conhecimento da instância inadimplente. e fiscalizações previstas no § 4o as relacionadas
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com alimentos, bebidas e água para o consumo
CAPÍTULO X humano, que estão a cargo das instituições de
vigilância sanitária integrantes do Sistema Úni-
DA INSPEÇÃO DE PRODUTOS co de Saúde - SUS.
E INSUMOS AGROPECUÁRIOS §  6o   Na inspeção, a critério da autoridade
competente, poderá ser adotado o método de
Art. 130.  Como parte do Sistema Unificado análise de riscos e pontos críticos de controle.
de Atenção à Sanidade Agropecuária e com o ob- § 7o  As auditorias, inspeções e fiscalizações
jetivo de inspecionar e fiscalizar os produtos de abrangem todos os produtos de origem animal e
origem animal e vegetal e os insumos agropecu- vegetal e insumos agropecuários importados ou
ários, ficam constituídos os Sistemas Brasileiros produzidos em território nacional, destinados ou
de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuá- não às exportações.
rios, na seguinte forma: §  8o   A critério das autoridades competen-
I - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produ- tes, as inspeções poderão ser realizadas de forma
tos de Origem Vegetal; permanente, nas próprias instalações industriais
II - Sistema Brasileiro de Inspeção de Produ- ou agroindustriais.
tos de Origem Animal; e Art.  131.    O Ministério da Agricultura, Pe-
III - Sistemas Brasileiros de Inspeção de Insu- cuária e Abastecimento coordenará os Sistemas
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos quer conflitos de interesses;
Agropecuários. IV  -  existência ou acesso a laboratórios
§ 1o  Os Estados e o Distrito Federal, por ade- oficiais ou credenciados, com capacidade ade-
são, poderão integrar os Sistemas Brasileiros de quada para realização de testes, com pessoal
Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários. qualificado e experiente, em número suficien-
§ 2o  Os Municípios, por adesão, poderão in- te, de forma a realizar os controles oficiais com
tegrar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produ- eficiência e eficácia;
tos de Origem Animal e o Sistema Brasileiro de V - existência de instalações e equipamentos
Inspeção de Produtos de Origem Vegetal. adequados e sua manutenção, de forma a garan-
§ 3o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e tir que o pessoal possa realizar as inspeções e fis-
Abastecimento estabelecerá, no prazo de noventa calizações com segurança e efetividade;
dias da publicação deste Regulamento, os requi- VI - previsão dos poderes legais necessários
sitos e demais procedimentos necessários para a para efetuar as inspeções e fiscalizações, e ado-
adesão aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de ção das medidas previstas neste Regulamento;
Produtos e Insumos Agropecuários. VII - realização de controles e ações de edu-
§ 4o  Para aderir aos Sistemas Brasileiros de cação sanitária;
Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários, as VIII  -  que nenhum estabelecimento indus-
unidades da Federação deverão adequar seus pro- trial ou entreposto poderá funcionar no País, sem
cessos e procedimentos de inspeção e fiscalização. que esteja previamente registrado no órgão com-
Art. 132.  Os Estados, o Distrito Federal e os petente, para a fiscalização da sua atividade;
Municípios que ainda não tenham aderido ou de- IX  -  ação efetiva de combate a atividades
cidirem pela não-adesão aos Sistemas Brasileiros clandestinas; e
de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários X  -  que os produtores rurais, industriais e
terão suas inspeções e fiscalizações de produtos de fornecedores de insumos, distribuidores, coope-
origem animal e vegetal, e insumos agropecuários, rativas, associações, industriais e agroindustriais,
reconhecidas apenas no âmbito de sua jurisdição. atacadistas e varejistas, importadores, exportado-
§  1o   Desde que haja solicitação formal, a res, empresários e quaisquer outros operadores ao
União poderá cooperar tecnicamente com os Esta- longo da cadeia de produção se submetam a qual-
dos e com o Distrito Federal, da mesma forma que quer inspeção ou fiscalização efetuada nos termos
os Estados poderão cooperar com os Municípios. deste Regulamento e apóiem o pessoal da autori-
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§ 2o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e dade competente no desempenho da sua missão.
Abastecimento realizará auditorias anualmente Parágrafo único.  Para integrar os Sistemas
nos serviços de inspeção dos Estados, do Distrito Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
Federal, dos Territórios e dos Municípios. Agropecuários, os Estados e os Municípios ficam
§ 3o  Os Estados realizarão auditorias anuais obrigados a seguir a legislação federal ou dispor
nos Municípios em sua jurisdição. de regulamentos equivalentes para inspeção de
Art. 133.  O Ministério da Agricultura, Pecu- produtos de origem animal e vegetal, e de insu-
ária e Abastecimento e os Estados, o Distrito Fe- mos, aprovados na forma definida por este Regu-
deral e os Municípios que aderirem aos Sistemas lamento e pelas normas específicas.
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Art. 134.  Os Sistemas Brasileiros de Inspe-
Agropecuários assegurarão: ção de Produtos e Insumos Agropecuários terão
I - eficácia e adequação das inspeções e fiscali- a responsabilidade de assegurar que os procedi-
zações, em todas as fases das cadeias produtivas; mentos e a organização da inspeção de produtos
II - que o pessoal técnico e auxiliar que efe- de origem animal e vegetal, e dos insumos agro-
tua as inspeções e fiscalizações seja contratado pecuários, se façam por métodos universalizados
por concurso público; e aplicados eqüitativamente em todos os estabe-
III - que o pessoal técnico e auxiliar que efe- lecimentos inspecionados.
tua as inspeções e fiscalizações não tenha quais- Art. 135.  Auditorias e avaliações técnicas
serão realizadas para organizar, estruturar e ter-relacionamento entre os Sistemas Brasileiros
sistematizar adequadamente as ações de ins- de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuá-
peção e fiscalização no território nacional e rios, instituições de ensino e pesquisa, para a for-
para buscar o aperfeiçoamento dos Sistemas mação, capacitação e educação continuada dos
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos profissionais integrantes.
Agropecuários, sendo observados os seguintes
procedimentos: Seção I
I - os serviços públicos de inspeção dos Estados Da Inspeção e da Fiscalização de Produ-
e do Distrito Federal serão avaliados pelo Ministé- tos de Origem Animal
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e Art.  142.   A inspeção higiênico-sanitária,
II - os serviços públicos de inspeção dos Mu- tecnológica e industrial dos produtos de origem
nicípios serão avaliados pelos Estados, observan- animal é da competência da União, dos Estados,
do sua área de atuação geográfica. do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1o  O Ministério da Agricultura, Pecuária e § 1o  Fica estabelecida a obrigatoriedade pré-
Abastecimento deverá orientar os serviços públi- via de fiscalização, sob o ponto de vista industrial
cos de inspeção dos Estados, do Distrito Federal e e sanitário, de todos os produtos de origem ani-
do Município para o cumprimento dos dispositi- mal, comestíveis ou não-comestíveis, sejam ou
vos legais estabelecidos neste Regulamento. não adicionados de produtos vegetais.
§ 2o  Eventuais medidas de correção ado- § 2o  A inspeção abrange a inspeção ante e
tadas serão comunicadas às organizações re- post mortem dos animais, recebimento, manipu-
presentativas da sociedade, da região ou seto- lação, transformação, elaboração, preparo, con-
res afetados. servação, acondicionamento, embalagem, depó-
Art. 136.  As atividades dos Sistemas Brasi- sito, rotulagem, trânsito e consumo de quaisquer
leiros de Inspeção de Produtos e Insumos Agro- produtos, subprodutos e resíduos de valor econô-
pecuários que cabem aos Estados, ao Distrito mico, adicionados ou não de vegetais, destinados
Federal e aos Municípios serão exercidas por ins- ou não à alimentação humana.
tituições públicas e reconhecidas pelo Ministério Art. 143.  Nenhum estabelecimento indus-
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. trial ou entreposto de produtos de origem animal
Art. 137.  Os Estados, o Distrito Federal e os poderá funcionar no País, sem que esteja previa-
Municípios designarão servidores públicos para mente registrado no órgão competente, para fis-
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integrar as equipes para as funções de autorida- calização da sua atividade.
des responsáveis pelas inspeções e fiscalizações
previstas neste Regulamento. Seção II
Art.  138.   A autoridade competente dos Da Inspeção e Fiscalização de Produtos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de Origem Vegetal
pode delegar competências relacionadas com Art.  144.   A inspeção higiênico-sanitária,
inspeção e fiscalização a uma ou mais institui- tecnológica e industrial dos produtos de origem
ções públicas. vegetal é da competência da União, dos Estados,
Art. 139.  As autoridades competentes dos Sis- do Distrito Federal e dos Municípios.
temas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insu- Art. 145.  O Sistema Brasileiro de Inspeção
mos Agropecuários garantirão a imparcialidade, a de Produtos de Origem Vegetal tem por objetivo
qualidade e a coerência dos controles oficiais. assegurar a identidade, a qualidade, a confor-
Art. 140.  Sempre que as funções de controle midade, a idoneidade e a segurança higiênico-
oficial forem atribuídas a diferentes instituições sanitária e tecnológica dos produtos de origem
públicas, a autoridade competente que delegou vegetal, seus subprodutos, derivados e resíduos
as funções assegurará a coordenação e a coope- de valor econômico, por meio das ações de inspe-
ração entre elas. ção, fiscalização e classificação de produtos, siste-
Art. 141.  Serão criados mecanismos de in- mas, ou cadeia produtiva, conforme o caso.
Seção III Parágrafo único.  Após a análise e aprova-
Da Inspeção e Fiscalização de Insumos ção da documentação prevista, serão realizadas
Agropecuários auditorias documentais e operacionais nos ser-
Art. 146.  A inspeção e a fiscalização de insu- viços de inspeção estaduais, distritais ou muni-
mos agropecuários são da competência da União, cipais, pelas autoridades competentes do Minis-
dos Estados e do Distrito Federal, observando as tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
atribuições definidas em lei específica. para reconhecer a adesão ao Sistema.
Art. 147.  Ficam instituídos o Sistema Brasileiro Art.  152.   Os serviços de inspeção dos Es-
de Inspeção e Fiscalização de Insumos Agrícolas e o tados, do Distrito Federal e dos Municípios que
Sistema Brasileiro de Inspeção e Fiscalização de In- aderirem aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de
sumos Pecuários, estruturados e organizados sob a Produtos e Insumos Agropecuários serão reco-
coordenação do Ministério da Agricultura, Pecuária nhecidos como equivalentes, para suas ativida-
e Abastecimento, responsáveis pelas atividades de des e competências, desde que sigam as normas
inspeção e fiscalização de insumos agropecuários. e regulamentos federais e que atendam aos re-
Art. 148.  O Sistema Brasileiro de Inspeção e quisitos estabelecidos pelo Sistema Unificado de
Fiscalização de Insumos Agrícolas e o Sistema Bra- Atenção à Sanidade Agropecuária e implantados
sileiro de Inspeção e Fiscalização de Insumos Pe- pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
cuários têm por objetivo assegurar a identidade, a cimento, conservando suas características admi-
qualidade, a conformidade, a idoneidade e a segu- nistrativas originais.
rança higiênico-sanitária e tecnológica dos insumos § 1o  Os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
agropecuários, por meio das ações de inspeção, fis- cípios garantirão que todos os produtos, indepen-
calização e classificação de produtos, sistemas, pro- dentemente de estarem destinados ao mercado
cessos ou cadeia produtiva, conforme o caso. local, regional ou nacional, sejam inspecionados
e fiscalizados com o mesmo rigor.
Seção IV §  2o   As autoridades competentes nos des-
Da Equivalência dos Serviços tinos devem verificar o cumprimento da legisla-
Art. 149.  O Ministério da Agricultura, Pecuária ção de produtos de origem animal e vegetal, por
e Abastecimento, os Estados da Federação, o Distrito meio de controles não-discriminatórios.
Federal e os Municípios adotarão medidas necessá- § 3o  Os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
rias para garantir que inspeções e fiscalizações dos cípios podem solicitar informações técnicas espe-
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produtos de origem animal e vegetal, e dos insumos, cíficas aos serviços oficiais que tenham procedido
sejam efetuadas de maneira uniforme, harmônica à entrega de mercadorias provenientes de outros
e equivalente em todos os Estados e Municípios. Estados, Distrito Federal ou Municípios.
Art. 150.  O Ministério da Agricultura, Pecu- § 4o  Os Estados, o Distrito Federal ou os Muni-
ária e Abastecimento cuidará que as inspeções e cípios que, nos termos da sua legislação, aprovarem
fiscalizações sejam realizadas mediante regras e estabelecimentos situados no seu território, devem
critérios de controles predefinidos nos Sistemas informar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos Abastecimento e aos demais Estados e Municípios.
Agropecuários. Art.  153.   São condições para o reconhe-
Art. 151.  Os serviços públicos de inspeção cimento da equivalência e habilitação dos
vinculados aos Estados da Federação, ao Distrito serviços de inspeção de produtos nos Sistemas
Federal e aos Municípios solicitarão ao Ministério Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a veri- Agropecuários:
ficação e o reconhecimento de sua equivalência I - formalização do pleito, com base nos re-
para a realização do comércio interestadual, na quisitos e critérios definidos pelo Ministério da
forma definida pelos procedimentos de adesão Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
aos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos II  -  apresentação de programa de trabalho
e Insumos Agropecuários. de inspeção e fiscalização; e
III  -  comprovação de estrutura e equipe CAPÍTULO XI
compatíveis com as atribuições.
Parágrafo único.  A solicitação de reconheci- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
mento da equivalência dos serviços de inspeção    
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios Art.  156.    As autoridades competentes das
será analisada pelo Ministério da Agricultura, Pe- três Instâncias do Sistema Unificado de Atenção
cuária e Abastecimento, que realizará auditorias à Sanidade Agropecuária e dos serviços públicos
técnico-administrativas. vinculados aos Sistemas Brasileiros de Inspeção
Art. 154.  Os serviços públicos de inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários assegura-
dos Sistemas Brasileiros de Inspeção de Produtos rão que as suas atividades sejam realizadas com
e Insumos Agropecuários serão desabilitados, na transparência, devendo, para esse efeito, facultar
comprovação dos seguintes casos: ao público o acesso às informações relevantes que
I - descumprimento das normas e das ativida- detenham, em especial as atividades de controle.
des e metas previstas e aprovadas no programa de Parágrafo único.   As três Instâncias do Siste-
trabalho, que comprometam os objetivos do Siste- ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; e as autoridades responsáveis pelos serviços públi-
II - falta de alimentação e atualização do sis- cos vinculados aos Sistemas Brasileiros de Inspeção
tema de informação; e de Produtos e Insumos Agropecuários disporão de
III - falta de atendimento tempestivo a solici- mecanismo para impedir que sejam reveladas in-
tações formais de informações. formações confidenciais a que tenham tido acesso
Art. 155.  Para cumprir os objetivos dos Siste- na execução de controles oficiais e que, pela sua na-
mas Brasileiros de Inspeção de Produtos e Insumos tureza, sejam abrangidas pelo sigilo profissional.
Agropecuários, o Ministério da Agricultura, Pecuária Art. 157.  Fica o Ministério da Agricultura, Pe-
e Abastecimento desenvolverá, de forma continua- cuária e Abastecimento, na forma da lei e no âmbi-
da, o planejamento e o plano de gestão dos progra- to de sua atuação, autorizado a celebrar convênios
mas, ações, auditorias e demais atividades necessá- com entes públicos, para apoiar, subsidiariamen-
rias à inspeção animal, vegetal e de insumos. te, as ações no campo da defesa agropecuária.

52 DECRETO Nº 27.932, DE 28 DE MARÇO DE 1950.


Publicado no Diário Oficial da União de 30/03/1950, Seção 1, Página 4873

Aprova o regulamento para aplicação das medidas de defesa sanitária animal.

O Presidente da República, usando da Estados do Negócios da Agricultura, relativa


atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I à execução das medidas de defesa sanitária
da Constituição, e tendo em vista o dispos-to no animal a que se refere a Lei nº 569, de 21 de
artigo 8º da Lei nº 569, de 21 de dezembro de dezembro de 1948.
1948, decreta: Art. 2º - Este Decreto entrará em vigor na
Art. 1º - Fica aprovado o regulamento que data de sua publicação, revogadas as disposições
a este acompanha assinado pelo Ministro de em contrário.

Rio de Janeiro, 28 de março de 1950, 129º da Independência e 62º da República.

EURICO G. DUTRA
CARLOS DE SOUSA DUARTE
REGULAMENTO REFERENTE À APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL, DE QUE
TRATA A LEI Nº 569, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1948.

Art. 1º - O sacrifício de animais portado- outro associado de sua imediata confiança e


res de qualquer das zoonoses especificadas competência para representá-lo na Comissão
no artigo seguinte e a destruição de coisas e Avaliadora.
construções rurais, no interesse da saúde pu- § 2º- Não existindo na região Associação Ru-
blica ou da defesa e construções rurais, serão ral, será designado, em lugar do representante
autorizadas pelo Diretor da Divisão de Defesa daquela entidade, um ruralista de reconhecida
Sanitária Animal (D.D.S.A), do Departamento capacidade, escolhido pela parte interessada.
Naciaonal da Produção Animal (N.P.A), do Mi- § 3º - Quando as medidas prescritas pelo
nistério da Agricultura, por proposta do Chefe art. 1º devem ser tomadas no Distrito Federal, as
de Inspetoria Regional, na mesma Divisão, em providências, contidas neste artigo, da alçada do
cuja jurisdição se impuser a aplicação das re- Chefe da Inspetoria Regional, caberão ao Diretor
feridas medidas. da Divisão de Defesa Sanitária Animal.
§ 1º - O cumprimento do disposto neste Art. 4º - Proferido o despacho estipula-
artigo deverá ser realizado no menor prazo do no art. anterior, a autoridade que o lavrar
possível, após a avaliação de que cuidam os comunicará sua decisão ao órgão estadual e
artigos 5º e 6º. à Associação Rural competente, ou aquele e
§ 2º - Se a ocorrência determinante do a parte interessada, na hipótese prevista no
sacrifício for de natureza que justifique provi- § 2º do artigo anterior aos quais incumbirá
dência imediata a verificar-se fora do Distrito promover as providências necessárias para
Federal, a autorização poderá caber ao pró- que seus representantes compareçam ao lo-
prio Chefe de Inspetoria Regional, ratificada cal em que tiver de verificar-se o sacrifício dos
posteriormente pelo Diretor da Divisão de De- animais ou a destruição de objetos ou cons-
fesa Sanitária Animal. truções rurais.
Art. 2º - São possíveis de sacrifícios os ani- Art. 5º - A avaliação dos animais a serem
mais atacados de mormo, raiva, pseudo-raiva, sacrificados, far-se-á tomando-se por base seu
tuberculose, pulorose, peste suína e quaisquer valor em fase das características raciais, idade,
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doenças infectocontagiosas não oficialmente sexo, fim econômico e outros elementos, a ju-
reconhecidas como existentes no País, bem ízo da comissão.
como todos aqueles que, tendo tido contato, di- Parágrafo único - Em se tratando de coisa
reto ou indireto, com animais doentes, sejam, a ou construções rurais a avaliação será feita por
juízo de autoridade sanitária competente, con- estimativa das despesas que, a critério da Comis-
siderados suspeitos de contaminação e possam são se tornarem necessárias à reconstrução das
representar perigo de disseminação da doença. instalações ou aquisição das coisas.
Art. 3º - Autorizado o sacrifício, na forma Art. 6º - A avaliação do animal deverão
do artigo 1º deste Regulamento, o Chefe da suceder, imediatamente, seu sacrifício e a res-
Inspetoria Regional da Defesa Sanitária Animal pectiva necropsia, realizada perante a Comis-
preferirá despacho designando a Comissão Ava- são Avaliadora, para efeito de confirmação do
liadora de que trata o art. 5º da Lei 569, de 21 diagnóstico.
de dezembro de 1948, e declarando nominal- § 1º - Realizada a necropsia, colher-se-á, mate-
mente o representante do Governo Federal a rial para posterior exame em laboratório do DNPA,
quem caberá a Presidência da Comissão. se subsistirem dúvidas sobre o diagnóstico.
§ 1º- Como representante da Associação § 2º - A juízo da Comissão Avaliadora, na
Rural, se esta existir na região, será designa- hipótese do aproveitamento condicional de
do o seu presidente, o qual poderá delegar a animal, o sacrifício será efetuado no mata-
douro mais próximo, cabendo à Inspetoria Re- caso a ocorrência se dê no Distrito Federal.
gional a tomada das providências tendentes a § 1º - O auto de avaliação mencionado nes-
evitar qualquer possibilidade de disseminação te artigo, além de outros pormenores, a juízo da
da doença. Comissão conterá:
Art. 7º - A destruição dos cadáveres, objetos a) declaração do sacrifício do animal ou
e construções, deverá ser realizada por inuma- animais e da destruição dos objetos ou cons-
ção profunda ou pelo fogo, conforme o caso. truções rurais.
Art. 8º - O valor atribuído pela Comissão b) nome, nacionalidade, residência e profis-
Avaliadora aos animais sacrificados e às coisas e são do proprietário;
construções destruídas, na forma do art. 5º e seu c) espécie, raça, idade aproximada, marca e
parágrafo, representará a base sobre a qual será outras características do animal ou dos animais
calculada a indenização a que se refere o artigo sacrificados;
1º da Lei 569, de 21 de dezembro de 1948, aten- d) natureza dos objetos e descrição das cons-
dendo ao disposto nos incisos seguintes: truções destruídas;
I.- a importância da indenização correspon- e) valor arbitrado do animal ou animais e
derá ao valor total da avaliação: dos objetos ou construções, observado o disposto
a) quando não for pela necropsia ou por exa- no art. 5º;
mes posteriores; f) laudo da necropsia a que se refere o
b) quando se tratar de coisas e construções art. 6º;
rurais, confirmando o diagnóstico. g) laudo do exame a que se alude o § 1º do
II.- se o diagnóstico for tuberculose a impor- 6º se for o caso;
tância da indenização será a quarta parte do va- h) valor da indenização, calculada mediante
lor de avaliação. o disposto no art. 8º.
III.- a importância da indenização corres- § 2º - Do Auto de Avaliação caberá recurso,
ponderá à metade do valor atribuído na avalia- dentro do prazo de trintas dias, para o Ministro
ção, nos demais casos, com exceções previstas no da Agricultura, por intermédio do Chefe Regio-
§ 2º deste artigo. nal, devendo ser interposto:
§ 1º - Quando houver aproveitamento con- a) pelo representante do governo Federal,
dicional, a importância da indenização resultará quando este considerar excessiva a avaliação ou
da diferença entre o arbitrado na forma deste incabível a indenização;
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artigo e a quantia apurada no referido aprovei- b) pelo proprietário do animal, coisas ou ins-
tamento, mediante comprovação hábil, salvo se talações rurais, quando lhe for negada a indeni-
tratar de reprodutores com características raciais zação ou a reputa insuficiente.
de valor zootécnico, caso em que não será feito § 3º - A contagem do prazo estabelecido no
o aludido desconto. parágrafo anterior iniciará a partir da data da
§ 2º - Não caberá qualquer indenização, lavratura do auto, se o recurso for imposto pelo
quando a zoonose motivadora no sacrifício for a representante do Governo Federal, ou do dia do
raiva, pseudo-raiva ou outra considerada incurá- recebimento da notificação, se o recurso for in-
vel ou letal. terposto pelo criador interessado.
Art. 9º - Feito o arbitramento da indenização Art. 10 - O criador interessado terá o prazo
a Comissão Avaliadora lavrará um auto de avalia- de 90 (noventa) dias para requerer ao Ministro da
ção, em que três vias, das quais a primeira será Agricultura, por intermédio do Chefe da Inspetoria
entregue, à guiza de notificação, à parte interes- Regional nos Estados ou do Diretor da D.D.S.A., na
sada, a segunda será remetida à DDSA, para ser capital, a indenização a que se julgar com direito,
anexada ao processo de indenização que se ini- devendo o Diretor da D.D.S.A. instruir o requeri-
ciará com requerimento do interessado, na for- mento com o processo do qual constem todos os
malidade do artigo 10, e a terceira ficará arquiva- elementos para o arbitramento da indenização e
da na Inspetoria Regional respectiva ou na DDSA, indicar a verba por correrão as despesas, de acordo
com o art. 6º e seu parágrafo, da Lei nº 569/48. decisão do recurso, quando houver.
Parágrafo único - O prazo a que se refere Art. 11 - Os processos de pagamento de
este artigo será contado a partir da data em que indenização terão caráter de urgência, de-
se for morto o animal ou destruída a coisa; a so- vendo ser ultimados no mais breve espaço de
lução do pedido dependerá, porém, da prévia tempo possível.

DECRETO N° 24.548, DE 3 DE JULHO DE 1934


Publicado no Diário Oficial de 14/07/34

Aprova Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal.

O Chefe do Governo Provisório da Repú- das atribuições que lhe confere o art. 1° do Decreto
blica dos Estados Unidos do Brasil, usando nº 19.398, de 11 de novembro de 1930, decreta:

Art. 1º - Fica aprovado o regulamento que Art. 2º - Revogam-se as disposições em


com esta baixa, para execução, no país, do Servi- contrário.
ço de Defesa Sanitária Animal.

Rio de Janeiro, 3 de julho de 1934; 113º da Independência e 46º da República.

GETÚLIO VARGAS
Juarez do Nascimento Fernandes Távora

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

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CAPÍTULO I do e ainda dos portadores de parasitas externos
e internos cuja disseminação possa constituir
Disposições Preliminares ameaça aos rebanhos nacionais.
Art. 3º - É igualmente proibida a entrada
Art. 1º - O Serviço de Defesa Sanitária Ani- em território nacional de produtos ou despojos
mal executará as medidas de profilaxia previs- de animais forragens ou outro qualquer material
tas neste regulamento, para preservar o país presumível veiculador de agentes etiológicos de
de zoonoses exóticas e combater as moléstias doenças contagiosas.
infecto-contagiosas e parasitárias existentes no Art. 4º - São condições essenciais para a
seu território. entrada no país de animais procedentes do
Art. 2º - Como medida de defesa dos reba- estrangeiro:
nhos nacionais, fica terminantemente proibi- a. apresentação de certificado sanitário de
da a entrada em território nacional de animais origem, firmado por veterinário oficial;
atacados, ou suspeitos de estarem atacados de b. apresentação, segundo os casos, de certifi-
doenças, direta ou indiretamente transmissíveis, cado oficial de tuberculinização, maleinização, so-
mesmo estando aparentemente em estado hígi- roaglutinação, de brucelas e salmonelas pulorum.
Parágrafo único - Os certificados sanitários gatória a prova de soro-aglutinação para salmo-
de origem só terão valor quando: nela pulorum e vacinação anti-rábica dos cães.
a. forem visados por autoridade consular Art. 10 - O Ministério da Agricultura provi-
brasileira do país de procedência dos animais; denciará, junto a quem de direito, para que as
b. atestarem boa saúde dos animais no dia autoridades competentes, federais, estaduais e
do embarque; municipais, cumpram e façam cumprir o presen-
c. declararem que nos quarenta dias ante- te regulamento.
riores ao embarque não grassava, no lugar de
procedência, moléstia infecto-contagiosa. CAPÍTULO II
Art. 5º - Os animais procedentes de países
onde grassem, em estado enzoótico, as tripa- Inspeção de Portos
nosomíases, a peste bovina, a peripneumonia e Postos de Fronteira
contagiosa e outras doenças infecto-contagiosas
exóticas, só terão entrada no país, mediante pré- Art. 11 - A importação e exportação de ani-
via autorização do diretor do Serviço de Defesa mais só serão permitidas pelos portos e postos de
Sanitária Animal, que estabelecerá as condições fronteira devidamente aparelhados pelo Serviço
em que a importação será permitida. de Defesa Sanitária Animal.
Art. 6º - Os importadores deverão avisar aos Art. 12 - Por proposta da diretoria do Servi-
funcionários da inspeção de portos de fronteira, ço de Defesa Animal, serão designados pelo Mi-
com antecedência mínima de 24 horas, a hora da nistro da Agricultura quais os portos de fronteira
chegada dos animais. Para a exportação, o avi- por onde poderão ser importados e exportados
so deverá ser dado com 10 dias de antecedência animais.
do dia da partida dos animais, a fim de serem os Art. 13 - Para cumprimento do disposto no
mesmos submetidos às provas biológicas a que artigo 11 serão criados Lazaretos Veterinários
se refere o artigo 4º. nos portos de São Salvador, Santos, Rio Grande e
Art. 7º - O atestado de saúde, de origem, fi- mantido o do Porto do Rio de Janeiro e aparelha-
cará em poder do funcionário incumbido da ins- dos os postos de fronteira, designados de acordo
peção dos animais, o qual concederá uma guia com o artigo anterior.
de livre trânsito, caso estejam os mesmos em Parágrafo único - Os Lazaretos a que se refe-
boas condições de saúde. re o presente artigo serão instalados logo que os
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Art. 8º - No intuito de evitar a propagação recursos orçamentários o permitirem.
de moléstias no território nacional, fica estabe- Art. 14 - A importação e exportação de
lecida a obrigatoriedade de certificado sanitário animais ficam subordinadas ainda às seguintes
para o trânsito interestadual de animais por via condições.
marítima, fluvial ou terrestre, assim como o de I. serem reconhecidos clinicamente sãos;
animais destinados à matança nos frigoríficos II. não apresentarem reação positiva às pro-
abastecedores de mercados internacionais. vas biológicas oficiais, nem sintomas de qualquer
Parágrafo único - Os infratores deste artigo moléstia, durante a observação a que forem sub-
incorrerão na multa de Cr$ 50,00 por animal, do- metidos.
brada em cada reincidência. Art. 15 - No momento de se proceder à ins-
Art. 9º - Para os animais reprodutores em peção sanitária dos animais importados, deverá
trânsito interestadual, por via marítima, fica es- o respectivo proprietário ou seu representante
tabelecida a exigência, além de certificado sani- apresentar à autoridade competente, além dos
tário de origem, de atestado, segundo os casos documentos exigidos no artigo 4º, capítulo I e
de tuberculinização, maleinização e soro-agluti- suas alíneas, os seguintes esclarecimentos:
nação de brucelas. a. residência do proprietário;
Parágrafo único - Sempre que julgar conve- b. destino e finalidade da importação;
niente, o Serviço de Defesa Animal tornará obri- c. o número de dias gastos na viagem;
d. se ocorreu alguma morte de animal du- Sanitária Animal, e desse ato será lavrado um
rante a mesma. termo circunstanciado, que será assinado pelos
Parágrafo único - A inspeção a que se re- dois funcionários mais graduados presentes, pelo
fere este artigo deverá ser feita em pleno dia proprietário ou consignatário dos animais e por
e solicitada, no mínimo, com 24 horas de an- duas testemunhas.
tecedência. Parágrafo único - É facultado ao proprietá-
Art. 16 - Os animais importados, assim como rio ou ao seu representante requerer no ato do
forragens, boxes e quaisquer utensílios transpor- sacrifício, a necropsia do animal.
tados conjuntamente, não terão saída dos meios Art. 21 - Quando a necropsia e outros exames
de transporte que os conduzirem sem o certifica- do animal sacrificado não demonstrarem lesões
do ou guia sanitária passada por autoridade vete- ou elementos patognomônicos característicos das
rinária encarregada da respectiva inspeção. moléstias capituladas nos artigos 18 e 19, caberá
Parágrafo único - O Ministério da Agricul- ao proprietário indenização em dinheiro corres-
tura providenciará junto a quem de direito para pondente ao valor integral do animal e dos obje-
que as autoridades aduaneiras cumpram e façam tos que o acompanharem e forem destruídos.
cumprir o presente artigo. Art. 22 - A necropsia de que trata o artigo
Art. 17 - Excepcionalmente, e a juízo do 21, deverá ser requerida ao diretor de Serviço de
diretor geral do DNPA poderá entrar no país, Defesa Sanitária Animal, quando a importação
animal sem certificado sanitário de origem, for feita pelo porto do Rio de Janeiro, e aos ins-
desde que, aparentemente sadio, no momen- petores-chefes ou inspetores de Portos e Postos
to do desembarque, seja considerado isento de de Fronteira, quando por um dos outros portos
moléstia, depois de submetido a quarentena previstos no artigo 13, capítulo II.
para observações, exames e provas biológicas Art. 23 - Quando a necropsia requerida dei-
julgadas necessárias. xar de se realizar, dentro de 24 horas, a contar do
Art. 18 - Constatando a peste bovina, todos momento em que for sacrificado o animal, por
os ruminantes que fizerem parte do carregamen- falta de providências do funcionário competente,
to serão imediatamente sacrificados e tomadas ficará reconhecido o direito do reclamante à in-
as medidas de profilaxia que se fizerem necessá- denização de que trata o artigo 21, sendo respon-
rias sem que o proprietário tenha direito a inde- sável pela mesma o referido funcionário.
nização de qualquer espécie. Art. 24 - No caso de ser o diagnóstico con-
57
Art. 19 - Se for diagnosticada a tubercu- firmado pela necropsia, as despesas respectivas
lose, para-tuberculose, peripneumonia con­ta­ correrão por conta do interessado que a houver
gio­sa,tripanosomíase, carbúnculo hemático e requerido.
sintomático, raiva, pseudoraiva, anemia perni- Art. 25 - As despesas de que trata o artigo
ciosa, brucelose, mormo, varíola ovina, caprina anterior, serão pagas em estampilhas federais,
e suína, tifo, peste suína, ruiva, pleuro-pneumo- inutilizadas nos próprios laudos das autopsias,
nia séptica caprina, coriza gangrenosa, peste e de acordo com as taxas que forem criadas pelo
tifose aviária e salmonela pulorum, serão sacri- Ministério da Agricultura.
ficados somente os animais atacados e tomadas Art. 26 - No caso previsto no artigo 21, cabem
as medidas profiláticas que se fizerem necessá- ao Governo da União as despesas decorrentes.
rias a cada caso, sem que o proprietário tenha Art. 27 - Quando o interessado não concor-
direito a qualquer indenização. dar com o resultado da necropsia, poderá reque-
Parágrafo único - As despesas decorrentes da rer novo exame, imediatamente, designando,
execução das medidas profiláticas, previstas neste neste caso, um profissional de sua confiança para
artigo, correrão por conta dos donos dos animais. verificar os trabalhos. Se os dois profissionais não
Art. 20 - O sacrifício dos animais, nos ter- chegarem a acordo, será por eles colhido e au-
mos dos artigos 18 e 19, será realizada perante tenticado material para exame em laboratório do
funcionários competentes do Serviço de Defesa DNPA, que decidirá a dúvida suscitada.
Parágrafo único - Em caso algum despojos ço de Defesa Sanitária Animal, sendo as despesas
do cadáver necropsiado deixarão de ser cremados, custeadas pelos seus proprietários.
no mesmo dia em que se praticou a autopsia. Art. 32 - Os animais de campo, destinados
Art. 28 - No caso previsto no artigo 26 o dire- ao corte, quando transportados por estradas de
tor geral do Departamento Nacional da Produção ferro, não poderão permanecer embarcados por
Animal nomeará uma comissão de três mem- espaço de tempo superior a 72 horas.
bros, da qual fará parte o proprietário o seu re- Parágrafo único - As companhias de estrada
presentante para arbitrar a indenização, cabendo de ferro deverão instalar campos para repouso
recurso voluntário ao Ministro. dos animais, nos quais permanecerão, no míni-
Art. 29 - A importação e a exportação de mo 24 horas, quando a viagem exceder o prazo
animais, pelos postos de fronteira, quando estipulado neste artigo.
destinados ao corte, serão permitidas, inde- Art. 33 - Quando se tratar de reprodutores
pendente das provas biológicas a que se refere que possam ser alimentados em viagem, o prazo
a alínea II do artigo 14, capítulo II, desde que estabelecido no artigo 32 poderá deixar de ser
estejam aparentemente em bom estado de observado.
saúde, isentos de ectoparistos e procedam de Art. 34 - O trânsito interestadual de animais
zonas onde não estejam grassando moléstia conduzidos a pé, só se fará pelos pontos previa-
infecto-contagiosas. mente indicados pelo Serviço de Defesa Sanitária
Parágrafo único - Neste caso, é obrigatório Animal, mediante acordo com as autoridades
o aviso da chegada ou partida dos animais com estaduais.
antecedência de 24 horas, a fim de ser feita a res- § 1º - Todo o gado será obrigatoriamente
pectiva inspeção, expedido ou recebido o respec- examinado nas estradas de trânsito normal, nos
tivo certificado sanitário. pontos indicados pelo Serviço de Defesa Sanitária
Art. 30 - Serão enviadas aos representantes Animal, sendo-lhe fornecido um certificado de li-
dos Governos dos países que importarem animais vre trânsito quando isento de moléstias infecto-
do Brasil, as assinaturas do diretor do Serviço de contagiosas.
Defesa Sanitária Animal e dos funcionários au- § 2º - Os infratores incorrerão em multa de
torizados a assinar certificados para exportação Cr$ 50,00 a 100,00 por animal, dobrada nas rein-
internacional em tantas vias quantas forem exigi- cidências.
das pelos respectivos consulados. Art. 35 - Os animais transportados por es-
58
tradas de ferro e destinados aos matadouros fri-
CAPÍTULO III goríficos que abatam para exportação internacio-
nal serão inspecionados nos currais e bretes de
Trânsito de Animais no País embarque ou nas próprias fazendas, pelos fun-
cionários do Serviço de Defesa Sanitária Animal,
Art. 31 - As empresas concessionárias do ou pelos funcionários dos Estados, quando este
transporte fluvial do gado, nas fronteiras dos serviço houver sido confiado pelo Ministério da
Estados, deverão construir banheiros carrapatici- Agricultura.
das, assim como currais para repouso de animais, Art. 36 - Os animais destinados a outros
com piso resistente para evitar atoladouros. Estados, para o corte, criação ou engorda, serão
§ 1º - Os animais transportados por via flu- examinados nos currais ou bretes de embarque
vial, em batelões especialmente usados para por funcionário do Serviço de Defesa Sanitária
esse fim, ficam obrigatoriamente sujeitos à Animal que expedirá o respectivo certificado sa-
inspeção sanitária pelo Serviço de Defesa Sa- nitário, ou por funcionários estaduais, de acordo
nitária Animal. com o artigo anterior.
§ 2º - Tais balcões serão lavados e desinfeta- § 1º - Nos pontos de embarque onde não hou-
dos, logo após o desembarque dos animais, com ver funcionário destacado, o Serviço de Defesa Sa-
desinfetantes aprovados pela Diretoria do Servi- nitária Animal providenciará para que a inspeção
seja feita em outro local previamente indicado em diante instruções aprovadas pelo ministro.
instruções especiais, antes dos trens de animais Art. 42 - Os postos para desinfecção de va-
atravessarem a fronteira do Estado vizinho. gões de estradas de ferro serão construídos às
§ 2º - Serão impedidos os trens que transpor- expensas das próprias companhias, cabendo-
tarem animais atacados de febre aftosa ou de ou- lhes também o ônus do material de limpeza e
tras doenças cuja disseminação possa constituir desinfecção e o pagamento do pessoal necessário
ameaça aos rebanhos da região e reconduzidos a este Serviço.
ao ponto de partida, correndo as despesas por Parágrafo único - Para o custeio das despesas
conta dos respectivos proprietários. cobrarão as companhias as taxas previstas em lei.
§ 3º - As reclamações dos proprietários de Art. 43 - Os projetos de construção e orça-
animais cujo trânsito tenha sido impedido só mentos de postos de desinfecção serão orga-
poderão ser tomadas em consideração quando nizados pelas companhias transportadoras, de
os animais estiverem no local de partida ou aí acordo com planos fornecidos pela diretoria do
tenham sido reconduzidos, salvo casos espe- Serviço de Defesa Sanitária Animal, devendo ne-
ciais, a juízo do diretor do Serviço de Defesa les constar especificações sobre canalização de
Sanitária Animal. água, força, luz, drenagens e resíduos e detalhes
Art. 37 - As companhias de estradas de fer- de construção.
ro que transportarem animais ficam obrigadas a Art. 44 - Os postos de desinfecção serão ins-
construir carros adequados às diversas espécies. talados nos pontos indicados pela diretoria do
Art. 38 - As companhias de estradas de ferro, Serviço de Defesa Sanitária Animal devendo a
empresas de navegação ou quaisquer outras em- escolha do local recair nos pontos naturalmente
presas que transportem animais, ficam obrigadas indicados pelo tráfego, nos desvios dos matadou-
à limpeza e desinfecção de seus carros, veículos, ros e exposições de gado.
embarcações e boxes, assim como os locais de Art. 45 - Os veículos, vagões, ou quaisquer
embarques ou desembarques, currais, bretes e instalações, depois de limpos e desinfetados, só
todas as instalações ou locais que tenham sido poderão ser retirados dos postos e usados, após
ocupados por animais. vistoria de um funcionário do Serviço de Defesa
Art. 39 - As exigências estabelecidas no arti- Sanitária Animal que afixará uma etiqueta em
go 38 ficam sob fiscalização direta do Serviço de que conste a palavra - “Desinfetado”- a data e a
Defesa Sanitária Animal. sua assinatura.
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§ 1º - Os veículos deverão ser lavados e de- Art. 46 - Constatado óbito, no decorrer da
sinfetados após no máximo 24 horas do desem- viagem, deverá ser imediatamente autopsiado
barque. no ponto de desembarque, o cadáver, para ve-
§ 2º - Os vagões ou quaisquer veículos que rificação da causa mortis e aplicação de medidas
hajam transportado animais para frigoríficos e sanitárias aconselháveis.
matadouros, deverão ser limpos e desinfetados Art. 47 - Os infratores das medidas sanitá-
imediatamente após a descarga, quando houver rias a que se refere o artigo anterior incorrerão
instalação apropriada. na multa de Cr$ 300,00 a Cr$ 1.000,00, dobrada
§ 3º - Os infratores incorrerão em multa de nas reincidências.
Cr$ 500,00 a 1.000,00, dobrado nas reincidências. Art. 48 - Os interessados poderão aproveitar
Art. 40 - Em instruções aprovadas pelo mi- como adubo o produto residual das limpezas dos
nistro serão fixados os métodos de limpeza e de- vagões, desde que o mesmo seja tratado de modo
sinfecção e indicadas as substâncias desinfetan- torná-lo inócuo, por processo aprovado pela dire-
tes adotadas. toria do Serviço de Defesa Sanitária Animal.
Art. 41 - Em casos de surtos epizoóticos po- Art. 49 - Para efeito do disposto no art. 42
derá o Serviço de Defesa Sanitária Animal tomar e em relação às estradas de ferro pertencentes
providências que visem tornar mais severas as à União, o Ministério da Agricultura entrará em
medidas determinadas neste regulamento, me- acordo com o Ministério da Viação para transferir
a este, mediante prévia avaliação, os atuais pos- Serviço de Defesa Sanitária Animal.
tos de desinfecção situados em Santa Cruz, Barra §2º - Os infratores incorrerão na multa de Cr$
do Piraí e Carlos de Campos, na Estrada de Ferro 500,00 a 1.000,00 dobrada em cada reincidência
Central do Brasil. e lhes será negado o desembaraço dos produtos.
Art. 55 - Verificado no ato do desembarque
CAPÍTULO IV que os produtos procedem de estabelecimentos
registrados e inspecionados pelo SIPOA, os certi-
Importação e Exportação ficados que os acompanharem serão visados e
de Produtos de Origem Animal transmitidos às autoridades sanitárias do DNSP ou
dos Estados, para efeito do disposto no artigo 52.
Art. 50 - É proibida a importação de pro- Art. 56 - Quando produtos procedentes de
dutos de origem animal, quando não acompa- fábricas do interior não forem embarcados em
nhados de certificado fornecido por autoridade um só lote ou se destinarem a portos diversos,
competente do país de procedência. os funcionários do Serviço de Defesa Sanitária
Art. 51 - Tais certificados só serão válidos: a. Animal poderão desdobrar os certificados que os
quando os modelos e fórmulas forem aprovados acompanharem, usando os mesmos modelos do
pelo Ministério da Agricultura; SIPOA, indicando o nome e sede da fábrica e o
b. quando forem visados por autoridades nome dos funcionários que assinou o certificado
consulares brasileiras; de procedência.
c. quando os regulamentos de inspeção de Parágrafo único - Os certificados deverão
produtos de origem animal, dos países de proce- ser adquiridos para efeito de controle.
dência, forem aprovados pelas autoridades sani- Art. 57 - Os produtos de origem animal, para
tárias brasileiras; fins industriais, procedentes de estabelecimentos
d. quando os produtos forem procedentes registrados no SIPOA, tais como couros, lãs e pe-
de estabelecimentos inspecionados. les de animais silvestres, só terão livre trânsito
Art. 52 - Os certificados que acompanharem quando procedentes de zonas onde não grassa-
os produtos importados destinados à alimenta- va, no momento, a febre aftosa, em se tratando
ção humana, serão visados pelos funcionários do de couros verdes ou carbúnculo hemático, em
Serviço de Defesa Sanitária Animal para efeito do qualquer hipótese, se vierem acompanhados de
disposto no artigo anterior e transmitidos às auto- certificado fornecido pelo Serviço de Defesa Sani-
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ridades sanitárias do DNSP, a quem compete a ins- tária Animal.
peção de tais produtos nos centros consumidores. § 1º - Quando tais produtos se destinarem
Art. 53 - Em se tratando de couros, peles, lãs, ao comércio internacional, o certificado que lhes
chifres, cabelos, etc. para fins industriais, tais pro- permitirá o embarque só será fornecido após de-
dutos só serão desembaraçados quando os certi- sinfecção por processo aprovado pelo SDSA.
ficados trouxerem a declaração de que procedem § 2º - Tais certificados serão fornecidos no
de zonas onde não estava grassando o carbúnculo mesmo modelo usado pelo SIPOA.
hemático, a febre aftosa ou a peste bovina.
Art. 54 - Os produtos comestíveis de origem CAPÍTULO V
animal, elaborados no país, só terão livre trân-
sito pelos portos e postos de fronteira quando Inspeção de Mercados e Feiras
procedentes de estabelecimentos inspecionados de Gado Vivo
e acompanhados de certificado de sanidade, for-
necido pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Art. 58 - As feiras e mercados de gado vivo
Origem Animal. só poderão funcionar quando inspecionados
§1º - Os certificados a que se refere este arti- pelo SDSA e estiverem devidamente aparelha-
go serão válidos pelo prazo máximo de um mês das, permitindo o controle sanitário a cargo
e controlados pelos funcionários competentes do deste Serviço.
Parágrafo único - As instalações que obe- As salmoneloses - nos bovinos, suínos e
decerão ao modelo aprovado pela diretoria do aves;
SDSA, constarão de currais em número suficiente, As pasteureloses - nos mamíferos e aves;
com piso resistente para evitar atoladouros, casa As tripanossomoses - nos mamíferos;
para administração, com gabinete destinado ao As piroplasmoses - nos ruminantes, eqüinos
funcionário incumbido da inspeção sanitária e caninos;
dos animais, curral para isolamento de animais A anaplasmose - nos bovinos;
doentes, banheiro carrapaticida e pavilhão com O mormo - nos eqüinos, asininos e muares;
sala de autopsias e forno crematório. A encefalite enzoótica - nos eqüinos;
Art. 59 - Quando se verificarem casos de A ruiva e peste suína - nos suínos;
moléstias infecto contagiosas nos animais expos- A cravagem - nos ovinos;
tos, a feira será interditada e, em se tratando de A vaginite granulosa e coriza gangrenosa -
carbúnculo hemático ou sintomático, vacinados nos bovinos;
gratuitamente todos os animais do lote em que a As coccidioses - nos mamíferos e aves;
moléstia tiver sido constatada, sendo pago pelos A psitacose, espiroquetose, difteria e peste
interessados apenas o custo da vacina. - nas aves;
Art. 60 - Os animais procedentes de outros As sarnas - nos ruminantes, eqüinos, suínos,
Estados que demandarem as feiras de gado deve- aves e pequenos animais domésticos;
rão vir acompanhados de certificados de sanidade O mixoma e a encefalite - nos coelhos
fornecido por funcionários do SDSA, funcionário Parágrafo único - A presente lista de doen-
técnico de outro Serviço subordinado ao DNPA, ças poderá ser alterada pelo Ministro da Agricul-
devidamente autorizados, os funcionários esta- tura mediante proposta do diretor da SDSA de
duais, de acordo com o disposto no artigo 35. acordo com o resultado dos estudos e investiga-
Parágrafo único - Quando procedentes ções científicas de quaisquer procedências.
do mesmo Estado ou de zonas onde não este- Art. 62 - Serão empregadas providências
jam grassando moléstias infecto-contagiosas, os equivalentes às mencionadas anteriormente,
animais serão examinados em local próximo às para quaisquer animais de qualquer espécie que
feiras antes de lhes ser permitida a entrada no ofereçam perigo de serem portadores de vírus das
recinto das mesmas. doenças de que trata o artigo anterior, ainda que
esses animais sejam refratários àquelas doenças.
61
CAPÍTULO VI Art. 63 - É obrigatório, por motivo de interes-
se da Defesa Sanitária Animal ou da Saúde Públi-
Profilaxia das Doenças ca, o sacrifício de todos os animais atacados das
Infecto-contagiosas seguintes zoonoses: mormo, raiva e pseudo-raiva,
tuberculose, salmonela pulorum, peste suína.
Art. 61 - São passíveis de aplicação das medi- Parágrafo único - Quando se tratar de peste
das de defesa sanitária animal, previstas no presen- bovina, peripneumonia contagiosa, para-tuber-
te Regulamento, as moléstias abaixo especificadas: culose ou qualquer doença infecto-contagiosa
A peste bovina - nos ruminantes; ainda não oficialmente reconhecida como exis-
A febre-aftosa - nos ruminantes e suínos; tente no país é obrigatório o sacrifício dos ani-
A raiva e a pseudo-raiva - nos mamíferos; mais atingidos e dos que forem necessários para
A tuberculose - nos bovinos, suínos e aves; a defesa dos rebanhos nacionais.
O carbúnculo hemático - nos ruminantes, Art. 64 - Os animais atacados ou suspeitos
suínos e eqüinos; de doenças contagiosas enumeradas no parágra-
O curbúnculo sintomático e peripneumonia fo único do artigo anterior e cujo sacrifício for
- nos bovinos; requisitado, serão abatidos perante duas teste-
As bruceloses - nos ruminantes, suínos e munhas idôneas, no prazo máximo de 24 horas,
eqüinos; a contar da chegada, às mãos do proprietário ou
detentor dos animais, da cópia da ordem de ma- a juízo da autoridade veterinária competente ou
tança, emanada do diretor do SDSA, ou de um do seu representante.
dos inspetores chefes das Inspetorias Regionais Art. 70 - No intuito de evitar a propagação
do mesmo Serviço. das piroplasmoses a anaplasmoses, o Governo
§ 1º - Quando o funcionário de Defesa Sani- Federal consoante o acordo que for estabelecido
tária Animal encontrar dificuldade para executar com os governos locais e quando as condições fi-
as medidas constantes do presente artigo requisi- nanceiras o permitirem, delimitará as zonas infes-
tará às autoridades federais apoio material para tadas e limpas de carrapatos e construirá banhei-
o cumprimento do seu dever. ros carrapaticidas nos pontos mais adequados.
§ 2º - Aos proprietários que criarem dificul- Art. 71 - As medidas de caráter especial,
dades para a execução do presente artigo serão relativas à profilaxia de cada moléstia contagio-
aplicadas multas de Cr$ 200,00 a Cr$ 1.000,00 sa serão estabelecidas em instruções aprovadas
duplicada na reincidência. pelo ministro da Agricultura.
Art. 65 - Não estão sujeitos às medidas Art. 72 - As doenças dos peixes, caça de pena
constantes dos artigos 2º e 3º os animais ataca- e de pêlo, previstas nos regulamentos do Serviço
dos ou suspeitos de doenças contagiosas que, de Caça e Pesca, serão notificados pelos funcio-
no interesse da ciência, sejam conservados nos nários do Serviço de Defesa Sanitária Animal, às
lazaretos e estabelecimentos de ensino ou em autoridades competentes.
Institutos Científicos.
Art. 66 - Se o proprietário de um animal, CAPÍTULO VII
cujo sacrifício se impuzer, contestar o diagnóstico
da doença poderá proceder de acordo com o dis- Assistência Veterinária
posto no parágrafo único do artigo 20.
Parágrafo único - Enquanto durarem as Art. 73 - Com fim de tornar mais eficiente
provas esclarecedoras, o animal será posto em o combate às moléstias infecto-contagiosas será
quarentena rigorosa e a propriedade ou local in- organizado um serviço de propaganda, divulga-
terditado, sem prejuízo de outras medidas profi- ção e educação sanitária pelo qual serão distri-
láticas aconselháveis a cada caso, correndo todas buídos, gratuitamente, folhetos, prospectos, car-
as despesas por conta do seu proprietário. tazes ou monografias e efetuadas conferências
Art. 67 - As autoridades municipais, esta- pelo seu pessoal técnico.
62
duais e federais competentes e os médicos ve- Art. 74 - O Serviço de Defesa Sanitária Ani-
terinários deverão indicar aos funcionários do mal, por intermédio do seu pessoal técnico, coo-
SDSA os estabelecimentos onde houver animal perará gratuitamente com os criadores, na assis-
atacado ou suspeito de uma das doenças especi- tência veterinária aos seus rebanhos.
ficadas no artigo 61 ou se verificar violação das § 1º - A assistência veterinária a que se re-
medidas de seqüestro, isolamento ou interdição, fere o presente artigo consistirá na vacinação e
prescritas no presente regulamento, ou ainda de revacinação dos rebanhos, identificação, pro-
quaisquer ordens expedidas no sentido de evitar filaxia e tratamento de moléstias contagiosas,
o contágio de tais doenças. infecto-contagiosas, parasitárias internas e ex-
Art. 68 - Ocorrendo em alguns dos meios de ternas;
transporte usuais qualquer caso de doença trans- § 2º - As vacinas e demais produtos bioló-
missível, o veículo, depois de desembarcados os gicos usados na vacinação e tratamento dos re-
animais, será submetido, no primeiro ponto de banhos serão adquiridos pelos criadores, sendo
inspeção sanitária, à mais completa desinfecção. inteiramente gratuita a aplicação pelos funcioná-
Art. 69 - Todo o animal que tiver de figu- rios do SDSA.
rar em exposição ou feira poderá ser detido em § 3º - Será também gratuito o transporte dos
observação, isolado e desinfetado nos portos, funcionários por estrada de ferro até o ponto
fronteiras, estações de embarque, estradas, etc., mais próximo às fazendas dos interessados, com-
petindo-lhes fornecer condução aos funcionários cional de Defesa Sanitária Animal o funcionário
desses pontos aos seus estabelecimentos. que for designado pelo ministro.
Art. 75 - Os pedidos de criadores para a Art. 78 - O Conselho Nacional de Defesa Sa-
verificação de doenças em animais serão obri- nitária Animal reunir-se-á em dia, hora e local
gatoriamente atendidos pela ordem de en- previamente determinados, sob a presidência
trada nas dependências do Serviço de Defesa do ministro ou, na sua ausência, do diretor ge-
Sanitária Animal. ral do DNPA, que nos seus impedimentos será
Parágrafo único - Quando se tratar de casos substituído pelo diretor do Serviço de Defesa Sa-
que pela sua natureza requeiram providencias nitária Animal.
imediatas, a juízo do diretor e dos inspetores Art. 79 - Todas as deliberações do Conselho
chefes, a estes será dada preferência. Nacional de Defesa Sanitária Animal serão toma-
das por maioria de votos dos membros presentes.
CAPÍTULO VIII Art. 80 - O Conselho se reunirá e deliberará
com a maioria de seus membros. Quando, po-
Do Conselho Nacional de Defesa rém, não se tratar de assunto urgente poderá ser
Sanitária Animal remetida aos membros ausentes à sessão, cópia
da ata para que estes emitam opinião sobre os
Art. 76 - Fica instituído, no Ministério da assuntos debatidos.
Agricultura, o Conselho Nacional de Defesa Sani- Parágrafo único - As decisões do Conselho
tária Animal, que tem por objetivo o seguinte: Nacional de Defesa Sanitária Animal serão publi-
a. estudar e propor ao ministro as medidas cados no Diário Oficial.
de defesa sanitária animal complementares ou Art. 81 - Quer as decisões tomadas na forma
previstas neste regulamento, bem assim outras do artigo 79, quer na do artigo 80, serão comu-
que se fizerem necessárias; nicadas aos funcionários encarregados de sua
b. manifestar-se sobre casos omissos e in- execução, por intermédio do diretor membro do
terpretações relativas à execução do presente Conselho, a que os mesmos estejam hierarquica-
regulamento; mente subordinados.
c. julgar em grau de recurso as penalidades
aplicadas por infração deste regulamento. CAPÍTULO IX
Art. 77 - O Conselho Nacional de Defesa Sa-
63
nitária Animal compor-se-á de membros perma- Disposições Gerais
nentes e consultivos.
§ 1º - Serão membros permanentes: Art. 82 - As funções técnicas atinentes à defe-
O ministro da Agricultura; sa sanitária animal e constantes deste regulamen-
O diretor geral do Departamento Nacional to serão exercidas pelo Serviço de Defesa Sanitária
da Produção Animal; Animal em todo o território da República.
O diretor do Serviço de Defesa Sanitária § 1º - O Serviço de Defesa Sanitária Animal
Animal; promoverá a mais estreita colaboração com os
O diretor do Serviço de Inspeção de Produtos demais serviços do DNPA na execução do presen-
de Origem Animal; te regulamento.
O diretor do Instituto de Biologia Animal. Art. 83 - Os funcionários encarregados da
§ 2º - Serão membros consultivos os demais execução do presente regulamento terão, me-
diretores, os presidentes das associações rurais do diante a apresentação da carteira de identidade
país, assistentes-chefe e os funcionários de reparti- funcional, livre acesso às propriedades rurais, es-
ções técnicas do Ministério da Agricultura, os quais tabelecimentos oficiais de criação, depósitos, ar-
só tomarão parte nas reuniões quando convocados mazéns, estações de estrada de ferro, aeroportos,
pelo Ministro, ou pelo presidente em exercício. bordo de navios atracados ou não, alfândegas ou
§ 3º - Servirá de secretário do Conselho Na- outro qualquer lugar onde possam existir ani-
mais ou despojos de animais a inspecionar. rios executados fora das horas de expediente,
Parágrafo único - Os referidos funcionários por solicitação expressa de particulares, os fun-
poderão requisitar o auxílio de força pública para cionários perceberão gratificações previamen-
as diligências que se fizerem necessárias na exe- te determinadas por portaria do ministro da
cução deste regulamento. Agricultura.
Art. 84 - Tornando-se necessário realizar al- Art. 86 - Os casos omissos do presente regu-
gum trabalho de caráter experimental, ou adqui- lamento ou que necessitarem de posteriores ins-
rir conhecimentos relacionados com os trabalhos truções serão resolvidos por portaria do ministro
que se realizam em outros estabelecimentos, fica da Agricultura, ouvido o Conselho Nacional de
o diretor do SDSA autorizado a solicitar a colabo- Defesa Sanitária Animal.
ração do chefe desses estabelecimentos. Art. 87 - O presente regulamento entrará em
Art. 85 - No caso de trabalhos extraordiná- vigor na data de sua publicação.

JUAREZ DO NASCIMENTO FERNANDES TÁVORA

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

DECRETO-LEI Nº 818, DE 5 DE SETEMBRO DE 1969


Publicado no Diário Oficial da União de 08/09/1969, Seção 1, Página 7569

Dispõe sobre a aceitação, pelo Ministério da Agricultura, para fins relacionados com a
Defesa Sanitária Animal, de atestados firmados por médico veterinário sem vínculo com o
Serviço Público e dá outras providências.
64

DECRETO LEI Nº 8.911, DE 24 DE JANEIRO DE 1946


Publicado no Diário Oficial da União de 30/01/1946, Seção 1 , Página 1511

Dispõe sobre a execução dos serviços de limpeza e desinfecção dos meios de transportes
utilizados na locomoção de animais vivos e dá outras providências

PORTARIA Nº 24, DE 28 DE NOVEMBRO DE 1977


Publicada no Diário Oficial da União de 16/12/1977, Seção 1, Página 17314

Regulamenta o credenciamento dos médicos veterinários sem vinculo com o serviço


público.
PORTARIA Nº 9, DE 8 DE JANEIRO DE 1970
Publicada no Diário Oficial da União de 13/01/1970, Seção 1, Página 250

Aprova as Normas reguladoras da aceitação, pelo Ministério da Agricultura, de atestados


zôo-sanitários firmados por Médicos Veterinários sem vínculo com o serviço público.

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

PORTARIA Nº 45, DE 22 DE MARÇO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 23/03/2007, Seção 1, Página 6

Aprova o Regimento Interno da Secretaria de Defesa Agropecuária, na forma do Anexo à


presente Portaria.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, cretaria de Defesa Agropecuária, na forma do


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição Anexo à presente Portaria.
que lhe confere o art. 4º, do Decreto nº 5.351, de 21 Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data
de janeiro de 2005, e tendo em vista o que consta de sua publicação.
do Processo nº 21000.008272/2005-41, resolve: Art. 3º Fica revogada a Portaria nº 574, de 8
Art. 1º Aprovar o Regimento Interno da Se- de dezembro de 1998.

LUÍS CARLOS GUEDES PINTO 65


parte II

Programas de Defesa
Sanitária Animal
PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E
PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA

LEI No 11.515, DE 28 DE AGOSTO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 28/08/2007, Seção 1 , Página 01

Altera dispositivos da Lei no 569, de 21 de dezembro de 1948, que estabelece medidas de


defesa sanitária animal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber (cento e cinqüenta quilômetros) de largura ao


que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono longo das fronteiras terrestres, designada como
a seguinte Lei: faixa de fronteira, e os sacrifícios decorrerem da
Art. 1º Os arts. 6o e 7o da Lei no 569, de 21 de aplicação de medidas sanitárias de combate ou
dezembro de 1948, passam a vigorar com as se- erradicação da febre aftosa, a integralidade da
guintes alterações, renumerando-se o parágrafo indenização poderá ser arcada pela União.” (NR)
único do art. 6o para § 1o: “Art. 7º O direito de pleitear a indenização
“Art. 6º ............................................................. prescreverá em 180 (cento e oitenta) dias, conta-
66
§ 1º .................................................................. dos da data em que for sacrificado o animal ou
§ 2º Na hipótese do § 1o deste artigo, se os destruída a coisa.” (NR)
animais que vierem a ser sacrificados estiverem Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua
em propriedades localizadas na faixa de 150 Km publicação.

Brasília, 28 de agosto de 2007; 186º da Independência e 119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Reinhold Stephanes
Paulo Bernardo Silva

PORTARIA Nº 4, DE 21 DE JANEIRO DE 2000


Publicada no Diário Oficial da União de 25/02/2000, Seção 1, Página 12
Altera o Anexo I do art. 5º da Portaria nº 50, de 19 de maio de 1996.
O SECRETARIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, nº 574, de 8 de dezembro de 1998, resolve:
DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTE-
CIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere Art. 1º Alterar o Anexo I do art. 5º da Portaria
o Artigo 83, item IV, do Regimento Interno des- nº 50, de 19 de maio de 1996, que passa a vigorar
ta Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial com a seguinte redação:

ANEXO I

CLASSIFICAÇÃO DE NIVEIS DE RISCO POR FEBRE AFTOSA

BR-D BR-1 BR-2 BR-3 BR-4 BR-N


NÍVEL
RISCO RISCO BAIXO MÉDIO ALTO RISCO NÃO
DE RISCO
DESPREZÍVEL MÍNIMO RISCO RISCO RISCO CONHECIDO
Programa
Prevenção/ Prevenção/ Controle
Prevenção Erradicação Erradicação Nenhum
Erradicação Erradicação Limitado
Controle
Área territorial Total ou
Total Total Total Total Nenhuma
sob Programa parcial
Situação da BR-D ou BR-2 ou BR-3 ou
BR-1, BR-2 NR-N -
vizinhança BR-1 BR-3* BR-4
Sistema de Inexistente
Regular ou
Atenção Bom Bom Bom Bom ou
Deficiente
Veterinária deficiente
Inexistente
Sistema de Regular ou
Bom Bom Bom Bom ou
Vigilância Deficiente
deficiente
Ausente por Ausente Ausente
Ocorrência de Baixa ou Alta ou Não
mais de 5 por mais de 01 02
casos clínicos Ausente desconhecida conhecida
anos de 3 anos anos
Cobertura
Não > 90% > 90% = ou > 80% < 80% Muito Baixa
vacinal 67
Não
Atividade Viral Não Não Não Sim Sim
conhecida
Biossegurança
para
Sim Sim Sim Não Não Não
manipulação
viral
Proibição/
restrição ao Sim Sim Sim Sim Não Não
ingresso
Fiscalização
do ingresso de Sim Sim Sim Regular Deficiente Não
animais
Participação Regular ou
Boa Boa Boa Boa Inexistente
Comunitária inexistente
* Barreira Natural ou Proibição/restrição ao ingresso de animais e produtos.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA


PORTARIA Nº 50, DE 19 DE MAIO DE 1997
Publicada no Diário Oficial da União de 23/05/1997, Seção 1, Página 10760

Alterada pela Portaria nº 4 de 21/01/2000

Aprova os critérios técnicos para a classificação dos níveis de risco por febre aftosa das
Unidades da Federação

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no e) Sistema de vigilância sanitária;


uso da atribuição que lhe confere o art. 83 do Re- f) Ocorrência de casos clínicos de febre aftosa;
gimento Interno da Secretaria, aprovado pela Por- g) Nível de cobertura vacinal;
taria Ministerial n° 319, de 6 de maio de 1996, h) Ausência/presença de atividade viral;
Tendo em vista a necessidade de se implan- i) Biossegurança para manipulação viral;
tar instrumentos adequados para o planejamento j) Proibição I Restrição do ingresso de animais;
das ações do Programa Nacional de Erradicação k) Fiscalização do ingresso de animais e
da Febre Aftosa (PNEFA) nas diversas Unidades da produtos;
Federação, objetivando a manter ou melhorar a I) Nível de participação comunitária;
situação sanitária alcançada;  Art. 2° Estabelecer seis níveis de risco deno-
Considerando que a análise de risco, segundo minados BR-D ou risco desprezível, BR-1 ou risco
os princípios definidos no Acordo sobre a Aplicação mínimo, BR-2 ou baixo risco, BR-3 ou médio ris-
de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organiza- co, BR-4 ou alto risco e BR-N ou risco não conhe-
ção Mundial do Comércio (OMC) e no Código Zoos- cido ou não classificado, onde o risco desprezível
sanitário Internacional do Escritório Internacional representa o menor risco de transmissão da febre
de Epizootias (OIE), é o método mais adequado aftosa e os níveis subseqüentes representam au-
para definir as regras zoossanitárias para o comér- mento gradativo do risco.
cio de animais e produtos de origem animal; Art. 3° A avaliação de cada Unidade da Fede-
Considerando que as estratégias de regiona- ração e sua classificação segundo o nível de risco
68 lização das ações estabeleci das para a erradica- que representa será realizada pelo Departamento
ção da febre aftosa estão coerentes com os cri- de Defesa Animal desta Secretaria e deve expres-
térios técnicos para zonificação e regionalização sar a qualidade e a capacidade técnico-operacio-
definidos no Código Zoossanitário Internacional; nal dos seus serviços veterinários e a sua situação
Considerando que é necessário se estabele- sanitária em relação à febre aftosa
cer normas e procedimentos zoossanitários para Parágrafo Único. A classificação é dinâmica e
o movimento de animais vivos e produtos de ori- pode ser alterada sempre que a situação de ris-
gem animal que possam veicular o vírus da febre co seja modificada pela presença da doença ou
aftosa entre as Unidades da Federação segundo pela alteração de qualquer dos fatores de risco
os níveis de risco que representam, resolve: considerados.
 Art. 1° Aprovar os critérios técnicos para a Art. 4°. O planejamento das ações sanitá-
classificação dos níveis de risco por febre aftosa rias para a erradicação da febre aftosa e a de-
das Unidades da Federação, segundo os indica- finição das normas para a movimentação inte-
dores ou fatores de risco a seguir indicados: restadual de animais suscetíveis à febre aftosa
a) Fase do Programa: prevenção, erradicação e seus produtos e subprodutos, assim como os
ou controle; procedimentos a serem adotados para a redu-
b) Área geográfica incluída no PNEFA; ção do risco de difusão do vírus da febre aftosa
c) Situação sanitária das áreas vizinhas; entre as diversas Unidades da Federação, devem
d) Sistema de atenção veterinária; estar baseados na classificação de risco efetua-
da pelo Departamento de Defesa Animal. Sistema de Atenção Veterinária;
Art. 5°. Aprovar as tabelas anexas: Anexo III - Critérios para Classificação do Sis-
Anexo I - Classificação de Risco por Febre tema de Vigilância Sanitária.
Aftosa; Art.6°. Esta Portaria entra em vigor na data
Anexo II - Critérios para Classificação do de sua publicação
                                            
ENIO ANTONIO MARQUES PEREIRA.

ANEXO I

CLASSIFICAÇÃO DE NIVEIS DE RISCO POR FEBRE AFTOSA


Alterado pela Portaria nº 4 de 21/01/2000

ANEXO II

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO VETERINÁRIA

Nº. de Médicos Veterinários


RECURSOS HUMANOS Nº. de Auxiliares Técnicos
Nº. de Auxiliares Administrativos
Outras categorias
Situação funcional
Plano de cargos e salários
POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS
Treinamento
Motivação
Nº. de Escritórios Regionais
CAPILARIDADE Nº. de Escritórios Locais
Nº. de veículos
69
Média de idade
VEÍCULOS
Conservação
Nº. de Associações estaduais
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
Nº. de Associações locais
Quantidade suficiente
RECURSOS FINANCEIROS
Oportunidade
LEGISTAÇÃO Atualizada
Para atendimento a focos
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
De escritório
Pronto atendimento
CAPACIDADE DE MOBILIZAÇÃO Agilidade na mobilização
FRENTE A EMERGÊNCIAS de recursos humanos, físicos
e financeiros

EDUCAÇÃO SANITÁRIA ­—
ANEXO III

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

CADASTRAMENTO DE ESTABELECIMENTOS % de estabelecimentos cadastrados


Nº. de postos fixos
CONTROLE DE INGRESSO DE ANIMAIS
Nº. de postos móveis
Nº de rodovias de acesso
Nº. de postos móveis
CONTROLE DE TRÂNSITO INTERNO
Nº. de GTA expedidas

FISCALIZAÇÃO DE VACINAÇÃO % de propriedades fiscalizadas


Nº. de autos de infração emitidos
% de notificações efetuadas pelo
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA proprietário
Nº. de Associações locais
Nº. de casas comerciais controladas
FISCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO DE VACINAS
Nº. de doses de vacinas comercializadas
COLETA DE MATERIAL % de coleta
Telefone
Fax
COMUNICAÇÃO
Computadores
Rádio
Presença do serviço veterinário
CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES
Ações de fiscalização e controle
E OUTRAS AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS
Limpeza e desinfecção
70
Intervados
Interdição
Rastreamento
ATENÇÃO A FOCOS Desinfecção
Vacinação perifocal
Sacrifício
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 63, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008
Publicada no Diário Oficial da União de 18/12/2008, Seção 1, Página 48

Aprova as Diretrizes para Execução do Sistema de Vigilância Veterinária nas Zonas de Alta Vi-
gilância de Febre Aftosa (ZAVs) implantadas nas Regiões de Fronteira entre Mato Grosso do Sul
e as Repúblicas do Paraguai e da Bolívia, na forma do Anexo à presente Instrução Normativa.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, rinária definidas nos manuais técnicos elabora-


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribui- dos pela Secretaria de Defesa Agropecuária, por
ções que lhe confere o art. 87, parágrafo único, meio do Departamento de Saúde Animal, e nas
inciso II, da Constituição, tendo em vista o dispos- diretrizes específicas aprovadas nesta Instrução-
to no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, Normativa.
no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária § 4º As propriedades rurais, produtores e
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de explorações pecuárias com animais susceptíveis
julho de 1934, na Instrução Normativa nº 44, de à febre aftosa localizados nas ZAVs deverão ter
2 de outubro de 2007, e o que consta do Processo identificação específica no sistema de cadastro e
nº 21000.010691/2008-95, resolve: informação do serviço veterinário estadual, que
Art. 1º Aprovar as Diretrizes para Execução deverá mantê-las atualizadas, disponibilizando-
do Sistema de Vigilância Veterinária nas Zonas de as, quando de interesse para as ações de sanida-
Alta Vigilância de Febre Aftosa (ZAVs) implantadas de animal, aos serviços veterinários oficiais das
nas Regiões de Fronteira entre Mato Grosso do Sul demais Unidades da Federação e das Repúblicas
e as Repúblicas do Paraguai e da Bolívia, na forma do Paraguai e da Bolívia.
do Anexo à presente Instrução Normativa. § 5º O sistema de identificação individu-
§ 1º As ZAVs referidas no caput deste artigo al especificado no § 4º deste artigo é de caráter
compreendem uma faixa territorial de, aproxi- obrigatório e deverá ser implantado e controlado
madamente, 15 km de largura que se estende pe- pelo serviço veterinário estadual que, com base
los Municípios de Porto Murtinho, Caracol, Bela em avaliação técnica, poderá empregar outros
Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Co- sistemas existentes desde que não haja prejuí-
71
ronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Japorã, zo dos controles e dos procedimentos sanitários
Mundo Novo, Corumbá e Ladário, no Estado do adotados nas ZAVs.
Mato Grosso do Sul. § 6º Propriedades rurais alcançadas pelas
§ 2º Os limites das ZAVs deverão ser estabe- ZAVs e próximas aos seus limites geográficos de-
lecidos tendo como referência os limites geográ- verão ser nela integralmente incluídas.
ficos das propriedades rurais localizadas numa Art. 2º Autorizar a Secretaria de Defesa Agro-
faixa de, aproximadamente, 15 km de extensão a pecuária a emitir normas complementares, de
partir da fronteira, sendo constituídos, preferen- acordo com a evolução dos trabalhos nas Zonas
cialmente, por barreiras naturais ou, na ausência de Alta Vigilância implantadas nas regiões de
dessas, por elementos específicos que facilitem a fronteira entre Mato Grosso do Sul e as Repúbli-
identificação de suas divisas e permitam melhor cas do Paraguai e da Bolívia.
controle das explorações pecuárias e das ações Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
de vigilância veterinária. vigor na data de sua publicação.
§ 3º O serviço veterinário estadual tem a res- Art. 4º Ficam revogadas as Instruções Nor-
ponsabilidade de definir os limites geográficos mativas SDA nº 06, de 19 de fevereiro de 2008, e
das ZAVs e executar as ações de vigilância vete- nº 19, de 14 de abril de 2008.

REINHOLD STEPHANES
ANEXO

DIRETRIZES PARA EXECUÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA VETERINÁRIA NAS ZONAS DE ALTA


VIGILÂNCIA DE FEBRE AFTOSA (ZAVs) IMPLANTADAS NAS REGIÕES DE FRONTEIRA ENTRE MATO
GROSSO DO SUL E AS REPÚBLICAS DO PARAGUAI E DA BOLÍVIA

Art. 1º As ações de vigilância veterinária exe- Latitude - 21.9997 e Longitude - 57.0176;


cutadas nas Zonas de Alta Vigilância de Febre Af- IX - Município de Japorã, Rodovia MS 386, La-
tosa (ZAVs) deverão seguir as orientações gerais titude - 23.7566 e Longitude - 54.5882;
estabelecidas pelo MAPA, incluindo as ações espe- X - Município de Tacuru, Rodovia MS 295, Lati-
cíficas estabelecidas nesta Instrução Normativa. tude - 23.6584 e Longitude - 54.9095;
Art. 2º O serviço veterinário estadual deverá XI - Município de Mundo Novo, Rodovia BR
manter estrutura compatível com as ações de vigi- 163, Latitude - 24.0048 e Longitude - 54.3121;
lância veterinária, considerando a implantação e XII - Município de Eldorado, Rodovia BR 163,
manutenção nas ZAVs de: Latitude - 23.7922 e Longitude - 54.2821;
I - uma unidade veterinária local em cada XIII - Município de Paranhos, Rodovia MS 295,
município; Latitude - 23.7413 e Longitude - 55.2526;
II - lotação permanente de, pelo menos, dois XIV - Município de Paranhos, Rodovia MS 165,
médicos veterinários por unidade Latitude - 23.6489 e Longitude - 55.3909;
veterinária local; XV - Município de Ponta Porã, Rodovia MS
III - postos fixos de fiscalização em vias de 164, Latitude - 21.977 e Longitude - 55.5453;
acesso; XVI - Município de Ponta Porã, Rodovia MS
IV - equipes móveis de fiscalização; 386, Latitude - 22.6889 e Longitude - 55.6076;
V - mapas cartográficos impressos e em meio XVII - Município de Ponta Porã, Rodovia BR
eletrônico, com os limites e com a identificação de 463, Latitude -22.3658 e Longitude - 55.3356;
todas as propriedades rurais existentes nas ZAVs, XVIII - Município de Porto Murtinho, Rodovia
que deverão estar disponíveis em todos os escritó- BR 267, Latitude - 21.7465 e Longitude -57.5611;
rios de atendimento à comunidade; e XIX - Município de Jardim, Rodovia BR 267,
VI - adequada estrutura de comunicação e Latitude - 21.5521 e Longitude - 56.6048;
72 deslocamento. XX - Município de Sete Quedas, Rodovia MS
§ 1º Os postos fixos de fiscalização serão im- 160, Latitude - 23.9609 e Longitude - 55.0038;
plantados nas seguintes localizações: XXI - Município de Tacuru, Rodovia MS 160 ,
I - Município de Amambai, Rodovia MS 289, Latitude - 23.8020 e Longitude - 55.0369;
Latitude - 23.1983 e Longitude - 55.2939; XXII - Município de Corumbá, Estrada do Jaca-
II - Município de Amambai, Rodovia MS 485, digo, Latitude - 19,0994 e Longitude - 57,8134;
Latitude - 23.1030 e Longitude - 55.2643; XXIII - Município de Corumbá, entrada do As-
III - Município de Antônio João, Rodovia MS sentamento Urucum, Latitude - 19,1633 e Longitu-
384, Latitude - 22.1133 e Longitude - 56.1664; de -57,6356; e
IV - Município de Antônio João, Rodovia MS XXIV - Município de Corumbá, Forte Coimbra,
384, Latitude - 22.2784 e Longitude - 55.8439; Latitude - 19,3218 e Longitude - 57,5876.
V - Município de Aral Moreira, Rodovia MS § 2º Qualquer alteração na relação dos postos
386, Latitude - 22.8165 e Longitude - 55.3624; fixos, apresentada no § 1º deste artigo, somente
VI - Município de Bela Vista, Rodovia BR 060, poderá ocorrer com aprovação da Secretaria de
Latitude - 22.0294 e Longitude - 56.5156; Defesa Agropecuária, após análise de parecer téc-
VII - Município de Bonito, Rodovia MS 382, La- nico emitido pelo serviço veterinário estadual.
titude - 21.0627 e Longitude - 56.7319; Art. 3º O serviço veterinário estadual deverá
VIII - Município de Caracol, Rodovia BR 384, implantar e manter atualizado nas ZAVs, sem pre-
juízo das demais normas e orientações referentes aftosa ou outra classificação de risco semelhante
ao Programa Nacional de Erradicação e Prevenção que venha a ser adotada pelo MAPA, previstos nos
da Febre Aftosa (PNEFA): Capítulos VI e VII, da Instrução Normativa nº 44, de
I - cadastro georreferenciado de todas as 2 de outubro de 2007, de acordo com a condição
propriedades rurais com animais susceptíveis à sanitária no destino.
febre aftosa; § 1º A maturação e desossa para carne bovina
II - identificação individual de longa duração, e procedimentos para inativação do vírus da febre
específica do serviço veterinário estadual, para aftosa para miúdos e vísceras ficam dispensados,
aplicação em todos os bovinos, bubalinos e peque- quando procedentes de estabelecimento com Ser-
nos ruminantes; e viço de Inspeção Federal; fica mantida a exigência
III - sistema de fiscalização e acompanhamen- do caput deste artigo quando o destino for zona
to oficial da vacinação contra a febre aftosa. livre de febre aftosa sem vacinação.
§ 1º Nas ZAVs deverá ser implantado sistema § 2º Os testes sorológicos para movimenta-
específico de monitoramento e vigilância veteriná- ção de animais, a critério da Secretaria de Defesa
ria, de acordo com as orientações do PNEFA. Agropecuária, poderão ser substituídos por outros
§ 2º Os registros referentes ao cadastro das procedimentos de vigilância capazes de garantir
propriedades rurais, produtores rurais, explorações a proteção da condição sanitária no destino dos
pecuárias, à identificação individual dos animais e animais.
à movimentação animal deverão ser mantidos nas § 3º Independentemente do destino dos ani-
unidades veterinárias locais do serviço veterinário mais ou produtos de origem animal, os veículos
estadual para consulta e verificação durante su- transportadores deverão ter a carga oficialmente
pervisões e auditorias. lacrada e cumprir rotas estabelecidas pelo serviço
§ 3º A vacinação sistemática contra a febre veterinário estadual, incluindo, obrigatoriamente,
aftosa de bovinos e bubalinos deverá considerar a passagem por um dos postos fixos relacionados
as orientações gerais estabelecidas pela Instrução no art. 2º, deste Anexo.
Normativa nº 44, de 2 de outubro de 2007, e ser § 4º As guias de trânsito animal (GTAs) emiti-
realizada em consonância com o serviço veteriná- das para o trânsito de bovinos, bubalinos ou pe-
rio oficial dos países fronteiriços envolvidos, com quenos ruminantes para egresso das ZAVs deverão
aprovação pela Secretaria de Defesa Agropecuária. estar acompanhadas da relação individual dos ani-
§ 4º Nas regiões de fronteira entre Corumbá e mais movimentados.
73
as Repúblicas do Paraguai e da Bolívia, nos trechos § 5º O período de quarentena na origem fica
localizados entre o marco geográfico 19°15’00,22” dispensado para bovinos destinados ao abate
S e 57º53’09,26” W e a divisa com o Município de imediato e reduzido a quinze dias nas proprieda-
Porto Murtinho e entre a sede de Corumbá e a des que não registrarem ingresso de animais sus-
divisa com o Estado do Mato Grosso não haverá ceptíveis à febre aftosa nos trinta dias anteriores
necessidade de implantação das ZAVs, devido às à movimentação.
condições geográficas predominantes, à baixa con- Art. 5º Animais susceptíveis somente poderão
centração animal e à reduzida disponibilidade de ingressar nas ZAVs após autorização prévia do ser-
rede viária; entretanto, as propriedades rurais lo- viço veterinário estadual, devendo ser incluídos
calizadas na área delimitada por este artigo deve- imediatamente no sistema de cadastro e identifi-
rão ser submetidas à vigilância específica por parte cação individual empregado na referida zona de
do serviço veterinário estadual, incluindo o acom- destino.
panhamento da vacinação contra a febre aftosa. Parágrafo único. O ingresso de que trata o
Art. 4º O trânsito e o comércio de animais e presente artigo somente poderá ocorrer por meio
produtos de origem animal de risco para febre af- de rotas estabelecidas pelo serviço veterinário es-
tosa, com origem nas ZAVs, deverão considerar os tadual, devendo incluir, obrigatoriamente, a pas-
mesmos requisitos exigidos para regiões de origem sagem por um dos postos fixos relacionados no art.
classificadas como BR-3 (risco médio) para febre 2º deste Anexo.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2007
Publicada no Diário Oficial da União de 26/11/2007, Seção 1, Página 16
Republicação 27/11/2007

Reconhece e consolida a situação sanitária das vinte e sete Unidades da Federação com
respeito à febre aftosa.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, mais casos de febre aftosa em qualquer das áre-
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atri- as consideradas livres da doença implica a sus-
buições que lhe confere o art. 2º do Decreto nº pensão temporária da situação vigente.
5.741, de 30 de março de 2006, tendo em vista § 1º. A suspensão poderá incluir apenas
o disposto no art. 71 do Regulamento do Servi- parte da área livre, no caso de surto limitado
ço de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo e quando for possível estabelecer uma zona de
Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934, e o contenção que agrupe todos os casos, com o fim
que consta do Processo nº 21000.010424/2007- de reduzir ao mínimo o impacto da doença.
37, resolve: § 2º. A situação sanitária anterior será res-
Art. 1º Reconhecer e consolidar a situação tituída uma vez aplicadas as medidas sanitárias
sanitária das vinte e sete Unidades da Federação recomendadas, respeitando-se os prazos míni-
com respeito à febre aftosa, conforme constante mos estabelecidos para cada caso.
no anexo desta Instrução Normativa. Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 2º O eventual aparecimento de um ou vigor na data de sua publicação.

REINHOLD STEPHANES

74
ANEXO

SITUAÇÃO SANITÁRIA DO BRASIL COM RESPEITO À FEBRE AFTOSA


2007

Situação sanitária Unidade da Último registro de Notas Ato de Reconhecimento


Federação (UF) febre aftosa

Livre de febre aftosa Santa Catarina Dezembro de 1993 Todo o território Portaria MAPA 153/2000
sem vacinação

Acre junho de 1999 Todo o território IN MAPA nº 14/2005


Municípios de Boca do
Amazonas Setembro de 2004 IN MAPA nº 14/2005
Acre e Guajará
Bahia Maio de 1997 Todo o território* IN MAPA nº 14/2005
Distrito Federal Maio de 1993 Todo o território Portaria MAPA nº 618/1999
Espírito Santo Abril de 1996 Todo o território IN MAPA nº 14/2005
Goiás Agosto de 1995 Todo o território Portaria MAPA nº 618/1999
Mato Grosso Janeiro de 1996 Todo o território Portaria MAPA nº 618/1999
Livre de febre Mato Grosso do Sul Abril de 2006 Todo o território IN MAPA nº 39/2007
aftosa com Minas Gerais Maio de 1996 Todo o território Portaria MAPA nº 618/1999
vacinação
Região Centro-sul.
Pará Junho de 2004 Municípios relacionados Portaria MAPA nº 43/2006
na Portaria nº 43/2006
Paraná Fevereiro de 2006 Todo o território IN MAPA nº 61/2006
Rio de Janeiro Março de 1997 Todo o território IN MAPA nº 14/2005
Rio Grande do Sul Maio de 2001 Todo o território IN MAPA nº 14/2005
Rondônia Fevereiro de 1999 Todo o território* Portaria MAPA nº 543/2002
São Paulo Março de 1996 Todo o território Portaria MAPA nº 618/1999
Sergipe Setembro de 1995 Todo o território IN MAPA nº 14/2005
Tocantins Maio de 1997 Todo o território* IN MAPA nº 14/2005

Alagoas Setembro de 1999 Todo o território Sem reconhecimento


75
Amapá Outubro de 1999 Todo o território Sem reconhecimento
Amazonas Setembro fr 2004 Exceto os Municípios de Sem reconhecimento
Boca do Acre e Guajará
UF’s que não Ceará Abril de 1997 Todo o território Sem reconhecimento
reúnem as
condições Maranhão Agosto de 2001 Todo o território Sem reconhecimento
necessárias para Pará Junho de 2004 Região Norte. Sem reconhecimento
serem incluídas Municípios não
em uma das incluídos na IN SDA nº
duas situações 25/2007
anteriores
Paraíba Outubro de 2000 Todo o território Sem reconhecimento
Pernambuco Fevereiro de 1998 Todo o território Sem reconhecimento
Piauí Fevereiro de 1997 Todo o território Sem reconhecimento
Rio Grande do Norte Agosto de 2000 Todo o terrirório Sem reconhecimento
Roraima Junho de 2001 Todo o território Sem reconhecimento
* Exceto zona tampão
INSTRUÇÃO NORMATIVA No 44, DE 2 DE OUTUBRO DE 2007
Publicada no Diário Oficial da União de 03/10/2007, Seção 1, Página 2

Aprova as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa, constante do


Anexo I, e os Anexos II, III e IV, desta Instrução Normativa, a serem observados em todo
o Território Nacional, com vistas à implementação do Programa Nacional de Erradicação
e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), conforme o estabelecido pelo Sistema Unificado de
Atenção à Sanidade Agropecuária.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atri- Art. 2o Esta Instrução Normativa entra em
buições que lhe confere o art. 2o, do Decreto no vigor na data de sua publicação.
5.741, de 30 de março de 2006, tendo em vista Art. 3o Ficam revogadas a Portaria SDSA no
o disposto no anexo do citado Decreto, nos arts. 11, de 3 de novembro de 1983, a Portaria Minis-
10 e 71 do Regulamento do Serviço de Defesa Sa- terial no 121, de 29 de março de 1993, a Porta-
nitária Animal, aprovado pelo Decreto no 24.548, ria SDA no 185, de 1o de dezembro de 1993, as
de 3 de julho de 1934, e o que consta do Processo alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’, ‘d’, ‘e’, do inciso I, do art. 11,
no 21000.004530/2007-81, resolve: da Portaria no 162, de 18 de outubro de 1994,
Art. 1o Aprovar as diretrizes gerais para a Erra- a Portaria no 82, de 28 de junho de 1996, a Ins-
dicação e a Prevenção da Febre Aftosa, constante do trução Normativa SDA no 11, de 13 de março de
Anexo I, e os Anexos II, III e IV, desta Instrução Nor- 2001, a Instrução Normativa SDA no 47, de 26 de
mativa, a serem observados em todo o Território setembro de 2001, a Instrução Normativa SDA no
Nacional, com vistas à implementação do Progra- 5, de 17 de janeiro de 2003, a Portaria no 40, de
ma Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre 14 de julho de 2003, e a Instrução Normativa SDA
Aftosa (PNEFA), conforme o estabelecido pelo Siste- no 82, de 20 de novembro de 2003.

REINHOLD STEPHANES

76
ANEXO I

DIRETRIZES GERAIS PARA A ERRADICAÇÃO E A PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA

CAPÍTULO I ovinos, caprinos, suínos, ruminantes silvestres


e outros nos quais a infecção foi demonstrada
DEFINIÇÕES cientificamente;
II - área de proteção sanitária: área geográfi-
Art. 1º O Programa Nacional de Erradicação ca estabelecida em torno dos focos de febre afto-
e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) emprega as sa, de acordo com a estratégia para contenção e
definições técnicas e científicas estabelecidas por eliminação do agente infeccioso. A definição dos
órgãos e instituições internacionais dos quais o seus limites geográficos é de responsabilidade do
País é membro signatário, em especial a Organi- serviço veterinário oficial, levando em considera-
zação Mundial de Saúde Animal (OIE). ção as características epidemiológicas da doença,
Parágrafo único. Para fins desta Instrução os sistemas de produção pecuária predominan-
Normativa, consideram-se as seguintes definições: tes, a estrutura de comunicação e de rede viária
I - animais susceptíveis: bovinos, bubalinos, disponível e a presença de barreiras naturais ca-
pazes de impedir a disseminação da doença. Sua b) amostras de soro sangüíneo, de sangue
implantação deve ser realizada por meio de ato total ou de qualquer material infeccioso;
específico que deverá incluir as ações sanitárias c) excreta, tecido, órgão e qualquer outro
a serem executadas. A área de proteção sanitária material que se envie a laboratório especializado,
deverá abranger: para fins de diagnóstico;
a) área perifocal: área imediatamente circun- VI - miúdos in natura: órgãos e vísceras de
vizinha ao foco de febre aftosa, compreendendo, animais susceptíveis, não submetidos a quais-
pelo menos, as propriedades rurais adjacentes ao quer tratamentos físicos ou químicos;
mesmo. Como apoio à sua delimitação, pode ser VII - Plano de Contingência: documento
empregado um raio de três quilômetros traçado a que estabelece os princípios, estratégias, proce-
partir dos limites geográficos do foco confirmado; dimentos e responsabilidades em caso de uma
b) área de vigilância: área imediatamente emergência veterinária, com o intuito de treinar,
circunvizinha à área perifocal. Como apoio à sua organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformi-
delimitação, podem ser consideradas as proprie- zar as ações necessárias à resposta rápida para o
dades rurais localizadas até sete quilômetros dos controle e eliminação da doença;
limites da área perifocal; e VIII - Plano de Ação: parte do plano de con-
c) área tampão: área imediatamente circun- tingência que inclui os procedimentos específicos
vizinha à área de vigilância, representando os li- para investigação de casos suspeitos de doença
mites da área de proteção sanitária. Como apoio vesicular e atuação durante ocorrência de focos
à sua delimitação, podem ser consideradas as de febre aftosa;
propriedades rurais localizadas até quinze quilô- IX - sacrifício sanitário: eliminação de todos
metros dos limites da área de vigilância; os animais que representam risco para difusão
III - doença vesicular infecciosa: conjunto de ou manutenção de agente biológico, segundo
doenças transmissíveis caracterizadas, principal- avaliação epidemiológica do serviço veterinário
mente, por febre e pela síndrome de claudicação oficial, seguida de destruição das carcaças por
e sialorréia, decorrente de vesículas ou lesões incineração, enterramento ou qualquer outro
vesiculares nas regiões da boca, focinho ou pa- processo que garanta a eliminação do agente
tas, podendo também ser encontradas na região infeccioso e impeça a propagação da infecção,
do úbere. Nessa categoria estão a febre aftosa e acompanhada de limpeza e desinfecção;
a estomatite vesicular, além de outras doenças X - serviço veterinário oficial: instituição pú-
77
confundíveis, que podem apresentar lesões ulce- blica de defesa sanitária animal;
rativas ou erosivas durante sua evolução clínica; XI - sistema de emergência veterinária: con-
IV - emergência veterinária: condição cau- junto de recursos, estruturas e procedimentos,
sada por focos de doenças com potencial epidê- organizado com o objetivo de desenvolver a ca-
mico para produzir graves conseqüências sanitá- pacidade de detecção rápida e pronta reação na
rias, sociais e econômicas, que comprometem o ocorrência de doenças, visando a seu controle
comércio nacional e internacional, a segurança ou erradicação. Inclui a elaboração de planos de
alimentar ou a saúde pública, e que exigem contingência e de ação;
ações imediatas para seu controle ou eliminação, XII - tipos de casos na investigação de doen-
visando ao restabelecimento da condição sanitá- ças vesiculares:
ria anterior, dentro do menor espaço de tempo e a) caso suspeito de doença vesicular: notifica-
com o melhor custo-benefício; ção apresentada por terceiros ao serviço veteriná-
V - material patogênico: material de risco rio oficial indicando a possibilidade de existência
biológico para febre aftosa, colhido de casos con- de um ou mais animais apresentando sinais clíni-
firmados de doença vesicular infecciosa ou de cos compatíveis com doença vesicular infecciosa;
qualquer animal susceptível à febre aftosa locali- b) caso confirmado de doença vesicular:
zado em zona infectada, incluindo: constatação pelo serviço veterinário oficial de
a) amostras de vírus da febre aftosa; animais apresentando sinais clínicos compatíveis
com doença vesicular infecciosa, exigindo ado- tuição de uma unidade epidemiológica é de res-
ção imediata de medidas de biossegurança e de ponsabilidade do serviço veterinário oficial, que
providências para o diagnóstico laboratorial; deve se fundamentar em análises técnicas e ava-
c) caso descartado de doença vesicular: todo liações de campo. No caso de envolver mais de
caso suspeito de doença vesicular investigado pelo uma propriedade rural, deverá ser considerada a
serviço veterinário oficial cujos sinais clínicos não existência de contigüidade geográfica;
são compatíveis com doença vesicular infecciosa; XIV - vínculo epidemiológico: termo em-
d) caso ou foco de febre aftosa: registro, em pregado para estabelecer a possibilidade de
uma unidade epidemiológica, de pelo menos transmissão do agente infeccioso entre casos
um caso que atenda a um ou mais dos seguin- confirmados da doença e animais susceptíveis,
tes critérios: localizados ou não em uma mesma exploração
1. isolamento e identificação do vírus da fe- pecuária. Pode ser estabelecido pela movimen-
bre aftosa em amostras procedentes de animais tação animal, pela proximidade geográfica que
susceptíveis, com ou sem sinais clínicos da doen- permita o contato entre doentes e susceptíveis
ça, ou em produtos obtidos desses animais; ou pela presença de outros elementos capazes de
2. detecção de antígeno viral específico do carrear o agente infeccioso. A caracterização do
vírus da febre aftosa em amostras procedentes vínculo epidemiológico é de responsabilidade do
de casos confirmados de doença vesicular, ou de serviço veterinário oficial, fundamentando-se em
animais que possam ter tido contato prévio, dire- análises técnicas e avaliações de campo;
to ou indireto, com o agente etiológico; XV - zona: conceito implantado pela OIE, e
3. existência de vínculo epidemiológico com adotado nas estratégias do PNEFA, para represen-
outro foco de febre aftosa, constatando-se, tam- tar uma parte de um país claramente delimitada,
bém, pelo menos uma das seguintes condições: com uma subpopulação animal com condição
3.1. presença de um ou mais casos confirma- sanitária particular para determinada doença dos
dos de doença vesicular; animais. No caso da febre aftosa, são considerados
3.2. detecção de anticorpos contra proteínas os seguintes tipos de zona, de acordo com o Códi-
estruturais ou capsidais do vírus da febre aftosa em go Sanitário para os Animais Terrestres da OIE:
animais não vacinados contra essa doença; ou a) zona livre: com ou sem vacinação, repre-
3.3. detecção de anticorpos contra proteínas senta o espaço geográfico com certificação, pelo
não-estruturais ou não-capsidais do vírus da febre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
78
aftosa, desde que a hipótese de infecção não possa mento (MAPA), do cumprimento das seguintes
ser descartada pela investigação epidemiológica; condições: ausência de ocorrência de focos e de
e) caso descartado de febre aftosa: todo circulação viral pelos prazos estabelecidos; exis-
caso confirmado de doença vesicular que não tência de adequado sistema de vigilância sanitá-
atenda aos critérios para confirmação de caso ria animal; existência de marco legal compatível;
ou foco de febre aftosa; e presença de uma adequada estrutura do servi-
XIII - unidade epidemiológica: grupo de ço veterinário oficial;
animais com probabilidades semelhantes de b) zona tampão: espaço geográfico estabe-
exposição ao vírus da febre aftosa. Dependendo lecido para proteger a condição sanitária dos re-
das relações epidemiológicas estabelecidas e da banhos de uma zona livre frente aos animais e
extensão da área das propriedades rurais envol- seus produtos e subprodutos de risco oriundos de
vidas, pode ser formada por uma propriedade um país ou de uma zona com condição sanitária
rural, por um grupo de propriedades rurais (ex.: distinta, mediante a aplicação de medidas base-
assentamentos rurais ou pequenos vilarejos), por adas na epidemiologia da doença e destinadas
parte de uma propriedade rural, ou por qualquer a impedir a introdução do agente patogênico.
outro tipo de estabelecimento onde se concen- Essas medidas podem incluir, entre outras, a va-
tram animais susceptíveis à doença (ex.: recintos cinação, o controle do movimento de animais e a
em um parque de exposições ou leilões). A consti- intensificação da vigilância da doença;
c) zona infectada: espaço geográfico de um seus produtos e subprodutos;
país que não reúne as condições necessárias i) manutenção de programas de educação
para ser reconhecido como zona livre, com ou sanitária e comunicação social;
sem vacinação; e j) organização e consolidação da partici-
d) zona de contenção: espaço geográfico pação comunitária por meio da implantação e
estabelecido no entorno de explorações pecu- manutenção de comissões estaduais e locais de
árias infectadas ou supostamente infectadas, saúde animal;
cuja extensão é determinada levando em con- k) manutenção da adequada oferta de vaci-
sideração fatores epidemiológicos e os resulta- na contra a febre aftosa, produzida sob controle
dos das investigações realizadas e na qual são do MAPA;
aplicadas medidas de controle para impedir a l) controle dos procedimentos de comercializa-
propagação da infecção. ção e aplicação da vacina contra a febre aftosa; e
m) implantação e manutenção de siste-
CAPÍTULO II ma de emergência veterinária, com capacida-
de de notificação imediata e pronta reação
FUNDAMENTOS E ESTRATÉGIAS DO PNEFA frente a suspeitas e casos confirmados de do-
ença vesicular.
Art. 2º O PNEFA tem como objetivos a erradi- II - medidas prioritárias nas zonas livres:
cação da febre aftosa em todo o Território Nacio- a) fortalecimento do sistema de prevenção,
nal e a sustentação dessa condição sanitária por incluindo a implantação de análises técnicas e
meio da implantação e implementação de um científicas contínuas para identificação das vul-
sistema de vigilância sanitária apoiado na manu- nerabilidades e para orientação das ações de vi-
tenção das estruturas do serviço veterinário oficial gilância e fiscalização;
e na participação da comunidade. Seus objetivos b) implantação de procedimentos normati-
encontram-se inseridos no Plano Hemisférico de vos e técnicos considerando o sacrifício sanitário
Erradicação da Febre Aftosa, que busca a elimina- e a destruição de produtos de origem animal de
ção da doença em toda a América do Sul. risco para febre aftosa, ingressados de forma irre-
Art. 3º A execução do PNEFA fundamenta-se gular ou sem comprovação de origem;
em critérios científicos e nas diretrizes internacio- c) adoção de procedimentos para monito-
nais de luta contra a doença, com responsabili- ramento da condição sanitária dos rebanhos
79
dades compartilhadas entre os setores públicos e susceptíveis;
privados. As estratégias do Programa envolvem: d) implantação e manutenção de fundos
I - medidas gerais e comuns: financeiros, públicos ou privados, para apoio ao
a) manutenção e fortalecimento das estrutu- sistema de emergência veterinária; e
ras dos serviços veterinários oficiais; e) em zonas livres com vacinação, implanta-
b) cadastramento do setor agropecuário; ção de estratégias e de cronograma de trabalho
c) edição de atos para respaldar as medi- para a suspensão da obrigatoriedade da vacina-
das operacionais do PNEFA, incluindo ações ção contra a febre aftosa.
corretivas; III - medidas prioritárias nas zonas infectadas:
d) estabelecimento de sistemas de supervi- a) fortalecimento do sistema de vigilância
são e auditoria do serviço veterinário oficial; em saúde animal, considerando a implantação
e) modernização do sistema de informação de serviços veterinários oficiais;
epidemiológica; b) realização de análises e avaliações técni-
f) fortalecimento das estruturas de diagnós- cas para caracterização epidemiológica e agro-
tico laboratorial; produtiva das regiões envolvidas e para definição
g) fortalecimento dos programas de treina- das estratégias de erradicação do agente viral; e
mento de recursos humanos; c) intensificação da participação de outros
h) controle da movimentação de animais, setores públicos e privados.
CAPÍTULO III do sistema de vigilância epidemiológica da febre
aftosa envolve as seguintes ações:
ATENDIMENTO ÀS SUSPEITAS I - manutenção de estrutura administrati-
DE DOENÇA VESICULAR E AOS FOCOS va apropriada para os casos de emergência ve-
DE FEBRE AFTOSA terinária, que deverá fazer parte do plano de
contingência;
Art. 4º As doenças vesiculares infecciosas são II - notificação imediata de casos suspeitos
de notificação compulsória. Todo médico veteri- de doença vesicular e pronta reação nos casos
nário, produtor rural, transportador de animais, confirmados;
profissionais que atuam em laboratórios veteri- III - elaboração de plano de ação para aten-
nários oficiais ou privados e em instituições de dimento e investigação epidemiológica dos ca-
ensino e pesquisa veterinária que tenham conhe- sos confirmados de doença vesicular e dos focos
cimento de casos suspeitos de doença vesicular, de febre aftosa;
ficam obrigados, em prazo não superior a 24 ho- IV - realização de treinamentos e simulações
ras do conhecimento da suspeita, a comunicar o para execução dos planos de ação;
fato ao serviço veterinário oficial. V - desenvolvimento de capacidade ope-
§ 1º No caso de o notificante ser proprietá- racional adequada, destacando os laboratórios
rio ou responsável pela exploração pecuária com de diagnóstico;
casos suspeitos de doença vesicular, deverá inter- VI - elaboração de atos e disciplinamento
romper a movimentação dos animais, produtos e de procedimentos prevendo a participação de
subprodutos de origem animal, até autorização outros setores governamentais e privados para
por parte do serviço veterinário oficial. pronta reação; e
§ 2º A notificação da suspeita poderá ser VII - desenvolvimento de capacidade para
efetuada pessoalmente ou por qualquer meio aplicação de todos os recursos necessários para
de comunicação disponível, resguardado o di- conter a propagação da doença, incluindo pesso-
reito de anonimato. al, equipamento, recursos financeiros e medidas
§ 3º Todas as notificações de casos suspeitos governamentais que amenizem os impactos eco-
de doença vesicular devem ser registradas pelo nômicos e sociais decorrentes.
serviço veterinário oficial, que deverá atendê-las § 1º O MAPA é o órgão responsável para co-
dentro do prazo de 12 (doze) horas contadas a ordenar a implantação e a gestão do sistema de
80
partir de sua apresentação, seguindo as orienta- emergência veterinária.
ções constantes no plano de ação adotado pelo § 2º O serviço veterinário oficial deverá cum-
serviço veterinário oficial. prir todas as recomendações determinadas pelo
§ 4º A infração ao disposto no caput deste plano de ação para doenças vesiculares.
artigo deverá ser devidamente apurada pelo Art. 6º O registro e a comunicação da ocor-
serviço veterinário oficial que, quando for o rência de casos suspeitos ou confirmados de doença
caso, representará contra o infrator junto ao vesicular devem seguir criteriosamente o sistema de
Ministério Público. comunicação definido e coordenado pelo MAPA.
§ 5º Caso o infrator seja médico veterinário, Art. 7º A constatação de caso confirmado
além do disposto no § 4º deste artigo, o serviço vete- de doença vesicular implica a adoção de medi-
rinário oficial deverá encaminhar denúncia formal das sanitárias para identificação e contenção do
ao Conselho Regional de Medicina Veterinária. agente etiológico. Nesse caso, a investigação epi-
§ 6º O serviço veterinário oficial nas unidades demiológica deve prosseguir para determinação
da Federação é responsável pela implantação de de origem e abrangência do problema sanitário.
campanhas educativas de esclarecimento, infor- As ações imediatas envolvem:
mando e preparando a comunidade para imediata I - registro e comunicação da ocorrência às ins-
notificação de casos suspeitos de doença vesicular. tâncias superiores por meio do formulário de aten-
Art. 5º O desenvolvimento e a manutenção dimento inicial e dos fluxos definidos pelo MAPA;
II - definição e interdição da unidade epi- regiões consideradas de risco sanitário.
demiológica com casos confirmados de doen- Art. 9º A não confirmação de foco de febre
ça vesicular; aftosa ou de outra doença exótica ou erradicada
III - colheita de material para diagnóstico la- no país permite a suspensão da interdição esta-
boratorial, acompanhada de avaliação clínica e belecida nos arts. 7º e 8º desta Instrução Norma-
epidemiológica; tiva, resguardadas as recomendações técnicas
IV - realização de investigação epidemioló- para cada caso.
gica inicial, considerando análise do trânsito de Art. 10. A confirmação de foco de febre afto-
animais susceptíveis; e sa leva à declaração de estado de emergência ve-
V - suspensão temporária do trânsito de terinária, de acordo com as orientações contidas
animais e de produtos de risco oriundos de pro- nos planos de contingência e de ação.
priedades rurais limítrofes ou com vínculo epide- § 1º O MAPA deverá definir e coordenar as
miológico com a unidade epidemiológica onde ações a serem implantadas, considerando a condi-
foram confirmados os casos de doença vesicular. ção sanitária da região envolvida e fundamentan-
Art. 8º A interdição especificada no art. 7º do-se na avaliação do risco de difusão do agente
desta Instrução Normativa compreende: viral, na caracterização de vulnerabilidade e re-
I - lavratura de auto de interdição, dando ceptividade da região e na capacidade de atenção
ciência do ato aos produtores rurais ou seus do serviço veterinário oficial local, avaliando-se as
representantes que possuam explorações pe- conseqüências econômicas e sociais envolvidas. Es-
cuárias na unidade epidemiológica envolvida, sas ações podem incluir sacrifício sanitário, vacina-
incluindo orientações quanto às medidas de ção emergencial e medidas de interdição.
biossegurança necessárias; e § 2º Até a definição e delimitação das áre-
II - proibição de saída de animais susceptí- as de proteção sanitária no entorno do(s) foco(s)
veis ou não à doença e de quaisquer outros pro- de febre aftosa registrado(s), o MAPA estabelece-
dutos ou materiais que possam veicular o agente rá a interdição de uma área de segurança mais
viral, assim como o trânsito de veículos e de pes- abrangente, que poderá envolver municípios,
soas não autorizadas. Unidades da Federação ou outra divisão geográ-
§ 1º No caso de impossibilidade de arma- fica, necessária para evitar a dispersão do agente
zenagem do leite na unidade epidemiológica, o infeccioso para outras regiões do País.
serviço veterinário oficial decidirá e orientará so- Art. 11. A confirmação de doença vesicular
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bre a destruição do leite no local, ou autorizará o pelo serviço veterinário de inspeção em matadou-
seu transporte, sob controle oficial e em meio de ros, no exame ou no post-mortem, deve ser imedia-
transporte apropriado, para o local mais próximo tamente comunicada ao serviço veterinário oficial
onde se realizarão os procedimentos que assegu- ante-mortem da Unidade da Federação envolvida.
rem a destruição do agente viral. § 1º Independentemente do âmbito de
§ 2º As proibições contidas nos incisos deste atuação do serviço de inspeção veterinária no
artigo poderão ser substituídas por medidas de abatedouro, deverão ser aplicadas as medidas
biossegurança definidas pelo serviço veterinário sanitárias e os procedimentos técnicos estabe-
oficial, resguardadas as garantias zoossanitárias lecidos pelo MAPA.
para impedir a difusão do agente viral. § 2º A comercialização das carnes, produtos
§ 3º Para fins de investigação de casos suspeitos e subprodutos obtidos no abate deverá ser sus-
de doenças vesiculares, controle de focos, realização pensa até definição pelo serviço veterinário ofi-
de monitoramentos ou inquéritos para avaliação de cial quanto à destinação.
circulação viral, ou outra atividade de importância Art. 12. No caso da confirmação de doen-
para a erradicação da doença, o serviço veterinário ça vesicular infecciosa no recinto de exposições,
oficial poderá suspender temporariamente a vaci- feiras, leilões e outras aglomerações de animais,
nação contra a febre aftosa e a movimentação de deverá ser observado, no que couber, o disposto
animais da exploração pecuária envolvida ou de nos arts. 7º e 8º desta Instrução Normativa.
CAPÍTULO IV III - proibição de manutenção e manipula-
ção de vírus da febre aftosa íntegro, exceto na-
RECONHECIMENTO E MANUTENÇÃO quelas instituições com nível de biossegurança
DE ZONAS LIVRES DE FEBRE AFTOSA apropriado e oficialmente aprovadas pelo MAPA;
IV - proibição do ingresso e da permanência
Art. 13. O reconhecimento e a manutenção de animais em lixões ou aterros sanitários e da
de zonas livres de febre aftosa no país, assim retirada de restos de alimentos desses locais para
como o restabelecimento da condição sanitária a alimentação de animais;
após a reintrodução do agente viral, seguem as V - proibição do uso, na alimentação de su-
diretrizes preconizadas pela OIE. ídeos, de restos de comida, de qualquer proce-
§ 1º A condução do processo de reconhe- dência, salvo quando submetidos a tratamento
cimento de zona livre de febre aftosa, com ou térmico que assegure a inativação do vírus da
sem vacinação, é de responsabilidade do MAPA e febre aftosa;
apresenta as seguintes etapas: VI - identificação e monitoramento de pos-
I - avaliação do cumprimento das condições síveis pontos de risco para ingresso de animais,
técnicas e estruturais exigidas, por meio de su- produtos e subprodutos em desacordo com a
pervisão e auditorias do MAPA; presente Instrução Normativa;
II - declaração nacional, por meio de ato VII - identificação específica, no cadastro do
do MAPA, de reconhecimento da área envolvida serviço veterinário oficial, de estabelecimentos
como livre de febre aftosa, com ou sem vacina- que representem maior risco para introdução do
ção, com base em parecer favorável do MAPA; e vírus da febre aftosa;
III - encaminhamento à OIE de pleito bra- VIII - identificação específica de produtores
sileiro, fundamentado tecnicamente, solicitando rurais que possuam explorações pecuárias em
o reconhecimento internacional de zona livre de outras Unidades da Federação ou países;
febre aftosa, com ou sem vacinação. IX - intensificação da vigilância epidemioló-
§ 2º Para uma Unidade da Federação ou gica nas explorações pecuárias, com prioridade
parte de Unidade da Federação ser reconhecida aos estabelecimentos mencionados nos incisos
como zona livre de febre aftosa ou como zona VII e VIII do presente artigo; e
tampão, deverá apresentar, no mínimo, classifi- X - implementação e manutenção de equi-
cação BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou ou- pes volantes de fiscalização.
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tra classificação de risco semelhante que venha a § 1º Todos os animais susceptíveis à febre
ser adotada pelo MAPA. aftosa, seus produtos e subprodutos, materiais,
Art. 14. A manutenção da condição sanitá- substâncias ou qualquer produto veterinário que
ria nas zonas livres de febre aftosa exige a imple- possa veicular o agente viral, que ingressarem
mentação de atividades contínuas de vigilância em zonas livres, com ou sem vacinação, em desa-
epidemiológica, incluindo os seguintes aspectos, cordo com esta Instrução Normativa, deverão ser
sem prejuízo de outras normas e procedimentos enviados ao sacrifício sanitário ou destruídos.
estabelecidos pelo MAPA: § 2º A juízo do serviço veterinário oficial, os
I - controle nos pontos de ingresso repre- produtos e subprodutos obtidos do sacrifício sa-
sentados por postos de fronteira internacional, nitário ou da apreensão de que trata o § 1º, art.
postos de divisa interestadual, portos, aeropor- 14 desta Instrução Normativa, poderão ser des-
tos, aduanas especiais, lojas francas ou quais- tinados ao consumo desde que atendidas as ga-
quer recintos alfandegados, pistas de pouso, rantias de saúde pública e de saúde animal.
rodoviárias e collis posteaux, incluindo a inspe- § 3º Os restos de alimentos transportados ou
ção de bagagens dos passageiros; consumidos em viagens aéreas, marítimas, fluviais
II - permissão de ingresso de animais, produtos ou terrestres deverão ser destruídos sob supervisão
e subprodutos de risco para febre aftosa somente do serviço veterinário oficial, por metodologia e
após avaliação pelo serviço veterinário oficial; em local previamente aprovado pelo MAPA.
CAPÍTULO V outras espécies susceptíveis, salvo em situações
especiais com aprovação do MAPA;
VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA III - são reconhecidas as seguintes estratégias
de vacinação sistemática e obrigatória de bovinos
Art. 15. Somente poderão ser comercializa- e bubalinos:
das e utilizadas no país vacinas contra a febre af- a) vacinação semestral de todos os animais,
tosa registradas e controladas pelo MAPA. em etapas com duração de 30 dias;
§ 1º O registro de que trata o caput deste arti- b) vacinação semestral de animais com até
go somente será concedido para vacinas inativa- 24 (vinte e quatro) meses de idade e anual para
das e aprovadas pelo serviço veterinário oficial. animais com mais de 24 meses de idade, com re-
§ 2º As cepas virais a serem utilizadas nas alização ou não de etapa de reforço para animais
vacinas serão definidas pelo serviço veterinário com até 12 (doze) meses de idade, em etapas
oficial, com base na avaliação da situação epide- com duração de 30 (trinta) dias. Essa estratégia
miológica prevalente. somente poderá ser adotada em Unidades da Fe-
§ 3º A critério do serviço veterinário oficial, deração onde o cadastro de propriedades rurais
poderão ser produzidas vacinas com caracterís- esteja consolidado e com realização de vacinação
ticas específicas para utilização em áreas e situ- semestral por pelo menos dois anos consecuti-
ações de risco. vos, observando-se índices globais de vacinação
Art. 16. Cabe ao serviço veterinário oficial superiores a 80%;
fiscalizar e controlar todas as etapas de produ- c) vacinação anual de todos os animais, em
ção, comercialização, distribuição, transporte e etapas de 45 a 60 dias, em regiões onde as carac-
utilização da vacina contra a febre aftosa, bem terísticas geográficas possibilitam o manejo das
como o seu descarte. explorações pecuárias apenas durante período
§ 1º Os estabelecimentos distribuidores ou limitado do ano;
revendedores cumprirão as determinações do d) outras estratégias de vacinação poderão
serviço veterinário oficial referentes à conserva- ser adotadas após análise pelo MAPA;
ção, comercialização e controle de vacinas contra IV - uma vez definidas as etapas de vacinação,
a febre aftosa. os serviços veterinários oficiais nas Unidades da Fe-
§ 2º A vacina contra a febre aftosa somente deração deverão regulamentar e divulgar os proce-
poderá sair do estabelecimento revendedor em dimentos estabelecidos no âmbito estadual;
83
condições que permitam a adequada conserva- V - qualquer prorrogação ou antecipação
ção de sua temperatura durante o transporte até das etapas de vacinação deverá ser aprovada
a propriedade rural. pelo MAPA, mediante solicitação fundamentada
Art. 17. As estratégias de vacinação contra a em parecer técnico do serviço veterinário oficial
febre aftosa são definidas pelo serviço veterinário nas Unidades da Federação;
oficial, de acordo com a situação epidemiológica de § 1º A vacinação contra a febre aftosa é de
cada Unidade da Federação, zona ou outras áreas responsabilidade dos produtores rurais, que de-
geográficas, considerando os seguintes aspectos: verão comprovar a aquisição da vacina em quan-
I - as épocas e a duração das etapas de vacina- tidade compatível com a exploração pecuária
ção sistemática deverão ser definidas pelo MAPA sob a responsabilidade dos mesmos e declarar
com base em proposta técnica do serviço veteri- sua aplicação dentro dos prazos estabelecidos,
nário oficial nas Unidades da Federação, elabora- conforme procedimentos definidos pelo serviço
da após avaliação das características geográficas e veterinário oficial.
agroprodutivas predominantes na região; § 2º O serviço veterinário oficial nas Unidades
II - a vacinação sistemática e obrigatória, em da Federação poderá realizar o acompanhamen-
áreas definidas pelo MAPA, deve ser realizada em to da vacinação contra a febre aftosa em qualquer
bovinos e bubalinos de todas as idades. É proibi- exploração pecuária localizada no âmbito estadu-
da a vacinação de caprinos, ovinos e suínos e de al, podendo também assumir a responsabilidade
pela aquisição ou aplicação da vacina em áreas cial, de acordo com as normas em vigor.
de risco ou em outras explorações pecuárias con- § 1º Para a movimentação de bovinos, buba-
sideradas de importância estratégica. linos, ovinos e caprinos, a GTA somente poderá
§ 3º As etapas de vacinação em execução até ser expedida pelo serviço veterinário oficial.
a data de publicação desta Instrução Normativa § 2º Toda carga de animais susceptíveis à fe-
permanecem em vigor, sendo que quaisquer al- bre aftosa em desacordo com o estabelecido na
terações deverão ser aprovadas pelo MAPA. presente Instrução Normativa deverá ser apreen-
§ 4º A critério do MAPA, e em caráter excep- dida e encaminhada para sacrifício sanitário ou a
cional, poderá ser autorizada a realização da va- outra destinação prevista pelo serviço veterinário
cinação fora das etapas previstas. oficial da Unidade da Federação, após avaliação
§ 5º O serviço veterinário oficial nas Unida- dos riscos envolvidos, cabendo ao infrator as san-
des da Federação deverá elaborar e encaminhar ções e penalidades previstas na legislação especí-
relatório ao MAPA das atividades de vacinação fica da referida Unidade da Federação.
contra febre aftosa, de acordo com orientações § 3º Toda carga de animais susceptíveis à fe-
estabelecidas por aquele, dentro de 30 (trinta) bre aftosa, quando lacrada pelo serviço veterinário
dias após o término da etapa. oficial de origem, por observância a esta Instrução
§ 6º O serviço veterinário oficial, sob coor- Normativa, somente poderá ter seu lacre rompido
denação do MAPA, desenvolverá estudos epide- sob supervisão do serviço veterinário oficial.
miológicos visando à supressão da vacinação sis- § 4º Quando o trajeto for superior a doze
temática contra a febre aftosa. horas em transporte rodoviário, deverá ser esta-
Art. 18. O serviço veterinário oficial nas Uni- belecido previamente um ponto intermediário
dades da Federação é responsável pela fiscaliza- para o descanso e alimentação dos animais. Nes-
ção do comércio, da distribuição e da aplicação se caso, o lacre da carga será rompido e a carga
da vacina contra a febre aftosa, podendo essa fis- novamente lacrada sob supervisão do serviço ve-
calização ser efetuada por amostragem aleatória terinário oficial no local, acrescentando na GTA o
ou dirigida às explorações pecuárias de maior ris- número dos novos lacres.
co, utilizando parâmetros definidos pelo MAPA. Art. 20. A emissão de GTA para movimenta-
§ 1º Em zonas livres de febre aftosa sem va- ção de bovinos e bubalinos oriundos de Unidade
cinação é proibida a aplicação, manutenção e co- da Federação ou região onde a vacinação con-
mercialização de vacina contra a referida doença. tra a febre aftosa é obrigatória deve considerar
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§ 2º Em áreas onde a vacinação é obrigatória, os seguintes requisitos, sem prejuízo das demais
os estabelecimentos de leite e derivados somente normas em vigor:
poderão receber leite in natura de explorações I - respeitar o cumprimento dos seguintes
pecuárias cujo produtor tenha comprovado a re- prazos, contados a partir da última vacinação
alização de vacinação. contra a febre aftosa:
a) quinze dias para animais com uma va-
CAPÍTULO VI cinação;
b) sete dias para animais com duas vaci-
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO nações; e
DO TRÂNSITO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS c) a qualquer momento após a terceira
À FEBRE AFTOSA vacinação;
II - durante as etapas de vacinação contra
Seção I a febre aftosa, os animais somente poderão ser
Aspectos gerais movimentados após terem recebido a vacinação
Art. 19. Toda movimentação de animal sus- da referida etapa obedecidos os prazos de carên-
ceptível à febre aftosa deve ser acompanhada da cia previstos no inciso I do presente artigo, exceto
Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros docu- quando destinados ao abate imediato;
mentos estabelecidos pelo serviço veterinário ofi- III - durante a etapa de vacinação e até 60 (ses-
senta) dias após o seu término, os animais destina- II - o serviço veterinário oficial no destino
dos ao abate imediato ficam dispensados da obri- dos animais, confirmada a congruência do pleito
gatoriedade da vacinação contra a febre aftosa; apresentado quanto às normas em vigor, deverá
IV - animais acima de três meses de idade não dar ciência ao serviço veterinário oficial na ori-
poderão ser movimentados sem a comprovação gem, solicitando a conferência das informações
de no mínimo uma vacinação contra febre aftosa; apresentadas e avaliação da viabilidade de exe-
V - animais oriundos de regiões onde se cução dos procedimentos zoossanitários necessá-
pratica a estratégia de vacinação contra a febre rios na origem;
aftosa descrita na alínea “c”, inciso III, do art. 17 III - o serviço veterinário oficial na origem
desta Instrução Normativa, para participação em dos animais deverá comunicar ao serviço veteri-
exposições, feiras, leilões e outras aglomerações nário oficial no destino o resultado da avaliação
de animais em regiões onde a vacinação contra realizada e o início dos procedimentos zoossani-
a febre aftosa é obrigatória, deverão apresentar tários necessários;
histórico de pelo menos duas vacinações contra a IV - cumpridos os requisitos zoossanitários
doença, sendo a última realizada no máximo até estabelecidos, o serviço veterinário oficial na
seis meses do início do evento; origem dos animais deverá comunicar o serviço
VI - a critério do serviço veterinário oficial, veterinário oficial no destino para que este emita
considerando a situação epidemiológica para febre a autorização de ingresso dos animais na região
aftosa em determinada região, a participação de em questão, conforme modelo de formulário
animais susceptíveis à febre aftosa em exposições, apresentado no Anexo III; e
feiras, leilões e outras aglomerações de animais po- V - de posse da autorização emitida pelo ser-
derá ser suspensa temporariamente nas localida- viço veterinário oficial da Unidade da Federação
des de risco para difusão da doença ou submetida de destino dos animais, o serviço veterinário ofi-
a normas sanitárias complementares, podendo in- cial na origem poderá autorizar a emissão da res-
cluir o reforço da vacinação contra a febre aftosa; pectiva GTA que deverá estar acompanhada de
VII - a realização de exposições, feiras, leilões atestado zoossanitário, de acordo com modelo
e outras aglomerações de animais em regiões apresentado no Anexo IV, e seguir com os animais
onde as características geográficas possibilitam o envolvidos durante todo o trajeto. Cópias dos re-
manejo das explorações pecuárias somente du- feridos documentos deverão ser encaminhadas
rante período limitado do ano, deverá ser sub- ao serviço veterinário oficial no destino.
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metida a normas específicas definidas pelo servi- § 1º A coordenação dos procedimentos de que
ço veterinário oficial das Unidades da Federação, trata o presente artigo é de responsabilidade da
após aprovação do MAPA. Superintendência Federal de Agricultura do MAPA
Art. 21. O ingresso de animais susceptíveis localizada nas Unidades da Federação, que deverá
à febre aftosa em zonas livres, zona tampão ou contar com apoio e participação dos serviços vete-
Unidades da Federação classificadas como, pelo rinários oficiais das Unidades da Federação.
menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou § 2º Os documentos descritos neste artigo de-
outra classificação de risco semelhante que ve- vem ser emitidos conforme os modelos apresen-
nha a ser adotada pelo MAPA, está condicionado tados nos Anexos II a IV, devendo conter, quando
ao cumprimento de requisitos zoossanitários es- couber, o emblema do serviço veterinário oficial
pecíficos definidos nas Seções II a IV desta Instru- da Unidade da Federação.
ção Normativa, empregando-se o seguinte fluxo § 3º O ingresso em zona livre de febre af-
de documentos e de informações: tosa, zona tampão ou Unidade da Federação
I - o interessado pelo ingresso dos animais classificada como, pelo menos, BR-3 (risco mé-
nas regiões em questão deverá encaminhar re- dio) para febre aftosa ou outra classificação de
querimento ao serviço veterinário oficial na Uni- risco semelhante que venha a ser adotada pelo
dade da Federação de destino, de acordo com MAPA, deverá ser limitado a rotas específicas
modelo de formulário apresentado no Anexo II; definidas pelo MAPA, com base em propostas
fundamentadas pelo serviço veterinário oficial Art. 26. O ingresso de animais susceptíveis
das Unidades da Federação envolvidas. à febre aftosa em zona livre sem vacinação fica
Art. 22. Quando, entre os procedimentos autorizado para:
zoossanitários descritos nas Seções II a IV desta I - animais nascidos ou que permaneceram,
Instrução Normativa, for exigido o isolamento imediatamente antes de seu ingresso, por um pe-
de animais, este poderá ser realizado na pro- ríodo mínimo de 12 (doze) meses em outra zona
priedade de origem, desde que os animais pos- livre de febre aftosa sem vacinação, transporta-
sam permanecer agrupados e separados dos dos em veículos lacrados, dispensados os demais
demais animais susceptíveis à febre aftosa exis- procedimentos estabelecidos no art. 21 desta Ins-
tentes na referida propriedade durante todo o trução Normativa;
período de avaliação. II - ovinos, caprinos, suínos e outros animais
Art. 23. O trânsito de animais susceptíveis à susceptíveis à febre aftosa, oriundos de zona livre
febre aftosa envolvendo a passagem por regiões de febre aftosa com vacinação, após atendimento
com diferentes condições zoossanitárias deverá das seguintes condições:
ser definido pelo MAPA, considerando a adoção a) animais não vacinados contra febre aftosa,
dos seguintes procedimentos: nascidos ou que permaneceram, imediatamente
I - autorização pelo MAPA, após avaliação antes de seu ingresso, por período mínimo de 12
dos riscos sanitários envolvidos; (doze) meses em zona livre de febre aftosa com
II - estabelecimento de fluxo de documen- vacinação, e oriundos de propriedades rurais ca-
tos e de informações, incluindo requerimento de dastradas pelo serviço veterinário oficial;
ingresso, atestado zoossanitário e autorização de b) transportados em veículos com carga la-
trânsito emitidos pelos serviços veterinários ofi- crada pelo serviço veterinário oficial da Unidade
ciais das Unidades da Federação envolvidas; da Federação de origem;
III - entre os procedimentos técnicos em- c) quando destinados ao abate imediato,
pregados poderão ser incluídos: lacre da carga os animais deverão ser encaminhados direta-
dos veículos transportadores; estabelecimento mente a estabelecimentos com serviço de ins-
da rota de transporte; especificação dos postos peção veterinária oficial, estando dispensados
fixos de fiscalização para ingresso dos animais; e os procedimentos estabelecidos no art. 21 desta
realização de limpeza e desinfecção dos veículos Instrução Normativa;
transportadores. d) para outras finalidades que não o aba-
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Art. 24. O serviço veterinário oficial nas Uni- te, o ingresso poderá ser autorizado de acordo
dades da Federação deverá manter, junto às uni- com o estabelecido no art. 21 desta Instrução
dades veterinárias locais, cadastro dos transpor- Normativa, incluindo os seguintes procedimen-
tadores de animais, pessoas físicas ou jurídicas. tos zoossanitários:
Parágrafo único. De acordo com a situação 1. os animais deverão receber identificação
epidemiológica, o serviço veterinário oficial po- individual, permanente ou de longa duração, e
derá exigir que os veículos transportadores de permanecer isolados pelo período de, pelo menos,
animais susceptíveis à febre aftosa sejam lavados trinta dias antes do embarque, em local aprovado
e desinfetados após o desembarque dos animais pelo serviço veterinário oficial da Unidade da Fe-
ou durante a passagem dos mesmos em postos deração de origem e sob sua supervisão;
fixos de fiscalização e proibir o uso de palha, ma- 2. realização de testes de diagnóstico para
ravalha ou outro material orgânico no assoalho febre aftosa, de acordo com definições do MAPA,
dos referidos veículos transportadores. em amostras colhidas após 14 (catorze) dias, no
Seção II - Ingresso de animais em zona livre mínimo, do início da quarentena;
de febre aftosa sem vacinação 3. apresentação de resultados negativos para
Art. 25. É proibido o ingresso de animais os testes de diagnóstico realizados; e
vacinados contra a febre aftosa em zona livre 4. os animais deverão permanecer isolados
sem vacinação. no destino, sob supervisão do serviço veterinário
oficial, por período de, pelo menos, 14 (catorze) a) ovinos, caprinos, suínos e outros animais
dias. Durante o período de avaliação, fica proibi- susceptíveis, com exceção de bovinos e bubali-
da a saída de quaisquer outros animais susceptí- nos, estão dispensados de requisitos adicionais
veis à febre aftosa existentes na propriedade de com referência à febre aftosa;
destino, exceto para abate imediato. b) bovinos e bubalinos, com exceção daque-
§ 1º Na constatação de pelo menos um re- les destinados ao abate imediato ou de outros
sultado positivo aos testes de diagnóstico men- que o MAPA venha a autorizar, deverão ser ime-
cionados no item “2”, alínea “d”, do inciso II do diatamente vacinados contra a febre aftosa na
presente artigo, todo o grupo de animais deve- Unidade da Federação de destino; e
rá ser impedido de ingressar na zona livre sem c) quando a finalidade do ingresso de bovi-
vacinação, devendo ser realizadas as seguintes nos e bubalinos não for o abate, o serviço veteri-
ações na Unidade da Federação de origem, com nário oficial da Unidade da Federação de origem
o objetivo de esclarecer as reações positivas aos deverá, com antecedência ao ingresso, encami-
testes de diagnóstico empregados, mantendo- nhar comunicação sobre a movimentação desses
se a propriedade interditada até o resultado animais ao serviço veterinário oficial da Unidade
final da investigação: da Federação de destino;
I - investigação epidemiológica na proprie- II - animais susceptíveis com origem em
dade rural de origem, considerando a avaliação zona tampão, Unidade da Federação ou parte
clínica dos animais susceptíveis; de Unidade da Federação classificada como
II - ovinos e caprinos positivos deverão ser BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra
submetidos a colheita de amostras de líquido classificação de risco semelhante que venha a
esofágico-faríngeo para pesquisa viral ou a ou- ser adotada pelo MAPA:
tros procedimentos de diagnóstico definidos a) proceder diretamente da referida região,
pelo MAPA; onde tenham permanecido por, pelo menos, 12
III - no caso de reações positivas em suínos, meses anteriores à data de expedição da auto-
os testes sorológicos deverão ser estendidos a ou- rização ou desde o seu nascimento, no caso de
tros animais da exploração pecuária, de acordo animais com menos de 12 meses de idade, e de
com definição do serviço veterinário oficial, fun- exploração pecuária onde a febre aftosa não foi
damentada nas indicações epidemiológicas de oficialmente registrada nos 12 meses anteriores
cada caso, ou realizados outros procedimentos à data do embarque, e que, num raio de 25km
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de diagnóstico definidos pelo MAPA; e a partir dela, a doença não foi registrada nos seis
IV - o MAPA deverá ser notificado sobre a meses anteriores. Os animais não devem apresen-
investigação epidemiológica em andamento, tar sinais clínicos da doença no dia do embarque;
podendo definir outras ações a serem aplicadas b) permanecer isolados por um período mí-
em cada caso. nimo de 30 dias antes do embarque, em local
§ 2º No caso de suínos oriundos de granjas oficialmente aprovado e sob supervisão do ser-
certificadas como GRSC (Granjas de Reproduto- viço veterinário oficial, sendo submetidos a pro-
res Suídeos Certificadas) fica dispensada a rea- vas laboratoriais para febre aftosa definidas pelo
lização dos testes de diagnóstico mencionados MAPA. As amostras para diagnóstico deverão ser
no presente artigo. colhidas após 14 dias, no mínimo, do início da
Seção III - Ingresso de animais em zona livre quarentena e analisadas em laboratórios perten-
de febre aftosa com vacinação centes à Rede Nacional de Laboratórios Agrope-
Art. 27. A permissão de ingresso de animais cuários do Sistema Unificado de Atenção à Sani-
susceptíveis à febre aftosa em zona livre com va- dade Agropecuária. A critério do MAPA, as provas
cinação fica condicionada ao atendimento dos de diagnóstico poderão ser dispensadas quando
seguintes requisitos zoossanitários: a finalidade for o abate imediato;
I - animais com origem em zona livre de fe- c) quando a finalidade da movimentação
bre aftosa sem vacinação: não for o abate, no caso de se identificar pelo
menos um animal positivo às provas laborato- III - tenham sido submetidos à quarentena
riais empregadas, todo o grupo de animais de- na origem, sob supervisão veterinária oficial, e a
verá ser impedido de ingressar na zona livre de testes de diagnóstico para febre aftosa segundo
febre aftosa com vacinação. Para fins de abate, definições do MAPA; e
nos casos em que os testes de diagnósticos forem IV - destinados diretamente a estabeleci-
exigidos, somente os animais com reação positi- mentos de abate sob inspeção oficial, excluídos
va ficarão impedidos de ingressar na zona livre, aqueles habilitados para mercados internacio-
estando os demais liberados para o trânsito com nais que apresentem exigências específicas quan-
destino direto ao abatedouro; e to à origem dos animais.
d) no destino, os animais deverão ser man- Seção IV - Trânsito de animais envolvendo
tidos isolados por um período não inferior a 14 zona tampão, zona infectada e outras áreas se-
dias, em local oficialmente aprovado e sob super- gundo classificação de risco para febre aftosa
visão veterinária oficial. Art. 28. Animais susceptíveis à febre aftosa
§ 1º Suídeos, quando oriundos de GRSC, para ingresso em zona tampão e unidades da Fe-
deverão atender apenas às alíneas “a” e “b” es- deração ou regiões classificadas como, pelo me-
tabelecidas no inciso II deste artigo, excluídas as nos, BR-3 (médio risco) para febre aftosa, ou ou-
exigências de testes de diagnóstico. tra classificação de risco semelhante que venha
§ 2º Na constatação de pelo menos um re- a ser adotada, não reconhecidas como zona livre
sultado positivo aos testes de diagnóstico men- de febre aftosa, quando oriundos de Unidades
cionados no inciso II do presente artigo, deverá da Federação com classificação de risco inferior,
ser realizada investigação nas propriedades de deverão cumprir com os requisitos estabelecidos
origem, de acordo com o estabelecido no § 1º, no inciso II, art. 27 desta Instrução Normativa, ex-
art. 26 desta Instrução Normativa. ceto a exigência de testes de diagnóstico.
§ 3º Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos Art. 29. No caso da suspensão temporária
com até seis meses de idade, acompanhados ou do reconhecimento de zonas livres de febre afto-
não das respectivas mães, ficam dispensados dos sa, em função de ocorrência de focos da doença,
testes laboratoriais mencionados no inciso II, do o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa,
presente artigo, devendo estar identificados indi- assim como de produtos e subprodutos de risco,
vidualmente e constarem da relação definida nos com origem nas Unidades da Federação ou parte
modelos de formulários empregados. das Unidades da Federação envolvidas, incluindo
88
§ 4º No caso de eventual existência de ani- áreas de proteção e zonas de contenção, deve-
mais susceptíveis à febre aftosa no estabeleci- rá cumprir procedimentos específicos definidos
mento aprovado para isolamento no destino, tais pelo MAPA, após avaliação de cada caso.
animais serão impedidos de ser movimentados Art. 30. O trânsito de suídeos envolvendo
durante o período de isolamento, salvo se desti- GRSC, ou outra classificação semelhante a ser
nados diretamente ao abate. adotada pelo MAPA, não prevista nesta Instrução
§ 5º Em casos excepcionais, relacionados Normativa, independentemente da classificação
com a capacidade e disponibilidade de abate na de risco para febre aftosa na origem, poderá ser
origem, o MAPA poderá autorizar o ingresso de autorizado pelo MAPA após avaliação fundamen-
suídeos destinados ao abate imediato, indepen- tada em parecer técnico do serviço veterinário
dente da classificação de risco para febre aftosa oficial da Unidade da Federação na origem.
na origem, para animais que atendam aos se- Art. 31. Para o trânsito dentro da zona infec-
guintes requisitos zoossanitários: tada, não envolvendo o disposto no art. 28 desta
I - procedentes de estabelecimentos ca- Instrução Normativa, deverão ser observados os
dastrados e supervisionados pelo serviço ve- seguintes requisitos, independentemente da fi-
terinário oficial; nalidade considerada:
II - tenham permanecido no estabelecimen- I - os animais devem proceder de exploração
to de origem desde seu nascimento; pecuária na qual, nos 60 (sessenta) dias anterio-
res, não se tenha constatado nenhum foco de bre aftosa, secos e devidamente acondicionados;
febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num V - ração animal industrializada;
raio de 25km, também não tenha ocorrido ne- VI - sebo (gordura fundida) e farinha de
nhum caso nos 30 (trinta) dias anteriores; carne e ossos;
II - para bovinos e bubalinos oriundos de VII - gelatina e colágeno hidrolisado, obtidos
regiões onde a vacinação contra a febre aftosa de pele bovina e suína; e
for obrigatória, o serviço veterinário oficial de- VIII - outros produtos e subprodutos obtidos
verá comprovar a sua realização de acordo com de animais susceptíveis à febre aftosa, submeti-
as diretrizes estabelecidas no Capítulo V desta dos a tratamento suficiente para inativar o agen-
Instrução Normativa; te viral, não contidos na presente Instrução Nor-
III - bovinos e bubalinos provenientes de mativa, mediante parecer e autorização do MAPA
zona livre de febre aftosa sem vacinação deve- após realização de avaliação de risco específica.
rão ser vacinados na chegada, sendo revacinados Art. 35. Permite-se o ingresso dos produ-
após 30 (trinta) dias sob controle do serviço ve- tos a seguir relacionados em zona livre de febre
terinário oficial, caso a vacinação contra a febre aftosa sem vacinação, considerando a origem e
aftosa seja obrigatória na região de destino. o atendimento aos procedimentos zoossanitá-
rios específicos:
CAPÍTULO VII I - origem em zona livre de febre aftosa com
vacinação:
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO a) carne fresca com ou sem osso obtida de
DE PRODUTOS E SUBPRODUTOS bovino e bubalino que permaneceram, nos úl-
OBTIDOS DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS timos doze meses ou desde seu nascimento, em
À FEBRE AFTOSA zona livre de febre aftosa com vacinação. A carne
deve ser obtida de animal que não apresentou
Art. 32. Todo produto ou subproduto de sinais clínicos de doença vesicular infecciosa no
origem animal, para ser comercializado, deverá momento do embarque para o abate e no exa-
estar acompanhado de certificação sanitária de- me ante-mortem, nem foram identificadas lesões
finida pelo serviço veterinário oficial. sugestivas de febre aftosa durante o exame post-
Art. 33. Todo produto de origem animal proce- mortem e abatido em matadouro com inspeção
dente da zona livre de febre aftosa sem vacinação e veterinária oficial e integrante do Sistema Brasi-
89
de estabelecimento integrante do Sistema Brasilei- leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
ro de Inspeção de Produtos de Origem Animal terá b) carne fresca com ou sem osso e miúdos in
livre trânsito em todo o território nacional. natura de ovinos, caprinos, suídeos e de outros
Art. 34. É permitido o ingresso em zona livre animais susceptíveis, que permaneceram, nos
de febre aftosa, com ou sem vacinação, dos pro- últimos doze meses ou desde seu nascimento,
dutos e subprodutos abaixo relacionados oriun- em zona livre de febre aftosa com vacinação, e
dos de todo o Território Nacional sem prejuízo de obtida em matadouros com inspeção veterinária
outros instrumentos legais em vigor: oficial e integrante do Sistema Brasileiro de Ins-
I - carnes e miúdos destinados ao consumo peção de Produtos de Origem Animal;
humano, submetidos a tratamento térmico sufi- c) leite in natura, transportado sob refrige-
ciente para inativar o vírus da febre aftosa; ração em caminhões apropriados e com carga
II - couros e peles em qualquer fase de sua lacrada, procedente de indústrias com inspeção
industrialização ou curtidos; veterinária oficial integrantes do Sistema Brasi-
III - leite pasteurizado ou leite longa vida, leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal
submetido a tratamento UAT (Ultra Alta Tem- e destinado a indústrias com serviço de inspeção
peratura); veterinária oficial integrantes do mesmo Sistema,
IV - cascos, chifres, pêlos e crinas, submeti- para beneficiamento imediato;
dos a tratamento capaz de inativar o vírus da fe- d) couros e peles em bruto, obtidos em esta-
belecimentos de abate com inspeção veterinária de origem, ou outro tipo de controle autorizado
oficial ou submetidos a salga com sal marinho pelo serviço veterinário oficial, devendo ingressar
contendo 2% de carbonato de sódio por período na zona livre de febre aftosa somente por locais de-
mínimo de sete dias; finidos e aprovados previamente pelo MAPA.
II - origem em zona tampão ou Unidade da Art. 36. Permite-se o ingresso dos produtos
Federação classificada como, no mínimo, BR-3 (ris- abaixo relacionados em zona livre de febre afto-
co médio) para febre aftosa, ou outra classificação sa com vacinação, oriundos de zona tampão ou
semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA: Unidade da Federação ou parte de Unidade da
a) carne bovina desossada: Federação classificada como, pelo menos, BR-3
1. obtida de animais que permaneceram na (risco médio) para febre aftosa, ou outra classifi-
região de origem especificada, nos doze meses cação semelhante a ser adotada:
anteriores à data de expedição da autorização, I - carne de bovino desossada:
ou desde seu nascimento, no caso de animal com a) obtida de animais que permaneceram
menos de um ano de idade, e que não apresen- pelo menos durante os três meses anteriores
taram sinais de doença vesicular infecciosa no ao abate na região de origem especificada em
momento do embarque para o abate; propriedade onde nos 60 dias anteriores não foi
2. obtida em matadouro com inspeção vete- registrada a ocorrência de febre aftosa, o que
rinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de também não aconteceu nos 30 dias anteriores
Inspeção de Produtos de Origem Animal; e no raio de 25 km da citada propriedade. Refe-
3. submetida, antes da desossa, a processo ridos animais também não apresentaram sinais
de maturação sanitária em temperatura acima de doença vesicular infecciosa no momento de
de + 2º C (dois graus Celsius) durante um período embarque para o abate;
mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo b) obtida em matadouro com inspeção vete-
o pH alcançado valor superior a seis, verificado rinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
no centro do músculo longissimus dorsi; Inspeção de Produtos de Origem Animal; e
b) carne fresca de caprinos, ovinos, suídeos c) submetida, antes da desossa, a processo
e de outros animais susceptíveis obtida em ma- de maturação sanitária em temperatura acima
tadouros com inspeção veterinária oficial e inte- de + 2ºC (dois graus Celsius) durante um período
grante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Pro- mínimo de 24 horas depois do abate, não tendo
dutos de Origem Animal e destinada diretamente o pH alcançado valor superior a seis, verificado
90
a outro estabelecimento, com serviço de inspeção no centro do músculo longissimus dorsi;
veterinária oficial e integrante do mesmo Siste-  II - carne fresca de caprinos, ovinos, suínos
ma, onde será submetida a tratamento suficiente e de outros animais susceptíveis que atendam às
para inativação do vírus da febre aftosa; condições definidas para carne fresca de bovinos,
c) leite in natura, transportado sob refrige- exceto a exigência de maturação e desossa;
ração em caminhões apropriados e com carga III - miúdos in natura obtidos em estabeleci-
lacrada, procedente de indústria com inspeção mento de abate com inspeção veterinária oficial
veterinária oficial integrante do Sistema Brasilei- integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de
ro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, e Produtos de Origem Animal , destinados a pro-
destinado a indústrias com serviço de inspeção cessamento para fins opoterápicos ou para pro-
veterinária oficial e integrantes do mesmo Siste- dução de alimento para animais, em estabeleci-
ma, para beneficiamento imediato; e mentos aprovados pelo MAPA;
d) couros e peles em bruto, submetidos a salga IV - leite in natura, transportado sob refri-
com sal marinho contendo 2% de carbonato de só- geração em caminhões apropriados e com carga
dio por período mínimo de 28 (vinte e oito) dias. lacrada, procedente de indústria com inspeção
Parágrafo único. Os produtos deverão ser veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro
transportados em veículos com carga lacrada pelo de Inspeção de Produtos de Origem Animal e des-
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação tinado a indústrias com serviço de inspeção vete-
rinária oficial integrantes do mesmo Sistema; rompido no destino pelo serviço veterinário oficial.
V - peles e couros em bruto submetidos, an- Art. 40. É proibido o ingresso na zona livre
tes do embarque, a salga com sal marinho con- de febre aftosa, com ou sem vacinação, de mate-
tendo 2% (dois por cento) de carbonato de sódio, rial patogênico destinado a qualquer fim, salvo
durante o período mínimo de 14 (catorze) dias. quando previamente autorizado pelo MAPA.
Parágrafo único. Os produtos deverão ser Art. 41. O ingresso em zona livre de febre
transportados em veículos com carga lacrada pelo aftosa, com ou sem vacinação, de produtos e
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação subprodutos de animais susceptíveis à febre af-
de origem, ou outro tipo de controle autorizado tosa não especificados nestas normas, incluindo
pelo serviço veterinário oficial, devendo ingressar material de interesse científico e com finalidade
na zona livre de febre aftosa somente por locais de- para uso industrial, deverá ser autorizado previa-
finidos e aprovados previamente pelo MAPA. mente pelo MAPA após análise de risco.
Art. 37. É permitido o ingresso em zona livre
de febre aftosa com vacinação de peles e couros CAPÍTULO VIII
em bruto, procedentes de Unidades da Federação
classificadas como alto risco ou risco desconhecido TRÂNSITO INTERNACIONAL DE ANIMAIS
para febre aftosa, ou outra classificação semelhan- SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA E DE SEUS
te que venha a ser adotada, submetidos, antes do PRODUTOS E SUBPRODUTOS
embarque, a salga com sal marinho contendo 2%
(dois por cento) de carbonato de sódio durante o Art. 42. É proibida a importação de animais
período mínimo de 28 (vinte e oito) dias. susceptíveis à febre aftosa e de seus produtos e
Art. 38. É permitido o ingresso na zona li- subprodutos quando procedentes de países, re-
vre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de giões ou zonas não incluídos na Lista de Países
sêmen, embrião ou ovócitos de animais suscep- Livres de Febre Aftosa publicada pela OIE, salvo
tíveis à febre aftosa quando obtidos em centro exceções contidas neste Capítulo.
registrado pelo serviço veterinário oficial e pro- Art. 43. É permitida a importação de carnes
cessados de acordo com as normas técnicas inter- frescas desossadas de carcaças de bovinos quando:
nacionais, localizado em Unidade da Federação I - obtidas de animais que permaneceram
ou parte de Unidade da Federação classificada no país exportador nos últimos dois anos anterio-
como, pelo menos, risco médio para febre aftosa, res a data do seu abate ou desde seu nascimento,
91
ou outra classificação semelhante que venha a em áreas onde se encontrem implantadas, e em
ser adotada pelo MAPA, atendendo às exigências execução, medidas de controle oficiais;
contidas nas alíneas “a” e “b”, inciso II, art. 27, II - obtidas de animais procedentes de pro-
desta Instrução Normativa, e acompanhados de priedade na qual, nos 60 dias anteriores, não
certificado zoossanitário. tenha sido registrado nenhum foco de febre
Art. 39. É permitido o ingresso na zona livre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio
de febre aftosa, com ou sem vacinação, de carnes de 25km, também não tenha ocorrido nenhum
e produtos cárneos, miúdos in natura devida- caso nos 30 dias anteriores;
mente embalados e acondicionados, destinados III - obtidas de animais abatidos em aba-
à exportação através dos portos, aeroportos, pos- tedouro oficialmente habilitado para a expor-
tos de fronteira, e demais recintos alfandegados tação ao Brasil;
localizados nessas áreas, e oriundos de qualquer IV - obtidas de carcaças das quais foram re-
Unidade da Federação, desde que procedam de movidos os principais nódulos linfáticos;
estabelecimentos habilitados pelo MAPA para V - a carne, antes da desossa, tenha sido
exportação e acompanhados da documentação submetida a processo de maturação sanitária em
sanitária correspondente. temperatura superior a +2°C, durante um perío-
Parágrafo único. O veículo transportador de- do de, pelo menos, 24 horas após o abate, e que
verá ser lacrado na origem e o lacre só poderá ser o pH no centro do músculo longissimus dorsi, em
cada metade da carcaça, não tenha alcançado Aftosa publicada pela OIE ou desde que oriundas
valor superior a seis. de propriedades onde, nos 30 dias anteriores à
Art. 44. É permitida a importação de produ- colheita, bem como em um raio de 3km das re-
tos que utilizem como matéria-prima carne bo- feridas propriedades, não tenha havido focos de
vina, uma vez atendido o art. 43 desta Instrução febre aftosa, e que tenham sido submetidas a um
Normativa. dos seguintes tratamentos:
Art. 45. É permitida a importação de pro- I - vapor de água em recinto fechado duran-
dutos que utilizem como matéria-prima carnes, te, pelo menos, 10 minutos a uma temperatura
miúdos ou vísceras que tenham sido submetidos de, no mínimo, 80°C; ou
a procedimentos de inativação do vírus da febre II - vapor de formol (gás formaldeído) pro-
aftosa, de acordo com as recomendações da OIE. duzido por solução a 35-40%, em recinto fechado
Art. 46. É permitida a importação de sêmen durante, pelo menos, 8 horas a uma temperatura
e embriões de bovinos, desde que atendidas as de, no mínimo, 19ºC.
disposições expressas nos incisos I e II do art. 43 Art. 48. É permitida a importação de outros
desta Instrução Normativa, além do cumprimen- produtos de origem animal, submetidos aos pro-
to das seguintes condições: cedimentos de inativação do vírus da febre afto-
I - tenham sido obtidos em centrais de inse- sa, recomendados pela OIE.
minação artificial ou em outros estabelecimentos Art. 49. Os certificados zoossanitários que
registrados ou aprovados pelo serviço veterinário acompanham as mercadorias de que trata a pre-
oficial do país exportador e que atendam às condi- sente Instrução Normativa deverão conter as ga-
ções gerais e específicas recomendadas pela OIE. rantias específicas definidas para cada caso.
II - tenham sido colhidos, processados e ar- Art. 50. As condições para importação expres-
mazenados segundo as orientações da OIE, no sas nesta Instrução Normativa serão aplicadas sem
caso de sêmen, e da Sociedade Internacional de prejuízo de outras exigências sanitárias em vigor.
Transferência de Embriões, no caso de embriões;
III - que o serviço veterinário oficial do país CAPÍTULO IX
exportador certifique o cumprimento dos requi-
sitos zoossanitários brasileiros aplicáveis à mer- DISPOSIÇÕES FINAIS
cadoria em questão.
Art. 47. É permitida a importação de palhas Art. 51. Os casos omissos e as dúvidas sus-
92
e forrageiras procedentes de países, regiões ou citadas na execução deste ato serão dirimidas
zonas incluídos na Lista de Países Livres de Febre pelo MAPA.
ANEXO II
(Modelo)
REQUERIMENTO PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA EM ZONA
LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

Manifestamos interesse em ingressar com animais susceptíveis à febre aftosa na região acima caracterizada, para o
que solicitamos autorização de acordo com o que estabelece a ________________ nº _________/07, do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e prestamos as informações que se seguem:

1. Informações sobre a procedência e caracterização dos animais


Origem dos animais:

UF Município:

Nome da propriedade:

Nome do responsável pelos animais na origem:

Endereço para contato

Tel. FAX Endereço eletrônico


Informações sobre os animais:
Espécie: Finalidade: Quantidade:

Informações adicionais sobre os animais (se necessário):

93
2. Informações sobre o destino

UF Município:

Nome da propriedade:

Nome do responsável pelos animais no destino:

Tel. FAX Endereço eletrônico

Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:

Ponto de ingresso:

_______________________________________
Local e data

________________________________________________________________
Nome e assinatura do interessado
ANEXO III
(MODELO)
AUTORIZAÇÃO PARA O INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA EM ZONA
LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( ) ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO


Nº ___________/ _______

AUTORIZO a entrada dos animais abaixo identificados, de acordo com o que estabelece a ________________ nº
_______/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observado o que se segue:
I. os animais deverão ser encaminhados para o estabelecimento de destino identificado nesta autorização, sob
supervisão de veterinário oficial designado para fins de:
( ) isolamento, para observação, pelo período mínimo de ______ dias;
( ) realização dos exames laboratoriais requeridos;
II. a presente autorização somente é válida para entrada pelo ponto especificado nesta autorização;
III. esta autorização poderá ser cancelada a qualquer momento, caso ocorra alteração da situação sanitária da
exploração pecuária de origem ou da unidade da Federação de procedência, a critério do Departamento de Saúde
Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária.

Informações sobre o local de destino para isolamento:


UF Município:

Nome da propriedade:

Nome do responsável pelos animais no destino:

Tel. FAX Endereço eletrônico:

Meio de transporte: Rodoviário Aéreo Marítimo Outro:

94
Ponto de ingresso:
Informações sobre os animais:
Espécie: Finalidade: Quantidade:

Informações adicionais sobre os animais (anexar relação com identificação individual):

Procedência:
UF Município:

Nome da propriedade:

Nome do responsável pelos animais na origem:

Local e data da emissão

Carimbo e assinatura do emitente

1ª via: destinatário. 2ª via: unidade da Federação de procedência. 3ª via: ponto de ingresso. 4ª via: emitente.
ANEXO IV
(Modelo)
ATESTADO ZOOSSANITÁRIO DE ORIGEM PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS EM ZONA
LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( ) ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO

ADICIONAL A GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA) Nº ____/__________

ESPÉCIE ENVOLVIDA: bovina bubalina caprina ovina suína outras: ______________

Atesto, para fins de ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou risco médio de acordo com o estabelecido
na Instrução Normativa nº _____/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que os animais abaixo
identificados satisfazem às seguintes condições:
( ) 1. são nascidos e criados no estabelecimento de procedência ou nele permaneceram nos últimos ____ meses
antes do embarque.
( ) 2. atendem às condições definidas nos artigos ______________ da Instrução Normativa nº _______/07, do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
( ) 3. na unidade da Federação onde se situa a exploração pecuária de procedência, a vacinação de bovinos e bubalinos
contra a febre aftosa é regularmente praticada e oficialmente controlada.
( ) 4. na unidade da Federação de origem o serviço veterinário oficial está estruturado e possui os dispositivos legais
necessários para fiscalizar o trânsito de animais, exercer a vigilância epidemiológica e sanitária e a interdição de
focos da doença, bem como para aplicar as demais medidas de defesa sanitária animal.
( ) 5. foram mantidos isolados nos 30 dias anteriores ao embarque, em local oficialmente aprovado e sob supervisão
veterinária oficial, não manifestando qualquer sinal clínico de doença transmissível, ocasião em que foram
submetidos aos testes oficialmente aprovados para febre aftosa.
( ) 6. os suídeos são nascidos e criados em estabelecimento oficialmente certificado como GRANJA DE REPRODUTORES
SUÍDEOS CERTIFICADA, de acordo com as normas zoossanitárias vigentes. A certificação é válida até ____ / ____ / ____.
( ) 7. Identificação dos animais:

Nº Identificação Raça Sexo Idade Nº Identificação Raça Sexo Idade


(meses) (meses)

1 11 95
2 12
3 13
4 14
5 15
6 16
7 17
8 18
9 19
10 20

Continua em folha anexa? ( ) Sim. ( ) Não.


Obs.:

Identificação e assinatura do médico veterinário do serviço veterinário oficial da unidade da Federação de origem

Carimbo Assinatura
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA Nº 17, DE 12 DE JANEIRO DE 2007


Publicada no DOU Nº 12, Seção 2 pág. 4, quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Institui, no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA, a Comissão de


Biossegurança para o Vírus da Febre Aftosa.

PORTARIA Nº 43, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 13/02/2006, Seção 1, Página 2

Declara a região centro-sul do Estado do Pará, constituída pelos municípios e parte de


municípios relacionados em anexo, como livre de febre aftosa com vacinação.

PORTARIA Nº 9, DE 15 DE JANEIRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 19/01/2004, Seção 1, Página 12

Declara o Estado do Acre, os Municípios de Guajará e Boca do Acre, no Estado do


Amazonas, e os Municípios localizados na região Centro-Sul do Estado do Pará, como áreas
livres de febre aftosa com vacinação.

PORTARIA Nº 543, DE 22 DE OUTUBRO DE 2002


96 Publicada no Diário Oficial da União de 23/10/2002, Seção 1, Página 3

Declara o Estado de Rondônia como livre de febre aftosa com vacinação

PORTARIA Nº 582-A, 28 DE DEZEMBRO DE 2000


Publicada no Diário Oficial da União de 12/01/2001, Seção 1, Página 52

Cria nos Estados de Tocantins e da Bahia, uma Zona Tampão, formada pelos municípios
listados no anexo I, que separa a Zona Livre de Febre Aftosa com vacinação, das demais
Unidades da Federação consideradas infectadas.

PORTARIA Nº 153, DE 27 DE ABRIL DE 2000


Publicada no Diário Oficial da União de 28/04/2000, Seção 1, Página 78

Declara a zona formada pelos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como zona
livre de febre aftosa, sem vacinação.
PORTARIA Nº 713, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1995
Publicada no Diário Oficial da União de 07/11/1995, Seção 1, Página 17760

Aprova as Normas de Produção, Controle e Emprego de Vacinas contra a Febre Aftosa e


revoga a Portaria n. 533, de 22 de outubro de 1993.

PORTARIA Nº 194, DE 29 DE NOVEMBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 09/12/1994, Seção 1, Página 8968

Cria a Comissão da Coordenação dos Circuitos Pecuários, a seguir relacionados, com a


atribuição de hermonizar e coordenar as ações dos órgãos públicos e privados, envolvidos
no controle e erradicação da febre aftosa

PORTARIA Nº 177, DE 27 DE OUTUBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 10/11/1994, Seção 1, Página 16875

Normas de Segurança Biológica para Manipulação do Vírus da Febre Aftosa

PORTARIA Nº 768, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1993


Publicada no Diário Oficial da União de 15/12/1993, Seção 1, Página 19371

Determina Secretaria de Defesa Agropecuária, através do Departamento de Defesa


Animal, a publicação mensal dos resultados laboratoriais até o 10 (décimo) dia do mês
posterior realização dos exames qualitativos das vacinas contra a Febre Aftosa, através dos 97
principais meios de comunicação.

PORTARIA N.º 16, DE 26 DE JANEIRO DE 1989


Publicada no Diário Oficial da União de 30/01/1989, Seção 1, Página 1641

Proíbe em todo o Território Nacional, a pesquisa, a produção, a comercialização e a


utilização de vacina contra a febre aftosa, elaborada com vírus vivo modificado.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 25, DE 28 DE JUNHO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 02/07/2007, Seção 1, Página 2

Inclui na zona livre de febre aftosa com vacinação, com reconhecimento internacional,
a região centro-sul do Estado do Pará, constituída pelos municípios e partes de
municípios relacionados.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 61, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2006
Publicada no Diário Oficial da União Nº 214, de 08/11/2006, Seção 1, Página 67

Suspende as restrições impostas pela Instrução Normativa SDA nº 9,


de 15 de março de 2006.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 51, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 25/09/2006, Seção 1, Página 2

Suspende as restrições impostas pela Instrução Normativa SDA nº 9, de 15 de março


de 2006, para as áreas de risco sanitário relacionadas com os focos registrados nos
Municípios de Bela Vista do Paraíso, Grandes Rios, Maringá e São Sebastião da Amoreira,
definidas no inciso II, art. 1o, da mencionada Instrução Normativa.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 6 DE JULHO DE 2005


Publicada no Diário Oficial - Nº 129, Seção 1, pág. 2, quinta-feira, 7 de julho de 2005

Inclui o Estado do Acre e os municípios de Boca do Acre e Guajará, do Estado do


Amazonas, na zona livre de febre aftosa com vacinação constituída pelos Estados da
Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe,
Tocantins e Distrito Federal.

98 INSTRUÇÃO NORMATIVA / SDA Nº 61, DE 18 DE AGOSTO DE 2003


Publicada no Diário Oficial - Nº164 - Seção 1, pág. 6-8, terça-feira, 26 de agosto de 2003
Alterada pela Instrução Normativa nº25 de 28/06/2007

Estabelece os procedimentos abaixo indicados como condição para ingresso de animais


susceptíveis à febre aftosa e seus produtos e subprodutos no Estado do Pará, em relação
ao trânsito interestadual, sem prejuízo das demais normas sanitárias em vigor.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 7, DE 11 DE JUNHO DE 2003


Publicada no Diário Oficial - Nº112 - Seção 1, quinta-feira, 12 de junho de 2003

Inclui o Estado de Rondônia na zona livre de febre aftosa com vacinação constituída
pelos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,
Sergipe, Tocantins e Distrito Federal.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 9 DE MAIO DE 2001
Publicada no DOU - Nº90 - Seção 1, quinta-feira, 10 de maio de 2001

Determina a imediata vacinação de todos os bovinos e bubalinos do Estado do


Rio Grande do Sul.

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 6, de 13 de julho de 2000


Publicada no Diário Oficial da União de 14/07/2000, Seção 1, Página 95

Cria nos Estados da Bahia e do Tocantins uma zona tampão separando a possível
zona livre de febre aftosa com vacinação, das demais Unidades da Federação
consideradas infectadas.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 229, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1998


Publicada no DOU, n.º 1, segunda-feira Seção 1 de 04/01/99

Autoriza o uso de Selo de Garantia nos frascos ampolas da vacina contra febre
aftosa e determina outras providências.

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE


E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E 99
TUBERCULOSE ANIMAL

PORTARIA Nº 11, DE 26 DE JANEIRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 29/01/2004, Seção 1, Página 3

Exclui o Estado de Santa Catarina da obrigatoriedade de vacinação das fêmeas bovinas e


bubalinas contra a brucelose.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, o


ANIMAL, DA SECRETARIA DE DEFESA AGROPECU- art. 13 da Instrução Normativa SDA nº 06, de 8 de
ÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁ- janeiro de 2004,
RIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que Considerando que o resultado do inquérito
lhe confere o art. 84, inciso VIII, do Regimento soroepidemiológico para brucelose bovina, rea-
Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria lizado em 2002 pelas autoridades sanitárias do
Estado de Santa Catarina, revelou prevalência 21000.013020/2003-71, resolve:
muito baixa de propriedades e animais infecta- Art. 1º Excluir o Estado de Santa Catarina da
dos por essa doença; obrigatoriedade de vacinação das fêmeas bovi-
Considerando que diante da prevalência nas e bubalinas contra a brucelose.
encontrada a vacinação não trará efeitos be- Art. 2º As ações a serem desenvolvidas nas
néficos e ainda que o uso da vacina elaborada áreas em processo de erradicação deverão ser
com amostra B19 possa interferir nos resul- definidas em ato normativo específico do Depar-
tados dos testes de diagnóstico, recurso siste- tamento de Defesa Animal - DDA.
maticamente utilizado em áreas em processo Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data
de erradicação, e o que consta do Processo nº de sua publicação.

JOÃO CRISOSTOMO MAUD CAVALLÉRO

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 33, DE 24 DE AGOSTO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 28/08/2007, Seção 1, Página 6

Estabelece as condições para a vacinação de fêmeas bovinas contra brucelose, utilizando


vacina não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 4º É proibida a utilização da vacina con-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E tra brucelose não indutora da formação de anti-
ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe corpos aglutinantes, amostra RB51, em bovinos
conferem os arts. 9º e 42, do Anexo I, do Decreto machos de qualquer idade, em fêmeas até oito
nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vis- meses de idade e em fêmeas gestantes.
ta o disposto no Decreto nº 24.548, de 3 de julho Art. 5º A comercialização da vacina contra
de 1934, na Instrução Normativa SDA nº 06, de 8 brucelose não indutora da formação de anticor-
de janeiro de 2004, e o que consta do Processo nº pos aglutinantes, amostra RB51, deverá ser feita
21000.004860/2005-13, resolve: exclusivamente por estabelecimentos comerciais
100 Art. 1º Estabelecer as condições para a va- devidamente registrados e autorizados e será fis-
cinação de fêmeas bovinas contra brucelose, calizada pelo serviço oficial.
utilizando vacina não indutora da formação de § 1º A aquisição da vacina só será permiti-
anticorpos aglutinantes, amostra RB51. da mediante apresentação de receita própria,
Art. 2º A vacinação de fêmeas bovinas uti- na forma do Anexo I desta Instrução Normativa,
lizando a vacina contra brucelose não indutora emitida por médico veterinário cadastrado no
da formação de anticorpos aglutinantes, amostra serviço de defesa oficial da Unidade Federativa.
RB51, será recomendada nos seguintes casos: § 2º A receita do médico veterinário ficará
I - idade superior a 8 (oito) meses e que não retida no estabelecimento comercial e deverá
foram vacinadas com a amostra B19 entre 3 e 8 conter o seu nome completo e a sua assinatura,
meses de idade; ou seu registro no Conselho de Medicina Veterinária,
II - adultas, não reagentes aos testes diag- número de cadastro no serviço de defesa oficial
nósticos, em estabelecimentos de criação com da Unidade Federativa, número de doses a serem
focos de brucelose. adquiridas, local e data.
Art. 3º A vacinação de que trata o art. 1o Art. 6º O estabelecimento comercial comu-
desta Instrução Normativa deverá ser efetuada nicará mensalmente ao serviço oficial a com-
sob a responsabilidade técnica de médico veteri- pra, a venda e o estoque de vacina contra bru-
nário cadastrado no serviço de defesa oficial da celose não indutora da formação de anticorpos
Unidade Federativa. aglutinantes, amostra RB51, na forma prevista
no Anexo II desta Instrução Normativa. da Unidade Federativa e a terceira via ao emiten-
Art. 7º O médico veterinário responsável te, na forma do Anexo III ou do Anexo IV desta
pela vacinação emitirá atestado de vacinação em Instrução Normativa, conforme o caso.
três vias, destinando-se a primeira ao proprietá- Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em
rio, a segunda à unidade local do serviço oficial vigor na data de sua publicação.

INÁCIO AFONSO KROETZ

ANEXO I

RECEITUÁRIO PARA A COMPRA DE VACINA CONTRA A BRUCELOSE NÃO INDUTORA


DA FORMAÇÃO DE ANTICORPOS AGLUTINANTES AMOSTRA RB51.

Médico vetenário:

Cadastro no serviço de defesa oficial estadual no.:

CRMV:

Endereço e telefone para contato:

Vacina: Não indutora da formação de anticorpos aglutinantes (amostra RB51)

Número de doses ___________ ( _______________________ ).


101

Local e data

Assinatura e carimbo do médico veterinário


ANEXO II

RELATÓRIO DE COMERCIALIZAÇÃO DE VACINA CONTRA A BRUCELOSE NÃO INDUTORA DA


FORMAÇÃO DE ANTICORPOS AGLUTINANTES AMOSTRA RB51

Estabelecimento comercial:
Endereço e telefone: Município: UF:
Relatório do período de:

COMPRA
Data Laboratório Partida Nº de frascos Nº de doses Vencimento

VENDA
Nome e CRMV Laboratório Partida Nº de Nº. de Vencimento
do médico veterinário Frascos doses

102

ESTOQUE ATUAL
Data Laboratório Partida Nº de frascos Nº de doses Vencimento

Observações:
Local e data:
Nome e assinatura do responsável:
ANEXO III

ATESTADO DE VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE VACINA NÃO INDUTORA


DA FORMAÇÃO DE ANTICORPOS AGLUTINANTES AMOSTRAS RB51

Atesto que foram vacinadas ______ (________________) fêmeas contra brucelose,

de propriedade do(a) Sr. (a) __________________________________________ na

Propriedade ________________________________________, cadastrada no serviço de

defesa oficial estadual sob o no ____________________________, localizada no município

de ______________________________________, UF _____________.

Foi utilizada vacina não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51,

do laboratório _______________________________, partida no _______________,

fabricada em _____________________ e com validade até _________________________.

103

Local e data da vacinação

Médico Veterinário
Carimbo – CRMV e no. de cadastro no serviço de defesa oficial estadual
ANEXO IV

ATESTADO DE VACINAÇÃO CONTRA BRUCELOSE NÃO INDUTORA DA


FORMAÇÃO DE ANTICORPOS AGLUTINANTES AMOSTRA RB51
(Modelo para uso quando da vacinação de fêmeas identificadas individualmente por sistema
aprovado pelo MAPA)

PROPRIETÁRIO:
PROPRIEDADE:
CADASTRO DA PROPRIEDADE NO SERVIÇO DE DEFESA OFICIAL No:
MUNICÍPIO: UF.:
Atesto, para os devidos fins, que usando vacina contra brucelose não indutora da formação de
anticorpos aglutinantes amostra RB51, do laboratório , partida no ,
. fabricada em e com validade até ,
foram vacinadas as seguintes fêmeas:
(número, nome, idade e raça)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
104 7.

Local e data da vacinação

Médico Veterinário
Carimbo – CRMV e no. de cadastro no serviço de defesa oficial estadual
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 41, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2006
Publicada no Diário Oficial da União de 28/11/2006, Seção 1, Página 86

Aprova os “Critérios Específicos para o Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios


de Diagnóstico da Brucelose Bovina e Bubalina”.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, para o Credenciamento e Monitoramento de La-


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atri- boratórios de Diagnóstico da Brucelose Bovina e
buição que lhe confere o art. 2º; do Decreto nº Bubalina”, na forma dos Anexos I a X à presente
5.741, de 30 de março de 2006, e o que consta Instrução Normativa.
do Processo nº 21000.004434/2006-52, resolve: Art. 2º - Esta Instrução Normativa entra em
Art. 1º - Aprovar os “Critérios Específicos vigor na data de sua publicação.

LUÍS CARLOS GUEDES PINTO

ANEXO I

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA O CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO DE


LABORATÓRIOS DE DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE BOVINA E BUBALINA

Para efeito de credenciamento e monitora- co da brucelose bovina e bubalina, que dispo-


mento de laboratórios de diagnóstico da bruce- nham de médico veterinário para responsabili-
lose bovina e bubalina, deverão ser obedecidas dade técnica e tenham sistema de garantia da
as determinações constantes desta Instrução qualidade implantado.
Normativa, da Instrução Normativa SDA nº 51, 3. DEFINIÇÕES:
de 27 de junho de 2003 e da Instrução Normati- 3.1. Para efeitos desta Instrução Normativa, 105
va SDA nº 6, de 8 de janeiro de 2004, ou dos atos considera-se:
que vierem a substituí-las. 3.1.1. Serviço de defesa oficial: é o serviço
1. OBJETIVOS: de promoção da saúde animal, prevenção, con-
1.1. Padronizar os procedimentos adotados trole e erradicação de doenças que possam cau-
por laboratórios de diagnóstico da brucelose bo- sar danos à produtividade animal, à economia e
vina e bubalina; e à sanidade agropecuária, nas Instâncias Central
1.2. Credenciar laboratórios com sistema e Superior, Intermediárias e Locais.
de garantia da qualidade implantado, em apoio 3.1.2. Médico veterinário oficial: médico ve-
às ações de defesa sanitária animal, instituídas terinário do serviço de defesa oficial.
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- 3.1.3. Médico veterinário habilitado: profis-
tecimento - MAPA. sional do setor privado que recebe habilitação
2. APLICAÇÃO de uma das três Instâncias integrantes do Siste-
2.1. A presente Instrução Normativa apli- ma Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuá-
ca-se aos laboratórios públicos e privados inte- ria, para exercer atividades específicas de defesa
ressados em integrar a Rede Nacional de Labo- sanitária animal, na forma definida pelo MAPA
ratórios Agropecuários do Sistema Unificado de como Instância Central de Superior.
Atenção à Sanidade Agropecuária no diagnósti- 3.1.4. Proprietário: qualquer pessoa, física
ou jurídica, que seja proprietário de um ou mais adquirir os Ag no serviço de defesa oficial da
bovino ou bubalino. Unidade Federativa de sua localização.
3.1.5. Rebanho: conjunto de animais cria- 5. AMOSTRAS:
dos sob condições comuns de manejo, em um 5.1. Amostras a serem testadas:
mesmo estabelecimento de criação. 5.1.1.1. Soro sangüíneo, no mínimo 2 mL,
3.1.6. Brucelose: zoonose causada pela Bru- congelado ou resfriado até +8°C (oito graus Cel-
cella spp, caracterizada por causar infertilidade e sius positivos); e
aborto no final da gestação, afetando principal- 5.1.1.2. Leite resfriado entre +2°C (dois
mente as espécies bovina e bubalina. graus Celsius positivos) e +8°C (oito graus Celsius
3.1.7. Laboratório credenciado: labora- positivos).
tório público ou privado que se submeteu ao 6. RECEPÇÃO
processo de credenciamento pela autoridade 6.1. As amostras deverão estar devidamen-
competente de uma das instâncias do Sistema te identificadas, conservadas em temperatu-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuá- ra de até +8°C (oito graus Celsius positivos) e
ria e obteve o reconhecimento formal de sua acompanhadas do formulário de encaminha-
competência para executar análises oficiais, de mento de amostras (Anexo V), devidamente
acordo com o escopo do credenciamento e res- preenchido e assinado pelo médico veterinário
pectivo sistema da qualidade. habilitado, com sua identificação profissional,
3.1.8. Responsável técnico: médico veteriná- ou pelo serviço oficial de defesa sanitária; e
rio responsável por laboratório credenciado que 6.1.1. No caso do médico veterinário requi-
foi submetido a processo de avaliação, aprovado sitante não ser portador do material colhido, o
pela autoridade competente de uma das instân- mesmo deve nomear um portador conforme
cias do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade modelo do Anexo VI.
Agropecuária e que responde tecnicamente pe- 6.2. Soros com aspecto de excessiva hemóli-
las atividades do laboratório. se, sujidade ou indícios de contaminação bacte-
3.1.9. Laboratório de referência: laboratório riana devem ser desprezados.
oficial da Rede Nacional de Laboratórios Agro- 6.3. As amostras serão registradas em li-
pecuários designado como referência para o vro próprio aberto oficialmente, devidamente
diagnóstico da brucelose pelo MAPA, em razão preenchido, conforme modelo estabelecido no
da abrangência do Programa. Anexo IX.
106
3.1.10. Reteste: teste realizado a partir de 6.4. No caso de recebimento de sangue, o
nova amostra colhida, do(s) mesmo(s) animal(is), mesmo deverá ser centrifugado, e o soro recebe-
nas condições estabelecidas no PNCEBT. rá o tratamento dos itens anteriores.
3.1.11. Monitoramento: procedimentos 6.5. A amostra a ser testada deverá ser man-
adotados pelo órgão credenciador, para verificar tida sob refrigeração até a realização da análise
se o laboratório continua atendendo aos requisi- ou congelada se a mesma for realizada 48 (qua-
tos do credenciamento. renta e oito) horas após o recebimento.
4. MATERIAL: 7. MÉTODOS
4.1. Antígeno: 7.1. Os testes indicados para o diagnóstico
4.1.1. Só poderão ser utilizados antígenos da brucelose bovina e bubalina são:
(Ag) registrados no órgão competente do MAPA e 7.1.1. Antígeno Acidificado Tamponado
cujas partidas tenham sido testadas e aprovadas (AAT), descrito no ANEXO II;
para uso, observado o prazo de validade. 7.1.2. 2-Mercaptoetanol (2-ME), descrito no
4.1.2. Os Ag devem ser transportados e con- ANEXO III;
servados à temperatura entre +2ºC (dois graus 7.1.3. Anel em Leite (TAL), descrito no ANE-
Celsius positivos) e +8ºC (oito graus Celsius posi- XO IV; e
tivos) e ao abrigo da luz solar direta. 7.2. Qualquer alteração ou inclusão de
4.1.3. Os laboratórios credenciados deverão método analítico deverá ser previamente
aprovada pelo órgão competente do MAPA. - centrífuga com capacidade mínima para
8. LABORATÓRIO 1.500 RPM (um mil e quinhentas rotações
8.1. O laboratório deve possuir instalações, por minuto);
equipamentos e fluxo operacional adequados - medidor de pH;
para realização dos testes de diagnóstico da bru- - estufa ou banho-maria para 37ºC (trinta e
celose e responsável(is) técnico(s) devidamente sete graus Celsius);
aprovado(s) pelo MAPA. - capela de exaustão de gases;
9. INSTALAÇÕES - timer ou relógio despertador de minuto;
9.1. As instalações do laboratório devem fa- - misturadores simples ou múltiplos de 5
zer parte da mesma base física. (cinco) pontas; e
9.1.1. Protocolo: área destinada ao recebi- - grades para tubos.
mento das amostras, registros, expedição dos 10.1.3. Lavagem e Esterilização:
resultados e arquivamento. - autoclave;
9.1.2. Sala de exame: área destinada ao pro- - cuba com solução desinfetante; e
cessamento das amostras. Deve estar provida - destilador ou deionizador de água.
de pontos de energia e água suficientes e ade- 10.1.4. Reagentes:
quados aos testes executados, possuir bancada, - antígenos específicos para cada teste;
paredes e piso impermeáveis que facilitem a la- - soro e leite controles positivo e negativo;
vagem e desinfecção e condicionador de ar. - solução Salina 0,85% fenicada 0,5%;
9.1.3. Lavagem e Esterilização: área destina- - solução Salina 0,85%;
da à lavagem do material utilizado na realização - 2-mercaptoetanol; e
dos testes de diagnóstico e autoclavagem das - água destilada.
amostras e seus resíduos de descarte. Deve estar 11. SEGURANÇA BIOLÓGICA:
provida de pontos de energia e água suficientes 11.1. O laboratório deverá seguir as normas
e adequados, tanques ou pias. As bancadas, pa- e procedimentos de biossegurança recomenda-
redes e piso devem ser impermeáveis e resisten- das para a realização dos testes de diagnóstico
tes à lavagem e desinfecção. sorológico da brucelose;
10. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 11.2. As amostras e seus resíduos deverão
10.1. O Laboratório deverá ter, no mínimo, ser autoclavados a +121°C (cento e vinte e um
os seguintes equipamentos e materiais: graus Celsius positivos), por pelo menos 30 (trin-
107
10.1.1. Protocolo: ta) minutos, com uma libra de pressão, antes do
- arquivo com chave; e descarte.
- máquina de escrever ou microcomputador. 11.3. Deverão ser obedecidas também as Nor-
10.1.2. Sala de exame: mas de Segurança Ambiental, Sanitária e do Traba-
- agitador de placas (opcional); lho pertinentes ao funcionamento do laboratório.
- cuba com solução desinfetante; 12. RETESTE
- caixa com luz indireta para leitura; 12.1. A amostra destinada a reteste deverá
- pipetador automático, preferencialmen- estar acompanhada de requerimento, assinado
te, ou pêra; por médico veterinário oficial ou habilitado con-
- placas de vidro quadriculadas, com qua- forme modelo do Anexo VII;
drículos de 4,0 X 4,0cm; 12.2. Para o reteste somente será realizada
- micropipeta de volume variável de 10 (dez) a prova de 2-ME.
a 100 (cem) μL; 13. RESULTADOS E RELATÓRIOS:
- ponteiras para volumes de 10 (dez) a 100 13.1. Os resultados serão expedidos em 03
(cem) μL; (três) vias, sendo uma via emitida ao médico ve-
- vidraria de laboratório; terinário habilitado, requisitante do exame, uma
- refrigerador e freezer a - 20°C (vinte graus ao órgão estadual de defesa sanitária animal e
Celsius negativos) ou refrigerador duplex; outra arquivada no laboratório.
13.2. Os resultados dos exames deverão nhará o relatório ao SEDESA da SFA de sua UF.
ser emitidos em formulários próprios, segundo 13.5. Somente o responsável técnico poderá
modelo do Anexo X e de acordo com o fluxogra- assinar o formulário de resultado do exame e os
ma determinado: relatórios mensais.
13.2.1. Resultado POSITIVO ou INCONCLUSI- 14. RESPONSÁVEL TÉCNICO
VO: deverá ser comunicado imediata e obrigato- 14.1. Para efeito de credenciamento do
riamente ao Serviço de Defesa Sanitária Agrope- laboratório, o responsável técnico será subme-
cuária (SEDESA) da SFA e ao médico veterinário tido a avaliação de capacitação em um labora-
habilitado, requisitante do exame. tório oficial ou por meio do acompanhamento
13.2.2. Resultado NEGATIVO: será comunica- do ensaio no próprio laboratório, realizados
do ao médico veterinário, requisitante do exame. por auditores designados pela autoridade
13.3. Os relatórios de atividades operacio- competente de uma das instâncias do Sistema
nais serão expedidos em 03 (três) vias, sendo Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
uma via emitida à unidade laboratorial do a distância e a resposta deverá ser encami-
MAPA, responsável pelas atividades de creden- nhada ao laboratório responsável pelo envio
ciamento de laboratórios de brucelose, uma ao do material, em um prazo máximo de 5 (cin-
serviço de defesa oficial fornecedor do antígeno co) dias úteis após o recebimento do teste, em
e outra arquivada no laboratório. envelope lacrado com AVISO DE POSTAGEM E
13.4. Os relatórios deverão ser emitidos RECEBIMENTO (AR).
mensalmente, segundo modelo do Anexo VIII, e 14.2. Para efeito de monitoramento pode-
de acordo com os prazos determinados: rão ser realizados exames a distância e a res-
13.4.1. Até o 5º (quinto) dia útil do mês sub- posta deverá ser encaminhada ao laboratório
seqüente para a unidade laboratorial do MAPA, responsável pelo envio do material, em um pra-
responsável pelas atividades de credenciamento zo máximo de 5 (cinco) dias úteis após o recebi-
de laboratórios de brucelose, e para o local do mento do teste, em envelope lacrado com AVISO
serviço de defesa oficial onde os antígenos foram DE POSTAGEM E RECEBIMENTO (AR).
adquiridos. 14.3. O responsável técnico só poderá res-
13.4.2. Até o 10º (décimo) dia do mês subse- ponder por uma unidade laboratorial.
qüente nas Unidades Federativas onde a distri- 15. DISPOSIÇÕES GERAIS
buição dos antígenos estiver a cargo do serviço 15.1.Casos omissos na presente Instrução
108
estadual de defesa sanitária animal, que encami- Normativa serão dirimidos pelo MAPA.

ANEXO II

TESTE DO ANTÍGENO ACIDIFICADO TAMPONADO (AAT)

MATERIAL NECESSÁRIO: agitador de placas (opcional); e


antígeno para o AAT; timer ou relógio despertador de minuto.
pipeta de Bang ou Pipetador de 30 μL ou de PRECAUÇÕES NA EXECUÇÃO DO TESTE:
volume ajustável; 1. A suspensão estoque do antígeno deve
ponteiras; permanecer sempre entre 4 e 8ºC (quatro e oito
placas com quadrados de 15 mm (quinze graus Celsius), quando não estiver em uso.
milímetros) delimitados; 2. Em caso de utilização do antígeno para a
misturadores de plástico, vidro ou metal; realização de pequeno número de testes, dividir
caixa com luz indireta para leitura; o antígeno em alíquotas e retirar da geladeira
soro controle positivo; apenas a quantidade a ser utilizada a cada dia
soro controle negativo; para evitar perda de sensibilidade devido ao res-
friamento aquecimento constantes. pipeta de Bang dotada de uma pêra de borracha,
3. A temperatura de execução desejável ou outro dispositivo de pipetagem que evite o uso
do teste deve ser em torno de 22ºC + 4ºC, de- da boca, dispensar 30 μL (ou da marca de 0,04 até
vendo evitar-se temperaturas muito abaixo ou 0,01 na pipeta de Bang) de soro por área da placa;
acima deste valor. depositar essa quantidade sobre a placa de vidro,
4. As placas, misturadores e pipetas devem encostando nela a ponta da pipeta em ângulo de
ser limpos com água corrente logo após o uso. 45º (quarenta e cinco graus);
Imergí-los em uma solução de detergente neu- 4. Agitar suavemente o antígeno e colocar
tro por duas horas ou, de preferência, durante 30 μL ao lado do soro, sem ser nele misturado;
a noite. Em seguida lavá-los em água corrente e 5. Misturar, por meio de misturador simples
na seqüência em água destilada. Secar em estufa ou múltiplo e com movimentos circulares, o
ou à temperatura ambiente. soro e o antígeno de modo a obter um círculo de
5. Soros hemolisados devem ser despreza- aproximadamente 2 cm (dois centímetros);
dos por poderem apresentar resultados falsos- 6. Agitar a placa com movimentos oscila-
positivos. tórios, numa freqüência de aproximadamente
6. Em todas as provas devem ser realiza- 30 (trinta) movimentos por minuto, de modo a
dos em paralelo testes dos soros controle po- permitir que a mistura soroantígeno flua len-
sitivo e negativo. tamente dentro de cada círculo. A placa deve
TÉCNICA: ser agitada continuamente por 4 min (quatro
1. Equilibrar os soros e o antígeno à tempe- minutos);
ratura de 22ºC + 4ºC, por pelo menos 30 (trinta) 7. Colocar a placa na caixa de leitura com
minutos. Caso os soros estejam congelados este luz indireta e proceder à leitura;
período de equilíbrio à temperatura ambiente 8. Anotar os resultados; e
deve ser maior. Homogeneizar os soros antes de 9. Desconsiderar as reações de aglutinação
realizar a prova; que vierem a ocorrer após os 4 (quatro) minutos.
2. Preencher os protocolos de prova identifi- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS:
cando a localização de cada soro; Presença de grumos - REAGENTE;
3. Ao utilizar o micropipetador de 30 μL ou a Ausência de grumos - NÃO-REAGENTE.

ANEXO III 109

TESTE DO 2 - MERCAPTOETANOL (2-ME)

MATERIAL: lume ajustável;


antígeno para a soroaglutinação lenta em dispensador automático de 1 mL;
tubo (SAL); dispensador automático de 2 mL;
2 Mercaptoetanol; pipetas de 10 mL;
solução salina 0,85%; caixa com luz indireta para a leitura;
solução salina fenicada 0,5%; estufa a 37ºC (trinta e sete graus Celsius); e
amostras de soro a testar; vidraria para diluição dos reagentes.
soro controle positivo com título alto; Precauções na execução do teste:
soro controle positivo com título médio; 1. A diluição do antígeno para a série de
soro controle positivo com título baixo; tubos com 2-ME deve ser realizada em solução
soro controle negativo; salina a 0,85%, sem adição de fenol;
tubos de 10 x 75 mm ou 10 x 100 mm; 2. Recomenda-se fazer as diluições do antí-
grade para tubos; geno 12 (doze) horas antes do uso;
pipetas de Bang ou micropipetadores de vo- 3. Os antígenos diluídos devem ser conserva-
dos sob refrigeração (+4ºC a +8°C), podendo ser deixa-se escorrer o soro até que o fundo do me-
utilizados por um período de até uma semana; nisco no interior da pipeta esteja nivelado com a
4. O 2-ME deve ser mantido em frascos de sua graduação superior;
cor âmbar, hermeticamente fechados e sob re- 8. Com a pipeta no fundo do primeiro tubo
frigeração; da primeira fileira, deixa-se fluir 0,08 mL de soro.
5. O 2-ME é toxico para o ser humano e deve No segundo tubo, deposita-se 0,04 mL, no tercei-
ser manuseado em capela de exaustão; ro, 0,02 mL, no quarto 0,01 mL;
6. Em cada jornada de trabalho, deve ser 9. Repete-se o procedimento descrito para
incluído pelo menos um soro selecionado, espe- depositar as mesmas quantidades de soro na se-
cialmente, com alto conteúdo de anticorpos IgM gunda fileira de tubos (série do 2-ME);
anti-Brucella e que não contenha IgG detectável 10. Para todas as amostras de soro, repete-
pelo teste do 2-ME, bem como outro soro rea- se o procedimento de forma similar, pipetando
gente na SAL e 2-ME; os soros para cada duas fileiras de tubos adequa-
7. Em cada teste serão incluídos também tubos damente identificados;
de controle de antígeno, usando-se soros testados 11. Incluir os soros controle positivos com
positivos de título conhecido e soro negativo; e atividade aglutinante conhecida;
8. O Teste do 2-ME é incubado e lido junto 12. Incluir o soro controle negativo na
com o SAL. Ocasionalmente, o tubo da diluição prova do 2-ME;
1:25 pode estar um pouco opaco na prova do 13. Com o dispensador automático de 2 mL
2-ME, ainda que os tubos subseqüentes estejam ou pipeta de 10mL, agrega-se a cada um dos
claros. Isto não deve ser considerado como resul- quatro tubos das fileiras T, 2 mL do antígeno di-
tado negativo do teste. luído 1:100 (0,045% de células) em solução sali-
Técnica: na fenicada;
1. Diluir o antígeno para SAL em tubos 100 14. Com o dispensador automático de 2 mL
(cem) vezes em solução salina a 0,85% contendo (regulado para 1 mL), ou pipeta de 10 mL, agre-
0,5% de fenol. Concentração final 0,045%; ga-se 1 mL de solução de 2-ME 0,1M (diluído em
2. Diluir o antígeno para a prova de 2-ME em solução salina sem fenol) a cada um dos tubos
tubos 50 (cinqüenta) vezes em solução salina 0,85% das fileiras M;
sem adição de fenol. Concentração final 0,090%; 15. Mistura-se bem, agitando a estante;
3. Preparar solução de 2-ME a 0,1M mistu- 16. Deixar as estantes com as amostras em
110
rando-se 7,8 Ml de 2-ME a 992,20 mL de solução repouso durante 30 (trinta) minutos à tempera-
salina a 0,85% sem fenol, ou volumes menores, tura ambiente;
proporcionalmente; 17. Após os 30 (trinta) min, empregando-se
4. Para cada amostra de soro a testar, colocar outro dispensador automático, ou outra pipeta
em uma estante, duas fileiras de quatro tubos; de 10mL, agrega-se a cada tubo da fileira M, 1
5. Identificar o primeiro tubo de cada fileira mL do antígeno diluído 1:50 (0,09 % de células)
com o número correspondente ao soro a testar; em solução salina (sem fenol);
6. A primeira fileira corresponde às quatro 18. Mistura-se bem, agitando-se a estante;
diluições do soro do SAL e deve ser marcada com 19. Incubar a 37ºC (trinta e sete graus Cel-
a letra T. A outra fileira, em que se fará o teste do sius) por 48h + 3 h;
2-ME, deve ser marcada com a letra M; 20. A leitura da prova é feita por meio de
7. Com uma pipeta de Bang, dotada de pera uma fonte de luz indireta contra um fundo es-
de borracha, ou outro dispositivo de pipetagem curo e opaco, com uma forte luz que atraves-
que evite o uso da boca, carrega-se o soro até se os tubos. As fontes de luz estranhas devem
passar um pouco da graduação superior. Com ser reduzidas. As interpretações baseiam-se no
um papel absorvente, limpa-se o extremo da grau de turvação dos tubos e na firmeza dos
pipeta; mantendo-se esta em posição vertical grumos, após agitação suave dos tubos (agluti-
sobre a parede do tubo que contém a amostra, nação do antígeno);
21. Anotar os resultados. Se houver inte- e a agitação suave não rompe os grumos;
resse na determinação do título final de um Reação incompleta - é aquela em que a
soro, poderá ser empregado o método de di- mistura soroantígeno aparece parcialmente
luições seriadas. translúcida, e uma suave agitação não rompe
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS os grumos;
O grau de aglutinação em cada uma das dis- Reação negativa - é aquela em que a mistu-
tintas diluições deve ser classificado como: com- ra soroantígeno aparece opaca ou turva, e uma
pleto (+), incompleto (I) ou negativo (-): agitação suave não revela grumos; e
Reação completa - é aquela em que o líqui- A interpretação dos resultados da prova é
do da mistura soroantígeno aparece translúcido, realizada segundo os quadros 1 (um) e 2 (dois).

QUADRO 1: interpretação da prova do 2-ME para fêmeas com idade igual ou superior a 24 (vinte e
quatro) meses e vacinadas entre 3 (três) e 8 (oito) meses de idade

2-ME SAL NR 25 I 25 50 I 50 100 I 100 200 I 200


NR -
25 I - -
25 - - +
50 I - - + +
50 - - + + +
100 I - - + + + +
100 Inc Inc + + + + +
200 I Inc Inc + + + + + +
200 Inc Inc + + + + + + +

+ : positivo
- : negativo
SAL = Teste de soroaglutinação lenta 111
2-ME = Teste do 2-mercaptoetanol
NR – não-reagente
I – reação incompleta
Inc – reação inconclusiva
– combinação que não pode ocorrer
QUADRO 2: interpretação da prova do 2-ME para fêmeas não vacinadas e machos com idade
superior a 8 (oito) meses

2-ME SAL NR 25 I 25 50 I 50 100 I 100 200 I 200


NR -
25 I - -
25 - - +
50 I - - + +
50 Inc Inc + + +
100 I Inc Inc + + + +
100 Inc Inc + + + + +
200 I Inc Inc + + + + + +
200 Inc Inc + + + + + + +

+ : positivo
- : negativo
SAL = Teste de soroaglutinação lenta
2-ME = Teste do 2-mercaptoetanol
NR – não-reagente
I – reação incompleta
Inc – reação inconclusiva
– combinação que não pode ocorrer

ANEXO IV

TESTE DO ANEL EM LEITE (TAL)


112
MATERIAL: (quarenta e cinco graus Celsius) diminui a
antígeno para o TAL; quantidade de anticorpos anti-Brucella sp pre-
amostras de leite a testar; sentes na amostra.
tubos de 10 x 75 mm ou 10 x 100 mm; 4. Congelamento ou pasteurização da
grade para tubos; amostra podem ocasionar resultados falsos-ne-
pipetas de 1 mL; gativos, portanto estas amostras não devem ser
micropipetador para 30 μL; e utilizadas no TAL.
estufa ou banho-maria a 37ºC (trinta e sete 5. Leite ácido, leite recentemente coletado,
graus Celsius) . leite contendo colostro, leite de vacas no período
PRECAUÇÕES NA EXECUÇÃO DO TESTE: de secagem e leite de vacas com mamite podem
1. As amostras de leite devem ser mantidas apresentar resultados falsos positivos.
entre +2°C e +8ºC por pelo menos 24 (vinte e 6. O tamanho do rebanho pode influen-
quatro) horas antes da realização do TAL. ciar no resultado do teste quando o leite é co-
2. A agitação excessiva da amostra de leite letado de latões. Para isto deve-se aumentar
quebra os glóbulos de gordura interferindo na for- a quantidade de leite a ser utilizada no teste
mação da camada de creme na superfície do leite. em função do tamanho do rebanho, conforme
3. Aquecimento do leite acima de 45ºC tabela abaixo:
Nº de Animais Volume de leite (em ml)
Até 150 1
151 a 450 2
451 a 700 3
Acima de 700 Dividir em lotes menores

7. Em todas as provas devem ser realizados mL, conforme as recomendações do item 6 das
testes em paralelo de amostras de leite controle Precauções na Execução do Teste
positivo e negativo. 4. Adicionar ao leite 30 μL de antígeno;
TÉCNICA 5. Tampar o tubo e misturar por inversão
1. Deixar as amostras de leite e o antígeno várias vezes;
à temperatura de 22°C(vinte e dois graus Celsius) 6. Deixar em repouso por 1 (um) minuto e
+ 4°C (quatro graus Celsius) por, no mínimo, 60 verificar se a mistura está homogênea. Não deve
(sessenta) minutos; sobrar antígeno nas paredes do tubo;
2. Misturar bem as amostras de leite; 7. Incubar por 1 (uma) hora a 37ºC (trinta e
3. Colocar 1 mL de leite em tubos 10 x 100 sete graus Celsius);
mm. A coluna de leite deve ter, no mínimo, 2 8. Proceder à leitura; e
(dois) cm; 9. Anotar os resultados.
Obs.: Em função do tamanho do rebanho, a Interpretação dos Resultados
quantidade de leite a ser utilizada no teste, (em- Anel de creme azul e coluna de leite branca
pregando-se a mesma quantidade de antígeno, 30 ou azulada: REAGENTE; e Anel de creme branco
μL), deve ser aumentada para 2 (dois) ou 3 (três) e coluna de leite azul: NÃO-REAGENTE

113
ANEXO V

MODELO DE FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO DE AMOSTRAS


PARA DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE

Espaço reservado para uso do laboratório.


Cond. Na recepção: ( ) Congelada ( ) Resfriada Data receb.: ___/___/___
( ) Satisf. ( ) Insatisf. Recebida por

I – DADOS DE REQUISITANTE
1. Nome:
2. Registro no CRMV: Documento de Habilitação:
3. Endereço:
Complemento: Bairro:
Município: UF: CEP:
4. Telefone: Fax:
5. Correio eletrônico:
6. Portador: ( ) Sim ( ) Não

II DADOS DO PORTADOR (CASO NÃO SEJA O REQUISITANTE)


1. Nome:
2. Registro no CRMV: Documento de Habilitação:
3. Endereço:
Complemento: Bairro:
Município: UF: CEP:
4. Telefone: Fax:
5. Correio eletrônico:

III – DADOS DA AMOSTRA


1. Data da coleta: ___/___/___
2. Motivo do teste:
114
3. No de animais coletados*
4. Origem do Animal:
Propriedade:
Proprietário:
Município:
Localização:
5. Espécie: Raça:
6. Sexo: Idade:
7. Animal vacinado: ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe Data: ___/___/___
8. Aborto na propriedade: ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe
9. Provas sorológicas: ( ) Sim Quando: ___/___/___ Quais:
10. Resultado da sorologia:
11. Histórico:

• No caso de amostras destinadas ao TAL


ANEXO VI

MODELO DE NOMEAÇÃO DE PORTADOR

NOMEAÇÃO DE PORTADOR

Eu, , Médico Veterinário CRMV, Nº


(nome completo) (UF)
Habilitado sob nº, nomeio
(habilitação) (nome completo)

Portador da C.I. nº como portador de

Amostra (s) de sangue / leite, coletada (s) e identificada (s) por mim conforme a (s)

Requisições números (s)

Local e data: , _____/_____/________

Médico Veterinário
Assinatura e carimbo

115
ANEXO VIII

RELATÓRIO DE ATIVIDADES OPERACIONAIS DE DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE

MÊS / ANO

Laboratório: Veterinário Responsável:

Portaria de Credenciamento: Registro nº CRMV

Antígeno Brucelose Lab: Partida(s): Validade: Dose adquirida Utilizadas: Perdas: Estoque

EXAMES REALIZADOS
Proprietário / Propriedade Município / UF Tipo de Teste* Nº animais Nº de negativos Nº de positivos
testados

*1 – AAT
2 – 2-ME
116 3 - TAL

ANEXO IX

MODELO PARA LIVRO DE REGISTRO DE AMOSTRAS PARA O DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE

DATA Nº Nº DE NOME OU MUNICÍPIO PROPRIETÁRIO PROPRIEDADE TIPO RESULTADO DATA OBS


REGISTRO SÉRIE DA NÚMERO DE
REQUISIÇÃO DO EXAME
ANIMAL
ANEXO X

MODELO DE ATESTADO DE REALIZAÇÃO DE TESTE DE BRUCELOSE

Portaria de Credenciamento Identificação do laboratório

Proprietário: Propriedade:
Município: Estado:
Nº de testes para brucelose Espécie: Data da colheita: ___/___/___ Data do teste: ___/___/___
Antígeno: Laboratório: Partida: Data da fabricante:
Colhido por Méd. Vet. CRMV Habilitação nº
Motivo do teste:

Nº de Identificação Sexo Idade Raça Teste Vacinação Data Vacinação Interpretação


ordem Diagnóstico
AAT SAL 2-ME

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 117
12
13
14
15
16
17
18
19
20
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 7 DE JUNHO DE 2006
Publicada no Diário Oficial da União de 16/06/2006, Seção 1, Página 5

Estabelece as normas de habilitação de médicos veterinários que atuam no setor


privado, para fins de execução de atividades previstas no Regulamento Técnico do
Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal
- PNCEBT, referentes à realização de testes diagnósticos de brucelose e tuberculose,
encaminhamento de amostras para laboratórios credenciados e participação no processo
de certificação de estabelecimentos de criação livres ou monitorados para brucelose e
tuberculose bovina e bubalina.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, estadual avaliará os requisitos estabelecidos e


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E encaminhará o processo à Superintendência Fe-
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe deral de Agricultura da Unidade Federativa, que
confere o art. 42, do Anexo I, do Decreto 5.351, efetuará o ato de habilitação.
de 21 de janeiro de 2005, nos termos do disposto Art. 3º A habilitação terá validade dentro
no art. 2º, da Instrução Normativa Ministerial nº da(s) Unidade(s) Federativa(s) de atuação do mé-
2, de 10 de janeiro de 2001, dico veterinário para a(s) qual(is) foi habilitado.
Considerando o estabelecido no Capítu- Art. 4º Para obter a habilitação, o médico
lo X, do Regulamento Técnico do Programa veterinário deverá:
Nacional de Controle e Erradicação da Bru- I - estar inscrito no Conselho Regional de Me-
celose e Tuberculose Animal, aprovado pela dicina Veterinária da(s) Unidade(s) Federativa(s)
Instrução Normativa SDA nº 06, de 8 de ja- de atuação;
neiro de 2004, e o que consta do Processo nº II - apresentar à Unidade Local do servi-
21000.004861/2005-50, resolve: ço de defesa sanitária animal da(s) Unidade(s)
Art. 1º Estabelecer as normas de habilita- Federativa(s) de atuação certificado registrado
ção de médicos veterinários que atuam no se- de participação e aprovação em “Curso de Trei-
tor privado, para fins de execução de atividades namento em Métodos de Diagnóstico e Controle
118 previstas no Regulamento Técnico do Programa da Brucelose e Tuberculose Animal e de Noções
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelo- em Encefalopatias Espongiformes Transmissí-
se e da Tuberculose Animal - PNCEBT, referentes veis”, reconhecido pelo Departamento de Saúde
à realização de testes diagnósticos de brucelose Animal, ou, certificado de participação em “Se-
e tuberculose, encaminhamento de amostras minário para Padronização de Cursos de Treina-
para laboratórios credenciados e participação mento em Métodos de Diagnóstico e Controle da
no processo de certificação de estabelecimentos Brucelose e Tuberculose Animal”, emitido pelo
de criação livres ou monitorados para brucelose Departamento de Saúde Animal;
e tuberculose bovina e bubalina, na forma dos III - dispor de infra-estrutura e material
Anexos à presente Instrução Normativa. adequados à execução dos testes de diagnósti-
Parágrafo único. É vedada a habilitação de co para brucelose e tuberculose, conforme dis-
médicos veterinários do serviço oficial de defesa criminação a seguir:
sanitária animal. a)para o diagnóstico de brucelose: ambiente
Art. 2º A solicitação de habilitação deverá climatizado (temperatura de 22ºC ± 4ºC aferida
ser feita pelo médico veterinário interessado, na por termômetro) com ponto de água; geladeira
Unidade Local do serviço de defesa sanitária ani- com freezer, ou geladeira e freezer; micropipe-
mal do(s) Estado(s) onde irá atuar, utilizando-se tador automático de 30 µL ou volumes variados;
os modelos contidos nos Anexos I e II. O serviço fonte de iluminação indireta; cronômetro; placa
de vidro para soroaglutinação; material para co- cutímetros descritos no item “b” para o diagnós-
lheita de sangue; ferros para marcação de ani- tico da tuberculose.
mais reagentes positivos e formulários para emis- Art. 5º Para fins da emissão de receituário
são de atestados; destinado à aquisição de vacinas contra bruce-
a.1) para os médicos veterinários que irão lose e responsabilidade técnica pela vacinação,
executar o teste do anel em leite, há ainda a faz-se necessário que o médico veterinário esteja
necessidade de possuir os seguintes materiais: cadastrado no serviço oficial de defesa sanitária
tubos de 10mm X 75mm ou 10mm X 100mm; animal do estado, de acordo com o Regulamento
grade para tubos; pipetas de 1mL; estufa ou ba- Técnico do PNCEBT.
nho-maria a 37°C (trinta e sete graus Celsius); Art. 6º O médico veterinário habilitado
b) para o diagnóstico de tuberculose: pelo deverá:
menos duas seringas multidose próprias para tu- I - cumprir o Regulamento Técnico do PNCE-
berculinização de bovídeos, calibradas para 0,1 BT e outras normas complementares estabeleci-
mL e equipadas com agulhas apropriadas para das pelo Departamento de Saúde Animal e pelo
inoculação intradérmica; cutímetro com mola serviço oficial de defesa sanitária animal do Esta-
específico para teste de tuberculinização de bo- do onde foi habilitado;
vídeos com escala em décimos de milímetro; II - fornecer informações relacionadas com
aparelho para tricotomia; ferro para marcação esse Programa e apresentar uma via dos ates-
de animais reagentes positivos; formulários para tados de realização de testes de brucelose e tu-
emissão de atestados; berculose (Anexo III) à Unidade Local do serviço
c) A critério do serviço oficial de defesa sa- oficial de defesa sanitária animal do Município
nitária animal, poderá ser dispensada a exigên- onde se encontra a propriedade atendida, com
cia de instalações e equipamentos descritos nos periodicidade mensal, até o 5º (quinto) dia do
itens “a” e “a.1”, exceto o material para colheita mês subseqüente;
de sangue e o material para marcação de ani- III - apresentar relatório de utilização de an-
mais reagentes positivos, ao médico veterinário tígenos e tuberculinas, com periodicidade men-
que declarar que encaminhará amostras para sal, até o 5º (quinto) dia do mês subseqüente, ao
diagnóstico de brucelose exclusivamente para serviço oficial de defesa sanitária animal onde os
laboratórios credenciados, ou laboratórios ofi- mesmos foram adquiridos (Anexo IV);
ciais credenciados. Neste caso, o médico vete- IV - registrar as informações dos testes de tu-
119
rinário fica impedido de adquirir antígenos e berculose em formulário próprio (Anexo V), que
realizar testes de diagnóstico para brucelose, poderá ser solicitado a qualquer momento pelo
ficando responsável pela emissão do atestado serviço oficial de defesa sanitária animal.
de realização de teste (Anexo III), ao qual deve- V - Proceder à marcação dos animais positi-
rá estar anexado o resultado do exame emitido vos com a letra “P”, de acordo com o Regulamen-
pelo laboratório credenciado; to Técnico do PNCEBT e desencadear as providên-
d) A critério do serviço oficial de defesa sani- cias para a correta eliminação desses animais;
tária animal, poderá ser aceito para fins de habi- VI - Notificar os resultados positivos em até
litação que médicos veterinários que atuam em 1 (um) dia útil à Unidade Local do serviço oficial
sociedades formais ou cooperativas, até o limite de defesa sanitária animal do Município onde se
de cinco profissionais, compartilhem instalações encontra a propriedade atendida;
e equipamentos descritos nos itens “a” e “a.1” VII -Atender às convocações do serviço
para o diagnóstico da brucelose; oficial.
e) A critério do serviço oficial de defesa sani- Art. 7º O serviço oficial de defesa sanitária
tária animal, poderá ser aceito para fins de habi- animal do Estado poderá estabelecer em legisla-
litação que médicos veterinários que atuam em ção própria as sanções aplicáveis aos habilitados
sociedades formais ou cooperativas, até o limite que descumprirem os itens I, II, III, IV, V,VI e VII,
de cinco profissionais, compartilhem seringas e do art. 6o, desta Instrução Normativa.
Art. 8º Fica automaticamente suspensa a Técnico do PNCEBT, ou de outras normas esta-
distribuição de antígenos e tuberculinas aos mé- belecidas em legislação sanitária do Ministério
dicos veterinários que descumprirem o art. 6o, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou do
até que a situação seja regularizada. serviço oficial de defesa sanitária animal do Esta-
Art. 9º A critério do serviço oficial de defesa do e, nesse caso, o médico veterinário somente
sanitária animal poderá ser determinada a co- poderá requerer nova habilitação depois de de-
lheita de sangue com acompanhamento oficial, corrido um ano do cancelamento. A critério do
em duplicidade de amostras, para que uma de- serviço oficial, nova habilitação poderá ou não
las seja destinada a laboratório oficial creden- ser concedida, considerando-se principalmente a
ciado, bem como, o acompanhamento oficial da irregularidade cometida;
inoculação e da leitura de testes para tuberculo- II -por interesse próprio, e, nesse caso, o mé-
se, para isso, o órgão de defesa poderá exigir a dico veterinário poderá requerer nova habilita-
comunicação prévia das datas de visitas dos mé- ção a qualquer momento, cumprindo as formali-
dicos veterinários habilitados às propriedades. dades previstas nesta Instrução Normativa.
Art. 10. A habilitação poderá ser cancelada: Art. 11. Esta Instrução Normativa entra em
I - a pedido do serviço oficial de defesa sani- vigor na data de sua publicação.
tária animal do Estado ou pela Superintendência Art. 12. Ficam Revogadas as Instruções Nor-
Federal de Agricultura da Unidade Federativa, mativas SDA nº 10, de 15 de janeiro de 2004 e nº
em caso de descumprimento do Regulamento 55, de 4 de agosto de 2004.

GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO I

Ao Senhor Superintendente Federal de Agricultura no Estado_______________________________


______________________________médico veterinário, CRMV -______Nº___________________,
C P F______________, residente à__________________________________________________
no Município de _______________________________________________________________,
120 Estado de _________________, endereço no correio eletrônico__________________________,
sem vínculo com o serviço oficial de defesa sanitária animal, exercendo legalmente a profissão neste
Estado, vem requerer a Vossa Senhoria, nos termos da Instrução Normativa SDA nº____________,
de________de_______________de 200_____, habilitação para realizar testes de diagnóstico para
brucelose e tuberculose, encaminhar amostras a laboratórios credenciados e atuar no processo de
certificação de propriedades livres e monitoradas para brucelose e tuberculose bovina e bubalina
neste Estado. Anexos: comprovante de inscrição no Conselho Regional de Medicina Veterinária deste
Estado, cópia do certificado de aprovação em “Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e
Controle da Brucelose e Tuberculose Animal e de Noções em Encefalopatias Espongiformes Transmis-
síveis”, ou de participação em “Seminário para Padronização de Cursos de Treinamento em Métodos
de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuberculose Animal” e declaração de que não cumpre pena
em virtude de processo ético ou disciplinar devidamente assinados.
Nestes termos Pede deferimento.

_________________________________, ________ de _______________ de 200_____.

_____________________________________________________
Assinatura
ANEXO II

DECLARAÇÃO
______________________________, médico veterinário regularmente inscrito no CRMV - _____nº
_______________, declara, para fins de habilitação junto à Superintendência Federal de Agricul-
tura no Estado de ___________________________, que não cumpre pena por processo ético ou
disciplinar. Declara, ainda, que realizará os testes de diagnóstico para brucelose no(s) seguinte(s)
endereço(s):_____________________________________________________________________
Declara que encaminhará amostras para diagnóstico de brucelose em laboratório credenciado, fican-
do, dessa forma, impedido de adquirir antígenos para realização de testes de brucelose.

_________________________________, ________ de _______________ de 200_____.

_____________________________________________________
Assinatura

121
ANEXO III
ATESTADO DE REALIZAÇÃO DE TESTES DE BRUCELOSE E TUBERCULOSE

Proprietário: Propriedade: Inscr. Estadual:


Município: Estado: No Certificado:
Total de animais existentes: Regime de criação: Espécie animal:

Motivo do teste: Trânsito Aglomeração Certificação de propriedade livre Certificação de propriedade monitorada Outro

Nº de testes para brucelose: Data da colheita: Data do teste:


Nº de testes para tuberculose: Data de inoculação: Data de leitura:

Antígeno acidificado Laboratório: Partida: Data da Fabricação:


Tamponado:
PPD bovino: Laboratório: Partida: Data da Fabricação:
PPD aviário: Laboratório: Partida: Data da Fabricação:

Número Sexo Idade Raça Resultado brucelose Resultado tuberculose Destino dos
do animal reagentes
AAT 2-ME FC TCS 1 TCC 2 TPC 3

1
2
3
4
5
6
7
8
9
122
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
ANEXO IV
RELATÓRIO DE UTILIZAÇÃO DE ANTÍGENOS PARA DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE E DE
TUBERCULOSE POR MÉDICOS VETERINÁRIOS HABILITADOS MÊS / ANO

Médico Veterinário: CRMV: Habilitação:

Assinatura:

Antígeno Lab: Partida(S) Validade: Doses adquiridas: Utilizadas: Perdas: Estoque:


Brucelose
Tuberculose Aviária Lab: Partida(S) Validade: Doses adquiridas: Utilizadas: Perdas: Estoque:
PPD
Bovina Lab: Partida(S) Validade: Doses adquiridas: Utilizadas: Perdas: Estoque:

TESTES DE BRUCELOSE
Proprietário / Município/ No animais Nº de - Nº de + Nº de +
Propriedade UF testados encaminhados para
M F M F M F Teste(s) Sacrifício /
complementar(es) destruição

TESTES DE TUBERCULOSE
Proprietário / Município/ No animais Nº de - Nº de + Nº de Nº de + e/ou inconclusivos
Propriedade UF testados inconclusivos encaminhados para 123
M F M F M F M F Teste(s) Sacrifício /
complementar(es) destruição

OBS: campos não-preenchidos deverão ser inutilizados.


ANEXO V

FICHA CONTROLE DE ANIMAIS TUBERCULINIZADOS

Proprietário: Propriedade:
Município: Estado: Nº Certificado:
Médico veterinário: CRMV:
Habilitação:
Data da tuberculinização:

Número do animal Tuberculina Aviária (mm) Tuberculina Bovina (mm) AB-AA(mm) Resultado
do teste
A0 A72h AA(A72-A0) b0 b72H ab (b72-b0)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
124 15
16
17
18
19
20

Observações:

Local e data:

Assinatura e carimbo
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 8 DE JANEIRO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 12/01/2004 , Seção 1 , Página 6
Alterada pela Instrução Normativa nº 59 de 24/08/2004

Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose


e Tuberculose Animal.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, ristas, com instituições de ensino ou pesquisa,


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E com médicos veterinários que atuam no setor
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe privado e com laboratórios não pertencentes
confere o art. 15, inciso II, do Decreto 4.629, de à rede do Ministério da Agricultura, Pecuária
21 de março de 2003, tendo em vista o disposto e Abastecimento, e o que consta do Processo
no Regulamento do serviço de Defesa Sanitária 21000.012771/2003-71, resolve:
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico do
de julho de 1934, Programa Nacional de Controle e Erradicação da
Considerando a necessidade de padronizar e Brucelose e Tuberculose Animal.
garantir a qualidade dos instrumentos e das ações Art. 2º Subdelegar ao Diretor do Departa-
profiláticas, de diagnóstico, de saneamento de re- mento de Defesa Animal competência, no que
banhos e de vigilância sanitária ativa, relaciona- couber, para baixar atos complementares a este
das ao combate à brucelose e à tuberculose, Regulamento.
Considerando a necessidade de definir Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
o papel dos órgãos públicos de defesa e ins- vigor na data de sua publicação.
peção sanitária animal no combate a essas Art. 4º Fica revogada a Instrução Normativa
enfermidades e sua integração com os pecua- SDA nº 2, de 10 de janeiro de 2001.

MAÇAO TADANO

ANEXO 125

REGULAMENTO TÉCNICO DO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA


BRUCELOSE E TUBERCULOSE ANIMAL

Capítulo I mente as espécies bovina e bubalina;


III - serviço de defesa oficial: é o serviço de
Das Definições defesa sanitária animal, nos níveis federal, esta-
dual ou municipal;
Art. 1º Para efeitos deste Regulamento, con- IV - unidade local do serviço de defesa ofi-
sidera-se: cial: escritório do serviço de defesa animal esta-
I - brucelose: zoonose causada pela Brucella dual que, sob coordenação de médico veterinário
abortus, caracterizada por causar infertilidade e oficial, é responsável pelas ações de vigilância e
aborto no final da gestação, afetando principal- atenção veterinária em um ou mais municípios;
mente as espécies bovina e bubalina; V - serviço de inspeção oficial: é o serviço de
II - tuberculose: zoonose de evolução crôni- inspeção de produtos de origem animal, nos ní-
ca, causada pelo Mycobacterium bovis, que pro- veis federal, estadual ou municipal;
voca lesões granulomatosas, afetando principal- VI - sacrifício: é o abate sanitário de animais
reagentes aos testes de diagnóstico para brucelo- XVI - médico veterinário cadastrado: médico
se ou tuberculose, realizado em estabelecimento veterinário que atua no setor privado, cadastra-
sob serviço de inspeção oficial, de acordo com a do no serviço de defesa oficial estadual para exe-
legislação pertinente; cutar a vacinação contra a brucelose ou outras
VII - destruição: é o procedimento de elimi- atividades previstas no Programa Nacional de
nação de animais reagentes aos testes de diagnós- Controle e Erradicação da Brucelose e Tubercu-
tico para brucelose ou tuberculose no próprio es- lose Animal;
tabelecimento de criação, obedecendo a critérios XVII - médico veterinário habilitado: é o mé-
definidos pelo Departamento de Defesa Animal; dico veterinário que atua no setor privado e que,
VIII - estabelecimento de criação: local onde aprovado em Curso de Treinamento em Métodos
são criados bovinos ou bubalinos sob condições de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuber-
comuns de manejo; culose, reconhecido pelo Departamento de De-
IX - estabelecimento de criação em certifica- fesa Animal, está apto a executar determinadas
ção: estabelecimento de criação que está cum- atividades previstas no Programa Nacional de
prindo os procedimentos de saneamento previs- Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculo-
tos neste Regulamento, visando obter o certifica- se Animal, sob a supervisão do serviço de defesa
do de livre de brucelose e tuberculose; oficial estadual e federal;
X - estabelecimento de criação livre de bru- XVIII - médico veterinário oficial: médico ve-
celose: estabelecimento de criação que obteve terinário do serviço de defesa oficial;
certificado de livre de brucelose após concluir sa- XIX - proprietário: é todo aquele que seja
neamento para esta enfermidade e mantém roti- possuidor, depositário ou, a qualquer título,
na de diagnóstico prevista neste Regulamento; mantenha em seu poder ou sob sua guarda bovi-
XI - estabelecimento de criação livre de nos ou bubalinos;
tuberculose: estabelecimento de criação que XX - rebanho: conjunto de animais criados
obteve certificado de livre de tuberculose após sob condições comuns de manejo, em um mes-
concluir saneamento para esta enfermidade e mo estabelecimento de criação;
mantém rotina de diagnóstico, prevista neste Re- XXI - animais de rebanho geral: animais não
gulamento; registrados em entidades reconhecidas pelo Minis-
XII - estabelecimento de criação monitorado tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
para brucelose e tuberculose: estabelecimento XXII - animais registrados: animais de valor
126
de criação especializado em pecuária de corte zootécnico, registrados em entidades reconhe-
que mantém rotina de diagnóstico, em fêmeas cidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
com idade igual ou superior a 24 (vinte e quatro) Abastecimento;
meses e em machos reprodutores, de acordo com XXIII - teste de rotina: é o primeiro teste
o previsto neste Regulamento; de diagnóstico para brucelose ou tuberculose,
XIII - laboratório credenciado: laboratório usualmente aplicado em grande número de
que recebe, por delegação de competência do animais com condição sanitária desconhecida
Departamento de Defesa Animal, ato de creden- para aquelas enfermidades, visando identificar
ciamento para realização de diagnóstico labora- animais com suspeita de infecção ou de obter
torial de brucelose ou tuberculose; diagnóstico conclusivo;
XIV - laboratório oficial credenciado: labo- XXIV - teste(s) confirmatório(s): um ou mais
ratório de instituição federal, estadual ou muni- testes utilizados para obter diagnóstico conclu-
cipal, que tenha sido credenciado pelo Departa- sivo em animais que apresentaram previamente
mento de Defesa Animal, para realizar diagnósti- reação em teste de rotina;
co laboratorial de brucelose ou tuberculose; XXV - teste de rebanho: um ou mais testes de
XV - laboratório de referência: laboratório diagnóstico aplicados simultaneamente em todos
pertencente à rede do Ministério da Agricultura, os animais presentes num rebanho, excluindo-se
Pecuária e Abastecimento; aqueles que, de acordo com este Regulamento,
não devem ser submetidos a testes de diagnósti- II - o controle do trânsito interestadual de
co para brucelose ou tuberculose; animais destinados à reprodução e da participa-
XXVI - prevalência: número total de animais ção de machos e fêmeas reprodutores em expo-
infectados em um determinado momento, divi- sições, feiras, leilões e outras aglomerações ani-
dido pelo número total de animais em risco de mais, com o objetivo de evitar a disseminação
adquirir a infecção, no mesmo momento; da brucelose e da tuberculose;
XXVII - incidência: número de novos casos de III - a certificação voluntária de estabeleci-
animais infectados em uma determinada popula- mentos de criação livres de brucelose e tubercu-
ção, durante um período de tempo especificado; lose, nos quais são aplicadas rigorosas medidas
XXVIII -sensibilidade de diagnóstico: capaci- de saneamento e vigilância sanitária ativa, que
dade de um teste de diagnóstico classificar como contribuirão para combater essas doenças, para
positivos animais infectados; melhorar o padrão sanitário dos produtos de ori-
XXIX - especificidade de diagnóstico: capaci- gem animal, principalmente do leite e derivados,
dade de um teste de diagnóstico classificar como e para agregar valor aos produtos da pecuária;
negativos animais não infectados. IV - a certificação voluntária de estabeleci-
mentos de criação monitorados para brucelose
Capítulo II e tuberculose, que procura os mesmos objeti-
vos definidos no inciso anterior, porém utilizan-
Dos Objetivos do Programa e da do procedimentos de gestão de risco adaptados
Estratégia de Atuação às condições de manejo e ao tamanho dos re-
banhos de corte.
Art. 2º O Programa Nacional de Controle e Art. 4º Para execução de atividades previs-
Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal tas neste Programa, o serviço de defesa oficial
tem como objetivos específicos: habilitará médicos veterinários que atuam no
I - baixar a prevalência e a incidência da setor privado e credenciará laboratórios que não
brucelose e da tuberculose; pertencem à rede do Ministério da Agricultura,
II - certificar um número elevado de esta- Pecuária e Abastecimento, sendo necessário ca-
belecimentos de criação, nos quais o contro- pacitar os profissionais envolvidos e padronizar
le e erradicação destas enfermidades sejam as ações por eles desenvolvidas.
executados com rigor e eficácia, objetivando 1º Para habilitação de médicos veterinários,
127
aumentar a oferta de produtos de baixo risco serão reconhecidos e padronizados cursos espe-
para a saúde pública. cíficos de treinamento em métodos de diagnós-
Art. 3º A estratégia de atuação do Programa tico e controle da brucelose e tuberculose, reali-
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelo- zados em instituições de ensino ou pesquisa em
se e Tuberculose Animal é baseada na adoção medicina veterinária.
de procedimentos de defesa sanitária animal 2º O Departamento de Defesa Animal cre-
compulsórios, complementados por medidas de denciará laboratórios privados e oficiais para
adesão voluntária que visam proteger a saúde garantir capacidade de diagnóstico adequada às
pública e desenvolver os fundamentos de ações necessidades deste Programa.
futuras para a erradicação dessas enfermidades. Art. 5º A eficácia das ações sanitárias de-
Considerando a epidemiologia da brucelose e da pende da qualidade e padronização dos mé-
tuberculose, as medidas sanitárias deste Progra- todos de diagnóstico e dos instrumentos pro-
ma são principalmente aplicadas à população de filáticos utilizados. Este Programa contempla e
bovinos e bubalinos, devendo ser destacadas: padroniza técnicas disponíveis no país e refe-
I - a vacinação obrigatória de fêmeas, entre renciadas pela Organização Mundial de Saúde
três e oito meses de idade, contra a brucelo- Animal - OIE, que garantem sensibilidade e es-
se, que visa baixar a prevalência e a incidência pecificidade de diagnóstico adequadas. Prevê-
desta enfermidade; se a possibilidade de introduzir novos testes de
diagnóstico e vacinas, de forma a acompanhar Art. 9º O cadastro de médicos veterinários
os avanços científicos e tecnológicos. será gratuito.
Art. 6º A credibilidade das medidas pro- Art. 10. É proibida a utilização da vacina B19
postas neste Programa está diretamente asso- em machos de qualquer idade e em fêmeas com
ciada às ações de monitoramento e fiscalização idade superior a 8 (oito) meses.
do serviço de defesa oficial, realizadas em co- Art. 11. É obrigatória a comprovação da
laboração com o serviço de inspeção oficial. O vacinação das bezerras na unidade local do
serviço de defesa oficial certificará a qualidade serviço de defesa oficial, no mínimo uma vez
e eficácia das medidas sanitárias, atuando em por semestre.
pontos críticos do Programa. Parágrafo Único: A comprovação da vacina-
ção será feita por meio de atestado emitido por
Capítulo III médico veterinário cadastrado, de acordo com
normas e usando modelo a ser definido pelo De-
Da Vacinação Contra a Brucelose partamento de Defesa Animal.
Art. 12. A vacinação de fêmeas com idade
Art. 7º É obrigatória a vacinação de todas as superior a oito meses poderá ser autorizada com
fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa imunógenos que não interferem nos testes de
etária de três a oito meses. diagnóstico, nas condições definidas pelo Depar-
1º A marcação das fêmeas vacinadas é obriga- tamento de Defesa Animal.
tória, utilizando-se ferro candente, no lado esquerdo Art. 13. O Diretor do Departamento de Defe-
da cara, com um V, conforme figura a seguir, acom- sa Animal poderá alterar as estratégias e normas
panhado do algarismo final do ano de vacinação. de vacinação de acordo com a evolução da situa-
ção epidemiológica dos Estados ou parte deles.
3mm
Capítulo IV

Da Produção, Controle e
4cm

Comercialização de Vacinas
Contra a Brucelose
128
Art. 14. A produção e o controle de todas as
2º Excluem-se do disposto no § 1o as fêmeas partidas de vacina liofilizada obedecerão às nor-
destinadas ao Registro Genealógico, quando de- mas do Departamento de Defesa Animal.
vidamente identificadas, e as fêmeas identifica- Art. 15. Para comercialização de vacina será
das individualmente por meio de sistema apro- exigida a apresentação de receita emitida por
vado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e médico veterinário cadastrado, a qual ficará reti-
Abastecimento da no estabelecimento comercial à disposição da
Art. 8º A vacinação será efetuada sob a res- fiscalização do serviço de defesa oficial.
ponsabilidade técnica de médico veterinário ca- Parágrafo único. O estabelecimento respon-
dastrado, utilizando dose única de vacina viva sável pela comercialização da vacina fica obriga-
liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella do a comunicar a compra, venda e estoque de
abortus (B19). vacina, na unidade local do serviço de defesa
Parágrafo único. Onde não houver mé- oficial estadual, utilizando modelo estabelecido
dicos veterinários cadastrados ou em regiões pelo Departamento de Defesa Animal.
onde eles não atenderem plenamente a de- Art. 16. A demanda anual de vacinas em cada
manda do PNCEBT, o serviço de defesa oficial Estado deverá ser notificada pelo serviço de defesa
poderá assumir a responsabilidade técnica ou oficial estadual ao serviço de defesa oficial federal
mesmo a execução da vacinação. no Estado, até o mês de novembro do ano anterior.
este Regulamento e seguir recomendações com-
Capítulo V plementares determinadas pelo Departamento
de Defesa Animal.
Da Produção, Controle e Art. 20. Os testes sorológicos de diagnóstico
Distribuição de Antígenos para para brucelose serão realizados em:
Diagnóstico de Brucelose I - fêmeas com idade igual ou superior a
24 meses, vacinadas entre três e oito meses
Art. 17. Os antígenos a serem utilizados nos de idade;
testes sorológicos para diagnóstico de brucelose II - fêmeas não vacinadas e machos, com
serão o antígeno acidificado tamponado, o an- idade superior a oito meses.
tígeno para soro aglutinação lenta e o antígeno 1º Fêmeas submetidas a testes sorológi-
para o teste do anel em leite, produzidos e con- cos de diagnóstico para brucelose no interva-
trolados segundo normas aprovadas pelo Depar- lo de 15 dias antes do parto até 15 dias após
tamento de Defesa Animal. o parto deverão ser retestadas entre 30 a 60
Parágrafo único. Outros antígenos pode- dias após o parto.
rão ser utilizados para diagnóstico de brucelose, 2º Excluem-se dos testes sorológicos
após aprovação e nas condições definidas pelo de diagnóstico para brucelose os animais
Departamento de Defesa Animal. castrados.
Art. 18. A distribuição de antígenos será Art. 21. O teste do Antígeno Acidificado
controlada pelo serviço de defesa oficial, deven- Tamponado (AAT) será utilizado como teste
do os mesmos ser fornecidos somente a médicos de rotina, de acordo com as seguintes condi-
veterinários habilitados, a laboratórios creden- ções e critérios:
ciados, a laboratórios oficiais credenciados e a I - ser realizado por médico veterinário
instituições de ensino ou pesquisa. habilitado, por laboratório credenciado, por
1º O médico veterinário habilitado respon- laboratório oficial credenciado ou, até 31 de
sável pela aquisição do antígeno deverá fornecer julho de 2005 (alterado pela Instrução Norma-
ao serviço de defesa oficial relatório de utilização tiva nº 59, de 24/08/2004) por médico veteri-
do mesmo, segundo condições a serem definidas nário cadastrado;
pelo Departamento de Defesa Animal. II - a presença de qualquer aglutinação clas-
2º A partir da data de publicação deste Re- sificará o animal como reagente ao teste;
129
gulamento, até 31 de julho de 2005 (alterado III - animais não reagentes são considerados
pela Instrução Normativa nº 59, de 24/08/2004) negativos;
médicos veterinários cadastrados serão auto- IV - animais reagentes poderão ser sub-
rizados a adquirir antígeno para diagnóstico metidos a teste confirmatório ou, a critério
sorológico de brucelose, respeitando as con- do médico veterinário habilitado, ser desti-
dições estabelecidas pelo Departamento de nados ao sacrifício ou destruição, conforme o
Defesa Animal. disposto no Capítulo IX.
Art. 22. O teste do 2-Mercaptoetanol (2-ME)
Capítulo VI será utilizado como teste confirmatório, em ani-
mais reagentes ao teste do AAT, de acordo com
Do Diagnóstico Indireto as seguintes condições e critérios:
da Brucelose I - ser realizado por laboratório credenciado
ou laboratório oficial credenciado;
Art. 19. A realização de testes de diagnós- II - a interpretação do teste obedecerá às
tico indireto para brucelose deverá obedecer a Tabelas 1 e 2:
Tabela 1. Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses,
vacinadas entre três e oito meses de idade.

Teste de soroaglutinação lenta (UI/ml) Teste do 2-ME (UI/ml) Interpretação


< 50 < 25 negativo
< 100 < 25 inconclusivo
< 25 < 25 positivo
UI - Unidade Internacional

Tabela 2. Interpretação do teste do 2-ME para fêmeas não vacinadas e machos, com idade supe-
rior a oito meses.

Teste de soroaglutinação lenta (UI/ml) Teste do 2-ME (UI/ml) Interpretação


< 25 < 25 negativo
< 50 < 25 inconclusivo
< 25 < 25 positivo
UI - Unidade Internacional

III - animais reagentes inconclusivos poderão fins, segundo critérios estabelecidos pelo serviço
ser, a critério do médico veterinário habilitado: de defesa oficial.
a) submetidos ao teste de fixação de com- 1º Considera-se o resultado do teste como
plemento; ou positivo quando a intensidade da cor do anel for
b) retestados em um intervalo de 30 a 60 igual ou maior que a da coluna de leite.
dias, usando o teste do 2-ME, sendo classificados 2º Considera-se o resultado do teste como
como reagentes positivos se apresentarem, no negativo quando a intensidade da cor do anel for
reteste, resultado positivo ou segundo resultado menor que a da coluna de leite.
inconclusivo; ou 3º Em casos de positividade, os animais do
130
c) destinados ao sacrifício ou destruição, estabelecimento de criação deverão ser subme-
conforme o disposto no Capítulo IX. tidos a testes sorológicos individuais para diag-
Art. 23. O teste de Fixação de Complemento nóstico de brucelose.
será utilizado como teste confirmatório, realizado Art. 25. Outros testes de diagnóstico para
e interpretado de acordo com recomendações do brucelose poderão ser utilizados para comple-
Departamento de Defesa Animal, e deverá ser: mentar ou substituir os testes especificados
I - realizado por laboratório oficial cre- nos arts. 21, 22, 23 e 24, após aprovação e nas
denciado; condições estabelecidas pelo Departamento
II - utilizado para o trânsito internacional de de Defesa Animal.
animais;
III - utilizado para teste de animais reagentes Capítulo VII
ao teste do AAT ou de animais que apresentaram
resultado inconclusivo ao teste do 2ME. Da Produção, Controle
Art. 24. O Teste do Anel em Leite (“TAL”) po- e Distribuição de Tuberculinas
derá ser utilizado pelo serviço de defesa oficial,
ou por médico veterinário habilitado, para mo- Art. 26. Serão utilizadas somente tuber-
nitoramento de estabelecimentos de criação cer- culinas PPD (Derivado Protéico Purificado)
tificados como livre de brucelose, ou para outros bovina e aviária, produzidas e controladas de
acordo com normas estabelecidas pelo Depar- Parágrafo único. Fêmeas submetidas a teste
tamento de Defesa Animal. de diagnóstico para tuberculose no intervalo de
Art. 27. O controle da distribuição de tuber- 15 dias antes do parto até 15 dias após o parto
culinas será efetuado pelo serviço de defesa ofi- deverão ser retestadas entre 60 a 90 dias após o
cial, devendo as mesmas ser fornecidas somente parto, obedecendo a um intervalo mínimo de 60
a médicos veterinários habilitados e a instituições dias entre testes.
de ensino ou pesquisa. Art. 29. É obrigatória a utilização de material
1º O médico veterinário habilitado responsá- próprio para tuberculinização, seguindo as deter-
vel pela aquisição da tuberculina deverá fornecer minações do Departamento de Defesa Animal.
ao serviço de defesa oficial, relatório de utilização Art. 30. O Teste Cervical Simples (TCS) é o
da mesma, segundo condições a serem definidas teste de rotina recomendado, observando-se as
pelo Departamento de Defesa Animal. seguintes condições e critérios:
2º A partir da data de publicação deste Re- I - deve ser realizado com inoculação intra-
gulamento até 31 de julho de 2005 (alterado dérmica de tuberculina PPD bovina, na dosagem
pela Instrução Normativa nº 59, de 24/08/2004) de 0,1 ml, na região cervical ou na região escapu-
médicos veterinários cadastrados serão auto- lar de bovinos, devendo a inoculação ser efetu-
rizados a adquirir tuberculina, respeitando as ada de um mesmo lado de todos os animais do
condições estabelecidas pelo Departamento estabelecimento de criação;
de Defesa Animal. II - o local da inoculação será demarcado por
tricotomia e a espessura da dobra da pele medi-
Capítulo VIII da com cutímetro antes da inoculação;
III - após 72 horas, mais ou menos 6 horas da
Do Diagnóstico Indireto inoculação, será realizada nova medida da dobra
da Tuberculose da pele, no local de inoculação da tuberculina
PPD bovina;
Art. 28. Para o diagnóstico indireto da tu- IV - o aumento da espessura da dobra da
berculose, serão utilizados testes alérgicos de pele (ΔB) será calculado subtraindose da medi-
tuberculinização intradérmica em bovinos e bu- da da dobra da pele 72 horas, mais ou menos
balinos com idade igual ou superior a seis sema- 6 horas, após a inoculação, a medida da dobra
nas, a serem realizados por médico veterinário da pele no dia da inoculação da tuberculina PPD
131
habilitado ou, até 31 de julho de 2005 (alterado bovina;
pela Instrução Normativa nº 59, de 24/08/2004) V - os resultados em bovinos serão interpre-
por médico veterinário cadastrado. tados de acordo com a Tabela 3:

Tabela 3 – Interpretação do teste simples em bovinos

Característica da reação
AB(mm) Sensibilidade Consistência Outras alterações Interpretação
0 a 1,9 — — — negativo
2,0 a 3,9 pouca dor endurecida delimitada inconclusivo
2,0 a 3,9 muita dor macia exsudato, necrose positivo
4,0 — — — positivo
VI - os animais reagentes inconclusivos po- rência de reações inespecíficas, estabelecimentos
derão ser submetidos a teste confirmatório, em certificados como livres e para estabelecimentos
um intervalo de 60 a 90 dias ou, a critério do mé- de criação de bubalinos, visando garantir boa
dico veterinário habilitado, ser considerados po- especificidade diagnóstica, devendo ser utilizado
sitivos e destinados ao sacrifício ou à destruição, com as seguintes condições e critérios: (alterado
conforme o disposto no Capítulo IX; pela Instrução Normativa nº 59, de 24/08/2004)
Art. 31. O teste da prega caudal (TPC) pode I - as inoculações das tuberculinas PPD avi-
ser utilizado como teste de rotina, exclusivamen- ária e bovina serão realizadas por via intradér-
te em estabelecimentos de criação especializados mica, na dosagem de 0,1 ml, na região cervical
na pecuária de corte e de acordo com as seguin- ou na região escapular, a uma distância entre
tes condições e critérios: as duas inoculações de 15 a 20 cm, sendo a PPD
I - a tuberculina (PPD) bovina será inoculada aviária inoculada cranialmente e a PPD bovina
por via intradérmica na dosagem de 0,1 ml, seis a caudalmente, devendo a inoculação ser efetuada
dez centímetros da base da cauda, na junção das de um mesmo lado de todos os animais do esta-
peles pilosa e glabra, devendo a inoculação ser belecimento de criação;
efetuada de um mesmo lado da prega caudal de II - os locais das inoculações serão demarca-
todos os animais do estabelecimento de criação; dos por tricotomia e a espessura da dobra da pele
II - a leitura e interpretação dos resultados medida com cutímetro, antes da inoculação;
serão realizadas 72 horas, mais ou menos 6 ho- III - após 72 horas, mais ou menos 6 horas,
ras, após a inoculação da tuberculina, compa- da inoculação, será realizada nova medida da do-
rando-se a prega inoculada com a prega do lado bra da pele, no local de inoculação das tuberculi-
oposto, por avaliação visual e palpação; nas PPD aviária e bovina;
III - qualquer aumento de espessura na IV - o aumento da espessura da dobra da
prega inoculada classificará o animal como pele será calculado subtraindo-se da medida da
reagente dobra da pele 72 horas, mais ou menos 6 horas,
IV - os animais reagentes poderão ser sub- após a inoculação, a medida da dobra da pele no
metidos a teste confirmatório, num intervalo de dia da inoculação para a tuberculina PPD aviária
60 a 90 dias, ou, a critério do médico veterinário (ΔA) e a tuberculina PPD bovina (ΔB). A diferen-
habilitado, ser destinados ao sacrifício ou destrui- ça de aumento da dobra da pele provocada pela
ção, conforme o disposto no Capítulo IX. inoculação da tuberculina PPD bovina (ΔB) e da
132
Art. 32. O teste cervical comparativo (TCC) é tuberculina PPD aviária (ΔA) será calculada sub-
o teste confirmatório utilizado em animais rea- traindo-se ΔA de ΔB.
gentes aos testes de rotina, descritos nos arts. 30 V - os resultados do teste comparativo em
e 31. É também recomendado como teste de ro- bovinos serão interpretados de acordo com a
tina para estabelecimentos de criação com ocor- Tabela 4:

Tabela 4. Interpretação do teste cervical comparativo em bovinos

B– A (mm) Interpretação
B < 2,0 — negativo
B < A < 0 negativo
B < A 0,0 a 1,9 negativo
B < A 2,0 a 3,9 inconclusivo
B < A < 4,0 positivo
VI - os animais reagentes inconclusivos po- 1º Animais reagentes positivos deverão ser
derão ser submetidos a um segundo teste cer- imediatamente afastados da produção leiteira.
vical comparativo, num intervalo mínimo de 2º O serviço de inspeção oficial do estabe-
60 dias entre os testes, ou, a critério do médico lecimento onde será realizado o sacrifício deve-
veterinário habilitado, ser considerados positivos rá ser notificado da chegada dos animais com
e destinados ao sacrifício ou à destruição, confor- antecedência mínima de 12 horas, de forma a
me disposto no Capítulo IX; permitir a adoção das medidas previstas na le-
VII - os animais que apresentarem dois re- gislação pertinente.
sultados inconclusivos consecutivos serão classi- 3º Animais reagentes positivos deverão che-
ficados como reagentes positivos; gar ao estabelecimento de abate acompanhados
Art. 33. Outros testes de diagnóstico para tu- de Guia de Trânsito Animal (GTA), informando
berculose poderão ser utilizados para complemen- condição de positivo, conforme previsto na le-
tar ou substituir os testes especificados nos arts. 30, gislação pertinente
31 e 32, após aprovação e nas condições estabeleci- Art. 36. Na impossibilidade de sacrifício em
das pelo Departamento de Defesa Animal. estabelecimento sob serviço de inspeção oficial,
indicado pelo serviço de defesa oficial federal e
Capítulo IX estadual, os animais serão destruídos no estabe-
lecimento de criação, sob fiscalização direta da
Dos Animais Reagentes Positivos unidade local do serviço de defesa oficial, respei-
aos Testes de Diagnóstico para tando procedimentos estabelecidos pelo Depar-
Brucelose ou Tuberculose tamento de Defesa Animal.
Art. 37. É proibido o egresso de animais
Art. 34. Animais reagentes positivos a teste rea­­gentes positivos e de animais reagentes in-
de diagnóstico para brucelose ou tuberculose se- conclusivos do estabelecimento de criação, salvo
rão marcados a ferro candente no lado direito da quando comprovadamente destinados ao sacrifí-
cara com um “P” contido num círculo de oito cen- cio em estabelecimento sob serviço de inspeção
tímetros de diâmetro, conforme figura a seguir. oficial, indicado pelo serviço de defesa oficial fe-
deral ou estadual.

Capítulo X
133
Da Habilitação e da Capacitação
de Médicos Veterinários
3 mm
Art. 38. As Delegacias Federais de Agricul-
tura, em conjunto com os serviços de defesa sa-
nitária animal dos Estados, habilitarão médicos
4 mm veterinários que atuam no setor privado para
realização de testes de diagnóstico e atuação no
processo de certificação de propriedades, na res-
8 cm pectiva Unidade da Federação.
Art. 39. O médico veterinário habilitado
Art. 35. Animais reagentes positivos deverão deverá:
ser isolados de todo o rebanho e sacrificados no I - estar em situação regular com o Conse-
prazo máximo de 30 (trinta) dias após o diagnós- lho de Medicina Veterinária da(s) Unidade(s)
tico, em estabelecimento sob serviço de inspeção Federativa(s) de atuação;
oficial, indicado pelo serviço de defesa oficial fe- II - ter sido aprovado em Curso de Treina-
deral ou estadual. mento em Métodos de Diagnóstico e Controle da
Brucelose e Tuberculose, reconhecido pelo De- no Curso de Treinamento em Métodos de Diagnós-
partamento de Defesa Animal; tico e Controle da Brucelose e Tuberculose deverão
III - cumprir este Regulamento e outras nor- estar em conformidade com este Regulamento e
mas complementares estabelecidas pelo Depar- com outras normas complementares estabelecidas
tamento de Defesa Animal; pelo Departamento de Defesa Animal.
IV - possuir infra-estrutura e material ade- Art. 45. A aprovação no Curso de Treina-
quado à execução dos testes de diagnóstico para mento em Métodos de Diagnóstico e Controle
brucelose e tuberculose, conforme determinação da Brucelose e Tuberculose fica condicionada à
do Departamento de Defesa Animal; avaliação teórico-prática.
V - fornecer informações e apresentar relató- Art. 46. O Departamento de Defesa Animal
rios de atividade, relacionados com o Programa realizará seminários sobre o Programa Nacional
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e de Controle e Erradicação da Brucelose e Tu-
Tuberculose Animal, na unidade local do serviço de berculose Animal, com o objetivo de habilitar
defesa oficial, com periodicidade e em modelos es- médicos veterinários instrutores dos cursos de
tabelecidos pelo Departamento de Defesa Animal. treinamento em métodos de diagnóstico e con-
Art. 40. A habilitação será suspensa pela De- trole da brucelose e tuberculose e de padronizar
legacia Federal de Agricultura em caso de descum- procedimentos.
primento deste Regulamento ou de outras normas
estabelecidas em legislação sanitária do Ministério Capítulo XII
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Art. 41. Médicos veterinários oficiais deverão Do Credenciamento de Laboratórios
ser capacitados e aprovados em Curso de Treina- para o Diagnóstico de Brucelose
mento em Métodos de Diagnóstico e Controle da e de Tuberculose
Brucelose e Tuberculose, reconhecido pelo De-
partamento de Defesa Animal. Art. 47. O Departamento de Defesa Animal
credenciará laboratórios privados, aos quais se-
Capítulo XI rão delegadas funções de diagnóstico para bru-
celose ou tuberculose, cabendo-lhe determinar
Do Reconhecimento de Cursos quais os testes de diagnóstico que serão realiza-
de Treinamento para dos nesses laboratórios e quais os requisitos ne-
134
Habilitação e Capacitação cessários para obter o credenciamento.
de Médicos Veterinários Art. 48. O Departamento de Defesa Animal
credenciará laboratórios oficiais, aos quais serão
Art. 42. As instituições de ensino ou pes- delegadas funções de diagnóstico para brucelose
quisa em medicina veterinária interessadas em ou tuberculose, cabendolhe determinar quais os
oferecer Cursos de Treinamento em Métodos de testes de diagnóstico que serão realizados nes-
Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tubercu- ses laboratórios e quais os requisitos necessários
lose, com o objetivo de capacitar e permitir a para obter o credenciamento.
habilitação de médicos veterinários que desejem
participar do Programa Nacional de Controle e Capítulo XIII
Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal
deverão preencher todos os requisitos definidos Dos Laboratórios de Referência
pelo Departamento de Defesa Animal.
Art. 43. Cada Curso de Treinamento em Méto- Art. 49. O Departamento de Defesa Animal
dos de Diagnóstico e Controle da Brucelose e Tuber- designará laboratórios de referência para bruce-
culose terá a duração mínima de 40 horas, não po- lose e tuberculose que deverão:
dendo ser excedido o número de 20 participantes. I - ser responsáveis pela produção de antíge-
Art. 44. As matérias teórico-práticas lecionadas nos de brucelose e tuberculinas de referência ou
para utilização em programas ou em situações III - utilizar sistema de identificação indivi-
excepcionais de interesse do Departamento de dual dos animais, indicado pelo Ministério da
Defesa Animal; Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou, na
II - realizar técnicas diretas e indiretas de ausência deste, possuir sistema de identificação
diagnóstico para brucelose e tuberculose em si- animal próprio, desde que aprovado pelo serviço
tuações a serem definidas pelo Departamento de de defesa oficial;
Defesa Animal; IV - custear as atividades de controle e erra-
III - efetuar o controle oficial das partidas de dicação da brucelose e da tuberculose.
antígenos de brucelose e tuberculinas produzi- Art. 54. O ingresso de animais em estabeleci-
das no país; mento de criação certificado, ou em certificação,
IV - controlar a qualidade das vacinas comer- para a condição de livre de brucelose e tubercu-
ciais contra a brucelose; lose fica condicionado a:
V - realizar o isolamento e a caracterização I - terem origem em estabelecimento de
epidemiológica de amostras de campo em situ- criação livre de brucelose ou realizar 2 (dois) tes-
ações a serem definidas pelo Departamento de tes de diagnóstico para brucelose, cumprindo os
Defesa Animal; seguintes requisitos:
VI - executar e colaborar em trabalhos de a) os dois testes deverão ter resultado negativo;
pesquisa e avaliar novos métodos de diagnóstico b) o primeiro teste deverá ser realizado du-
e novas vacinas. rante os 30 (trinta) dias que antecedem o embar-
Art. 50. Os laboratórios de referência deve- que e o segundo teste até 30 (trinta) dias após o
rão fornecer amostras padrão para a produção ingresso no estabelecimento de criação de desti-
de antígenos, alérgenos e imunógenos. no, num intervalo mínimo de 30 dias entre tes-
tes, sendo que os animais deverão permanecer
Capítulo XIV isolados desde o ingresso no estabelecimento até
o segundo resultado negativo;
Das Disposições Gerais para c) caso não seja possível manter os animais
Estabelecimento de Criação isolados no estabelecimento de criação de desti-
Certificado, ou em Certificação, no, os dois testes poderão ser efetuados durante
para a Condição de Livre os 60 dias que antecedem o embarque, num in-
de Brucelose e de Tuberculose tervalo de 30 a 60 dias entre testes;
135
d) os testes serão realizados por médico ve-
Art. 51. O certificado de estabelecimento de terinário habilitado, por laboratório credenciado
criação livre de brucelose ou de tuberculose será ou por laboratório oficial credenciado;
emitido pela Delegacia Federal de Agricultura. e) fêmeas de até 24 meses de idade, vacina-
Art. 52. A certificação de estabelecimento das entre três e oito meses de idade, só podem
de criação livre de brucelose e de tuberculose é ingressar no estabelecimento de criação se forem
de adesão voluntária, devendo ser formalmente provenientes de estabelecimento de criação livre
solicitada na unidade local do serviço de defesa de brucelose.
oficial, na qual o estabelecimento de criação en- II - terem origem em estabelecimento de
contra-se cadastrado. criação livre de tuberculose ou realizarem dois
Art. 53. O estabelecimento de criação certifi- testes de diagnóstico para tuberculose, cumprin-
cado, ou em certificação, para a condição de livre do os seguintes requisitos:
de brucelose e tuberculose fica obrigado a: a) os dois testes deverão ter resultado negativo;
I - cumprir medidas de controle e erradica- b) o primeiro teste deverá ser realizado du-
ção da brucelose e da tuberculose, previstas nes- rante os 30 (trinta) dias que antecedem o embar-
te Regulamento; que e o segundo teste até 90 dias após o ingresso
II - ter supervisão técnica de médico veteri- no estabelecimento de criação de destino, num
nário habilitado; intervalo mínimo de 60 dias entre testes, sendo
que os animais deverão permanecer isolados testes deverão ser efetuados em laboratório ofi-
desde o ingresso no estabelecimento até o segun- cial credenciado, cabendo ao médico veterinário
do resultado negativo; habilitado informar a unidade local do serviço de
c) caso não seja possível manter os animais defesa oficial da data da colheita de sangue, com
isolados no estabelecimento de criação de desti- antecedência mínima de 15 dias.
no, os dois testes poderão ser efetuados durante
os 90 dias que antecedem o embarque, num in- Capítulo XVI
tervalo mínimo de 60 dias entre testes;
d) os testes serão realizados por médico vete- Da Certificação de Estabelecimento
rinário habilitado. de Criação Livre de Brucelose
Art. 55. O médico veterinário oficial poderá,
em qualquer momento e sem ônus para o pro- Art. 57. O certificado de estabelecimento de
prietário, colher material biológico para testes criação livre de brucelose será emitido pela De-
de diagnóstico para brucelose ou tuberculose legacia Federal de Agricultura, condicionado ao
e acompanhar ou realizar testes de diagnóstico cumprimento dos requisitos seguintes:
para tuberculose, com o objetivo de verificar e I - todas as fêmeas, entre três e oito meses
validar a condição sanitária do estabelecimento de idade, devem ser vacinadas contra a brucelose
de criação certificado, ou em certificação. com vacina B19;
II - devem submeter-se a testes de diag-
Capítulo XV nóstico para brucelose todos os animais espe-
cificados no art. 20;
Do Saneamento para Certificação III - obter três testes de rebanho negativos
de Estabelecimento de Criação consecutivos, realizados com intervalo de 90 a
Livre de Brucelose 120 dias entre o primeiro e o segundo testes e
de 180 a 240 dias entre o segundo e o terceiro
Art 56. O estabelecimento de criação que testes.
entra em saneamento para obter certificado Art. 58. O certificado de estabelecimento
de livre de brucelose deve cumprir as medidas de criação livre de brucelose tem validade de 12
seguintes: (doze) meses.
I - realizar testes de rebanho para diagnós- Art. 59. A renovação do certificado de es-
136
tico de brucelose, num intervalo de 30 a 90 dias tabelecimento de criação livre de brucelose
entre testes, até obter um resultado negativo, deverá ser requerida anualmente na unidade
sendo que os animais reagentes positivos deve- local do serviço de defesa oficial, apresentan-
rão ser sacrificados ou destruídos, conforme o do resultado negativo nos testes de diagnóstico
disposto no Capítulo IX; para brucelose, realizados em todos os animais
II - o saneamento termina após obter-se 3 especificados no art. 20;
(três) testes de rebanho negativos consecutivos, Art. 60. O médico veterinário habilitado de-
num intervalo de 90 a 120 dias entre o primeiro verá informar à unidade local do serviço de de-
e o segundo testes e de 180 a 240 dias entre o fesa oficial a data de colheita de sangue para re-
segundo e o terceiro testes; alização dos testes mencionados no art. 59, com
III - animais com reação inconclusiva aos antecedência mínima de 15 dias.
testes de diagnóstico para brucelose deverão ser Art. 61. A renovação do certificado pode ser
isolados de todo o rebanho e retestados 30 a 60 prorrogada por um período máximo de 90 dias,
dias após o teste anterior; quando da necessidade de realizar novo teste de
IV - a colheita de sangue para realização do diagnóstico para brucelose em animais que apre-
terceiro teste de rebanho, especificado no inciso sentem resultado inconclusivo no reteste anual.
II, deverá ser acompanhada por médico veteri- Art. 62. A detecção de um ou mais animais
nário do serviço de defesa oficial estadual e os reagentes positivos em teste realizado por médico
veterinário habilitado ou por médico veterinário oficial estadual, cabendo ao médico veterinário
oficial ou após confirmação de suspeita clínica habilitado informar à unidade local do serviço de
resultará na suspensão temporária do certificado defesa oficial a data do teste, com antecedência
de estabelecimento de criação livre de brucelo- mínima de 15 dias.
se. Para retorno à condição de livre é necessário
obter 2 (dois) testes de rebanho negativos, reali- Capítulo XVIII
zados com intervalo de 30 a 90 dias, sendo o pri-
meiro efetuado 30 a 90 dias após o sacrifício ou Da Certificação de Estabelecimento
destruição do último animal reagente positivo. de Criação Livre de Tuberculose
Parágrafo único. A colheita de sangue para
realização do segundo teste de rebanho, para re- Art. 64. O certificado de estabelecimento
torno à condição de livre, deverá ser acompanha- de criação livre de tuberculose será emitido pela
da por médico veterinário do serviço de defesa Delegacia Federal de Agricultura, condicionado à
oficial estadual e os testes deverão ser efetuados obtenção de três testes de rebanho negativos con-
em laboratório oficial credenciado. O médico ve- secutivos, realizados num intervalo de 90 a 120
terinário habilitado deverá informar à unidade lo- dias entre o primeiro e o segundo testes e de 180
cal do serviço de defesa oficial a data da colheita a 240 dias entre o segundo e o terceiro testes.
de sangue, com antecedência mínima de 15 dias. Art. 65. O certificado de estabelecimento de
criação livre de tuberculose tem validade de 12
Capítulo XVII (doze) meses.
Art. 66. A renovação do certificado de es-
Do Saneamento para Certificação tabelecimento de criação livre de tuberculose
de Estabelecimento de Criação deverá ser requerida anualmente na unidade
Livre de Tuberculose local do serviço de defesa oficial, apresentando
resultado negativo nos testes de diagnóstico para
Art. 63. O estabelecimento de criação que tuberculose, realizados em todos os animais com
entra em saneamento para obter certificado de idade igual ou superior a seis semanas.
livre de tuberculose deve cumprir as medidas Art. 67. O médico veterinário habilitado
seguintes: deverá informar à unidade local do serviço de
I - realizar testes de rebanho para diagnós- defesa oficial a data de realização dos testes
137
tico de tuberculose em todos os animais espe- mencionados no art. 66, com antecedência mí-
cificados no art. 28, num intervalo de 90 a 120 nima de 15 dias.
dias entre testes, até obter um teste de rebanho Art. 68. A renovação do certificado pode
negativo, sendo os animais reagentes positivos ser prorrogada por um período máximo de 90
sacrificados ou destruídos, conforme o disposto dias quando da necessidade de realizar novo
no Capítulo IX; teste de diagnóstico para tuberculose em ani-
II - o saneamento termina após obter-se três mais que apresentem resultado inconclusivo
testes de rebanho negativos consecutivos, num no reteste anual.
intervalo de 90 a 120 dias entre o primeiro e o se- Art. 69. A detecção de um ou mais ani-
gundo testes e de 180 a 240 dias entre o segundo mais reagente(s) positivo(s) em teste realizado
e o terceiro testes; por médico veterinário habilitado ou por mé-
III - animais com reações inconclusivas aos dico veterinário oficial, ou após confirmação
testes de diagnóstico para tuberculose deverão de suspeita clínica, resultará na suspensão
ser isolados de todo o rebanho e retestados 60 a temporária do certificado de estabelecimento
90 dias após o teste anterior; de criação livre de tuberculose.Para retorno à
IV - a realização do terceiro teste de rebanho, condição de livre é necessário obter dois testes
especificado no inciso II, deverá ser acompanha- de rebanho negativos, realizados com interva-
da por médico veterinário do serviço de defesa lo de 90 a 120 dias, sendo o primeiro realizado
90 a 120 dias após o sacrifício ou destruição do de defesa oficial, na qual o estabelecimento
último animal reagente positivo. de criação encontra-se cadastrado.
Parágrafo único: A realização do segundo tes- Art. 73. O estabelecimento de criação monito-
te de rebanho, para retorno à condição de livre, de- rado para brucelose e tuberculose fica obrigado a:
verá ser acompanhada por médico veterinário do I - cumprir medidas de controle e erradica-
serviço de defesa oficial estadual. O médico veteri- ção da brucelose e da tuberculose, previstas nes-
nário habilitado deverá informar à unidade local te Regulamento;
do serviço de defesa oficial a data da realização do II - ter supervisão técnica de médico veteri-
teste, com antecedência mínima de 15 dias. nário habilitado;
Art. 70. A detecção de lesões sugestivas de tu- III - utilizar sistema de identificação indivi-
berculose durante a inspeção sanitária postmor- dual das fêmeas com idade igual ou superior a
tem de animais provenientes de estabelecimento 24 meses e dos machos reprodutores, indicado
de criação livre de tuberculose implica no envio pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
de amostras de lesões suspeitas ao laboratório tecimento, ou, na ausência deste, possuir sistema
indicado pelo Departamento de Defesa Animal e, de identificação animal próprio, desde que apro-
em se confirmando infecção por Mycobacterium vado pelo serviço de defesa oficial;
bovis, todos os animais de idade igual ou supe- IV - vacinar todas as fêmeas entre três e
rior a seis semanas devem ser submetidos a tes- oito meses de idade contra a brucelose, com
tes de diagnóstico para tuberculose, destinando vacina B19;
os reagentes positivos ao sacrifício ou destruição, V - submeter a testes de diagnóstico para
aplicando-se o disposto no art. 69. brucelose e tuberculose as fêmeas de idade
igual ou superior a 24 meses e os machos
Capítulo XIX reprodutores, sacrificando ou destruindo os
animais reagentes positivos, de acordo com o
Da Certificação de Estabelecimento disposto no Capítulo IX;
de Criação Monitorado para VI - custear as atividades de controle da bru-
Brucelose e Tuberculose celose e da tuberculose.
Art. 74. O primeiro teste de diagnóstico para
Art. 71. O certificado de estabelecimento brucelose e tuberculose efetuado no estabeleci-
de criação monitorado para brucelose e tu- mento de criação monitorado será realizado por
138
berculose será emitido pela Delegacia Federal amostragem, conforme a
de Agricultura. Tabela 5, sendo os animais escolhidos por
Art. 72. A certificação de estabelecimento método aleatório:
de criação monitorado para brucelose e tu- Tabela 5. Tabela de amostragem para o teste
berculose é de adesão voluntária e restrita a inicial em estabelecimento de criação monitora-
estabelecimentos de criação especializados do, segundo o número de fêmeas a partir de 24
em pecuária de corte, devendo ser formal- meses de idade e de machos reprodutores exis-
mente solicitada na unidade local do serviço tentes no estabelecimento.

Existentes Devem ser testados (*)


350 255
351 – 500 300
501 – 750 350
751 – 1500 400
1501 – 5000 440
5000 460
(*) Parâmetros de amostragem: (1) probabilidade de detecção de um ou mais animais reagentes (grau de confiança) =
99%; (2) porcentagem mínima esperada de animais reagentes no rebanho = 1%.>
Art. 75. Após o primeiro teste por amostra- ses, até obter-se dois resultados negativos consecu-
gem, especificado no art. 74, o estabelecimento tivos em todos os animais testados, passando então
de criação deverá manter rotina de diagnóstico, a ser realizados num intervalo de 18 a 24 meses;
realizando reteste periódico também por amos- III - o reteste periódico será realizado de
tragem, nas seguintes condições: acordo com a Tabela 6:
I - os testes de diagnóstico para brucelose Tabela 6. Tabela de amostragem para o re-
devem ser realizados num intervalo de 10 a 12 teste periódico em estabelecimento de criação
meses; monitorado, segundo o número de fêmeas a par-
II - os testes de diagnóstico para tuberculose tir de 24 meses de idade e de machos reproduto-
devem ser realizados num intervalo de 10 a 12 me- res existentes no estabelecimento.

Existentes Devem ser testados (*)


350 200
351 – 500 225
501 – 750 250
751 – 1500 270
1501 – 5000 290
5000 300

(*) Parâmetros de amostragem: (1) probabilidade de detecção de um ou mais animais reagentes (grau de confiança) =
95%; (2) porcentagem mínima esperada de animais reagentes no rebanho = 1%.

Art. 76. No caso de serem detectados um ou inicial negativa. Caso existam animais positivos,
mais animais reagentes positivos aos testes de o certificado somente poderá ser emitido após o
diagnóstico para brucelose durante as amostra- exame de todas as fêmeas maiores de 24 meses
gens, especificadas nos arts. 74 e 75, em outro de idade e machos reprodutores, não incluídos
teste realizado sob responsabilidade de médico na amostragem inicial, com a destruição/sacrifí-
veterinário habilitado ou oficial, ou após con- cio de todos os positivos
firmação de suspeita clínica, todas as fêmeas a Art. 79. A renovação do certificado de esta- 139
partir de 24 meses de idade e todos os machos belecimento de criação monitorado para bruce-
reprodutores, não incluídos na amostra inicial, lose e tuberculose deverá ser requerida anual-
devem ser testados para essa enfermidade. mente na unidade local do serviço de defesa ofi-
Art. 77. No caso de serem detectados um ou cial, apresentando resultado negativo nos testes
mais animais reagentes positivos aos testes de de diagnóstico realizados e na condição de todos
diagnóstico para tuberculose durante as amos- os animais reagentes positivos para brucelose e/
tragens, especificadas nos arts. 74 e 75, em outro ou tuberculose serem sacrificados ou destruídos,
teste realizado por médico veterinário habilita- conforme o disposto no Capítulo IX.
do ou oficial, ou após confirmação de suspeita Parágrafo único. A renovação do certifica-
clínica, todas as fêmeas a partir de 24 meses de do pode ser prorrogada por um período máxi-
idade e todos os machos reprodutores, não in- mo de 90 dias, quando da necessidade de reali-
cluídos na amostra inicial, devem ser testados zar novo teste de diagnóstico para brucelose ou
para essa enfermidade. tuberculose em animais que apresentem resul-
Art. 78. O certificado de estabelecimento de tados inconclusivos no reteste anual. A prorro-
criação monitorado para brucelose e tuberculose gação por igual período poderá ser autorizada
tem validade de 12 meses e será emitido após a se for necessário sacrificar ou destruir animais
obtenção de um teste com 100% da amostragem reagentes positivos.
Art. 80. O médico veterinário habilitado de- valo mínimo de 60 dias entre testes, sendo que
verá informar à unidade local do serviço de defesa os animais deverão permanecer isolados desde
oficial a data de realização dos testes mencionados o ingresso no estabelecimento até o segundo re-
no art. 79, com antecedência mínima de 15 dias. sultado negativo;
Art. 81. A detecção de lesões sugestivas de tu- c) os testes serão realizados por médico vete-
berculose durante a inspeção sanitária postmor- rinário habilitado
tem de animais provenientes de estabelecimento Art. 83. O médico veterinário oficial poderá,
de criação monitorado para brucelose e tubercu- em qualquer momento e sem ônus para o pro-
lose implica no envio de amostras de lesões sus- prietário, colher material biológico para testes
peitas ao laboratório indicado pelo Departamento de diagnóstico para brucelose ou tuberculose e
de Defesa Animal e, em se confirmando infecção acompanhar ou realizar testes de diagnóstico para
por Mycobacterium bovis, todas as fêmeas com tuberculose, com o objetivo de verificar e validar
idade igual ou superior a 24 meses e todos os ma- a condição sanitária do estabelecimento de cria-
chos reprodutores devem ser submetidos a testes ção monitorado para brucelose e tuberculose.
de diagnóstico para tuberculose, destinando os
reagentes positivos ao sacrifício ou destruição, Capítulo XX
conforme o disposto no Capítulo IX.
Art. 82. O ingresso de fêmeas com idade igual Do Controle do Trânsito
ou superior a 24 meses e de machos reprodutores de Bovinos e Bubalinos
em estabelecimento de criação monitorado para
brucelose e tuberculose fica condicionado a: Art. 84. Para fins de trânsito interestadual
I - terem origem em estabelecimento de cria- de machos e de fêmeas, das espécies bovina e
ção livre de brucelose ou em estabelecimento de bubalina, destinados à reprodução, é obrigatória
criação monitorado para brucelose e tuberculose a apresentação de resultados negativos aos testes
ou realizar dois testes de diagnóstico para bruce- de diagnóstico para brucelose e tuberculose, obe-
lose, cumprindo os seguintes requisitos: decendo ao que se segue:
a) os dois testes deverão ter resultado negativo; I - a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA)
b) o primeiro teste deverá ser realizado du- fica condicionada à apresentação dos atestados de
rante os 30 dias que antecedem o embarque e o exames negativos para brucelose e tuberculose,
segundo teste até 30 dias após o ingresso no es- emitidos por médico veterinário habilitado ou, até
140
tabelecimento de criação de destino, num inter- 31 de julho de 2005 (alterado pela Instrução Nor-
valo mínimo de 30 dias entre testes, sendo que mativa nº 59, de 24/08/2004) por médico veteriná-
os animais deverão permanecer isolados desde rio cadastrado, os quais deverão permanecer ane-
o ingresso no estabelecimento até o segundo re- xados à via da GTA que acompanha os animais;
sultado negativo; II - os testes de diagnóstico devem ter sido
c) os testes serão realizados por médico ve- realizados por médico veterinário habilitado, por
terinário habilitado, por laboratório credenciado laboratório credenciado, por laboratório oficial
ou por laboratório oficial credenciado. credenciado ou, até 31 de julho de 2005 (alterado
II - terem origem em estabelecimento de cria- pela Instrução Normativa nº 59, de 24/08/2004)
ção livre de tuberculose ou em estabelecimento de por médico veterinário cadastrado;
criação monitorado para brucelose e tuberculose III - os atestados de exames negativos para
ou realizar dois testes de diagnóstico para tubercu- brucelose e tuberculose serão válidos por 60 (ses-
lose, cumprindo os seguintes requisitos: senta) dias, a contar da data da colheita de san-
a) os dois testes deverão ter resultado negativo; gue para diagnóstico de brucelose e da realização
b) o primeiro teste deverá ser realizado du- do teste para diagnóstico de tuberculose;
rante os 30 dias que antecedem o embarque e o IV - os testes de diagnóstico para brucelose
segundo teste até 90 dias após o ingresso no es- são obrigatórios para os animais especificados no
tabelecimento de criação de destino, num inter- art. 20, excetuando-se os animais com origem em
estabelecimento de criação certificado como livre (alterado pela Instrução Normativa nº 59, de
de brucelose ou em estabelecimento de criação 24/08/2004) por médico veterinário cadastrado;
monitorado para brucelose e tuberculose; b) excluem-se dos testes os animais cujo des-
V - os testes de diagnóstico para tuberculose tino final seja o abate, as fêmeas de até 24 meses
são obrigatórios para animais de idade igual ou de idade, desde que vacinadas entre três e oito
superior a seis semanas, excetuando-se os ani- meses de idade, os animais castrados e os ani-
mais com origem em estabelecimento de criação mais procedentes de estabelecimento de criação
certificado como livre de tuberculose ou em esta- livre de brucelose;
belecimento de criação monitorado para bruce- c) comprovação de vacinação contra bruce-
lose e tuberculose. lose no estabelecimento de criação de origem
Parágrafo único. A partir de data a ser de- dos animais.
terminada pelo Departamento de Defesa Animal, II - para a tuberculose:
o trânsito interestadual de bovinos e bubalinos a) atestado com resultado negativo a teste
destinados à reprodução só será permitido a ani- de diagnóstico para tuberculose, efetuado até
mais com origem em estabelecimento de criação 60 dias antes do início do evento, para animais
certificado como livre de brucelose e de tubercu- de idade igual ou superior a seis semanas, emi-
lose ou em estabelecimento de criação monitora- tido por médico veterinário habilitado ou, até
do para brucelose e tuberculose. 31 de julho de 2005 (alterado pela Instrução
Art. 85. A emissão da GTA para trânsito de Normativa nº 59, de 24/08/2004) por médico
bovinos ou bubalinos, qualquer que seja a finali- veterinário cadastrado;
dade, fica condicionada à comprovação de vaci- b) excluem-se do disposto no item anterior
nação contra a brucelose no estabelecimento de os animais cujo destino final seja o abate e aque-
criação de origem dos animais, de acordo com o les provenientes de estabelecimento de criação
disposto no Capítulo III. livre de tuberculose.
Art. 86. O trânsito internacional de animais, Art. 88. Animais de rebanho geral destina-
sêmen e embriões reger-se-á pelas normas dis- dos à participação em leilões ficam dispensa-
postas no Código Zoosanitário Internacional, da dos da apresentação de atestados com resul-
Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ou tado negativo, exceto quando o serviço oficial
conforme normas especificadas em acordos in- estadual julgar necessário.
ternacionais firmados. Art. 89. A partir de data a ser determinada
141
pelo Departamento de Defesa Animal, a emissão
Capítulo XXI de GTA para participação de bovinos e de bubali-
nos em exposições, em feiras e em leilões de ani-
Da Participação em Exposições, mais registrados fica condicionada à origem em
Feiras, Leilões e Outras estabelecimento de criação livre de brucelose e
Aglomerações de Animais tuberculose.

Art. 87. Na emissão da Guia de Trânsito Ani- Capítulo XXII


mal (GTA) para bovinos e bubalinos destinados à
participação em exposições, feiras, leilões e ou- Do Papel do Serviço de
tras aglomerações de animais devem ser obser- Inspeção Oficial
vados os seguintes requisitos:
I - para a brucelose: Art. 90. O serviço de inspeção oficial parti-
a) atestado com resultado negativo a teste cipa do Programa Nacional de Controle e Erra-
de diagnóstico para brucelose, efetuado até 60 dicação da Brucelose e Tuberculose Animal, em
dias antes do início do evento, para animais aci- colaboração com o serviço de defesa oficial, vi-
ma de oito meses de idade, emitido por médico sando melhorar a eficácia das ações de vigilância
veterinário habilitado ou, até 31 de julho de 2005 sanitária e de monitoramento deste Programa.
Art. 91. São atribuições específicas do servi- nitários e fazer o julgamento e destinação de
ço de inspeção oficial: carcaças e vísceras, conforme previsto na legis-
I - realizar o abate sanitário de animais lação pertinente;
identificados como positivos para brucelose ou III - comunicar ao serviço de defesa oficial
tuberculose; os achados de matança, em carcaças e vísceras,
II - cumprir procedimentos higiênico-sa- sugestivos de tuberculose.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA Nº 6, DE 27 DE MARÇO DE 2003


Reconhecimento de Cursos de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle
da Brucelose e Tuberculose Animal e de Noções em Encefalopatias Espongiformes
Transmissíveis - EET, para credenciamento de médicos veterinários no Programa Nacional
de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT).

O Departamento de Defesa Animal do Minis- quisitos seguintes:


tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, I - Possuir, no mínimo, dois instrutores mé-
nas atribuições que lhe confere o Artigo 18, da dicos veterinários habilitados pelo Ministério da
Portaria Ministerial nº 574 de 08 de dezembro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que te-
1998, e considerando: nham participado com 100% de freqüência, em
A aprovação do Regulamento Técnico do seminário sobre o PNCEBT;
Programa Nacional de Controle e Erradicação da II - Possuir ou contratar um médico veteri-
Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), atra- nário com experiência em patologia, habilitado
vés da Instrução Normativa nº 2, de 10 de janeiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
de 2001, da Secretaria de Defesa Agropecuária; tecimento, que tenha participado com 100% de
A necessidade de padronizar o reconheci- freqüência, em seminário sobre noções em EET;
mento de cursos de treinamento em métodos de III - Possuir equipamentos e estrutura física
diagnóstico e controle da brucelose e tuberculo- para realização de aulas teóricas, compatíveis
142
se, para credenciamento de médicos veterinários com a participação e acomodação de até 20 alu-
e ainda a necessidade de ampliar a vigilância das nos por curso;
encefalopatias espongiformes transmissíveis, re- IV - Possuir equipamentos e estrutura la-
solve: boratorial e física de acordo com o disposto no
1- Os cursos de treinamento em métodos de anexo II;
diagnóstico e controle da brucelose e tuberculose V - Garantir condições para que cada médico
animal e de noções em EET para médicos veteri- veterinário participante do curso teste um núme-
nários, deverão ser oferecidos por instituições de ro mínimo de vinte soros para brucelose, sendo
ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação dez positivos e dez negativos;
(MEC), ou de pesquisa em medicina veterinária. VI - Dispor, no mínimo, de 20 bovinos em
2- A instituição de ensino ou pesquisa em bom estado físico e sanitário por curso.
medicina veterinária interessada em oferecer o Desses animais, oito devem ser sensibiliza-
curso deverá encaminhar requerimento, con- dos com 10 mg de inóculo de Mycobacterium bo-
forme modelo (anexo I), ao Serviço de Sanidade vis, amostra AN5 e dois com 10 mg de inóculo de
Animal da Delegacia Federal da Agricultura da Mycobacterium avium, amostra D4. Os outros dez
respectiva Unidade Federativa e preencher os re- bovinos não devem ser sensibilizados.
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA DDA Nº 73, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2003, Seção 2, Página 4

Estabelece a composição do Comitê Científico Consultivo sobre Brucelose (B. abortus)


e Tuberculose animal (M. bovis) - CCBT no âmbito do Programa Nacional de Controle e
Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), especificando a área de atuação
de cada um dos membros constituintes.

PORTARIA Nº 10, DE 7 DE MARÇO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 11/03/2003, Seção 1, Página 8

Institui o Comitê Científico Consultivo sobre Brucelose (B.abortus) e Tuberculose animal


(M. bovis) - CCBT.

PORTARIA Nº 64, DE 18 DE MARÇO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 23/03/1994, Seção 1, Página 4198

Aprova as Instruções anexas a esta Portaria, que versam sobre Normas de Produção,
Controle e Emprego de Tuberculina.
143
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 59, DE 24 DE AGOSTO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 26/08/2004, Seção 1, Página 9

Altera a Instrução Normativa nº 6 de 08/01/2004


Altera, de 31 de julho de 2004 para 31 de julho de 2005, o prazo previsto nos arts. 18,
§2º, 21, inciso I, 27, §2º, 28, 84, incisos I e II, e 87, incisos I-a e II-a, respectivamente
nos capítulos V, VI, VII, VIII, XX e XXI, do Regulamento Técnico do Programa Nacional
de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal, aprovado pela Instrução
Normativa SDA nº 06, de 8 de janeiro de 2004.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 15, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 25/02/2004, Seção 1, Página 2

Aprova o regulamento técnico para produção e controle de qualidade da vacina contra a


brucelose e antígenos para diagnóstico da brucelose.
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA Nº 19, DE 28 DE JUNHO DE 2002
Trata da distribuição de antígenos e tuberculinas para diagnóstico de brucelose
e de tuberculose.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA Nº 21, DE 07 DE DEZEMBRO DE 2001


Trata da comercialização e utilização de vacina contra a brucelose.

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE


DA RAIVA DOS HERBÍVOROS

PORTARIA SDA N° 168, DE 27 DE SETEMBRO DE 2005


Publicada no Diário Oficial da União de 29/09/2005, Seção 1, Página 9

Aprova o Manual Técnico para o Controle da Raiva dos Herbívoros - Edição 2005.
144

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, no sítio eletrônico do Ministério da Agricultura


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA Pecuária e Abastecimento.
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na
lhe confere o art. 42, do Anexo I, do Decreto n° data de sua publicação. O SECRETÁRIO DE
5,351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA
o disposto na Instrução Normativa n° 5, de 1° de AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMEN-
março de 2002, e o que consta do Processo n° TO, no uso da atribuição que lhe confere o
21000.004608/2005-04, resolve: art. 42, do Anexo I, do Decreto n° 5,351, de
Art. 1° Aprovar o MANUAL TÉCNICO PARA O 21 de janeiro de 2005, tendo em vista o dis-
CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS, Edição posto na Instrução Normativa n° 5, de 1° de
2005, elaborado pelo Departamento de Saúde março de 2002, e o que consta do Processo n°
Animal desta Secretaria, para uso dos agentes 21000.004608/2005-04, resolve:
públicos nas ações do Programa Nacional de Art. 1° Aprovar o MANUAL TÉCNICO PARA O
Controle da Raiva dos Herbívoros, em todo o Ter- CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS, Edição
ritório Nacional anexo à presente Portaria. 2005, elaborado pelo Departamento de Saúde
Art. 2° Determinar a publicação e a ampla Animal desta Secretaria, para uso dos agentes
divulgação do Manual, que deverá ser colocada públicos nas ações do Programa Nacional de
Controle da Raiva dos Herbívoros, em todo o Ter- no sítio eletrônico do Ministério da Agricultura
ritório Nacional anexo à presente Portaria. Pecuária e Abastecimento.
Art. 2° Determinar a publicação e a ampla Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data
divulgação do Manual, que deverá ser colocada de sua publicação.

GABRIEL ALVES MACIEL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 1º DE MARÇO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 04/03/2002, Seção 1, Página 3

Aprova as Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, 516, de 9 de dezembro de 1997, passa a vigorar


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- com a seguinte redação:
ção que lhe confere o art. 87, parágrafo único, b) a incorporação da encefalopatia espongi-
da Constituição, tendo em vista o disposto no forme bovina, da paraplexia enzoótica dos ovinos
art. 86, do Regulamento de Defesa Sanitária (scrapie) e outras doenças com sintomatologia
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 nervosa de caráter progressivo no sistema de vi-
de julho de 1934, e o que consta do Processo nº gilância da raiva dos herbívoros domésticos, na
21000.009298/2001-82, resolve: forma a ser estabelecida em ato do Ministério da
Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas para o Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
controle da raiva dos herbívoros domésticos, Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
em conformidade com o Anexo a esta Instru- vigor na data de sua publicação.
ção Normativa. Art. 4º Fica revogada a Portaria nº 126, de 18
Art. 2º O item “b”, do art. 3º, da Portaria nº de março de 1976.
145
MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS PARA O CONTROLE DA RAIVA DOS HERBÍVOROS DOMÉSTICOS

CAPÍTULO I seu poder animais susceptíveis à raiva.


Art. 2º O proprietário deverá notificar de
DAS DISPOSIÇÕES imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocor-
PRELIMINARES rência ou a suspeita de casos de raiva, assim
como a presença de animais atacados por mor-
Art. 1º Para efeito destas Normas, considera- cegos hematófagos ou a existência de abrigos
se como proprietário aquele que seja possuidor, de tal espécie.
depositário ou a qualquer título mantenha em Art. 3º O Serviço Veterinário Oficial deverá
tomar as providências necessárias ao atendi- Parágrafo único. Para complementar a com-
mento dos animais e à coleta de material para provação da vacinação, poderá ser solicitado ao
diagnóstico da raiva e de outras encefalites proprietário dos animais:
diferenciais. I - a nota fiscal de aquisição da vacina, a qual
Art. 4º Os servidores que trabalham em la- deve constar o número da partida, a validade e o
boratório ou em atividades de controle da doen- laboratório produtor;
ça devem estar protegidos mediante imunização II - a anotação da data da vacinação, o nú-
preventiva, segundo esquema recomendado pela mero de animais vacinados por espécie e a res-
Organização Mundial da Saúde. pectiva identificação dos animais.
Art. 10. A duração da imunidade das vacinas
CAPÍTULO II para uso em herbívoros, para efeito de revacina-
ção, será de no máximo 12 (doze) meses.
DO OBJETIVO E DA ESTRATÉGIA
DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA CAPÍTULO IV

Art. 5° O Programa Nacional de Controle da DA PRODUÇÃO, CONTROLE


Raiva dos Herbívoros tem como objetivo baixar a E COMERCIALIZAÇÃO DE VACINAS
prevalência da doença na população de herbívo-
ros domésticos. Art. 11. A produção e o controle de todas
Art. 6º A estratégia de atuação do Programa as partidas de vacina obedecerão às normas
é baseada na adoção da vacinação dos herbívo- do Departamento de Defesa Animal, junto ao
ros domésticos, do controle de transmissores qual todas as vacinas deverão estar previa-
e de outros procedimentos de defesa sanitária mente licenciadas.
animal que visam à proteção da saúde pública Art. 12. Só será aprovada vacina com prazo
e o desenvolvimento de fundamentos de ações de validade igual ou superior a 1 (um) ano.
futuras para o controle dessa enfermidade. Art. 13. Desde a produção até seu uso, a va-
cina anti-rábica deverá ser mantida em tempera-
CAPÍTULO III tura entre dois e oito graus centígrados.
Art. 14. Sempre que exigido pelo Serviço
DA VACINAÇÃO Veterinário Oficial, o estabelecimento responsável
146
pela comercialização da vacina fica obrigado a co-
Art. 7° Na profilaxia da raiva dos herbívoros, municar a compra, a venda e o estoque de vacina.
será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 Art. 15. Sempre que necessário, será procedida
(dois) ml, administrada pelo proprietário, através a coleta, para análise fiscal, de vacinas anti-rábicas,
da via subcutânea ou intramuscular. elaboradas no país ou importadas, onde quer que
Art. 8º Nas áreas de ocorrência de raiva, a vaci- se encontrem, visando à avaliação da sua eficácia.
nação será adotada sistematicamente, em bovíde-
os e eqüídeos com idade igual ou superior a 3 (três) CAPÍTULO V
meses, sob a supervisão do médico veterinário.
§ 1° A vacinação de bovídeos e eqüídeos DO CONTROLE DE TRANSMISSORES
com idade inferior a 3 (três) meses e a de outras
espécies poderá ser realizada a critério do mé- Art. 16. As equipes que atuam em focos de
dico veterinário. raiva deverão realizar inquéritos para determina-
§ 2° Animais primovacinados deverão ser re- ção de outras espécies que não a dos morcegos,
vacinados após 30 (trinta) dias. que possam atuar como transmissores.
Art. 9° O atestado de vacinação anti-rábica será Art. 17. O método escolhido para controle de
expedido por médico veterinário, sendo válido pelo transmissores dependerá da espécie animal, da to-
período de proteção conferido pela vacina usada. pografia da região e das possíveis restrições legais.
Art. 18. Até que sejam realizados estudos Art. 27. Será considerada área de ocorrência
a respeito de outros produtos, o método para o de raiva aquela onde a doença tenha sido confir-
controle de morcegos hematófagos basear-se-á mada durante os 2 (dois) anos precedentes.
na utilização de substâncias anti-coagulantes. Art. 28. Será considerada zona ou área con-
Art. 19. A aplicação de substâncias anti-co- trolada aquela na qual o controle da raiva tenha
agulantes em morcegos hematófagos deverá ser alcançado níveis satisfatórios, com os bovídeos e
realizada sob a supervisão de médico veterinário. eqüídeos devidamente vacinados e a população
Art. 20. A aplicação de substâncias anti-co- de transmissores reduzida.
agulantes, ao redor das lesões recentes provoca- Art. 29. Será considerada área de atuação
das por morcegos hematófagos em herbívoros, imediata aquela na qual seja reconhecido esta-
deverá ser feita pelo produtor, sob orientação de do endêmico de raiva, bem como a que requeira
médico veterinário. pronta intervenção.
Art. 21. As substâncias anti-coagulantes e Art. 30. A realização de vacinações focais e peri-
as redes de “nylon” empregados no controle de focais compreenderá todas as propriedades existen-
morcegos hematófagos constituem materiais de tes na área infectada, abrangendo um raio de até 12
uso exclusivo do programa. (doze) km, devendo ser procedida do mesmo modo
Art. 22. Em refúgios, recomenda-se a utili- com relação ao combate aos transmissores.
zação de outros métodos de controle de morce- Art. 31. A vigilância dos transmissores de-
gos hematófagos, desde que os locais sejam de verá ser constantemente mantida por meio da
fácil acesso e apresentem condições para os tra- verificação do coeficiente de mordeduras e da
balhos, a critério do médico veterinário. dinâmica de suas populações.
Art. 23. Os refúgios de morcegos hemató-
fagos, notadamente os da espécie Desmodus ro- CAPÍTULO VII
tundus, notificados ao Serviço Veterinário Oficial,
deverão ser cadastrados e revisados periodica- DA COLETA DE MATERIAL E DOS EXAMES
mente, visando a manter o efetivo controle das DE LABORATÓRIO
populações de morcegos neles existentes.
Art. 24. Ocorrendo raiva em carnívoro sil- Art. 32. A coleta de material de animais sus-
vestre, deverá ser realizado levantamento epide- peitos de raiva será orientada por médico veteri-
miológico, a fim de verificar a origem do caso e, nário e efetuada por este ou por auxiliar que te-
147
se existir um surto atingindo uma ou mais espé- nha recebido treinamento adequado e que esteja
cies, promover-se-á o controle dessa população, devidamente imunizado.
por meio de capturas sistemáticas, para determi- Art. 33. Do animal suspeito de raiva deverão
nar a atividade viral e a extensão do surto. ser coletadas amostras do sistema nervoso cen-
tral após o óbito, ou quando sacrificado na fase
CAPÍTULO VI adiantada da doença (fase paralítica).
Art. 34. Ao laboratório deverão ser remeti-
DAS OUTRAS MEDIDAS DE VIGILÂNCIA das amostras do sistema nervoso central do ani-
EPIDEMIOLÓGICA mal suspeito, bem como 10% (dez por cento) dos
morcegos hematófagos capturados.
Art. 25. Na vigilância epidemiológica da do- Art. 35. Os exames dos materiais coletados
ença, será estabelecido um sistema de informa- serão processados por meio da técnica de imuno-
ções que compreenderá a notificação obrigatória fluorescência direta e prova biológica (inoculação
de casos e informações contínuas. em camundongos ou células), ou outra técnica
Art. 26. Será efetuado um diagnóstico per- que venha a ser recomendada pela Organização
manente da situação epidemiológica, bem como Mundial da Saúde, em laboratório oficial ou pri-
a análise dos fatores condicionantes, a magnitu- vado, credenciado pelo Ministério da Agricultura,
de, a distribuição e a propagação da raiva. Pecuária e Abastecimento − MAPA.
CAPÍTULO VIII res de controle de vacina, epidemiologia, esta-
tística, planejamento e administração de cam-
DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA panhas sanitárias, diagnóstico de laboratório,
E DIVULGAÇÃO bioecológia e controle de morcegos hematófa-
gos, manejo de não-hematófagos e educação
Art. 36. Na educação sanitária e divulgação, sanitária.
deverão ser utilizados todos os meios e informa- Art. 39. As atividades de combate à raiva te-
ções disponíveis, assim como representantes dos rão caráter nacional e as unidades da federação
níveis políticos, eclesiásticos e educacionais, vi- deverão estabelecer legislação específica basea-
sando a atingir o maior número possível de cria- da nas presentes Normas.
dores e outros membros da comunidade rural. Art. 40. Os laboratórios produtores de vaci-
Art. 37. A organização dos diferentes atores nas terão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
sociais da comunidade em Conselhos Munici- após a publicação da presente Instrução Norma-
pais ou Intermunicipais de Sanidade Animal, tiva, para as adequações necessárias ao atendi-
integrados a um Conselho Estadual de Sanidade mento pleno da mesma.
Animal, determina uma condição fundamental Art. 41. Incorporar a vigilância da encefalo-
para a efetiva solução do problema raiva dos patia espongiforme bovina, da paraplexia enzoó-
herbívoros domésticos. tica dos ovinos (scrapie) e de outras doenças que
apresentem sintomatologia nervosa de caráter
CAPÍTULO IX progressivo, ao sistema de vigilância da raiva dos
herbívoros domésticos.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 42. A Secretaria de Defesa Agrope-
cuária - SDA, do Ministério da Agricultura,
Art. 38. O pessoal técnico e auxiliar en- Pecuária e Abastecimento, baixará instruções
carregado do controle da raiva deverá receber complementares sobre a matéria e resolverá
treinamento especializado contínuo nos seto- os casos omissos.

148
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA Nº 34, DE 28 DE MAIO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 01/06/2004, Seção 2, Página 4

Estabelece a composição do Comitê Científico Consultivo sobre Raiva dos Herbívoros - CCR.

PORTARIA SDA Nº 8, DE 31 DE JANEIRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 03/02/2003, Seção 1, Página 5

Institui o Comitê Científico Consultivo sobre Raiva - CCR

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 69, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 16/12/2002, Seção 1, Página 29

Determina o uso de um selo de garantia (holográfico) em todos os frascos de vacinas


contra a raiva dos herbívoros das partidas aprovadas e liberadas para comercialização
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de forma a assegurar sua
conformidade com as normas de controle da produção e comercialização de vacinas
contra a raiva dos herbívoros.

PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO 149


E CONTROLE DAS ENCEFALOPATIAS
ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS

PORTARIA Nº 516, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1997


Publicada no Diário Oficial da União de 11/12/1997, Seção 1, Página 29476

Alterada pela Instrução Normativa nº 5 de 01/03/2002


Declara o Brasil livre de encefalopatia espongiforme bovina, de acordo com o que
estabelece o artigo 3.2.13.2 do Código Zoossanitário Internacional.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, em vista o disposto no Art. 71 do Regulamento


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- do Serviço de Defesa Sanitária Animal, aprovado
ção que lhe confere o Art. 87, Parágrafo Único, pelo Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934,
inciso II, da Constituição da República, tendo considerando a decisão da 65ª Assembléia Geral
do Comitê Internacional do Escritório Interna- a) a identificação dos perigos potenciais de
cional de Epizootias - OIE que alterou o capítulo introdução da doença mediante análise de risco
3.2.13 - Encefalopatia Espongiforme Bovina, do que inclua a importação de animais vivos e pro-
Código Zoossanitário Internacional, resolve: dutos e sub-produtos de origem animal;
Art. 1º Declarar o Brasil livre de encefalopa- b) a incorporação da encefalopatia espongi-
tia espongiforme bovina, de acordo com o que forme bovina, da paraplexia enzoótica dos ovinos
estabelece o artigo 3.2.13.2 do Código Zoossani- (scrapie) e outras doenças com sintomatologia
tário Internacional. nervosa de caráter progressivo no sistema de vi-
Art. 2º Incluir a encefalopatia espongiforme gilância da raiva dos herbívoros domésticos, na
bovina e a paraplexia enzoótica dos ovinos (scra- forma a ser estabelecida em ato do Ministério da
pie) na relação de doenças passíveis de aplicação Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
de medidas de defesa sanitária animal constante c)a proibição do uso de qualquer fonte de
do artigo 61 do Regulamento do Serviço de De- proteína de ruminantes na alimentação dos mes-
fesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº mos, com exceção das proteínas lácteas.
24.548, de 3 de julho de 1934. Art. 4º Delegar competência à Secretaria de
Parágrafo único - A encefalopatia espongi- Defesa Agropecuária para baixar as instruções
forme bovina e a paraplexia enzoótica dos ovinos complementares necessárias à implementação
(scrapie) são doenças de notificação obrigatória do disposto nesta Portaria.
e suas ocorrências ou suspeições devem ser ime- Art. 5º O ingresso no Brasil de animais e
diatamente informadas à autoridade de defesa produtos e sub-produtos de origem animal ori-
sanitária animal da jurisdição. ginários de terceiros países fica condicionado à
Art.3º Determinar a aplicação a partir de 1º de comprovação do atendimento às medidas de vi-
janeiro de 1998 das recomendações para preven- gilância das encefalopatias espongiformes trans-
ção da encefalopatia espongiforme bovina e outras missíveis e que são recomendadas no Capítulo
encefalopatias espongiformes transmissíveis dos 3.2.13 do Código Zoossanitário Internacional.
animais, constantes do artigo 3.2.13.1 do Código Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data
Zoossanitário Internacional, especialmente: de sua publicação.

MARCUS VINICIUS PRATINI DE MORAES

150

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 49, DE 15 DE SETEMBRO DE 2008


Publicada no Diário Oficial da União de 16/09/2008, Seção 1, Página 8

Estabelece as seguintes categorias de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina


- EEB: categoria I - países com risco insignificante para a EEB; categoria II - países com
risco controlado para a EEB; categoria III - países com risco indeterminado ou não
classificado para a EEB.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, no art. 71, do Decreto no 24.548, de 3 de julho de


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribui- 1934, nos arts. 1o e 2o, da Lei no 6.198, de 26 de
ções que lhe confere o art. 87, parágrafo único, dezembro de 1974, e o que consta do Processo no
inciso II, da Constituição, tendo em vista o dispos- 21000.001378/2008-66, resolve:
to no Decreto no 5.741, de 30 de março de 2006, Art. 1º Estabelecer as seguintes categorias de
risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina proibição de que trata o art. 3º ou da restrição
- EEB: categoria I - países com risco insignificante de que trata o art. 4º desta Instrução Normativa
para a EEB; categoria II - países com risco contro- os seguintes produtos: leite e produtos lácteos;
lado para a EEB; categoria III - países com risco sêmen e embriões de bovinos produzidos confor-
indeterminado ou não classificado para a EEB. me recomendado pela Sociedade Internacional
Parágrafo único. A classificação dos países de Transferência de Embriões; sebo desproteina-
quanto ao risco para EEB citado neste artigo se- do (com impurezas insolúveis correspondendo,
guirá a categorização da Organização Mundial de no máximo, a 0,15% do peso) e produtos deriva-
Saúde Animal – OIE da situação sanitária dos pa- dos do mesmo; farinha de ossos calcinados (sem
íses membros a respeito da EEB. proteínas ou gorduras); couros e peles; gelatina
Art. 2º Para fins de sacrifício de bovinos im- e colágeno processados de acordo com o Código
portados, consideram-se como de risco para a Sanitário para os Animais Terrestres da OIE.
EEB todos os países que tenham notificado caso Parágrafo único. A critério da SDA, e me-
autóctone dessa enfermidade ou os classificados diante análise, outros produtos e insumos pode-
na categoria III. rão ser incluídos na lista de produtos de que trata
Art. 3º Proibir a importação de ruminantes, o caput deste artigo.
seus produtos e subprodutos destinados a quais- Art. 6º Aprovar a “Matriz de decisão para a
quer fins, de produtos para uso veterinário que importação de animais, produtos e subprodutos
contenham em sua composição insumos oriun- de origem animal, considerando o risco para a
dos de ruminantes, e de produtos e ingredientes Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB” cons-
de origem animal destinados à alimentação de tante no anexo desta Instrução Normativa.
animais, quando originários ou procedentes de Parágrafo único. Esta matriz de decisão de-
países classificados na categoria III. verá ser utilizada na análise de importação de ani-
Art. 4º Sujeitar ao atendimento de requisitos mais, produtos e subprodutos de origem animal.
sanitários estabelecidos pela Secretaria de Defesa Art. 7º Os atos complementares necessários
Agropecuária – SDA a importação de ruminan- para aplicação desta Instrução Normativa serão
tes, seus produtos e subprodutos destinados a elaborados e publicados pela Secretaria de Defe-
quaisquer fins, de produtos para uso veterinário sa Agropecuária – SDA.
que contenham em sua composição produtos Art. 8º As dúvidas suscitadas e os casos omis-
de ruminantes, e de produtos e ingredientes de sos serão resolvidos pelo MAPA.
151
origem animal destinados à alimentação de ani- Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em
mais, quando originários ou procedentes de paí- vigor 60 (sessenta) dias após a data de sua pu-
ses classificados nas categorias I ou II. blicação.
Art. 5º Mediante atendimento a requisitos Art. 10. Fica revogada a Instrução Normativa
sanitários expedidos pelo MAPA, excluem-se da Ministerial no 7, de 17 de março de 2004.

REINHOLD STEPHANES
Matriz de decisão para a importação de animais, produtos e subprodutos de origem animal, con-
siderando o risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB

Risco produto Risco país

I II III
I R R P
II A R P
III A A R

Referências: composição insumos oriundos de ruminantes,


• Decisão: com exceção daqueles compostos exclusivamente
- P: Importação proibida. pelos produtos listados na categoria III a seguir;
- R: Importação sujeita a restrição e controle de - Alimentos prontos para animais que contenham
integridade do produto, de acordo com as exi- em sua composição produtos e ingredientes de-
gências sanitárias solicitadas pelo MAPA. rivados de ruminantes, com exceção daqueles
- A: Importação autorizada, de acordo com as exi- compostos exclusivamente pelos produtos lista-
gências sanitárias solicitadas pelo MAPA. dos na categoria III a seguir.
• Risco país: - Categoria II:
- Categoria I: países com risco insignificante para - Produtos e subprodutos de origem animal de
a EEB. não ruminantes destinados à alimentação animal,
- Categoria II: países com risco controlado para com exceção daqueles compostos exclusivamente
a EEB. pelos produtos listados na categoria III a seguir;
- Categoria III: países com risco indeterminado ou - Alimentos prontos para animais que conte-
desconhecido para a EEB. nham em sua composição produtos e ingredien-
• Risco produto: tes de origem animal, exceto quando derivados
As categorias de risco produto foram estipuladas de ruminantes;
tomando por base as informações científicas dis- - Insumos derivados de ruminantes para utiliza-
poníveis e o Código Sanitário de Animais Terrestres ção em laboratórios;
152 da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). - Material contendo insumos de ruminantes para
Para a gradação de risco dos produtos para a EEB, utilização em pesquisa científica e tecnológica
considera-se de maior risco a categoria I, de risco com uso diverso de in vitro.
intermediário a categoria II e de menor risco a - Resíduos da criação ou do abate de suínos
categoria III, sendo: e de aves.
- Categoria I: - Categoria III:
- Ruminantes vivos; - Produtos incluídos no art. 5º desta Instrução
- Produtos e subprodutos de ruminantes, inclusi- Normativa;
ve os utilizados como ingredientes em alimentos - Kits para provas de diagnóstico in vitro elabora-
para animais, com exceção daqueles compostos do com insumos de ruminantes;
exclusivamente pelos produtos listados na cate- - Material contendo insumos de ruminantes para
goria III a seguir; utilização em pesquisa científica e tecnológica
- Produtos veterinários que contenham em sua com uso exclusivo in vitro.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 15, DE 2 DE ABRIL DE 2008
Publicada no Diário Oficial da União de 04/04/2008, Seção 1, Página 2

Aprova os Procedimentos para a Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de Paraplexia


Enzoótica dos Ovinos (scrapie).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, Art. 1º Aprovar os Procedimentos para a


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição Atuação em Caso de Suspeita ou Ocorrência de
que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie), Ane-
da Constituição, tendo em vista o disposto no De- xo I, o Termo de Responsabilidade, Anexo II, e
creto no 5.741, de 30 de março de 2006, no Decreto o Questionário de Investigação Epidemiológica,
no 24.548, de 3 de julho de 1934, na Portaria no Anexo III.
516, de 9 de dezembro de 1997, e o que consta do Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
Processo no 21000.014191/2006-61, resolve: vigor na data de sua publicação.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO I

PROCEDIMENTOS PARA A ATUAÇÃO EM CASO DE SUSPEITA OU OCORRÊNCIA DE PARAPLEXIA


ENZOÓTICA DOS OVINOS (SCRAPIE)

CAPÍTULO I apresentaram sinais clínicos nervosos tais como


mudanças no comportamento, na locomoção e
DOS OBJETIVOS E DAS na postura, com apresentação isolada ou conjun-
DISPOSIÇÕES GERAIS ta, persistentes por mais de 15 (quinze) dias. 153
Parágrafo único. Considera-se como suspei-
Art. 1º Estabelecer os procedimentos para ta clínica fundamentada de scrapie aquela que
a atuação em caso de suspeita ou ocorrência de persiste após investigação clínica, epidemiológi-
Paraplexia Enzoótica dos Ovinos (scrapie) nas es- ca e diferencial para outras doenças, tais como
pécies ovina e caprina. sarna e outros ectoparasitos, cenurose, raiva,
Art. 2º Considera-se scrapie uma enfermidade pseudo-raiva, pneumonia ovina progressiva (ma-
neurodegenerativa, transmissível e fatal que aco- edi-visna), listeriose encefálica, polioencefaloma-
mete ovinos e caprinos, pertencente ao grupo das lacia, toxemia da prenhez, fotossensibilização,
encefalopatias espongiformes transmissíveis - EET. hipomagnesemia, intoxicação por substâncias
Art. 3º A scrapie é de notificação compulsória químicas ou por plantas, entre outras.
e sua suspeita ou ocorrência devem ser imedia- Art. 5º São considerados animais com diag-
tamente informadas à autoridade de defesa sani- nóstico para scrapie os ovinos e caprinos com
tária animal de quaisquer das instâncias (Central resultado positivo à prova de imunoistoquímica
e Superior, Intermediárias e Locais) do Sistema (IHQ) em amostras de tecido nervoso ou linfói-
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. de, ou por meio de outras técnicas diagnósticas e
Art. 4º São considerados animais com suspei- metodologias aprovadas pelo Ministério da Agri-
ta clínica de scrapie os ovinos e caprinos, maiores cultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.
de 12 (doze) meses de idade, que apresentam ou Parágrafo único. As amostras colhidas para
o diagnóstico da scrapie deverão ser encami- de origem da suspeita, por meio do formulário
nhadas aos laboratórios de diagnóstico das EET de atendimento inicial estipulado pelo Departa-
pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios mento de Saúde Animal - DSA/SDA/MAPA.
Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção 1. no caso de animal suspeito vivo, deve-se
à Sanidade Agropecuária, acompanhadas do For- proceder à colheita de terceira pálpebra e de ou-
mulário Único de Requisição de Exame para Sín- tro tecido linfóide julgado necessário;
drome Neurológica de que trata a Portaria SDA 2. no caso de animal suspeito morto, ou
no 168, de 27 de setembro de 2005. quando o proprietário optar pelo sacrifício sa-
Art. 6º Todos os proprietários ou detentores de nitário do animal enfermo, deve-se proceder à
ovinos e caprinos suspeitos, positivos, de alto risco colheita de tecido nervoso, incluindo o tronco
ou expostos à scrapie são responsáveis por sua guar- encefálico; de tecido linfóide, incluindo a terceira
da, devendo assinar o Termo de Responsabilidade pálpebra, e de outros tecidos julgados necessá-
constante do Anexo II desta Instrução Normativa. rios durante a necropsia;
Art. 7º A Comissão de Avaliação dos animais Art 9º Os animais suspeitos submetidos ao
sujeitos à indenização será designada pela Superin- teste em tecido linfóide deverão permanecer em
tendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abas- observação, e em isolamento no caso de fêmeas,
tecimento - SFA da Unidade Federativa, na forma até a conclusão dos resultados laboratoriais.
da Lei no 569, de 21 de dezembro de 1948. Art. 10. No caso de resultados laboratoriais
Parágrafo único. Não caberá qualquer inde- negativos em testes realizados apenas em tecido
nização por animais sacrificados e que venham a linfóide, os animais suspeitos deverão ser manti-
se confirmar, laboratorialmente, casos de scrapie. dos em observação, e em isolamento no caso de
fêmeas, por mais 15 (quinze) dias.
CAPÍTULO II § 1º Ao fim do período citado no caput deste
artigo, não havendo regressão dos sinais clínicos, os
DA ATUAÇÃO EM CASO DE SUSPEITA animais suspeitos deverão ser avaliados pela Comis-
CLÍNICA DE SCRAPIE são de Avaliação e submetidos ao sacrifício sanitário
para colheita de amostras de tecido nervoso.
Art. 8º Diante da suspeita clínica de scrapie, § 2º Em caso de regressão dos sintomas ao
as seguintes medidas deverão ser adotadas pelas fim do período citado no caput deste artigo, o es-
Instâncias Intermediárias ou Locais do Sistema tabelecimento deverá ser imediatamente desin-
154
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária: terditado, sendo a suspeita encerrada por meio
I - visita ao estabelecimento e fundamenta- do formulário de atendimento complementar,
ção da suspeita, a partir da investigação clínica- estipulado pelo Departamento de Saúde Animal
epidemiológica do rebanho; - DSA/SDA/MAPA.
II - em caso de suspeita clínica fundamenta- Art. 11. No caso de resultados laboratoriais
da, deverão ser realizadas as seguintes ações: negativos em testes realizados em amostras de
a) interdição do estabelecimento, que con- tecido nervoso, o estabelecimento deverá ser
siste na proibição do ingresso e egresso de ovinos imediatamente desinterditado, sendo a suspeita
e caprinos, bem como produtos, subprodutos e encerrada por meio do formulário de atendi-
materiais que venham a constituir via de trans- mento complementar.
missão ou propagação da scrapie; Art. 12. No caso de não haver condições téc-
b) aplicação do Questionário de Investigação nicas de colheita de amostras em animal suspei-
Epidemiológica, segundo o Anexo III desta Instru- to morto, registros adequados e auditáveis sobre
ção Normativa; o atendimento deverão ser mantidos pela com-
c) colheita de amostras de animais suspeitos petente Instância do Sistema Unificado de Aten-
e notificação à Instância Central e Superior do ção à Sanidade Agropecuária e, a critério desta, o
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro- estabelecimento poderá ser desinterditado e ser
pecuária competente pela Unidade Federativa alvo de vigilância rotineira.
Art. 13. Caberá ao proprietário ou detentor a scrapie; a avó, a mãe e as irmãs maternas de um
aplicação de identificação individual nos animais macho com resultado laboratorial positivo para
citados nos arts. 9o e 10 deste Anexo. scrapie; e outros animais, a critério da competen-
Parágrafo único. O dispositivo para a iden- te Instância do Sistema Unificado de Atenção à
tificação individual citada no caput deste artigo Sanidade Agropecuária;
será proposto pela Instância Intermediária do VI - avaliação pela Comissão de Avaliação,
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro- sacrifício sanitário e colheita de amostras dos
pecuária e aprovado pela competente SFA. animais de alto risco;
Art. 14. Os animais suspeitos mortos ou sub- VII - identificação individual e isolamento,
metidos ao sacrifício sanitário deverão ser des- a critério da competente Instância do Sistema
truídos sob a supervisão da competente Instân- Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária,
cia do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade dos animais expostos, que são todos aqueles que
Agropecuária. possam ter entrado em contato com os materiais
expelidos pelo parto quando do nascimento, na
CAPÍTULO III parição ou no aborto de animal positivo para
scrapie, de acordo com o manejo reprodutivo da
DA ATUAÇÃO EM CASO DE OCORRÊNCIA propriedade;
DE SCRAPIE VIII - colheita de amostra de tecido linfóide
dos animais expostos com mais de 12 (doze) me-
Art. 15. Diante de resultados laboratoriais ses de idade;
positivos para scrapie, o estabelecimento será IX - avaliação pela Comissão de Avaliação e
considerado como Propriedade Foco e as seguin- sacrifício sanitário dos animais expostos com me-
tes medidas deverão ser adotadas pelas Instân- nos de 12 (doze) meses de idade.
cias Intermediárias ou Locais do Sistema Unifica- § 1o A pedido do proprietário ou detentor e a
do de Atenção à Sanidade Agropecuária: critério da competente Instância do Sistema Unifi-
I - interdição do estabelecimento; cado de Atenção à Sanidade Agropecuária, os ani-
II - aplicação do Questionário de Investiga- mais expostos com menos de 12 (doze) meses de
ção Epidemiológica, segundo o Anexo III desta idade poderão ser mantidos no estabelecimento
Instrução Normativa; em que se encontram até que essa idade seja al-
III - notificação à Instância Central e Supe- cançada, quando deverão ser submetidos ao pro-
155
rior do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade cedimento estabelecido no inciso VIII deste artigo.
Agropecuária competente pela Unidade Federa- § 2o Os animais expostos que resultarem
tiva de origem da ocorrência; positivos ao exame de tecido linfóide serão sub-
IV - no caso dos animais positivos estarem metidos aos procedimentos descritos no inciso IV
vivos, estes devem ser submetidos ao processo de deste artigo.
sacrifício sanitário: § 3o Os animais expostos que resultarem nega-
a) o sacrifício sanitário consiste na elimina- tivos ao exame de tecido linfóide deverão ser alvo
ção dos animais seguida da destruição das carca- de vigilância pela competente Instância do Sistema
ças por incineração, enterramento ou qualquer Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
outro procedimento aprovado pelo MAPA, reali- § 4o Caberá ao proprietário ou detentor a
zado sob supervisão da competente Instância do aplicação de identificação individual nos animais
Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro- citados nos incisos V e VII deste artigo, mediante
pecuária no próprio estabelecimento de criação dispositivo de identificação proposto pela Instân-
ou em outro estabelecimento por ela indicado; cia Intermediária do Sistema Unificado de Aten-
V - identificação individual e isolamento dos ção à Sanidade Agropecuária e aprovado pela
animais de alto risco, que são: a avó, a mãe, as ir- competente SFA.
mãs maternas e as fêmeas descendentes de uma Art. 16. Durante a interdição do estabele-
fêmea com resultado laboratorial positivo para cimento somente será permitido o trânsito de
egresso de animais destinados ao abate sanitário, CAPÍTULO IV
desde que esses animais não estejam envolvidos
na investigação epidemiológica como positivos, DAS PROPRIEDADES EXPOSTAS
de alto risco ou expostos.
Parágrafo único. O abate sanitário citado no Art. 18. Propriedades expostas são aque-
caput deste artigo será realizado em estabeleci- las que possuem animais de alto risco ou ex-
mento inspecionado e devidamente registrado postos, e que, em caso de confirmação labo-
no órgão competente municipal, estadual ou ratorial de scrapie, passam a ser consideradas
federal, com aproveitamento de carcaça e com Propriedades Foco.
remoção e destruição dos materiais de risco espe- § 1o As propriedades expostas devem ser
cífico (cérebro, medula espinhal, olhos, tonsilas, interditadas e submetidas ao Questionário de In-
baço e intestino desde o duodeno até o reto). vestigação Epidemiológica, segundo o Anexo III
Art. 17. Após a conclusão das ações estabele- desta Instrução Normativa.
cidas no art. 15 deste Anexo e a critério da compe- § 2o Os animais de alto risco ou expostos
tente Instância do Sistema Unificado de Atenção à que se encontram nas propriedades expostas
Sanidade Agropecuária, o estabelecimento pode- deverão ser submetidos aos procedimentos
rá ser desinterditado e o foco encerrado por meio estabelecidos nos incisos V a IX do art. 15
do formulário de atendimento complementar. deste Anexo.

ANEXO II

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Declaro que possuo sob minha responsabilidade ovinos ou caprinos considerados suspeitos, positivos,
de alto risco ou expostos à paraplexia enzoótica dos ovinos - scrapie e, visando evitar a difusão da
doença no País, comprometo-me a não comercializar ou transferir da propriedade os animais em
questão, bem como informar à competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade
Agropecuária, qualquer alteração na situação dos mesmos, tais como:
156
- Doença;

- Morte;

- Fuga;

- Roubo ou furto.

Declaro, ainda, que tenho ciência de que o descumprimento parcial ou integral do presente termo,
acarretará sanções conforme legislação vigente.

Proprietário: __________________________________________ CPF/CGC: __________________

Propriedade: __________________________________________ Telefone ( ___) _____________

Município: ____________________________________________ Estado: ___________________

Número total de animais: ____________(_____________________________________________).


Identificação dos animais:

Espécie Identificação Nome Sexo Data de nascimento Raça


individual (*)

(*) Aprovado pela competente Instância do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Local e data Assinatura do proprietário

ANEXO III
157
QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
1. Nome do proprietário ou responsável:
2. Nome da propriedade:
3. Coordenadas geográficas:
4. Nome ou identificação do retiro/sub-retiro (se houver):
5. Endereço completo:
6. Município: 7. UF:
8. Endereço para correspondência:
9. Município: 10. UF: 11. CEP:
12. Telefones:
13. Endereço Eletrônico:
2. DADOS DE MANEJO DO ESTABELECIMENTO
14. Espécie: caprina ovina
15. Raça(s):
16. Finalidade: Subsistência Comercial

Carne Leite Carne Leite


Carne e leite Cria Carne e leite Cria
Recria Engorda Recria Engorda

17. Número de animais F < 1 ano: M < 1 ano: F < 1 ano: M < 1 ano:
no rebanho: F > 1 ano: M > 1 ano: F > 1 ano: M > 1 ano:
Total F: Total M: Total F: Total M:

18. Área (hectares):


19. Início da criação:
20. Origem dos nacional:___________(UF) importada: _______________(país)
primeiros animais: nacional:___________(UF) importada: _______________(país)

21. Manejo reprodutivo da espécie exposta:


a. Estação de parição: Não Sim - Duração: dias - Período do ano:
b. Local de parição: Campo Piquete Outro:
c. Tempo de permanência no local de parição: Pré-parto: dias - Pós-parto: dias
d. Destino da placenta: Nenhum Enterrio Incineração Outro:

158 3. IDENTIFICAÇÃO DO ANIMAL AFETADO


22. Espécie: caprina ovina 23. Raça:
24. Sexo: M F 25. Data de nascimento ou idade:
26. Nº registro: 27. Tatuagem/Brinco:
4. HISTÓRICO DA ENFERMIDADE
28. Data de início dos sinais clínicos: 29. Data da morte:
30. Sinais clínicos:
Automutilação Cegueira Decúbito Incoordenação motora
Movimentação lateral da cabeça Mudança de comportamento Olhar fixo
Perda de lã ou pelo Perda de peso acentuada Prurido
Ranger dos dentes Reflexo de mordiscar Tremor leve
31. Descrição dos sinais clínicos (se necessário):

32. Médico Veterinário responsável pelo diagnóstico clínico:


Nome:
CRMV:

5. RASTREAMENTO DOS ANIMAIS AFETADOS

33. Nascido na propriedade? Sim Não (indicar propriedade, município e UF de origem):

34. Identificação individual e relação de parentesco dos animais de alto risco existentes na
propriedade:

35. Identificação individual, relação de parentesco e destino dos animais de alto risco
movimentados para outras propriedades:

36. Identificação individual dos animais expostos existentes na propriedade:


159

37. Identificação individual e destino dos animais expostos movimentados para outras
propriedades:

Local e data:

Identificação e assinatura do Médico Veterinário Oficial:


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 25 DE MARÇO DE 2004 (*)
Publicada no Diário Oficial da União de 26/03/2004, Seção 1, Página 5

Proíbe em todo o território nacional a produção, a comercialização e a utilização de


produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham em sua composição
proteínas e gorduras de origem animal.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, tam os artigos anteriores, o leite e os produtos


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- lácteos, a farinha de ossos calcinados (sem prote-
ção que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, ína e gorduras), e a gelatina e o colágeno prepa-
inciso II, da Constituição, tendo em vista o dis- rados exclusivamente a partir de couros e peles.
posto no art. 71 do Regulamento do Serviço de Parágrafo único. A critério da Secretaria
Defesa Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de Defesa Agropecuária, mediante análise de
de 3 de julho de 1934, nos artigos 1º e 2º da Lei risco, poderão ser excluídos outros produtos e
nº 6.198, de 26 de dezembro de 1974, e o que insumos.
consta do processo nº 21000.008269/2003-65, e Art. 4º Os rótulos e as etiquetas dos produ-
considerando a epidemiologia da Encefalopatia tos destinados à alimentação de não ruminan-
Espongiforme Bovina - EEB e a necessidade de tes, que contenham qualquer fonte de proteínas
manutenção da situação sanitária do Brasil em e gorduras de origem animal, exceto os produtos
relação a essa doença, resolve: mencionados no art. 3º desta Instrução, deverão
Art. 1º Proibir em todo o território nacional conter no painel principal e em destaque, a se-
a produção, a comercialização e a utilização de guinte expressão: “USO PROIBIDO NA ALIMENTA-
produtos destinados à alimentação de ruminan- ÇÃO DE RUMINANTES”.
tes que contenham em sua composição proteí- Art. 5º Os produtos destinados à alimenta-
nas e gorduras de origem animal. ção de ruminantes estão sujeitos a análises de
Parágrafo único. Incluem-se nesta proibição fiscalização para a identificação dos ingredientes
a cama de aviário, os resíduos da criação de suí- utilizados como fonte de proteína.
160
nos, como também qualquer produto que conte- Art. 6º As Secretarias de Defesa Agropecuá-
nha proteínas e gorduras de origem animal. ria e de Apoio Rural e Cooperativismo, em suas
Art. 2º Fica também proibida a produção, a respectivas áreas de competência, expedirão
comercialização e a utilização de produtos para instruções complementares para os casos que
uso veterinário, destinados a ruminantes, que requeiram posterior regulamentação ou para os
contenham em sua formulação insumos oriun- casos omissos.
dos de ruminantes. Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 3º Excluem-se da proibição de que tra- vigor na data de sua publicação.

ROBERTO RODRIGUES

(*) Republicada por haver saído com incorreção, do original, no DOU de 26 de março de 2004, Seção
1, página 5.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 7, DE 17 DE MARÇO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 18/03/2004, Seção 1, Página 3

Proíbe a importação de ruminantes, seus produtos e subprodutos destinados


a quaisquer fins, e de produtos para uso veterinário que contenham em sua
composição insumos oriundos de ruminantes, quando originários ou procedentes
de países que registraram casos autóctones de EEB, e de outros países considerado
de risco pela Secretaria de Defesa Agropecuária.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, originários ou procedentes dos países a que se


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- refere o artigo anterior.
ção que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, in- Art. 3º Excluem-se da proibição de que trata
ciso II, da Constituição, tendo em vista o disposto essa Instrução os seguintes produtos: leite e pro-
no art. 71 do Regulamento do Serviço de Defesa dutos lácteos, sêmen e embriões, sebo despro-
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de teinado (com impurezas insolúveis correspon-
julho de 1974, nos arts. 1º e 2º da Lei nº 6.198, de dendo no máximo a 0,15% do peso) e produtos
26 de dezembro de 1974, e o que consta do pro- derivados do mesmo, farinha de ossos calcina-
cesso nº 21000.008267/2003-76, e Considerando dos (sem proteínas ou gorduras), couros e peles,
a necessidade de impedir a introdução do agente gelatina e colágeno preparados exclusivamente
etiológico da Encefalopatia Espongiforme Bovina a partir de couros e peles.
- EEB no Território Nacional, resolve: Parágrafo único. A critério da Secretaria
Art. 1º Proibir a importação de ruminantes, de Defesa Agropecuária, mediante análise de
seus produtos e subprodutos destinados a quais- risco, poderão ser excluídos outros produtos e
quer fins, e de produtos para uso veterinário que insumos.
contenham em sua composição insumos oriun- Art. 4º A Secretaria de Defesa Agropecuária
dos de ruminantes, quando originários ou pro- expedirá instruções complementares para os ca-
cedentes de países que registraram casos autóc- sos que requeiram posterior regulamentação ou
tones de EEB, e de outros países considerados de para os casos omissos.
risco pela Secretaria de Defesa Agropecuária. Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em 161
Art. 2º Fica também proibida a importação vigor na data de sua publicação.
de produtos e ingredientes de origem animal, Art. 6º Fica revogada a Instrução Normativa
destinados à alimentação de animais, quando nº 15, de 17 de julho de 2001.

ROBERTO RODRIGUES

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 24/12/2003, Seção 1, Página 21

Proíbe o abate de bovino e bubalino importados de país onde houve ocorrência de caso
autóctone da EEB ou de país considerado de risco para esta doença.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, da Constituição, tendo em vista o disposto no Re-


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição gulamento de Defesa Sanitária Animal, aprovado
que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, pelo Decreto n.º 24.548, de 3 de julho de 1934, e
Considerando a não ocorrência da Encefa- Art. 5º Caberá indenização, pelo Governo Fe-
lopatia Espongiforme Bovina – EEB no Brasil, deral, ao proprietário de bovino ou bubalino im-
condição que deve ser mantida e preservada, em portados anteriormente à publicação desta Instru-
benefício do patrimônio pecuário nacional, e o ção Normativa, sacrificado nos termos do art. 4º.
que consta do Processo nº. 21000.010302/2003- Parágrafo único. Após a publicação desta
17, resolve: Instrução Normativa, não caberá indenização,
Art. 1º Proibir o abate de bovino e bubalino quando o país de origem do bovino ou buba-
importados de país onde houve ocorrência de lino importados venha apresentar caso autóc-
caso autóctone da EEB ou de país considerado de tone da EEB, ou seja, considerado de risco para
risco para esta doença. essa doença.
Art. 2º Proibir o comércio e a transferência Art. 6º Aprovar os Procedimentos Técnicos
para outro estabelecimento de criação, de bo- a serem adotados, quando da instrução do pro-
vino e bubalino citados no artigo anterior, sem cesso de sacrifício e indenização, ou sacrifício, de
prévia autorização do serviço oficial de defesa bovino ou bubalino importados de país consi-
sanitária animal. derado de risco para EEB, constantes do Anexo I
Art. 3º Ocorrendo a morte dos animais desta Instrução Normativa.
mencionados no art. 1º, somente poderão ser Art. 7º Caberá ao Departamento de Defesa
enterrados ou destruídos após comunicação ao Animal – DDA, da Secretaria de Defesa Agropecu-
serviço oficial de defesa sanitária animal e com ária – SDA, a implementação dos procedimentos
prévia autorização deste, que realizará os pro- aprovados por este Ato.
cedimentos técnicos recomendados nos anexos Art.8º O descumprimento total ou parcial
desta Instrução Normativa. desta Instrução Normativa sujeitará o infrator às
Art. 4º Todo bovino e bubalino importados, sanções previstas no Código Penal Brasileiro.
cujo país de origem tenha registrado a ocorrência Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em
de caso autóctone da EEB ou seja considerado de vigor na data de sua publicação.
risco, quando perder os atributos que justificam Art. 10. Ficam revogadas a Instrução Nor-
a sua destinação, deverá ser sacrificado e destru- mativa nº 08, de 13 de fevereiro de 2001, e a
ído com acompanhamento do serviço oficial de Instrução de Serviço DDA nº 01, de 7 de janei-
defesa sanitária animal. ro de 2002.
162
ROBERTO RODRIGUES

ANEXO I

PROCEDIMENTOS TÉCNICOS PARA A INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE SACRIFÍCIO E INDENIZAÇÃO


OU SACRIFÍCIO DE BOVINO OU BUBALINO IMPORTADOS DE PAÍS DE RISCO PARA ENCEFALOPATIA
ESPONGIFORME BOVINA - EEB

O processo de sacrifício ou indenização de dar início ao processo de descarte e, quando per-


bovino ou bubalino importados de país conside- tinente, posterior indenização, juntando cópia
rado de risco para EEB obedecerá aos seguintes do documento comprobatório da propriedade
procedimentos técnicos: do respectivo animal;
I - o proprietário de bovino ou bubalino im- II - o bovino ou bubalino a ser sacrificado,
portados de país onde foi registrada a ocorrência passível de pagamento indenizatório, deverá ser
da EEB ou considerado de risco para essa enfer- previamente avaliado por uma comissão estadu-
midade deverá comunicar, por escrito, ao serviço al constituída para esse fim.
veterinário oficial do Estado onde o animal se a) Essa comissão será instituída por meio de
encontra, o desejo de descartá-lo (anexo II) para Portaria do Delegado Federal de Agricultura no
Estado e constituída por Médicos Veterinários ou sacrifício, incineração e enterrio do animal, bem
Zootecnistas da Delegacia Federal da Agricultura, como o acondicionamento e o envio do tronco
por Médicos Veterinários ou Zootecnistas do ór- encefálico coletado para o laboratório indicado
gão executor das atividades de defesa sanitária pelo DDA para diagnóstico da EEB;
animal do Estado e de representantes designados V - o Chefe do Serviço ou da Seção de Sanida-
pela associação de criadores ou da federação da de Animal – SSA atestará a regularidade de todos
agricultura do Estado. os atos processuais constante dos autos, por meio
b) A comissão terá como finalidade inspecio- de nota técnica circunstanciada.
nar, avaliar e sacrificar o(s) animal(is) e, de acordo VI - cabendo indenização, o Delegado Fe-
com o preço médio da arroba na região, definir o deral da Agricultura no Estado, após analisar o
valor a ser pago pelo(s) animal(is) sacrificado(s). processo e receber o parecer da Assessoria Jurídi-
c) A comissão deverá anexar ao processo o ca local ou do Núcleo de Assessoramento Jurídico
documento que comprove o meio pelo qual foi no Estado, encaminhará o processo ao Departa-
obtida a cotação da arroba. mento de Defesa Animal, em Brasília, para solici-
d) A comissão emitirá um Auto de Avalia- tar os recursos financeiros necessários.
ção e Sacrifício (anexo III), cabendo ainda a VII - A SDA deverá, após análise e parecer
concordância do proprietário com o valor a conclusivo do processo pelo DDA, encaminhá-
ser pago (anexo IV); lo à Consultoria Jurídica do MAPA para mani-
III – quando não couber indenização, so- festação.
mente deverá ser emitido o Auto de Sacrifício VIII - Finalizado o processo, passível ou não
(anexo V), que será assinado por dois funcio- de indenização, e tendo sido esgotado todo o rito
nários do serviço oficial de Defesa Sanitária processual, deverá ser arquivado na DFA, após
Animal no Estado, sendo que um deverá ser a inclusão das informações no Banco Nacional
Médico Veterinário; de Dados do Sistema Brasileiro de Identificação
IV – cabendo ou não indenização, o servi- e Certificação de Bovinos e Bubalinos - SISBOV,
ço oficial do Estado coordenará os trabalhos de inclusive para efeitos de auditoria.

163
ANEXO II

AO ILMO SR._____________________________________________

Eu, ______________________________________, de nacionalidade _____________________,


estado civil _____________, profissão________________________, residente _______________
__________________________________ Município ____________________, UF___________,
portador do CPF nº _________________________ e do RG n º____________________________,
venho respeitosamente solicitar a V. Sª. o descarte de ________ (nº) bovino(s) ou bubalino(s)
importado(s) de países considerados de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, discriminado(s) abaixo, de que sou proprietário
e que se o(s) mesmo(s) encontra(m)-se na propriedade _____________________________________
_______________________, município ____________________________, UF_______________,
com base no art. 4º da Instrução Normativa nº 18, de 15 de dezembro de 2003.

Código de Identificação Individual Espécie Sexo Raça País de Origem


(SISBOV)

164 ___________________________, __________de _______________________ de __________

__________________________________________________________
Assinatura do proprietário ou do seu representante legal
ANEXO III

AUTO DE AVALIAÇÃO E SACRIFÍCIO Nº_________/ UF


(quando couber indenização)

Aos ______ dias do mês de _______________ de ________, a Comissão de Avaliação e Sacrifício,


designada pela Portaria nº ____________, de ______ de __________ de _______, do Delegado
Federal da Agricultura no Estado de­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­____________________________, procedeu à avaliação e ao
sacrifício de ______________(nº) bovídeo(s) importado(s) de países considerados de risco para a
Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na
forma do item II do anexo I da Instrução Normativa nº 18, de15 de dezembro de 2003, existente(s) na
propriedade a seguir caracterizada:

LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE / PROPRIETÁRIO:

Nome da Propriedade:
Localização:
Município: CEP: Unidade da Federação:
Código da Propriedade no SISBOV:

Nome do Proprietário:
CPF: Nacionalidade: Profissão:
Endereço do Proprietário:
Município: UF: CEP:
165

ANIMAL(IS) A SER(EM) INDENIZADO(S):


Código de identificação Espécie Sexo Raça País de Total de Valor Arroba Valor Total
individual (SISBOV) Origem Arrobas (R$) (R$)

TOTAL GERAL

MEMBROS DA COMISSÃO
Nome / Órgão Assinatura:
Nome / Órgão Assinatura:
Nome / Órgão Assinatura:
ANEXO IV

DECLARAÇÃO DO PROPRIETÁRIO

________________________________ (proprietário), ____________________(nacionalidade),


_________________ (estado civil), _______________ (profissão), _______________ (nº do RG),
_______________________ (n° do CPF) e ______________________________________________
______________________________________________________________________(endereço),
declara que está de pleno acordo com o Auto de Avaliação nº /______(UF), de ___/___/__ referente a
___________ (nº) animal(is) importado(s) de países considerados de risco para a Encefalopatia Espon-
giforme Bovina (EEB) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de sua propriedade,
efetuado pela Comissão de Avaliação, designada pela Portaria nº ___________ do Delegado Federal
da Agricultura no Estado de ______________________________, cujo montante foi calculado em
R$ ______________ (____________________________________________________________).

____________________________ , _____de ___________________de ________

________________________________________________________________
Assinatura do proprietário ou representante legal

166
ANEXO V

AUTO DE SACRIFÍCIO
(quando não couber indenização)

Aos _______dias do mês de __________________de ___________ , os abaixo firmados,


em cumprimento ao item III do Anexo I da Instrução Normativa nº 18, de 15 de dezembro de 2003,
procederam ao sacrifício e à destruição do(s) animal (is) abaixo especificado(s).

LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA PROPRIEDADE / PROPRIETÁRIO:

Nome da Propriedade:
Localização:
Município: CEP: Unidade da Federação:
Código da Propriedade no SISBOV:

Nome do Proprietário:
CPF: Nacionalidade: Profissão:
Endereço do Proprietário:
Município: UF: CEP:

ESPÉCIE A SER SACRIFICADA: BOVINA / BUBALINA

SEXO Código de identificação individual do animal (SISBOV) Nº DE CABEÇAS


MACHO

FÊMEA 167

TOTAL DE
ANIMAIS ( ) ______________________________________________________
SACRIFICADOS

RESPONSÁVEIS PELO SACRIFÍCIO E DESTRUIÇÃO:

Nome/ RG/ Órgão Assinatura


Nome/ RG/ Órgão Assinatura:

TESTEMUNHAS:

Nome/ RG Assinatura:
Nome/ RG Assinatura:
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 18, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002
Publicada no Diário Oficial da União de 18/02/2002, Seção 1, Página 1

Aprova as Normas a serem adotadas, visando incrementar à vigilância epidemiológica


para detecção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis - EET - em ruminantes

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA tadas, visando incrementar à vigilância epi-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E demiológica para detecção de Encefalopatias
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe Espongiformes Transmissíveis - EET - em rumi-
confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno nantes, constantes do Anexo.
da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Art. 2º Caberá ao Departamento de Defesa
nº 574, de 8 de dezembro de 1998, o art. 4º, da Animal - DDA, ouvido o Departamento de Inspe-
Portaria nº 516, de 9 de dezembro de 1997, ten- ção de Produtos de Origem Animal - DIPOA, a de-
do em vista o disposto no Regulamento de De- finição dos procedimentos e normas necessários
fesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº para a implementação do sistema de vigilância
24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta do aprovado por essa Instrução Normativa.
processo nº 21000.000439/2002-82, resolve: Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 1º Aprovar as Normas a serem ado- vigor a partir da data de sua publicação

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PARA DETECÇÃO DAS


ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORME TRANSMISSÍVEIS EM RUMINANTES- EET

Art. 1º Implantar um sistema de vigilância encefálico coletado pelo serviço de inspeção ofi-
168 ativo em bovinos abatidos em frigoríficos com cial por ocasião do seu abate.
inspeção oficial, por meio da colheita de mate- Art. 2º Os Serviços de Sanidade Animal das
rial para testes laboratoriais, em atendimento ao Delegacias Federais da Agricultura dos estados
que se segue: incluídos no sistema de vigilância de que tratam
I - o delineamento amostral será estabeleci- estas normas, deverão providenciar o envio dos
do pelo Departamento de Defesa Animal - DDA, materiais coletados nos frigoríficos aos laborató-
ouvido o Departamento de Inspeção de Produtos rios credenciados pelo DDA, para realização dos
de Origem Animal - DIPOA. exames laboratoriais.
II - a vigilância ativa para detecção de EET Art. 3º As medidas de vigilância epidemio-
em bovinos será realizada em animais com idade lógica a campo, deverão ser intensificadas com
superior a 30 (trinta) meses, e que sejam oriundos colheita de material nos seguintes casos:
de exploração leiteira ou de sistemas intensivos I - Bovinos ou ovinos/caprinos com sinais clí-
ou semi-intensivos de criação para corte, como nicos de distúrbios nervosos ou alterações com-
também de todos os bovinos ou ovinos/caprinos portamentais de evolução sub aguda, com evolu-
destinados ao abate de emergência. ção clínica igual ou superior a 15 dias;
III - no caso de ovinos ou caprinos, a colheita II - Bovinos ou ovinos/caprinos em decúbito,
de material será realizada em animais com idade sem causa determinada;
superior a 12 (doze) meses. III - Bovinos ou ovinos/caprinos com doen-
IV - os animais supracitados terão o tronco ças depauperantes.
Art. 4º Deverá ser mantida a vigilância em to- ovinos e caprinos, que resultaram negativas para
dos os bovinos ou ovinos/caprinos com sinais clíni- raiva, a um dos laboratórios credenciados pelo Mi-
cos de distúrbios nervosos, conforme está previsto nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
na Portaria nº 516, de 9 de dezembro de 1997. para a realização de diagnóstico das EET.
Parágrafo único: Todo laboratório que realiza Art. 5º A vigilância de todos os bovinos im-
diagnóstico de raiva, deverá encaminhar obriga- portados de países que tiveram casos autóctones
toriamente, as amostras de material encefálico de para Encefalopatia Espongiforme Bovina - EEB será
animais investigados que tiverem idade superior mantida conforme previsto na Instrução Normati-
a 24 meses, para os bovinos, e 12 meses, para os va Ministerial nº 08, de 15 de fevereiro de 2001.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA Nº 14, DE 15 DE MARÇO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 18/03/2002, Seção 1, Página 36

Institui o Comitê Científico Consultivo em Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis


– CEET, cujas atribuições incluirão: dar subsídeos técnicos–científicos ao Departamento
de Defesa Animal-DDA; emitir pareceres técnicos; elaborar propostas que visem melhorar
o sistema de prevenção e controle das encefalopatias no país e propor normas sobre
vigilância e profilaxia das EET.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 07 DE ABRIL DE 2008 169

Publicada no Diário Oficial da União de 08/04/2008, Seção 1, Página 21

Proibe em todo o território nacional a fabricação, na mesma planta, de produtos


destinados à alimentação de ruminantes e de não-ruminantes, exceto os estabelecimentos
que atenderem aos requisitos estipulados.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 34, DE 28 DE MAIO DE 2008


Publicada no Diário Oficial da União de 29/05/2008, Seção 1, Página 13

Aprova o Regulamento Técnico da Inspeção Higiênico-Sanitária e Tecnológica do


Processamento de Resíduos de Animais e o Modelo de Documento de Transporte de
Resíduos Animais.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 13 DE JULHO DE 2006
Publicado no Diário Oficial da União de 14/07/2006, Seção 1, Página 23

Estabelece a Norma Operacional do Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva


de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) e determina os procedimentos para a autorização de
importação de bovinos ou bubalinos.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 23/03/2004, Seção 1, Página 3

Estabelece as normas sobre os requisitos de qualidade para efeito de credenciamento


e monitoramento de laboratório pelo MAPA com vistas a procederem a diagnósticos
das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET) em ruminantes pela técnica de
imunohistoquímica (IHQ).

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 15, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 05/03/2002, Seção 1, Página 5

Aprova as Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico


das Encefalopatias Espongiforme Transmissíveis em ruminantes – EET.

170 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1999


Publicada no Diário Oficial da União de 02/03/1999, Seção 1, Página 61

Institui o formulário de avaliação da situação sanitária, em anexo, para todos os países,


onde tenha ocorrido Encefalopatias Espongiformes Transmissiveis e com os quais o Brasil
mantém comércio de animais, suas partes, e produtos deles derivados.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO CONJUNTA DDA/DIPOA Nº 02, DE 15 DE


AGOSTO DE 2003
Determina que todos os matadouros-frigoríficos, matadouros e matadouros de pequenos e
médios animais, com serviço de inspeção federal - SIF, que abatam bovídeos e/ou ovinos/
caprinos, participem da vigilância para as encefalopatias espongiformes transmissíveis -
EET nos animais dessas espécies destinados ao abate de emergência.
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DOI/DIPOA Nº 02, DE 12 DE AGOSTO DE 2003
Dispõe sobre procedimentos e normas necessários para operacionalização do sistema de
vigilância epidemiológica para detecção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis
– EET – em ruminantes.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DOI/DIPOA N° 01, DE 07 DE MARÇO DE 2002


Procedimentos e normas necessários para operacionalização do sistema de vigilância
epidemiológica para detecção de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis - EET - em
ruminantes.

NORMA INTERNA DSA Nº 2, DE 23.08.2005


Estabelece os procedimentos para o rastreamento, monitoramento e a identificação dos
bovinos importados.

NORMA INTERNA DSA Nº 1, DE 17.05.2005


Determina a adoção de um sistema de vigilância ativa para detecção de proteína
animal em alimentos de ruminantes em estabelecimentos de criação de animais.
Os procedimentos e instruções adicionais para a coleta dessas amostras são
estabelecidos no “Manual para Coleta de Amostras de Alimentos para Ruminantes
para Análise da Presença de Proteína Animal”.

171

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA

PORTARIA Nº 147, DE 14 DE JUNHO DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 16/06/2006, Seção 1, Página 3

Constitui o Comitê Técnico Consultivo, para auxiliar na elaboração de propostas técnicas


que se referem à Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGRO- nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, e o que consta


PECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PE- do Processo nº 21000.004416/2006-71, resolve:
CUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição Art. 1º - Constituir o Comitê Técnico Consul-
que lhe confere o art. 42, do Anexo I, do Decreto tivo, para auxiliar na elaboração de propostas
técnicas que se referem à Influenza Aviária e Do- Aves – Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-
ença de Newcastle. pecuária - CNPSA/EMBRAPA:
Art. 2º - O Comitê Técnico Consultivo, de que a) Liana Brentano;
trata o art. 1º será composto pelos seguintes re- VIII - Universidade Federal de Santa Maria
presentantes: - UFSM:
I - União Brasileira de Avicultura - UBA: a) Luiz Fernando Sangoi;
a) Alberto Back; e IX - Universidade do Vale do Rio dos Sinos
b) Nelva Grando; - UNISINOS:
II - Universidade Federal do Rio Grande do a) Martin Sander;
Sul - UFRGS: X - Universidade Federal de Uberlândia
a) Carlos Tadeu Pippi Salle; - UFU:
III - Universidade Estadual de Campinas - a) Paulo Lourenço da Silva;
UNICAMP: XI - Universidade Federal Rural de Pernam-
a) Clarice Arns; buco - UFRPE:
IV - Universidade de São Paulo - USP: a) Severino Mendes de Azevedo Júnior.
a) Edison Luis Durigon; e Art. 3º - O Comitê será presidido pelo Diretor
b) Leonardo José Richtzenhain; do Departamento de Saúde Animal.
V - Universidade Estadual Paulista - UNESP: Art. 4º - O presidente do Comitê poderá, se
a)Hélio José Montassier; necessário, convocar pessoal técnico dos setores
VI - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - público ou privado para prestar-lhe assessora-
IBAMA: mento adicional.
a) João Luiz Xavier do Nascimento; Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data
VII - Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e de sua publicação.

NELMON OLIVEIRA DA COSTA

PORTARIA Nº 542, DE 16 DE NOVEMBRO DE 1998


Publicada no Diário Oficial da União de 17/11/1998, Seção 1, Página 89
172
Dispõe sobre Normas de Higiene e Segurança Sanitária para Habilitação
de Estabelecimentos Avícolas de Criação de Aves e Incubatórios Avícolas
para Intercâmbio no MERCOSUL.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA E Mercado Comum, que é necessário facilitar o in-


DO ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que tercâmbio de aves de um dia e ovos embriona-
lhe confere o Artigo nº 87, Parágrafo único, inci- dos, resolve:
so II, da Constituição Federal e de acordo com o Art. 1º Adotar as “NORMAS DE HIGIENE E
disposto na Portaria n.º 116, de 29 de fevereiro SEGURANÇA SANITÁRIA PARA HABILITAÇÃO DE ES-
de 1996, e Considerando o Tratado de Assunção, TABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CRIAÇÃO DE AVES
o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão n.º 6/96 do E INCUBATÓRIOS AVÍCOLAS PARA O INTERCÂMBIO
Conselho do Mercado Comum, a Resolução n.º NO MERCOSUL”, anexas, aprovadas pela Resolu-
91/93 do Grupo Mercado Comum e a Recomen- ção do Grupo Mercado Comum (GMC), nº 10/96.
dação n.º 12/95 do Subgrupo de Trabalho n.º 8 Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data
“Agricultura”. Considerando a decisão do Grupo de sua publicação.

FRANCISCO SÉRGIO TURRA


ANEXO

NORMAS DE HIGIENE E CONTROLE SANITÁRIO PARA A HABILITAÇÃO DE ESTABELECIMENTOS


DE CRIAÇÃO DE AVES E INCUBATÓRIOS AVÍCOLAS PARA O INTERCÂMBIO NO MERCOSUL.

CAPÍTULO I soas, rodilúvio e equipamentos de lavagem e de-


sinfecção de veículos.
Disposições Preliminares d) os galpões para o alojamento de aves
deverão ser construídos de maneira que todas
Art. 1º A aplicação da presente norma será superfícies interiores sejam de material liso e
de responsabilidade dos serviços veterinários ofi- lavável, para permitir uma adequada limpeza e
ciais dos Estados-Partes do MERCOSUL. desinfecção.
Art. 2º As normas aprovadas serão aplica- e) os galpões para aves e armazenamento
das nos estabelecimentos avícolas que se dedi- de alimentos ou ovos deverão estar livres de in-
quem ao comércio internacional, no nível re- setos e não ser acessíveis a aves silvestres e outros
gional do MERCOSUL, de aves de um dia e ovos animais silvestre, ou domésticos.
férteis para incubação. Art. 7º Os núcleos de reprodução deverão
Art. 3º Os estabelecimentos avícolas que se estar livres de:
dediquem ao comércio regional de aves de um a) Pulorose e Tifose Aviária (Salmonella Pullo-
dia e ovos férteis para incubação deverão estar rum e Salmonella Gallinarum);
registrados e habilitados pelos serviços oficiais e b) Micoplasmose Aviária (Micoplasma galli-
operarão sob a responsabilidade de um médico septicum e M. synoviae para galinhas e M. mellea-
veterinário credenciado. gridis, M. synoviae, M. gallisepticum para perus).
Art. 4º Para efeito de registro e habilita- Art. 8º Estabelecimento avícola deve estar
ção, os estabelecimentos avícolas serão classi- sob um sistema de vigilância epidemiológica per-
ficados como: manente, ou seja, controlado pelo serviço oficial.
a) núcleo de reprodução de matrizes, Art. 9º No período de vigilância epidemio-
avós e bisavós; lógica permanente, não se tenha constatado a
b) incubatórios. presença das seguintes doenças:
a) Hepatite por Corpo de Inclusão; 173
CAPÍTULO II b) Anemia Infecciosa Aviária;
c) Síndrome da Cabeça Inchada por Pneu-
Estabelecimentos de Reprodução movirus e dos seguintes agentes:
d) Salmonella Enteritidis;
Art. 5º Para efeito desta norma se entende e) Salmonella Typhimurium.
como núcleo de reprodução, o núcleo formado Art. 10. Os critérios para definição de um es-
por um ou mais lotes de aves de matrizes, avós tabelecimento livre de Pulorose, Tifose Aviária e
ou bisavós com a mesma idade, alojadas em dis- Micoplasmoses, serão aprovados pelo Comitê de
tintos galpões com um manejo comum. Sanidade do MERCOSUL e incluirão:
Art. 6º Os núcleos de reprodução de matri- a) os tipos de provas de diagnóstico la-
zes, avós ou bisavós deverão cumprir as seguin- boratorial;
tes condições: b) os antígenos a serem utilizados;
a) possuir localização geográfica adequada c) a periodicidade e o alcance das provas de
para facilitar a higiene e o controle sanitário. diagnóstico laboratorial;
b) devem estar protegidos por cercas de se- d) os laboratórios habilitados ou credenciados.
gurança com uma única entrada. Art. 11. As aves deverão ser vacinadas contra
c) devem possuir uma porta de acesso para as doenças infecciosas segundo o esquema ado-
o controle rígido do trânsito de veículos e de pes- tado em cada estabelecimento, de acordo com
a sua situação epidemiológica e da região onde manipulação de aves de um dia, deverá observar
está localizada. As vacinas utilizadas devem ser as medidas gerais de higiene pessoal, e utilizar
aprovadas e controladas pelos órgãos oficiais. roupas e calçados limpos, antes do início da exe-
cução de seu trabalho.
CAPÍTULO III Art. 18. As aves de um dia deverão ser vacina-
das contra a doença de Marek, antes de serem ex-
Incubatórios pedidas, com vacinas elaboradas a partir de ovos
SPF, oficialmente aprovadas pelo país exportador.
Art.12. Os Incubatórios receberão, exclusi- Art.19. As aves de um dia deverão ser em-
vamente, ovos férteis procedentes de estabeleci- barcadas desde o incubatório ao lugar de destino
mentos habilitados para produção de aves de um por pessoal vestido com roupa de proteção, lim-
dia de uma única espécie. pa e desinfetada. Os veículos de transporte de-
Art.13. Os incubatórios estarão construí- verão estar limpos e desinfetados antes de cada
dos adequadamente, para facilitar a higiene e o embarque de aves de um dia.
controle sanitário, devendo possuir sistemas de
segurança de trânsito de pessoas, de veículos e CAPÍTULO VI
de equipamentos e também proteção dos ovos e
pintos, para garantir a qualidade sanitária exigi- Disposições Gerais
da por esta norma.
Art. 20. Os estabelecimentos de reprodução
CAPÍTULO IV e os incubatórios deverão possuir um registro
zoossanitário completo (mortalidade, diagnósti-
Higiene e Transporte de Ovos co de doenças, tratamentos, vacinações e moni-
para Incubação toramento), relativo a cada lote de aves e ovos
férteis, que deverá ser apresentado às autorida-
Art.14. Os ovos para incubação deverão ser des veterinárias cada vez que for solicitado.
colhidos em intervalos freqüentes, de pelo me- Art. 21. Os tipos de provas de laboratório a
nos 04 (quatro) vezes ao dia em recipientes lim- serem utilizadas para o diagnóstico das doenças
pos e desinfetados. a que se referem estas normas, serão definidos
Art.15. Após a colheita, os ovos limpos de- de comum acordo com o Comitê.
174
verão ser fumigados, ou desinfetados no menor Art. 22. A exportação de aves de um dia e ovos
tempo possível, utilizando-se as técnicas reco- férteis para incubação estará acompanhada, na
mendadas no anexo 4.2.4 do Código Zoosanitário sua origem, pelo Certificado Zoossanitário Único
Internacional da Organização Internacional de dos Países Membros do MERCOSUL, expedido por
Epizootias (OIE, Ed. 1992), aceito pelo Comitê. um veterinário credenciado e endossado por um
Art.16. Os ovos deverão ser transportados veterinário oficial do país de procedência, segun-
ao incubatório nacional ou regional, em caixas do o modelo aprovado nesta norma, em anexo.
novas e limpas, previamente fumigadas ou de- Art. 23. As exportações de aves de um dia e
sinfetadas de forma adequada. Da mesma forma ovos férteis serão suspensas quando não forem
deverão ser limpos os veículos de transporte. cumpridas ou atendidas as condições estabeleci-
das nestas normas, ou perante a constatação de
CAPÍTULO V qualquer doença transmissível no núcleo de re-
produção, ou no incubatório, ou na região onde
Higiene e Manejo de Ovos se localizam os mesmos, que possam colocar em
e Aves de um Dia risco a situação sanitária do país comprador.
Art. 24. Os serviços veterinários oficiais de-
Art.17. O pessoal responsável por manipu- verão efetuar visitas periódicas de inspeção aos
lar os ovos nas incubadoras, pela sexagem e pela núcleos de reprodução e incubatórios registrados
e habilitados para o comércio regional. em pelo menos durante um período de 06 (seis)
Art. 25. Para certificação desta norma deve- meses e se utiliza a vacinação como método de
se estabelecer o Manual de Procedimentos para controle. Ou quando tenha passado um período
a Habilitação para o Comércio Regional de Esta- de 21 (vinte e um) dias desde a declaração do úl-
belecimentos Avícolas (Núcleos de Reprodução timo caso da doença e se tenha utilizado o mé-
e de Incubatórios), detalhando critérios sobre as todo de sacrifício sanitário, sem vacinação, como
particularidades. medida de controle, e,
Art. 26. Os núcleos de reprodução destina- c) que o referido território deve estar sobre
dos às matrizes, avós ou bisavós, devem estar em um sistema de vigilância epidemiológica perma-
áreas livres da Doença de Newcastle. nente que considere os seguintes fatores:
Para efeito desse artigo, se define como zona - um cadastro da totalidade dos estabeleci-
livre da Doença de Newcastle: mentos avícolas existentes em uma zona limitada;
a) o território geográfico definido legalmen- - um procedimento de monitoramento e
te e cuja extensão seja pelo menos de 10 (dez) levantamentos sorológicos de acordo com um
Km em torno do estabelecimento. desenho estatístico;
b) que neste território não se tenha consta- - a manutenção de um sistema de informa-
tado, nem tenha havido evidência desta doença, ções e análises.

PAÍS EXPORTADOR .................................................................................................................................


MINISTÉRIO: ...........................................................................................................................................
SERVIÇO : ................................................................................................................................................
CERTIFICADO ZOOSANITÁRIO ÚNICO PARA EXPORTAÇÃO DE AVES DE UM DIA E OVOS FÉRTEIS
CERTIFICADO N.º: ...................................................................................................................................
DATA DE EMISSÃO : ................................................................................................................................
DATA DE VENCIMENTO : ............................................................................. vencimento de 10 (dez) dias )
I - IDENTIFICAÇÃO :
( ) AVES DE UM DIA ( ) OVOS FÉRTEIS
Espécie.....................................................................................................................................................
Marca comercial/ raça: ..............................................................................................................
Classificação : ( ) avós ( ) matrizes ( ) comercial ( ) bisavós 175
Linhagem : ( ) corte ( ) postura
Quantidade : macho linha macho .......................................................................................................
fêmea linha macho ...............................................................................................................................
macho linha fêmea ...............................................................................................................................
fêmea linha fêmea ..............................................................................................................
comercial de corte .................................................................................................................
comercial de postura .............................................................................................................
TOTAL .....................................................................................................................................
II - PROCEDÊNCIA :
Nome e endereço do exportador...........................................................................................................
.................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................
Nome e endereço do estabelecimento de procedência :.....................................................................
................................................................................................................................................................
................................................................................................................................................................
Local de embarque : .............................................................................................................................
Meio de Transporte:...............................................................................................................................
Companhia e n.º do vôo :......................................................................................................................
Registro n.º ....................................................................................................................................................
III - DESTINO
País de destino...............................................................................................................................................
Nome e endereço do importador.................................................................................................................
........................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................................
Nome e endereço do estabelecimento a que se destina ............................................................................
........................................................................................................................................................................
Local de ingresso no país:.............................................................................................................................
........................................................................................................................................................................
IV - OBSERVAÇÕES:
V - INFORMAÇÕES SANITÁRIA :
O veterinário oficial abaixo, CERTIFICA que:
1 - As aves de 01(um) dia..........................e os ovos férteis .............................., procedem de núcleos de
reprodução....................................................................................................................................................
e de incubatório ...........................................................................................................................................
habilitados, regularmente inspecionados pelos serviços veterinários , sem manifestação clínica nos
últimos 06 (seis) meses de doença de Newcastle, doença de Gumboro, Bronquite Infecciosa Aviária,
Laringotraqueite Infecciosa Aviária, Cólera Aviária e outras doenças transmissíveis de notificação
obrigatória.
2 - Durante a vigilância epidemiológica permanente não foi constatada a presença de Hepatite
por Corpo de Inclusão, Anemia Infecciosa Aviária, Síndrome da Cabeça Inchada por Pneumovirus,
Salmonella Enteritidis e Salmonella Tiphimurium.
3 - Procedem de núcleos e incubatórios livres de:
a) Pulorose e Tifose Aviária (S. Pullorum e S. Gallinarum)
b) Micoplasmose Aviária (M. gallisepticum e M. synoviae para galinhas e M. meleagridis, M. synoviae e
M. gallisepticum para perus).
4 - As aves de 01(um) dia foram vacinadas contra a Doença de Marek na seguinte data.......................
com vacina tipo...................................................do laboratório.................................................................
...........................................................................da partida n.º....................................................................
176
5 - As aves de um dia foram inspecionadas na data de embarque não apresentando sintomas
clínicos de doença.
6 - Os ovos e as aves foram embalados em caixas e separadores limpos de ovos
7 - O país está livre de Influenza Aviária (Peste Aviária) e a zona está livre de doença de Newcastle.

Local/ Data....................................................................................................................................................
Nome e n.º do registro do veterinário credenciado....................................................................................
.......................................................................................................................................................................
Carimbo Oficial.
Nome, n.º de Registro e assinatura do veterinário oficial ..........................................................................
.......................................................................................................................................................................
PORTARIA Nº 115, DE 04 DE OUTUBRO DE 1995
Publicada no Diário Oficial da União de 09/10/1995, Seção 1, Página 15817

Determina as atribuições do Comitê Científico do PNSA

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, do desempenho dos setores oficial e privado, na


no uso das atribuições que lhe confere o artigo confirmação e no controle de focos da doença de
78, item VII, do Regimento Interno da Secretaria, Newcastle, Influenza Aviária e de outras doenças
aprovado pela Portaria Ministerial nº 212, de 21 que interfiram no comércio interestadual e inter-
de agosto de 1992, e o disposto no artigo 2º da nacional e na saúde pública, nas metodologias de
Portaria Ministerial nº 193 de 19 de setembro de trabalho tanto ao nível laboratorial como de de-
1994, com vistas às normas e atribuições do Co- fesa sanitária, e na tomada de decisões de cunho
mitê Consultivo do Programa Nacional de Sani- intervencionista e sanitário, e a avaliação e análise
dade Avícola, de que trata a Portaria SDA 114 de de outros temas, sempre que determinados pelo
04 de outubro de 1995, Resolve: Secretário de Defesa Agropecuária.
Art. 1º Serão atribuições do Comitê, assessorar Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data
técnica e cientificamente o MAARA na condução da de sua publicação, revogando-se as disposições
Política Nacional de Sanidade Avícola, na avaliação em contrário.

ÊNIO ANTÔNIO MARQUES PEREIRA

PORTARIA Nº 193, DE 19 DE SETEMBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 22/09/1994, Seção 1, Página 14309

Institui o Programa Nacional de Sanidade Avícola no âmbito da SDA e cria o Comitê


Consultivo do Programa de Sanidade Avícola.
177
O Ministro de Estado da Agricultura, do cer programas de co-gestão das instituições pú-
Abastecimento e da Reforma Agrária, no uso das blicas e privadas, resolve:
atribuições que lhe confere o Art. 87, da Consti- Art. 1º Instituir o Programa Nacional de Sa-
tuição da República e considerando: nidade Avícola no âmbito da Secretaria de Defesa
A importância da produção avícola para a Agropecuária - SDA, envolvendo o Departamento
economia do País; de Defesa Animal - DDA e Departamento de Ins-
Os avanços obtidos pelo setor privado na área peção de Produtos de Origem Animal - DIPOA.
tecnológica, posicionando o Brasil em segundo lu- Art. 2º Delegar competência ao Secretá-
gar no mercado internacional de carne de aves; rio de Defesa Agropecuária, para baixar Normas
A estrutura dos serviços veterinários públicos para o controle e/ou erradicação das principais
e privados de apoio ao setor nas áreas de campo, doenças das aves, bem como estabelecer as áreas
laboratório e inspeção; prioritárias e estratégias de atuação.
A atual situação sanitária da avicultura Art. 3 º Criar o Comitê Consultivo do Programa
que viabiliza a implantação de estratégias de de Sanidade Avícola, atribuindo ao Secretário de De-
combate e/ou erradicação das principais do- fesa Agropecuária a competência de estabelecer as
enças das aves; entidades que serão representadas no mesmo.
A possibilidade e conveniência de estabele- Parágrafo único. O Conselho será presidido
pelo Titular da Secretaria de Defesa Agropecuária Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data
(SDA) e será secretariado pelo Diretor do Departa- de sua publicação, revogando-se as disposições
mento de Defesa Animal da SDA. em contrário.

SYNVAL GUAZZELLI

PORTARIA Nº 70, DE 03 DE MARÇO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 04/03/1994, Seção 1, Página 3168

Regulamenta a obrigatoriedade de Comunicação da suspeita da Doença de Newcastle.

O Ministro de Estado da Agricultura, do quer título mantenham em seu poder ou sob sua
Abastecimento e da Reforma Agrária, no uso das guarda aves de qualquer espécie, que tenham co-
atribuições que lhe confere o Art. 87, I, da Cons- nhecimento da ocorrência ou suspeitam da ocor-
tituição da República e o parágrafo único do Art. rência da Doença de Newcastle, ficam obrigados a
61 do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitá- comunicar o fato, imediatamente, ao serviço fede-
ria Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de ral ou estadual de defesa sanitária animal da juris-
03 de julho de 1934, resolve: dição, suspendendo a movimentação das aves exis-
Art. 1º Alterar a lista de doenças sanitárias tentes no estabelecimento infectado ou suspeito
constantes do Art. 61 do Regulamento do Serviço de estar infectado, assim como de produtos dessas
de Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decre- aves e materiais diversos que tiveram contacto com
to nº 24.548, de 03 de julho de 1934, para incluir as mesmas, até que a autoridade sanitária compe-
a Doença de Newcastle, que acomete as aves. tente decida sobre as medidas a adotar.
Art. 2º Os médicos veterinários e todos aque- Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data
les que sejam proprietários, depositários ou a qual- de sua publicação.
SYNVAL GUAZZELLI
178

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 56, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 06/12/2007, Seção 1, Página 11

Estabelece os Procedimentos para Registro, Fiscalização e Controle de Estabelecimentos


Avícolas de Reprodução e Comerciais.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, nº 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que nos


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atri- consta dos Processos 21000.008132/2005-72 e
buição que lhe confere o art. 2º, do Decreto nº 21000.008133/2005-17, resolve:
5.741, de 30 de março de 2006, tendo em vista Art. 1º Estabelecer os PROCEDIMENTOS
o disposto no Regulamento do Serviço de De- PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE
fesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO
E COMERCIAIS, na forma dos anexos desta Instru- vigor na data de sua publicação.
ção Normativa. Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em MAPA nº 4, de 30 de dezembro de 1998.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO I

PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS


AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS

CAPÍTULO I de 1(um) dia para produção de bisavós;


VIII -ESTABELECIMENTO INCUBATÓRIO DE BISA-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS VOSEIROS: estabelecimento importador, exportador
e produtor de aves de 1 dia para produção de avós;
Art. 1º A presente Instrução Normativa defi- IX - ESTABELECIMENTO INCUBATÓRIO DE
ne os procedimentos para o registro, a fiscaliza- AVOSEIROS: estabelecimento importador, expor-
ção e o controle sanitário dos Estabelecimentos tador e produtor de aves de 1 dia para produção
Avícolas de Reprodução e Comerciais, com exce- de matrizes;
ção à criação de ratitas. X - ESTABELECIMENTO INCUBATÓRIO DE MA-
Art. 2º Para fins de registro e fiscalização, os TRIZEIROS: estabelecimento importador, expor-
estabelecimentos avícolas de reprodução serão tador e produtor de aves de 1 dia de aves de corte
classificados segundo sua finalidade, de acordo e postura comerciais;
com as espécies de produção -galinhas, marre- XI - ESTABELECIMENTO PRODUTOR DE AVES E
cos, patos e perus, nas seguintes categorias: OVOS LIVRES DE PATÓGENOS - SPF;
I - ESTABELECIMENTO DE LINHA PURA: gran- XII - ESTABELECIMENTO PRODUTOR DE OVOS
ja ou núcleo de seleção genética de reprodutoras CONTROLADOS PARA PRODUÇÃO DE VACINAS
primárias, importadora, exportadora e produtora INATIVADAS.
de ovos férteis para produção de bisavós; Art. 3º Para fins de registro e fiscalização, os ES-
II - ESTABELECIMENTO BISAVOSEIRO: granja TABELECIMENTOS AVÍCOLAS COMERCIAIS serão clas-
179
ou núcleo de bisavós, importadora, exportadora e sificados quanto à finalidade em três categorias:
produtora de ovos férteis para produção de avós; I -ESTABELECIMENTO DE AVES COMERCIAIS
III -ESTABELECIMENTO AVOSEIRO: granja de DE CORTE: estabelecimento de exploração de
avós, importadora, exportadora e produtora de aves comerciais para produção de galinhas
ovos férteis para produção de matrizes; (Gallus gallus domesticus) e perus (Meleagris
IV - ESTABELECIMENTO MATRIZEIRO: granja gallopavo) para abate;
ou núcleo de matrizes, importadora, exportadora II -ESTABELECIMENTO DE POSTURA COMER-
e produtora de ovos férteis para produção de aves CIAL: estabelecimento de exploração de aves
comerciais de corte ou de postura comercial; comerciais para produção de ovos de galinhas
V - ESTABELECIMENTO MATRIZEIRO DE RECRIA: (Gallus gallus domesticus) para consumo;
granja ou núcleo de recria de matrizes de 1 dia pro- III - ESTABELECIMENTO DE CRIAÇÃO DE OU-
dutoras de aves comerciais de corte e postura; TRAS AVES NÃO CONTEMPLADAS NAS DEFINIÇÕES
VI - ESTABELECIMENTO DE RECRIA: granja ou ANTERIORES, À EXCEÇÃO DE RATITAS: estabeleci-
núcleo de recria de pintinhas de 1 dia de postura mento de explorações de outras aves de produ-
comercial até 20 semanas de idade; ção, passeriformes ornamentais, consideradas
VII - ESTABELECIMENTO INCUBATÓRIO DE exóticas ou não, à exceção de ratitas e seus in-
GRANJAS DE LINHA PURA: estabelecimento cubatórios, não contemplados no sistema avícola
importador, exportador e produtor de aves de produção de carne ou de ovos.
Art. 4º Os estabelecimentos avícolas de re- aos procedimentos de registro junto aos órgãos
produção e comerciais poderão epidemiologica- estaduais de defesa sanitária animal no prazo
mente ser formados por: máximo de 2 (dois) anos.
I - núcleo: unidade física de produção avíco- Art. 9º Para a realização do seu registro, os Es-
la, composta por um ou mais galpões, que alo- tabelecimentos Avícolas deverão estar cadastrados
jam um grupo de aves da mesma espécie e idade. na unidade de atenção veterinária local, do servi-
Os núcleos devem possuir manejo produtivo co- ço estadual de defesa sanitária animal, na forma
mum e devem ser isolados de outras atividades do seu Anexo II desta Instrução Normativa e seus
de produção avícola por meio de utilização de proprietários deverão apresentar os seguintes do-
barreiras físicas naturais ou artificiais; cumentos ao órgão responsável pelo registro:
II - granja: unidade física de produção avíco- I - requerimento de solicitação ao órgão de
la que aloja um grupo de aves da mesma espé- registro, na forma do Anexo III ou
cie. As granjas devem ser submetidas a manejo III-A desta Instrução Normativa, confor-
produtivo comum e devem ser isolados de outras me o caso;
atividades de produção avícola por barreiras físi- II - dados de existência legal de pessoa
cas naturais ou artificiais, composto por um ou jurídica:
mais núcleos de produção. a) cópia do cartão de CNPJ;
Art. 5º Estabelecimento avícola preexis- b) cópia do registro na Junta Comercial do
tente é o criatório avícola fisicamente instala- Estado ou do contrato social da firma, com as al-
do antes da data da publicação desta Instru- terações efetuadas;
ção Normativa. c) cópia do contrato de arrendamento ou
Art. 6º As aves e o material genético aloja- parceria registrado em cartório, se houver;
do nos Estabelecimentos Avícolas descritos nesta III - dados de existência legal de pessoa física:
Instrução Normativa deverão provir de estabe- a) cópia do CPF;
lecimentos registrados e monitorados sanitaria- b) cópia do cadastro no INCRA ou cópia da
mente pelo MAPA. inscrição do imóvel na Receita Federal;
c) cópia da inscrição ou declaração de pro-
CAPÍTULO II dutor rural;
d) cópia do contrato de arrendamento ou
DO REGISTRO DOS ESTABELECIMENTOS parceria registrado em cartório, se houver;
180
AVÍCOLAS IV - Anotação de responsabilidade técnica do
Médico Veterinário que realiza o controle higiêni-
Art. 7º Os estabelecimentos avícolas de re- co-sanitário do estabelecimento avícola, nos mol-
produção, descritos no art. 2º deste Anexo, serão des do Conselho Regional de Medicina Veterinária;
registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária V -Planta de localização da propriedade, as-
e Abastecimento - MAPA. sinada por técnico profissionalmente habilitado,
Parágrafo único. Os Estabelecimentos Aví- indicando todas as instalações, estradas, cursos
colas de Reprodução preexistentes à publicação d’água, propriedades limítrofes e respectivas ati-
desta Instrução Normativa deverão adequar-se vidades em escala compatível com o tamanho da
aos procedimentos de registro junto ao MAPA no propriedade, ou levantamento aerofotogramétri-
prazo máximo de 1 (um) ano. co; no caso de estabelecimentos avícolas comer-
Art. 8º Os Órgãos Estaduais de defesa sanitá- ciais, será exigido o croqui ou o levantamento ae-
ria animal dos estados participantes do Programa rofotogramétrico, indicando todas as instalações,
Nacional de Sanidade Avícola farão o registro dos estradas, cursos d’água e propriedades limítrofes;
estabelecimentos avícolas comerciais descritos VI - Planta baixa das instalações na escala
no art. 3o deste Anexo. compatível com a visualização da infra-estru-
Parágrafo único. Os Estabelecimentos Avíco- tura instalada;
las Comerciais preexistentes deverão adequar-se VI - Licença emitida por órgão de fiscaliza-
ção de meio ambiente municipal, estadual ou desta Instrução Normativa, este deverá ficar dis-
federal, de aprovação da área onde se pretende ponível para a fiscalização no estabelecimento.
construir o estabelecimento; § 4º Os estabelecimentos avícolas de repro-
VII - Memorial descritivo das medidas higi- dução e comerciais deverão comunicar ao órgão
ênico-sanitárias e de biossegurança que serão emissor do registro, num prazo máximo de 30
adotadas pelo estabelecimento avícola e dos pro- (trinta) dias, a mudança de responsável técnico,
cessos tecnológicos, contendo descrição detalha- apresentando a documentação correspondente
da do seguinte: do respectivo sucessor.
a) manejo adotado; § 5º Toda mudança de endereço, nome em-
b) localização e isolamento das instalações; presarial ou ampliações de estrutura física, bem
c) barreiras naturais; como a alienação ou o arrendamento do Estabe-
d) barreiras físicas; lecimento, deverá ser obrigatoriamente atualiza-
e) controle do acesso e fluxo de trânsito; da no órgão de registro, por meio de:
f) cuidados com a ração e água; I - apresentação de requerimento solicitan-
g) programa de saúde avícola; do a atualização da situação cadastral;
h) plano de contingência; II - apresentação de cópia do novo contrato
i) plano de capacitação de pessoal; social de organização do estabelecimento avícola
j) plano de gerenciamento ambiental; e ou do contrato de arrendamento; e
l) plano descritivo da rastreabilidade de ovos III -realização de inspeção da área física e do
incubados e destinação de ovos não incubáveis, controle higiênico-sanitário realizada pelo órgão
exigido apenas para incubatórios e produtores de responsável pelo registro.
aves e ovos SPF e produtores de ovos controlados
para produção de vacinas inativadas; CAPÍTULO III
VIII - documento comprobatório da quali-
dade microbiológica, física e química da água de DA FISCALIZAÇÃO
consumo, conforme padrões da vigilância sani-
tária, ou atestado da utilização de fornecimento Art. 10. Os Estabelecimentos Avícolas de que
de água oriunda de serviços públicos de abaste- trata esta Instrução Normativa devem estar loca-
cimento de água. lizados em área não sujeita a condições adversas
§ 1º Para o registro dos estabelecimentos aví- que possam interferir na saúde e bem-estar das
181
colas de reprodução, deverá ser anexado à docu- aves ou na qualidade do produto, devendo ser
mentação listada nos incisos I a VIII deste artigo o respeitadas as seguintes distâncias mínimas en-
Laudo de Inspeção Física e Sanitária emitido por tre o estabelecimento avícola e outros locais de
Fiscal Federal Agropecuário -FFA com anuência risco sanitário:
do Serviço de Defesa Sanitária Agropecuária - SE- I - 3km (três quilômetros) entre um es-
DESA e do Serviço de Fiscalização Agropecuária tabelecimento avícola de reprodução e aba-
- SEFAG, da SFA na Unidade da Federação onde se tedouros de qualquer finalidade, fábrica de
localiza o estabelecimento, na forma do Anexo IV ração, outros estabelecimentos avícolas de
desta Instrução Normativa. reprodução ou comerciais;
§ 2º Para o registro dos estabelecimentos II - limites internos do estabelecimento avíco-
avícolas comerciais, deverá ser anexado à docu- la produtor de ovos e aves SPF e produtor de ovos
mentação listada nos incisos I a VIII deste artigo controlados para produção de vacinas inativadas:
o Laudo de Inspeção Física e Sanitária, emitido a) 500 m (quinhentos metros) entre os núcle-
por Médico Veterinário Oficial da Unidade Local os de diferentes idades, entre galpões de recria e
de Atenção Veterinária, na forma do Anexo IV-A produção e do núcleo à estrada vicinal, rodovia
desta Instrução Normativa. estadual ou federal;
§ 3º Após a emissão de certidão de registro b) 200 m (duzentos metros) entre os núcleos
do estabelecimento avícola, na forma do Anexo V e os limites periféricos da propriedade;
III - limites internos de outros estabeleci- manutenção constante de pressão positiva.
mentos avícolas de reprodução: Art. 13. Os Estabelecimentos Produtores de
a) 200 m (duzentos metros) entre os núcleos Ovos Controlados para a Produção de Vacinas Ina-
e os limites periféricos da propriedade; tivadas deverão possuir cortinas que possibilitem
b) 300 m (trezentos metros) entre os núcleos. o fluxo de ar unidirecional e sistema que assegure
§ 1º O laboratório credenciado do estabeleci- que a entrada de ar seja feita por uma única fon-
mento, caso ele exista, deve estar localizado fora te, mediante instalação de dispositivos que per-
da cerca de isolamento dos núcleos de produção. mitam o monitoramento da qualidade do ar.
§ 2º Em estabelecimentos preexistentes, po- Art. 14. As instalações dos Estabelecimentos
derão ser admitidas pelo SEFAG/SEDESA-SFA, e Avícolas Comerciais deverão ser construídas com
baseado em avaliação do risco para a sanidade materiais que permitam limpeza e desinfecção e
avícola, alterações nas distâncias mínimas de que que os mesmos sejam providos de proteção ao
trata este artigo, em função da adoção de novas ambiente externo, com instalação de telas com
tecnologias, da existência de barreiras naturais malha de medida não superior a 2 cm (dois centí-
(reflorestamento, matas naturais, topografia) ou metros), à prova da entrada de pássaros, animais
artificiais (muros de alvenaria) e da utilização de domésticos e silvestres.
técnicas de manejo e medidas de biossegurança § 1º Os estabelecimentos de aves comerciais
diferenciadas que dificultem a introdução e a dis- de corte e os estabelecimentos de postura comer-
seminação de agentes de doenças. cial deverão possuir cerca de isolamento de no
Art. 11. Os Estabelecimentos Avícolas de mínimo 1,5m (um vírgula cinco metros) de altura
Reprodução serão construídos de modo que as em volta do galpão ou do núcleo, com um afasta-
superfícies interiores dos seus galpões permitam mento mínimo de 5m (cinco metros), não sendo
a limpeza e desinfecção, que o piso seja em alve- permitido o trânsito e a presença de animais de
naria e que os galpões sejam providos de prote- outras espécies em seu interior.
ção ao ambiente externo, com instalação de telas § 2º Os estabelecimentos produtores de ovos
com malha de medida não superior a 2 cm (dois comerciais, além de adotar medidas para evitar a
centímetros), à prova da entrada de pássaros, presença de aves de status sanitário desconheci-
animais domésticos e silvestres. do, moscas e roedores nas proximidades e no in-
§ 1º Os estabelecimentos avícolas de repro- terior do galpão, deverão evitar o desperdício de
dução deverão possuir cerca de isolamento de no ração, adotar medidas que facilitem a dessecação
182
mínimo 1,5m (um vírgula cinco metros) de altura rápida das fezes, evitando o acúmulo de insetos
em volta do galpão ou do núcleo, com afasta- e suas larvas e evitar focos de umidade nas fezes
mento mínimo de 10 m (dez metros), não sendo das aves, mediante controle de vazamentos de
permitido o trânsito e a presença de animais de bebedouros e outras fontes de água.
outras espécies em seu interior. § 3º Nos estabelecimentos avícolas comer-
§ 2º Nos estabelecimentos avícolas de repro- ciais preexistentes, será dado um prazo de 5 (cin-
dução, que utilizem galpões fechados com tela co) anos, a partir da data da publicação dessa Ins-
de malha superior a 2 cm (dois centímetros), será trução Normativa, para instalação de telas com
dado um prazo de 5 (cinco) anos para que sejam malha não superior a 2 cm (dois centímetros) nos
substituídas suas telas para malha não superior a vãos externos livres dos galpões.
2 cm (dois centímetros), devendo, neste período, § 4º Os estabelecimentos de criação de ou-
adotar as outras medidas de biossegurança e de tras aves de produção e aves ornamentais deve-
manejo previstas nesta Instrução Normativa. rão ser providos de telas com malha de medida
Art. 12. Os Estabelecimentos Produtores de não superior a 2 cm (dois centímetros), à prova
Ovos e Aves SPF deverão possuir galpões constru- de pássaros, animais domésticos e silvestres e,
ídos em alvenaria, inclusive as suas paredes, de em caso de criações ao ar livre, devem possuir
forma a permitir a sua limpeza e desinfecção, do- telas na parte superior dos piquetes.
tados de sistema de filtração absoluta do ar, com § 5º Nos estabelecimentos produtores de
aves ornamentais que já utilizem galpões fecha- VI - local para lavagem e desinfecção de
dos com tela de malha superior a 2 cm (dois cen- veículos.
tímetros), será dado um prazo de 5 (cinco) anos, Art. 18. As dependências internas dos in-
para que sejam substituídas para malha não su- cubatórios deverão ser divididas em áreas de
perior a 2 cm (dois centímetros). escrituração e técnica, separadas fisicamente,
§ 6º Não é permitido o trânsito e presença ambas com ventilação individual e fluxo de ar
de animais de outras espécies no interior dos es- unidirecional; e a área de trabalho deverá ser
tabelecimentos de criação de aves de produção e provida de acesso único para pessoas, equipa-
ornamentais. mentos e materiais.
Art. 15. As dependências dos Estabelecimen- Parágrafo único. As áreas técnicas dos incu-
tos Produtores de Ovos e Aves SPF deverão ser di- batórios deverão ser divididas, no mínimo, em:
vididas, no mínimo, em: I - sala para recepção de ovos;
I - vestiários, lavatórios e sanitários; II - câmara de desinfecção de ovos;
II - escritório; III - sala de armazenamento de ovos;
III - depósito; IV - sala de incubação;
IV - área de pinteiro; V - sala de eclosão;
V - área de produção: VI -sala com áreas de seleção, sexagem, vaci-
VI - área de incubação; nação, embalagem e estocagem de pintos;
VII - área de materiais; VII - área de expedição de pintos;
VIII - câmara de fumigação de ovos; VIII - sala de manipulação de vacinas;
IX - câmara de fumigação de materiais que IX - sala de lavagem e desinfecção de
ingressam na granja; equipamentos;
X - depósito de caixas e bandejas; e X - vestiários, lavatórios e sanitários;
XI - sala para classificação e armazenamento XI - refeitório;
de ovos. XII - escritório;
Art. 16. As dependências dos Estabelecimen- XIII - depósito de caixas; e
tos Produtores de Ovos Controlados para Produ- XIV - sala de máquinas e geradores.
ção de Vacinas Inativadas deverão ser divididas, Art. 19. Toda a alimentação animal e a água
no mínimo, em: introduzidas no Estabelecimento Produtor de Ovos
I - vestiários, lavatórios e sanitários; e Aves SPF deverão receber tratamentos que eli-
183
II - escritório; minem a possibilidade de entrada de patógenos,
III - depósito; através de mecanismos de esterilização com uso de
IV - câmara de fumigação de ovos; autoclave para a ração e filtro para a água, assim
V - câmara de fumigação de materiais que como todo outro material introduzido nas suas
ingressam na granja; instalações deverá sofrer tratamento que permita
VI - depósito de caixas e bandejas; e eliminar a contaminação por agentes patogênicos.
VII - sala para classificação e armazenamen- Art. 20. As visitas de pessoas alheias ao
to de ovos. processo produtivo nos estabelecimentos aví-
Art. 17. As dependências dos estabelecimen- colas de reprodução e comercial serão ante-
tos avícolas de reprodução, além da área de pro- cipadas dos procedimentos a que devem ser
dução, deverão ser divididas, no mínimo, em: submetidos o pessoal interno, tais como banho
I - vestiários, lavatórios e sanitários na entra- e troca de roupa e calçado, na entrada do esta-
da dos núcleos; belecimento e em cada núcleo.
II - escritório; Parágrafo único. O visitante e o médico
III - sala de armazenamento de ovos; veterinário oficial assinarão um termo de res-
IV - almoxarifado; ponsabilidade afirmando não haver tido con-
V - câmara de fumigação para materiais e tato com qualquer tipo de ave em um período
equipamentos; e mínimo de 7 dias para Estabelecimento Produ-
tor de Ovos e Aves SPF e Ovos Controlados para estabelecimentos Produtores de Ovos e Aves
Produção de Vacinas Inativadas, de 3(três) dias SPF e Ovos Controlados para Produção de Va-
para Estabelecimento de Linha Pura, Bisavós e cinas Inativadas;
Avós e de 1(um) dia para Estabelecimento de b) Análise física e química anualmente e aná-
Matrizes, anteriores à entrada no estabeleci- lise bacteriológica semestralmente para os demais
mento ou em cada núcleo. estabelecimentos avícolas de reprodução; e
Art. 21. Os estabelecimentos avícolas co- c) Análise física, química e bacteriológica
merciais e de reprodução deverão adotar as anualmente para os estabelecimentos de Aves
seguintes ações: Comerciais.
I - realizar controle e registro do trânsito de IX - manter por período não inferior a 2
veículos e do acesso de pessoas ao estabeleci- (dois) anos à disposição do serviço oficial o re-
mento, incluindo a colocação de sinais de aviso gistro das:
para evitar a entrada de pessoas alheias ao pro- a) atividades de trânsito de aves (cópias
cesso produtivo; das GTAs);
II - estar protegido por cercas de segurança b) ações sanitárias executadas;
e vias de acesso distintas de veículos e pessoas, c) protocolos de vacinações e medicações
contemplando uma entrada para material limpo utilizadas; e
e desinfectado a ser utilizado na produção e ou- d) datas das visitas e recomendações do Res-
tra para a retirada de descartes e demais refugos ponsável Técnico e do médico veterinário oficial;
de produção; X - em caso de identificação de problemas
III - estabelecer procedimentos para a de- sanitários, a cama do aviário deverá sofrer pro-
sinfecção de veículos, na entrada e na saída do cesso de fermentação por no mínimo 10(dez) dias
estabelecimento avícola; antes de sua retirada do galpão ou ser submetida
IV - os funcionários do estabelecimento aví- a outro método aprovado pelo DSA que garanta
cola deverão utilizar roupas e calçados limpos; a inativação de agentes de doenças; nos estabele-
V - adotar procedimento adequado para cimentos de aves comerciais de corte, deverá ser
o destino de águas servidas e resíduos de pro- assegurado que a reutilização da cama somen-
dução (aves mortas, ovos descartados, esterco te será realizada se não houver sido constatado
e embalagem), de acordo com a legislação am- problema sanitário que possa representar risco
biental vigente; potencial ao próximo lote a ser alojado, ao plan-
184
VI - elaborar e executar programa de limpe- tel avícola nacional e à saúde pública, de acordo
za e desinfecção a ser realizado nos galpões após com a inspeção clínica do responsável técnico do
a saída de cada lote de aves; estabelecimento ou pelo médico veterinário ofi-
VII - manter registros do programa de con- cial ou ainda durante o abate do lote pelo Serviço
trole de pragas, a fim de manter os galpões e de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
os locais para armazenagem de alimentos ou Art. 22. Nos estabelecimentos avícolas de
ovos livres de insetos e roedores, animais sil- reprodução e comerciais, o monitoramento sa-
vestres ou domésticos; nitário será realizado para a doença de Newcas-
VIII - realizar análise física, química e bac- tle, influenza aviária, Salmonelas, Micoplasmas,
teriológica da água, conforme os padrões esta- além do controle do uso de drogas veterinárias
belecidos na Resolução do CONAMA nº 357, de e contaminantes ambientais, de acordo com os
17 de março de 2005, à exceção de contagem de respectivos procedimentos específicos.
coliformes termotolerantes, que deverá seguir o § 1º Outras enfermidades poderão ser inclu-
padrão estabelecido pela Portaria do Ministério ídas no sistema de monitoramento, a critério do
da Saúde Nº 518, de 25 de março de 2004, com a M A PA .
seguinte periodicidade: § 2º Os programas de monitoramento sanitá-
a) Análise física e química anualmente e rio variarão considerando os estabelecimentos de
análise bacteriológica trimestralmente para os diferentes finalidades, de acordo com a classifica-
ção discriminada nos arts. 3º e 4º deste anexo. I - Adenovírus Aviário (Grupos I, II e III);
§ 3º O médico veterinário do serviço oficial II - Anemia Infecciosa das Galinhas;
é responsável pela fiscalização e supervisão das III - Haemophilus paragallinarum (Avibacte-
atividades de monitoramento sanitário, median- rium paragallinarum);
te vistorias e acompanhamento documental. IV - Mycoplasma gallisepticum e M. synoviae;
§ 4º O médico veterinário Responsável Técni- V - Paramyxovirus Aviário (tipo II e III);
co será o responsável pela execução dos controles VI - Pneumovirus aviário;
higiênico-sanitários dos plantéis dos Estabeleci- VII - Reovírus aviário;
mentos Avícolas de Reprodução e Comerciais. VIII - Salmonella Pullorum, S. Gallinarum,
§ 5º Os estabelecimentos avícolas de repro- S. Enteritidis;
dução e comerciais deverão manter registro dos IX - Salmonella sp.;
procedimentos de monitoramento sanitário de X - Vírus da Bouba Aviária;
cada lote de aves ou ovos incubáveis, referentes XI - Vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas;
às doenças contempladas no PNSA. XII - Vírus da Doença de Marek;
§ 6º Os exames deverão ser realizados em XIII - Vírus da Doença de Newcastle;
laboratórios pertencentes à Rede Nacional de XIV - Vírus da Doença Infecciosa da Bolsa
Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado (Doença de Gumboro);
de Atenção à Sanidade Agropecuária. XV - Vírus da Encefalomielite Aviária;
§ 7º Os estabelecimentos avícolas de repro- XVI - Vírus da Influenza Aviária;
dução e comerciais deverão estabelecer procedi- XVII - Vírus da Laringotraqueíte Infecciosa
mentos para garantir a rastreabilidade dos ani- das Galinhas;
mais e dos ovos incubáveis. XVIII - Vírus da Leucose Aviária; e
Art. 23. Os lotes de aves produtoras de XIX - Vírus da Reticuloendoteliose.
Ovos SPF devem estar livres dos agentes pa- § 1º Os lotes de aves produtoras de ovos SPF
togênicos e anticorpos específicos para os se- deverão ser monitorados de acordo com o espe-
guintes microorganismos: cificado na tabela seguinte:

185
AGENTE TESTE INTERVALO/% SIGLAS
DO LOTE
Adenovirus Aviário grupo I – IDGA; SN (4) (5) Testes e abreviações –
Soro-tipos 1-12
IDGA – Imuno difusão em Agar çel –
Adenovírus Aviário grupo II (HEV) IDGA (4)
Adenovírus Aviário grupo III (EDS76) IH; IDGA (4) (5) SN – Soroneutralização (1) IH – Inibição
Vírus da Encefalomielite Aviária ELISA; IDGA; SN (4) (5) da Hemaglutinação. ELISA – Ensaio (1)

Reovírus Aviário IDGA; SN; ELISA (4) (5) Imunoenzimático de fase líquida.

Vírus da Bronquite Infecciosa IDGA e ELISA (2) (5) OC – Observação clínica –


das Galinhas
SPA – Soro Aglutinação em placa –
Vírus da Doença de Gumboro ELISA; IDGA; SN (2) (5)
Vírus da Doença de Newcastle IH; ELISA (2) (5) IA – Isolamento do agente.
Vírus da Influenza Aviária (tipo A) IDGA (2) (5) HEV – Vírus da enterite hemorrágica
Vírus da Leucose Aviária A, B SN; ELISA (4) dos perus
Vírus da Leucose Linfóide A, B, C, ELISA (2)
EDS – Síndrome da queda de postura
DeJ
Vírus da Doença de Marek – IDGA (2) (5) Frequência e percentual de aves
Sorotipos 1, 2 e 3 testadas:
Vírus da Reticuloendoteliose ELISA; IDGA (2) (5)
Vírus da Bouba Aviária IDGA; OC (4)
(1) Ao início da atividade de postura
Vírus da Laringotraqueíte Infecciosa ELISA; IDGA (4)
– 100% do lote; (2) Na primeira
das Galinhas
amostragem 10% do lote e em meses
Mycoplasma synoviae SPA; IH; IA (2) (5)
sub-sequentes: 5% do lote;
Mycoplasma gallisepticum SPA; IH; IA (2) (5)
Pneumovírus Aviário ELISA; SN (2)
Paramyxovírus Aviário – Tipos II e III IH (2) (4) (3) Até 5 dias de vida p Observação
de Mortalidade – envio para teste
186 Salmonella Pullorum / S. Gallinarum SPA; IA (1); (3) (4)
sorológico; (4) Mensal – 60 aves;
Salmonella Enteriditis SPA; ELISA e IA (3); (4)
Salmonella SP. IA (3); (4)
Haemophilus paragallinarum OC - (5) Semanal – 40 aves.
(Avibacterium paragallinarum)
Anemia Infecciosa das Galinhas ELISA; SN (1); (2)

§ 2º Os exames deverão ser realizados em § 4º Outras enfermidades poderão ser incluídas


laboratórios pertencentes à Rede Nacional de La- no sistema de monitoramento, a critério do MAPA.
boratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Art. 24. Quanto ao controle sanitário dos lo-
Atenção à Sanidade Agropecuária, devendo os seus tes de aves produtoras de ovos controlados para
registros ficarem armazenados e disponíveis à fis- produção de vacinas inativadas, a vacinação;
calização por um período mínimo de 3(três) anos. I - os lotes de galinhas devem estar livres dos
§ 3º Ficará suspenso o fornecimento de ovos agentes patogênicos e anticorpos especificados
SPF para comercialização e incubação durante o para os seguintes microorganismos:
período de diagnóstico positivo das doenças de a) Adenovírus Aviário grupo III (EDS 76),
que trata este artigo. quando não vacinados;
b) Mycoplasma gallisepticum, M.synoviae; b) Haemophilus paragallinarum (Avibacte-
c) Salmonella Gallinarum, S. Pullorum, S. En- rium paragallinarum);
teritidis e S. Typhimurium; c) Pneumovirus aviário;
d) Vírus da Influenza Aviária; d) Reovírus aviário;
e) Vírus da Laringotraqueíte Infecciosa Aviária; e) Vírus da Bouba Aviária;
f) Vírus da Leucose Aviária; e f) Vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas;
g) Vírus da Reticuloendoteliose; g) Vírus da Doença de Marek;
II - os lotes de aves produtoras de ovos de h) Vírus da Doença de Newcastle;
anseriformes controlados para a produção de va- i) Vírus da Doença Infecciosa da Bolsa (Doen-
cinas inativadas devem estar livres dos seguintes ça de Gumboro); e
agentes patogênicos e anticorpos: j) Vírus da Encefalomielite Aviária;
a) Adenovírus Aviário grupo III (EDS 76) - não IV - os lotes produtores de ovos de anseriformes
é permitida a vacinação; controlados para produção de vacinas inativadas
b) Mycoplasma gallisepticum, M.synoviae; devem estar livres de manifestação clínica das infec-
c) Salmonella Gallinarum, S. Pullorum, S. En- ções provocadas pelos agentes patogênicos especifi-
teritidis e S. Typhimurium. cados no caput deste artigo, além dos seguintes:
d) Vírus da Doença de Newcastle; a) Vírus da Enterite dos Patos;
e) Vírus da Enterite dos Patos; b) Vírus da Hepatite dos Patos; e
f) Vírus da Hepatite dos Patos; e c) Vírus da Encefalomielite Eqüina do Leste;
g) Vírus da Influenza Aviária; V - os lotes de aves produtoras de ovos
III - os lotes de galinhas produtoras de ovos controlados para produção de vacinas inativa-
controlados para produção de vacinas inativadas das deverão ser monitorados a cada 30 (trinta)
devem estar livres de manifestação clínica das in- dias, devendo ser realizados em pelo menos
fecções provocadas pelos seguintes agentes: 30 (trinta) aves os testes diagnósticos especifi-
a) Anemia Infecciosa das Galinhas; cados na tabela abaixo:

AGENTE TESTE (*) SIGLAS


Adenovírus Aviário grupo III (EDS-76) IDGA; IH Testes e abreviações. IDGA – Imuno difusão em Agar gel.
Vírus da Influenza Aviária IDGA; ELISA IH – Inibição da Hemaglutinação.
ELISA – Ensaio Imunoenzimático de fase líquida.
187
Mycoplasma synoviae SPA; IH; IA
SPA – Soro aglutinação em placa.
Mycoplasma gallisepticum SPA; IH; IA
IA – Isolamento do agente.
Salmonella Pullorum/S. Gallinarum SPA; IA
IA* - Isolamento do agente de suabe de cloaca
Salmonella Enteritidis SPA; ELISA; IA EDS – Síndrome da queda de postura Mycoplasma
Salmonella Typhimurium IA gallisepticum; Mycoplasma synoviae; Salmonella
Salmonella sp. IA* Enteritidis; Salmonella Typhimurium, Salmonella
Vírus da Laringotraqueíte ELISA; IDGA; Pullorum e Salmonella Gallinarum deverão seguir
Infecciosa das Galinhas o mesmo modelo exigido para o controle de aves
reprodutoras, porém em intervalos de 30 dias entre cada
Vírus da Leucose Aviária A, B SN; ELISA
monitoramento.
Vírus da Reticuloendoteliose ELISA; IDGA

§ 1º Ficará suspenso o fornecimento de ovos Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à


controlados para produção de vacinas inativadas, Sanidade Agropecuária, devendo os seus registros
durante o período de manifestação clínica das ficarem armazenados e disponíveis à fiscalização
doenças de que trata este artigo. por um período mínimo de 3 (três) anos.
§ 2º Os exames serão realizados em laborató- § 3º A produção de antígenos em ovos de
rios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios anseriformes controlados deve ser feita isolada-
mente, e os ovos não poderão ser incubados con- Parágrafo único. Os estabelecimentos
comitantemente com outros ovos controlados ou avícolas que realizem comérciointernacional
SPF dentro do laboratório de produção. deverão cumprir, além dos procedimentos es-
§ 4º Toda vacina avícola importada produzi- tabelecidos pelo MAPA, as exigências dos paí-
da em ovos controlados isoladamente ou combi- ses importadores.
nada terá sua importação suspensa quando da Art. 27. A vacinação nos plantéis de aves
ocorrência de doença avícola exótica no Brasil de reprodução e comerciais somente poderá
ou listada pela OIE, até que o país seja conside- ser realizada com vacina devidamente registra-
rado livre de tal enfermidade pelo Serviço Vete- da no MAPA.
rinário Oficial do Brasil. § 1º O programa de vacinação deverá ser es-
§ 5º Toda vacina avícola importada produ- pecífico por região e por segmento produtivo.
zida em ovos controlados isoladamente ou com- § 2º As aves reprodutoras, à exceção de aves
binada deverá ser acompanhada de laudo que SPF, de postura comercial e aves ornamentais
contemple os testes exigidos pelo MAPA. realizarão vacinação sistemática contra a do-
§ 6º Outras enfermidades poderão ser incluídas ença de Newcastle.
no sistema de monitoramento a critério do MAPA. § 3º Estabelecimentos de aves de corte que
Art. 25. Nos Estabelecimentos Avícolas de realizarem vacinação para doença de Newcas-
Reprodução, os ovos deverão ser colhidos em tle e outras doenças de controle oficial deverão
intervalos freqüentes, em recipientes limpos e obrigatoriamente informar a atividade ao serviço
desinfetados. estadual de defesa sanitária animal.
§ 1º Após a colheita, os ovos limpos deverão § 4º No caso de doença considerada exótica
ser desinfetados no mais breve espaço de tem- ao plantel avícola nacional, não será permitida a
po possível, devendo ser armazenados em local realização de vacinação sistemática.
específico e mantidos a temperatura entre 13ºC § 5º Nos Estabelecimentos Incubatórios de
(treze graus Celsius) a 25ºC (vinte e cinco graus Reprodução, proceder-se-á à vacinação obrigató-
Celsius) e umidade relativa do ar entre 70%(seten- ria contra a doença de Marek, antes da expedição
ta por cento) a 85% (oitenta e cinco por cento). das aves de um dia.
§ 2º Os ovos sujos, quebrados ou trincados
deverão ser colhidos em recipientes separados e CAPÍTULO IV
não poderão ser destinados à incubação.
188
§ 3º Os ovos deverão ser expedidos dire- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
tamente da sala de estocagem da granja ao
incubatório. Art. 28. Os estabelecimentos avícolas permi-
§ 4º Os ovos deverão ser transportados em tirão o acesso do médico veterinário oficial aos
veículos fechados apropriados: em bandejas, car- documentos e às instalações, observando os pro-
rinhos e caixas em bom estado de conservação cedimentos de biossegurança.
e previamente desinfetados antes de cada em- Art. 29. Os médicos veterinários habilitados
barque; as caixas e bandejas, quando forem de à emissão de GTA de estabelecimentos avícolas
papelão, deverão ser de primeiro uso. registrados, que presenciarem aves com sinais
§ 5º As aves de 1 (um) dia deverão ser expedidas repentinos e quantitativamente acentuados, fora
diretamente do incubatório ao local do destino. dos padrões normais de produção, tais como di-
§ 6º O veículo transportador deverá ser lim- minuição na produção de ovos, no consumo de
po e desinfetado antes de cada embarque. água ou ração e elevação na taxa mortalidade,
Art. 26. O trânsito interestadual de aves, ocorridos dentro de um período de 72 (setenta
inclusive as destinadas ao abate, além de es- e duas) horas, comunicarão o fato de imediato
terco e cama de aviário, obedecerão às normas e oficialmente ao serviço de defesa sanitária ani-
previstas neste artigo. mal da Unidade Federativa.
ANEXO II

FICHA DE CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS

1. Dados Gerais do Estabelecimento


CNJP/CPF: Inscrição Estadual ou Cadastro de Produtor:
Número do INCRA: Pessoa Física (1) Pessoa Jurídica (2)
Nome Empresarial:
Marca ou Nome Fantasia:

2. Localização do Estabelecimento
Endereço – logradouro:
Bairro: Localidade / Distrito:
Município: CEP: UF:

3. Endereço para Correspondência

Endereço – logradouro:
Bairro: Localidade / Distrito:
Município: CEP: UF:
Telefone: Fax: Caixa Postal:
Endereço eletrônico:

4. Atuação do Estabelecimento

Área: Atividade: Classificação: Característica Adicional:


Atividade: Classificação: Característica Adicional: 189
Atividade: Classificação: Característica Adicional:

5. Cooperativa / Integradora (se a atividade for de integrado ou cooperado)

CNPJ/CPF:
Nome Empresarial:
Nome Fantasia:
Endereço – logradouro:
Município: UF: Data Cadastramento: ____/____/____

6. Técnico Responsável

Nome:
Profissão: MÉDICO VETERINÁRIO
CPF: Sigla: CRMV Região (UF): Número Inscrição:
Tipo de responsabilidade: 1 Tipo de Técnico: (1 – titular / 2 – substituto)
7. Tipo de Propriedade
Própria Arrendada (se arrendada, preencher abaixo)
Nome do Proprietário: CPF/CNPJ:
Endereço:

8. Localização / Instalações DATUM: South American 69 (SAD69)


Coordenadas GPS (formato decimal) S: W:
Área da Propriedade: (há) Área de Galpões / Piquetes:
Área Construída: Capacidade de Alojamento:
Número de pessoas envolvidas com atividade:

9. Responsabilidade pela Informação


Nome do Responsável:
Cargo: Documento de Identidade:

10. Declaração

Declaro que todas as informações prestadas neste formulário são verdadeiras e que qualquer alteração
nestas informações será comunicada imediatamente ao órgão de defesa sanitária animal.

Local e data:

Assinatura

11. Responsabilidade pelo Cadastro


190 A ser preenchido pelo funcionário responsável pela unidade veterinária local de atenção do

Nome: Órgão:
Cargo: Matrícula:

Preenchimento do Item 4 da Ficha de Cadastro Incubatório de Linha Pura


Área de Interesse: Material de multiplicação Incubatório Bisavoseiro
Animal (reprodutoras) Incubatório Avoseiro
Aves comerciais Incubatório Matrizeiro
Atividade: Produtor Independente Incubatório de Avestruz
Produtor Integrado Criadouro de Avestruz - Reprodução
Produtor Cooperado Criadouro de Avestruz - Cria e Engorda
Classificação: Aves reprodutoras Criadouro de Avestruz - Engorda
Granja de Linha Pura Criadouro de Avestruz - Ciclo Completo
Granja Bisavoseira Criadouro de Avestruz - Ciclo Parcial
Granja Avoseira Granja Matrizeira de Recria até 20 semanas
Granja Matrizeira de idade
Granja SPF/ovos controlados Granja de Recria de pintinhas de 1 dia de
postura até 20 semanas de idade Perus - aptidão corte
Aves comerciais: Peruas - aptidão postura
Granja de Aves de Corte Marrecos - aptidão corte
Granja de Aves Poedeiras de Ovos Marrecas - aptidão postura
Granja de outras Aves de produção e aves Aves comerciais Galinha Peru Pato
ornamentais Marreco
Características Adicionais (espécies): Codorna
Aves reprodutoras Galinha d’angola
Galinhas - aptidão corte Avestruz
Galinhas - aptidão postura Ema
Patos - aptidão corte Outras (especificar)
Patas - aptidão postura

ANEXO III

REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ESTABELECIMENTO AVÍCOLA

À(o) _____________________________________________________________ (Superintendência


Federal de Agricultura - SFA) no Estado do(e) ___________________________________________,
__________________________________________________, (Pessoa Jurídica ou Pessoa Física)
CNPJ / CPF nº ___________________________, localizado em _____________________________
______________________________ (endereço completo) ________________________________
______________________________________________________________________________,
Coordenadas GPS (formato decimal SAD 69) S: ________________; W: ____________________,
Bairro ____________________, Município ___________________________ Estado _________,
CEP __________, telefone ________________, fax ______________, caixa postal nº___________,
endereço eletrônico______________________________, vem requerer a V. Sa. registro nessa(e) ___
__________________________________________________, (SFA) como____________________
______________________________________________________________________________.
De acordo com a Instrução Normativa MAPA que estabelece os PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, 191
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO, anexo ao presente os
documentos exigidos pela legislação em vigor.
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO
___________________________, ____________ de _____________________ de ____________.
____________________________________________________________________________
(assinatura do proprietário ou representante legal)
ANEXO III-A

REQUERIMENTO PARA REGISTRO DE ESTABELECIMENTO AVÍCOLA

À(o) ___________________________________________________________________________,
(Órgão de Defesa Sanitária Animal)
no Estado do(e)__________________________________________________________________,
______________________________________________________________________________,
(Pessoa Jurídica ou Pessoa Física)
CNPJ/CPF nº_____________________, localizado em ____________________________________
_______________________________________________________________________________
(endereço completo)
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Coordenadas GPS (formato decimal SAD 69) S: ________________; W: ____________________,
Bairro _________________, Município __________________________ Estado _____________
CEP _____________________, telefone_____________________, fax ____________________,
caixa postal nº____________, endereço eletrônico _____________________________________,
vem requerer a V. Sa. registro nessa(e) ____________________________ , como (Órgão de Defesa
Sanitária Animal) _________________________________________________________________
De acordo com a Instrução Normativa MAPA que estabelece os PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FIS-
CALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS COMERCIAIS, anexo ao presente os docu-
mentos exigidos pela legislação em vigor.
NESTES TERMOS, PEDE DEFERIMENTO
_________________________, __________ de _____________________ de ______________.
_____________________________________________________-
(assinatura do proprietário ou representante legal

192
ANEXO IV

LAUDO DE INSPEÇÃO FÍSICA E SANITÁRIA - ROTEIRO MÍNIMO

PROPRIETÁRIO:
ESTABELECIMENTO:
LOCALIZAÇÃO:
TIPO DE EXPLORAÇÃO:
Nº PROCESSO DE REGISTRO:
O estabelecimento foi vistoriado, segundo o disposto na Instrução Normativa MAPA que estabelece
os PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE
REPRODUÇÃO.

Ordem Item Possui Regular Não possui


Documental
1 Documentos de Existência Legal
2 Responsável Técnico (contrato + carteira CRMV)
3 Planta de situação ou Levantamento Aerofotogramétrico
Planta Baixa
4 Protocolo ou Aval do Órgão Responsável pelo Meio Ambiente
5 Memorial Descritivo
Estrutural:
6 Distâncias Regulamentadas
7 Material Utilizado (limpeza e desinfecção)
8 Tela (exceto SPF, Linha Pura e Bisavós)
9 Cerca de Isolamento com único acesso
10 Registro do Controle de Trânsito (veículos e pessoas)
11 Desinfecção de veículos
193
12 Controle de Pragas
13 Análise Microbiológica da Água
14 Registro de Manejo

Assinatura e carimbo Assinatura e carimbo


FFA – SEDESA Chefe do SEFESA da SFA-XX
Assinatura e carimbo Assinatura e carimbo
FFA – SEFAG Chefe do SEFAG da SFA-XX

ESTE LAUDO DE VISTORIA TEM VALIDADE POR UM ANO, CONDICIONADA À MANUTENÇÃO DO ESTADO
SANITÁRIO DOS NÚCLEOS OU DO ESTABELECIMENTO AVÍCOLA.
ANEXO IV-A

LAUDO DE INSPEÇÃO FÍSICA E SANITÁRIA - ROTEIRO MÍNIMO

PROPRIETÁRIO:
ESTABELECIMENTO:
LOCALIZAÇÃO:
TIPO DE EXPLORAÇÃO:
Nº PROCESSO DE REGISTRO:
O estabelecimento foi vistoriado, segundo o disposto na Instrução Normativa MAPA que estabelece
os PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS
COMERCIAIS.

Ordem Item Possui Regular Não possui


Documental
1 Documentos de Existência Legal
2 Responsável Técnico (contrato + carteira CRMV)
3 Croquis ou Levantamento Aerofotogramétrico
4 Protocolo ou Aval do Órgão Responsável pelo Meio
Ambiente
5 Memorial Descritivo
Estrutural:
6 Distâncias Regulamentadas
7 Material Utilizado (limpeza e desinfecção)
8 Tela
9 Boas práticas de produção
194 10 Cerca de isolamento com único acesso
11 Registrodo controle de Trânsito (veículos e pessoas)
12 Desinfecção de veículos
13 Controle de Pragas
14 Análise Microbiológica da Água
15 Registro de Manejo

Assinatura e carimbo Assinatura e carimbo


Médico Veterinário Oficial responsável Chefe do Serviço Estadual de
pela vistoria Sanidade Animal

ESTE LAUDO DE VISTORIA TEM VALIDADE POR UM ANO, CONDICIONADA À MANUTENÇÃO DO ESTADO
SANITÁRIO DOS NÚCLEOS OU DO ESTABELECIMENTO AVÍCOLA.
ANEXO V

CERTIDÃO DE REGISTRO DE ESTABELECIMENTO AVÍCOLA


Classificação____________________________________________________ Nº do Processo
_____________________ Nº de Registro ______________________ Certificamos que, de acordo
com a Instrução Normativa MAPA que estabelece os PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO
E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS, o Estabelecimento
Avícola: _____________________________________________________________________,
Proprietário / Empresa ___________________________________, CPF / CGC ________________
________________________________, Localizado na ___________________________________
__________________ Coordenadas GPS - S: ____________________; W: ________________, Mu-
nicípio de ________________________, Estado de(o) ________________________, está registrado
para produção de _____________________________________________________, com validade
até _______ / _______ / _______.
________________________, ___________ de ____________________ de ______________
_________________________________________________________________________
Responsável pela emissão do Registro
ÓRGÃO DE EMISSÃO DO REGISTRO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 7 DE ABRIL DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 10/04/2006, Seção 1, Página 6

Aprova, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de Preven-


ção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 1º Aprovar, no âmbito do Programa Na-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E cional de Sanidade Avícola, o Plano Nacional de 195
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e
conferem os arts. 9º e 42, do Anexo I, do Decreto Prevenção da Doença de Newcastle em todo o
nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, com funda- território nacional, na forma do Anexo à presente
mento na Portaria Ministerial nº 193, de 19 de Instrução Normativa.
setembro de 1994, e o que consta do Processo no Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
21000.001074/2006-37, resolve: vigor na data de sua publicação.

GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO

PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO DA INFLUENZA AVIÁRIA E DE CONTROLE


E PREVENÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE

Art. 1º. O Plano Nacional de Prevenção da aplicação em todas as Unidades da Federação


Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da (UF), para promover ações direcionadas à defesa
Doença de Newcastle é estratégia passível de sanitária animal, visando ao fortalecimento do
sistema de atenção veterinária e à implementa- d) Coordenação do Sistema de Vigilância
ção do Programa Nacional de Sanidade Avícola Agropecuária Internacional - VIGIAGRO;
(PNSA), em todo o território nacional. II - Superintendências Federais de Agri-
Art. 2º. A adesão das UF’s às normas previs- cultura - SFA;
tas no plano tem caráter voluntário. Os critérios III - Secretarias de Agricultura Estaduais e
descritos nesta Instrução Normativa servirão seus Órgãos de Defesa Sanitária Animal; e
para avaliação dos sistemas locais de atenção ve- IV - iniciativa privada.
terinária e, conseqüentemente, para classificação § 1º. O DSA:
das UF’s por status sanitário em relação à Influen- I - coordenará as ações que visem à determi-
za Aviária e Doença de Newcastle. nação da situação epidemiológica da região em
Art. 3º. Para efeito de implementação e ope- relação à Influenza Aviária e Doença de Newcas-
racionalização do Plano Nacional de Prevenção tle no Brasil, mediante a realização de inquéritos
da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção epidemiológicos anuais;
da Doença de Newcastle, e baseado em critérios II - manterá atualizado o marco legal de
geopolíticos, o Brasil será dividido em regiões. ações para combate à Influenza Aviária e Doença
§ 1º O Departamento de Saúde Animal - DSA de Newcastle e os manuais de atuação do PNSA
realizará auditorias periódicas, conforme critérios referentes aos procedimentos operacionais e ati-
definidos em normas complementares, naquelas vidades de campo e de emergência sanitária;
UF’s que aderirem ao plano, a fim de confirmar a III - definirá os parâmetros de equivalência
implementação das normas previstas no Plano Na- de status sanitário e de níveis de eficiência na
cional de Prevenção da Influenza Aviária e de Con- execução de atividades dos serviços de defesa sa-
trole e Prevenção da Doença de Newcastle e a ade- nitária animal, referentes ao Plano Nacional de
quação dos serviços de defesa sanitária animal. Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e
§ 2º. As UF’s poderão aderir ao plano isolada- Prevenção da Doença de Newcastle;
mente, mediante a formação de blocos regionais IV - fornecerá material educativo modelo,
de UF, ou ainda delimitando áreas internas em para promoção de ações uniformes como previs-
seu território, desde que apresentem garantias to pelo PNSA, no território nacional, em todos os
equivalentes de funcionamento do sistema de níveis de execução;
defesa sanitária animal na área proposta. V - editará as regras específicas de trânsito
Art. 4º. O DSA realizará, continuamente, a interestadual para os diferentes tipos de explo-
196
revisão e regulamentação dos manuais do PNSA, ração avícola, visando às necessidades da imple-
em especial no que concerne às atividades de ro- mentação do Plano Nacional de Prevenção da
tina e de emergência sanitária da Influenza Avi- Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da
ária e Doença de Newcastle e à adequação das Doença de Newcastle;
normas para os diferentes segmentos avícolas de VI - atualizará permanentemente os requi-
reprodução, corte, postura comercial, ratitas, or- sitos sanitários exigidos à importação e à expor-
namentais e avicultura não-comercial. tação de aves vivas, material genético, produtos
Art. 5º Farão parte do Plano Nacional de Pre- e subprodutos avícolas, visando ao atendimento
venção da Influenza Aviária e de Controle e Preven- das normas previstas pelo Plano Nacional de Pre-
ção da Doença de Newcastle os seguintes setores: venção da Influenza Aviária e de Controle e Pre-
I - Secretaria de Defesa Agropecuária: venção da Doença de Newcastle;
a) Departamento de Saúde Animal - DSA; VII - estabelecerá modificações nas medidas
b) Departamento de Inspeção de Produtos de biosseguridade e higiênico-sanitárias para pre-
de Origem Animal - DIPOA; venção da Influenza Aviária e da Doença de New-
c) Departamento de Fiscalização de Insumos castle nos estabelecimentos avícolas nacionais;
Pecuários - DFIP; VIII - manterá atualizado o cadastro nacional
c) Coordenação-Geral de Apoio Laborato- de médicos veterinários credenciados para emissão
rial - CGAL; de Guia de Trânsito Animal (GTA), para aves;
IX - estabelecerá normas sanitárias para a serão passíveis de autorização prévia de impor-
participação de aves em eventos agropecuários. tação e interceptação, proibição do ingresso ou
§ 2º. O DIPOA: destruição, quando originários ou que transita-
I - informará imediatamente ao DSA, a iden- rem por países considerados de risco pelo DSA;
tificação da ocorrência de mortalidade acima de III - garantirá a fiscalização dos resíduos só-
10% (dez por cento) em lotes de aves de corte, lidos de veículos de transporte aéreo, marítimo
ocorrida num período inferior a 72 (setenta e e terrestre, por meio da exigência do tratamento
duas) horas, e descritas no boletim sanitário, pre- dos resíduos em áreas primárias, utilizando mé-
visto pela Portaria SDA nº 210, de 10 de novem- todos de eficácia cientificamente comprovada,
bro de 1998, Anexo IV; impedindo a entrada no território nacional de
II - informará imediatamente ao DSA, a iden- materiais passíveis de veiculação de doenças;
tificação de sinais característicos de Influenza Avi- IV - garantirá a fiscalização de bagagens acom-
ária ou Doença de Newcastle, durante a inspeção panhadas e desacompanhadas, em terminais in-
ante-mortem do lote; ternacionais de desembarque de passageiros em
III - participará na vigilância ativa para In- aeroportos internacionais, postos de fronteira, por-
fluenza Aviária e doença de Newcastle, mediante tos marítimos e fluviais, realizando destruição de
coleta de amostras biológicas em abatedouros, produtos agropecuários apreendidos sem a devida
no momento da inspeção das aves. autorização de importação ou certificação;
§ 3º. O DFIP: V - promoverá a intensificação das campa-
I - realizará controle de vacinas, por UF, no nhas de educação sanitária dirigida aos passagei-
que se refere à quantidade produzida ou impor- ros em trânsito internacional.
tada por laboratório e da quantidade utilizada; § 6º. A SFA:
II - avaliará vacinas e medicamentos disponíveis I - assegurará, no âmbito estadual, o cumpri-
e realizará seus registros, por demanda do DSA. mento das medidas sanitárias de rotina e emer-
§ 4º. A CGAL: genciais constantes da legislação vigente e do
I - garantirá oferta de diagnóstico labora- Manual de Contingência, frente a uma suspeita
torial, demandado pelo DSA, para atendimento de Influenza Aviária ou Doença de Newcastle;
às atividades de monitoramento epidemiológico II - credenciarão médicos veterinários para
anual dos plantéis avícolas e dos processos de vi- emissão de GTA para trânsito interestadual de aves;
gilância ativa e passiva para Influenza Aviária e III - manterá atualizado o cadastro de médicos
197
Doença de Newcastle; veterinários credenciados para emissão de GTA;
II - desenvolverá, na rede laboratorial do LA- IV - realizará ações educativas, de acordo
NAGRO, diagnóstico rápido e confirmatório para com normas e outras fontes indicadas pelo DSA;
a Influenza Aviária e Doença de Newcastle, com V - participará do Comitê Estadual de Sani-
modernização dos equipamentos e treinamento dade Avícola e nas ações dos Grupos de Emergên-
de técnicos responsáveis pela condução dos tes- cia Sanitária em Sanidade Avícola Estadual;
tes, objetivando à realização de monitoramento VI - atualizará o cadastro georreferenciado, em
sorológico anual, sob demanda do DSA. formato eletrônico, de todos os estabelecimentos
§ 5º A VIGIAGRO: avícolas de reprodução e produtores de ovos livres
I - coordenará a fiscalização, em todas as Uni- de patógenos específicos (SPF) ou controlados.
dades de Vigilância Agropecuária nos pontos de § 7º Os Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária
ingresso no País, da importação de: aves vivas, seus Animal, das UF que aderirem ao plano:
produtos e subprodutos comestíveis e não-comes- I - garantirão o funcionamento do sistema
tíveis; ovos, seus produtos e subprodutos comes- de atenção veterinária e de vigilância sanitária
tíveis e não-comestíveis; ovos férteis e sêmen de em sanidade avícola, para viabilizar a implemen-
aves, ou qualquer outro material de multiplicação tação do PNSA;
animal de aves; produtos biológicos de aves; II - adequarão a legislação estadual específi-
II - assegurará que os produtos supracitados ca para a sanidade avícola, colocando-a em con-
sonância com a legislação federal, contemplando Art. 7º. O DSA organizará, com periodicida-
a atuação em emergência sanitária; de mínima anual, estudo de vigilância ativa para
III - realizarão ações educativas, de acordo a Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
com normas e outras fontes indicadas pelo DSA; § 1º. O estudo abrangerá as UF que dispu-
IV - criarão e promoverão a capacitação per- serem de cadastro georreferenciado, em formato
manente de Grupo de Emergência Sanitária, con- eletrônico, atualizado continuamente, junto à
forme a regulamentação do DSA; Coordenação de Sanidade Avícola - CSA, do DSA.
V - participará do Comitê Estadual de Sani- § 2º. Farão parte da população amostrada:
dade Avícola e nas ações dos Grupos de Emergên- aves comerciais de corte, aves de postura comer-
cia Sanitária em Sanidade Avícola Estadual; cial, aves domésticas de criações não-comerciais
VI - atualizarão o cadastro georreferenciado, e aves migratórias.
em formato eletrônico, de todos os estabeleci- Art. 8º. O DSA certificará estabelecimentos li-
mentos avícolas comerciais e os sítios de inverna- vres da Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
da de aves migratórias. Deverão ainda ser loca- Parágrafo único. A certificação de que trata
lizados e identificados por georreferenciamento: o caput deste Artigo abrangerá os estabelecimen-
zoológicos, abatedouros e graxarias e estabeleci- tos avícolas de reprodução e produtores de ovos
mentos de comercialização de aves vivas. SPF ou controlados.
§ 8º. A iniciativa privada: Art. 9º. A CGAL será responsável por realizar
I - comunicará, imediatamente, qualquer sus- o credenciamento de laboratórios públicos, para
peita de presença de Influenza Aviária e Doença de diagnóstico sorológico de Influenza Aviária e Do-
Newcastle ao Serviço Oficial e executará as ações ença de Newcastle, em cada uma das UF’s que
necessárias à completa investigação do caso; apresentarem condições adequadas de execução
II - fomentará o desenvolvimento de fundos do plano, para atendimento de vigilância passiva
estaduais privados, reconhecidos pelo MAPA, e programas de certificação de estabelecimentos.
para realização de ações emergenciais, frente Art. 10. As SFA’s deverão disponibilizar para
ao acontecimento de foco da Influenza Aviária o DSA a listagem de médicos veterinários cre-
e Doença de Newcastle, nos plantéis avícolas denciados para emissão de GTA e a listagem dos
comerciais ou não, incluindo a possibilidade de estabelecimentos certificados nos programas sa-
pagamento de indenizações; nitários do PNSA.
III - promoverá programas de educação § 1º. A CSA publicará a relação de médicos ve-
198
continuada, dirigidos aos médicos veterinários, terinários credenciados para emissão de GTA e a
técnicos e produtores avícolas, conforme os ma- lista dos estabelecimentos certificados nos progra-
nuais do PNSA; mas sanitários do PNSA, a ser disponibilizada no
IV - participará do Comitê Estadual de Sani- sítio eletrônico do MAPA, com atualização mensal.
dade Avícola e nas ações dos Grupos de Emergên- § 2º. As SFA’s encaminharão, até o 5º (quinto)
cia Sanitária em Sanidade Avícola Estadual; dia útil de cada mês, à CSA, as modificações ocor-
V - adotará ações mínimas de biossegurida- ridas nas listas de que trata o § 1º, deste artigo.
de, definidas pelo PNSA, nos estabelecimentos Art. 11. O trânsito interestadual, para os
avícolas comerciais. diferentes tipos de exploração avícola de aves
Art. 6º Os estados que aderirem ao Plano vivas, material genético, produtos e subprodutos
Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de comestíveis e não-comestíveis, obedecerá às se-
Controle e Prevenção da Doença de Newcastle guintes regras:
deverão, por ato legal, criar o Comitê de Sanidade § 1º. O trânsito interestadual de aves e ovos
Avícola Estadual, constituído por representantes da férteis, descritos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII,
SFA, Órgão Estadual de Defesa Sanitária Animal, ór- VIII e IX, deste parágrafo, será autorizado, desde
gãos privados representativos do segmento avícola que os espécimes sejam provenientes de estabele-
e comunidade científica, a fim de propor ações ao cimentos certificados como livres de Micoplasma
DSA, de acordo com a realidade estadual. e Salmonella, conforme Instrução Normativa SDA
nº 44, de 23 de agosto de 2001, e Instrução Nor- abordados no inciso VIII, do § 1o, deste artigo,
mativa SDA nº 78, de 3 de novembro de 2003, e no somente será permitido se o estabelecimento de
caso de ratitas, a Instrução Normativa Conjunta origem do material for certificado como livre de
SDA/SARC nº 02, de 21 de fevereiro de 2003. Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
I - granjas de seleção genética de reprodu- § 5º. O trânsito interestadual de aves de cor-
toras primárias (linhas puras), importadoras, ex- te deverá ser acompanhado da GTA, emitida por
portadoras, produtoras de ovos férteis e aves de médico veterinário oficial ou credenciado pelo
um dia para produção de bisavós; MAPA, responsável técnico pelo estabelecimento
II - granjas de bisavós (bisavoseiras) importa- de origem das aves.
doras, exportadoras, produtoras de ovos férteis e § 6º O trânsito interestadual de aves de des-
aves de um dia para produção de avós; carte de granjas de reprodução e aves de descarte
III - granjas de avós (avoseiras) importado- de granja produtora de ovos para consumo deve-
ras, exportadoras, produtoras de ovos férteis e rá ser acompanhado da GTA, emitida por médico
aves de um dia para produção de matrizes; veterinário oficial. Essas aves deverão ser destina-
IV - granjas de matrizes (matrizeiros) impor- das a abatedouros com inspeção federal. A emis-
tadoras, exportadoras, produtoras de ovos férteis são de GTA estará vinculada à comprovação de
e aves de um dia, para produção de aves comer- recebimento pelo SIF, do lote de aves de descarte
ciais, matrizes recriadas de até 24 (vinte e quatro) encaminhado anteriormente.
semanas e outros fins; § 7º Aquelas UF’s que aderirem ao Plano Na-
V - estabelecimentos produtores de frangas cional de Prevenção de Influenza Aviária e Pre-
para postura comercial (aves com 90 dias de idade); venção e Controle da Doença de Newcastle e que
VI - estabelecimentos de exploração de outras demonstrarem capacidade operacional de execu-
aves, ornamentais ou não, consideradas exóticas ou ção de todas as normas do PNSA poderão, como
não, destinadas à reprodução e à produção comer- medida preventiva à possível entrada e dissemi-
cial de carnes, ovos, ou penas, como perus, codor- nação dos agentes da Influenza Aviária e Doença
nas, galinhas d’angola, avestruzes, emas, emus; de Newcastle nos seus plantéis avícolas, proibir
VII - criações comerciais de avestruzes e o trânsito interestadual de aves de corte, aves de
emas, com produção de ovos férteis e filhotes, de descarte de granjas de reprodução e aves de des-
no máximo 90 (noventa) dias de idade; carte de granja de ovos de consumo, destinadas
VIII - ovos claros (produtos de incubatórios), ao abate, devendo obedecer ao seguinte:
199
destinados ao uso industrial; I - para a interdição do trânsito interestadual
IX - estabelecimentos livres de patógenos es- de aves de corte, aves de descarte de granjas de re-
pecíficos ou controlados. produção e aves de descarte de granjas de ovos de
§ 2º. A GTA ou o Certificado de Inspeção Sani- consumo, destinadas ao abate, a UF deverá previa-
tária (CIS) deverá ser emitida por médico veteri- mente submeter, à aprovação do DSA, o plano de
nário oficial ou credenciado pelo MAPA, quando operacionalização e fiscalização dessa atividade;
responsável técnico pelo estabelecimento de ori- II - a restrição de trânsito somente terá vali-
gem das aves e ovos férteis, para os itens descri- dade para as UF’s que caracterizarem diferencia-
tos no § 1º, deste artigo. ção de status sanitário ou de níveis de eficiência
§ 3º. A partir de data a ser definida pelo DSA, na execução de atividades dos serviços de defesa
o trânsito interestadual de aves e ovos férteis, sanitária animal, em conformidade com o esta-
abordados nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e belecido no art. 5º, § 1o, alínea III, desta Instru-
IX, do § 1o, deste artigo, somente será permitido ção Normativa.
se o estabelecimento de origem do material for § 8º. Fica proibido o trânsito interestadual
certificado como livre de Influenza Aviária e Do- de esterco e de cama de aviário, bem como de
ença de Newcastle. resíduos de incubatórios e abatedouros, para
§ 4º A partir de data a ser definida pelo DSA, qualquer finalidade. Excluem-se desta restrição,
o CIS para o trânsito interestadual de ovos claros, os materiais que tenham sido submetidos a tra-
tamento aprovado pela SDA, capaz de assegurar de 23 de agosto de 2001, e na Instrução Norma-
a eliminação de agentes causadores de doenças. tiva SDA nº 78, de 3 de novembro de 2003 e, no
I - O trânsito interestadual desses materiais caso de ratitas, na Instrução Normativa Conjunta
deve ser acompanhado de CIS, emitido pelo Médi- SDA/SARC nº 02, de 21 de fevereiro de 2003.
co Veterinário Credenciado pela SFA, especifican- § 1º É permitida a participação de aves orna-
do o tratamento a que o material foi submetido. mentais passeriformes, exóticas ou não à fauna
§ 9º. Ao ser identificada, por programas de nacional, em eventos agropecuários, somente
vigilância oficial, a presença da forma de alta pa- quando acompanhadas de GTA emitida por mé-
togenicidade do vírus de Influenza Aviária, ou de dico veterinário oficial, e de laudo de inspeção
Doença de Newcastle, as seguintes medidas de sanitária emitido por médico veterinário, sem
controle de trânsito interestadual serão imedia- prejuízo das demais exigências legais.
tamente adotadas, permanecendo em vigor até a § 2º. A partir de data a ser definida pelo DSA,
conclusão das atividades de saneamento de foco, a participação de aves em eventos agropecuá-
previstas no Manual de Contingência à Influenza rios, incluindo ratitas, somente será autorizada
Aviária e Doença de Newcastle: para as aves originárias de estabelecimentos de
I - aves de um dia e ovos, provenientes de reprodução, certificados como livres de Influenza
estabelecimentos descritos nos incisos I, II, III, IV e Aviária e Doença de Newcastle.
IX, do § 1º, deste artigo, deverão ser acompanha- § 3º Até a data a ser definida pelo DSA, será
dos de GTA emitida por médico veterinário oficial permitida em eventos agropecuários a entrada
ou credenciado, após realização de amostragem aves de estabelecimento não-certificado como
sorológica negativa para Influenza Aviária e Do- livre de Influenza Aviária e Doença de Newcastle,
ença de Newcastle, representativa do lote, cujos somente quando apresentados exames individu-
parâmetros serão definidos pelo DSA. A validade ais sorológicos negativos para Doença de New-
dos resultados sorológicos será de 30 (trinta) dias; castle, com validade de 30 (trinta) dias, realizados
II - aves e ovos, provenientes de estabele- em laboratório oficial.
cimentos descritos nos incisos V, VI, VII e VIII, Art. 13. Os Órgãos Estaduais de Defesa Sani-
deverão ser acompanhados de GTA emitida por tária Animal deverão remeter à SFA, até o dia 10
médico veterinário oficial ou credenciado, após (dez) do mês subseqüente, o relatório de trânsito
realização de amostragem sorológica negativa avícola para conhecimento, avaliação, consolida-
para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, ção e posterior envio à CSA/DSA.
200
representativa do lote, cujos parâmetros serão Art. 14. A partir de 12(doze) meses da data da
definidos pelo DSA. A validade dos resultados so- publicação desta Instrução Normativa, a venda de
rológicos será de 7 (sete) dias. aves domésticas vivas, por estabelecimentos comer-
III - ovos claros, provenientes de incubatórios ciais, somente será permitida quando atendidas as
descritos nos incisos VIII, deverão ser acompanha- condições descritas nos parágrafos seguintes.
dos de CIS emitido por médico veterinário oficial § 1º Os estabelecimentos comerciais deverão
ou credenciado, após realização de amostragem ser cadastrados no órgão estadual de defesa sa-
sorológica negativa para Influenza Aviária e Do- nitária animal.
ença de Newcastle, representativa do lote, cujos § 2º As aves comercializadas deverão ser pro-
parâmetros serão definidos pelo DSA. A validade venientes de estabelecimentos certificados pelo
dos resultados sorológicos será de 7 (sete) dias. PNSA e estar acompanhadas de GTA emitida por
Art. 12. A participação de aves, incluindo ra- médico veterinário oficial ou credenciado, respon-
titas, em eventos agropecuários, como feiras, ex- sável técnico pelo estabelecimento de origem.
posições, leilões e outras aglomerações animais, § 3º Para controle do serviço oficial, um livro
será autorizada somente quando aquelas forem de registro contendo informações sobre a origem
procedentes de estabelecimentos certificados e destino das aves, e as medidas sanitárias execu-
como livres de Mycoplasma e Salmonella, confor- tadas durante o alojamento e mortalidade, deve-
me definido na Instrução Normativa SDA nº 44, rá ser mantido no estabelecimento e disponível
para fiscalização, sempre que solicitado. Além tido, especificando o agente terapêutico usado e
disso, deve apresentar um memorial descritivo duração do tratamento, incluindo o uso de vaci-
sobre as ações de biosseguridade adotadas du- na para Doença de Newcastle;
rante o alojamento dos animais, incluindo desti- - data e hora de retirada de alimentação; e
no dos dejetos e de carcaças. - assinatura do médico veterinário responsá-
Art. 15. A Coordenação de Produtos Veteriná- vel pelo estabelecimento.
rios do Departamento de Fiscalização de Insumos § 1º. Quando da análise do Boletim Sanitá-
Pecuários (CPV/DFIP) controlará e supervisionará rio, se constatada taxa de mortalidade igual ou
a distribuição de vacinas para Influenza Aviária e superior a 10% (dez por cento), durante o aloja-
Doença de Newcastle, no que se refere à quan- mento das aves no estabelecimento de origem,
tidade de vacinas produzidas e importadas e a o médico veterinário Fiscal Federal Agropecuário
quantidade desses insumos distribuídos por UF. do SIF deverá realizar coleta de soro, swabe clo-
Parágrafo único. O mapa de distribuição acal e traqueal, em até 1% (um por cento) das
de vacinas registradas deverá ser entregue pelas aves do lote, para posterior envio ao Laboratório
empresas produtoras e importadoras, trimestral- Oficial, e enviar comunicação ao SIPAG, que cien-
mente à CPV/DFIP, que será responsável pelo en- tificará ao SEDESA.
caminhamento ao DSA. § 2º. Quando da análise do Boletim Sanitário,
Art. 16. O boletim sanitário, de que trata caso seja identificada taxa de mortalidade supe-
a Portaria SDA nº 210, de 10 de abril de 1998, rior a 10% (dez por cento) num período inferior a
Anexo IV, deverá chegar ao Serviço de Inspeção 72 (setenta e duas) horas, desde o alojamento das
Federal - SIF, com 24 (vinte e quatro) horas de aves no estabelecimento de origem até a emis-
antecedência ao abate das aves, contendo as se- são do boletim sanitário, ou quando identificada
guintes informações: mortalidade igual ou superior a 1% (um por cen-
- dados do estabelecimento de origem to) durante o transporte das aves, do galpão ao
das aves; abatedouro, ou ainda quando identificados sinais
- número inicial e final de aves alojadas clínicos sugestivos de Influenza Aviária ou Doença
por galpão; de Newcastle no lote de aves, deverá ser realiza-
- doenças detectadas no lote, durante o da comunicação imediata ao Serviço de Inspeção
alojamento; de Produtos Agropecuários (SIPAG) e ao Serviço de
- tipo de tratamento a que o lote foi subme- Defesa Agropecuária (SEDESA) sobre o ocorrido.
201

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 78, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 05/11/2003, Seção 1, Página 3

Aprova as Normas Técnicas para Controle e Certificação de Núcleos e Estabelecimentos


Avícolas como livres de Salmonella Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou
Controlados para Salmonella Enteritidis e para Salmonella Typhimurium.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, 19 de setembro de 1994, que cria o Programa


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), e o que
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que consta do Processo nº 21000.009818/2003-19,
lhe confere o art. 15, inciso II, do Decreto nº resolve:
4.629, de 21 de março de 2003, tendo em vista Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas para
o que dispõe a Portaria Ministerial nº 193, de Controle e Certificação de Núcleos e Estabele-
cimentos Avícolas como livres de Salmonella Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
Gallinarum e de Salmonella Pullorum e Livres ou vigor na data de sua publicação.
Controlados para Salmonella Enteritidis e para Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa
Salmonella Typhimurium, em anexo. nº 03, de 9 de janeiro de 2002.

MAÇAO TADANO

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS PARA CONTROLE E CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS


AVÍCOLAS COMO LIVRES DE SALMONELLA GALLINARUM E DE SALMONELLA PULLORUM E LIVRES
OU CONTROLADOS PARA SALMONELLA ENTERITIDIS E PARA SALMONELLA TYPHIMURIUM

Capítulo I Capítulo II

Introdução Das Definições

1. Estas normas definem as medidas de 1. Para efeito destas normas, entende-se:


monitoramento das salmoneloses em estabe- 1.1. Lote: grupo de aves de mesma finali-
lecimentos avícolas de controles permanentes dade, origem e idade, alojado em um ou vá-
e eventuais (exceto postura comercial, frango rios galpões.
de corte e ratitas), que realizam o comércio ou 1.2. Boxes: são divisões físicas dentro de
a transferência nacional e internacional de seus um galpão.
produtos, destinados à reprodução e à produção 1.3. Galpão: é a unidade física de produção
de aves e ovos férteis, ficando os mesmos obri- avícola, caracterizada como unidade de um nú-
gados a realizarem o monitoramento de seus cleo, que aloja um grupo de reprodutores, aves
plantéis, obedecendo às diretrizes do Programa de corte ou poedeiras comerciais, da mesma ida-
Nacional de Sanidade Avícola (PNSA). de (exceção das linhas puras de seleção genética)
2. Para proceder ao comércio nacional e e da mesma espécie.
202 internacional e à transferência, no âmbito na- 1.4. Aves comerciais: geração de aves des-
cional, de seus produtos, o núcleo ou estabeleci- tinadas ao abate e/ou produção de ovos para
mento avícola deverá estar certificado como livre consumo.
de Salmonella Gallinarum e Salmonella Pullorum 1.5. Núcleo de reprodução: é a unidade com
e livre ou controlado para Salmonella Enteritidis área física adequadamente isolada, de manejo
e Salmonella Typhimurium. comum, constituído de um ou mais galpões.
3. Os núcleos dos estabelecimentos de linhas 1.6. Estabelecimento avícola: é o local
puras, bisavoseiros e avoseiros deverão apresen- onde as aves são mantidas para qualquer fi-
tar-se livres das quatro salmonelas. nalidade, podendo ser constituído de um ou
4. Os núcleos dos estabelecimentos matri- vários núcleos.
zeiros deverão ter a condição de livres de Salmo- 1.6.1. Estabelecimentos avícolas de controles
nella Gallinarum e Salmonella Pullorum e livres permanentes: são as granjas de seleção genética
e/ou controlados para Salmonella Enteritidis e de reprodutoras primárias (linhas puras), granjas
Salmonella Typhimurium. bisavoseiras, granjas avoseiras, granjas matrizei-
5. Os estabelecimentos importadores ou ras, granjas de aves reprodutoras livres de pató-
compradores de material genético de linhas pu- genos específicos (SPF) e os incubatórios destes
ras, bisavós e avós deverão obter previamente estabelecimentos.
a garantia ou a certificação de origem de livres 1.6.2. Estabelecimentos avícolas de controles
para as salmonelas constantes destas normas. eventuais: são os estabelecimentos avícolas pro-
dutores de ovos comerciais, de frangos de corte, Produtos de Origem Animal.
de exploração de outras aves silvestres, e/ou or- 1.22. DFA: Delegacia Federal de Agricultura.
namentais, e/ou exóticas, e/ou não, e os incuba- 1.23. SSA: Serviço de Sanidade Animal.
tórios destes estabelecimentos. 1.24. SIF: Serviço de Inspeção Federal.
1.7. Serviço oficial: é o Serviço de Defesa Sa- 1.25. SAR: Soroaglutinação Rápida em Placa.
nitária Animal Federal, Estadual e Municipal. 1.26. CPV: Coordenação de Fiscalização de
1.8. Laboratórios oficiais: são os laboratórios Produtos Veterinários.
da rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e 1.27. CPS: Coordenação de Vigilância e Pro-
Abastecimento (MAPA). gramas Sanitários.
1.9. Laboratórios credenciados: são labora-
tórios de outras instituições federais, estaduais, Capítulo III
municipais ou privados, que tenham sido habili-
tados e reconhecidos pelo MAPA, para a realiza- Das Exigências a Serem Cumpridas
ção de diagnóstico laboratorial dos agentes das pelos Estabelecimentos Avícolas
doenças a que se referem estas normas.
1.10. Fiscal Federal Agropecuário ou Médico 1. Para atender ao PNSA, os estabelecimen-
Veterinário oficial: é o médico veterinário do Ser- tos avícolas de controles permanentes e even-
viço de Defesa Sanitária Animal Federal. tuais deverão:
1.11. Médico Veterinário oficial: é o fiscal fe- 1.1. Estar devidamente registrados e habi-
deral agropecuário ou o médico veterinário do litados na DFA do Estado em que se localiza o
serviço oficial. estabelecimento;
1.12. Médico Veterinário oficial para cer- 1.2. Estar sob vigilância e controle do Serviço
tificação: é o fiscal federal agropecuário ou de Sanidade mal da DFA e/ou do Órgão executor
médico veterinário oficial do Serviço de Defesa de Defesa do Estado em que se localiza o estabe-
Sanitária Animal. lecimento avícola;
1.13. Médico Veterinário Credenciado: é o 1.3. Ser assistido por médico veterinário res-
médico veterinário oficial, estadual e munici- ponsável técnico, registrado junto à DFA, no Esta-
pal, privado ou profissional liberal, que rece- do em que se localiza o estabelecimento;
beu delegação de competência do serviço ofi- 2. O estabelecimento avícola de Controle
cial federal para emissão de Guia de Trânsito Permanente não poderá utilizar:
203
Animal (GTA). 2.1. Vacina de qualquer natureza contra as
1.14. Responsável Técnico: é o médico vete- salmoneloses, em estabelecimentos de controles
rinário responsável pelo controle higiênico-sani- permanentes exceto o previsto no Capítulo IV;
tário dos plantéis do estabelecimento avícola. 2.2. Qualquer vacina preparada com adju-
1.15. Monitoramento dos plantéis: é o acom- vante oleoso, durante as quatro semanas que
panhamento sanitário e análise laboratorial, por antecedem os testes;
meio de testes sorológicos e de outras provas, 2.3. Qualquer droga, para a qual exista
em outros materiais biológicos ou não, e análises evidência científica que possa interferir nos re-
epidemiológicas das condições de saúde das aves sultados dos testes sorológicos e/ou dificultar o
alojadas em um estabelecimento avícola. isolamento das salmonelas, no período de três
1.16. MAPA: Ministério da Agricultura, Pecu- semanas, que antecedem os testes;
ária e Abastecimento. 2.4. Nos estabelecimentos matrizeiros, nos
1.17. SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária. casos excepcionais avaliados pelo DDA, que este-
1.18. DDA: Departamento de Defesa Animal. jam sob tratamento medicamentoso para S. En-
1.19. CLA: Coordenação de Laboratório Animal. teritidis e S. Typhimurium, sob acompanhamento
1.20. PNSA: Programa Nacional de Sanidade do MAPA, a avaliação será realizada de acordo
Avícola, Programa estabelecido na SDA/DDA. com o Capítulo VIII destas normas.
1.21. DIPOA: Departamento de Inspeção de 3. Só poderão ser utilizados vacinas, antí-
genos e soros de controle registrados no MAPA, Capítulo V
observados os prazos de validade.
4. Somente poderão utilizar outras provas Da Certificação
laboratoriais quando devidamente aprovadas de Núcleos e Estabelecimentos
pelo PNSA. Avícolas
5. Os estabelecimentos avícolas deverão
encaminhar à DFA do Estado de jurisdição um 1. Certificação dos núcleos e estabelecimen-
calendário mensal contemplando o cronogra- tos avícolas:
ma de nascimento, importação e as datas das 1.1. Livres de Salmonella Gallinarum (Tifo
colheitas rotineiras de material realizadas pelo Aviário) e Salmonella Pullorum (Pulorose);
responsável técnico para dar ao Serviço Oficial 1.2. Livres ou Controlados para Salmonella
oportunidade de harmonizar as datas de co- Enteritidis e Salmonella Typhimurium;
lheitas oficiais, bem como a fiscalização e su- 1.3. Livres ou Controlados para S. Enteriti-
pervisão no referido estabelecimento. dis e S.Typhimurium e vacinados contra S . En-
teritidis.

Capítulo IV
Capítulo VI
Do Uso de Vacina contra
Salmonella Enteritidis Das Provas Laboratoriais

1. Em estabelecimentos matrizeiros somente 1. As provas utilizadas no monitoramento e


será permitido o uso de vacinas inativadas contra diagnóstico laboratorial, nas diferentes etapas do
S . Enteritidis; processo, são:
2. O responsável técnico do estabele- 1.1. Aglutinação Rápida em Placa - Teste de
cimento matrizeiro deverá, mensalmente, Pulorose (com gue total ou soro);
comunicar a utilização da vacina ao MAPA, 1.2. Aglutinação Lenta em Tubos (ALT) ou Mi-
especificando a localização da propriedade, croaglutinação;
o número de aves vacinadas, o programa de 1.3. Diagnóstico Bacteriológico.
vacinação e os dados da vacina (nome comer- 2. A realização e a interpretação das provas
204
cial, lote, partida); laboratoriais citadas no item anterior deverão
3. O fabricante/importador da vacina deverá obedecer aos critérios estabelecidos em atos le-
comunicar trimestralmente ao MAPA a relação gais, normas e regulamentos técnicos específicos
dos usuários e o número de doses da vacina de do MAPA.
que trata o item 1 deste capítulo; 3. As provas laboratoriais somente serão
4. Fica facultado o uso de vacinas autó- aceitas quando realizadas em laboratório oficial
genas desde que obedeça à legislação per- e/ou credenciado pelo MAPA para este fim, iden-
tinente; tificando o antígeno, o número da partida e a
5. Fica vedado o uso de qualquer tipo de vaci- quantidade utilizada.
na contra salmonelas em estabelecimentos avosei- 4. O teste de Aglutinação Rápida em Placa
ros, em bisavoseiros e em granjas de seleção gené- com sangue total é considerado teste de campo,
tica de reprodutoras primárias (linhas puras). sendo realizado ou supervisionado pelo fiscal
6. Trimestralmente o DDA, por meio da CPS federal agropecuário ou médico veterinário res-
e CPV, confrontará as informações obtidas dos ponsável técnico pelo estabelecimento avícola,
responsáveis técnicos pelas propriedades des- junto ao MAPA.
critas no item 2 deste capítulo, com o relatório 5. Outras provas laboratoriais poderão ser
expedido pelo fabricante/importador referido utilizadas, desde que previamente aprovadas
no item 3 deste capítulo. pelo DDA/SDA.
Capítulo VII ou credenciados pelo MAPA para este fim.
7. O envio do material do monitoramento
Da Colheita de Amostras e oficial poderá ser feito para qualquer um dos la-
Encaminhamento para Realização boratórios credenciados pelo MAPA para este fim,
de Provas Laboratoriais a critério do fiscal federal agropecuário ou do mé-
dico veterinário oficial responsável pela colheita.
1. As colheitas para o monitoramento oficial 8. Os custos de pagamento das colheitas oficiais
somente serão aceitas quando executadas pelo para provas laboratoriais e do envio para laboratório,
fiscal federal agropecuário, ou por médico veteri- credenciado pelo MAPA para este fim ou laboratório
nário oficial ou por profissional do estabelecimen- oficial, serão de responsabilidade da empresa.
to avícola, sob fiscalização e supervisão oficial. 9. As colheitas aleatórias realizadas pelo
2. Para efeito de certificação, serão analisa- serviço oficial poderão ou não atender os crono-
das pelo SSA/DFA do Estado em que se localiza o gramas de exames das empresas, ficando o fiscal
estabelecimento avícola as amostras encaminha- federal agropecuário ou médico veterinário ofi-
das pelo médico veterinário responsável técnico cial responsável pela realização da colheita ou
da empresa junto ao MAPA e/ou a colheita alea- supervisão da mesma, pelo lacre do material, de-
tória realizada pelo serviço oficial. vendo a empresa fornecer os materiais e meios
3. Todo material destinado a provas labora- necessários para realização dessa atividade.
toriais deverá estar, obrigatoriamente, lacrado e 10. Para aves ornamentais ou silvestres de
acompanhado de formulário de colheita padro- produção, serão adotados os mesmos critérios
nizado pelo DDA/SDA, devidamente preenchido, utilizados para matrizes.
assinado pelo responsável técnico junto ao MAPA
e/ou pelo fiscal federal agropecuário ou médico Capítulo VIII
veterinário oficial.
4. A colheita oficial de material deverá ser Da Realização das Provas
aleatória entre os diferentes galpões do mesmo Laboratoriais
núcleo, para os testes sorológicos, provas biológi-
cas em aves SPF ou ovos embrionados ou provas 1. O esquema de provas laboratoriais
bacteriológicas. para S.Gallinarum, S. Pullorum, S.Enteritidis e
5. Visando ao acompanhamento do estado S.Typhimurium consistirá de:
205
sanitário e à manutenção da certificação, além 1.1. Em aves ou ovos férteis de reprodução
das colheitas regulares nos estabelecimentos de e produção comercial para reposição de plantéis
linhas puras, bisavoseiros e avoseiros, o acompa- avícolas importados:
nhamento deverá ser realizado diretamente pelo 1.1.1. A colheita de amostras será realizada
fiscal federal agropecuário ou médico veterinário no ponto de ingresso, e as provas laboratoriais re-
oficial, realizando colheitas aleatórias em dupli- alizadas de acordo com o disposto nas normas es-
cata, no mínimo uma vez ao ano, para posterior pecíficas para importação e exportação de aves e
envio a um laboratório credenciado ou oficial, ovos férteis, destinados à reprodução e produção
para análise laboratorial. comercial e para reposição de plantéis avícolas.
6. A critério do Serviço de Sanidade Animal 1.1.2. As aves produzidas a partir de linhas
da DFA e/ou da Secretaria Estadual de Agricultu- puras e bisavós, nascidas no Brasil, seguirão o
ra, no Estado onde se localiza o estabelecimento mesmo procedimento citado no item 1.1.1 deste
avícola, poderão ser colhidas, a qualquer tempo, capítulo, tendo sua primeira colheita realizada no
na presença do fiscal federal agropecuário ou incubatório no momento do nascimento e envia-
médico veterinário oficial, amostras aleatórias da ao laboratório oficial, pelo Serviço de Sanidade
em duplicata, para serem submetidas a provas Animal da DFA do Estado em que está localizado.
laboratoriais, respeitando os critérios e as normas 1.2. Monitoramento sanitário dos plantéis
de segurança biológica, em laboratórios oficiais avícolas.
1.2.1. Aves de 01 (um) a 05 (cinco) dias: 1.2.3.3.2. Para núcleos destinados exclusiva-
1.2.1.1. Diagnóstico bacteriológico nas aves mente à comercialização de ovos férteis, o con-
mortas, identificando as linhas genéticas, no má- trole deverá ser feito por meio de exames bacte-
ximo cinqüenta aves e suabes de cama (1 “pool” riológicos, os quais deverão ser realizados na 27
dos círculos existentes em cada galpão) e de pa- a semana de idade a partir de amostras descritas
pel (ou cepilho) das caixas de transporte. no item 1.2.2.1. Deverão, ainda, ser coletados
1.2.2. Aves reprodutoras de doze semanas: órgãos (fígado, baço, ovário e tonsila cecal) de
1.2.2.1. Diagnóstico bacteriológico: deverá no mínimo 60 aves distribuídas uniformemente
ser realizado de, no mínimo, uma das amostras entre os aviários do núcleo. Serão coletados em
definidas a seguir, dependendo da viabilidade e “pool”, separando vísceras de tonsilas cecais e
possibilidade de colheita dos materiais: reunindo amostras de 10 aves por “pool”.
um “pool” de cinqüenta suabes cloacais, 1.2.3.4. As amostras mencionadas nos itens
sendo um para cada duas aves, em um total de 1.2.3.2. e 1.2.3.3. deverão ser colhidas pelo Médi-
cem aves por núcleo; co Veterinário responsável técnico pelo estabele-
ou um “pool” de cem amostras de fezes fres- cimento e enviadas ao Laboratório Credenciado,
cas por núcleo; devidamente acompanhado pelo Termo de Co-
ou um “pool” de dois suabes de arrasto por lheita Oficial do PNSA e a colheita do material e
galpão do núcleo. a realização da prova do item 1.2.3.1. deverá ser
1.2.2.2. Soro Aglutinação Rápida (SAR) acompanhada pelo Médico Veterinário respon-
em cem amostras por núcleos. Deverá ser sável técnico pelo estabelecimento, que deverá
complementada, quando reagente, com Soroa- anotar todos os resultados da prova na ficha de
glutinação Lenta em Tubos ou Microaglutinação. acompanhamento do lote.
1.2.3. Aves reprodutoras em início de 1.2.4. Controle periódico a cada três meses.
produção: 1.2.4.1. Estabelecimentos de controles
1.2.3.1. Linhas puras, bisavós e avós. permanentes:
1.2.3.1.1. SAR em 100% das aves. Deverá ser 1.2.4.1.1. Diagnóstico bacteriológico: uti-
complementada quando reagentes, com Aglutina- lizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1.
ção Lenta em Tubos ou com a Microaglutinação. deste capítulo.
1.2.3.1.2. Diagnóstico bacteriológico: utili- 1.2.4.1.2. Diagnóstico Bacteriológico em
zar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. 1 “pool” de vinte ovos bicados e em cinqüenta
206
deste capítulo. mililitros de mecônio (colhidos no incubatório),
1.2.3.2. Matrizes não vacinadas. referentes ao núcleo que está sendo amostrado.
1.2.3.2.1. SAR em quinhentas amostras por 1.2.4.1.3. SAR em cem amostras por núcleo.
núcleo. Deverá ser complementada, quando re- Deverá ser complementada, quando reagente, com
agente, com a Aglutinação Lenta em Tubo ou a Aglutinação Lenta em Tubos ou Microaglutinação,
Microaglutinação. exceto em aves vacinadas contra S. Enteritidis.
1.2.3.2.2. Diagnóstico bacteriológico: uti- Observação:
lizar o mesmo critério descrito no item 1.2.2.1. a) as repetições serão realizadas a cada três
deste capítulo. meses de intervalo, até a eliminação do lote, per-
Matrizes vacinadas. mitindo-se uma variação de até duas semanas,
1.2.3.3.1. No primeiro nascimento de pinti- de forma a adequar a colheita de sangue a outras
nhos provenientes de núcleos vacinados, serão co- práticas de manejo.
lhidas amostras de mecônio de 200 aves, em qua- 1.2.4.2. Estabelecimentos de controles even-
tro “pools” de 50 aves. Serão colhidos também o tuais para aves silvestres e/ou ornamentais (con-
mínimo de 150 ovos bicados não nascidos, em dez trole periódico a cada 03 (três) meses):
“pools” de 15 ovos, para realização de exames bac- 1.2.4.2.1. Diagnóstico bacteriológico:
teriológicos em “pool” de gema, “pool” de fígado, utilizar o mesmo critério descrito no item
baço e bursa (bolsa de Fabrício) e “pool” de ceco. 1.2.2.1. deste capítulo.
1.2.4.2.2. Diagnóstico Bacteriológico em 2. Matrizes:
1 “pool” de até vinte ovos bicados e em até 2.1. Constatando-se, nas colheitas oficiais,
cinqüenta mililitros de mecônio (colhidos no positividade para Salmonella Gallinarum, Sal-
incubatório). monella Pullorum - sacrifício/abate do núcleo e
1.2.4.2.3. SAR em Placa de até cem amostras eliminação de todos os ovos, incubados ou não,
ou 100% em populações menores, exceto aves dele provenientes.
de pequeno porte. Deverá ser complementada, 2.2. Constatando-se positividade nas co-
quando reagente, com a Aglutinação Lenta em lheitas oficiais para Salmonella Enteritidis e Sal-
Tubos ou Microaglutinação. A amostragem será monella Typhimurium, haverá cancelamento da
calculada com base estatística, caso a caso. certificação de livre e o núcleo ou estabelecimen-
2. Em lotes de aves não vacinadas, detec- to avícola passará a ser considerado controlado,
tando-se a presença de aves reagentes sorologi- desde que atenda aos critérios a seguir:
camente, na Aglutinação Lenta em Tubos ou na 2.2.1. Suspensão da incubação dos ovos até
Microaglutinação, deverá ser adotado o seguinte a obtenção de resultados negativos e adoção dos
procedimento: seguintes critérios nas aves do núcleo afetado:
2.1. Em estabelecimentos de controle 2.2.1.1. Medicação do núcleo com antibioti-
permanente: coterapia específica para enterobactérias;
2.1.1. Isolamento e identificação das aves 2.2.1.2. Esquema de provas laboratoriais, de
reagentes, sacrifício e posterior envio das aves acordo com os Capítulos VI e VIII, sendo que o
colhidas e armazenadas sob refrigeração, para primeiro teste deverá ser realizado iniciando cin-
diagnóstico bacteriológico, obedecendo aos se- co dias após o término da antibioticoterapia. Em
guintes critérios: caso de positividade, repete-se a antibioticotera-
2.1.1.1. Se em número inferior a quatro aves, pia e o esquema de teste inicial, repetindo tais
encaminhar amostras individuais; procedimentos até a obtenção de negatividade.
2.1.1.2. Se em número superior a quatro A partir da primeira negativação, permite-se o
aves, encaminhar “pools” de cinco amostras de retorno à incubação. O esquema de teste com o
até vinte aves. intervalo de três meses até o descarte das aves do
2.2. Em estabelecimentos de controles even- núcleo para abate.
tuais de aves silvestres e/ou ornamentais: 2.2.1.3. Por serem patogênicos para o ho-
2.2.1. Aves de pequeno e médio porte: co- mem, seus produtos não poderão ser comerciali-
207
lher suabe de cloaca e fezes de todas as aves rea- zados para consumo humano, salvo quando hou-
gentes, em amostras individuais. ver autorização do DDA e do DIPOA e os produtos
em questão forem industrializados em estabele-
Capítulo IX cimento com SIF.
2.2.1.4. O resultado negativo em dois retestes
Da Interpretação dos Resultados permitirá a certificação de núcleo ou estabeleci-
e Adoção de Medidas de Segurança mento avícola como sendo controlado para Salmo-
e de Controle Sanitário nella Enteritidis e Salmonella Typhimurium, poden-
do ser comercializadas as aves de um dia ou ovos
1. Em aves ou ovos férteis de reprodutoras férteis exclusivamente no território nacional.
importadas e aves de linhas puras, bisavós e avós 2.2.1.5. Os estabelecimentos considerados
nascidas no Brasil: controlados deverão adotar um reforço nas me-
1.1. Constatando, nas colheitas oficiais, posi- didas de biosseguridade.
tividade para Salmonella Gallinarum, Salmonella 3. Aves silvestres e aves ornamentais de pro-
Pullorum, Salmonella Enteritidis e Salmonella dução comercial: serão adotados os mesmos cri-
Typhimurium - sacrifício/abate do núcleo e elimi- térios para matrizes.
nação de todos os ovos, incubados ou não, prove- 4. Mesmo tendo sido obedecidas todas as
nientes dos núcleos afetados. exigências anteriores, havendo mortalidade ele-
vada nos primeiros dias do lote subseqüente, o aves e/ou ovos férteis de todos os núcleos.
estabelecimento avícola deverá informar ao ser- 4. Será emitido pela DFA um Certificado Sani-
viço oficial que definirá o encaminhamento do tário, conforme modelo padronizado pelo MAPA,
material de cerca de trinta aves mortas ou ago- para os núcleos ou estabelecimentos livres ou
nizantes para um laboratório oficial ou creden- controlados para os agentes tratados nesta nor-
ciado pelo MAPA, com o objetivo de isolamen- ma, após realização mínima de três testagens.
to de S. Pullorum, S. Gallinarum, S. Enteritidis, 5. O certificado terá validade de um ano e
S.Typhimurium. Havendo confirmação do diag- condicionado à manutenção da situação sanitá-
nóstico, será determinado o sacrifício das aves ria do núcleo ou do estabelecimento avícola.
do núcleo e a investigação epidemiológica oficial 6. Caso a situação sanitária do plantel seja
buscando a origem. alterada, o certificado terá sua validade cance-
lada, podendo retornar à situação anterior, após
Capítulo X avaliação do SSA/DFA e/ou da Secretaria Estadual
de Agricultura, do estado onde se localiza o esta-
Do Encaminhamento dos Resultados belecimento avícola.

1. Os resultados dos testes laboratoriais de- Capítulo XII


verão ser emitidos em formulário próprio, pa-
dronizado pelo MAPA e comunicados seguindo o Das Disposições Gerais
fluxograma determinado:
1.1. Resultado negativo: enviar FAX ou outro 1. As provas laboratoriais sorológicas são
tipo de comunicação imediata, para o Médico sempre de triagem, podendo ocorrer reações
Veterinário Oficial Requisitante e para o estabe- cruzadas inespecíficas. Portanto, apenas a identi-
lecimento avícola. ficação do agente é considerada conclusiva para
1.2. Resultado positivo: enviar FAX ou outro a confirmação da presença dos quatro sorotipos
tipo de documentação imediata ao DDA e ao Ser- das salmonelas referidas na presente norma.
viço de Sanidade Animal/SSA/DFA, onde se locali- 2. Todas as salmonelas isoladas deverão ser,
za o estabelecimento, que notificará o mesmo. obrigatoriamente, enviadas ao laboratório oficial
e de referência de salmonelas aviárias para se-
Capítulo XI rem investigadas sob os aspectos epidemiológi-
208
cos/microbiológicos.
Da Certificação dos Estabelecimentos 3. A comercialização de ovos de reprodutoras
provenientes de núcleos infectados por S. Enteritidis
1. Quando os resultados das provas labo- e S. Typhimurium não poderá ser feita para consu-
ratoriais referidas nos Capítulos VIII e IX destas mo humano, salvo quando autorizados pelo DDA e
normas forem negativos para o núcleo ou esta- DIPOA segundo as normas específicas do SIF.
belecimento avícola, o Serviço Oficial procederá 4. A incubação dos ovos dos núcleos de ma-
à certificação do núcleo ou do estabelecimento trizes controlados para Salmonella Enteritidis e S.
avícola livre para Salmonella Gallinarum e Salmo- Typhimurium deverá ser realizada em máquinas
nella Pullorum e livre ou controlado para Salmo- separadas daquelas utilizadas para a incubação
nella Enteritidis e Salmonella Typhimurium. dos ovos de núcleos livres.
2. O estabelecimento avícola certificado 5. No caso de realização de abates dos núcle-
como núcleo livre ou controlado somente esta- os positivos para os agentes referidos nesta nor-
rá habilitado ao comércio de aves ou ovos férteis ma, os mesmos deverão ser realizados em abate-
procedentes deste núcleo certificado. douros com SIF, segundo as normas do DIPOA, ou
3. O estabelecimento avícola que obtiver o sob orientação do SIF/DIPOA.
certificado de estabelecimento livre ou controla- 6. O Serviço de Sanidade Animal da DFA,
do estará habilitado a proceder ao comércio de do estado em que se localiza o estabelecimento
avícola, e as Secretarias Estaduais de Agricultura no Regulamento de Defesa Sanitária Animal e no
são os organismos responsáveis, na sua área de PNSA, da Secretaria de Defesa Agropecuária.
atuação e competência, pela definição das me- 7. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas
didas apropriadas para a solução dos problemas na aplicação desta norma, e em atos comple-
de natureza sanitária, observando o estabelecido mentares, serão dirimidos pelo DDA.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 1º DE SETEMBRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 05/09/2003, Seção 1, Página 3

Declara os plantéis avícolas industriais dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Distrito Federal
livres da doença de Newcastle.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, atividade viral para a doença de Newcastle em


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- planteis avícolas industriais em animais susceptí-
ção que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, veis, concluído em julho de 2003, e o que consta
inciso II, da Constituição, tendo em vista o dis- do Processo nº 21000.008236/2003-15, resolve:
posto no Regulamento de Defesa Sanitária Ani- Art. 1º Declarar os planteis avícolas indus-
mal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de triais dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa
julho de 1934, Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás,
Considerando a situação sanitária do plantel Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Distrito Fe-
avícola industrial dos Estados do Rio Grande do Sul, deral livres da doença de Newcastle.
Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Art. 2º Delegar ao Diretor do Departamento
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e do Dis- de Defesa Animal competência para baixar normas
trito Federal, onde não se registra a ocorrência da complementares que se fizerem necessárias ao
doença de Newcastle há mais de 5 (cinco) anos; cumprimento da presente Instrução Normativa.
Considerando os resultados obtidos em in- Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
quérito soroepidemiológico para avaliação de vigor na data de sua publicação. 209

ROBERTO RODRIGUES

INSTRUÇÃO NORMATIVA CONJUNTA Nº 2, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 25/02/2003

Dispõe sobre a aprovação do regulamento técnico para registro, fiscalização e controle sanitá-
rio dos estabelecimentos de incubação, de criação e alojamento de ratitas

OS SECRETÁRIOS DE DEFESA AGROPECUÁRIA dezembro de 1998, a alínea “d”, inciso III, art. 11,
E DE APOIO RURAL E COOPERATIVISMO, DO MI- a alínea “a”, inciso II, art. 17, do Decreto nº 3.527,
NISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTE- de 28 de junho de 2000, tendo em vista o dispos-
CIMENTO, no uso da atribuição que lhes confere to no Decreto nº 24.548, de 3 de julho de 1934,
o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da SDA, na Portaria Ministerial nº 193, de 19 de setembro
aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de de 1994, e na Instrução Normativa Ministerial nº
04, de 30 de dezembro de 1998, e o que consta 30 de dezembro de 1998.
do Processo nº 21000.002092/2002-11, resolve: Art. 2º Esta Instrução Normativa Conjunta
Art. 1º Aprovar o regulamento técnico terá suas atribuições executadas no âmbito das
para registro, fiscalização e controle sanitário Secretarias de Defesa Agropecuária e de Apoio
dos estabelecimentos de incubação, de cria- Rural e Cooperativismo.
ção e alojamento de ratitas, complementares Art. 3º Esta Instrução Normativa Conjunta
à Instrução Normativa Ministerial nº 04, de entra em vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO
Secretário de Defesa Agropecuária

MANOEL VALDEMIRO FRANCALINO DA ROCHA


Secretário de Apoio Rural e Cooperativismo

ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO PARA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SANITÁRIO DOS


ESTABELECIMENTOS DE INCUBAÇÃO DE OVOS, DE CRIAÇÃO E ALOJAMENTO DE RATITAS.

Capítulo I Capítulo III

ÂMBITO DE APLICAÇÃO DAS DEFINIÇÕES

O presente Regulamento Técnico se aplica 1. Para efeito deste regulamento, entende-se:


no que couber ao registro, fiscalização e contro- 1.1. Serviço Oficial: é o Serviço de Defesa Sa-
le sanitário dos estabelecimentos de cria, recria, nitária Animal no âmbito federal, estadual e mu-
210 engorda, alojamento e incubatórios de ratitas, nicipal, e o serviço de fiscalização e fomento da
destinados à reprodução e produção comercial produção animal no âmbito federal.
de produtos e subprodutos de ratitas (avestruzes 1.2. Laboratórios Oficiais: são os laboratórios
e emas), classificados segundo sua finalidade. da rede do MAPA.
1.3. Laboratórios Credenciados: são labora-
Capítulo II tórios de outras instituições federais, estaduais,
municipais ou privados, que tenham sido habili-
DA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS tados e reconhecidos pelo MAPA, para a realiza-
ção de diagnóstico laboratorial dos agentes das
1. Para os efeitos deste Regulamento Técni- doenças a que se referem estas normas.
co, os estabelecimentos comerciais que mantêm 1.4. Fiscal Federal Agropecuário: é o fiscal
ratitas serão classificados em: do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
1.1 Incubatório; mento, com formação em medicina veterinária,
1.2. Reprodução; que realiza fiscalização e supervisão relativa à
1.3 Cria e Recria; Defesa Sanitária Animal; têm também a mesma
1.4. Engorda; atribuição o médico veterinário e o zootecnista
1.5. Ciclo completo; que realizam a fiscalização e supervisão da pro-
1.6. Ciclo parcial. dução animal.
1.5. Médico Veterinário Oficial para certifi- 1.14. Animal doméstico: são todos aqueles
cação sanitária: é o Fiscal Federal Agropecuário animais que, por meio de processos tradicionais
com formação profissional em medicina veteri- e sistematizados de manejo e/ou melhoramento
nária ou o médico veterinário do serviço oficial zootécnico, tornaram-se domésticos, apresentando
de Defesa Sanitária Animal. características biológicas e comportamentais em es-
1.6. Controle Veterinário Oficial: significa que treita dependência do homem, podendo apresentar
o Serviço Oficial conhece o lugar de permanência fenótipo variável diferente da espécie silvestre.
dos animais e a identidade de seu proprietário 1.15. Animal de produção: são todos aqueles
ou da pessoa encarregada de cuidados e pode, silvestres, exóticos e domésticos destinados à repro-
em caso de necessidade, aplicar medidas apro- dução e produção de produtos e subprodutos.
priadas de controle zoosanitário. 1.16. Ratitas: aves corredoras que não pos-
1.7. Médico Veterinário Credenciado: é o suem a capacidade de voar e que apresentam
médico veterinário oficial, estadual e municipal, esterno sem quilha (avestruz -Struthius camellus
privado ou profissional liberal, que recebeu dele- e ema -Rhea americana ).
gação de competência do Serviço Oficial Federal, 1.17. Estabelecimentos de cria: estabeleci-
para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA). mento destinado à seleção genética e reprodu-
1.8. Responsável Técnico: é o médico vete- ção, produzindo ovos férteis e/ou filhotes.
rinário responsável pelo controle higiênico-sani- 1.18. Incubatório: estabelecimento desti-
tário dos plantéis do estabelecimento de criação nado à incubação de ovos férteis para a pro-
de ratitas, registrado na DFA onde se localiza o dução de ratitas.
estabelecimento. 1.19. Estabelecimento de recria: destina-
1.9. Certificado Sanitário: certificado de ins- do à produção de matrizes, reprodutores e ra-
peção sanitária no qual se descrevem os requisi- titas para abate.
tos de sanidade animal e/ou saúde pública, em 1.20. Estabelecimento de engorda: destina-
conformidade com a legislação vigente. do à terminação de ratitas de produção comer-
1.10. Guia de Trânsito Animal (GTA): é o do- cial para o abate.
cumento obrigatório do MAPA para trânsito de 1.21. Estabelecimento de ciclo completo:
animais, inclusive ratitas e ovos férteis de ratitas contempla todas as destinações anteriores.
para qualquer movimentação e finalidade. 1.22. Estabelecimento de ciclo parcial: con-
1.11. Licença de transporte : documento ex- templa duas ou mais etapas do ciclo produtivo.
211
pedido pelo IBAMA que autoriza o transporte de 1.23. Criadouro comercial de ema: categoria
animais silvestres entre estabelecimentos de cria, de registro junto ao IBAMA com objetivo de fa-
recria, engorda e a movimentação do plantel. vorecer o manejo de ratitas silvestres (emas) em
1.12. Animal Silvestre (espécimes da fauna sil- cativeiro, visando ao seu aproveitamento econô-
vestre) : são todos aqueles pertencentes às espécies mico ou industrial.
nativas, migratórias e quaisquer outras aquáticas ou 1.24. Criadouro comercial de avestruz: cate-
terrestres, que tenham todo ou parte do seu ciclo de goria de registro junto ao MAPA, visando ao seu
vida ocorrendo dentro dos limites do território brasi- aproveitamento econômico ou trial.
leiro, ou das águas jurisdicionais brasileiras. 1.25. Criadouro conservacionista: categoria
1.13. Animal Exótico (espécimes da fau- de registro junto ao IBAMA, com objetivo de fa-
na exótica): são todos aqueles cuja distribuição vorecer o manejo de ratitas silvestres (emas) em
geográfica não inclui o território brasileiro e as cativeiro, visando a auxiliar os órgãos ambientais
espécies introduzidas pelo homem, inclusive no atendimento de projetos ou programas que
doméstica em estado asselvajado. Também são envolvam a recuperação da espécie na natureza.
consideradas exóticas as espécies que tenham 1.26. Criadouro científico: categoria de regis-
sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e tro junto ao IBAMA, com objetivo de favorecer o
das suas águas jurisdicionais e que tenham en- manejo de ratitas silvestres (emas) em cativeiro,
trado em Território Brasileiro. visando a subsidiar pesquisas científicas básicas
ou aplicadas em benefício de espécie estudada da, troca, permuta, transferência, cessão e doa-
ou de saúde pública ou animal. ção de ratitas.
1.27. Jardim Zoológico: qualquer coleção de 1.37. GPS: instrumento que procede à loca-
animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou lização geográfica da propriedade por meio de
em semiliberdade e expostos à visitação pública. satélite.
1.28. Ratitas de descarte: aves com caracte- 1.38. CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa
rísticas zootécnicas ou sanitárias inadequadas à Jurídica.
reprodução. 1.39.CPF: Cadastro de Pessoa Física.
1.29. Ratitas de um dia: ave com até 7 (sete) 1.40. MAPA : Ministério da Agricultura, Pecu-
dias após a eclosão, que não tenha se alimenta- ária e Abastecimento.
do, nem bebido água. 1.41. SDA : Secretaria de Defesa Agropecuária.
1.30. Monitoramento dos plantéis: é o acom- 1.42. DDA: Departamento de Defesa Animal.
panhamento sanitário e análise laboratorial, re- 1.43. CPV: Coordenação de Produtos Ve-
alizado por laboratório oficial ou credenciado terinários.
pelo MAPA, por meio de testes sorológicos e de 1.44. CPS: Coordenação de Vigilância e Pro-
outras provas, em outros materiais biológicos ou gramas Sanitários.
não, e análises epidemiológicas das condições de 1.45. CLA: Coordenação de Laboratório Animal.
saúde das ratitas alojadas em estabelecimento e 1.46. PNSA: Programa Nacional de Sanidade
a interpretação adequada dos resultados. Avícola, Programa estabelecido na SDA/DDA.
1.31. Registro: realizado pelo MAPA por 1.47. DIPOA: Departamento de Inspeção de
meio das DFA´s, e pelo IBAMA por meio de Produtos de Origem Animal.
suas gerências executivas, nos estabelecimen- 1.48. DFA: Delegacia Federal de Agricultura.
tos de cria, recria, engorda e de incubação 1.49. SSA: Serviço de Sanidade Animal.
de ratitas, sendo exigido para sua execução 1.50. SFFA: Serviço de Fomento e Fiscaliza-
documentos específicos e vistoria prévia do ção da Produção Animal.
serviço oficial. 1.51. SIF: Serviço de Inspeção Federal.
1.32. Cadastro: realizado pelo serviço ofi- 1.52. SARC: Secretaria de Apoio Rural e Coo-
cial, sendo um documento de identificação perativismo.
que deverá compor o processo de registro do 1.53. DFPA: Departamento de Fomento e
estabelecimento ou da propriedade rural que Fiscalização da Produção Animal.
212
aloja ratitas, sendo mantida cópia na unida- 1.54. IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio
de veterinária local da DFA e/ou Secretaria de Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Agricultura ou órgão executor desta, visando o 1.55. INCRA: Instituto Nacional de Coloniza-
acompanhamento sanitário. ção e Reforma Agrária.
1.33. Biossegurança: são medidas de ordem 1.56. CFMV: Conselho Federal de Medicina
sanitária, de limpeza, de desinfecção, de controle Veterinária.
de trânsito, de pessoas, de animais e de veículos, 1.57. CRMV: Conselho Regional de Medicina
de descartes e de controle de segurança das ins- Veterinária.
talações físicas dos estabelecimentos destinados 1.58. Associações de Criadores: associações
à incubação e a criações de ratitas que visam a de criadores de ratitas que possuam representa-
garantir o status sanitário e a saúde das ratitas tividade nacional.
alojadas, reduzindo o risco de introdução e de 1.58. CC / PNSA: Comitê Consultivo do Pro-
disseminação de doenças. grama Nacional de Sanidade Avícola.
1.34. Ovos férteis: são os ovos fecundados 1.59. COESA : Comitê Estadual de Sanida-
aptos para a incubação. de Avícola.
1.35. Ovos inférteis : são ovos não fecun- 1.60. CITES: Convenção sobre o comércio in-
dados. ternacional das espécies da flora e da fauna sel-
1.36. Comércio: é o sistema de compra, ven- vagem em perigo de extinção.
Capítulo IV Capítulo V

DO CADASTRO E DO REGISTRO DOS DA DOCUMENTAÇÃO E DOS REQUISITOS


ESTABELECIMENTOS DE RATITAS (DE CRIA, PARA O REGISTRO NO MAPA DOS
DE RECRIA, DE ENGORDA, DE CICLO ESTABELECIMENTOS DE RA TITAS
COMPLETO E DE CICLO PARCIAL)
E DOS INCUBATÓRIOS 1. Documentação necessária para os estabe-
lecimentos de avestruz:
1. Cadastro: 1.1. Requerimento à DFA, no estado onde se
1.1.Todo estabelecimento de reprodução e localiza o estabelecimento, conforme modelo pa-
produção de ratitas deverá estar cadastrado na dronizado pelo MAPA.
unidade veterinária local do órgão responsável 1.2. Dados de existência legal:
pela política de defesa sanitária animal do esta- 1.2.1. Pessoa Jurídica, anexar CNPJ, acom-
do e servirá de base para o registro. panhando cópia do registro na junta comercial
2. Registro: do estado ou da ata do contrato social da firma
2.1. Quando se tratar de estabelecimento de com as alterações efetuadas, ou cadastro do IN-
reprodução e produção comercial de ratitas será CRA, ou contrato de arrendamento devidamente
realizado pelos seguintes órgãos: registrado em cartório do município sede, onde
2.1.1. Avestruz - MAPA; se localiza a propriedade.
2.1.2. Ema - IBAMA. 1.2.2. Pessoa Física, anexar CPF, acompa-
2.2. Será realizado no MAPA, para as aves- nhando cópia de registro na junta comercial do
truzes, com base no cadastramento inicial, para estado ou de cadastro do INCRA, ou inscrição de
aqueles que mantêm avestruzes alojadas, in- produtor rural, ou contrato de arrendamento,
dependente do número de aves, iniciando-se o devidamente registrado em cartório do municí-
processo na DFA do estado em que se localiza, pio sede, onde se localiza a dade.
e realizado em conjunto entre os setores de fis- 1.3. Declaração de responsabilidade técnica
calização e fomento da produção animal e de do médico veterinário responsável pelo controle
defesa sanitária animal, respeitando as normas higiênico-sanitário dos estabelecimentos classifi-
sanitárias e a legislação ambiental vigente. cados no Capítulo II deste regulamento técnico,
213
2.3. A efetivação do registro no MAPA será conforme modelo padronizado pelo MAPA.
posterior à avaliação do órgão do meio am- 1.3.1. A documentação profissional do mé-
biente estadual ou municipal, devendo ser in- dico veterinário que substituirá o titular em sua
cluídas no memorial descritivo as observações ausência temporária (férias ou afastamentos
relativas a essa avaliação. maiores que 15 dias) deverá ser encaminhada
2.4. A efetivação do registro no IBAMA será a DFA com antecedência mínima de 30 (trinta)
posterior à expedição de Licença de Operação - dias do exercício da referida atividade, em mo-
LO, por este Órgão. delo padronizado pelo MAPA.
2.5. O registro será emitido após vistorias 1.4. Cópia de registro do técnico respon-
técnicas e apresentação da documentação reque- sável, no Conselho de Medicina Veterinária
rida pelos respectivos órgãos. (CFMV ou CRMV).
3. O relatório dos registros efetuados pelo 1.5. Ficha cadastral devidamente preenchi-
MAPA (DDA/SDA e DFPA/SARC) e IBAMA (Direto- da, conforme modelo padronizado pelo MAPA.
ria de Fauna e Recursos Pesqueiros) será enca- 1.5.1.Quando se tratar estabelecimentos
minhado e compartilhado entre estas institui- de emas, adicionalmente ao registro no IBAMA,
ções com periodicidade semestral, visando à será necessário o cadastro do médico veterinário,
atualização e à paridade dos registros nas insti- responsável técnico, pelo estabelecimento na De-
tuições envolvidas. legacia Federal de Agricultura de sua jurisdição,
incluindo declaração de responsabilidade técnica municar ao serviço oficial no Estado onde se lo-
em modelo padronizado pelo MAPA. caliza, num prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
1.6. Documento comprobatório de potabili- à mudança de responsável técnico, enviando a
dade da água de abastecimento (microbiológico declaração de responsabilidade e documentação
e físico-químico), emitido por laboratório públi- correspondente do respectivo sucessor.
co, oficial ou credenciado pelo MAPA, citando a 1.14. Toda mudança de endereço ou razão
fonte que serve ao estabelecimento. social, bem como a alienação ou o arrendamen-
1.7 Planta da situação do estabelecimento, to, será obrigatoriamente atualizado junto ao
assinada por técnico responsável, indicando to- MAPA, mediante:
das as instalações, estradas, cursos d’água e pro- 1.14.1. Requerimento ao Delegado Federal de
priedades limítrofes, em escala compatível com Agricultura, no estado onde se localiza o estabeleci-
o tamanho da propriedade ou levantamento ae- mento, solicitando a regularização da situação.
rofotogramétrico. 1.14.2. Cópia do novo contrato social de or-
1.8. Planta baixa na escala compatível tecni- ganização do estabelecimento ou do contrato de
camente com a visualização da infra-estrutura e arrendamento.
das instalações existentes na propriedade. 1.14.3. Novo (s) laudo (s) de inspeção (ões) da
1.9. Memorial descritivo das instalações, área física e higiênico-sanitário (s).
dos equipamentos e das medidas higiênico-sa- 1.15. O MAPA poderá realizar registro provi-
nitárias e de biossegurança que serão adotadas sório, quando julgar necessário.
pelos estabelecimentos e dos processos tecno- 1.16. Os registros a cargo do IBAMA/Dire-
lógicos de incubatórios. toria de Fauna e Recursos Pesqueiros deverão
1.10. Protocolo, cadastro, registro e licença seguir os procedimentos e a documentação exi-
prévia ou licença de importação, junto ao IBAMA, gida por aquele órgão.
quando necessário.
1.10.1. A licença de importação do IBAMA/ Capítulo VI
Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros será
requerida quando a origem das avestruzes e dos DA NOTIFICAÇÃO DE SUSPEITA
ovos for à natureza. OU OCORRÊNCIA DE DOENÇAS AVIÁRIAS
1.10.2. Para a importação de emas, inde-
pendente de sua origem, será necessário, além 1. Os médicos veterinários, proprietários,
214
da Licença ou Autorização do MAPA, a expedição ou qualquer outro cidadão que tenha conheci-
de licença CITES do IBAMA/Diretoria de Fauna e mento ou suspeita da ocorrência da doença de
Recursos Pesqueiros. Newcastle e da influenza aviária, ficam obri-
1.11. Laudo(s) de inspeção (ões), no estado gados a notificar imediatamente ao serviço
onde se localiza o estabelecimento, será emitido oficial, conforme o Decreto nº 24.548, de 3 de
pelo Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Ve- julho de 1934, e a Portaria Ministerial nº 70,
terinário Oficial, dos setores ou serviços de Fis- de 3 de março 1994.
calização e Fomento referente à área física e de 1.1. A notificação da ocorrência das demais
Sanidade Animal, relativo ao controle higiênico- doenças aviárias de informação obrigatória será
sanitário, em modelo padronizado pelo MAPA, realizada com periodicidade mensal ao Serviço
após vistoria prévia do local. Oficial de Defesa Sanitária Animal.
1.11.1. A vistoria sanitária poderá ser rea- 1.2. As doenças de monitoramento obrigatório
lizada pelo médico veterinário oficial estadual, seguirão o fluxo estabelecido pelo DDA/SDA/MAPA.
quando delegada esta atividade pelo MAPA. 1.3. A notificação poderá ser efetuada pesso-
1.12. Os registros serão emitidos pelo setor almente, por telefone, rádio, fax, correio eletrôni-
competente do MAPA, em modelos padroniza- co ou qualquer outro meio disponível.
dos, em uma única via. 1.4. A infração do disposto nos artigos ante-
1.13. O estabelecimento de ratitas deverá co- riores será investigada pelo serviço oficial, que
utilizará os meios disponíveis para apuração de 2.2. Aves de seis meses até a entrada em re-
responsabilidades. produção;
1.4.1. No caso de médico veterinário, além 2.3. Aves adultas em reprodução ou descanso.
do citado ou disposto do caput deste artigo, o 3. O percentual pesquisado de amostras, em
serviço oficial deverá proceder de acordo com a plantéis de até vinte aves, atenderá 100% (cem
legislação profissional específica. por cento) das aves ou o intervalo de cinco a vin-
te amostras por categoria, podendo ser realizado
“pool” de até cinco aves, dependendo da popu-
Capítulo VII lação alojada.
4. A colheita de amostras, em plantéis aci-
DO CONTROLE SANITÁRIO ma de 20 aves, poderá ser realizada em “pool” de
E DO MONITORAMENTO DO PLANTEL amostras por categoria, sendo o máximo de 15
aves por “pool”.
1. Para ratitas ou ovos férteis de ratitas de 5. As análises de monitoramento serão rea-
reprodução e produção comercial: lizadas nos laboratórios credenciados pelo MAPA
1.1. Importação: ou oficiais, para as doenças constantes deste re-
1.1.1. A colheita de amostras será realizada no gulamento técnico.
ponto de ingresso (portos, aeroportos e postos de 6. A vacinação sistemática contra a doença de
fronteira) ou no quarentenário, quando determina- Newcastle é facultativa nos estados da federação,
do pelo DDA/SDA/MAPA, para realização das provas não sendo recomendada sua utilização em ratitas,
laboratoriais de acordo com o disposto nas legisla- salvo se a situação epidemiológica local a indicar.
ções específicas de importação e de laboratório. 7. De acordo com a situação epidemiológica
1.2. Plantel nacional: de cada região, após avaliação do serviço oficial, a
1.2.1. O monitoramento sanitário permanen- vacinação das aves contra a doença de Newcastle
te será realizado nos estabelecimentos de cria- poderá ser obrigatória em propriedades e nos es-
ção, alojamento e incubação, em atendimento às tabelecimentos avícolas de controles permanen-
normas estabelecidas no Regulamento de Defesa tes, de controles eventuais, e nos estabelecimen-
Sanitária Animal e no PNSA/DDA/SDA/MAPA. tos de ratitas de diferentes espécies e categorias de
1.2.2. Pesquisa semestral: produção, podendo ser regularmente efetuada.
1.2.2.1. Isolamento ou Reação em Cadeia 8. O Serviço Oficial Federal, em situações
215
de Polimerase (PCR) (Salmonella Gallinarum, S. emergenciais das doenças, poderá estabelecer
Pullorum , S. Enteritidis e S. Typhimurium). esquemas de vacinação por área.
1.2.2.2. Isolamento ou PCR (Mycoplasma 9. A vacinação contra as doenças aviárias
gallisepticum e M. synoviae). somente poderá ser realizada com vacinas regis-
1.2.2.3. Sorologia para a doença de Newcastle. tradas e aprovadas pelo MAPA, de acordo com a
1.2.3. Poderão ser aceitas outras metodolo- legislação em vigor, seja como medida de ordem
gias para o diagnóstico desde que aprovadas pelo profilática ou de controle da doença.
DDA CPS/PNSA e CLA. 10. No caso da influenza aviária, por se tratar
1.2.4. As ações de vigilância e erradicação de doença exótica no país, não será permitida a re-
da doença de Newcastle e da influenza aviária alização da vacinação, e esta somente poderá ser
serão executadas de acordo com o estabeleci- efetuada em caráter excepcional, quando autoriza-
do nas normas e atos legais específicos do DDA da pelo DDA -CPS/PNSA e CPV, após avaliação de
- CPS/PNSA e CLA. risco e comprovação da situação epidemiológica.
2. O monitoramento sanitário será realizado 11. Utilizar somente imunógenos, desinfe-
com colheita de soro e suabes de traquéia e de tantes, antígenos, soros controles e “kits” regis-
cloaca ou fezes de 10% do efetivo por categoria trados na CPV/DDA/SDA/MAPA, observados os
de idade a ser controlada, a saber: prazos de validade.
2.1. Aves de um dia a seis meses; 12. Utilizar somente antígenos e soros con-
troles fornecidos ou autorizados pelo MAPA. junto ao MAPA e a colheita aleatória realizada
13. As provas laboratoriais serão utilizadas, pelo serviço oficial.
desde que previamente aprovadas pelo DDA - 4. Todo material destinado a provas labora-
CPS/PNSA e CLA. toriais deverá estar obrigatoriamente acompa-
14. As provas laboratoriais somente serão acei- nhado de formulário de colheita padronizado
tas quando realizadas em laboratório oficial e/ou pelo MAPA, devidamente preenchido, assinado
credenciado pelo MAPA, identificando o antígeno, pelo responsável técnico da empresa junto ao
o número da partida e a quantidade utilizada. MAPA ou pelo fiscal federal agropecuário ou pelo
15. O estabelecimento de ratitas participan- médico veterinário oficial.
te do PNSA não poderá utilizar: 5. A colheita oficial de material deverá ser
15.1. Qualquer vacina preparada com ad- aleatória para as provas biológicas ou provas bac-
juvante oleoso, durante as quatro semanas que teriológicas, micoplasmológicas e virológicas.
antecedem os testes. 6. A critério do Serviço de Sanidade Animal
15.2. Qualquer droga, para a qual exista evi- da DFA e/ou da Secretaria Estadual de Agricul-
dência científica que possa interferir nos resulta- tura ou órgão executor desta, no estado onde
dos das provas laboratoriais ou dificultar o isola- se localiza o estabelecimento, poderão ser co-
mento dos agentes a serem pesquisados, no perí- lhidas, a qualquer tempo, na presença do fiscal
odo de três semanas que antecedem as provas. federal agropecuário ou do médico veterinário
16. Outras provas laboratoriais poderão ser oficial, amostras em duplicata para serem sub-
utilizadas após aprovação do MAPA. metidas às provas laboratoriais de confirmação
ou complementares.
Capítulo VIII 7. O envio do material de monitoramento
oficial poderá ser feito para qualquer um dos
DA COLHEITA DE AMOSTRAS E laboratórios credenciados pelo MAPA para este
ENCAMINHAMENTO PARA REALIZAÇÃO fim, a critério do fiscal federal agropecuário
DE PROVAS LABORATORIAIS ou do médico veterinário oficial responsável
pela colheita.
1. Os estabelecimentos cadastrados nas 8. As amostras de monitoramento serão fei-
unidades locais, que mantêm ratitas alojadas, tas por sorteio aleatório para as amostras entre
deverão encaminhar à unidade local do estado laboratórios oficiais e os laboratórios credencia-
216
onde se localiza, de acordo com a exigência de dos pelo MAPA para este fim, que será seguido
controle sanitário deste regulamento técnico, ca- pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médico
lendário de colheitas de amostras e cronograma veterinário oficial responsável pela colheita.
de nascimento, de importação e as datas das co- 9. Os custos de pagamento das provas labo-
lheitas rotineiras de material a serem realizadas ratoriais e do envio para laboratório credenciado
pelo responsável técnico, para acompanhamen- pelo MAPA para este fim, visando ao monitora-
to, fiscalização e supervisão do serviço oficial. mento oficial, serão de responsabilidade do esta-
2. As colheitas para o monitoramento e vi- belecimento ou da empresa.
gilância oficial somente serão aceitas quando 10. Todo material colhido oficialmente de-
executadas pelo fiscal federal agropecuário, ou verá ser lacrado e acompanhado de formulário
médico veterinário oficial ou sob sua fiscaliza- padronizado pelo DDA/SDA/MAPA.
ção e supervisão. 11. As colheitas aleatórias realizadas pelo
3. Para efeito de monitoramento sanitário serviço oficial poderão ou não atender aos cro-
utilizado para emissão de certificados sanitá- nogramas de exames das empresas, ficando o fis-
rios e de GTA, serão analisadas, pelo SSA/DFA do cal federal agropecuário ou o médico veterinário
estado em que se localiza o estabelecimento de oficial responsável pela realização da colheita ou
ratitas, as amostras encaminhadas pelo médi- supervisão da mesma, lacre do material e enca-
co veterinário responsável técnico da empresa minhamento ao laboratório.
Capítulo IX Oficial de Inspeção de Produtos de Origem Animal
SIF/DIPOA/MAPA, que definirá os critérios de abate
DO ENCAMINHAMENTO seguindo as normas e legislação específica.
DOS RESULTADOS LABORATORIAIS 1.2.1.4. Por se tratar de problema relaciona-
do com a saúde pública e com a saúde animal,
1. Os resultados dos testes laboratoriais serão nos piquetes de reprodução onde as aves com-
emitidos pelo laboratório credenciado ou oficial provadamente positivas para salmonela estavam
em formulário próprio, padronizado pelo MAPA, alojadas, serão adotadas medidas higiênicas e sa-
além dos comunicados, seguindo o fluxograma nitárias definidas pelo DDA, pertinentes ao caso.
determinado: 1.2.2. Ratitas de reprodução comprovada-
1.1. Resultado negativo: enviar Fax, correio mente positivas para micoplasma poderão ser
eletrônico ou outro tipo de comunicação imedia- tratadas com antibiótico específico ficando o
ta, para o Fiscal Federal Agropecuário ou médico lote de aves considerado como controlado e sob
veterinário oficial requisitante e para o estabele- acompanhamento.
cimento de ratitas. 1.3. Após um mínimo de três testagens con-
1.2. Resultado positivo: enviar Fax, correio secutivas, negativas, para salmoneloses e mi-
eletrônico ou outro tipo de documentação ime- coplasmoses será emitido, pelo serviço oficial,
diata ao DDA e ao SSA/DFA, onde se localiza o certificado da propriedade ou por segmento de
estabelecimento que notificará o mesmo. produção atestando a condição de livre ou con-
trolado para as doenças pesquisadas.
Capítulo X
Capítulo XI
DAS MEDIDAS DE TRATAMENTO,
CONTROLE E CERTIFICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA DO SISTEMA
PARA ESTABELECIMENTOS CRIADOUROS
1. No caso de positividade nas provas la- DE RATITAS
boratoriais:
1.1. Para doença de Newcastle e influenza 1. Ter localização geográfica adequada, deven-
aviária, serão atendidas a legislação específica do ser respeitadas as seguintes distâncias mínimas
de vigilância, controle e erradicação para es- entre os estabelecimentos de ratitas, entre si e en-
217
sas doenças. tre estabelecimentos de ratitas e estabelecimentos
1.2. Para salmoneloses e micoplasmoses: avícolas com objetivos de produção diferentes:
1.2.1. Ratitas de reprodução serão moni- 1.1. Dos estabelecimentos de ratitas ao ma-
toradas para salmoneloses (Salmonella Galli- tadouro de aves: 5 km.
narum, S. Pullorum, S. Enteritidis e S. Typhimu- 1.2. Dos estabelecimentos de ratitas à fábri-
rium) e micoplasmoses (Mycoplasma gallisepti- ca de rações: 3 km.
cum e M. synoviae). 1.3. De outros estabelecimentos de criação
1.2.1.1. Complementarmente todos os sorova- de aves aos quarentenários de ratitas importa-
res de salmonela isolados serão tipificados e inves- das: 11 km.
tigados epidemiologicamente em relação ao risco 1.4. Da estrada pavimentada ao acesso prin-
para o plantel de aves e para a saúde pública. cipal do estabelecimento quarentenário de rati-
1.2.1.2. Salmonella Pullorum e Salmonella tas importadas: 4 km.
Gallinarum são consideradas de risco para o plan- 1.5. De um estabelecimento de ratitas a ou-
tel avícola e Salmonella Enteritidis e Salmonella tro de produção ou alojamento de aves:
Typhimurium são de risco para a saúde pública. 1.5.1. De estabelecimentos de ratitas de es-
1.2.1.3. Os casos positivos de salmoneloses pécies iguais ou diferentes entre si: 500 m
nas ratitas destinadas ao abate serão comunicados 1.5.2. De estabelecimentos de ratitas de di-
pelo Serviço Oficial de Sanidade Animal ao Serviço ferentes espécies dentro de uma mesma proprie-
dade: 100 m (com adoção de medidas de biosse- belecimento, alterações nas distâncias mínimas
gurança e de isolamento físico das instalações). acima mencionadas, em função da existência de
1.5.3. De estabelecimentos de criação de ra- barreiras (reflorestamento, matas naturais, topo-
titas a estabelecimentos de avicultura industrial, grafia, muros de alvenaria, controle de acesso e
de terminação de frango de corte, de postura outras) ou da utilização de manejo e medidas
comercial ou de criação de perus, codornas, per- de biossegurança diferenciadas, que impeçam a
dizes, etc: 4 km. introdução e disseminação de patógenos, após
1.5.4. De outros estabelecimentos de criação avaliação do risco sanitário.
de aves de diferentes espécies exóticas ou silves- 4. Para os incubatórios é obrigatória a visto-
tres, com objetivo de produção de aves vivas para ria do serviço oficial ao estabelecimento, visando
atendimento ao mercado de aves de estimação a sua biossegurança e a garantia de saúde das ra-
ou produção de matrizes: 4 km. titas nascidas, sendo observada, nesta avaliação,
1.5.5. De estabelecimentos de criação de ra- a existência de muros de alvenaria, cercas vivas
titas a estabelecimentos de avicultura industrial, ou cercas teladas de isolamento para a separa-
de reprodução (linhas puras, bisavozeiros, avozei- ção física das áreas de produção e de incubação,
ros, matrizeiros, SPF e incubatórios das linhas de acesso único, através de porta com pedilúvio e
reprodução): 11 km. banheiro na entrada para banhos antes do in-
1.6. Do criadouro aos limites periféricos gresso na área limpa.
da propriedade: 25 m, com acréscimo de cerca 5. Controle de vetores e de roedores e de
viva ou muro. acesso de outras aves e de pessoas.
1.7. Dos criadouros de ciclo completo, parcial 6. Adoção de controle sanitário microbioló-
de cria, recria, ou de engorda, à estrada pavimenta- gico mensal por plaqueamento das instalações
da de acesso principal ao estabelecimento: 50 m. e das máquinas e testagem realizada em labo-
1.8. Entre categorias de avestruzes de dife- ratório credenciado ou oficial e outras situações
rentes idades: 100 m. observadas localmente.
1.9. Entre o incubatório de ratitas de mes- 7. No afastamento de estradas vicinais, as
ma espécie e os piquetes de criação dentro do propriedades terão que possuir cerca viva de se-
estabelecimento: 50 m (com adoção de medi- gurança, perene, e distância mínima de 25 m em
das de biossegurança e de isolamento físico relação à estrada.
das instalações). 8. O acesso à propriedade deverá ser único e
218
1.10. Entre estabelecimentos de produção estar protegido por cercas de segurança, dotado
comercial de emas e avestruzes e populações sil- de sistema de desinfecção dos veículos, equipa-
vestres de emas em vida livre: 25 m (com adoção mentos e materiais na entrada e na saída.
de medidas de biossegurança e de isolamento 9. Possuir critérios para o controle rígido de
físico das instalações). trânsito e de acesso de pessoas (portões, portas,
2. Ficam expressamente proibidos quais- portarias, muros de alvenaria, pedilúvio e outros).
quer procedimentos de soltura e introdução dos 10. Ter as superfícies interiores das edifica-
animais na natureza, pois se trata de atos que ções construídas de forma que permitam limpe-
levam à degradação ambiental, com conseqü- za e desinfecção adequadas.
ências que afetam desfavoravelmente a biota, 11. A cerca interna dos piquetes de avestru-
com penalidades previstas na Lei nº 6.938/81 e zes adultas poderá ser de arame liso ou tela com
na Lei nº 9.605/98. 1,70 m de altura e deverá possuir corredor de 2
3. Em estabelecimentos preexistentes po- m de largura entre os piquetes.
derão ser admitidas, a critério do Fiscal Federal 12. Os piquetes deverão possuir saída para um
Agropecuário ou do Médico Veterinário Oficial corredor que dê acesso aos piquetes de contenção,
Federal ou Estadual, quando delegada a ativi- em tamanho máximo de 4x5 m², para os trabalhos
dade a esse último, responsável pela vistoria e de inspeção sanitária, colheita de material, medi-
emissão do laudo de funcionamento do esta- cação e outros que se fizerem necessários.
13. Nos piquetes de cria e recria (idade de vestre e de ratitas ou a saúde pública.
4 a 24 meses) usar cercas de arame liso com no 22. As ratitas e os ovos produzidos serão
mínimo cinco fios e 1,70 m de altura ou tela com identificados individualmente:
50 cm de altura ao redor dos piquetes a partir do 22.1. Ratitas vivas: anilha aberta ou anilha
chão e fios de arame liso nos intervalos superio- fechada, braçadeiras (brinco adaptado à asa) ou
res, recomendando-se uma área de 100 m² por marcação eletrônica ou tatuagem com tinta ató-
ave (avestruz). xica, que garanta a identificação da tatuagem.
14. O espaçamento para avestruzes adultas 22.2. Ovos: Carimbo ou caneta com tinta
pode variar de 165 a 500 m² por ave, ou seja, 20 atóxica, não hidrossolúvel, ou lápis, com número
a 60 aves por hectare. do registro, data da postura, ou ainda outro tipo
15. No interior dos piquetes deverá haver de marcação que garanta a identificação.
cochos para alimentos e água. 22.2.1. Quando houver possibilidade, pelo
16. Dispor de meios devidamente aprovados tipo de criação, além das informações contidas
pelo MAPA e pelos órgãos competentes de con- no item 22.2., deverá conter a informação sobre
trole ambiental, para destino dos resíduos da a paternidade.
produção (aves mortas, estercos, restos de ovos e 23. Serão adotadas medidas de biosseguran-
embalagem) e outros. ça, e de desinfecção dos veículos, equipamentos
17. Ter isolamento entre os diferentes seto- e materiais na entrada da propriedade.
res de categorias de aves por idade, separados 24. Ovos destinados ao consumo humano
por cercas e/ou cortina de árvores não-frutíferas, terão acompanhamento sanitário, segundo as
com acesso único restrito, com fluxo controlado, normas do SIF/DIPOA/SDA/MAPA.
com medidas de biossegurança dirigidas à área 25. A periodicidade de colheita de ovos a
interna, para veículos, pessoal e material. campo deve ser de, no mínimo, uma vez ao dia.
18. Permitir entrada de pessoas, veículos,
equipamentos e materiais nas áreas internas dos Capítulo XII
estabelecimentos, somente quando cumpridas
rigorosas medidas de biossegurança. DA BIOSSEGURANÇA DO SISTEMA
19. Serão adotadas medidas de controle de PARA INCUBATÓRIOS DE RATITAS
efluentes líquidos, por meio de fossas sépticas, ob-
servados os afastamentos de cursos d’água e lençóis 1. As instalações terão que possuir apenas
219
freáticos para evitar contaminações, confor- uma porta de acesso e permitir fluxo em sentido
me normas do meio ambiente e da saúde. único, devendo, para acesso às mesmas, serem
20. Controle físico-químico da água com pe- cumpridas as exigências mencionadas no item 1 e
riodicidade anual; e microbiológico, com perio- seus subitens, do Capítulo XI deste regulamento.
dicidade semestral, realizado em laboratório pú- 1.1. As dependências do incubatório deve-
blico, oficial ou credenciado pelo MAPA, citando rão ser divididas em áreas distintas de trabalho
a fonte que serve ao estabelecimento. (escritórios e dependências técnicas), separadas
21. De acordo com a situação epidemiológi- fisicamente e, sempre que possível, com ventila-
ca e sanitária de cada região, a critério do Serviço ção individual, constituindo-se de:
Oficial de Sanidade Animal, após avaliação do 1.1.1. Sala para recepção e higienização de
DDA/SDA/MAPA, poderão ser estabelecidas, em ovos férteis.
relação a regiões circunscritas e aos estabeleci- 1.1.2. Câmara para fumigação de ovos férteis
mentos de que trata este regulamento, medidas (opcional).
de restrições ao trânsito de veículos, pessoas e/ou 1.1.3. Sala para armazenamento de ovos.
animais, objetivando o controle de doenças e a 1.1.4. Sala para incubação.
obrigatoriedade da vacinação contra doença de 1.1.5. Sala para eclosão.
Newcastle ou de outras doenças que coloquem 1.1.6. Sala para maternidade.
em risco o plantel de aves de produção, aves sil- 1.1.7. Sala para expedição de aves de um dia
(opcional, desde que exista a possibilidade de pe- medidas de desinfecção eficientes de veículos na
ríodo de vazio sanitário mínimo de 72 h). entrada da propriedade.
1.1.8. Sala para lavagem e desinfecção de 9. Excepcionalmente para ema poderá ser
equipamentos. admitida a incubação natural e também a recria
1.1.9. Vestiários, lavatórios e sanitários. por amas de filhotes incubados naturalmente ou
1.1.10. Escritório. artificialmente.
1.1.11. Depósito de caixas, externo ao in-
cubatório. Capítulo XIII
1.1.12. Sala de máquinas e geradores.
1.1.13. Sistema adequado de descarte de re- DA BIOSSEGURANÇA DO TRANSPORTE
síduos de incubatório e de águas servidas. DOS OVOS PARA INCUBAÇÃO
2. Todos os materiais e equipamentos uti-
lizados no incubatório serão mantidos limpos e 1. Para incubação, os ovos serão colhidos
desinfetados com produtos apropriados, devida- em intervalos freqüentes (mínimo de uma vez
mente registrados no MAPA. ao dia), em recipientes limpos e desinfetados, e
3. A área circunvizinha ao incubatório será o pessoal encarregado pela colheita deverá estar
protegida com porta única, provida de equipa- com as mãos lavadas.
mentos de lavagem e de desinfecção de veículos 2. Os ovos e as aves produzidas serão identi-
para controlar qualquer tipo de trânsito. ficados individualmente em relação às matrizes,
4. Poderão ser admitidas, à critério do Fiscal paternidade e/ou aos piquetes de produção e à
Federal Agropecuário ou do Médico Veterinário propriedade de origem.
Oficial, responsável pela vistoria e emissão do 3. Os ovos fora dos padrões de higiene, de
laudo de funcionamento do estabelecimento de natureza sanitária, de porosidade e espessura da
incubação de ratitas, mudanças nas distâncias casca, quebrados ou trincados serão colhidos em
mínimas mencionadas no Capítulo XI deste regu- recipientes separados e não poderão ser destina-
lamento, após a avaliação do risco sanitário, em dos à incubação.
função da existência de barreiras (reflorestamen- 4. Após a colheita, os ovos serão desinfetados
to, matas naturais, topografia, muros de alvenaria no mais breve espaço de tempo possível, deven-
e outros) ou da utilização de manejo e medidas do ser armazenados em local próprio e mantidos
de biossegurança diferenciadas, que impeçam a à temperatura e umidade adequadas.
220
introdução e disseminação de patógenos. 5. Os ovos serão transportados ao incubatório
5. Estabelecer programa de monitoramen- em veículos apropriados, em bandejas e caixas/
to sanitário permanente, atendendo as normas carrinhos limpos e previamente desinfetados, de-
constantes do Regulamento de Defesa Sanitária vidamente documentados com GTA, quando hou-
Animal e do PNSA/DDA/SDA/MAPA. ver trânsito entre o criadouro e o incubatório.
6. Monitoramento microbiológico mensal, 5.1. No caso específico de emas, adicio-
durante o período de atividade de incubação, via nalmente será necessária a licença de trans-
plaqueamento, de cada uma das dependências porte do IBAMA.
do incubatório e dos equipamentos (incubadoras
e nascedouros), realizado em laboratórios cre- Capítulo XIV
denciados ou oficiais.
7. Serão adotadas medidas de controle de DA BIOSSEGURANÇA NO MANEJO
efluentes líquidos, por meio de fossas sépticas, ob- DOS OVOS FÉRTEIS E DE RATITAS DE UM DIA
servados os afastamentos de cursos da água e de
lençóis freáticos para evitar contaminações, confor- 1. O pessoal destinado ao trabalho interno
me normas vigentes do meio ambiente e da saúde. do incubatório observará as medidas gerais de
8. Serão adotadas medidas de biossegurança, higiene pessoal e utilizará roupas e calçados lim-
tais como: pedilúvio na entrada do incubatório, e pos e desinfetados, fornecidos pelo incubatório.
2. As ratitas de um dia serão expedidas dire- XI, XII, XIII, XIV e XVI deste regulamento, que tra-
tamente do incubatório ao local do destino, devi- gam risco de disseminação de doenças no plantel
damente acompanhadas de GTA, quando houver de ratitas, da fauna silvestre e avícola nacional
trânsito entre os estabelecimentos: ou, ainda, em razão da suspeita ou confirmação
2.1. No caso específico de emas, adicio- de foco de doença exótica, conforme estabeleci-
nalmente será exigida a licença de transporte do no Regulamento de Defesa Sanitária Animal.
do IBAMA. 3.3. Suspensão temporária do registro: quan-
3. Os veículos transportadores serão limpos e do se tratar de infração que coloque em risco a
desinfetados antes de cada embarque. saúde pública, a biossegurança do plantel de ra-
4. Os resíduos naturais do processo de incu- titas da fauna silvestre, e plantel avícola nacional,
bação e nascimento de ratitas de um dia serão por meio da disseminação de doenças ou de inse-
incinerados, cremados ou submetidos a outro gurança da estrutura física do estabelecimento.
tipo de tratamento aprovado pelo MAPA e pelo 4. O processo administrativo será estabelecido,
IBAMA ou por organismos estaduais e municipais originado na DFA, no estado onde se localiza o es-
de controle do meio ambiente, que inviabilize a tabelecimento objeto da punição, cabendo recurso,
disseminação de possíveis patógenos. no prazo de quinze dias, contando a partir do re-
cebimento da notificação oficial pelo interessado,
Capítulo XV junto ao órgão central do MAPA, que, dependendo
das causas da interdição, avaliará o processo nas
DO CANCELAMENTO DO REGISTRO Secretarias competentes - SARC e SDA.
5. Não havendo por parte do interessado, o
1. O cancelamento do registro do estabeleci- cumprimento das exigências estabelecidas, pode-
mento poderá ocorrer tanto por solicitação do inte- rá ocorrer o cancelamento definitivo do registro
ressado, quanto por decisão da autoridade compe- no MAPA/DFA.
tente da DFA, no estado onde se localiza, em pro- 6. As sanções aplicadas aos criadouros pelo
cesso administrativo, garantida a ampla defesa. MAPA ou pelo IBAMA serão comunicadas imediata-
2. A solicitação de cancelamento de regis- mente, num prazo não superior a cinco dias úteis,
tro será feita pelo interessado, em requerimento entre esses órgãos nos níveis local e nacional.
dirigido ao Delegado Federal de Agricultura, no 7. Novo registro poderá ser concedido ao in-
estado onde se localiza o estabelecimento de ra- teressado pela DFA, no estado onde se localiza o
221
titas, cujo registro se deseja cancelar. estabelecimento, a critério do (s) serviço (s) oficial
3. A punição do estabelecimento será definida (is), condicionado a uma nova vistoria técnica do
após avaliação técnica realizada pelo Fiscal Federal estabelecimento e solução dos problemas an-
Agropecuário ou pelo médico veterinário do (s) ser- teriormente identificados, avaliando a conduta
viço (s) oficial (is) estadual (is), quando delegada a idônea da empresa, por meio de um novo pro-
atividade, e de acordo com os seguintes critérios: cesso firmado junto àquela DFA.
3.1. Advertência por escrito: quando se tratar
de uma infração ocorrida em razão do não-cum- Capítulo XVI
primento de um ou mais subitens dos itens dos
Capítulos IV, V, VI, VII, VIII, X, XI, XII, XIII, XIV e XVI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
deste regulamento, estabelecendo prazos para
solução da situação sanitária ou de adequação 1. O SSA/DFA, do estado em que se localiza o
das instalações físicas do estabelecimento. estabelecimento, e o Serviço de Sanidade Animal
3.2. Interdição da propriedade: quando se das Secretarias Estaduais de Agricultura, em con-
tratar de infração ocorrida em razão da nãoreali- vênio com o MAPA, são os organismos responsá-
zação das determinações técnicas no prazo esta- veis, na sua área de atuação e competência, pela
belecido na advertência, ou de não-cumprimento definição das medidas apropriadas para a solu-
de um ou mais itens dos Capítulos VI, VII, VIII, X, ção dos problemas de natureza sanitária, obser-
vando o estabelecido no Regulamento de Defesa ovos férteis, referentes às doenças contempladas
Sanitária Animal e no PNSA/DDA/SDA/MAPA. no PNSA/DDA/SDA/MAPA. Estes exames deverão
2. Estão sujeitos à fiscalização sanitária dos ser realizados obrigatoriamente, em laboratório
serviços oficiais todos os estabelecimentos que credenciado pelo MAPA, para este fim, ou oficial
alojem ratitas ou incubem ovos de ratitas. devendo os laudos e relatórios estar disponíveis
3. As emas, por pertencerem a fauna silvestre, à(s) autoridade(s) veterinária(s) do(s) serviço(s) ofi-
deverão ser manejadas de acordo com as normas cial (is), sempre que solicitados.
do IBAMA/Diretoria de Fauna e Recursos Pesquei- 8.4. Encaminhar mensalmente, pelo respon-
ros, sendo que as criadas em caráter de produção sável técnico, a ficha epidemiológica do plantel
comercial, ficam obrigadas a procederem adicio- ao serviço oficial local.
nalmente o monitoramento sanitário específico 8.5. Adicionalmente, manter registro referente
do PNSA/DDA/SDA/MAPA. Nos demais criadouros ao manejo do plantel relativo a cada lote de aves
de ema, o monitoramento sanitário será de caráter e de ovos férteis, constando dados sobre morta-
eventual, em casos esporádicos lizado por amos- lidade, diagnóstico de doenças, monitoramento
tragem aleatória a ser estabelecida pelo PNSA/ sanitário, tratamentos, vacinações etc., os quais de-
DDA/SDA/MAPA, junto com o IBAMA de forma a verão estar disponíveis ao (s) Fiscal (is) Federal (is)
não interferir no sistema de criação de vida livre. Agropecuário (s) e aos médicos veterinários do (s)
4. Devido ao sistema diferenciado de pro- serviço (s) oficial (is), sempre que solicitados.
dução de emas fica estabelecido um prazo de 18 8.6. Remeter ao setor competente do mes-
meses após a publicação, para adequação das mo, da DFA no estado onde se localiza, o relatório
instalações físicas. trimestral, conforme modelo padronizado pelo
5. O controle sanitário e de saúde das ratitas MAPA, sob pena de ter seu registro cancelado.
alojadas em jardins zoológicos ficará a cargo dos 9. A inobservância das exigências constan-
profissionais habilitados, responsáveis por esse tes deste regulamento, dependendo da situação
acompanhamento nessas instituições. identificada pelo (s) serviço (s) oficial (is), implica-
6. Em caso de emergência sanitária, o MAPA rá na adoção das sanções estabelecidas no Capí-
ou o serviço oficial de defesa sanitária animal po- tulo XV deste regulamento, adicionalmente à:
derá intervir, respaldado no Regulamento de De- 9.1. Suspensão da autorização para importa-
fesa Sanitária Animal e no PNSA/DDA/SDA/MAPA. ção, exportação, comercialização e da emissão da
7. O controle sanitário de todas as ratitas de GTA relativa aos ovos férteis e as ratitas.
222
produção é de competência do MAPA e das Secre- 9.2. Interdição do estabelecimento de cria-
tarias Estaduais de Agricultura ou órgãos execu- ção ou dos incubatórios.
tores destas, quando delegada a atividade. 9.3. Aplicação das medidas sanitárias estabe-
8. Todos os estabelecimentos de ratitas são lecidas no PNSA e/ou zootécnicas cabíveis estabe-
obrigados a seguir as normas e atos legais institu- lecidas pelo DFPA/SARC/MAPA.
ídos pelo PNSA e a cumprir os seguintes itens: 10. Os estabelecimentos de ratitas que prati-
8.1. Observar as exigências de biosseguran- quem o comércio internacional deverão cumprir,
ça, permitindo o acesso, a qualquer momento, adicionalmente, as normas estabelecidas pelo
aos documentos e às instalações, ao (s) fiscal (is) MAPA e IBAMA/Diretoria de Fauna e Recursos
federal (is) agropecuário (s) e ao (s) médico (s) ve- Pesqueiros - CITES, para tal fim, e atender as exi-
terinário (s) do (s) serviço (s) oficial (is). gências dos países importadores.
8.2. Manter registro do controle anual físico- 11. O IBAMA, dentro das suas competências
químico e semestral microbiológico de potabili- legais, efetuará registro dos criadouros e dos es-
dade e do tratamento efetuado na água de abas- tabelecimentos que possuam emas, avestruzes e
tecimento, dos tratamentos de efluentes líquidos, outras ratitas em cativeiro para fins científicos,
de limpeza de equipamentos e instalações. conservacionistas e em jardins zoológicos.
8.3. Manter registro dos procedimentos de 12. Sob a gestão normativa do DFPA/SARC/
monitoramento sanitário, de cada lote de ratitas e MAPA, serão baixadas normas complementares
referentes aos aspectos zootécnicos ouvindo as 15. O MAPA/SDA/DDA e a DFA, dentro das suas
associações de criadores de ratitas, que tenham áreas de atuação e competência, poderão convo-
representatividade nacional. car quando julgar necessário o Comitê Consultivo
13. De acordo com o estabelecido no Regu- do Programa Nacional de Sanidade Avícola (CC/
lamento de Defesa Sanitária Animal e no PNSA, a PNSA) e os Comitês Estaduais de Sanidade Avícola
regulamentação, a normatização e o controle das (COESA ´ s), para opinar sobre assuntos específicos
medidas de defesa sanitária animal e de biosse- de que tratam este regulamento técnico.
gurança são de competência do DDA/SDA/MAPA. 16. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas
14. As medidas de limpeza e desinfecção na aplicação deste regulamento técnico, e em le-
adotadas seguirão os critérios estabelecidos pela gislações complementares, serão dirimidas pelo
OIE e legislação específica nacional. MAPA, no DDA/SDA ou no DFPA/SARC.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 32, DE 13 DE MAIO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 14/05/2002, Seção 1, Página 28

Aprova as Normas Técnicas de Vigilância para doença de Newcastle e Influenza Aviária, e de


controle e erradicação para a doença de Newcastle.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA Processo nº 21000.006729/2001-59, resolve:


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas de Vigilância
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe para doença de Newcastle e Influenza Aviária, e de
confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno controle e erradicação para a doença de Newcastle.
da Secretaria, aprovado pela Portaria Ministerial Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
nº 574, de 8 de dezembro de 1998, tendo em vigor na data de sua publicação.
vista o disposto na Portaria Ministerial nº 193, Art. 3º Fica revogada a Portaria SDA nº 183,
de 19 de setembro de 1994, e o que consta do de 8 de novembro de 1994.

LUIZ CARLOS OLIVEIRA


223
ANEXO

NORMAS TÉCNICAS DE VIGILÂNCIA PARA DOENÇA DE NEWCASTLE E INFLUENZA AVIÁRIA


E DE CONTROLE E DE ERRADICAÇÃO DA DOENÇA DE NEWCASTLE.

troles permanentes e de controles eventuais.


Capítulo I 1.3. Nas propriedades que mantenham aves
para comercialização ou de criação, nos criadou-
Introdução ros avícolas de subsistência e demais locais de alo-
jamento de aves em cativeiro.
1. A presente norma define as medidas de
vigilância para doença de newcastle e influenza Capítulo II
aviária e de controle e erradicação a serem apli-
cadas à doença de newcastle: Das doenças
1.1. Na vigilância realizada no ponto de in-
gresso, visando o controle sanitário das aves e do 1. DOENÇA DE NEWCASTLE: é uma doença
material genético de aves importado. infecciosa das aves causada por um vírus da fa-
1.2. Nos estabelecimentos avícolas de con- mília Paramyxovírus, gênero Rubulavirus aviário
do sorotipo 1 (APMV1), que apresenta um dos se- 1.4. DDA: Departamento de Defesa Animal;
guintes critérios de virulência: 1.5. CLA: Coordenação de Laboratório Animal;
• o vírus tem um índice de patogenicidade 1.6. CPS: Coordenação de Vigilância e Pro-
intracerebral de pelo menos 0,7 em pintos de um gramas Sanitários;
dia (Gallus gallus); ou 1.7. PNSA: Programa Nacional de Sanida-
• a presença de múltiplos aminoácidos bási- de Avícola;
cos é demonstrada no vírus (diretamente ou por 1.8. DIPOA: Departamento de Inspeção de
dedução), na fração C-terminal da proteína F2, Produtos de Origem Animal;
ou o mesmo que a presença de fenilalanina no 1.9. DFA: Delegacia Federal de Agricultura;
resíduo 117, que é a fração N-terminal da prote- 1.10. SSA: Serviço de Sanidade Animal;
ína F1. O termo “ múltiplos aminoácidos básicos” 1.11. SIF: Serviço de Inspeção Federal;
se refere a pelo menos três resíduos de arginina 1.12. SERVIÇO OFICIAL: é o serviço de defesa
ou lisina, entre os resíduos 113 e 116. sanitária animal federal, estadual e municipal;
Nesta definição, os resíduos de aminoáci- 1.13. LABORATÓRIOS OFICIAIS: são os labora-
dos estão numerados a partir da fração N-ter- tórios da rede do MAPA;
minal da seqüência de aminoácidos deduzida 1.14. LABORATÓRIOS CREDENCIADOS: são os
da seqüência nucleotídica do gen. F0, e os resí- laboratórios de outras instituições federais, esta-
duos 113-116, correspondentes aos resíduos 4 a duais, municipais ou privados, que tenham sido
1, a partir da zona de clivagem. habilitados e reconhecidos pelo MAPA, para a re-
Caso não se consiga caracterizar os resíduos alização de diagnóstico laboratorial dos agentes
típicos de aminoácidos, tal como descritos aci- das doenças a que se referem estas normas;
ma, convém caracterizar o vírus isolado determi- 1.15. FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO: é o
nando o índice de patogenicidade intracerebral fiscal do MAPA, com formação profissional em
(RESOLUÇÃO Nº XIII de maio de 1999, emitida medicina veterinária, que realiza fiscalização e
pelo comitê internacional do OIE; Código Zoosa- supervisão relativa à defesa sanitária animal;
nitário Internacional, OIE, 2001). 1.16. MÉDICO VETERINÁRIO OFICIAL: é o Fiscal
2. INFLUENZA AVIÁRIA: é uma doença infec- Federal Agropecuário com formação profissional
ciosa das aves causada por um vítus da família em medicina veterinária ou o médico veterinário
Orthomixoviridae, do gênero Influenzavirus A, B do serviço oficial de defesa sanitária animal;
que apresenta um Índice de Patogenicidade Intra- 1.17. MÉDICO VETERINÁRIO CREDENCIADO: é o
224
venoso (IPIV) > 1.2 em galinhas de 6 semanas de médico veterinário oficial, estadual e municipal, pri-
idade; ou uma infecção provocada por um vírus vado ou profissional liberal, que recebeu delegação
Influenza A do subtipo H5 ou H7, com uma seqü- de competência do serviço oficial federal para emis-
ência de nucleótidos que apresentem múltiplas são de Guia de Trânsito Animal (GTA) ou similar;
bases de aminoácidos no local de clivagem da he- 1.18. RESPONSÁVEL TÉCNICO: é o médico ve-
moaglutinina (Manual Standards of Diagnostics terinário responsável pelo controle higiênico-sa-
Test and Vaccines OIE, capítulo 2.1.14 ano 1996; nitário dos plantéis do estabelecimento de cria-
Código Zoosanitário Internacional, OIE, 2001). ção de aves, devidamente registrado no MAPA;
1.19. CERTIFICADOS SANITÁRIOS: são certifi-
Capítulo III cados de inspeção sanitária;
1.20. GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA): é o
Das definições documento obrigatório para trânsito de aves,
ovos férteis e aves de 1 (um) dia para qualquer
1. Para efeito desta norma, entende-se: movimentação e finalidade;
1.1. OIE: Escritório Internacional de Epizootias; 1.21. FORM IN: é o formulário padronizado
1.2. MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuá- pelo DDA, utilizado para abertura de foco de doen-
ria e Abastecimento; ças e realização de investigação epidemiológica;
1.3. SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária; 1.22. FORM COM: é o formulário padroniza-
do pelo DDA, complementar de investigação; 1.35. ÁREA PERIFOCAL: é aquela circunvi-
1.23. ESTADOS DO PROGRAMA: são os esta- zinha ao foco, cujos limites serão estabelecidos
dos definidos pelo DDA, que desenvolvem ações pelo serviço oficial;
de monitorização sanitária das doenças que 1.36. ZONA DE PROTEÇÃO: é a área com um
compõem o PNSA e a vigilância epidemiológica raio de 3 (três) km ao redor do foco, considerada
permanente das doenças aviárias; como zona infectada;
1.24. UNIDADE EPIDEMIOLÓGICA: trata-se de 1.37. ZONA DE VIGILÂNCIA: é a área com um
uma unidade do estabelecimento avícola, que raio de 7 (sete) km a partir da zona de proteção
permite que as aves ali alojadas sejam tratadas e ao redor do foco;
alimentadas de modo totalmente separado e por 1.38. ZONA DE PROTEÇÃO + ZONA DE VIGI-
pessoal distinto dos demais empregados; LÂNCIA: raio de 10 (dez) km ao redor do foco;
1.25. MONITORAMENTO DOS PLANTÉIS: é o 1.39. VAZIO SANITÁRIO: é o tempo em que
acompanhamento sanitário e análise laborato- deverá permanecer as instalações de um estabe-
rial, por meio de testes sorológicos e de outras lecimento avícola despovoada, após ocorrência
provas, em outros materiais biológicos ou não, e de um foco, tendo sido eliminadas as aves e reali-
análises epidemiológicas das condições de saúde zada a lavagem e a desinfecção do galpão;
das aves alojadas em um estabelecimento avíco- 1.40. SACRIFÍCIO SANITÁRIO: é o sacrifício de
la e interpretação adequada dos resultados; todas as aves enfermas, suspeitas de contamina-
1.26. AVES COMERCIAIS: geração de aves ção ou relacionadas por questão de biosseguran-
destinadas à produção de carnes, ovos, deriva- ça, seus contatos diretos e indiretos;
dos e subprodutos; 1.41. DESTRUIÇÃO: eliminação de aves, seus
1.27. AVE SUSCEPTÍVEL: compreende-se todas as produtos, subprodutos, carne ou carcaças, por
aves domésticas, silvestres, exóticas e ornamentais; meio de qualquer método físico ou químico que
1.28. AVE INFECTADA: é qualquer ave na qual assegure total inativação dos vírus da doença de
tenha sido oficialmente constatada a presença do ví- newcastle e da influenza aviária;
rus da doença de newcastle ou da influenza aviária, 1.42. VACINAÇÃO EMERGENCIAL: é a vacinação
mediante comprovação laboratorial conclusiva; empregada como meio de controle da doença, após
1.29. PRODUTO ANIMAL: compreende car- ter sido registrado um ou mais focos ou quando a
ne, ovos, penas, sangue, vísceras e ossos do ani- situação epidemiológica ou sanitária assim indicar;
mal susceptível; 1.43. PROPRIETÁRIO: todo aquele que seja
225
1.30. CARNE DE AVES: entende-se por carne de depositário ou que a qualquer título mantenha
ave a parte muscular comestível das aves abatidas, em seu poder ou em sua guarda uma ou mais
declaradas aptas à alimentação humana por inspe- aves susceptíveis;
ção veterinária oficial antes e depois do abate; 1.44. PROPRIEDADE: local onde se encon-
1.31. CARCAÇA: entende-se pelo corpo inteiro tram alojadas aves de criação com finalidade
de uma ave após insensibilização ou não, sangria, comercial ou não (Ex: estabelecimentos onde
depenagem e evisceração, na qual papo, traquéia, são alojadas aves para lazer ou de criação do-
esôfago, intestinos, cloaca, baço, órgãos reprodu- méstica e as lojas comerciais);
tores e pulmões tenham sido removidos. É facul- 1.45. ESTABELECIMENTO AVÍCOLA: é o local
tativa a retirada dos rins, pés, pescoço e cabeça; onde são mantidas as aves para qualquer finalidade,
1.32. SUBPRODUTOS: farinhas de carne, de san- podendo ser constituído de um ou vários núcleos;
gue, de penas e de vísceras; resíduos de incubação; 1.46. ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CON-
cama aviária; pele e couro; pena e pluma; e fâneros; TROLES PERMANENTES: são as granjas de sele-
1.33. VEÍCULO: qualquer meio de transporte ção genética de reprodutoras primárias (linhas
por terra, água ou ar; puras), granjas bisavoseiras, granjas avoseiras,
1.34. FOCO: é o estabelecimento no qual foi granjas matrizeiras, granjas de aves reprodutoras
constatado a presença de uma ou mais aves afetadas livres de patógenos específicos (SPF) e os incuba-
pela doença de newcastle ou pela influenza aviária; tórios destes estabelecimentos;
1.47. ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE CON- Capítulo V
TROLES EVENTUAIS: são os estabelecimentos aví-
colas produtores de ovos comerciais, de frango Da notificação
de corte, de exploração de outras aves silvestres
e/ou ornamentais, e/ou exóticas ou não, e os in- 1. Os médicos veterinários, proprietários
cubatórios destes estabelecimentos; ou qualquer outro cidadão, que tenham co-
1.48. GALPÃO: é a unidade física de produ- nhecimento de ocorrência ou de suspeita da
ção avícola, caracterizada como unidade de um ocorrência da doença de newcastle e da in-
núcleo, que aloja um grupo de reprodutores, fluenza aviária, ficam obrigados a comunicar o
aves para produção de carne e/ou de ovos, da fato imediatamente ao serviço oficial (Decreto
mesma idade (exceção das linhas puras de sele- nº 24.548, de 03/07/34, e Portaria Ministerial
ção genética) e da mesma espécie; nº 070/94, de 03/03/94).
1.49. NÚCLEO: é a unidade com área física 1.1. A notificação poderá ser efetuada pes-
adequadamente isolada, de manejo comum, soalmente, por telefone, rádio, fax , correio ele-
constituída de um ou mais galpões; trônico ou qualquer outro meio disponível.
1.50. LOTE: grupo de aves de mesma finalidade, 2. A infração ao disposto no item 1 será inves-
origem e idade, alojado em um ou vários galpões; tigada pelo serviço oficial, que utilizará os meios
1.51. BOXES: são divisões físicas dentro de disponíveis para apuração de responsabilidades.
um galpão. 2.1. No caso de médico veterinário, além
do citado ou disposto no item 2, o serviço ofi-
Capítulo IV cial deverá proceder de acordo com a legislação
profissional específica.
Das exigências a serem cumpridas 3. Deve ser realizada a notificação de suspei-
pelos estabelecimentos avícolas ta ao serviço oficial, preferencialmente por meio
da unidade veterinária local, e enviada para la-
1.Para atender ao PNSA, os estabeleci- boratório oficial ou credenciado pelo MAPA, para
mentos avícolas de controles permanentes e este fim, de qualquer material de lesão sugestiva
eventuais deverão: da doença encontrada na fiscalização, no abate
1.1.Estar registrados na DFA, ou cadastrados, ou na realização de necrópsia.
nos casos definidos pelo MAPA, no serviço oficial 4. Nos matadouros, ocorrendo a constatação
226
do estado em que se localizam; da(s) doença(s), deverão ser suspensos os abates
1.2.Estar sob vigilância e controle do SSA/DFA até a conclusão dos trabalhos de limpeza e desin-
ou da Secretaria Estadual de Agricultura ou do órgão fecção recomendados segundo os critérios esta-
executor deste, do estado em que se localizam; belecidos pelo DIPOA e realizada a comunicação
1.3.Nos casos definidos em legislação do imediata ao serviço oficial.
MAPA, deverão ser assistidos por médico veteri-
nário responsável técnico, registrado junto à DFA, Capítulo VI
ou da Secretaria Estadual de Agricultura ou do
órgão executor destas, no estado em que se loca- Das estratégias de atuação
lizam, quando delegada essa atividade;
1.4. Proceder à notificação imediata às 1. A vigilância da doença de newcastle e da
autoridades sanitárias, de qualquer suspeita influenza aviária e o controle e a erradicação da
de ocorrência da doença de newcastle e da in- doença de newcastle serão executados em todos
fluenza aviária; os estados da federação.
1.5. Utilizar somente imunógenos, desinfe- 1.1. A influenza aviária por ser considerada
tantes, antígenos, soros controles e “kits” registra- exótica nos plantéis industriais de aves no Brasil,
dos no MAPA, observados os números de partida, deverá ser avaliado o risco de introdução no país,
nome do fabricante e os prazos de validade. e se manter sob vigilância permanente.
1.2. Em função da importância econômica da 1.2.2. Registro de todas as categorias de aves,
avicultura e das características epidemiológicas, indicando-se o número de aves mortas, com e
será realizado o estudo de atividade viral, visando sem sinais clínicos da(s) doença(s) por categoria;
a implantação de zona livre da doença de new- 1.2.3. Manutenção das aves nos locais de
castle em área de produção industrial, no país e alojamento ou confinadas em outros locais es-
a vigilância para doença de newcastle e influenza tabelecidos a critério do fiscal federal agrope-
aviária, nos estados do programa definidos como cuário ou do médico veterinário oficial, onde
prioritários pelo PNSA/DDA/SDA/MAPA. possam permanecer isoladas, sendo proibida a
2. A profilaxia, o controle e a erradicação sua movimentação;
destas doenças consistem na aplicação das se- 1.2.4. Controle pelo fiscal federal agro-
guintes medidas de defesa sanitária animal: pecuário ou pelo médico veterinário oficial
2.1. Notificação de suspeita de focos da do- de qualquer movimento de pessoas, animais,
ença de newcastle e da influenza aviária; veículos, carnes, carcaças, detritos, dejetos,
2.2. Assistência aos focos; camas, fômites e estruturas que possam pro-
2.3. Adoção de medidas de biossegurança; pagar a(s) doença(s);
2.4. Realização de medidas de desinfecção; 1.2.5. Utilização dos meios adequados de
2.5. Sacrifício sanitário; desinfecção nas entradas e saídas de cada insta-
2.6. Vazio sanitário; lação do estabelecimento avícola, de acordo com
2.7. Análise epidemiológica; as recomendações do OIE;
2.8. Vacinação de rotina ou emergencial 1.2.6. Condução de inquérito epidemiológi-
dos plantéis; co com abertura de FORM IN e posteriormente
2.9. Controle e fiscalização de animais sus- de FORM COM, para a determinação da origem
ceptíveis; da infecção e de sua propagação;
2.10. Controle de trânsito; 1.2.7. Seqüestro da carne das aves produzidas
2.11. Outras medidas sanitárias. e dos ovos no período de incubação da doença.
2. DA CONFIRMAÇÃO:
Capítulo VII 2.1. Confirmando-se o diagnóstico labora-
torial da doença de newcastle ou da influenza
Da assistência aos focos aviária, definidas no Capítulo II, dessa norma,
por meio de provas laboratoriais conclusivas,
227
1.DA SUSPEITA: serão adotadas, na propriedade onde foi iden-
1.1.Todas as notificações de suspeita ou de tificado o foco, as seguintes medidas pelo fis-
ocorrência da doença de newcastle e da influen- cal federal agropecuário ou pelo médico vete-
za aviária, esta segunda, considerada exótica nos rinário oficial:
plantéis industriais de aves do país, deverão ser 2.1.1. Sacrifício imediato no local de todas as
imediatamente investigadas pelo serviço oficial, aves presentes no estabelecimento avícola;
dentro das normas de segurança sanitária, com 2.1.2. Destruição de todas as aves que te-
envio de amostras para laboratório oficial ou cre- nham morrido ou tenham sido sacrificadas;
denciado pelo MAPA, para este fim. 2.1.3. Destruição ou tratamento apropriado de
1.2. A notificação de suspeita destas doenças im- todos os resíduos, tais como: ração, cama e fezes, e
plicará na adoção das seguintes medidas sanitárias: dos fômites susceptíveis de estarem contaminados;
1.2.1. Interdição da propriedade ou do estabe- 2.1.3.1. O tratamento deverá ser efetuado
lecimento avícola, abertura de FORM IN e adoção em conformidade com as instruções do fiscal
de medidas sanitárias específicas, com imediata federal agropecuário ou do médico veterinário
colheita de amostras para remessa ao laboratório oficial, de forma que possa ser assegurada a des-
da rede oficial ou quando autorizado pelo MAPA truição dos vírus da doença de newcastle ou da
para laboratório credenciado pelo MAPA, para este influenza aviária.
fim, acompanhado de uma via do FORM IN; 2.1.4. Destruição da carne de todas as aves
provenientes da granja e abatidas durante o pe- tras para exames laboratoriais, registrando todas
ríodo de incubação da doença; as visitas e as ocorrências constatadas;
2.1.5. Destruição dos ovos e dos subprodu- 4.1.2. Manutenção de todas as aves no seu
tos produzidos durante o período provável de alojamento ou em outro lugar que permita iso-
incubação da doença; lamento, a critério do serviço oficial;
2.1.6. Limpeza e desinfecção completa das 4.1.3. Utilização de sistemas de desinfecção
instalações de criação; apropriados, segundo critérios do serviço oficial,
2.1.7. Estabelecer o vazio sanitário de, no nas entradas e saídas da propriedade ou do esta-
mínimo, 21 (vinte e um) dias antes da reintrodu- belecimento avícola;
ção de aves no estabelecimento avícola, iniciado 4.1.4. O serviço oficial procederá o controle
após a realização dos processos de desinfecção; de movimentação, dentro desta zona, de pesso-
2.1.8. A critério do serviço oficial, pela ava- as, de materiais, de equipamentos e de veículos
liação epidemiológica e de risco sanitário, estas que representem risco sanitário;
medidas poderão ter sua aplicação estendida a 4.1.5. O serviço oficial adotará a proibição
outros estabelecimentos avícolas; de movimentação e retirada de aves, ovos, es-
2.1.9. O serviço oficial procederá a investi- terco, ração, subprodutos de aves, fômites da
gação epidemiológica em todas as proprieda- propriedade ou do estabelecimento avícola em
des com aves, estabelecimentos avícolas e dos que se encontrem, salvo com autorização do
demais locais de alojamento de aves da área, serviço oficial competente para o transporte, nas
zona de proteção, constituída num raio de 3 seguintes condições:
(três) quilômetros e um raio de 7 (sete) quilô- 4.1.5.1. Aves para seu abate imediato, prefe-
metros ao redor do foco, a partir da zona de rentemente em um matadouro com SIF, situado
proteção (zona de vigilância), determinadas na área infectada ou, se não for possível, a um
com base em fatores de origem geográfica, situado fora desta, quando avaliado, designado
administrativa, ecológica e epizootiológica re- e acompanhado pelo fiscal federal agropecuário
lacionados com a doença, registrando todas as ou pelo médico veterinário oficial;
visitas e as ocorrências constatadas; 4.1.5.2. Pintos de um dia ou aves para uma
2.1.10. O serviço oficial estabelecerá a proi- exploração situada dentro da zona de vigilância
bição de movimentação e retirada de aves das e que não tenha outras aves alojadas;
propriedades e dos estabelecimentos avícolas, 4.1.5.3. Ovos para incubação e nascimento
228
dentro da zona de vigilância, no período mínimo num incubatório dentro das zonas de proteção ou
de 21 (vinte e um) dias, exceto as destinadas ao de vigilância, designado pelo fiscal federal agro-
abate sanitário em matadouro, preferencialmen- pecuário ou pelo médico veterinário oficial, con-
te com SIF, situado dentro da zona de vigilância, trolados e realizados em máquinas separadas.
designado e acompanhado pelo fiscal federal 4.1.5.3.1. Os ovos e suas embalagens de-
agropecuário ou pelo médico veterinário oficial. verão ser desinfectados antes do transporte ao
3. Nos locais onde estejam armazenados os incubatório.
materiais seqüestrados, será realizada limpeza 4.1.6. Os deslocamentos citados deverão ser
e desinfecção das instalações e destruição dos realizados diretamente sob controle do serviço
produtos e subprodutos. oficial e autorizados após a inspeção sanitária da
4. ZONA DE PROTEÇÃO: propriedade ou do estabelecimento avícola, rea-
4.1. Deverão ser adotadas medidas com re- lizada pelo fiscal federal agropecuário ou pelo
lação à zona de proteção, conforme segue: médico veterinário oficial;
4.1.1. Visita imediata pelo serviço oficial e 4.1.7. Os meios de transporte empregados
de acompanhamento posterior a todas as pro- deverão ser limpos e desinfectados antes e de-
priedades com aves, estabelecimentos avícolas e pois da sua utilização;
locais de alojamento de aves, realizando avalia- 4.1.8. A retirada do esterco, da ração e dos
ção clínica das aves alojadas e tomada de amos- subprodutos das aves fica condicionada ao con-
trole do transporte e destino pelo serviço oficial, salvo se enviados a um incubatório para in-
quando, após avaliação criteriosa, não represen- cubação e nascimento, avaliado e designado
tar risco de disseminação da(s) doença(s); pelo fiscal federal agropecuário ou pelo médi-
4.1.9. O serviço oficial adotará a proibição co veterinário oficial, sendo a incubação con-
de realização de feiras, mercados, exposições e trolada e realizada em máquinas separadas;
demais concentrações de aves de qualquer tipo; 5.1.5.1. Estes ovos e as suas embalagens
4.1.10. O serviço oficial procederá a intro- deverão ser desinfectados antes do transpor-
dução de aves-sentinelas na propriedade foco te ao incubatório.
despovoada; 5.1.6. Proibição de retirada e utilização do
4.1.11. O serviço oficial estabelecerá a rea- esterco, ração e subprodutos de aves sem autori-
lização de controle sorológico, em laboratório zação do serviço oficial;
oficial ou credenciado pelo MAPA para este fim, 5.1.7. Proibição pelo serviço oficial de reali-
das aves-sentinelas a cada sete dias até comple- zação de feiras, mercados, exposições e demais
tar o período de vazio sanitário mínimo de 21 concentrações de aves de qualquer tipo;
(vinte e um) dias; 5.1.8. Controle pelo serviço oficial de mo-
4.1.12. As medidas aplicadas na zona de pro- vimentação, dentro desta zona, de pessoas, de
teção se manterão até conclusão do diagnóstico materiais, de equipamentos e de veículos que
laboratorial e do inquérito epidemiológico, por representem risco sanitário.
pelo menos 21 (vinte e um) dias depois da rea- 5.2. As medidas aplicadas na zona de vigi-
lização, na propriedade ou no estabelecimento lância se manterão até conclusão do diagnósti-
avícola infectado, das operações preliminares de co laboratorial e do inquérito epidemiológico
limpeza e desinfecção ou por determinação do por pelo menos 30 (trinta) dias, por determina-
serviço oficial. Após essas medidas, a zona de pro- ção do serviço oficial, após realização, na explo-
teção passará a fazer parte da zona de vigilância. ração infectada, das operações preliminares de
5. ZONA DE VIGILÂNCIA limpeza e desinfecção.
5.1. Deverão ser adotadas medidas com rela- 6. As operações descritas neste capítulo po-
ção à zona de vigilância, conforme segue: derão circunscrever-se àquelas áreas do estabe-
5.1.1. Investigação em todas as proprieda- lecimento que formem uma unidade epidemio-
des com aves, estabelecimentos avícolas e locais lógica, desde que assegurada pelo serviço oficial
de alojamento de aves, num raio de 10 (dez) qui- a improbabilidade de propagação da(s) doença(s)
229
lômetros, registrando todas as visitas e as ocor- às demais unidades não-infectadas.
rências constatadas;
5.1.2. Proibição pelo serviço oficial de mo- Capítulo VIII
vimentação de aves e ovos dentro da zona, nos
primeiros 15 (quinze) dias; Da colheita de amostras e do
5.1.3. Manutenção de todas as aves no seu encaminhamento para realização
alojamento ou em outro lugar que permita isola- de provas laboratoriais
mento, a critério do serviço oficial;
5.1.4. Proibição pelo serviço oficial de movi- 1. Locais e eventos onde se realiza a colheita
mentação e retirada de aves da propriedade e do de material:
estabelecimento avícola dentro da zona de vigi- 1.1. De aves procedentes de qualquer país,
lância, exceto as destinadas a abate sanitário em no ponto de ingresso (porto, aeroporto ou fron-
matadouro preferencialmente com SIF, situado teira) ou no quarentenário, por ocasião da inspe-
dentro da zona de vigilância ou próximo, quando ção veterinária para o desembaraço de entrada;
avaliado e designado pelo fiscal federal agrope- 1.2. Na suspeita de ocorrência de foco avalia-
cuário ou pelo médico veterinário oficial; da pelo serviço oficial;
5.1.5. Proibição pelo serviço oficial de re- 1.3. Na realização do projeto de estudo de
tirada de ovos para fora da zona de vigilância, atividade viral, visando a implantação de zona
livre para doença de newcastle em área de pro- 2.1.2.2. Cérebro;
dução industrial no país e vigilância da doen- 2.1.2.3. Coração;
ça de newcastle e da influenza aviária, para o 2.1.2.4. Fezes;
monitoramento plantéis avícolas nacionais pelo 2.1.2.5. Fígado;
serviço oficial de defesa sanitária animal e de 2.1.2.6. Humor aquoso;
inspeção de produtos de origem animal, dentro 2.1.2.7. Intestino;
das suas áreas de competência. 2.1.2.8. Proventrículo;
2. Amostras 2.1.2.9. Pulmão / traquéia;
2.1. Para isolamento e identificação do ví- 2.1.2.10. Sacos aéreos;
rus, devem ser obtidas amostras de aves vivas ou 2.1.2.11. Suabe oro-nasal;
após necrópsia das aves sacrificadas, ou daquelas 2.1.2.12. Tonsilas cecais.
que morreram com sintomas clínicos sugestivos 2.2. Em caso de suspeita de foco, visando a
da doença de newcastle ou da influenza aviária. reduzir o risco de disseminação e difusão do(s)
2.1.1. Aves vivas: vírus da(s) doença(s) durante o transporte até
2.1.1.1. Soro; o laboratório, recomenda-se a realização de
2.1.1.2. Suabe de cloaca; necropsia no local, com colheita de material e
2.1.1.3. Suabe de traquéia; acondicionamento adequado, para envio ao la-
2.1.1.4. Fezes frescas. boratório oficial ou designado pelo MAPA.
2.1.2. Aves necropsiadas (coletar 3. Colheita e acondicionamento das amostras
assepticamente, isolado ou em “pool”): 3.1. Deverão ser colhidas em PBS, pH 7.2,
2.1.2.1. Baço; contendo antibióticos nas concentrações de:

ANTIBIÓTICOS AMOSTRA
(p/ml de pbs) SUABES FEZES ORGÃOS

Traquéia Cloaca
Penicilina 2000 UI 10000 UI 10000 UI 2000 UI

230 Estreptomicina 2 mg 10 mg 10 mg 2 mg

Gentamicina 50 mg 250 mg 250 mg 50 mg

Fungizona 1000 UI 5000 UI 5000 UI 1000 UI

3.2. Devidamente identificadas, refrigeradas, estar resfriadas ou preferencialmente congela-


lacradas e acondicionadas em caixas isotérmicas; das. Não serão aceitas amostras de sangue total
3.3. Acompanhadas de FORM IN ou de for- ou com presença de coágulo;
mulário de colheita padronizado pelo DDA, devi- 3.6. Quando recebidas, deverão ser obrigatoria-
damente preenchido; mente divididas em 2 (duas) alíquotas e identifica-
3.4. Serão registradas nos laboratórios oficial das, uma como prova e outra como contraprova;
ou credenciado pelo MAPA, para este fim, em li- 3.7. A targeta de identificação da contrapro-
vro próprio, conforme modelo indicado pela CLA/ va, conforme modelo indicado pela CLA/DDA/
DDA/SDA/MAPA; SDA/MAPA, será preenchida e lacrada juntamen-
3.5. Quando destinadas à sorologia, deverão te com as amostras para contraprova; o lacre
será plástico, numerado e inviolável. diata de suspeita ou de ocorrência da doença de
3.8. No ocaso específico do projeto de estu- newcastle ou da influenza aviária.
do de atividade viral da doença de newcastle e 5. Todo material destinado a provas laborato-
vigilância da doença de newcastle e da influenza riais deverá estar, obrigatoriamente, acompanhado
aviária, não se aplicam os itens 3.6 e 3.7. de FORM IN ou de formulário de colheita padroniza-
4. Conservação e estocagem do pelo DDA/SDA/MAPA, devidamente preenchido,
4.1. As amostras destinadas a exames viroló- assinado pelo fiscal federal agropecuário ou pelo
gicos deverão ser mantidas sob refrigeração, prefe- médico veterinário oficial, ou ainda pelo responsá-
rencialmente congeladas até seu processamento. vel pela colheita endossado pelo serviço oficial.
4.2. As amostras destinadas à sorologia de- 5.1. No ponto de ingresso, será utilizado o
verão ser mantidas congeladas a 20ºC, até o seu formulário de material de importação, padroni-
processamento. zado pelo MAPA.
4.3. Após a emissão do resultado, as amos- 5.2. No projeto de estudo de atividade viral
tras deverão ser mantidas congeladas a 20ºC, por da doença de newcastle e de vigilância da do-
um período mínimo de 30 (trinta) dias. ença de newcastle e da influenza aviária, será
utilizado o formulário de colheita padronizado
Capítulo IX pelo DDA/SDA/MAPA.
5.3. No caso de suspeita de foco destas doen-
Do diagnóstico laboratorial ças, será utilizado o FORM IN.

1. Os procedimentos e as provas laborato- Capítulo X


riais, para o diagnóstico da doença de newcas-
tle e da influenza aviária, são determinados por Do encaminhamento dos
normas específicas da SDA/MAPA, podendo ser resultados laboratoriais
realizadas algumas das seguintes provas:
1.1. Ensaio imunoenzimático (ELISA); 1. Os resultados dos testes laboratoriais de-
1.2. Teste de hemaglutinação (HA); verão ser emitidos em formulário próprio, pa-
1.2. Teste de inibição da hemaglutinação (HI); dronizado pelo MAPA e comunicados seguindo o
1.3. Tempo médio de morte embrionária fluxograma determinado:
(TMM); 1.1. Resultado negativo: enviar FAX ou outro
231
1.4. Índice de patogenicidade intracere- tipo de comunicação imediata, para o DDA/SDA/
bral (IPIC); MAPA e para o SSA/DFA/MAPA do estado em que
1.5. Índice de patogenicidade intraveno- se localiza o estabelecimento;
sa (IPIV); 1.2. Resultado positivo: enviar FAX ou outro
1.6. Imunodifusão em agar gel (AGP); tipo de documentação imediata ao DDA/SDA/
1.7. Técnicas de biologia molecular. MAPA, que notificará ao SSA/DFA/MAPA.
2.Outras provas somente poderão ser utiliza-
das quando devidamente aprovadas pela PNSA/ Capítulo XI
CPS/DDA/SDA.
3. Somente serão aceitos resultados labora- Do estudo de atividade viral
toriais de exames relativos ao diagnóstico destas Para doença de newcastle e
doenças padronizados pelo MAPA, realizados vigilância para doença
pelos laboratórios oficiais ou credenciados pelo de newcastle e influenza aviária.
MAPA, para este fim, e confirmados pelo Labora-
tório de Referência Nacional. 1. Serão realizadas atividades profiláticas
4. Todos os profissionais e os laboratórios visando o controle da introdução, em território
que realizem o diagnóstico de doenças aviárias nacional, de possíveis agentes de doenças exó-
ficam obrigados a procederem a notificação ime- ticas, como da influenza aviária, na vigilância
epidemiológica e sanitária permanente da do- projeto serão definidas no âmbito do DDA/SDA/
ença de newcastle: MAPA, observando a correlação entre as mesmas.
1.1. No ponto de ingresso, no momento do 3.7. As colheitas para o monitoramento e
desembarque, na fiscalização sanitária do material o diagnóstico somente serão aceitas quando
genético (das aves ou dos ovos férteis), pelo serviço executadas pelo fiscal federal agropecuário ou
de vigilância aeroportuária (SVA/DFA/MAPA); pelo médico veterinário oficial ou sob sua fisca-
1.2. Na quarentena oficial, das aves ou da in- lização e supervisão.
cubação dos ovos férteis, pelo serviço oficial. 3.8. A amostragem, a periodicidade de co-
2. A colheita de material de aves de um dia, lheita, os testes sorológicos, os critérios de análi-
ovos férteis ou suabes de cloaca e traquéia, ori- se relativos a aves vacinadas e não-vacinadas e a
ginários de qualquer país, terá seu encaminha- interpretação dos resultados serão definidas no
mento ao laboratório oficial, em embalagem referido projeto.
lacrada pelo MAPA, para realização de exames 4. As provas laboratoriais serão realizadas pelo
laboratoriais, para identificação dos agentes laboratório oficial do MAPA, de referência nacional
das doenças, acompanhado de formulário de para estas doenças e poderão ser realizadas nos
colheita padronizado. laboratórios de instituições federais ou estaduais
3. O projeto de estudo de atividade viral quando indicados pelo CLA/DDA/SDA/MAPA.
para doença de newcastle, e vigilância da doença 5. As análises epidemiológicas serão realiza-
de newcastle e da influenza aviária para o mo- das a partir de um sistema de informações esta-
nitoramento dos plantéis avícolas nacionais, nos belecido pelo DDA/SDA/MAPA.
diferentes estados da federação, será implantado 6. As avaliações dos resultados serão realiza-
pelo DDA/SDA/MAPA, observando a situação epi- das no DDA/SDA/MAPA em nível nacional.
demiológica das doenças, considerando a situa-
ção de doença exótica para influenza aviária nos Capítulo XII
plantéis brasileiros, industriais de aves:
3.1. Será implantado inicialmente em área Das medidas de limpeza e desinfecção
de produção industrial, podendo ser expandi-
do para outros sistemas de produção de acordo 1. As medidas de limpeza e desinfecção ado-
com a avaliação do projeto e por determinação tadas no controle dos focos seguirão os critérios
do DDA/SDA/MAPA. estabelecidos pelo manual do OIE e em manuais
232
3.2. Os estados participantes do projeto se- específicos do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA.
rão definidos pelo DDA/SDA/MAPA.
3.3. As colheitas periódicas de soro sangüí- Capítulo XIII
neo, suabes de traquéia e suabes de cloaca das
mesmas aves, de um único lote realizadas em Da vacinação
matadouros com SIF, podendo ser feitas colheitas
nos estabelecimentos de criação por determina- 1. A vacinação sistemática contra a doença de
ção do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA, de acordo com newcastle é facultativa nos estados da federação,
o projeto em pauta. observando-se a situação epidemiológica local.
3.4. Os exames laboratoriais realizados serão 2. De acordo com a situação epidemiológica
testes sorológicos, isolamento e caracterização viral; de cada região, após avaliação do serviço oficial,
3.5. As atividades relativas à colheita de a vacinação das aves contra a doença de new-
amostras poderão ser realizadas pelos SSA, SIF castle poderá ser obrigatória em propriedades e
das DFA`s/MAPA ou pelas Secretarias Estaduais nos estabelecimentos avícolas de controles per-
de Agricultura ou órgãos executores destas, manentes e de controles eventuais, podendo ser
quando delegada esta atividade, de acordo regularmente efetuada.
com o projeto em pauta. 3. Caberá ao serviço oficial federal, em
3.6. As provas sorológicas utilizadas neste situações emergenciais das doenças, estabe-
lecer esquemas de vacinação por área. podendo ser utilizada, em casos excepcionais
4. A vacinação contra estas doenças somen- justificados, a aceitação do documento similar
te poderá ser realizada com vacinas registra- de trânsito estabelecido no âmbito estadual.
das e aprovadas pelo MAPA (Decreto nº 1.662, 4. Os veículos transportadores de aves sus-
de 06/10/95, e Portaria Ministerial nº 186, de ceptíveis deverão ser lavados e desinfectados, de
13/05/97), seja como medida de ordem profiláti- acordo com orientação do serviço oficial.
ca ou de controle da doença. 5. O transporte de resíduos e subprodutos de
5. No caso da influenza aviária, por se tratar de aviários deverá ser realizado em veículos protegi-
doença exótica no país, a vacinação somente poderá dos ou fechados.
ser realizada quando autorizada pelo DDA/SDA, após
comprovação da ocorrência da doença, avaliação de Capítulo XV
risco e análise da situação epidemiológica.
Do controle na incubação
Capítulo XIV
1. Das medidas de biossegurança na incuba-
Do trânsito ção, quando determinada pelo serviço oficial:
1.1. A incubação dos ovos deverá atender ao
1. No intuito de evitar a introdução e a pro- disposto no Capítulo VII, desta norma, respeitan-
pagação dessas doenças, por ocasião da expedi- do o estabelecido no controle das zonas de pro-
ção da GTA para aves susceptíveis ou para o trân- teção e de vigilância;
sito interestadual de aves destinadas ao abate nos 1.2. Fica proibida a incubação de ovos férteis
matadouros, deverão ser exigidas pelo emitente, de bisavós, avós e matrizes na mesma máquina
entre outras, as seguintes condições: e no mesmo período, devendo ser atendidos os
1.1. Nos estabelecimentos de produção abas- critérios sanitários da linhagem superior.
tecedores de mercados internacionais:
1.1.1. As aves devem ser provenientes de Capítulo XVI
propriedade ou de estabelecimento avícola, no
qual 90 (noventa) dias anteriores não tenha sido Das disposições gerais
constatado nenhum foco da doença de newcastle
e da influenza aviária, e que nas proximidades 1. O SSA/DFA/MAPA do estado em que se localiza
233
do mesmo, num raio de 10 (dez) km, não tenha o estabelecimento avícola e as Secretarias Estaduais
sido constatado nenhum caso destas doenças nos de Agricultura ou os órgãos executores destas, são os
últimos 30 (trinta) dias; organismos responsáveis, na sua área de atuação e
1.1.2. Observada a situação epidemiológica competência, pela definição das medidas apropria-
local e o Capítulo XIII, desta norma, os requerentes das para a solução dos problemas de natureza sa-
pelo trânsito de aves susceptíveis em áreas conside- nitária, observando o estabelecido no Regulamento
radas de risco deverão comprovar que as mesmas de Defesa Sanitária Animal e no PNSA.
não foram vacinadas contra a doença de newcas- 2. Em razão da característica de emergên-
tle, no mínimo 30 (trinta) dias antes do abate. cia sanitária da ocorrência de foco da doença de
2. As aves susceptíveis serão impedidas de newcastle ou da influenza aviária e a necessidade
transitar quando desacompanhadas da GTA, expe- de adoção pelo serviço oficial de medidas de er-
dida em conformidade com estas normas, devendo radicação imediatas, os estabelecimentos produ-
a autoridade competente lavrar o respectivo Termo tores de aves livres de patógenos específicos (SPF)
de Ocorrência e determinar o retorno à origem, deverão fornecer dez aves a partir da solicitação
sem prejuízo das demais sanções cabíveis. oficial, aves estas, que serão utilizadas como sen-
3. Para realização do trânsito interestadual, tinelas para avaliação e encerramento do foco.
é obrigatória a utilização de GTA. Para o trânsito 3. No caso de influenza aviária, por se tratar
intraestadual, é obrigatória a utilização de GTA, de doença exótica no plantel avícola industrial
nacional, deverão ser observadas, investigadas mas que tenha uma seqüência de aminoácidos
e avaliadas laboratorialmente e epidemiologi- (no sítio de clivagem da hemaglutinina), que
camente pelo serviço oficial, adicionalmente ao seja compatível com vírus de influenza alta-
descrito no item 2, do Capítulo II, destas normas, mente patogênica;
as seguintes situações: 3.3. Qualquer vírus da influenza que não seja
3.1. Qualquer vírus influenza que seja letal H5 ou H7, que mate 1 a 5 vezes (patogenicidade) e
para 6, 7, e 8 aves susceptíveis de cresça em cultivo celular na ausência de tripsina.
4-6 semanas em até 10 dias após ino- 3.4. Após criteriosa avaliação do serviço ofi-
culação endovenosa com 0,2 ml de líquido cial e do PNSA/CPS/DDA/SDA/MAPA serão adota-
córioalantóide diluído a 1:10, livre de conta- das as medidas sanitárias pertinentes ao caso.
minação bacteriana; 4. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas
3.2. Qualquer vírus de influenza H5 ou H7 na aplicação desta norma e em atos complemen-
que não atenda ao critério do item anterior, tares serão dirimidos pelo DDA/SDA/MAPA.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 44, DE 23 DE AGOSTO 2001


Publicada no Diário Oficial da União de 24/08/2001, Seção 1, Página 68
RETIFICAÇÃO 06/05/2002

Aprova as Normas Técnicas para o Controle e a Certificação de Núcleos e Estabelecimentos


Avícolas para a Micoplasmose Aviária (Mycoplasma gallisepticum, synoviae e melleagridis)

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO Controle e a Certificação de Núcleos e Estabele-


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMEN- cimentos Avícolas para a Micoplasmose Aviária
TO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 83, (Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae e M.
inciso IV, do Regimento Interno da Secretaria, apro- melleagridis),em conformidade ao ANEXO desta
vado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de de- Instrução Normativa.
zembro de 1998,tendo em vista o disposto na Por- Art. 2º Revogar a Instrução Normativa SDA
234 taria Ministerial nº 193, de 19 de setembro de 1994 Nº 13, de 29 de junho de 1999.
e no Processo MA 21000.005233/2001-68, resolve: Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 1º Aprovar as Normas Técnicas para o vigor na data de sua publicação.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

ANEXO

NORMAS TÉCNICAS PARA O CONTROLE E A CERTIFICAÇÃO DE NÚCLEOS E ESTABELECIMENTOS AVÍCO-


LAS PARA A MICOPLASMOSE AVIÁRIA (Mycoplasma gallisepticum, M. synoviae e M. melleagridis).

CAPÍTULO I e eventuais (exceto postura comercial, frango


de corte e ratitas), que realizam o comércio ou
INTRODUÇÃO a transferência nacional e internacional de seus
produtos, destinados à reprodução e produção
1. Estas normas definem as medidas de de aves e de ovos férteis, ficando os mesmos
monitoramento da micoplasmose em estabe- obrigados a realizarem o monitoramento de seus
lecimentos avícolas de controles permanentes plantéis, obedecendo as diretrizes do Programa
Nacional de Sanidade Avícola - PNSA. 1.7. Serviço oficial: Serviço de Defesa Sanitá-
2. Para realizar o comércio internacional, o ria Animal Federal, Estadual e Municipal.
estabelecimento avícola deverá estar certificado 1.8. Laboratórios oficiais: são os laboratórios
como livre de micoplasmose aviária (Mycoplasma da rede do Ministério da Agricultura e do Abaste-
gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplas- cimento (MA).
ma melleagridis), conforme estabelecido no Capí- 1.9. Laboratórios credenciados: unidades
tulo IV deste ANEXO. laboratoriais federais, estaduais, municipais
3. Os estabelecimentos importadores ou ou privadas,habilitadas e reconhecidas pelo
compradores de material genético de linhas pu- MA, para a realização de diagnóstico laborato-
ras, bisavós e avós deverão obter previamente a rial dos agentes das doenças a que se referem
garantia ou a certificação da origem, como livre estas normas.
de micoplasmas, de que tratam estas normas. 1.10. Fiscal Federal Agropecuário ou Médico
Veterinário Oficial: profissional médico veteriná-
CAPÍTULO II rio do Serviço Público Federal, que exerce ativi-
dades de Defesa Sanitária Animal.
DAS DEFINIÇÕES 1.11. Médico Veterinário Oficial: Fiscal Fede-
ral Agropecuário ou Médico Veterinário do Servi-
1. Para efeito destas normas, entende-se por: ço Público Federal.
1.1. Lote: grupo de aves da mesma finalidade, 1.12. Médico Veterinário Oficial para Certifica-
origem e idade, alojado em um ou vários galpões. ção: Fiscal Federal Agropecuário ou Médico Veteri-
1.2. Boxes: divisões físicas dentro de um nário Oficial do Serviço de Defesa Sanitária Animal.
galpão. 1.13. Médico Veterinário Credenciado: Mé-
1.3. Galpão: a unidade física de produção dico Veterinário do estado, do município, do se-
avícola, caracterizada como unidade de um nú- tor privado ou liberal, com delegação de compe-
cleo, que aloja um grupo de reprodutores, aves tência do serviço oficial federal para emitir Guia
de corte ou poedeiras comerciais, da mesma ida- de Trânsito Animal - GTA.
de (exceção das linhas puras de seleção genética) 1.14. Responsável Técnico: Médico Veteri-
e da mesma espécie. nário responsável pelo controle higiênico-sa-
1.4. Aves comerciais: geração de aves destina- nitário dos plantéis dos núcleos ou estabeleci-
das ao abate e/ou produção de ovos para consumo. mentos avícolas.
235
1.5. Núcleo de reprodução: unidade com 1.15. Monitoramento de Plantéis: é o acom-
área física adequadamente isolada, de manejo panhamento sanitário dos testes sorológicos e
comum, constituída de um ou mais galpões. de outras provas biológicas, bem como das aná-
1.6. Estabelecimento avícola: local onde são lises epidemiológicas relacionadas às condições
mantidas as aves para qualquer finalidade, po- de saúde das aves alojadas em núcleo ou estabe-
dendo ser constituído de um ou vários núcleos. lecimento avícola
1.6.1. Estabelecimentos Avícolas de Controles 1.16. MA: Ministério da Agricultura e do
Permanentes: granjas de seleção genética de repro- Abastecimento
dutoras primárias (linhas puras), granjas bisavosei- 1.17. SDA: Secretaria de Defesa Agropecuária
ras, granjas avoseiras, granjas matrizeiras, granjas 1.18. DDA: Departamento de Defesa Animal
de aves reprodutoras livres de patógenos específicos 1.19. CLA: Coordenação de Laboratório Animal
(SPF) e os incubatórios destes estabelecimentos. 1.20. PNSA: Programa Nacional de Sanida-
1.6.2. Estabelecimentos avícolas de contro- de Avícola
les eventuais: estabelecimentos avícolas produ- 1.21. DIPOA: Departamento de Inspeção de
tores de ovos comerciais, de frango de corte, de Produtos de Origem Animal
exploração de outras aves silvestres, e/ou orna- 1.22. DFA: Delegacia Federal de Agricultura
mentais, e/ou exóticas ou não, e os incubató- 1.23. SSA: Serviço de Sanidade Animal
rios destes estabelecimentos. 1.24. SIF: Serviço de Inspeção Federal
CAPÍTULO III CAPÍTULO IV

DAS EXIGÊNCIAS DA CERTIFICAÇÃO

1. Para atender ao PNSA, os estabeleci- 1. Certificação dos núcleos ou estabelecimen-


mentos avícolas de controles permanentes e tos avícolas para linhas puras, bisavós e avós:
eventuais deverão: 1.1. Livres de Mycoplasma gallisepticum e
1.1. Obter registro e habilitação junto a Mycoplasma synoviae para galinhas.
DFA da jurisdição em que se localiza. 1.2. Livres de Mycoplasma gallisepticum,
1.2. Estar sob vigilância e controle do Ser- Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis
viço de Sanidade Animal da DFA ou da Secreta- para perus.
ria Estadual de Agricultura do estado em que 2. Certificação dos núcleos (estabelecimen-
se localiza. tos avícolas de matrizes).
1.3. Ser assistido por responsável técnico, 2.1. Livre de Mycoplasma gallisepticum para
registrado junto à Delegacia Federal de Agri- galinhas.
cultura do Estado em que se está localizado. 2.2. Livre de Mycoplasma gallisepticum,
2. O estabelecimento avícola participante Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis
do PNSA não poderá utilizar: para perus.
2.1. vacina de qualquer natureza contra 2.3. Sob vigilância e acompanhamento para
a micoplasmose aviária, em estabelecimentos Mycoplasma synoviae para galinhas.
de controles permanentes;
2.2. qualquer vacina preparada com adju- CAPÍTULO V
vante oleoso, durante as quatro semanas que
antecedem as provas laboratoriais; DAS PROVAS LABORATORIAIS
2.3. qualquer droga, para a qual exista
evidência científica, que possa interferir nos 1. Provas laboratoriais utilizadas no monito-
resultados dos testes sorológicos ou dificultar ramento e no diagnóstico laboratorial, nas dife-
o isolamento dos micoplasmas, no período rentes etapas do processo:
de três semanas antecedentes às provas la- 1.1. Diagnóstico imunológico:
boratoriais; 1.1.1. Aglutinação rápida em placa, com
236
2.4. os casos excepcionais deverão ser soro ou gema de ovos embrionados.
avaliados pelo DDA/SDA, desde que apresen- 1.1.2. Aglutinação lenta em soro (SAL) ou
tado e aprovado por projeto técnico-científi- gema de ovos embrionados.
co específico. 1.1.3 Inibição da hemaglutinação (HI).
3. Só poderão ser utilizados antígenos, 1.1.4 Ensaio imunoenzimático (ELISA).
soros controles e “kits” autorizados pelo MA, 1.2. Diagnóstico micoplasmológico
observados os prazos de validade. 1.2.1. Isolamento em meios de cultura.
4. Somente poderão ser utilizadas outras 1.2.2. Reação em cadeia da polimerase (PCR).
provas laboratoriais quando devidamente 1.3. Identificação da cultura:
aprovadas pelo PNSA. 1.3.1 Imunofluorescência indireta (IFI).
5. Os estabelecimentos avícolas deverão 1.3.2 Imunofluorescência direta (IFD).
fornecer mensalmente um calendário de co- 1.3.3 Inibição do metabolismo (IM).
lheitas que será encaminhado a DFA do Es- 1.3.4 Inibição do crescimento (IC).
tado onde se localiza, com cronograma de 1.3.5. Reação em cadeia da polimerase (PCR).
nascimentos, de importação e as datas das co- 2. A realização e a interpretação dos testes
lheitas rotineiras de material, realizadas pelo acima citados obedecerá aos critérios estabe-
responsável técnico, visando a fiscalização e a lecidos em normas e regulamentos técnicos
supervisão do serviço oficial específicos do MA.
3. As provas laboratoriais somente serão acei- rios oficiais ou credenciados pelo MA.
tas quando realizadas em laboratório oficial e/ou 7. O envio do material de monitoramento
credenciado pelo MA, identificando o antígeno, o oficial poderá ser feito para qualquer um dos la-
número da partida e a quantidade utilizada. boratórios credenciados pelo MA para este fim, a
4. Outras provas laboratoriais poderão ser uti- critério do fiscal federal agropecuário ou do mé-
lizadas, desde que autorizadas pelo DDA/SDA/MA. dico veterinário oficial responsável pela colheita.
8. O MA estabelecerá um sistema de sorteio
CAPÍTULO VI aleatório das amostras e dos laboratórios oficiais
e credenciados, que será acompanhado pelo fis-
DA COLHEITA DE AMOSTRAS cal federal agropecuário ou pelo médico veteri-
nário oficial responsável pela colheita.
1. As colheitas para o monitoramento oficial 9. Os custos devidos ao pagamento das co-
somente serão aceitas quando executadas por fis- lheitas oficiais e do envio para análises pelos
cal federal agropecuário, médico veterinário oficial laboratórios credenciados, serão de responsabili-
ou sob a fiscalização e supervisão de um deles. dade da empresa interessada na certificação.
2. Para efeito de certificação, serão analisadas, 10. Todo material colhido oficialmente de-
pelo SSA/DFA do Estado em que se localiza o estabe- verá ser lacrado e acompanhado de formulário
lecimento avícola, as amostras encaminhadas pelo padronizado pelo
responsável técnico da empresa junto ao MA e/ou a DDA/SDA.
colheita aleatória realizada pelo serviço oficial. 11. As colheitas aleatórias realizadas pelo
3. Todo material destinado às provas labora- serviço oficial poderão ou não atender os crono-
toriais deverá, obrigatoriamente, vir acompanha- gramas de exames das empresas, ficando o fiscal
do de formulário de colheita padronizado pelo federal agropecuário ou o médico veterinário
DDA/SDA, devidamente preenchido, assinado pelo oficial responsável pela realização da colheita ou
responsável técnico junto ao MA, pelo fiscal federal supervisão da mesma e pelo lacre do material,
agropecuário ou pelo médico veterinário oficial. devendo a empresa fornecer todas as condições
4. A colheita oficial do material deverá ser necessárias à realização dessa atividade.
aleatória e ocorrerá entre os diferentes galpões 12. Para aves ornamentais ou silvestres de
do mesmo núcleo, para os testes sorológicos, pro- produção, serão adotados os mesmos critérios
vas biológicas em aves SPF, em ovos embrionados utilizados para matrizes.
237
ou em provas micoplasmológicas.
5. Visando o acompanhamento do estado CAPÍTULO VII
sanitário, da manutenção da certificação e das co-
lheitas regulares nos estabelecimentos de linhas DA REALIZAÇÃO DAS PROVAS
puras, bisavoseiros e avoseiros, essa etapa deve- LABORATORIAIS
rá ser realizada diretamente pelo fiscal federal
agropecuário ou pelo médico veterinário oficial, 1. O esquema das provas laboratoriais por
com colheitas aleatórias em duplicata, no míni- lote para Certificação de núcleos ou estabeleci-
mo anual, sendo posteriormente encaminhadas à mentos avícolas livres de Mycoplasma gallisep-
análise em laboratórios oficiais ou credenciados. ticum e Mycoplasma synoviae para galinhas e
6. A critério do Serviço de Sanidade Animal Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae
da DFA ou da Secretaria Estadual de Agricultura, e Mycoplasma melleagridis para perus, conforme
no Estado onde se localiza o estabelecimento aví- disposto no Capítulo IV, consistirá de:
cola, poderão ser colhidas, a qualquer tempo, na 1.1. Aves ou ovos férteis de reprodução e
presença do médico veterinário oficial, amostras produção comercial para reposição de plantéis
aleatórias em duplicata, que serão submetidas avícolas importados:
às provas laboratoriais, respeitado os critérios e 1.1.1. A colheita de amostras será realizada
as normas de segurança biológica, em laborató- no ponto de ingresso, e as provas laboratoriais
solicitadas de acordo com o disposto nas normas tares quando reagentes, com HI e ELISA. Os testes
específicas para importação e exportação de aves deverão ser permanentes até a eliminação do lote,
e ovos férteis, para reposição de plantéis avícolas. permitindo-se uma variação de até duas semanas,
1.1.1.1. Quando se tratar de aves vivas ou nos intervalos, de forma a adequar a colheita de
mortas, serão usadas as técnicas sorológicas e/ou sangue a outras práticas de manejo.
micoplasmológicas, dependendo da situação. 1.2.3.2. Quando positivos no HI ou ELISA, co-
1.1.1.2. Quando se tratar de ovos, poderá ser lher suabes de traquéia e soros de vinte aves para
utilizada aglutinação de gema de ovos embriona- confirmação por cultivo e/ou PCR em laboratório
dos e as provas micoplasmológicas. credenciado ou oficial, a critério do serviço oficial.
1.1.2. As aves produzidas a partir de linhas 1.2.4. Estabelecimentos de controles eventuais,
puras e bisavós, nascidas no Brasil, seguirão o exceto aves de postura comercial, frango de corte e
mesmo procedimento anteriormente citado no ratitas (controle periódico a cada três meses):
item 1.1.1., tendo sua primeira colheita realiza- 1.2.4.1. SAR por núcleo de cento e cinqüenta
da no incubatório, no momento do nascimento, amostras de soro de aves aleatoriamente selecio-
pelo SSA/DFA do estado em que está localizado, e nadas e com representação de cada galpão e/ou
enviada ao laboratório oficial. box do núcleo para Mycoplasma gallisepticum e
1.2. Monitoramento sanitária dos plan- Mycoplasma melleagridis, conforme Capítulo IV
téis avícolas desta norma, e cem amostras para Mycoplasma
1.2.1. Em aves reprodutoras de 12 (doze) synoviae, complementadas quando reagentes com
semanas: HI e ELISA e repetições a cada três meses de inter-
1.2.1.1. Em galinhas e perus: SAR de no míni- valo, até a eliminação do lote, permitindo-se uma
mo trezentas amostras para Mycoplasma gallisep- variação de até duas semanas, de forma a adequar
ticum e cem amostras para Mycoplasma synoviae, a colheita de sangue a outras práticas de manejo.
selecionadas aleatoriamente, com representação 1.2.4.2. Em aves reprodutoras onde não seja
de cada galpão e/ou box por núcleo complemen- possível utilização de suabes, proceder à colheita
tada, quando reagentes, com a HI ou ELISA. aleatória de três aves por mil aves, desde que o
1.2.2. Em Aves reprodutoras em início de mínimo seja dez e o máximo de vinte por núcleo.
produção, com cerca de 5% de postura: 2. Em outras aves de reprodução, as provas la-
1.2.2.1. SAR em cento e cinqüenta amostras boratoriais recomendadas são micoplasmológicas.
por núcleo, para Mycoplasma gallisepticum e cem 3. Havendo mortalidade elevada nos pri-
238
para Mycoplasma synoviae para galinhas. meiros dias do lote, o estabelecimento avícola
1.2.2.2. SAR em cento e cinqüenta amos- deverá encaminhar material de cerca de trinta
tras por núcleo para Mycoplasma gallisepticum e aves refugos ou agonizantes para um laboratório
Mycoplasma melleagridis e cem para Mycoplasma oficial ou credenciado pelo MA, para isolamento
synoviae para perus. de micoplasmas ou PCR.
1.2.2.3. Quando positivos no HI ou ELISA,
colher suabes de traquéia de vinte aves para CAPÍTULO VIII
confirmação por cultivo e/ou PCR em laboratório
credenciado ou oficial, a critério do serviço oficial DA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
de defesa sanitária animal. E ADOÇÃO DE MEDIDAS DE
1.2.3. Estabelecimentos de controles perma- BIOSEGURANÇA E DE CONTROLE SANITÁRIO
nentes (controle periódico a cada três meses).
1.2.3.1. SAR em cento e cinqüenta amostra por 1. Em aves ou ovos férteis de linhas puras,
núcleo de aves aleatoriamente selecionadas e com bisavós e avós importadas ou nascidas no Brasil:
representação de cada galpão e/ou box do núcleo, 1.1. Positivo para Mycoplasma gallisepticum,
para Mycoplasma gallisepticum e Mycoplasma mel- Mycoplasma synoviae, sacrifício/abate do nucleio.
leagridis, este último exclusivo para perus, e cem 1.2. Positivo para Mycoplasma gallisepticum,
amostras para Mycoplasma synoviae, complemen- Mycoplasma synoviae, Mycoplasma melleagridis,
exclusivo para perus, segundo o Capítulo IV desta medidas de biossegurança, dirigido à área inter-
norma, sacrifício/abate do núcleo. na, para veículos, pessoal e material.
2. Matrizes: 2.2.3.6. Permitir entradas de pessoas, veícu-
2.1. Constatando-se positividade para Myco- los, equipamentos e materiais nas áreas internas
plasma gallisepticum em galinhas ou Mycoplasma dos estabelecimentos somente quando cumpri-
galisepticum, Mycoplasma synoviae ou Mycoplas- das rigorosas medidas de biossegurança.
ma melleagridis em perus, sacrifício e abate do 2.2.3.7. Deverão ser adotadas medidas de con-
núcleo e destruição de todos os ovos incubados trole de efluentes líquidos, através de fossas sépti-
ou não, dele provenientes, conforme Capítulo IV cas, observados os afastamentos de cursos d´água
desta norma. e lençóis freáticos, para evitar contaminações.
2.1.1. Até a obtenção dos resultados dos testes 2.2.3.8. Controle físico-químico e microbio-
acima, todos os lotes ou núcleos ficarão isolados, lógico da água realizado em laboratório público.
não sendo permitida a incubação dos mesmos.
2.2. Deverão ser adotadas duas avaliações, CAPÍTULO IX
considerando núcleos livres ou sob vigilância e
acompanhamento para Mycoplasma synoviae. DO ENCAMINHAMENTO DOS RESULTADOS
2.2.1. Constatando-se positividade para
Mycoplasma synoviae em galinhas, esses núcleos 1. Os resultados dos testes laboratoriais deve-
poderão ser tratados com antibiótico e retesta- rão ser emitidos em formulário próprio e comu-
dos após o período de eliminação de resíduos de nicados seguindo o fluxograma determinado:
antibióticos. 1.1. Resultado negativo: enviar FAX ou outro
2.2.2. Os núcleos que forem considerados tipo de comunicação imediata, para o fiscal fe-
sob vigilância e acompanhamento para Myco- deral agropecuário ou médico veterinário oficial
plasma synoviae não poderão ser comercializa- requisitante e para o estabelecimento avícola.
dos internacionalmente, devendo a produção e a 1.2. Resultado positivo: enviar FAX ou outro
incubação do núcleo ficar sob vigilância e acom- tipo de documentação imediata ao DDA e ao SSA/
panhamento, até o final do ciclo produtivo. DFA, onde se localiza o estabelecimento, que no-
2.2.3. Os estabelecimentos considerados sob tificará o mesmo.
vigilância e controlados deverão adotar um refor-
ço nas medidas de biossegurança, tais como: CAPÍTULO X
239
2.2.3.1. Estar protegido por cercas de segu-
rança e com um único acesso, dotado de sistema DA CERTIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS
de lavagem e desinfecção dos veículos.
2.2.3.2. Possuir critérios para o controle rí- 1. Quando o resultado das provas labora-
gido de trânsito e de acesso de pessoas (portões, toriais referidas no Capítulo V destas normas
portas, portarias, muros de alvenaria e outros). forem negativos, o serviço oficial procederá
2.2.3.3. Ter as superfícies interiores das ins- a certificação do núcleo e/ou do estabeleci-
talações construídas de forma que permitam lim- mento avícola, conforme o estabelecido no
peza e desinfecção adequadas. Capítulo IV.
2.2.3.4. Dispor de meios devidamente apro- 2. As colheitas para o monitoramento e
vados pelo MA e dos órgãos competentes de con- certificação serão aceitas quando executadas
trole ambiental para destinação dos resíduos da pelo responsável técnico junto ao MA e pelo
produção (aves mortas, estercos, restos de ovos, serviço oficial, sendo que as colheitas oficiais
embalagem etc.) e outros. são exclusivas do fiscal federal agropecuário,
2.2.3.5. Ter isolamento entre os diferentes do médico veterinário oficial ou quando fisca-
setores de categoria de idade, separados por cer- lizadas e supervisionadas por um deles.
cas e/ou cortina de árvores não-frutíferas, com 3. Mesmo tendo sido obedecidas todas as
acesso único restrito, com fluxo controlado, com exigências anteriores, havendo mortalidade
elevada nos primeiros dias do lote, o estabele- CAPÍTULO XI
cimento avícola deverá encaminhar material
contendo cerca de trinta aves refugos ou ago- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
nizantes para laboratório oficial ou credencia-
do, para isolamento de micoplasmas ou PCR. 1. Os exames sorológicos são sempre de tria-
Havendo confirmação do diagnóstico, será gem, podendo ocorrer reações cruzadas inespecífi-
determinado o sacrifício das aves do núcleo cas. Portanto, apenas o diagnóstico micoplasmoló-
quando se tratar de linhas puras, bisavós e gico é considerado conclusivo para a detecção da
avós, seguindo-se a investigação epidemioló- presença dos micoplasmas referidos nestas normas.
gica pelo serviço oficial. 2. No caso de realização de abate dos núcle-
4. Para matrizes de galinhas, será aceito o os positivos para os agentes destas normas, os
tratamento e reteste quando se tratar de positivi- mesmos deverão ser realizados em abatedouros
dade para Mycoplasma synoviae. com SIF, segundo as normas do DIPOA.
5. O estabelecimento avícola, certificado 3. O monitoramento para ratitas será re-
como núcleo livre, somente estará habilitado ao alizado de acordo com a legislação específica
comércio de aves ou ovos férteis procedentes des- do MA para registro e controle higiênico-sani-
te núcleo. O estabelecimento avícola que obtiver tário para esta espécie.
o certificado de estabelecimento livre estará ha- 4. Das medidas de biossegurança na in-
bilitado a proceder ao comércio de aves ou ovos cubação:
férteis de todos os núcleos. 4.1. Fica proibida a incubação de ovos fér-
6. O estabelecimento avícola que tiver nú- teis de linhas puras, bisavós, avós e de matrizes
cleo sob vigilância e acompanhamento para que estiverem sob vigilância e acompanhamento
Mycoplasma synoviae não poderá realizar o co- oficial na mesma máquina e no mesmo período,
mércio internacional de seus produtos (ovos fér- sendo atendidos os critérios sanitários da linha-
teis e pintos oriundos ao referido núcleo). gem superior.
7. Será emitido pela DFA, no Estado onde se 4.2. Fica proibida a incubação de ovos de nú-
localiza o estabelecimento avícola, após a reali- cleos sob vigilância e acompanhamento para Myco-
zação mínima de três testes, um Certificado Sa- plasma synoviae na mesma máquina e no mesmo
nitário, em modelo padronizado pelo MA para período que incuba núcleos livres desse agente.
os estabelecimentos ou núcleos livres ou sob 5. O SSA/DFA onde se localiza o estabeleci-
240
vigilância e acompanhamento para os agentes mento avícola e a Secretaria Estadual de Agricultu-
tratados nesta norma. ra competente são os responsáveis, na sua área de
8. Este certificado terá sua validade condi- atuação e competência, pela definição das medidas
cionada à manutenção da situação sanitária do apropriadas para à solução dos problemas sanitá-
núcleo ou do estabelecimento avícola. rios, observando o estabelecido no Regulamento
9. Caso a situação sanitária do plantel seja de Defesa Sanitária Animal e no PNSA/SDA.
alterada, o certificado terá sua validade can- 6. As dúvidas pertinentes à aplicação desta
celada, podendo retornar à situação anterior, normativa serão dirimidas pelo Diretor do De-
após avaliação do SSA/DFA ou da Secretaria partamento de Defesa Animal da Secretaria de
Estadual de Agricultura, da jurisdição do esta- Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultu-
belecimento avícola. ra e do Abastecimento.
INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA Nº 1, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1999
Requisitos para ingresso de Aves de Companhia no Território Nacional.

O Departamento de Defesa Animal (DDA) autorização emitida previamente pelo MA.


do Ministério da Agricultura e do Abastecimento 2. O Certificado Zoossanitário Internacio-
(MA) nas atribuições que lhe confere o Artigo 2º nal, a que se refere o item anterior, deverá ser
da Portaria nº 144, de 23 de dezembro de 1997, emitido pela autoridade sanitária do país de
estabelece que: origem, garantindo que durante o período de
1. aves de companhia, ou seja, aquelas aves trinta dias que antecedeu o embarque para o
que coabitam com o proprietário, acompanham Brasil, a(s) ave(s):
esta por ocasião de mudança ou de viagens e que a) não manteve/mantiveram nenhum con-
destinam-se a endereços residenciais, no má- tato com aves silvestres ou domésticas de criação
ximo quatro exemplares, poderão ingressar no em fundo de quintal ou de criações industriais;
território nacional, acompanhadas do Certificado b) não apresentou/apresentaram nenhuma
Zoossanitário Internacional, sem necessidade de manifestação clínica de doenças transmissíveis.

HAMILTON RICARDO FARIAS

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA Nº 126, DE 03 DE NOVEMBRO DE 1995


Publicada no Diário Oficial da União de 06/11/1995, Seção 1, Página 17694

Aprova as “Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico das 241


Salmoneloses Aviárias (S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum e S. Typhimurium)”

PORTARIA Nº 208, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 26/12/1994, Página 20510

Aprova Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Diagnóstico


das Micoplasmoses Aviárias.

PORTARIA Nº 182, DE 08 DE NOVEMBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 11/11/1994, Seção 1, Página 17003

Aprova as Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de


Diagnóstico da Doença de Newcastle.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 2 DE JUNHO DE 2003
Publicada no Diário Oficial da União de 04/06/2003 , Seção 1 , Página 1

Dispõe sobre a autorização para importação de material genético avícola, pelo


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, além das exigências de
ordem sanitária estabelecidas no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal,
obedecerá às condições zootécnicas.

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE


DOS ANIMAIS AQUÁTICOS

PORTARIA Nº 573, DE 4 DE JUNHO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 05/06/2003, Seção 1, Página 11

Institui o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos

O MINISTRO DE ESTADO, INTERINO, DA AGRI- Art. 1º Instituir o Programa Nacional de Sa-


CULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso nidade de Animais Aquáticos.
da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo Art. 2º Atribuir ao Secretário de Defesa Agrope-
único, inciso II, da Constituição, tendo em vista cuária a incumbência de baixar o Regulamento Téc-
o disposto no Regulamento de Defesa Sanitária nico do Programa e expedir as instruções necessárias
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 à plena implementação das atividades do mesmo.
de julho de 1934, e o que consta do Processo nº Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data
242 21000.007228/2002-71, resolve: de sua publicação.

JOSÉ AMAURI DIMARZIO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 13 DE MAIO DE 2008


Publicada no Diário Oficial da União de 14/05/2008, Seção 1, Página 14

Estabelece os procedimentos para importação de animais aquáticos para fins ornamentais


e destinados à comercialização

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, de 2006, no Decreto nº 24.548, de 3 de julho de


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E 1934, e o que consta do Processo nº
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe 21000.001351/2008-73, resolve:
conferem os arts. 9º e 42, Anexo I, do Decreto nº Art. 1º Estabelecer os procedimentos para
5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista importação de animais aquáticos para fins orna-
o disposto no Decreto nº 5.741, de 30 de março mentais e destinados à comercialização.
Art. 2º Os animais aquáticos para fins or- Art. 6º Os animais aquáticos importados por
namentais e destinados à comercialização fi- motivo de mudança devem chegar ao País acom-
cam dispensados do atendimento do disposto panhados de seu proprietário, previamente auto-
no art. 26, da Instrução Normativa SDA nº 53, rizados e com certificação zoossanitária interna-
de 2 de julho de 2003. cional, de acordo com os requisitos brasileiros.
Parágrafo único. O disposto no caput deste § 1º Os animais referidos no caput deste ar-
artigo aplica-se também às importações de ani- tigo serão submetidos a período de observação
mais aquáticos para fins ornamentais, por moti- de 90 (noventa) dias sob supervisão de Médico
vo de mudança de domicílio. Veterinário, no domicílio de destino.
Art. 3º A importação de crustáceos e peixes § 2º O proprietário ficará como depositário,
da família Cyprinidae vivos será autorizada ape- devendo apresentar atestado de sanidade dos
nas quando destinados à reprodução, nos termos animais no final do período ao Serviço de Sani-
do art. 26, da Instrução Normativa SDA nº 53, de dade Agropecuária - SEDESA, da Superintendên-
2 de julho de 2003. cia Federal de Agricultura na Unidade Federativa
Art. 4º A importação de animais aquáticos correspondente.
para fins ornamentais destinados à comercializa- Art. 7º A suspeita da ocorrência de doenças
ção deverá ser submetida à análise de risco e ao em animais aquáticos para fins ornamentais de-
atendimento dos requisitos constantes da autori- verá ser notificada ao SEDESA na Unidade Fede-
zação prévia emitida pelo MAPA. rativa correspondente.
Art. 5º Os animais aquáticos para fins de Parágrafo único. O tratamento de doenças
ornamentação importados para comercialização durante o período de quarentena ou de obser-
serão submetidos a período mínimo de quaren- vação dos animais somente poderá ser realizado
tena de 7 (sete) dias, em estabelecimentos cre- após autorização expressa do SEDESA.
denciados para tal fim, na forma do Anexo à pre- Art. 8º Esta Instrução Normativa entra em
sente Instrução Normativa. vigor na data de sua publicação.

INÁCIO AFONSO KROETZ

ANEXO 243

REQUISITOS PARA CREDENCIAMENTO DE ESTABELECIMENTOS QUARENTENÁRIOS


DE ANIMAIS AQUÁTICOS ORNAMENTAIS

CAPÍTULO I As estruturas de suporte do ambiente interno


e externo devem ser construídos de forma que se-
DA INFRA-ESTRUTURA MÍNIMA jam minimizados os riscos de propagação de con-
taminações. .(administração, sala para lavagem de
Art. 1º O estabelecimento quarentenário equipamentos e utensílios, lavanderia, depósito de
deve ser isolado fisicamente de outras instala- resíduos sólidos, etc.) e contar com vestiários e ba-
ções, dispor de áreas cobertas para acomodação nheiro, localizados entre os dois ambientes.
dos animais quarentenados, protegidas do aces- Art. 3º As instalações e suas dependências
so de animais invasores. devem ser identificadas quanto à finalidade e
Art. 2º A infra-estrutura existente deve ser di- dispostas de forma a propiciar um fluxo lógico
vidida fisicamente em ambiente interno, onde es- dos trabalhos, que deve ser sinalizado.
tarão alojados os animais, e em ambiente externo, Art. 4º O acabamento interno das insta-
onde deve estar a estrutura da administrativa. lações e os reservatórios para alojamento dos
animais devem ser construídos em material im- sitante seja autorizado a entrar no estabelecimento
permeável, capaz de suportar limpezas e desin- quarentenário é de 48 (quarenta e oito) horas.
fecções freqüentes, e dotados de drenagem efi-
ciente para escoamento de toda a água servida e CAPÍTULO III
da sujidade gerada.
Art. 5º A água de abastecimento da unidade DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
deve ser captada de fonte segura e submetida a E REGISTROS SANITÁRIOS
tratamento que garanta a destruição dos agentes
patogênicos, e a distribuição promovida por sis- Art. 15. Toda documentação referente ao
tema de derivação para cada trânsito de animais, pessoas e insumos, e demais
reservatório. registros sanitários do quarentenário devem ser
Art. 6º O escoamento de águas servidas deve arquivados no estabelecimento à disposição do
ser canalizado para sistema de tratamento apro- serviço veterinário oficial.
vado pelo serviço veterinário oficial, pelo órgão Art. 16. Os protocolos dos procedimentos rea-
ambiental e de saneamento. lizados no estabelecimento quarentenário deverão
Art. 7º O estabelecimento quarentenário estar impressos e organizados em forma de manual
deve contar com sistema de fumigação, ou outro e descreverão o manejo de animais e instalações,
similar, para desinfecção de objetos e utensílios desinfecções e tratamentos físicos, químicos ou bio-
necessários aos trabalhos, localizado na divisa lógicos, produtos e doses ou concentrações utiliza-
das áreas interna e externa. das, com a referência técnica ou científica aplicada.
Art. 8º As instalações devem dispor de mani- Art. 17. O estabelecimento quarentenário
lúvios em cada uma de suas dependências onde criará e adotará relatórios zoossanitários que con-
são mantidos animais. tenham dados sobre o estoque de animais, mortes,
observações de sinais clínicos, diagnóstico de doen-
CAPÍTULO II ças e tratamentos empregados, movimentações in-
ternas de animais, vazios sanitários e desinfecções,
DO QUADRO FUNCIONAL E CONTROLE monitoramento das águas a serem utilizadas, em
DA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS uso e as descartadas, documentação do trânsito de
ingresso e egresso dos animais, controle da origem
Art. 9º O estabelecimento quarentenário e data de entrada de alimentos e destinações, que
244
deve funcionar sob Responsabilidade Técnica deverão ter atualização diária realizada sob super-
de Médico Veterinário, homologada pelo con- visão do Responsável Técnico.
selho de classe. Art. 18. O estabelecimento quarentenário
Art. 10. Os funcionários devem tomar banho deve dispor de livro de ocorrências com páginas
ao entrar e sair das instalações quarentenárias. tipograficamente numeradas, onde devem ser
Art. 11. Os funcionários devem usar pa- registrados os acontecimentos de relevância sa-
ramentação adequada ao trabalho que deve nitária pelo Responsável Técnico.
ser de uso exclusivo no estabelecimento qua- Art. 19. O estabelecimento quarentenário
rentenário. manterá programa de controle de pragas, roe-
Art. 12. As visitas serão restritas, controladas dores e de ausência de quaisquer outros animais
e somente permitidas se previamente autoriza- que não aqueles objeto de quarentena.
das pelo Responsável Técnico. Art. 20. Os lotes de animais importados de-
Art. 13. O registro das visitas deve ser rea- verão ser separados em reservatórios distintos
lizado em livro próprio, identificando o último por procedência, e por espécies, de forma que
estabelecimento visitado com a presença de ani- seja possível o isolamento, desinfecções ou trata-
mais aquáticos ou outros locais de risco. mentos, separadamente.
Art. 14. O período mínimo de afastamento de Art. 21. Em cada reservatório, devem cons-
animais aquáticos ou locais de risco para que o vi- tar as informações de número do reservatório,
procedência, família, espécie, número de indiví- lotes de animais com quarentena em andamento,
duos nele alojados e porém a contagem do período será reiniciada.
registro de mortalidade, sempre atualizadas. Art. 27. Ao término do período de qua-
Art. 22. Os utensílios de uso rotineiro no ma- rentena as instalações deverão ser totalmente
nejo de animais devem ser individuais para cada despovoadas e passar por vazio sanitário mí-
reservatório. nimo de 24 (vinte e quatro) horas, contados a
Art. 23. Os resíduos ou dejetos orgânicos devem partir da conclusão dos trabalhos de limpeza
ser incinerados ou submetidos a tratamento capaz e desinfecção.
de garantir a destruição de agentes patogênicos. Art. 28. As despesas com remessa de amos-
Art. 24. O material inorgânico deve ser de- tras oficiais e testes laboratoriais necessários ao
sinfetado e descartado de forma apropriada. monitoramento de doenças correrão por conta
do proprietário.
CAPÍTULO IV Art. 29. Se houver ocorrência de doença de
notificação obrigatória ou altas mortalidades sem
DAS CONDIÇÕES DE QUARENTENA causa definida, todos os animais quarentenados
E OCORRÊNCIA DE DOENÇAS serão preventivamente destruídos, devendo-se
colher amostras de fiscalização para investigação.
Art. 25. O período de quarentena a ser Art. 30. O estabelecimento quarentenário
cumprido poderá ser estendido, de acordo que não atender ao disposto nesta Instrução
com os requisitos estabelecidos na autori- Normativa estará sujeito às seguintes sanções
zação prévia de importação, ou alteração da administrativas:
condição sanitária dos animais. a) descredenciamento temporário; ou
Art. 26. Será permitida a entrada de novos b) descredenciamento definitivo.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 53, DE 2 DE JULHO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 04/07/2003, Seção 1, Página 2

Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade de Animais 245


Aquáticos.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, afetam os animais aquáticos, com os criadores,


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E com médicos veterinários que atuam no setor
ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe privado e com laboratórios não pertencentes
conferem o art. 15, inciso II, alínea “a”, do De- à rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e
creto nº 4.629, de 21 de março de 2003, e o art. Abastecimento, e o que consta do Processo nº
2º, da Portaria nº 573, de 4 de 4 junho de 2003, 21000.007229/2002-15, resolve:
tendo em vista o disposto no Regulamento de Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico do
Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto Programa Nacional de Sanidade de Animais
nº 24.548, de 3 de julho de 1934, Aquáticos.
Considerando a necessidade de padronizar Art. 2º Delegar competência ao Diretor do
as ações profiláticas, o diagnóstico e o sanea- Departamento de Defesa Animal para baixar ins-
mento de estabelecimentos de aqüicultura e truções complementares a este Regulamento.
definir o papel dos órgãos públicos de defesa Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
sanitária animal no combate às doenças que vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO
ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO DO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DE ANIMAIS AQUÁTICOS PNSAA

O presente regulamento técnico se aplica ao competente, nos estabelecimentos e zonas de aqui-


controle sanitário a ser realizado nos estabeleci- cultura, com o objetivo de garantir a saúde dos ani-
mentos de aquicultura que desenvolvem ativida- mais, em atendimento às exigências do PNSAA.
des relacionadas com a reprodução, o cultivo, a CRUSTÁCEO: animais aquáticos pertencentes
comercialização e outras atividades dos animais ao filo Artrópoda, caracterizados por um exoes-
aquáticos, bem como impedir a introdução de queleto de quitina e apêndices articulados, que
doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas incluem, entre outras espécies, camarões, caran-
existentes no país. guejos, caranguejos de rio, lagostim, siri, isópo-
des, ostracódios e anfípodes.
Capítulo I ESPÉCIE ORNAMENTAL: animal aquático em
qualquer de suas fases de desenvolvimento, com
Das Definições fins de exposição ou adorno.
ESPÉCIE EXÓTICA: espécie aquática de origem
Para efeito deste regulamento, entende-se por: e ocorrência natural fora dos limites das águas
ALEVINO: primeira fase do peixe após o ovo, sob jurisdição federal, mesmo que tenha sido já
morfologicamente semelhante ao peixe adulto artificialmente introduzida em tais águas.
da mesma espécie. ESTABELECIMENTO DE AQUICULTURA: estabe-
ANIMAL AQUÁTICO: peixes, moluscos, crustá- lecimento onde se crie ou conserve animais aquá-
ceos e outros animais destinados à aquicultura, ticos com fins de reprodução ou comercialização.
em qualquer fase de seu desenvolvimento. FOCO DE DOENÇA: aparecimento de uma
AQUICULTURA: cultivo de animais aquáticos, doença em um estabelecimento de aquicultura.
incluindo peixe, molusco, crustáceo e outros ani- GAMETA: material genético (sêmen/óvulo) de
mais que tenham qualquer fase de seu desenvol- animais aquáticos, conservado ou transportado
vimento na água. separadamente, antes da fecundação.
BIOSSEGURANÇA: são medidas de ordem GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA): é o do-
246 sanitária, de limpeza, desinfecção, controle de cumento obrigatório para trânsito de animais
trânsito de pessoas, animais e de veículos, des- aquáticos emitido para qualquer movimentação
cartes e efluentes, controle de segurança de ins- e finalidade.
talações físicas dos estabelecimentos destinados HABILITAÇÃO DA UNIDADE DE QUARENTE-
a quarentena, zona de cultivo da população de NA: avaliação realizada pelo serviço veterinário
animais aquáticos, com o objetivo de garantir o oficial no local destinado à quarentena de ani-
controle sanitário e a saúde dos animais aquáti- mais aquáticos quanto ao risco
cos, reduzindo o risco de introdução e de disse- de introdução e de disseminação de agentes
minação de agentes patogênicos. patogênicos.
CERTIFICADO SANITÁRIO: documento emi- LABORATÓRIO CREDENCIADO: laboratório de
tido pelo órgão oficial, do qual consta o estado instituição federal, estadual, municipal ou privado,
sanitário do estabelecimento de cultura no que que tenha sido habilitado e reconhecido pelo MAPA,
diz respeito ao monitoramento das doenças de para a identificação de agentes patogênicos.
notificação obrigatória e as de certificação, em LABORATÓRIO OFICIAL: laboratório da
conformidade com a legislação vigente. rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e
CISTO: designa o ovo seco, em estado latente Abastecimento.
(Artemia spp). LARVA: período da vida dos animais aquáti-
CONTROLE VETERINÁRIO OFICIAL: serviço exer- cos que sucede o embrião, podendo apresentar
cido rotineiramente, pela autoridade veterinária várias fases de desenvolvimento.
LOTE: grupo de animais aquáticos de um esta- destinadas à recepção de animais aquáticos vivos,
belecimento de aquicultura que pertença à mesma em qualquer de suas fases de desenvolvimento,
espécie, proceda da mesma desova e tenha com- após o processo de translado ou importação.
partilhado o mesmo suprimento de água.
MICROBACIA HIDROGRÁFICA: área fisiográfica Capítulo II
delimitada pelos divisores de água e drenada por
um curso d’água ou por um sistema de cursos de Das Competências
água conectados, e que convergem, direta ou indire-
tamente, para um leito ou para um espelho d’água. Art. 1º Cabe ao Departamento de Defesa
MOLUSCO: animal aquático pertencente ao Animal DDA, da Secretaria de Defesa Agropecu-
filo Mollusca, do subgênero Metazoos, caracteri- ária - SDA, do Ministério da Agricultura, Pecuária
zado por corpo mole e sem divisões, a maioria e Abastecimento - MAPA, a normalização, coor-
das espécies está envolto em uma concha calcá- denação e execução das atividades do Programa,
rea, incluindo, entre outros, ostras, mexilhões e ficando as ações de campo sob a responsabilida-
vieiras (pectens). de do Serviço/Seção/Setor de Sanidade Animal,
MONITORAMENTO DAS POPULAÇÕES: acom- da Delegacia Federal de Agricultura - DFA, e das
panhamento sanitário acrescido de análises labo- Secretarias Estaduais de Agricultura ou de seus
ratoriais que incluem: testes sorológicos, provas órgãos de defesa sanitária animal, por meio de
com materiais biológicos ou não e análises epide- convênios firmados com o MAPA.
miológicas das condições de saúde dos animais
aquáticos, com padronização dos resultados. Capítulo III
PERÍODO DE QUARENTENA: tempo transcor-
rido desde o momento da recepção dos animais Das Disposições Preliminares
aquáticos vivos na unidade de quarentena até
sua liberação pelo serviço veterinário oficial. Art. 2º O Departamento de Defesa Animal DDA
PRODUTOS DE ANIMAIS AQUÁTICOS: pro- coordenará as medidas de prevenção das doenças
dutos destinados à cria (ovos, embriões, cistos, previstas neste regulamento, com fins de impedir a
gametas, larvas, alevinos e outros), ao consumo introdução de doenças exóticas e controlar ou erra-
humano, ao consumo animal, ou para uso far- dicar as existentes no território nacional.
macêutico, biológico ou industrial. Art. 3º Fica proibida a entrada em todo o ter-
247
PRODUTO BIOLÓGICO: reagente biológico ritório nacional de animais aquáticos acometidos
utilizado para o diagnóstico de certas doenças, ou suspeitos de estarem acometidos de doenças,
soro para a prevenção e o tratamento de certas direta ou indiretamente transmissíveis, mesmo
doenças, vacina para prevenção de doenças, ma- estando aparentemente em estado hígido e, ain-
terial genético de agentes infecciosos e tecido en- da, dos portadores de parasitas externos ou inter-
dócrino de peixes ou utilizados em peixes. nos, cuja disseminação possa constituir ameaça à
RESPONSÁVEL TÉCNICO: médico veterinário população nacional de animais aquáticos.
responsável pelo controle sanitário dos estabele- Art. 4º É igualmente proibido o ingresso em
cimentos de aquicultura. território nacional de produtos, subprodutos, des-
SEMENTE: toda forma jovem de animal pojos de animais aquáticos, vísceras, alimento vivo
aquático, incluindo ovo, ovo embrionado, alevi- ou qualquer outro material presumível veiculador
no, náuplio, larva e pós-larva. dos agentes etiológicos de doenças contagiosas.
SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL: é o serviço Art. 5º Os animais aquáticos procedentes
de defesa sanitária animal no âmbito federal, es- de países onde grassem, em estado enzoótico, as
tadual e municipal. doenças previstas neste regulamento, só poderão
UNIDADE DE QUARENTENA: instalação ou ingressar no país mediante prévia autorização do
conjunto de instalações mantidas em completo DDA, que estabelecerá as condições em que a im-
isolamento e em condições de biossegurança, portação poderá ser permitida.
Capítulo IV to ou suspeita da ocorrência das doenças de noti-
ficação obrigatória deverão notificar de imediato
Caracterização dos o serviço veterinário oficial.
Estabelecimentos de Aquicultura
Capítulo VII
Art. 6º Para efeito deste regulamento, os es-
tabelecimentos que desenvolvem as atividades Fiscalização e Controle Sanitário
de aquicultura são caracterizados em: de Estabelecimentos de Aquicultura
I ESTABELECIMENTO DE REPRODUÇÃO: esta-
belecimento destinado à reprodução ou manipu- Art. 10. Todo o estabelecimento de aquicul-
lação de material genético (gametas/ovo/náuplio tura está sujeito à fiscalização do serviço veteri-
e semente); nário oficial.
II ESTABELECIMENTO DE RECRIA: estabeleci- Art. 11. Em caso de inobservância das exi-
mento ou zona de cultivo destinado à recria de gências constantes deste regulamento, de acordo
animais aquáticos (alevino/larva e pós-larva); com a situação identificada pelo serviço oficial,
III ESTABELECIMENTO DE TERMINAÇÃO: es- poderão ser adotadas as seguintes sanções:
tabelecimento ou zona de cultivo destinado à I suspensão da autorização para importa-
terminação de animais aquáticos do juvenil até ção, exportação, comercialização e da emissão
a comercialização. da GTA;
IV ESTABELECIMENTO DE RECREAÇÃO: esta- II - interdição do estabelecimento;
belecimento onde os animais aquáticos estão III - aplicação de outras medidas sanitárias
destinados à pesca de lazer (pesque-pague); estabelecidas pelo DDA.
V ESTABELECIMENTO DE COMERCIALIZAÇÃO:
estabelecimento onde os animais estão destina- Capítulo VIII
dos somente à comercialização, revenda de ani-
mais aquáticos ornamentais, isca-viva e animais Importação e Exportação de Animais
aquáticos vivos para o consumo.
Art. 12. O estabelecimento de aquicultura
Capítulo V que pratique o comércio internacional deverá
cumprir as normas estabelecidas pelo DDA.
248
Cadastro de Estabelecimentos Art. 13. Para fins de importação de produtos de
de Aquicultura animais aquáticos, o interessado deverá obter auto-
rização prévia de importação junto à DFA no estado
Art. 7º O cadastro dos estabelecimentos de onde se localize o estabelecimento de aquicultura.
aquicultura será realizado pelas secretarias esta- Art. 14. Quando se tratar de importação de es-
duais de agricultura ou por seus órgãos de defesa pécies exóticas ou ornamentais de origem silvestre,
sanitária animal. será necessária a prévia autorização do IBAMA.
Art. 15. Ao desembarcar em território nacio-
Capítulo VI nal, os animais aquáticos e os produtos de ani-
mais aquáticos importados serão transferidos em
Notificação de Suspeita seus recipientes de viagem ainda lacrados, para a
ou Ocorrência de Doença unidade de quarentena, previamente habilitado
pelo DDA, para o monitoramento sanitário e a
Art. 8º São doenças de notificação obrigató- confirmação de ausência de agentes patogênicos
ria as exóticas e as que ameaçam a economia do das doenças requeridas pelo DDA, de acordo com
país, a saúde pública e o meio ambiente. a procedência dos animais e produtos.
Art. 9º O médico veterinário, proprietário ou Art. 16. O monitoramento sanitário será rea-
qualquer outro cidadão que tenha conhecimen- lizado na unidade de quarentena de acordo com
a espécie quarentenada e controlado pelo serviço Art. 24. Ao término da quarentena, não haven-
veterinário oficial. do resultado positivo, o SSA/DFA na unidade federa-
Art. 17. A colheita de material de animais tiva comunicará ao interessado a liberação do lote.
aquáticos e de produtos de animais aquáticos Art. 25. O período de quarentena para
importados será realizada pelo Serviço de Sani- as diferentes espécies de animais aquáticos,
dade Animal/DFA, no momento da chegada na em qualquer de suas fases de desenvolvimen-
unidade de quarentena, e encaminhado para to, deverá compreender o tempo necessário
realização de provas laboratoriais, acompanhado para análise e conclusão dos resultados labo-
de formulário próprio, em conformidade com o ratoriais oficiais.
disposto na legislação específica. Art. 26. Somente será permitida a libera-
Art. 18. Todo o material colhido oficialmente ção, nos corpos de água para aquicultura, dos
pelo médico veterinário deverá ser lacrado e acom- descendentes de primeira geração (F1) do lote
panhado de formulário padronizado pelo DDA. importado. O lote original permanecerá sob con-
Art. 19. Se durante o período de quarentena dições de isolamento e vigilância sanitária por
for identificado agente causador das doenças es- todo o período reprodutivo no estabelecimento
pecificadas neste regulamento, o DDA comunicará de reprodução.
ao interessado, por escrito, num prazo máximo de Art. 27. O intervalo entre quarentenas deve-
72 (setenta e duas) horas, os resultados das provas rá observar um período mínimo de vazio sanitá-
e procederá à destruição dos lotes positivos. rio suficiente para que seja realizada a limpeza e
Art. 20. Os resultados dos testes laboratoriais a desinfecção de todas as instalações.
deverão ser emitidos em formulário próprio, pa- Art. 28. O DDA autorizará, registrará e revo-
dronizado pelo DDA e comunicados conforme o gará as autorizações para a operação e funciona-
fluxograma abaixo: mento de unidades de quarentena, assim como
I Resultado negativo: enviar imediatamente manterá atualizadas as informações relativas aos
via FAX, correio eletrônico ou outro meio de co- agentes de doenças que forem identificados nas
municação, para o médico veterinário oficial re- quarentenas, aos procedimentos para os casos de
quisitante e para o estabelecimento em questão. doenças de notificação obrigatória, bem como
II Resultado positivo: enviar imediatamente aos resultados obtidos.
via FAX, correio eletrônico ou outro meio comu- Art. 29. Todos os materiais e equipamentos
nicação ao DDA e ao SSA/DFA, onde se localiza o utilizados na unidade de quarentena devem ser
249
estabelecimento que notificará o mesmo. mantidos limpos e desinfetados com produtos
Art. 21. Confirmada a identificação de agen- específicos, devidamente registrados no DDA.
te patogênico referido no art. 8º deste regula- Art. 30. A entrada de pessoas, veículos, equi-
mento, todos os animais aquáticos que fizeram pamentos e materiais, nas áreas internas da unida-
parte do carregamento serão imediatamente sa- de de quarentena, somente será permitida quando
crificados e destruídos e serão tomadas todas as cumpridas rigorosas medidas de biossegurança.
medidas de profilaxia que se fizerem necessárias, Art. 31. O acesso ao quarentenário deve ser
sem que o proprietário tenha direito à indeniza- único para entrada e saída, provido de equipa-
ção de qualquer natureza. mentos de lavagem e desinfecção.
Art. 22. O sacrifício dos animais referido Art. 32. No caso de exposições e feiras, deve-
no artigo anterior será realizado em conformi- rão ser observados:
dade com o previsto no Decreto nº 24.548, de 3 I as normas e legislações específicas do DDA;
de julho de 1934. II o controle das doenças de notificação
Art. 23. Os custos das colheitas oficiais para obrigatória;
a realização das provas laboratoriais, bem como III ocorrendo foco das doenças de notifica-
os custos de remessa para os laboratórios de refe- ção obrigatória na região, o serviço veterinário
rência ou credenciados pelo MAPA para este fim, oficial estabelecerá as medidas restritivas para a
serão de inteira responsabilidade do interessado. realização do evento.
demais estabelecimentos pertencentes à área
Capítulo IX perifocal e microbacia, deverão ser periodi-
camente visitados com a finalidade de mo-
Atividades em Foco nitoramento da evolução da doença e a exe-
cução das medidas que foram recomendadas
Art. 33. Sempre que houver a notificação de bem como a adoção de outras providências,
suspeita de foco de doença de notificação obri- visando o controle ou erradicação total da
gatória, os seguintes procedimentos deverão ser doença existente;
observados: IX encerramento do foco: uma vez consta-
I visita ao foco: visita inicial, coleta de mate- tada a inexistência de agentes patogênicos, bem
rial e remessa ao laboratório, com preenchimen- como o tempo de despovoamento dos estabele-
to de formulários próprios; cimentos ou zona de cultivo e o sucesso das de-
II rastreamento epidemiológico: baseado na sinfecções realizadas, o foco será encerrado e a
obtenção de informações que levem o profissio- interdição será suspensa.
nal médico veterinário a encontrar a origem do
foco, visando definir sua extensão, evolução, difu-
são e consequências; Capítulo X
III interdição da área focal e perifocal:
conforme a gravidade da doença, os estabe- Trânsito de Animais
lecimentos ou zonas de cultivo serão interdi-
tados, assim como as propriedades vizinhas e Art. 34. Os animais aquáticos só serão au-
microbacias; torizados a transitar quando acompanhados da
IV comunicação do foco: o foco será co- Guia de Trânsito Animal -GTA.
municado ao serviço veterinário oficial local Art. 35. Por ocasião da expedição da GTA
e este comunicará ao estadual, por meio de para qualquer finalidade, serão requeridos os
formulário próprio, para a apreciação epide- critérios estabelecidos nas normas e legislações
miológica e tomada de decisão frente à gra- específicas do DDA.
vidade requerida; a comunicação deverá ser Art. 36. Os veículos ou recipientes empre-
imediata quando a suspeita for de doenças gados para o transporte dos animais aquáticos
previstas no art. 8º; deverão ser desenhados, construídos e acondi-
250
V sacrifício sanitário: dependendo da doen- cionados de modo a suportar o peso dos animais
ça, os animais existentes no estabelecimento ou aquáticos e da água, garantindo a segurança du-
zona de cultivo serão sacrificados e o aproveita- rante o transporte.
mento condicional será definido pelo serviço ve- Art. 37. Os veículos transportadores de
terinário oficial; animais aquáticos deverão ser lavados e de-
VI tratamento terapêutico: nos casos em que sinfetados de acordo com as normas previs-
for viável, proceder-se-á ao tratamento dos ani- tas pelo DDA.
mais doentes; Art. 38. Os recipientes destinados ao trans-
VII desinfecção: constatando-se a neces- porte de animais aquáticos deverão conter dis-
sidade de desinfecção, será feita a despesca, positivo para vedação da água.
com esvaziamento completo e desinfecção Art. 39. Os animais aquáticos deverão
adequada, pelo período necessário ao ex- estar acondicionados em recipiente de trans-
termínio do agente causador da doença, to- porte que permita a fácil inspeção durante o
mando-se todas as medidas necessárias para período de transporte.
impedir que o mesmo chegue aos corpos na- Art. 40. As águas residuais e de enxágüe
turais de água; não deverão ser depositadas em sistemas de
VIII acompanhamento do foco: o estabe- evacuação que possam atingir o meio aquá-
lecimento ou zona de cultivo, bem como os tico natural.
Art. 41. A água de descarte dos recipientes Capítulo X
de transporte poderá ser depositada em terras
que não drenem, em águas povoadas de ani- Disposições Gerais
mais aquáticos ou ser tratada mediante proce-
dimento preconizado pelo DDA. Art. 43. Para assessorar o DDA nos assuntos
Art. 42. Para a emissão da GTA, os animais específicos de que trata este regulamento, será
aquáticos e produtos devem ser procedentes de criado um Comitê Consultivo do Programa Nacio-
estabelecimento de aquicultura no qual, no ci- nal de Sanidade de Animais Aquáticos (CC/PNSAA)
clo anterior, não tenha sido constatado nenhum e, em nível estadual, os Comitês Estaduais de Sa-
foco das doenças de notificação obrigatória e nidade de Animais Aquáticos (COESAAs).
que, na mesma zona de cultivo, não tenha sido Art. 44. Os casos omissos e as dúvidas sus-
constatado nenhum caso destas doenças nos úl- citadas na aplicação deste regulamento serão
timos 90 (noventa) dias. dirimidos pelo DDA.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 39, DE 4 DE NOVEMBRO DE 1999


Publicada no Diário Oficial da União de 08/11/1999, Seção 1, Página 43

Suspende, temporariamente, a entrada no território nacional de todas as espécies de


crustáceos, quer de água doce ou salgada, em qualquer etapa do seu ciclo biológico, inclu-
sive seus produtos frescos e congelados, assim como os cozidos, quando inteiro em suas
carapaças ou partes delas, de qualquer procedência.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA subprodutos, quer para fins de cultivo, comer-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABAS- cialização ou pesquisa, representa alto risco
TECIMENTO, no uso de suas atribuições que lhe de difusão, em território brasileiro, dos agen-
confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno tes causais das referidas doenças, as quais 251
da Secretaria, aprovado pela portaria ministerial poderão ocasionar perdas à aquicultura e as
n.º 574, de 8 de dezembro de 1998, tendo em populações naturais de crustáceos;
vista o disposto no Regulamento do Serviço de Considerando que até a presente data
Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto não foi registrada qualquer ocorrência dessas
n.º 24.548, de 3 de julho de 1934, e enfermidades nos cultivos de crustáceos no
Considerando que as enfermidades conhe- Brasil, resolve:
cidas como Mancha Branca (White Shrimp Spot Art. 1º. Suspender, temporariamente, a en-
Vírus – WSSV) e Cabeça Amarela (Yellow Head trada no território nacional de todas as espécies
Virus – YHV) incluídas na lista b do Escritório de crustáceos, quer de água doce ou salgada, em
Internacional de Epizootia (OIE), têm sido de- qualquer etapa do seu ciclo biológico, inclusive
tectadas em fazendas de cultivo de camarões seus produtos frescos e congelados, assim como
de vários países; os cozidos, quando inteiro em suas carapaças ou
Considerando que os países onde esses ví- partes delas, de qualquer procedência.
rus foram confirmados, adotaram medidas de Parágrafo único – A suspensão de que trata
restrição à importação de crustáceos, seus pro- este artigo é extensiva ao cisto de Artemia Salina
dutos e subprodutos; e todas as espécies de poliquetas marinhos.
Considerando que a entrada no país de Art. 2º. Condicionar as autorizações de
crustáceos vivos, industrializados e de seus importações de que trata esta instrução nor-
mativa à previa análise de risco pelo Depar- Art. 3º. Ficam canceladas as autorizações
tamento de Defesa Animal, da secretaria de de importação já concedidas e ainda não efe-
defesa agropecuária, que levará em conside- tivadas.
ração a situação zoosanitária dos países de Art. 4º. Esta Instrução Normativa entra vigor
origem e suas zonas de produção. na data de sua publicação.

LUÍS CARLOS DE OLIVEIRA

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE


DOS CAPRINOS E OVINOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20, DE 15 DE AGOSTO 2005


Publicada no Diário Oficial da União de 12/09/2005, Seção 1, Página 20

Aprova os Procedimentos para Operacionalização do Cadastro Sanitário de Estabelecimen-


tos de Criação de Caprinos e Ovinos

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 1º Aprovar os PROCEDIMENTOS PARA


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E OPERACIONALIZAÇÃO DO CADASTRO SANITÁRIO
252 ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe DE ESTABELECIMENTOS DE CRIAÇÃO DE CAPRINOS
confere o art. 42, do Anexo I, do Decreto nº 5.351, E OVINOS, constantes do Anexo I, bem como o
de 21 de janeiro de 2005, tendo em vista o modelo de formulário com informação
disposto no Regulamento de Defesa Sanitá- sobre o médico veterinário privado que rea-
ria Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de lizará acompanhamento de estabelecimento em
3 de julho de 1934, na Instrução Normativa SDA programas de certificação previstos no PNSCO,
no 87, de 10 de dezembro de 2004, constante do Anexo II, e o modelo de informa-
Considerando a necessidade de defi- ções mínimas para cadastro sanitário dos estabe-
nir os aspectos relacionados ao Programa lecimentos, constante do
Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovi- Anexo III.
nos - PNSCO, e o que consta do Processo nº Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
21000.008578/2004-16, resolve: vigor na data de sua publicação.

GABRIEL ALVES MACIEL


ANEXO I

PROCEDIMENTOS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO CADASTRO SANITÁRIO


DE ESTABELECIMENTOS DE CRIAÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS

Art. 1º A presente Instrução Normativa apli- tária Animal nos níveis federal e estadual;
ca-se aos procedimentos que visam à operacio- XI - SFA: Superintendência Federal de Agri-
nalização do Programa Nacional de Sanidade dos cultura, Pecuária e Abastecimento.
Caprinos e Ovinos.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO I
DAS ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
DAS DEFINIÇÕES
Art. 3º As estratégias de atuação do PNSCO
Art. 2º Para efeito desta Instrução Normati- são baseadas na adoção de procedimentos de
va, entende-se por: defesa sanitária animal compulsórios, comple-
I - CERTIFICAÇÃO DE ESTABELECIMENTO: re- mentados por medidas de adesão voluntária,
conhecimento de estabelecimento como livre de devendo ser destacados:
enfermidade, após cumprimento de exigências I - o cadastro sanitário de estabelecimentos;
propostas pelo Departamento de Saúde Animal; II - o controle de trânsito de animais;
II - DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: III - a certificação voluntária de estabe-
toda enfermidade, classificada por atos do De- lecimentos.
partamento de Saúde Animal, como de comuni-
cação obrigatória ao Serviço Oficial; CAPÍTULO III
III - ESTABELECIMENTO: local onde são
mantidos caprinos e ovinos sob condições co- DAS COMPETÊNCIAS DO SERVIÇO OFICIAL
muns de manejo;
IV - LABORATÓRIO CREDENCIADO: laboratório Art. 4º Cabe à Coordenação-Geral de Com-
aprovado para realização de exames diagnóstico, bate às Doenças, do Departamento de Saúde
por meio de técnicas reconhecidas e aprovadas Animal, o planejamento, controle e avaliação 253
pela Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial da da execução dos planos propostos pelo Progra-
Secretaria de Defesa Agropecuária; ma Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos,
V - MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária com vistas à vigilância, ao controle, à profilaxia e
e Abastecimento; à erradicação das doenças dos caprinos e ovinos,
VI - MÉDICO VETERINÁRIO OFICIAL: Médico sob controle oficial.
Veterinário do Serviço Oficial Federal e Estadual; Parágrafo único. O PNSCO contempla as
VII - MÉDICO VETERINÁRIO PRIVADO: Médico técnicas disponíveis no Brasil e referendadas pela
Veterinário que atua no setor privado e que even- OIE; tecnologias de diagnóstico e vacinas pode-
tualmente pode ser contratado por proprietário rão ser adotadas e recomendadas, após avaliação
de estabelecimentos, para executar tarefas de pelo Departamento de Saúde Animal.
acompanhamento de estabelecimentos em certi- Art. 5º Cabe à Coordenação-Geral de Apoio
ficação ou certificados, sem ônus para o Estado; Laboratorial da Secretaria de Defesa Agropecu-
VIII - OIE: Organização Mundial de Sani- ária a padronização das técnicas de diagnóstico
dade Animal; utilizadas como ferramenta para detecção das
IX - PNSCO: Programa Nacional de Sanidade doenças de abrangência do PNSCO verificação
de Caprinos e Ovinos; anual dos registros e repasse de informações ao
X - SERVIÇO OFICIAL: Serviço de Defesa Sani- PNSCO, quando solicitados.
Art. 7º Cabe à SFA, de cada Unidade da Fede- tos pelo PNSCO, deverão ter acompanhamento
ração, a emissão e a renovação da certificação de de Médico Veterinário Privado, que será o res-
estabelecimentos livres de enfermidades, segun- ponsável pela realização de atividades previs-
do normas propostas pelo PNSCO. tas e necessárias à obtenção e manutenção do
status de livre das doenças alvo dos Programas
CAPÍTULO IV Oficiais, conforme exigências previstas nos Atos
Normativos.
DO CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS Parágrafo único. Caso haja substituição do
Médico Veterinário Privado, responsável pelo
Art. 8º Para efeito desta Instrução Normati- acompanhamento do estabelecimento certifica-
va, os estabelecimentos que desenvolverem ati- do ou em certificação, o proprietário do estabe-
vidades de caprino e ovinocultura deverão estar lecimento deverá comunicar imediatamente os
devidamente cadastrados nos Serviços Oficiais dados do novo Médico Veterinário Privado à SFA
Estaduais, segundo modelo padrão de informa- da Unidade da Federação em que seu estabeleci-
ções básicas (Anexo III). mento é cadastrado, e o novo profissional deverá
§ 1º Poderá ser utilizado outro modelo de cumprir o disposto no art. 13, no prazo máximo
cadastro, desde que sejam contempladas as in- de 15 (quinze) dias da comunicação.
formações básicas constantes do Anexo III. Art. 12. O Médico Veterinário responsável
§ 2º As informações constantes do cadastro pelo estabelecimento em processo de certificação
deverão ser renovadas, com intervalo não supe- ou certificado fica obrigado a participar de reuni-
rior a 1 (um) ano. ões e encontros, promovidos em sua região pelo
Art. 9º A partir de data a ser definida pelo Departamento de Saúde Animal / MAPA ou Servi-
Departamento de Saúde Animal, a emissão de ço Oficial, com assuntos pertinentes ao PNSCO.
GTA para o trânsito interestadual de caprinos e Art. 13. Para realizar acompanhamento de
ovinos não destinados ao abate somente será estabelecimentos em processo de certificação ou
realizada quando os animais transportados tive- certificados, o Médico Veterinário Privado deverá
rem origem de estabelecimentos com cadastro apresentar à SFA da Unidade da Federação, em
sanitário atualizado. que o estabelecimento que acompanha é cadas-
Art. 10. O Departamento de Saúde Animal trado, os seguintes documentos:
poderá interditar o trânsito de caprinos e ovinos, I - formulário de informações preenchido
254
com origem de um estabelecimento cadastrado, (Anexo II);
quando forem comprovados riscos sanitários para II - declaração de situação regular emitida
transmissão de enfermidades infectocontagiosas, pelo CRMV de seu Estado de atuação;
para outros estabelecimentos mantenedores de III - Termo de Compromisso assinado, con-
rebanhos caprinos e ovinos indenes. forme modelo definido pelo Departamento de
Saúde Animal, para cada Programa de Certifica-
CAPÍTULO V ção que realize acompanhamento.
Parágrafo único. Em caso de descumpri-
DO MÉDICO VETERINÁRIO PRIVADO mento da legislação, ao Médico Veterinário Pri-
vado responsável pelo acompanhamento do
Art. 11. Todo estabelecimento participante estabelecimento em certificação ou certificado,
dos Programas Oficiais de Certificação, previs- serão aplicadas as sanções cabíveis.
ANEXO II

MODELO DE FORMULÁRIO DE INFORMAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO PRIVADO QUE REALIZA


ACOMPANHAMENTO DE ESTABELECIMENTO EM PROGRAMAS DE CERTIFICAÇÃO PREVISTO NO PNSCO

Foto 3x4

Nome:
Filiação:
R.G.: CPF: CRMV
Instituto de graduação: Ano de diplomação:
Pós-graduação (1): Ano de Obtenção:
Pós-graduação (2): Ano de Obtenção:
Emprego atual / Atividade principal
Endereço residencial completo:
Endereço comercial completo:
Telefone: Fax: Celular:
Endereço eletrônico (e-mail):

Anexar à ficha:
Declaração emitida pelo CRMV do estado de que o mesmo encontra-se inscrito e em situação
regular.
2. Termo de compromisso assinado conforme modelo definido pelo Departamento de Saúde Animal.
255
ANEXO III

MODELO DE INFORMAÇÕES MÍNIMAS PARA CADASTRO SANITÁRIO DOS ESTABELECIMENTOS


DE CRIAÇÃO DE CAPRINOS E OVINOS

Razão Social: C.G.C.:


Nome do Proprietário do Estabelecimento:
C.P.F.: Telefone:
Endereço eletrônico (e-mail):
Endereço completo:
CEP.: Município: UF:
Latitude/Longitude: Área total:
Área construída com instalações:
Classificação do Estabelecimento:
Reprodução Produção
Tipo de manejo:
Intensivo Extensivo Misto
Tipo de exploração
Carne Couro Lã Leite Mista
Manipula produtos ou subprodutos de origem animal para fins comerciais S N
Origem dos animais:
Importação Banco genético Própria Outra propriedade Misto
Especificar origem:
Realização de comércio de animais ou material de multiplicação animal:
Local Intraestadual Interestadual Internacional
Número total de animais:
256
Caprinos
Machos Fêmeas
<6 meses > 6 meses < 3 anos >3 anos
Ovinos
Machos Fêmeas
<6 meses > 6 meses < 3 anos >3 anos
Sistema de identificação individual de animais:
Tatuagem Brinco Eletrônico Outro*
(*Especificar)
Raças de animais (ver tabela e informar código):

Código de raças de caprinos: 1.5. Canindé


1.1. Anglo nubiana 1.6. Graúna
1.2. Azul 1.7. Gurguéia
1.3. Bhuj 1.8. Marota
1.4. Bôer 1.9. Moxotó
1.10. Murciana 2.14. Ideal
1.11. Parda alpina 2.15. Ile de France
1.12. Repartida 2.16. Lacaune
1.13. Saanen 2.17. Karakul
1.14. Savanna 2.18. Merino
1.15. Toggenburg 2.19. Merlin
1.16. Outras (informar no formulário) 2.20. Morada Nova
1.17. SRD 2.21. Oxsfordshire
Código de raças de ovinos: 2.22. Polipay
2.1 .Bergamácia 2.23 Ryeland
2.2. Blackface 2.24. Romeldale
2.3. Border Leicester 2.25. Romney Marsh
2.4. Cariri 2.26. Santa Inês
2.5. Corriedale 2.27. Shrospire
2.6. Crioula 2.28. Somalis
2.7. Deslanado do Nordeste 2.29. Suffolk
2.8. Dorper 2.30. Targhee
2.9. Dorset 2.31. Texel
2.10. East frisia 2.32. Wilstermach
2.11. Hampshire down 2.33. Outras (especificar no formulário)
2.12. Hardwick 2.34. SRD
2.13. Highland

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 87, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 20/12/2004, Seção 1, Página 21 257

Aprova o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E DO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS CA-
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe PRINOS E OVINOS, em anexo.
confere o art. 15, inciso II, do Anexo I, do Decreto Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
nº 4.629, de 21 de março de 2003, tendo em vista vigor na data de sua p
o disposto no Regulamento de Defesa Sanitária ublicação.
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa
de julho de 1934, e o que consta do Processo nº nº 53, de 12 de julho de 2004.
21000.011263/2003-75, resolve:

MAÇAO TADANO
ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO DO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE DOS CAPRINOS E OVINOS - PNSCO

Art. 1º O presente Regulamento Técnico do XII - MÉDICO VETERINÁRIO PRIVADO: médico


Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e veterinário que atua no setor privado, para exe-
Ovinos - PNSCO aplica-se às atividades de produção cutar tarefas de acompanhamento de estabeleci-
e comercialização de caprinos e ovinos e seus ma- mentos cadastrados, sem ônus para o Estado;
teriais genéticos, em todo o Território Nacional, no XIII - NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS: comunica-
que diz respeito à vigilância e defesa zoossanitária. ção oficial da ocorrência de casos de determina-
da doença à autoridade competente;
CAPÍTULO I XIV - PARASITO: organismo ou microorga-
nismo cuja existência se dá às expensas de um
DAS DEFINIÇÕES hospedeiro;
XV - PROPRIETÁRIO: pessoa física ou jurí-
Art. 2º Para efeito deste regulamento, enten- dica, de direito público ou privado, que tenha
de-se por: a qualquer título animais ou imóveis sob sua
I - DDA: Departamento de Defesa Animal; propriedade;
II - DESTRUIÇÃO: procedimento de elimina- XVI - QUARENTENA: estado ou condição de
ção de animais, sem aproveitamento para con- restrição, por um certo período de tempo, de
sumo, realizado no próprio estabelecimento de pessoas, vegetais e animais, durante o qual se
criação ou local aprovado pelo Serviço Oficial, aplicam as medidas determinadas pelas autori-
obedecendo a critérios aprovados pelo DDA; dades sanitárias, para prevenir a introdução ou
III - DFA: Delegacia Federal de Agricultura; propagação de doença, de seus reservatórios ou
IV - DOENÇA: alteração do estado de equilíbrio de seus vetores;
de um indivíduo, consigo mesmo ou com o meio; XVII - REBANHO: conjunto de animais cria-
V - DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: dos sob condições comuns de manejo em um
enfermidade assim classificada por atos do DDA, mesmo estabelecimento de criação;
como de comunicação obrigatória ao Serviço Ofi- XVIII - SACRIFÍCIO SANITÁRIO: abate de ani-
258 cial, uma vez que tenha sido identificada suspei- mais, devido à ação de controle de enfermida-
ta clínica da doença; des, em matadouro de inspeção Federal, Estadu-
VI - ESTABELECIMENTO: local onde são al ou Municipal;
criados caprinos e ovinos sob condições co- XIX - SDA: Secretaria de Defesa Agrope-
muns de manejo; cuária;
VII - GTA: Guia de Trânsito Animal; XX - SERVIÇO OFICIAL: serviço de defesa sani-
VIII - INTERDIÇÃO: proibição, em um estabe- tária animal nos níveis federal e estadual;
lecimento, para qualquer finalidade, do ingresso XXI - VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: investi-
e egresso de animais, seus produtos e subpro- gação contínua e sistemática sobre os dados de
dutos, bem como qualquer outro material que saúde de uma população determinada (coleta,
venha a constituir via de transmissão ou propa- análise e interpretação), com vistas a caracterizar
gação de doença a critério do Serviço Oficial; a ocorrência de doença, essencial ao planeja-
IX - MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuá- mento, implementação e avaliação das medidas
ria e Abastecimento; sanitárias para o seu controle ou erradicação;
X - MATERIAL GENÉTICO: sêmen, embrião, XXII - VIGILÂNCIA SANITÁRIA: conjunto de
ovócito, núcleo celular ou qualquer outro mate- medidas que visam a eliminar, diminuir ou pre-
rial capaz de transmitir genes à progênie; venir os riscos à saúde de uma população, bem
XI - MÉDICO VETERINÁRIO OFICIAL: médico como controlar e fiscalizar o cumprimento de
veterinário do Serviço Oficial federal ou estadual; normas e padrões de interesse sanitário.
CAPÍTULO II CAPÍTULO VI

DAS COMPETÊNCIAS DOS MÉDICOS VETERINÁRIOS PRIVADOS

Art. 3º Cabe ao DDA/SDA/MAPA a normatiza- Art. 8º Todo estabelecimento em processo


ção, coordenação e supervisão das atividades do de certificação ou certificado deverá ter acom-
PNSCO. Às Secretarias Estaduais de Agricultura ou panhamento de médico veterinário privado,
seus órgãos de Defesa Sanitária Animal compete responsável pela manutenção dos registros e de
a execução das atividades delegadas. realização de atividades necessárias à obtenção e
manutenção do status de Certificação, conforme
CAPÍTULO III exigências previstas em Atos Normativos.
Parágrafo único. Os Serviços Oficiais federal
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES e estaduais poderão, a qualquer momento, audi-
tar a atuação dos médicos veterinários, respon-
Art. 4º Fica proibida a entrada, em todo o Ter- sáveis pela execução das atividades previstas nos
ritório Nacional, de caprinos e ovinos portadores de estabelecimentos em certificação ou certificados.
doenças, direta ou indiretamente transmissíveis, de Art. 9º O médico veterinário, responsável
parasitos externos ou internos, cuja disseminação pelo estabelecimento em processo de certifica-
possa constituir ameaça aos rebanhos nacionais. ção ou certificado, fica obrigado a participar de
Art. 5º É igualmente proibido o ingresso, reuniões e encontros, promovidos em sua região
em Território Nacional, de produtos de origem pelo DDA/MAPA ou Serviço Oficial, com assuntos
animal e quaisquer outros materiais que repre- pertinentes ao PNSCO.
sentem risco de introdução de doenças para os
caprinos e ovinos. CAPÍTULO VII

DA NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS E VIGILÂNCIA


CAPÍTULO IV
Art. 10. Na forma da legislação em vigor, mé-
DOS OBJETIVOS dicos veterinários, públicos ou privados, proprie-
259
tários ou seus prepostos obrigam-se a informar,
Art. 6º Realizar vigilância epidemiológica e imediatamente, ao Serviço Oficial, qualquer sus-
sanitária para as doenças de caprinos e ovinos no peita de doenças de caprinos e ovinos de notifica-
Brasil, por meio de ações definidas pelo DDA e ção compulsória.
executadas pelos Serviços Oficiais e médicos ve- § 1º No caso específico da Febre Aftosa, deve-
terinários privados. rão ser tomadas medidas contidas na legislação
federal vigente.
§ 2º O Serviço Oficial adotará as medidas
CAPÍTULO V de atenção veterinária e vigilância, ditadas pelo
DDA, para cada doença específica.
DO CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS
DE CRIAÇÃO CAPÍTULO VIII

Art. 7º Todos os estabelecimentos deverão DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SANITÁRIO


ser cadastrados pelos Serviços Oficiais estaduais, DE ESTABELECIMENTOS
mediante modelo padronizado pelo DDA.
Parágrafo único. O cadastro deverá ser atua- Art. 11. Todo o estabelecimento estará sujei-
lizado com periodicidade anual. to à fiscalização do Serviço Oficial.
Art. 12. No caso de não cumprimento das CAPÍTULO XI
exigências constantes da legislação do PNSCO, a
critério do Serviço Oficial poderão ser adotadas DO TRÂNSITO
as seguintes medidas:
I - suspensão da autorização de importação, Art. 16. Caprinos e ovinos só poderão tran-
exportação e da emissão da GTA; sitar quando acompanhados da GTA, observadas
II - interdição do estabelecimento; as exigências normativas vigentes.
III - destruição; Art. 17. Caprinos e ovinos deverão ser trans-
IV - sacrifício sanitário; portados em veículos apropriados, limpos e de-
V - aplicação de outras medidas sanitárias sinfectados antes do embarque.
estabelecidas pelo DDA.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO IX
DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES
DO INSTRUMENTO DE CERTIFICAÇÃO E OUTRAS AGLOMERAÇÕES

Art. 13. O DDA fará uso da estratégia de cer- Art. 18. Para a participação de caprinos e
tificação de estabelecimentos que atenderem a ovinos em exposições, feiras, leilões e outras
requisitos sanitários específicos, estabelecidos em aglomerações, deverão ser observadas as normas
legislação vigente, desde que os mesmos obede- e legislações vigentes.
çam às normas de saneamento, vigilância e con-
trole de enfermidades definidas pelo PNSCO. CAPÍTULO XIII

CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

DA PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E Art. 19. Para assessorar o DDA nos assuntos


IMPORTAÇÃO DE MATERIAL GENÉTICO específicos de que trata este Regulamento, será
criado um Comitê Nacional Técnico Consultivo
Art. 14. Para fins de produção e comerciali- do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos
zação de material genético, os estabelecimentos e Ovinos e Comitês Estaduais de Sanidade de Ca-
260
deverão atender as normas sanitárias do DDA. prinos e Ovinos.
Art. 15. Para fins de importação de caprinos Parágrafo único. Em cada Unidade da Fe-
e ovinos e seus materiais genéticos, o interessado deração, deverá ser constituído Comitê Estadual
deverá solicitar autorização prévia junto à DFA de Sanidade dos Caprinos e Ovinos, por ato do
do Estado onde se localiza o estabelecimento. Delegado Federal de Agricultura, que será com-
§ 1º Após autorização de desembarque no posto por representantes da Defesa Sanitária
Território Nacional, os caprinos e ovinos importa- Animal da DFA, dos Serviços de Defesa Estaduais,
dos serão obrigatoriamente mantidos na unida- das instituições de pesquisa e ensino, bem como
de de quarentena, previamente habilitada pelo do setor produtivo.
DDA, até a sua liberação pelo Serviço Oficial. Art. 20. Os casos omissos e as dúvidas
§ 2º Havendo ocorrência de doenças durante suscitadas na aplicação deste Regulamento e
a quarentena, o Serviço Oficial adotará as medi- em legislação complementar serão dirimidos
das sanitárias cabíveis a cada situação. pelo DDA.
LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA SDA Nº 47 , DE 20 DE JULHO DE 2004


Cria Comitê Nacional Técnico Consultivo do Programa Nacional
de Sanidade dos Caprinos e Ovinos.

PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE APÍCOLA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 16, DE 8 DE MAIO DE 2008


Publicada no Diário Oficial da União de 09/05/2008, Seção 1, Página 27

Institui o Programa Nacional de Sanidade Apícola -PNSAp, no âmbito do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, por um representante do Departamento de Saú-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E de Animal - DSA.
ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que § 3º Para prevenir, diagnosticar, controlar e
lhe conferem os arts. 9º e 42, Anexo I, do De- erradicar doenças e pragas que possam causar
creto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo danos à cadeia produtiva apícola, o PNSAp pro- 261
em vista o disposto no Decreto nº 24.548, de 3 moverá as seguintes atividades:
de julho de 1934, no Decreto nº 5.741, de 30 de I - educação sanitária;
março de 2006, e o que consta do Processo nº II - estudos epidemiológicos;
21000.002627/2008-31, resolve: III - controle do trânsito;
Art. 1º Instituir o Programa Nacional de Sa- IV - cadastramento, fiscalização e certifica-
nidade Apícola -PNSAp, no âmbito do Ministério ção sanitária; e
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. V -intervenção imediata quando da suspeita
§ 1º O PNSAp visa ao fortalecimento da ca- ou ocorrência de doença ou praga de notificação
deia produtiva apícola, por meio de ações de vi- obrigatória.
gilância e defesa sanitária animal. Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
§ 2º A coordenação do PNSAp será exercida vigor na data de sua publicação.

INÁCIO AFONSO KROETZ


LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

PORTARIA SDA Nº 9, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2003


Publicada no Diário Oficial da União de 20/02/2003, Seção 1, Página 10

Institui o Comitê Científico Consultivo em Sanidade Apícola - CCCSA, que terá por
finalidade oferecer subsídios técnico-científicos ao Departamento de Defesa Animal - DDA,
para elaboração de normas e procedimentos relacionados à sanidade do plantel apícola
brasileiro e à importação de abelhas e produtos apícolas.

PORTARIA N° 248, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998


Publicada no Diário Oficial da União de 05/01/1999, Seção 1, Página 13

Estabelece metodologia analítica para a detecção de Bacillus larvae, agente da enfermida-


de das larvas de abelhas, conhecida como Loque Americana, em mel.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 18, DE 8 DE ABRIL DE 2008


Publicado no Diário Oficial da União de 09/04/2008, Seção 1, Página 8

Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para a


importação de abelhas rainhas e produtos apícolas destinados aos Estados Partes”
262 aprovados pela Resolução GMC - MERCOSUL nº 23/07.

PROGRAMA NACIONAL
DE SANIDADE DOS EQUÍDEOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 8 DE MAIO DE 2008


Publicada no Diário Oficial da União de 09/05/2008, Seção 1, Página 27

Institui o Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos -PNSE, no âmbito do Ministério da


Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, lhe conferem os arts. 9º e 42, Anexo I, do De-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E creto nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo
ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que em vista o disposto no Decreto nº 24.548, de 3
de julho de 1934, no Decreto nº 5.741, de 30 de erradicar doenças que possam causar danos ao
março de 2006, e o que consta do Processo nº complexo agropecuário dos equídeos, o PNSE
21000.002626/2008-96, resolve: promoverá as seguintes atividades:
Art. 1º Instituir o Programa Nacional de Sa- I - educação sanitária;
nidade dos Equídeos -PNSE, no âmbito do Minis- II - estudos epidemiológicos;
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. III - controle do trânsito;
§ 1º O PNSE visa ao fortalecimento do com- IV - cadastramento, fiscalização e certifica-
plexo agropecuário dos equídeos, por meio de ção sanitária; e
ações de vigilância e defesa sanitária animal. V -intervenção imediata quando da sus-
§ 2º A coordenação do PNSE será exercida peita ou ocorrência de doença de notificação
por um representante do Departamento de Saú- obrigatória.
de Animal - DSA. Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
§ 3º Para prevenir, diagnosticar, controlar e vigor na data de sua publicação.

INÁCIO AFONSO KROETZ

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 15 DE JUNHO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 07/07/2004, Seção 1, Página 7

Aprova as Normas para a Prevenção e o Controle da Anemia Infecciosa Equina - A.I.E.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 2º Subdelegar competência ao Diretor


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E do Departamento de Defesa Animal para baixar
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe portarias e demais atos que se fizerem necessá-
confere o art. 15, inciso II, do Anexo I do Decre- rios ao cumprimento das Normas de que trata a
to nº 4.629, de 21 de março de 2003, tendo em presente Instrução Normativa.
vista o disposto no Decreto nº 24.548, de 3 de Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
julho de 1934, e o que consta do Processo nº vigor na data de sua publicação. 263
21000.001089/2002-71, resolve: Art. 4º Fica revogada a Instrução Normativa
Art. 1º Aprovar as Normas para a Prevenção nº 16, de 18 de fevereiro de 2004.
e o Controle da Anemia Infecciosa Equina - A.I.E.

MAÇAO TADANO

ANEXO

NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA - A.I.E.

CAPÍTULO I tadores de A.I.E. em abatedouros com Inspeção


Federal, sob prévia autorização do Serviço de
DAS DEFINIÇÕES Sanidade Animal da Unidade Federativa - UF de
origem dos animais;
Art. 1º Para os fins a que se destinam estas II - Anemia Infecciosa Equina (A.I.E.):
normas, serão adotadas as seguintes definições: doen­ça infecciosa causada por um lentivírus,
I - Abate sanitário: abate dos equídeos por- podendo apresentar-se clinicamente sob as se-
guintes formas: aguda, crônica e inaparente; para A.I.E., com intervalo de 30 (trinta) a 60
III - Animal Portador: qualquer equídeo que, (sessenta) dias;
submetido ao teste laboratorial oficial para A.I.E., XVI - Reteste: exame laboratorial para diag-
tenha apresentado resultado positivo; nóstico da A.I.E. realizado em laboratório oficial,
IV - Área de Alto Risco: região geográfica na a partir de nova colheita de material de animal
qual a A.I.E. é sabidamente endêmica e onde as com resultado positivo;
condições ambientais contribuem para a manu- XVII - Serviço Veterinário Oficial: constitui-se
tenção e a disseminação da doença; no Serviço de Sanidade Animal da Delegacia Fe-
V - Área perifocal: área ao redor do foco a deral de Agricultura - DFA da Unidade Federativa
ser estabelecida pelo serviço veterinário oficial; (UF) e no Serviço de Defesa Sanitária Animal da
VI - Contraprova: exame laboratorial para Secretaria de Agricultura da UF.
diagnóstico da A.I.E. realizado a partir da amos-
tra original, identificada, lacrada e conservada a
-20ºC (vinte graus Celsius negativos), para fins de CAPÍTULO II
confirmação do diagnóstico;
VII - Equídeo: qualquer animal da Família DOS PROCEDIMENTOS GERAIS
Equidae, incluindo equinos, asininos e muares;
VIII - Foco: toda propriedade onde houver Art. 2º As ações de campo referentes à pre-
um ou mais equídeos portadores de A.I.E; venção e ao controle da A.I.E. são de responsabi-
IX - Isolamento: manutenção de equídeo lidade do serviço veterinário oficial de cada UF,
portador em área delimitada, de acordo com sob a coordenação do DDA.
a determinação do serviço veterinário oficial, Art. 3º As medidas de prevenção e controle
visando impedir a transmissão da doença a ou- da A.I.E. serão adotadas nas UF de acordo com as
tros equídeos; suas condições epidemiológicas peculiares.
X - Laboratório Credenciado: laboratório que Art. 4º Em cada UF deverá ser constituída,
recebe, por delegação do Departamento de Defe- por ato do Delegado Federal de Agricultura, uma
sa Animal - DDA, competência para realização de Comissão Estadual de Prevenção e Controle da
exames para diagnóstico da A.I.E; Anemia Infecciosa Equina (CECAIE), que terá as
XI - Laboratório Oficial: laboratório perten- seguintes atribuições:
cente ao DDA; I - propor as medidas sanitárias para a pre-
264
XII - Lacre numerado: lacre inviolável, com venção e o controle da A.I.E. na respectiva UF; e
identificação numérica; II - avaliar os trabalhos desenvolvidos na res-
XIII - Propriedade: qualquer estabelecimen- pectiva UF.
to de uso público ou privado, rural ou urbano, Art. 5º A CECAIE será constituída de 10 (dez)
onde exista equídeo dentro de seus limites, a membros, sendo 5 (cinco) titulares e 5 (cinco) su-
qualquer título; plentes, com a seguinte composição:
XIV - Proprietário: toda pessoa física ou ju- I - médico veterinário do Serviço de Sanida-
rídica que tenha, a qualquer título, um ou mais de Animal (SSA) da DFA, que será o coordenador;
equídeos sob sua posse ou guarda; II - médico veterinário do órgão de defesa
XV - Quarentena: isolamento de equídeo sanitária animal da respectiva UF;
clinicamente sadio, recém-chegado à proprie- III - médico veterinário indicado pelos cria-
dade controlada, procedente de propriedade dores de equídeos;
não controlada, em instalação específica, IV - médico veterinário indicado pela Socie-
distante no mínimo 200 (duzentos) metros dade Estadual de Medicina Veterinária; e
de qualquer outra propriedade ou protegida V - médico veterinário especialista ou de
com tela à prova de insetos, até a constata- reconhecida experiência em A.I.E., indicado
ção da negatividade do mesmo, mediante a por entidade de ensino ou pesquisa em Medi-
realização de 2 (dois) exames consecutivos cina Veterinária.
CAPÍTULO III Art. 12. A validade do resultado negativo
para o exame laboratorial da A.I.E. será de 180
DO RESPONSÁVEL PELA REQUISIÇÃO (cento e oitenta) dias para propriedade controla-
DO EXAME PARA DIAGNÓSTICO DA A.I.E. da e de 60 (sessenta) dias para os demais casos, a
contar da data da colheita da amostra.
Art. 6º O médico veterinário requisitante de- Art. 13. É facultado ao proprietário do
verá estar inscrito no Conselho Regional de Medi- animal requerer exame de contraprova. A con-
cina Veterinária da respectiva UF. traprova deverá ser solicitada ao SSA da DFA da
Art. 7º Ao médico veterinário compete: respectiva UF, no prazo máximo de 8 (oito) dias,
I - proceder à colheita do material para contados a partir do recebimento da notificação
exame; e do resultado. A contraprova será efetuada no la-
II - requisitar a laboratório credenciado pelo boratório que realizou o primeiro exame.
DDA o exame para diagnóstico, em modelo ofi- Art. 14. O reteste será realizado em labora-
cial (ANEXO I). tório oficial, com amostra colhida pelo serviço
Parágrafo único. É necessária para a identifi- oficial, para fins de perícia.
cação do animal uma descrição escrita e gráfica de Parágrafo único. Em caso de resultado po-
todas as marcas, de forma completa e acurada. sitivo e havendo decisão do proprietário em re-
Art. 8º A responsabilidade legal pela veraci- querer contraprova ou reteste, o animal deverá
dade e fidelidade das informações prestadas na permanecer isolado após o recebimento do re-
requisição é do médico veterinário requisitante. sultado positivo no primeiro exame até a classi-
ficação final, quando serão adotadas as medidas
CAPÍTULO IV preconizadas.
Art. 15. Todo laboratório credenciado de-
DO EXAME LABORATORIAL PARA verá encaminhar ao Serviço de Sanidade Animal
O DIAGNÓSTICO DA A.I.E. da Delegacia Federal de Agricultura da respectiva
UF, até o 5o dia útil do mês subseqüente, relató-
Art. 9º Para diagnóstico da A.I.E., usar-se-á rio mensal de atividades (ANEXO III).
a prova sorológica de Imunodifusão em Gel de Art. 16. Todo estabelecimento produtor de
Agar (IDGA), efetuada com antígeno registrado e antígeno para diagnóstico da A.I.E. encaminhará,
aprovado pelo DDA, ou outra prova oficialmente mensalmente, mapa demonstrativo da distribui-
265
reconhecida. ção do produto ao SSA das UFs para as quais foi
Art. 10. O resultado do exame para diagnós- comercializado o produto (ANEXO IV).
tico laboratorial deverá ser emitido no mesmo
modelo de requisição. CAPÍTULO V
§ 1º Quando positivo, o resultado do exame
para diagnóstico laboratorial deverá ser enca- DO FOCO
minhado, imediatamente, ao SSA da DFA da UF
onde se encontra o animal reagente e, eventual- Art. 17. Detectado foco de A.I.E., deverão ser
mente, para outro destino por ele determinado. adotadas as seguintes medidas:
§ 2º O resultado negativo deverá ser encami- I - interdição da propriedade após identifi-
nhado ao médico veterinário requisitante ou ao cação do equídeo portador, lavrando termo de
proprietário do animal. interdição, notificando o proprietário da proibi-
Art. 11. Em caso de levantamento sorológi- ção de trânsito dos equídeos da propriedade e da
co para controle de propriedade, poderá ser uti- movimentação de objetos passíveis de veiculação
lizado o formulário “Requisição e resultado para do vírus da A.I.E.;
exame de Anemia Infecciosa Equina para fins de II - deverá ser realizada investigação epidemio-
levantamento sorológico” (ANEXO II), o qual não lógica de todos os animais que reagiram ao teste de
possui validade para trânsito. diagnóstico de A.I.E., incluindo histórico do trânsito;
III - marcação permanente dos equídeos o transporte deverá ser em veículo apropriado,
portadores da A.I.E., por meio da aplicação de com lacre numerado aplicado na origem.
ferro candente na paleta do lado esquerdo com Art. 20. O sacrifício do animal portador deve-
um “A”, contido em um círculo de 8 (oito) cen- rá ser rápido e indolor, sob a responsabilidade do
tímetros de diâmetro, seguido da sigla da UF, serviço veterinário oficial.
conforme modelo (ANEXO V); Art. 21. Será lavrado termo de sacrifício sani-
IV - sacrifício ou isolamento dos equídeos tário (ANEXO VI), assinado pelo médico veterinário
portadores; oficial, pelo proprietário do animal ou seu repre-
V - realização de exame laboratorial, para o sentante legal e, no mínimo, por uma testemunha.
diagnóstico da A.I.E., de todos os equídeos exis- Art. 22. Ao proprietário do animal sacrifica-
tentes na propriedade; do não caberá indenização.
VI - desinterdição da propriedade foco após re- Art. 23. Havendo recusa, por parte do proprie-
alização de 2 (dois) exames com resultados negativos tário ou seu representante legal, a tomar ciência do
consecutivos para A.I.E., com intervalo de 30 (trinta) comunicado de interdição da propriedade ou do
a 60 (sessenta) dias, nos equídeos existentes; sacrifício do animal portador, será lavrado termo de
VII - orientação aos proprietários das pro- ocorrência, na presença de 2 (duas) testemunhas,
priedades que se encontrarem na área perifocal, e requisitado apoio de força policial para o efetivo
pelo serviço veterinário oficial, para que subme- cumprimento da medida de defesa sanitária, fican-
tam seus animais a exames laboratoriais para do o infrator sujeito às sanções previstas em lei.
diagnóstico de A.I.E. Art. 24. Quando a medida indicada for o
Parágrafo único. A marcação dos equídeos é de isolamento do animal portador, este deverá ser
responsabilidade do serviço veterinário oficial e não marcado conforme o estabelecido no inciso III,
será obrigatória se os animais forem imediatamente do art. 17, da presente Instrução Normativa.
sacrificados ou enviados para abate sanitário. Caso o Parágrafo único. O isolamento somente
transporte até o estabelecimento de abate não pos- será permitido para animais portadores locali-
sa ser realizado sem uma parada para descanso ou zados em área de alto risco, proposto pela CE-
alimentação, os animais deverão ser marcados e o CAIE da respectiva UF.
local de descanso aprovado previamente pelo Servi- Art. 25. O equídeo, com marcação perma-
ço de Sanidade Animal da respectiva UF. nente de portador de A.I.E., que for encontrado
em outra propriedade ou em trânsito será suma-
266
CAPÍTULO VI riamente sacrificado na presença de 2 (duas) tes-
temunhas, salvo quando comprovadamente des-
DO SACRIFÍCIO OU ISOLAMENTO tinado ao abate. A propriedade onde este animal
for encontrado será considerada foco.
Art. 18. O sacrifício ou o isolamento de equí-
deos portadores da A.I.E. deverá ser determinado CAPÍTULO VII
segundo as normas estabelecidas pelo DDA, após
análise das medidas propostas pela CECAIE. DA PROPRIEDADE CONTROLADA
Art. 19. Quando a medida indicada for o sa-
crifício do animal portador, este será realizado Art. 26. A propriedade será considerada con-
pelo serviço veterinário oficial, no prazo máxi- trolada para A.I.E. quando não apresentar animal
mo de 30 (trinta) dias, a contar do resultado do reagente positivo em 2 (dois) exames consecuti-
exame de diagnóstico, preferencialmente na pro- vos de diagnóstico para A.I.E., realizados com in-
priedade onde estiver o animal. tervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias.
Parágrafo único. Na impossibilidade do sa- Art. 27. Para manutenção da situação
crifício do animal portador ser realizado na pro- de propriedade controlada para A.I.E., todo
priedade, o abate sanitário poderá ocorrer em o seu efetivo equídeo deverá ser submetido
abatedouro com Serviço de Inspeção Federal e ao exame, no mínimo, uma vez a cada 6 (seis)
meses e apresentar resultado negativo. do na origem, com lacre numerado e identificado
Parágrafo único. A realização de novos exa- no documento oficial de trânsito pelo emitente do
mes laboratoriais, em prazos inferiores a 6 (seis) mesmo, sendo o lacre rompido no destino final, sob
meses, poderá vir a ser determinada a critério do responsabilidade do Serviço de Inspeção Federal.
serviço veterinário oficial da respectiva UF. Art. 33. A participação de equídeos em even-
Art. 28. À propriedade declarada controlada tos agropecuários somente será permitida com
para A.I.E. pelo SSA da respectiva UF será conferido exame negativo para A.I.E.
certificado, por solicitação do interessado, renovado Parágrafo único. O prazo de validade do re-
a cada 12 (doze) meses, após exame de todo o efetivo sultado negativo para A.I.E. deverá cobrir todo o
equídeo existente, utilizando-se o modelo constante período do evento.
do Anexo VII da presente Instrução Normativa. Art. 34. A validade do resultado negativo
Art. 29. O acompanhamento sanitário da do exame para A.I.E. de equídeo originário de
propriedade controlada é de responsabilidade da propriedade controlada sofrerá redução de 180
assistência veterinária privada, sob fiscalização (cento e oitenta) dias para 60 (sessenta) dias, a
do serviço veterinário oficial da respectiva UF. contar da data da colheita da amostra, quando
Art. 30. Ao médico veterinário responsável pela transitarem por propriedade não controlada ou
assistência veterinária referida no art. 29 compete: nela permanecerem.
I - manter atualizado o controle clínico e la- Art. 35. Fica dispensado do exame de A.I.E. o
boratorial dos equídeos alojados na propriedade; equídeo com idade inferior a 6 (seis) meses, des-
II - comunicar imediatamente, ao serviço de que esteja acompanhado da mãe e esta apre-
veterinário oficial qualquer suspeita de A.I.E. e sente resultado laboratorial negativo.
adotar as medidas sanitárias previstas nesta Ins- Parágrafo único. O equídeo, com idade in-
trução Normativa; ferior a 6 (seis) meses, filho de animal positivo,
III - zelar pelas condições higiênico-sanitá- deverá ser isolado por um período mínimo de 60
rias da propriedade; (sessenta) dias e, após este período, ser subme-
IV - submeter o equídeo procedente de pro- tido a 2 (dois) exames para diagnóstico de A.I.E.
priedade não controlada à quarentena, antes de e apresentar resultados negativos consecutivos e
incorporá-lo ao rebanho sob controle;e com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias,
V - a propriedade controlada deverá encami- antes de ser incorporado ao rebanho negativo.
nhar ao SSA da respectiva UF, até o quinto dia útil Art. 36. Para ingresso de equídeo no Territó-
267
do mês subseqüente, relatório mensal de suas rio Nacional, será indispensável, sem prejuízo de
atividades (ANEXO VIII). outras exigências sanitárias, a apresentação de
Art. 31. A propriedade controlada perderá resultado negativo ao exame de A.I.E.
esta condição, quando houver descumprimento
de quaisquer das condições estabelecidas no Ca- CAPÍTULO IX
pítulo VII da presente Instrução Normativa.
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO VIII
Art. 37. Todo produto biológico de origem
DO CONTROLE DE TRÂNSITO equídea, para uso profilático ou terapêutico, de-
verá, obrigatoriamente, ser elaborado a partir de
Art. 32. Somente será permitido o trânsito in- animal procedente de propriedade controlada.
terestadual de equídeos quando acompanhados de Art. 38. Para fins de registro genealógico de-
documento oficial de trânsito e do resultado negati- finitivo, todo equídeo deverá apresentar exame
vo no exame laboratorial para diagnóstico de A.I.E. negativo para A.I.E.
Parágrafo único. Os equídeos destinados ao Art. 39. Casos omissos na presente Instrução
abate ficam dispensados da prova de diagnóstico Normativa serão dirimidos pelo Departamento
para A.I.E. e o veículo transportador deverá ser lacra- de Defesa Animal.
ANEXO I

REQUISIÇÃO E RESULTADO DE DIAGNÓSTICO DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA

Laboratório Portaria de credenciamento No. Do exame:


Endereço: Telefone:
Cidade / UF: Endereço eletrônico:
Proprietário do animal: Endereço completo: Telefone:
Médico Veterinário requisitante: Endereço completo: Telefone:

Nome do animal Registro nº marca CLASSIFICAÇÃO


Espécie: Raça: JC SH H FC UM OUTRA
Sexo: Idade:
Propriedade onde se encontra: Nº de equídeos existentes:
Município/UF:

Linha
superior
dos olhos
Lado direito Lado esquerdo
268

Esquerdo Direito Esquerdo Direito

Pescoço vista Focinho


Membros anteriores inferior Membros posteriores
Vista posterior Vista posterior

Descrição do animal:
REQUISITANTE: LABORATÓRIO:
A colheita de amostra e resenha deste Antígeno – Marca ou Nome
animal são de minha responsabilidade. No de Partida
________________, de_________de_____
Data do resultado do exame
Município e data da colheita
___________________________________ Resultado
Assinatura e carimbo do Data de validade
Médico Veterinário requisitante Assinatura e carimbo do responsável técnico

JC: Jóquei Clube; SH: Sociedade Hípica; H: Haras; F: Fazenda; UM: Unidade Militar

269
ANEXO II

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL

REQUISIÇÃO E RESULTADO DE DIAGNÓSTICO DE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA


(PARA FINS DE LEVANTAMENTO SOROLÓGICO)


LABORATÓRIO: TELEFONE
ENDEREÇO:
VETERINÁRIO REQUISITANTE TELEFONE: CRMV
ENDEREÇO:
PROPRIETÁRIO DO(S) ANIMAL(IS): TELEFONE: FAX:
ENDEREÇO:

IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Nº DE Nome ou Nº Nº do Espécie Raça Sexo Idade Pelagem Resultado
ORDEM Exame (E, M, A) (meses)

I TO
TRÂNS
D E PARA
I D A
VAL
270

SEM

LABORATÓRIO FABRICANTE ANTÍGENO UTILIZADO:


PARTIDA Nº:
VALIDADE:

VETERINÁRIO REQUISITANTE:

Local e data Carimbo e assinatura

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LABORATÓRIO

Local e data Carimbo e assinatura

1ª Via-proprietário (anexar ao GTA) 2ª Via SSA-DFA 3ª Via Laboratório


ANEXO III

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA RELATÓRIO LABORATÓRIO:


E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA MENSAL DE
AGROPECUÁRIA DEPARTAMENTO ANEMIA
DE DEFESA ANIMAL INFECCIOSA
EQUINA

MÊS / ANO: Página:

UF MUNICÍPIO TOTAL

PROPRIEDADES POSITIVOS NEGATIVOS EXAMINADOS

271

TOTAL

Nº DE PROPRIEDADE COM ANIMAIS PORTADORES, Assinatura e carimbo


DE ACORDO COM A SUA CLASSIFICAÇÃO
JC SH H F UM OUTRAS

JC: Jóquei Clube


SH: Sociedade Hípica
H: Haras
F: Fazenda
UM: Unidade Militar
ANEXO IV

Relatório mensal de comercialização de “Kit” para diagnóstico de AIE


Mês / Ano _______/_______

UF Laboratório Município Médico Partida Vencimento Quantidade de “Kits”


3 mm
Credenciado Veterinário
Responsável

4 mm

Assinatura / Carimbo
8 cm

ANEXO V
ANEXO V

4 mm

80 mm

272

3 mm
ANEXO VI

TERMO DE SACRIFÍCIO SANITÁRIO

Aos __________ dias do mês de_______________________de___________, às______horas,

na propriedade_______________________________________________________________,

localizada__________________________________________________________________foi
Endereço completo
(foram) sacrificado(s) o(s) equídeos abaixo especificado(s), em atendimento à Instrução Normativa

DAS nº_________, de______________de_______________, conforme exame(s) anexo(s).

Nome ou número do animal Número do exame Data Laboratório

Total

Médico Veterinário responsável

Nome/Carimbo Assinatura

Proprietário do animal ou representante legal

Nome/RG Assinatura

Testemunha
273
Nome/RG Assinatura

Testemunha

Nome/RG Assinatura
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 5 DE ABRIL DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 12/04/2004, Seção 1, Página 7

Aprova as Normas para o Controle e a Erradicação do Mormo

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA do Processo nº 21000.001675/2003-05, resolve:


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA Art. 1º Aprovar as Normas para o Controle e
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que a Erradicação do Mormo.
lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento Art 2º O Departamento de Defesa Animal
Interno da Secretaria, aprovado pela Portaria (DDA), quando necessário, baixará normas com-
Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de 1998, plementares a esta Instrução Normativa.
tendo em vista o disposto no Regulamento de Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto vigor na data de sua publicação.
nº 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta

MAÇAO TADANO

ANEXO

NORMAS PARA O CONTROLE E A ERRADICAÇÃO DO MORMO

CAPÍTULO I ra, Pecuária e Abastecimento (MAPA);


274 Médico Veterinário Cadastrado: médico ve-
DAS DEFINIÇÕES terinário cadastrado pelo Serviço de Sanidade
Animal da DFA na respectiva UF, para realização
Art 1º Para os fins a que se destinam estas de coleta e envio de material para a realização de
normas, serão adotadas as seguintes definições: diagnóstico laboratorial de mormo;
Equídeo: qualquer animal da Família Equi- Médico Veterinário Oficial: médico veteri-
dae, incluindo equinos, asininos e muares; nário pertencente ao serviço de defesa sanitária
Foco: todo estabelecimento onde foi com- animal, estadual ou federal;
provada e notificada, pelo serviço veterinário Propriedade em Regime de Saneamento:
oficial, a presença de um ou mais animais infec- estabelecimento o qual, após a confirmação do
tados pelo agente etiológico do mormo (Burkhol- foco, entra em Regime de Saneamento;
deria mallei); Propriedade Interditada: estabelecimento
Fômites: materiais, suposta ou confirmada- onde foi notificada a suspeita de mormo ao servi-
mente, contaminados com o agente etiológico ço veterinário oficial, e, no qual foram aplicadas
do mormo; Laboratório Credenciado: laboratório medidas de defesa sanitária, pelo serviço veteri-
habilitado formalmente pelo MAPA para a reali- nário oficial, incluindo a suspensão temporária
zação de diagnóstico laboratorial de mormo; do egresso e ingresso de equídeos;
Laboratório Oficial: laboratório pertencente Propriedade Monitorada: estabelecimento
à rede de diagnóstico do Ministério da Agricultu- cujo plantel de equídeos é submetido, periodica-
mente, a exames clínicos e laboratoriais, segundo mormo deverá sempre ser realizada por médico
normas estabelecidas pelo DDA, visando à certifi- veterinário oficial ou cadastrado.
cação da propriedade; 5. o resultado do exame para diagnóstico la-
Propriedade: qualquer estabelecimento de boratorial do mormo deverá ser emitido no mes-
uso público ou privado, rural ou urbano, onde mo modelo de requisição.
exista equídeo, para qualquer finalidade, dentro Parágrafo 1º: O resultado Positivo deverá ser
de seus limites; encaminhado imediatamente ao SSA da DFA da
Proprietário: toda pessoa física ou jurídica, UF onde se encontra o animal reagente. O resul-
que tenha, a qualquer título, sob sua posse ou tado Positivo poderá ser encaminhado direta-
guarda, um ou mais equídeos; mente para o Serviço de Defesa Sanitária Animal
Prova da Maleína: prova de hipersensibilida- da Secretaria de Agricultura da UF, a critério do
de alérgica levada a termo mediante inoculação SSA da respectiva UF.
de Derivado Protéico Purificado (PPD) de maleína Parágrafo 2º: O resultado Negativo deverá
na pálpebra inferior de equídeos suspeitos de es- ser encaminhado ao médico veterinário requisi-
tarem acometidos por mormo; tante ou ao proprietário do animal. 6. a amostra
Prova Sorológica de Fixação de Complemen- para exame de mormo, proveniente de qualquer
to (FC): prova sorológica baseada na detecção de Unidade da Federação, deverá estar acompanha-
anticorpos específicos para o mormo, eventual- da de formulário de requisição e resultado apro-
mente presentes em equídeos; vado por esta Instrução Normativa (Anexo I).
Regime de Saneamento: conjunto de me- Art 3º Os animais reagentes à prova de FC,
didas de defesa sanitária animal, aplicadas pelo poderão ser submetidos a teste complementar
serviço veterinário oficial, com o objetivo de eli- de diagnóstico, que será o teste da maleína, nas
minar o agente causal do mormo; seguintes condições:
Serviço Veterinário Oficial: constitui-se do 1. animais reagentes ao teste de FC e que
Departamento de Defesa Animal - DDA/SDA/ não apresentem sintomas clínicos da doença;
MAPA, do Serviço de Sanidade Animal das Dele- 2. animais não reagentes no teste de FC e
gacias Federais de Agricultura nos Estados e do que apresentem sintomas clínicos da doença;
Serviço de Defesa Sanitária Animal da Secretaria 3. em outros casos em que o DDA julgar
de Agricultura ou agência específica da UF. necessário.
Art 4º Não será utilizado o teste complemen-
275
CAPÍTULO II tar da maleína, nas seguintes condições:
1. animais reagentes ao teste de FC e que
DO DIAGNÓSTICO apresentam sintomas clínicos da doença. Neste
caso, a prova de FC será considerada conclusiva;
Art 2º Para efeito de diagnóstico sorológico do 2. animais de propriedade reincidente, que
mormo será utilizada a prova de Fixação de Com- será imediatamente submetida a Regime de Sa-
plemento (FC) ou outra prova aprovada previamen- neamento. Neste caso, a prova de FC será consi-
te pelo Departamento de Defesa Animal (DDA). derada conclusiva;
1. a prova de FC somente poderá ser realiza- Art 5º O teste da maleína será realizado atra-
da em laboratório oficial ou credenciado; vés da aplicação de PPD maleína na dose de 0,1 ml
2. o resultado negativo da prova de FC terá por via intradérmica, na pálpebra inferior de um
validade de 180 (cento e oitenta) dias para ani- dos olhos do animal, e o procedimento de leitura
mais procedentes de propriedades monitoradas deverá ser realizado 48 horas após a aplicação;
e de 60 (sessenta) dias nos demais casos. Parágrafo Único. O teste da maleína será
3. a coleta de material para exame de mor- realizado por médico veterinário do serviço ve-
mo, para qualquer fim, será realizada por médico terinário oficial.
veterinário oficial ou cadastrado. 1. animais que apresentarem, após a aplica-
4. a remessa do material para exame de ção da maleína, reação inflamatória edematosa
palpebral, com secreção purulenta ou não, serão submetidos aos testes de diagnóstico para mormo
considerados positivos; previstos no Capítulo II desta Instrução Normativa;
2. animais que não apresentarem reação à 1. o sacrifício dos equídeos positivos será
maleína deverão, obrigatoriamente, ser retesta- realizado por profissional do serviço veteriná-
dos, num prazo de 45 (quarenta e cinco) a 60 (ses- rio oficial e na presença de 2 (duas) testemu-
senta) dias após a primeira maleinização; nhas idôneas.
3. animais que permanecerem sem reação, Art. 10. A interdição da propriedade somen-
após a segunda maleinização, terão diagnóstico te será suspensa pelo serviço veterinário oficial
negativo conclusivo e receberão o atestado cor- após o sacrifício dos animais positivos e a reali-
respondente (Anexo II), emitido pelo serviço de zação de dois exames de FC sucessivos de todo
defesa oficial, com validade de 120 dias, não po- plantel, com intervalos de 45 a 90 dias, com re-
dendo ser novamente submetidos à prova de FC sultados negativos no teste de diagnóstico.
durante este período.
Art 6º Outras medidas poderão ser adota-
das, a critério do DDA, de acordo com a análise CAPÍTULO V
das condições epidemiológicas e da evolução
dos meios de diagnóstico para o controle e er- DA PARTICIPAÇÃO DE EQUÍDEOS
radicação do mormo. EM EVENTOS HÍPICOS

Art. 11. A participação de equídeos em


CAPÍTULO III eventos hípicos realizados em Unidades da
Federação onde tenham sido confirmados
DA CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADE casos de mormo fica restrita a animais que
MONITORADA PARA MORMO atendam aos seguintes requisitos:
1. apresentar comprovante de exame nega-
Art. 7º A certificação de propriedade moni- tivo de mormo, conforme Anexo I ou Anexo II,
torada para mormo terá caráter voluntário e as dentro do prazo de validade;
condições para a sua realização serão objeto de 2. ausência de sinais clínicos de mormo.
regulamento específico a ser baixado pelo DDA.
276
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO IV
DO CONTROLE DO TRÂNSITO
DA ERRADICAÇÃO DE FOCO INTERESTADUAL DE EQUÍDEOS
DE MORMO
Art. 12. O trânsito interestadual de equíde-
Art 8º A propriedade que apresente um ou os procedentes de Unidades da Federação onde
mais animais com diagnóstico de mormo positi- foi confirmada a presença do agente causador do
vo conclusivo será considerada foco da doença e mormo deverá observar os requisitos sanitários a
imediatamente interditada e submetida a Regi- seguir relacionados:
me de Saneamento. 1. apresentar comprovante de exame ne-
Art 9º Animais positivos serão sacrificados ime- gativo de mormo, dentro do prazo de validade,
diatamente, não cabendo indenização (conforme conforme Anexo I ou Anexo II;
Decreto nº 24.538, de 03 de julho de 1934), pro- 2. ausência de sinais clínicos de mormo.
cedendo-se, em seguida, à incineração ou enterro Art. 13. Equídeos procedentes de Unida-
dos cadáveres no próprio local, à desinfecção das des da Federação (UF) livres de mormo que
instalações e fômites, sob supervisão do serviço ve- ingressem em Unidades da Federação onde foi
terinário oficial. Todos os equídeos restantes serão confirmada a presença do agente causador do
mormo e que regressem à UF de origem ou a CAPÍTULO VIII
outra UF livre de mormo devem apresentar os
requisitos sanitários listados no Art 12 desta DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Instrução Normativa.
Art. 15. A notificação de suspeita de foco
CAPÍTULO VII poderá ser feita pelo proprietário, pela vigilância
ou por terceiros.
DO CONTROLE DO TRÂNSITO Art. 16. Os exames realizados para diagnós-
INTRAESTADUAL DE EQUÍDEOS tico de mormo serão custeados pelo proprietá-
rio do animal, excetuando-se aqueles realizados
Art. 14. Os serviços de defesa sanitária para fins de vigilância sanitária ou de interesse
animal dos estados baixarão normas para o do serviço de sanidade animal.
controle do trânsito de equídeos em seus res- Art. 17. Os casos omissos serão dirimidos
pectivos territórios. pelo DDA.

ANEXO I

REQUISIÇÃO E RESULTADO DO EXAME PARA DIAGNÓSTICO DE MORMO – FC

Laboratório Portaria de Credenciamento Nº do exame


SÉRIE: (UF) Nº
Proprietário do animal Endereço completo Telefone
Veterinário requisitante Endereço completo Telefone
Nome Registro/ Nº/Marca CLASSIFICAÇÃO
Espécie: Raça: JC SH CR H FC UM
Sexo: Idade:
Propriedade onde se encontra Nº de equídeos existentes
Município/UF 277

Pelagem:

Linha
superior
dos olhos
Lado direito Lado esquerdo

Esquerdo Direito Esquerdo Direito

Pescoço vista Focinho


Membros anteriores inferior Membros posteriores
Vista posterior Vista posterior
Descrição do animal:

Requisitante: LABORATÓRIO:

O animal foi examinado por mim,


Data do exame:
nesta data:
Resultado:
Local e data: Validade:

Assinatura e carimbo do Assinatura e carimbop do


Médico Veterinário requisitante responsável técnico

JC – Jóquei Clube; SH – Sociedade Hípica; CR – Cancha reta; H – Haras; FC – Fazenda de criação; UM – Unidade Militar

278
ANEXO II

REQUISIÇÃO E RESULTADO DO EXAME DE MALEINIZAÇÃO

Proprietário do animal Endereço completo Telefone


Veterinário requisitante Endereço completo Telefone
Nome Registro/ Nº/Marca CLASSIFICAÇÃO
Espécie: Raça: JC SH CR H FC UM
Sexo: Idade:
Propriedade onde se encontra Nº de equídeos existentes
Município/UF
Nº do exame do FC: Laboratório onde foi realizado o exame do FC:

Pelagem

Linha
superior
dos olhos
Lado direito Lado esquerdo

279

Esquerdo Direito Esquerdo Direito

Pescoço vista Focinho


Membros anteriores inferior Membros posteriores
Vista posterior Vista posterior

DATA DA APLICAÇÃO DA MALENA: DATA DA LEITURA


INTERPRETAÇÃO DO EXAME: ( ) POSITIVO ( ) NEGATIVO ( ) VÁLIDO
NOME DO RESPONSÁVEL PELO EXAME:
ASSINATURA E CARIMBO
JC – Jóquei Clube; SH – Sociedade Hípica; CR – Cancha reta; H – Haras; FC – Fazenda de criação; UM – Unidade Militar
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 29 DE JANEIRO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 05/02/2004, Seção 1, Página 1

Estabelece os Requisitos de Qualidade para o Credenciamento e Monitoramento


de Laboratórios para Diagnóstico Sorológico do Mormo por meio da Técnica de
Fixação do Complemento.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA Mormo por meio da Técnica de Fixação do Com-


SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, plemento, com seus respectivos procedimentos e
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- anexos.
ção que lhe confere o art. 15, inciso II, do Anexo Art. 2º O credenciamento a que se refere o
I do Decreto nº 4.629, de 21 de março de 2003, art. 1º será concedido a Laboratórios Públicos
o art 4º, da Portaria Ministerial nº 516, de 9 de para inquéritos sorológicos oficiais, trânsito e
dezembro de 1997, tendo em vista o dispos- vigilância em casos de foco e a Laboratórios Pri-
to na Instrução Normativa SDA nº 51, de 27 de vados apenas para o trânsito de animais. Além
junho de 2003, e o que consta do Processo nº dessas aplicações, o Departamento de Defesa
21000.000039/2004-39, resolve: Animal - DDA poderá estabelecer outras que se
Art. 1º Estabelecer os Requisitos de Quali- fizerem necessárias.
dade para o Credenciamento e Monitoramento Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
de Laboratórios para Diagnóstico Sorológico do vigor na data de sua publicação.

RUI EDUARDO SALDANHA VARGAS

ANEXO

REQUISITOS DE QUALIDADE PARA CREDENCIAMENTO E MONITORAMENTO DE LABORATÓRIOS PARA O


280 DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO DO MORMO

1. OBJETIVO: 3.2. Insumos de Referência:


Estabelecer os requisitos de qualidade para - Complemento
que o laboratório seja credenciado pela Coorde- - Hemolisina
nação de Laboratório Animal - CLA, do Departa- - Hemácia de Carneiro a 2%
mento de Defesa Animal - DDA. - Antígeno de Mormo
2. APLICAÇÃO: - Soro Controle Positivo Alto
Aplicam-se aos laboratórios públicos e priva- - Soro Controle Positivo Baixo
dos, limitados às necessidades do DDA no que se - Soro Controle Negativo
refere a número e localização geográfica e que - Kit reagente e padrão cianometahemo-
atendam aos requisitos estabelecidos por esta globina
Instrução Normativa. O suprimento destes insumos está a cargo de
3. MATERIAL: cada laboratório credenciado.
3.1. Antígeno: 3.3. Amostra a ser analisada: soro sanguí-
3.1.1. Só poderão ser utilizados antígenos neo de equídeos.
(Ag) e soros controles registrados no MAPA ou 4. RECEBIMENTO DAS AMOSTRAS:
importados mediante a autorização do MAPA, 4.1. As amostras deverão estar devidamente
observado o prazo de validade. identificadas e acondicionadas sob refrigeração;
4.2. As amostras deverão estar acompanha- municar, oficialmente, ao interessado. A DFA lo-
das de formulário de requisição e resultado de cal poderá determinar que a comunicação seja
exame conforme modelo (Anexo III). feita diretamente ao órgão executor.
4.2.1. Os laboratórios credenciados públicos 7.1.2. Resultado NEGATIVO: Será comunica-
receberão amostras acompanhadas também dos do ao médico veterinário que assinou o pedido
formulários indicados pelo DDA, para os casos de de exame e/ou ao interessado.
vigilância epidemiológica da enfermidade. 7.2. Todo laboratório credenciado deverá
4.3. As amostras serão registradas em livro encaminhar, até o quinto dia útil do mês subse-
próprio, diariamente, conforme modelo estabe- qüente, relatório das atividades mensais ao SSA
lecido pela CLA (Anexo IV). da DFA onde se localiza o laboratório e à CLA,
4.4. As amostras serão obrigatoriamente conforme Anexo IV, independente de terem sido
divididas em duas alíquotas de volumes iguais, ou não realizadas as análises.
suficientes para a realização dos exames de 7.3. Somente poderá assinar o formulário de
prova e contraprova. resultado do exame e o Relatório Mensal o res-
4.5. A tarjeta de identificação da contraprova ponsável técnico ou seu substituto.
(Anexo V) será preenchida e lacrada juntamente 8. DO LABORATÓRIO:
com as amostras para contraprova; o lacre será 8.1. O laboratório deverá possuir instalações,
plástico, numerado e inviolável. equipamentos, vidrarias, utensílios e soluções
5. CONSERVAÇÃO E ESTOCAGEM: adequadas para a realização da prova de Fixação
5.1. A amostra a ser analisada deverá ser do Complemento.
conservada, no máximo 7 (sete) dias, sob refrige- 8.2. As instalações deverão obedecer a um
ração e congelada após este período. fluxo operacional adequado ao desenvolvimento
5.2. As amostras deverão ser estocadas em das atividades propostas.
congelador a -20º C, por 30 (trinta) dias para aná- 9. INSTALAÇÕES:
lise de contraprova. 9.1. Protocolo: Sala destinada ao recebimen-
6. SEGURANÇA BIOLÓGICA to das amostras, registro, expedição dos resulta-
6.1. Recomenda-se a utilização de equipa- dos e arquivo dos mesmos.
mentos de proteção individual (EPI) durante a 9.2. Sala de exame: Neste local, as amostras
realização das atividades laboratoriais. serão processadas, devendo estar provido de
6.2. Por serem as amostras classificadas no bancada impermeável e resistente à desinfecção,
281
grupo A de resíduos sólidos (Resolução do Conselho fontes de eletricidade suficientes e adequadas ao
Nacional de Meio Ambiente n° 5, de 5 de agosto de perfeito funcionamento dos equipamentos e pa-
1993, publicada no Diário Oficial da União n° 166, redes com superfície lavável.
de 31 de agosto de 1993), as mesmas deverão ser 9.3. Sala de lavagem e esterilização: Deverá
autoclavadas a 120°C (cento e vinte graus Celsius) estar provida de fontes de eletricidade, tanques
por 30 (trinta) minutos com 1 (uma) libra de pres- ou pias que permitam a lavagem e esterilização
são antes do descarte. Deverão ser respeitadas as do material utilizado na realização da prova de
normas vigentes de biossegurança. diagnóstico.
7. RESULTADOS E RELATÓRIO: As paredes devem estar revestidas com su-
7.1. Os resultados dos exames deverão ser perfície lavável.
emitidos em formulários próprios, segundo item 10. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO E SUBSTITUTO
4.2 da presente Instrução Normativa (IN) e de 10.1. O(s) responsável(is) técnico(s) deverá(ão)
acordo com o fluxograma determinado. estar habilitado(s) para a realização da prova pelo
7.1.1. Resultado POSITIVO: Imediata e exclu- protocolo estabelecido pela CLA nesta IN.
sivamente comunicado ao Serviço/Seção/Setor 10.2. Para efeito de credenciamento e mo-
de Sanidade Animal (SSA) da Delegacia Federal nitoramento do laboratório, o(s) responsável(is)
de Agricultura (DFA) da Unidade Federativa onde técnico(s) será(ão) submetido(s) a auditorias téc-
se encontra o animal reagente, que deverá co- nicas com acompanhamento do ensaio no pró-
prio laboratório, realizadas por auditores perten- 12.2. Formulário de Cadastro de Laborató-
centes à rede da CLA. rio preenchido;
10.2.1. Como alternativa, serão realizadas 12.3. Currículum vitae resumido do respon-
provas de habilitação nas unidades da rede de sável técnico e/ou do substituto (atividades rela-
laboratórios da CLA/MAPA, com critérios e crono- cionadas ao credenciamento);
grama, por ela definidos. 12.4. Declaração do CRMV da jurisdição de
11. REALIZAÇÃO DOS EXAMES DE CONTRA- que está inscrito regularmente, está em dia com
PROVA suas obrigações e não responde a processo ético,
11.1. A realização de contraprova somente do responsável técnico e/ou do substituto;
será efetuada no laboratório realizador do exame. 12.5. Cópia da carteira de registro profis-
11.2. A solicitação deverá ser feita (Anexo VI), sional no CRMV do responsável técnico e/ou
pelo interessado, no prazo máximo de 8 (oito) dias do substituto.
a contar da data do recebimento do resultado. 12.6. Documentos relativos à habilitação dos
11.3. A contraprova será solicitada direta- responsáveis técnicos (titular e substituto): certi-
mente ao SSA/DFA da UF onde se encontra o ani- ficado de habilitação expedido pelo MAPA e rela-
mal reagente. O SSA da DFA comunicará ao labo- tório da auditoria realizada pela CLA.
ratório responsável pelo exame, agendando data 12.7. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídi-
e horário da realização do exame da contraprova, ca, atualizado;
podendo o técnico deste serviço assistir, fiscalizar 12.8. Planta baixa ou croqui do laboratório
e observar o resultado. com a localização dos equipamentos necessários
11.4. A ausência do representante do SSA/ ao credenciamento;
DFA não constitui óbice para a realização do mes- 12.9. Cópia da licença de funcionamento,
mo, desde que tenha sido observado o disposto atualizada, expedida pela Autoridade Sanitária
no item anterior. competente local, explicitando as atividades para
11.5. As amostras destinadas a contraprova as quais o laboratório está habilitado.
deverão ser mantidas por um período mínimo de 12.10. Autorização de funcionamento, emiti-
30 (trinta) dias após a emissão do resultado para da por autoridade maior, no caso de Instituição
eventual solicitação do MAPA. de ensino e/ou pesquisa;
11.6. Cabe ao interessado ou ao médico ve- 12.11. Manuais da Qualidade e Manuais de
terinário requisitante do exame de contraprova Procedimentos Técnicos;
282
apenas assistir e observar a exatidão do resultado 12.12. Declaração do responsável técnico
do(s) exame(s). e substituto(s), formalizando ter conhecimen-
11.7. O resultado da contraprova será emiti- to da legislação em vigor, para o credencia-
do em novo formulário de requisição e resultado mento e monitoramento de laboratórios para
de exame de MORMO e encaminhado de acordo o diagnóstico do Mormo;
com o fluxograma estabelecido no item 7.1. 12.13. Relação dos funcionários envolvidos
11.7.1. Identificar como exame de contrapro- nas análises objeto do credenciamento, vínculo
va, no campo observações do formulário, o número e carga horária.
de lacre e número do registro do exame anterior. Obs:
11.8. A desistência do médico veterinário 1) No caso de responsável técnico e/ou subs-
requisitante do exame ou seu representante, me- tituto em laboratório de terceiros, os documen-
diante declaração escrita ou sua ausência na reali- tos de solicitação deverão ser expedidos pelo pro-
zação do exame de contraprova, implicará na pre- prietário, dirigente e/ou responsável técnico.
valência do resultado obtido no exame anterior. 2) No caso em que a prova de habilitação for
12. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA realizada no momento da vistoria, toda a docu-
CREDENCIAMENTO: mentação acima solicitada deverá ser entregue ao
12.1. Solicitação de credenciamento emitida auditor responsável pela vistoria, que a encaminha-
pelo representante legal da firma; rá à unidade responsável pelo credenciamento.
I - PROCEDIMENTOS Banho-maria: 62ºC
1. INTRODUÇÃO Banho-maria: 37ºC
Fixação do Complemento consiste em um Centrífuga (900 x g) para tubos de 15 mL
método de diagnóstico sorológico de eleição para Centrífuga (900 x g) para tubos de 50 mL
o mormo, por se tratar de um teste com alta sen- Centrífuga Refrigerada (900 x g)*
sibilidade e especificidade, segundo a OIE. Destilador
Esta técnica detecta quase que exclusivamen- Espectrofotômetro digital (alcance 540 nm)
te anticorpos IgG1, que são específicos da infecção. Espelho leitor *
Um anti-soro teste é titulado em diluição seriada Estufa bacteriológica: 37ºC
e uma quantidade fixa de antígeno é adicionada Freezer: -70ºC *
a cada poço. Se o anticorpo estiver presente no Refrigerador
anti-soro, formam-se complexos imunes. O com- Potenciômetro
plemento é então adicionado à solução. Relógio marcador de tempo - até 60 minutos
Nesta etapa, antígeno, soro teste e comple- Vortex
mento estão reagindo juntos. (*) equipamentos opcionais
Se os complexos estiverem presentes, o 3. VIDRARIA E UTENSÍLIOS
complemento é ativado, sendo fixado e con- Cuba para banho de gelo, com aproxima-
sumido. Na etapa final da reação, as células damente 44x30x08 cm
indicadoras (eritrócitos), juntamente com uma Cubetas para reagentes
quantidade subaglutinante de anticorpo (anti- Estante para tubos de ensaio
corpo antieritrócito) são adicionados à mistura. Gaze
Se houver qualquer complemento remanes- Microplaca em fundo “U”, com 96 poços
cente, estas células serão lisadas; se o comple- Papel de filtro retangular
mento tiver sido consumido na etapa dois pelos Papel contato ou alumínio
complexos imunes, as células não serão lisadas Papel milimetrado di-Log
devido a quantidade insuficiente de comple- Pipeta monocanal de 100 a 1000 μl
mento presente na solução. A quantidade de Pipeta multicanal de 10 a 200 μl
complemento utilizada é apenas suficiente Pipetas de vidro de 1 mL
para lisar as células indicadoras se absoluta- Pipetas de vidro de 10 mL
mente nada do complemento for consumido. Pipetas de vidro de 2 mL (escala 1:10)
283
Os controles adequados são de fundamen- Pipetas de vidro de 2 mL (escala 1:100)
tal importância neste método porque algumas Pipetas de vidro de 5 mL
preparações de anticorpos consomem com- Pipetador automático ou pêra
plemento sem adição de antígeno, por exem- Ponteiras para pipetas automáticas, des-
plo, soros que já contém complexos imunes. cartáveis.
Alguns antígenos também podem apresentar Provetas de 100 mL
atividade anticomplementar. Portanto, os Tubos cônicos milimetrado de 15 mL (para
controles devem incluir somente anticorpo e centrífuga)
somente antígeno para verificar que nenhum Tubos cônicos de 50 mL (para centrífuga)
destes esteja, por si só, fixando complemento. Tubos de ensaio 13 x 150 mm
O resultado do teste de Fixação do Comple- Tubos de ensaio 18 x 180 mm
mento é baseado no percentual de hemólise Tubos de ensaio 10 x 70 mm
dos eritrócitos sensibilizados. Tubos de ensaio 10 x 50 mm
2. EQUIPAMENTOS Balão fundo chato 250 e 1000 mL
Agitador de microplacas Erlenmeyer 50 mL, 250 mL e 1000 mL
Autoclave 4. SOLUÇÕES
Balança Solução Concentrada de Trietanolamina
Banho-maria: 58ºC ou Veronal
Solução de Trabalho de Trietanolamina ou Calcular o volume total de RBCs 2%, requeri-
Veronal do de acordo com a etapa seguinte:
Água Destilada 1 - Desprezar o sobrenadante (Alserver). La-
II - RECEPÇÃO E PREPARO DE AMOSTRAS var a hemácia com diluente 3 (três) vezes.
O teste de Fixação de Complemento de- 2 - Filtrar o sangue preservado em gaze es-
tecta anticorpos apenas no soro. Plasma não é téril dentro de um tubo de centrífuga de 50 mL,
aceitável para este teste. O soro deve ser de boa adicionar solução de trabalho e centrifugar a 900
qualidade e livre de contaminação bacteriana x g por 10 minutos.
e excesso de hemólise. As amostras devem es- 3 - Remover o sobrenadante por sucção.
tar devidamente identificadas nos tubos com o Adicionar solução trabalho ao tubo, mixar gentil-
nome ou número do animal. Estas amostras de- mente por inversão, ressuspendendo a hemácia e
vem ser remetidas, refrigeradas ou congeladas, recentrifugar a 900 x g por 10 minutos.
quando centrifugadas, e acondicionadas em 4 - Cuidadosamente, remover o sobrenadan-
caixa de isopor com gelo. te e leucócitos por sucção.
As amostras testes e o soro controle (po- Adicionar solução de trabalho para ressus-
sitivo alto, baixo e negativo) serão diluídos na pender a hemácia e transferir para um tubo de
proporção de 1:5 em solução de trabalho (125 centrífuga volumétrico de 15 mL.
μl soro + 500μl). Mixar gentilmente e recentrifugar como no
Amostras de equinos e os controles devem passo anterior.
ser inativados em banho-maria a 58ºC por 35 mi- 5 - Inspecionar a coloração do sobrenadan-
nutos. Amostras de muares, asininos e éguas pre- te. Se colorido, descartar a hemácia e repetir o
nhes serão inativados a 62,5 ºC por 35 minutos. procedimento inicial com nova hemácia.
Remover as amostras após o período de inativa- 6 - Cuidadosamente remover o sobrenadan-
ção, deixar em temperatura ambiente, se for ime- te por sucção sem destruir as células. Observar o
diatamente testados ou guardar em temperatura volume final de hemácia.
de 4ºC, por um período máximo de 24 horas. 7 - Calcular a quantidade de diluente para
Preparação e Lavagem das Células Sangüíne- ressuspensão da hemácia.
as Vermelhas (RBCs) Para cada 1 mL de hemácia compactada,
Determinar o volume de hemácia requerido adicionar 34 mL de diluente.
para a suspensão de 2%: 8 - Padronização da Hemácia a 2%:
284
Para preparação do padrão de cor, são ne- Ligar o espectrofotômetro antecipadamente,
cessários 12,0 mL de RBCs 2%; conforme instruções do fabricante.
Determinar se a titulação de hemolisina é Cuidadosamente, pipetar 1,0 mL da suspen-
necessária. Se for, aumentar o volume requerido são de hemácia dentro de um frasco volumétrico
para 36,0 mL de RBCs 2%; contendo 25 mL de solução de Drabkin. Mixar
Para a titulação do complemento, aumentar bem invertendo 10 vezes para lisar as células.
o volume para 12,0 mL; Calibrar o aparelho com o padrão de cianome-
Para o teste diagnóstico, adicionar 2,0 mL tahemoglobina, com comprimento de onda de
para titulação do soro e 1,2 mL para cada soro no 540 nm. Calcular o volume final da suspensão de
teste de screening; célula usando a seguinte fórmula:

Volume (DO da suspensão teste) X (Volume original da suspensão teste 1 mL)


final = DO alvo para uma suspensão de hemácea a 2%
Diluir a suspensão com o diluente na quan- b) Padrão de Hemoglobina (HS):
tidade encontrada. Preparar uma solução de HS, colocando
Reagente e Padrão de Cianometahemo- 0,1 mL do HS em 12,5 mL da solução de Dra-
globina bkin. Mixar bem.
a) Solução de Drabkin (DS): c) Preparação do Padrão de CMH:
Preparar uma diluição 1:100 da solução es- Rotular 5 tubos (12x100 mm) para as con-
toque de Drabkin em água destilada. centrações padrões de 80, 60, 40, 20, e 0 mg%.
Esta solução é estável por no mínimo 6 (seis) Adicionar DS e HS nos tubos de acordo
meses em frasco escuro. Descartar se apresentar com o seguinte:
turvação ou precipitados. Concentração CMH (mg%)

80 60 40 20 0
HS (mL) 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0
DS (mL) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0

Zerar o espectrofotômetro com o tubo 0,0 mg% CMH.


Fazer 3 Três leituras da densidade óptica de cada tubo. Zerar o aparelho para cada tempo e cal-
cular a média das leituras.
d) Cálculo da DO alvo:

Concentração CMH Leitura DO


80 0,492
60 0,369
40 0,246
20 0,128
200 1,236
Fator do Instrumento = 200 mg% = 161,81 mg%/DO
1,236 285

Cada DO alvo da suspensão de célula de carneiro é o padrão CMH % dividido pelo fator de instru-
mento. O padrão CMH mg% é um valor médio para um pool de hemácias de carneiro.

Suspensão de célula de carneiro (%) Padrão CMH mg%


2,0 25,03
2,8 35,04
3,0 37,54
Exemplo: DO alvo para suspensão a 2%:
25,03 = 0,15
161,81
Padrão de Cor Adicionar 24,0 mL da solução de trabalho
1 - Preparação da Solução de Hemoglo- em erlenmeyer.
bina (Hg): Adicionar 6,0 mL da suspensão de hemá-
Adicionar 18,0 mL de água destilada em cia a 2% para fazer uma suspensão de0,4% de
erlenmeyer hemácia.
Adicionar 6,0 mL da suspensão de hemá- Mixar gentilmente por inversão.
cia a 2%. 3 - Padrão de Cor:
Mixar em vortex até toda célula lisar. Rotular 13 tubos sorológicos (10 x 50) com
Adicionar 6,0 mL da solução mãe. as porcentagens de hemólise como mostrado na
Mixar a solução de hemoglobina e aguar- tabela 1. Rotule o padrão 0% com os dados e hora
dar uso. da preparação.
2 - Preparação de Solução de Hemácia a
0,4%:

Tabela 1:
0% 10% 20% 25% 30% 40% 50% 60% 70% 75% 80% 90% 100%
Hg 0 0,4 0,8 1,0 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,0 3,2 3,6 4,0
Cel 4,0 3,6 3,2 3,0 2,8 2,4 2,0 1,6 1,2 1,0 0,8 0,4 0

Mixar os tubos em vortex e centrifugar 900 x Para todo trabalho com o complemento, é
g durante 10 minutos e fazer leitura da D.O. Esto- necessário banho de gelo.
car em temperatura 4 ºC até momento do uso. Adicionar 9,0 mL da solução de trabalho em
I.V. Preparação das Células Sangüíneas Sen- tubo 13 x 150 mm.
sibilizadas (RBCs) Tomar uma alíquota do C’ do freezer -70
Adicionar 12,0 mL da hemácia a 2% em um ºC ou -20 ºC.
frasco de 50mL. Retirar 1,0 mL do C’ e adicionar na solução
Preparar uma diluição de hemolisina a par- de trabalho e mixar gentilmente, obtendo a di-
286 tir da hemolisina estoque 1:10 luição 1:10 de complemento. Deixar a solução
Adicionar 12,0 mL da solução da diluição estabilizar por 20 minutos.
acima à solução da hemácia. Preparar as diluições do C’ de 1:500, 1:600
Mixar rapidamente. e 1:700. As diluições indicadas aqui são apenas
Incubar por 10 minutos em banho-maria exemplos e podem variar de acordo com a titula-
a 37 ºC. ção do lote do complemento. Adicionar solução
Titulação do Complemento (C’) de trabalho e C’ de acordo com a tabela 2.
Tabela 2:
TÍTULO C 1/10 DILUENTE
200 0,4 7,6
250 0,3 7,2
300 0,3 8,7
400 0,3 11,7
500 0,3 14,7
600 0,3 17,7
700 0,3 20,7
Mixar gentilmente por inversão. Adicionar 1,6 mL das células sensibilizadas
Estabilizar o C’ diluído por 20 (vinte) minutos. em cada tubo.
Rotular três séries de tubos 10 x 50 mm; uma Mixar os tubos no vortex e colocar em ba-
série para cada diluição do C’. nho-maria a 37 ºC por 15 minutos.
Adicionar solução de trabalho nos tubos na Remover os tubos e mixar em vortex.
quantidade indicada na tabela 3. Recolocar os tubos no banho-maria a 37 ºC
Adicionar o C’ diluído nos tubos na quanti- por mais 15 minutos.
dade indicada na tabela 3.

Tabela 3:
REAGENTE TUBO 1 TUBO 2 TUBO 3 TUBO 4
DILUENTE 1,0 0,6 0,22 0,0
COMPLEMENTO 1,0 1,4 1,8 2,2
SISTEMA 1,4 1,4 1,4 1,4
HEMOLÍTICO

Remover os tubos do banho-maria e centri- reta entre os pontos médios.


fugar 900 x g por10 minutos. 4 - Determinar a inclinação da linha.
Ler a densidade óptica dos tubos com com- Em qualquer ponto da reta, medir uma reta
primento de onda de 540 nm. de 10 cm para a direita;
Comparar cada tubo das séries com o pa- Medir a distância vertical em mm do fi-
drão de cor. nal da reta horizontal com a reta inclinada
Determinar o percentual de hemólise para dos pontos médios.
cada tubo. Para obter a inclinação, medir os dois pontos
Construir o Gráfico Logarítmico: médios e marcar o centro. Deste ponto, traçar uma
1 - Para cada série de 4 tubos da titulação, reta até o eixo y . Se a inclinação for 0,44 ± 20%,
plotar num papel logarítmico continue como descrito abaixo. Se a inclinação não
volume de C’ em mL (eixo Y) versus o percen- estiver dentro deste parâmetro, repetir a titulação
tual de hemólise correspondente (eixo X). do C’ com novo lote de hemácia preservada. 287
Os tubos 1, 2 , 3 e 4 correspondem aos nú- Determinando a diluição do C’ requerido
meros logarítmicos 3, 4, 5 e 6 do eixo Y. para o teste diagnóstico:
Além disso, os números logarítmicos do eixo Do ponto médio dos pontos médios, traçar
Y, 3, 4 , 5 e 6 correspondem a 0,3, 0,4, 0,5 e 0,6 uma reta horizontal para o eixo Y;
mL do C’ (Figura 1). Ler o volume em mL para o gráfico. Este
2 - Um gráfico é válido quando 2 pontos es- volume contém uma unidade de 50% de he-
tão à esquerda e 2 pontos estão à direita da linha mólise de C’ (C’H50);
vertical “50”. Um gráfico também é válido se um Determinar o volume contendo 5,0 C’H50,
ponto médio passa sobre a linha “50”. Se todos multiplicando o volume contendo uma unidade
gráficos são inválidos, repetir a titulação do C’ de C’H50 por 5 (5,0 C’H50 em 0,2 mL é a quanti-
com diferentes diluições de C’. dade requerida para o teste diagnóstico);
3 - No gráfico válido, plotar os pontos dos Do gráfico válido, calcular a diluição de C’
tubos 1 e 2 e marcar o ponto médio. necessária para obter 5,0 C’H50 em 2,0 mL pela
Repetir com os pontos 3 e 4 - Passar uma seguinte equação:

Diluição de C’ usado na titulação = diluição de C’ no teste .


Quantidade de C’ usado na titulação quantidade de C’ usado no teste
Exemplo: O volume de C’ na titulação na dilui- de C’ no teste é 0,2 (0,025 mL/poço x 8 poços). A
ção 1:500 é 2,15 mL (5,0 x 0,43 mL). A quantidade diluição de C’ para o teste é calculado como segue:

500 = X 2,15x = 500 x 0,2 = 100


2,15 0,2

x = 100 = 46,5
2,15

(0,6) 6

(0,5) 5
C’ volume em mL

(0,4) 4

(0,3) 3

288 2

1 0,05 0,1 0,2 0,5 1 2 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 X

Percentual de Hemólise

Execução do Teste um frasco pequeno ou tubo de ensaio, depen-


1- Preparação do C’ diluído dendo da quantidade.
Determinar o volume de C’ diluído requeri- Adicionar o volume de C’ 1:10 dentro do
do para o teste, multiplicando o número de po- frasco com solução trabalho e mixar gentil-
ços no teste por 0,025 mL. mente.
Calcular o volume de solução de trabalho e Manter esta diluição em temperatura de 4ºC.
do C’ 1:10 contendo 5,0 C’H50 , como determina- Deixar estabilizar por 20 minutos.
do na titulação do C’. 2 - Rotulagem das Microplacas
Adicionar o volume calculado de solução em Placa para Titulação de Soro:
A 1:5 1 2 3 3 3 3 3 CH CL CN 0% 1
B 1:10 25% 2
C 1:20 50% 3
D 1:40 75% 4
E 1:80 100% 5
F 1:160 6
G 1:320 7
AC 9 8

3 - Preparação do Antígeno: estufa a 37ªC por 1 (uma) hora.


Determinar o volume de antígeno requerido 4.2. Adição de Células Sensibilizadas e Não-
multiplicando o número de poços que recebem Sensibilizadas
antígeno por 0,025 mL. Diluir o antígeno na di- Determine o volume de células sensibiliza-
luição 1:125. das necessário para o teste multiplicando o total
Preparar o volume requerido em solução de poços no teste por 0,05 mL.
trabalho e mixar. Remover a Hemácia a 2% estocada em 4 ºC e
Estocar a solução de antígeno a 4 ºC até o agitar gentilmente até ressuspensão.
momento do uso. Adicionar, em um frasco, volume de hemá-
4 - Adição dos Reagentes e Amostras nas cia igual ao volume de solução de trabalho com
Placas: hemolisina diluída.
4.1. Titulação do Soro: Incubar em banho-maria a 37 ºC por 10
Adicionar 25 μl da solução de trabalho nos minutos.
poços de titulação 1:10 a 1:320 e na linha de AC. Remover o sistema hemolítico do banho-
Adicionar 25 μl do soro teste nos poços de maria.
diluição 1:5, 1:10 e AC. Adicionar 50 μl das células sensibilizadas nos
Adicionar 25μl dos soros controles (positivo alto poços das diluições de 1:5 a 1:320 e AC das placas
e baixo e negativo) nos poços de diluição 1:5, 1:10 e de titulação e colunas M e CC do teste screening.
AC nas respectivas colunas, conforme figura I. Adicionar 25 μl da hemácia a 2% nos poços 289
Com um microdiluidor de 25 μl, mixar os so- 7, 8 e 9 do controle dos reagentes.
ros controles e soros testes nos poços de titulação 4.3. Adição de Outros Reagentes e Incubação:
1:10 por quatro segundos. Transferir e mixar soro Adicionar 125 μl de cada padrão de cor, indi-
nas sucessivas diluições para cada poço. Na últi- vidualmente, nos poços rotulados de 0 a 4+.
ma diluição (1:320), desprezar 25 μl. Cobrir as placas e mixar por 1 minuto.
Adicionar 25 μl do antígeno diluído nos po- Incubar as placas em estufa a 37 ºC por
ços da diluição 1:5 a 1: 320. 20 minutos.
Adicionar 25 μl do C’ diluído nos poços da Remover as placas e mixar para ressus-
diluição 1:5 a 1:320 e linha AC. pender as células não lisadas. Incubar nova-
Controle dos Reagentes (ver tabela 4). mente por 25 minutos.
Mixar as placas por 1 minuto. Cobrir as pla- Centrifugar as placas por 5 minutos a 300 x g ou
cas para minimizar a evaporação e incubar em deixar por pelo menos duas horas em geladeira.
Tabela 4 - Controle dos Reagentes
POÇO μl DIL μL Ag μl C’ μl SH μl H2% Resultados
1 25 25 25 50 0
2 50 25 50 4+
3 50 25 50 0
4 50 25: 1/2 50 Traços a 3+
5 25 25 25: 1/2 50 Traços a 3+
6 75 50 4+
7 100 25 4+
8 75 25 25 4+
9 75 25 25 4+

Controle anticomplementar do antígeno Compare os controles dos reagentes para


2 - Se houver hemólise, as hemácias estão determinar se estão dentro dos padrões estabe-
com problema lecidos na tabela 4. Caso contrário, repita todo o
3 - C’ livre, hemólise total procedimento.
4 - Verificar a força do C’, 1+ é o ideal Fazer a leitura do percentual de hemólise
5 - Controle anticomplementar do antígeno, de cada poço testado. Este percentual é baseado
se houver muito C’. no tamanho, cor do sobrenadante e espessura do
6 - Controle de hemolisina botão, em respectiva ordem de importância.
7 - Controle das células As células sensibilizadas devem estar com-
8 - Controle das células pletamente hemolisadas no controle AC. Caso
9 - Células na presença do antígeno contrário, o soro é tido como anticomplementar,
Interpretação dos Resultados devendo-se solicitar nova amostra.
Ler os resultados dos controles dos reagen- O título registrado é a diluição seguinte da
tes comparando o percentual de hemólise com o última da fixação do complemento.
290 padrão de cor. Interpretar os resultados baseados Se restarem poucas células no poço, o soro
na tabela 5. é tido como inconclusivo. Solicitar nova amostra.

Tabela 5: Equivalência da leitura do percentual de hemólise e valores numéricos


Percentual de Hemólise Interpretação Diagnóstico
0 4+ Positivo
25 3+ Positivo
50 2+ Positivo
75 1+ Positivo
100 Negativo Negativo

Restando poucas células a amostra será considerada inconclusiva.


OBS: O preenchimento do laudo deverá ser conclusivo contendo as seguintes informações:
NEGATIVO
POSITIVO: Indicar o título encontrado.
INCONCLUSIVO: Requer nova coleta.
ANTICOMPLEMENTAR: Requer nova coleta.
ANEXO I

Titulação da Hemolisina: Da HL 1/10 fazer HL 1/100 = 1 mL HL 1/10 +


Lavar as hemácias: Calcular o volume que 9,0 mL diluente.
será necessário de hemácia 2%. Fazer 3 (três) la- Diluir HL 1:1000 = 18 mL dil. +2,0 1:100.
vagens a 900 x g por 10 minutos. Rotular tubos 15x180 ou 18x180 de 1:1500,
Da Hemolisina (HL) pura, fazer a diluição 2000, 2500, 3000, 4000, 8000 e 16000.
1/10 em solução salina 0,85%. Diluir a hemolisina conforme o quadro 1.

DIL. FINAL HL DIL (mL) HL 1:1000 mL


1:1500 1,0 2,0
1:2000 2,0 2,0
1:2500 3,0 2,0
1:3000 2,0 1,0
1:4000 3,0 1,0
1:8000 7,0 1,0
1:16000 15,0 1,0

Sistema Hemolítico: nho-maria a 37ºC por 10 minutos.


Em tubos 12x100 mm ou 13x100 mm, rotu- Preparar o Complemento (C’) 1:200, 1:250 e
lar de 1:1000 até 1:16000 e colocar em cada tubo 1:300:
2,0 mL de H2% e 2,0 mL da diluição de HL do Rotular 3 séries de tubos para leitura em es-
quadro acima. pectrofotômetro das diluições do C’
Agitar cada tubo em vortex e colocar em ba-

0,8 mL dil
1/1000 – 1/1500 – 1/2000 até 1/16000 – C’ 1/200 0,4 mL C’1/200 291
0,8 mL SH

0,8 mL dil
1/1000 – 1/1500 – 1/2000 até 1/16000 – C’ 1/250 0,4 mL C’1/250
0,8 mL SH

0,8 mL dil
1/1000 – 1/1500 – 1/2000 até 1/16000 – C’ 1/300 0,4 mL C’1/300
0,8 mL SH

Misturar para agitação e levar a banho-maria minutos. Fazer leitura em espectrofotômetro


37 ºC por 30 minutos (agitar com 15 minutos). e registrar os valores inclusive do PC.
Fazer o gráfico:
Preparação do Padrão de Cor: Em papel milimetrado, tomar uma reta na
Preparar padrão de cor (PC) igual a prova de horizontal de 20 cm (ou 30 cm) e, deste, marcar a
mormo. Registrar o valor das D.O. diluição 1:1000. Para calcular as demais frações,
Centrifugar todos os tubos 900 x g por 10 dividir 20000 por cada diluição.
Ex.: dois quadrantes (2,0 em 2,0 cm).
20000 = 13,3 Marcação dos Pontos: Fazer a leitura das
1500 D.O das três diluições do C’ para todos os valores
A partir do ponto 0 (zero), marcar 13,3 cm. 1/1000 até 1/16000. Associar o valor da D.O ao
Calcular até diluição 1:16000. percentual de hemólise do PC. Marcar os pontos
Na reta vertical, marcar os percentuais de e fazer o gráfico. O ponto ótimo será aquele que
hemólise de 10 a 100%, com espaço de dois em mostrar uma estabilidade (Figura 2).

100

80
1 Percentual de Hemólise

60

40

20

0
32000

16000

8000

4000

3000

2500

2000

1500

1000
Diluição da Hemolisina

Referências Bibliográficas
292
United States Department of Agriculture/National Veterinary Services Laboratories - Testing Protocol. Complement Fixa-
tion Test for Detection of Antibodies to Burkholderia mallei: Microtitration test. Ames, IA - April 30, 1997.
ROITT, I, BROSTOFF, J, MALE, D Imunologia. Editora Manole, 5ª ed., 1999, 421p.

ANEXO II

SOLUÇÕES E REAGENTES Colocar o volume com água destilada


Tampão de Trietanolamina (TEA) - Solu- para (um) litro
ção mãe Solução Diluída de Trietanolamina - So-
Colocar em um frasco com graduação lução de trabalho
para um litro: Adicionar em um frasco graduado para
28 mL de trietanolamina (Merck 108379) um litro:
180 mL de ácido Clorídrico 1N (Merck PA 100 mL da solução mãe
15893) 0,5 g de gelatina em água fervente (Mer-
75 g Cloreto de sódio (Merck 6404) ck 4070)
1 g Cloreto de magnésio hidratado (Mer- Medir o pH que deve estar entre 7,3 e 7,4. O
ck 5833) pH pode corrigir com ácido cítrico.
0,2 g Cloreto de cálcio (Merck 2382) Dissolver o Cloreto de Sódio em aproxima-
damente 600 Ml de água destilada em um Balão Hemácias de Carneiro
Volumétrico de 1L. Acrescentar os demais reagen- Deve ser escolhido um ou mais carneiros
tes na ordem relacionada. que produzam hemácias em um grau de sensi-
A Trietanolamina é um líquido muito viscoso bilidade satisfatório e constante, sangrando-se
e deve medir-se cuidadosamente, por exemplo: sempre os mesmos carneiros.
transferindo para um cilindro graduado com um O sangue deverá ser colhido assepticamente
Bastão de Vidro ou uma Pipeta, de modo que a em um recipiente que contenha um volume de
Trietanolamina não toque as paredes do cilindro, Solução de Alsever na mesma quantidade que o
até o volume de 28 mL; também pode-se pesar a volume de sangue.
Trietanolamina em recipiente de precipitados (28 Deve-se agitar cuidadosamente. Aliquo-
mL equivalem a 31,45 g). Como a densidade dos tar, em tubos de ensaio 18x180 e refrigerar.
diferentes lotes pode variar ligeiramente, deve-se Usar após 5 dias.
reajustar o peso requerido. Qualquer que seja o Hemolisina (Amboceptor)
método adotado, o recipiente no qual se mediu Trata-se de um soro que contém um alto
a Trietanolamina deve enxaguarse perfeitamente título de anticorpos contra as hemácias de car-
com a solução do Balão Volumétrico para ter-se a neiro. Quando se combina este anticorpo com
segurança de que toda a Trietanolamina se incor- hemácias em suspensão, diz-se que estas estão
porou ao diluente. As soluções mãe de Cloreto de sensibilizadas, isto é, em presença de comple-
Magnésio e Cloreto de Cálcio, preparamse segundo mento livre sofrem lise.
a explicação dada para o 1º diluente citado, mas A Hemolisina deve ser preparada somente em
com um grau de concentração 10 vezes maior, quer coelhos. A maioria dos trabalhos de técnicas soro-
dizer: 10g de MgCl26H2O resultam em 11,8 mL de lógicas (i.e. Campbell e cols., 1963 ou Cruickshank,
solução mãe 4,16 mol/L e 10 g de CaCl22H2O resul- 1965) apresentam detalhes sobre o método de pre-
tam em 54,4 mL de solução mãe 1,25 mol/L. paração da Hemolisina. A Hemolisina encontrada
O pH da solução diluída estará entre 7,3 - 7,4 no comércio, geralmente na forma líquida, é con-
a 20ºC; cada novo lote de diluente na concentração servada em um volume igual de glicerina.
de razão 10 deverá ser aferido antes de seu uso. Complemento
Tampão Veronal (Solução mãe) Sangrar pelo menos 4 cobaias, separar o mais
Adicionar 100 mL de água destilada em er- breve possível o soro do coágulo e misturar para
lenmeyer de 250 mL. preparar o Complemento. Os cobaias adultos e
293
Adicionar 20,3g de MgCl26H2O. bem nutridos com verduras frescas produzem um
Adicionar 4,4g de CaCl22H2O. complemento de boa qualidade. Os animais de-
Misturar gentilmente. verão estar em jejum de 12 horas. Não se utiliza-
Estocar em refrigeração. rão fêmeas prenhas nem recém-paridas. O Com-
Alsever plemento deve permanecer congelado a -40°C ou
Glicose - 18,66g temperaturas mais baixas, desde que com meios
Cloreto de Sódio - 4,18g adequados. O armazenamento em nitrogênio
Citrato de Sódio - 8,0g líquido é um procedimento eficaz e prático. O
Ácido Cítrico - 0,55g Complemento pode ser adquirido liofilizado e/ou
Água destilada q.s.p - 1000 mL desidratado; ainda que neste caso deva ser arma-
A solução deve ser esterilizada em autocla- zenado em refrigerador ou congelador.
ve, após ser filtrada em filtro de Seitz. O sangue Instruções:
de carneiro pode ser conservado assepticamen- 1. Do campo observações, deverá constar in-
te em refrigerador em frascos com tampa de formações referente a: histórico do animal, even-
rosca. Não deve ser utilizado antes de 5 dias, tuais sintomas, contatos, deslocamentos.
pelo menos, após a sangria, e pode ser utilizado 2. Resenha
até 6 (seis) semanas após, desde que não esteja - Procure fazer a resenha o mais fielmente
contaminado. possível.
- Utilizar caneta azul ou preta. - rajados - indicar com a letra Rj
- Indique o remoinho sempre com um sim- - Mancha Branca deve ser indicada por MB.
ples “x” no local, puxando um traço que de- - LADRE é a mancha de coloração rósea,
verá - terminar com um “R”. presente no lábio superior, entre as narinas.
- Indique a espiga com um traço ondulado. Deve ser indicada, escrevendo-se a palavra
- Indique somente os contornos das mar- LADRE por extenso.
chas, estrelas ou calçados dos animais. - BETA é a mancha de coloração rósea pre-
- Nunca pinte ou preencha os contornos sente no lábio inferior.
fazendo um sombreado mais escuro nas - Quando houver ÁREA NÃO DESPIGMENTA-
áreas de mancha. DA (área da cor da pele do animal na parte
- Dois traços paralelos sobre um membro interna do LADRE ou BETA), deve ser indica-
indicam que este membro não tem mancha da por AND.
branca, isto é, não é calçado. - Para animais pampas, indique apenas o
- Cicatrizes devem ser desenhadas. contorno das manchas escrevendo nas áreas
- Casco: de cor preta - não escrever, nem in- a inicial da cor existente (branco, B - casta-
dicar nada nho, C - ou alazão A).
- de cor branca - indicar com a letra Br

ANEXO III

”Timbre do Laboratório” Credenciado por meio da Portaria nº/2003


REQUISIÇÃO E RESULTADO
DO EXAME PARA DIAGNÓSTICO DE MORMO

Proprietário Propriedade
294 Endereço da Propriedade/Endereço para Nº de cadastro estadual Telefone
contato:

Nome: Espécie: Equina: Asanina: Muar:


Raça: Idade: Sexo/Gestação:
Nº de registro/marca: CLASSIFICAÇÃO
Utilidade: JC SH CR H FC UM
Local onde se encontra:
Pelagem

Linha
superior
dos olhos
Lado direito Lado esquerdo

Esquerdo Direito Esquerdo Direito

Pescoço vista Focinho


Membros anteriores inferior Membros posteriores
Vista posterior Vista posterior

Descrição dos sinais:

Observações:
295

REQUISITANTE OFICIAL LABORATÓRIO


O animal foi examinado por mim, nesta data: Data do exame:
Resultado:
Local e data Validade:

Assinatura e carimbo do Médico Veterinário Assinatura e carimbo do responsável técnico

JC-Jóquei Clube SH-Sociedade Hípica CR-Cancha reta H-Haras FC-Fazenda de criação UM-Unidade Militar

OBS.: XEROX DESTE DOCUMENTO NÃO SERÁ VÁLIDO


LEGENDA

R- Remoinho Cicatriz
Br- Branco AND- área não despigmentada
RJ- Rajado LADRE- Mancha de Coloração Rósea
(Lábio Superior)
Pbs- Pelos brancos BETA-Mancha de Coloração Rósea
(Lábio Inferior)
MB- Mancha branca Espiga

ANEXO IV

LIVRO DE REGISTROS

Nº de Data de Referência Remetente Município/UF Proprietário Propriedade Nome Espécie Idade/ Obs Nº Resultado Data de
Registro entrada ou nº do sexo/ lacre do exame expedição do
animal gestação resultado

ANEXO V

TARJETA DE IDENTIFICAÇÃO DE CONTRAPROVA


296
TARJETA DE IDENTIFICAÇÃO DE CONTRAPROVA

LACRE Nº OBSERVAÇÕES:

AMOSTRA Nº

DATA

PORTADOR REPRESENTANTE DO LABORATÓRIO


ANEXO VI

Relatório Mensal de Atividades

MINISTÉRO DA AGRICULTURA E RELATÓRIO MENSAL DE LABORATÓRIO:


ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA ATIVIDADES DE DIAGNÓSTICO
AGROPECUÁRIA DEPARTAMENTO DE DE MORMO
DEFESA ANIMAL COORDENAÇÃO DE
LABORATÓRIO ANIMAL

MÊS/ANO Página:

UF MUNICÍPIO TOTAL
ESPÉCIE POSITIVO NEGATIVO INCONCLUSIVO ANTI TOTAL DE TOTAL DE TOTAL DE
COMPLEMENTAR AMOSTRAS AMOSTRAS AMOSTRAS
RECEBIDAS ADEQUADAS EXAMINADAS

297

TOTAL

Nº DE PROPRIEDADE COM ANIMAIS PORTADORES, Assinatura e carimbo


DE ACORDO COM A SUA CLASSIFICAÇÃO
JC SH H F UM OUTRAS

JC: Jóquei Clube


SH: Sociedade Hípica
H: Haras
F: Fazenda
UM: Unidade Militar
ANEXO VII

SOLICITAÇÃO DE CONTRAPROVA

Ao: SSA/DFA/
Laboratório:
Endereço:
Eu, portador da CI nº
emitida pelo /UF em ____ /____ /_____
venho solicitar a realização de exame de contraprova para diagnóstico de MORMO na amostra com
registro nº e nº de exame .
JUSTIFICATIVA:



.
Assinatura do interessado:
Local Data: ______/______/______.

Ciência do RT pelo laboratório credenciado

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

298 PORTARIA Nº 84, DE 19 DE OUTUBRO DE 1992


Publicado no Diário Oficial da União de 22/10/1992, Seção 1, Página 14874

Aprova as Normas de Credenciamento e Monitoramento de Laboratórios de Anemia


Infecciosa Equina.

PORTARIA N° 200, DE 18 DE AGOSTO DE 1981


Inclui a AIE na relação de doenças passíveis de aplicação de medidas de defesa
sanitária animal (Decreto n° 24.548, de 3 de julho de 1934).

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO DDA Nº 017, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2001


Determinação da adoção de medidas sanitárias em razão da ocorrência
de influenza (gripe) equina.
PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 3 DE ABRIL DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 10/04/2007, Seção 1, Página 1
Alterada pela Instrução Normativa nº 22 de 22/05/2007

Aprova as Normas para o Controle e a Erradicação da Doença de Aujeszky (DA) em suídeos


domésticos, a serem observadas em todo o território nacional.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PE- a DA em suídeos domésticos, na forma do Anexo


CUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que II da presente Instrução Normativa, especifican-
lhe confere o art. 2º, do Decreto nº 5.741, de 30 de do as medidas a serem adotadas em todo o ter-
março de 2006, tendo em vista o disposto no Decre- ritório nacional no caso da ocorrência da doença
to nº 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta em suídeos, visando à sua imediata eliminação.
do Processo nº 21000.005409/2006-96, resolve: Art. 3º Regulamentar o uso e a comerciali-
Art. 1º Aprovar as Normas para o Controle zação da vacina contra a DA em todo o território
e a Erradicação da Doença de Aujeszky (DA) em nacional.
suídeos domésticos, a serem observadas em todo Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em
o território nacional, na forma do Anexo I da pre- vigor na data de sua publicação.
sente Instrução Normativa. Art. 5º Fica revogada a Instrução Normativa
Art. 2º Aprovar o Plano de Contingência para DIPROD nº 01, de 8 de abril de 1985.

REINHOLD STEPHANES

299
ANEXO I

NORMAS PARA O CONTROLE E A ERRADICAÇÃO DA DOENÇA DE AUJESZKY (DA) EM SUÍDEOS

CAPÍTULO I por um herpesvírus, de notificação obrigatória ao


serviço veterinário oficial, também chamada de
DAS DEFINIÇÕES pseudoraiva, que acomete várias espécies, cau-
sando transtornos nervosos em suídeos lactentes,
Art. 1º Para os efeitos destas Normas, con- respiratórios em adultos e problemas reproduti-
sidera-se: vos em fêmeas gestantes;
I - Abate sanitário: operação de abate de III - Estabelecimento de criação: locais
animais infectados ou dos seus contatos dire- onde são mantidos ou criados suídeos para
tos e indiretos, segundo a legislação vigente, qualquer finalidade;
realizado em abatedouro reconhecido pelo IV - Foco: estabelecimento de criação ou
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de qualquer outro local de onde foi isolado ou iden-
Origem Animal; tificado o vírus da DA, ou confirmado por um La-
II - Doença de Aujeszky (DA): doença causada boratório Credenciado ou pelos Laboratórios Na-
cionais Agropecuários algum resultado sorológico XIV - Proprietário: qualquer pessoa, física
positivo (anticorpos totais ou anticorpos contra a ou jurídica, que seja proprietário de um ou
glicoproteína viral gE, naqueles estabelecimentos mais suídeos;
de criação onde a vacinação é praticada); XV - Rebanho: conjunto de todos os suídeos
V - Granja de Reprodutores Suídeos Certifica- criados sob condições comuns de manejo, num
da (GRSC): estabelecimento oficialmente certifica- mesmo estabelecimento de criação;
do e monitorado, segundo a legislação vigente, XVI - Sacrifício sanitário: operação realizada
onde são criados ou mantidos suídeos para a co- pelo serviço veterinário oficial quando se confir-
mercialização ou distribuição, cujo produto final ma a ocorrência de DA e que consiste em sacri-
seja destinado à reprodução; ficar todos os animais positivos do rebanho e, se
VI - Interdição: proibição do ingresso e preciso, de outros rebanhos que foram expostos
egresso de suídeos e outros animais num estabe- ao contágio por contato direto ou indireto com o
lecimento de criação, para qualquer finalidade, VDA, com a destruição das carcaças;
bem como de pessoas ou materiais que possam XVII - Serviço veterinário oficial: é o órgão
constituir fonte de transmissão da doença, a cri- responsável pelas atividades de defesa sanitária
tério do serviço veterinário oficial; animal, em qualquer uma das três Instâncias;
VII - Laboratório credenciado: laboratório XVIII - Suídeo: qualquer animal do gênero
público ou privado que recebe da autoridade Sus scrofa domesticus (suíno) e Sus scrofa scrofa
competente de uma das três Instâncias integran- (javali europeu);
tes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade XIX - Suídeo acometido de DA: qualquer suí-
Agropecuária o credenciamento para a realiza- deo no qual foram constatados sinais clínicos ou
ção de diagnóstico para a DA, na forma definida lesões compatíveis com a DA, com diagnóstico
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- laboratorial comprovado por meio de exame em
cimento, como Instância Central e Superior; laboratório oficial ou credenciado;
VIII - Laboratórios Nacionais Agropecuários: XX - Suídeo infectado pelo VDA: qualquer
laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura, suídeo no qual não foram constatados sinais clí-
Pecuária e Abastecimento; nicos ou lesões compatíveis com a DA, mas que
IX - Médico veterinário habilitado: profissional apresenta reação positiva ao teste laboratorial re-
do setor privado que recebe habilitação de uma alizado em laboratório oficial ou credenciado;
das três Instâncias integrantes do Sistema Unifi- XXI - Vazio sanitário: período em que um
300
cado de Atenção à Sanidade Agropecuária para estabelecimento de criação permanece sem su-
exercer atividades específicas de defesa sanitária ídeos após a realização da limpeza e desinfecção
animal voltadas à suideocultura, na forma definida das instalações;
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- XXII - Vírus da Doença de Aujeszky (VDA): agen-
mento, como Instância Central e Superior; te etiológico da DA, que tem os suídeos como úni-
X - Médico veterinário oficial: profissional do co hospedeiro natural, onde é capaz de persistir na
serviço veterinário oficial; forma de uma infecção inaparente, sofrendo reati-
XI - Plano de Contingência: conjunto de vação com transmissão aos suídeos susceptíveis;
procedimentos a serem empregados no caso de XXIII - Zona livre de DA: zona ou região do
ocorrência de um foco, com o objetivo de contro- país onde a ausência da DA vem sendo sistema-
lar e erradicar o agente da DA; ticamente demonstrada, segundo as recomen-
XII - Plantel: conjunto das fêmeas e machos dações do Código Sanitário dos Animais Terres-
utilizados em um estabelecimento de criação tres da Organização Mundial de Saúde Animal
para fins de reprodução; (OIE), e a vacinação encontra-se proibida há
XIII - Prevalência: número total de animais pelo menos 2 (dois) anos; e
infectados em um determinado momento, divi- XXIV - Zona provisoriamente livre de DA:
dido pelo número total de animais sob risco de zona ou região do país onde a ocorrência da
adquirir a infecção, no mesmo momento; DA atinge menos de 1% do rebanho suídeo e
menos de 10% dos estabelecimentos de criação situação para a enfermidade, baseado em inves-
existentes, segundo as recomendações do Código tigações soroepidemiológicas naqueles estabele-
Sanitário dos Animais Terrestres da Organização cimentos de criação que apresentam histórico de
Mundial de Saúde Animal (OIE). ocorrência de DA e de uso de vacinas, bem como
em outros locais vinculados de alguma forma a
CAPÍTULO II esses estabelecimentos.
Art. 6º Como condição básica para a Unidade
DO OBJETIVO da Federação elaborar o Plano Estadual, e depois
de cumprido o disposto no art. 5º, deverá ser so-
Art. 2º Estas Normas têm como objetivo esta- licitado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
belecer as bases para a implementação de ações Abastecimento, como Instância Central e Superior,
coordenadas em cada Unidade da Federação a realização de um inquérito soroepidemiológico
participante do Sistema Unificado de Atenção à para conhecimento da situação epidemiológica
Sanidade Agropecuária, com vistas ao Controle e local para a DA (presença ou ausência do VDA).
à Erradicação da DA dos suídeos domésticos. § 1º O desenho amostral será delineado
Parágrafo único. O atendimento do dis- pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
posto nestas Normas e no Código Sanitário dos tecimento, considerando a população suídea dos
Animais Terrestres da Organização Mundial de diferentes extratos produtivos (estabelecimentos
Saúde Animal permitirá ao Ministério da Agricul- de criação tecnificados e de subsistência) e utili-
tura, Pecuária e Abastecimento, como Instância zando-se prevalência mínima estimada de 1% de
Central e Superior, reconhecer uma Unidade da estabelecimentos infectados, e de 5% nos plan-
Federação como zona provisoriamente livre ou téis, com um nível de confiança de 95%, segundo
zona livre para a DA. a tabela do art. 23.
§ 2º Mediante a análise dos resultados do in-
CAPÍTULO III quérito soroepidemiológico, a Instância Interme-
diária na Unidade Federativa irá propor a estraté-
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS E ESPECÍFICAS gia de atuação mais adequada a sua situação no
Plano Estadual de Controle e Erradicação da DA.
Art. 3º As atividades para o controle e a erra- Art. 7º O Plano Estadual deverá atender a al-
dicação da DA serão coordenadas pelo Ministério gumas condições específicas, destacando-se:
301
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como I - a existência de um comitê estadual de sa-
Instância Central e Superior, devendo ser imple- nidade suídea atuante, com elaboração de ata de
mentadas após a adesão voluntária da Unidade reuniões, que deve ser encaminhada à Superin-
Federativa, como Instância Intermediária. tendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abas-
Art. 4º As Unidades da Federação que tive- tecimento, como Instância Central e Superior;
rem interesse em participar deverão elaborar um II - possuir recursos públicos ou privados
Plano Estadual para Controle e Erradicação da DA para financiamento do Plano e indenização de
que será submetido à aprovação do Ministério da proprietários de suídeos atingidos pelas medidas
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como Ins- sanitárias decorrentes da implementação e ma-
tância Central e Superior. nutenção das ações dispostas nestas Normas e no
Parágrafo único. A Unidade Federativa que Plano Estadual;
não apresentar um Plano Estadual não ficará III - dispor de Normas complementares à
isenta da aplicação do Plano de Contingência legislação federal para dar suporte às ações do
para a DA, de acordo com o Anexo II desta Instru- Plano no âmbito da Instância Intermediária;
ção Normativa e a legislação vigente. IV - apresentar um projeto de educação sa-
Art. 5º Antes do desenvolvimento de um Pla- nitária voltado à conscientização da população
no Estadual para a Erradicação da DA, a Instância local acerca do Plano Estadual de Controle e Erra-
Intermediária deverá realizar um diagnóstico de dicação da DA a ser implementado;
V - possuir grupo de emergência devidamen- CAPÍTULO IV
te treinado para as ações de defesa sanitária em
suídeos e outras decorrentes da aplicação destas DO DIAGNÓSTICO
Normas e do Plano Estadual; e
VI - possuir um serviço de defesa sanitária Art. 11. Para o diagnóstico da DA em suíde-
animal estruturado, nos âmbitos das Instâncias os, serão utilizadas as provas sorológicas de En-
Intermediária e Locais. saio Imunoenzimático (ELISA triagem ou ELISA
Art. 8º O desenvolvimento do Plano Estadual de diferencial para a glicoproteína viral gE, naqueles
Controle e Erradicação da DA será avaliado periodi- estabelecimentos onde a vacinação é praticada)
camente por meio de auditorias da Instância Central e o Teste de Neutralização, realizados exclusiva-
e Superior nas Instâncias Intermediárias e Locais. mente em laboratório oficial ou credenciado.
Parágrafo único. O serviço veterinário oficial § 1º Amostras de cérebro, baço, pulmão e
da Unidade Federativa que tiver um fetos abortados poderão ser submetidas à tenta-
Plano Estadual de Controle e Erradicação da tiva de isolamento viral ou a provas moleculares
DA em aplicação deverá encaminhar à Instância (reação de polimerase em cadeia - PCR). Alterado
Central e Superior relatório trimestral discorren- pela Portaria 022 de 22/05/2007
do sobre as ações executadas no período. § 2º Outras provas diagnósticas poderão ser
Art. 9º A região que lograr êxito na aplicação utilizadas, após aprovação do Ministério da Agri-
de um Plano Estadual para Erradicação da DA de- cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instân-
verá submeter-se a um novo inquérito soroepide- cia Central e Superior.
miológico, nos mesmos moldes do disposto no art. Art. 12. É proibida a manipulação do vírus da
5º, para solicitar a certificação de zona livre ou pro- DA em todo o território nacional, exceto em labo-
visoriamente livre de DA pelo Ministério da Agri- ratórios oficiais ou credenciados, ou em instituições
cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância previamente autorizadas pelo Ministério da Agri-
Central e Superior, desde que atendidas as demais cultura, Pecuária e Abastecimento, como Instância
normas do Código Zoossanitário Internacional da Central e Superior, desde que possuam nível de bios-
Organização Mundial de Saúde Animal. segurança adequado para a contenção do VDA.
Parágrafo único. No caso de não ser obser- Parágrafo único. Apenas esses estabele-
vada presença de atividade viral por ocasião do cimentos podem ter a posse de kits para diag-
inquérito soroepidemiológico inicial para conhe- nóstico de DA.
302
cimento da situação epidemiológica para a DA, a Art. 13. As autoridades competentes das três
Unidade da Federação que atender o disposto nes- Instâncias credenciarão laboratórios na forma de-
tas Normas e nas exigências da Organização Mun- finida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
dial de Saúde Animal poderá solicitar ao Ministério Abastecimento, que determinará quais os requisitos
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como necessários para a obtenção do credenciamento.
Instância Central e Superior, a certificação imediata
como zona livre ou provisoriamente livre de DA. CAPÍTULO V
Art. 10. Unidades da Federação certificadas
pela Instância Central e Superior como livres ou DA VACINAÇÃO DOS SUÍDEOS
provisoriamente livres de DA devem implemen-
tar um monitoramento soroepidemiológico, de Art. 14. É permitido somente o uso, no país,
periodicidade anual, abrangendo todos os esta- de vacinas (inativadas ou viva atenuada) dele-
belecimentos de criação de suídeos que repre- tadas pelo menos para a glicoproteína viral gE,
sentem risco, bem como investigações periódicas assim como de kits para diagnóstico que permi-
realizadas a partir de amostras colhidas pelo tam identificar anticorpos contra essa partícula
serviço de inspeção em abatedouros de suídeos, viral específica, ambos devidamente licenciados
de forma a contribuir para a manutenção dessa no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
condição sanitária. mento, como Instância Central e Superior.
Art. 15. A vacinação apenas é permitida CAPÍTULO VI
àquelas propriedades com diagnóstico laborato-
rial positivo para a DA, realizado em laboratório DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA E
oficial ou credenciado. DE INFORMAÇÃO
Parágrafo único. Estabelecimentos de cria-
ção relacionados à propriedade-foco, bem como Art. 18. O serviço veterinário oficial manterá
aqueles sob risco de infecção podem, a critério um sistema de vigilância zoossanitária e de infor-
do serviço veterinário oficial, realizar a vacinação mação, abrangendo todas as Instâncias, com aná-
contra a DA. lise sistemática dos dados coletados e produção de
Art. 16. A Instância Central e Superior na informes periódicos para atendimento às solicita-
Unidade Federativa deverá efetuar um contro- ções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
le sobre todas as doses de vacina utilizadas em tecimento, como Instância Central e Superior.
seu âmbito de atuação, observando os seguin- Art. 19. Todo médico veterinário, proprietá-
tes critérios: rio, detentor, transportador de animais ou qual-
I - a Instância Central e Superior na Unidade quer outro cidadão que tenha conhecimento de
Federativa autorizará oficialmente a comerciali- suspeita da ocorrência da DA ou de doenças com
zação da vacina pelo laboratório fabricante ou quadro clínico similar deverá comunicar imedia-
seu representante legal, indicando nome e ende- tamente o fato ao serviço veterinário oficial.
reço do(s) proprietário(s) e quantitativo de doses; § 1º A infração ao disposto neste artigo será
II - o laboratório fabricante ou seu represen- devidamente apurada pelo serviço veterinário
tante legal fará a comercialização diretamente oficial, que representará contra o infrator junto
ao(s) proprietário(s) indicado(s), remetendo ime- ao Ministério Público, para apuração das respon-
diatamente à Superintendência Federal de Agri- sabilidades cabíveis.
cultura solicitante a cópia da nota fiscal de venda § 2º Caso o infrator seja médico veterinário,
do produto; será encaminhada representação junto ao Con-
III - em hipótese alguma a venda de vacinas selho Regional de Medicina Veterinária em que o
pelo laboratório fabricante poderá ser efetuada por profissional encontra-se inscrito, para que sejam
meio da rede de distribuidores e comerciantes; e tomadas as medidas cabíveis.
IV - mensalmente, as Superintendências Fe- § 3º Caso o infrator seja médico veterinário
derais de Agricultura remeterão ao Ministério da habilitado, além do disposto nos §§ 1º e 2º, o ser-
303
Agricultura, Pecuária e Abastecimento um relató- viço veterinário oficial deverá proceder de acordo
rio com o nome dos proprietários e o volume de com a legislação específica.
vacinas utilizadas no seu âmbito de atuação.
Art. 17. Mediante a análise da situação CAPÍTULO VII
epidemiológica da região para a DA, a Instân-
cia Intermediária poderá propor em seu Plano DAS ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO
Estadual a(s) estratégia(s) de uso da vacina, da EM FOCOS DE DA
seguinte forma:
I - o uso da vacina é proibido na Unidade Art. 20. Todas as suspeitas de ocorrência da
Federativa; DA deverão ser investigadas pelo médico veteri-
II - o uso da vacina é permitido apenas du- nário oficial, decorridos no máximo 12 (doze) ho-
rante a emergência sanitária deflagrada pela ras da notificação, observados os procedimentos
ocorrência de um foco, de forma a contribuir de biossegurança.
para o saneamento deste; e Art. 21. A confirmação, pelo médico veteri-
III - o uso da vacina é permitido com vistas nário oficial, da suspeita clínica de ocorrência da
a diminuir a prevalência em regiões endêmicas, DA em um estabelecimento de criação implicará
por tempo limitado e sob controle do serviço ve- a imediata interdição.
terinário oficial. Art. 22. A confirmação laboratorial da ocor-
rência de DA em um estabelecimento de criação Art. 25. Na metodologia de erradicação da
implicará a adoção imediata das medidas para o DA por despovoamento imediato, o estabeleci-
saneamento do foco e para impedir sua difusão mento de criação será saneado imediatamente,
a outros estabelecimentos de criação, dispostas com sacrifício e abate sanitário de todo o reba-
nestas Normas e no nho suídeo existente, independente da idade e
Plano de Contingência para a DA (Anexo II). do estado fisiológico das fêmeas do plantel, des-
Art. 23. Deverá ser procedida uma investiga- tacando-se as seguintes medidas sanitárias:
ção soroepidemiológica em estabelecimentos de I - o embarque dos suídeos deve ser acom-
criação situados em um raio mínimo de 5 (cinco) panhado pelo serviço veterinário oficial, que la-
quilômetros a partir do foco, e em outras proprie- crará o caminhão transportador e fará constar do
dades relacionadas ao foco num período mínimo número do lacre no documento de trânsito;
de 30 (trinta) dias anteriores ao diagnóstico, a cri- II - o estabelecimento de criação obedecerá
tério do serviço veterinário oficial, para estabele- a um período de vazio sanitário mínimo de 30
cer a origem e a disseminação da infecção. (trinta) dias após a retirada dos últimos animais
§ 1º Para o conhecimento da situação sanitá- do rebanho; e
ria de um estabelecimento de criação para a DA, o III - o abate sanitário deve ser efetuado em
médico veterinário oficial colherá amostras dos su- abatedouro de suídeos reconhecido pelo Siste-
ídeos para encaminhamento ao laboratório oficial ma Brasileiro de Inspeção de Produtos de Ori-
ou credenciado para fins de diagnóstico, utilizan- gem Animal.
do-se prevalência mínima estimada de 5% e nível Art. 26. Na metodologia de erradicação da
de confiança de 95%, segundo tabela a seguir: DA por despovoamento gradual, o rebanho deve
sofrer abate sanitário dentro de um período má-
ximo de 90 (noventa) dias, a contar do diagnósti-
REBANHO ANIMAIS AMOSTRADOS co inicial, seguindo-se os seguintes preceitos:
1-25 TODOS I - sacrifício sanitário imediato dos suídeos
com doença clínica;
26 - 30 26
II - vacinação do rebanho maior de 7 (sete)
31 - 40 31 dias de idade, até ser completado o despovoa-
41 - 50 35 mento do estabelecimento de criação, para evitar
51 - 70 40 disseminação da doença clínica;
304
III - abate sanitário imediato de fêmeas não-
71 - 100 45
gestantes, fêmeas até 60 (sessenta) dias de gesta-
101 - 200 51 ção e leitoas de reposição;
201 - 1200 57 IV - castração imediata dos machos re-
+ 1200 59 produtores, que devem ser encaminhados ao
abate sanitário quando em condições, segun-
do legislação vigente;
§ 2º A tabela deverá ser aplicada de forma in- V - fêmeas em lactação devem aguardar o
dependente para o plantel e animais em engorda. desmame dos leitões e serem enviadas a abate
Art. 24. Em um foco de DA, o serviço veteri- sanitário assim que estiverem em condições, se-
nário oficial poderá, com base nos resultados da gundo legislação vigente;
sorologia por amostragem ou do grau estimado VI - fêmeas gestantes com mais de 60 (ses-
de acometimento do rebanho, e de acordo com o senta) dias devem aguardar o parto, aplicando-se
disposto em seu Plano Estadual, aplicar uma ou então o disposto no inciso V;
mais das seguintes estratégias de saneamento: VII - leitões em maternidade e creche de-
I - despovoamento imediato; vem ser encaminhados a abate sanitário quan-
II - despovoamento gradual; e do atingirem aproximadamente 23 (vinte e três)
III - erradicação por sorologia. quilos de peso vivo;
VIII - o embarque dos suídeos deve ser acom- estabelecimentos de criação comprovadamente
panhado pelo serviço veterinário oficial, que la- negativos para o VDA, por meio de exame realiza-
crará o caminhão transportador e fará constar do do em laboratório oficial ou credenciado, seguindo
número do lacre no documento de trânsito; a amostragem disposta na tabela do art. 23.
IX - proceder-se-á à desinfecção segundo o dis- Art. 29. Estabelecimentos de criação subme-
posto no Plano de Contingência (Anexo II), e o es- tidos a qualquer uma das estratégias de controle
tabelecimento de criação obedecerá a um período e erradicação descritas nos arts. 25, 26 e 27 de-
de vazio sanitário mínimo de 30 (trinta) dias após a verão ter sua condição de livres de DA confirma-
retirada dos últimos animais do rebanho; e da por meio da obtenção de 2 (duas) sorologias
X - o abate sanitário deve ser efetuado em negativas consecutivas, em intervalos de 2 (dois)
abatedouro de suídeos reconhecido pelo Siste- meses, realizadas de forma independente para o
ma Brasileiro de Inspeção de Produtos de Ori- plantel e animais de engorda, seguindo a amos-
gem Animal. tragem disposta na tabela do art. 23.
XI - leitões em fase de engorda devem ser Parágrafo único. A primeira sorologia deve-
destinados ao abate sanitário quando atingirem rá ser realizada logo após a parição do primeiro
o peso adequado. lote de reprodutoras introduzido.
Art. 27. Na metodologia de erradicação da
DA por sorologia, o estabelecimento de criação CAPÍTULO VIII
será submetido a testes sorológicos periódicos,
capazes de diferenciar se os títulos humorais são DO TRÂNSITO DE SUÍDEOS
decorrentes da infecção pelo VDA ou do processo E OUTROS MATERIAIS
de vacinação, com eliminação gradual do plantel
positivo, da seguinte forma: Art. 30. É proibido o trânsito de suídeos va-
I - sacrifício ou abate sanitário dos suídeos cinados contra a DA para qualquer finalidade,
inicialmente infectados; exceto o abate imediato em abatedouro reco-
II - vacinação do rebanho maior de 7 (sete) nhecido pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de
dias de idade, para evitar disseminação da doen- Produtos de Origem Animal.
ça clínica, com suspensão ao final do processo, a § 1º Quando o estabelecimento de criação
critério do serviço veterinário oficial; não tiver capacidade de estoque suficiente, pode-
III - nova sorologia de todo o plantel, 30 rá ser autorizada, a critério do serviço veterinário
305
(trinta) dias após a identificação da infecção no oficial, a transferência de leitões para engorda em
rebanho, com encaminhamento imediato dos outro estabelecimento, desde que situado na mes-
infectados para abate sanitário, obedecendo-se à ma Unidade Federativa, onde os suídeos ficarão
legislação vigente; sob supervisão até atingirem o peso de abate.
IV - repetições das sorologias em 100% do § 2º O trânsito deverá ser efetuado em meio
plantel, com intervalos de 60 (sessenta) dias entre de transporte lacrado pelo serviço veterinário ofi-
os testes, seguindo-se o disposto no inciso III, até cial, e acompanhado pelo documento de trânsito
a obtenção de dois resultados sorológicos negati- emitido por médico veterinário oficial, do qual
vos consecutivos; e conste o número do lacre e a condição de vaci-
V - o abate sanitário deve ser efetuado em aba- nados contra DA.
tedouro de suídeos reconhecido pelo Sistema Brasi- § 3º O estabelecimento de criação de destino
leiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. dos animais vacinados assumirá as mesmas condi-
Art. 28. Quando liberado pelo servi- ções de restrição do estabelecimento de origem.
ço veterinário oficial, o repovoamento do(s) Art. 31. Os suídeos em trânsito interestadual
estabelecimento(s) de criação será feito com re- para a finalidade de engorda deverão estar acom-
produtores oriundos de GRSC. panhados do documento de trânsito e de certifica-
Parágrafo único. Estabelecimentos de engorda do emitido pelo serviço veterinário oficial, atestan-
deverão ser repovoados com animais oriundos de do que os animais são oriundos de estabelecimen-
to de criação onde não houve a ocorrência de DA Plano de Erradicação, deve ser determinado o seu
nos últimos 12 (doze) meses, exceto para Unidades retorno à origem, exceto os animais acometidos da
da Federação reconhecidas como livres da DA pelo doença, aplicando-se as sanções legais cabíveis.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen- § 2º Se o trânsito irregular for interceptado
to, como Instância Central e Superior. no interior da Unidade Federativa onde se aplica
Parágrafo único. É permitido o ingresso de um Plano de Erradicação, deve ser determinado
suídeos para o abate imediato, provenientes de a apreensão e o sacrifício dos suídeos, além de
outras Unidades Federativas, independentemen- aplicação das sanções legais cabíveis.
te de sua condição sanitária para DA, desde que § 3º No caso de produtos ou subprodutos pro-
obedecida a legislação vigente. venientes de suídeos, os mesmos deverão ser apre-
Art. 32. O trânsito de suídeos entre zonas de endidos e destruídos, podendo ser-lhes dada outra
mesma condição sanitária para a DA, por meio destinação, a juízo da autoridade competente,
de zonas de condição sanitária inferior, deve ser além da aplicação das sanções legais cabíveis.
realizado em veículo lacrado pelo serviço veteri-
nário oficial da Unidade Federativa de origem. CAPÍTULO IX
Parágrafo único. O rompimento do lacre no
destino deverá ser efetuado exclusivamente pelo DISPOSIÇÕES GERAIS
serviço veterinário oficial.
Art. 33. É proibido o trânsito interestadual Art. 35. No caso da constatação de DA em
de produtos e subprodutos provenientes de su- abatedouros, recintos de exposições, leilões e ou-
ídeos que foram submetidos ao abate sanitário tras aglomerações de suídeos, todo o recinto será
devido à ocorrência de DA. considerado foco e serão aplicadas, no que cou-
Art. 34. No caso da constatação do não- ber, as medidas sanitárias estabelecidas nestas
cumprimento das normas aprovadas para o Normas e no Plano de Contingência para a DA.
trânsito de suídeos, seus produtos e subprodu- Art. 36. As medidas previstas nestas Normas
tos, caberá à autoridade competente das Instân- deverão ser implementadas observando as de-
cias Intermediárias impedir o trânsito e lavrar a mais recomendações dispostas no Plano de Con-
ocorrência, de acordo com o disposto na legisla- tingência para a DA.
ção pertinente. Art. 37. Os casos omissos serão resolvidos
§ 1º Se o trânsito irregular for interceptado nos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
306
limites da Unidade Federativa onde se aplica um cimento, como Instância Central e Superior.

ANEXO II

I. HISTÓRICO DA é uma enfermidade de notificação obrigatória


1. Histórico no Brasil, e passível de medidas de defesa sani-
Em 1908, Carini teve a oportunidade de traba- tária animal. Em 1939, Carneiro & Leme diagnos-
lhar com materiais de bovinos e cães acometidos ticaram a DA em ovinos e caprinos. No mesmo
pela chamada “Peste de Coçar”, provenientes de ano, Carneiro assinala a ocorrência em suínos,
vários estados brasileiros. A doença aparecia com através do Teste de Neutralização viral, durante
certa freqüência, sendo considerada uma enfermi- um surto em bovinos. O primeiro isolamento do
dade de etiologia obscura. Somente em 1912, com VDA no Brasil data de 1947.
a colaboração de Jezuíno Maciel, foi verificado que A partir de 2001, o Estado de Santa Catarina
a “Peste de Coçar” nada mais era do que a Doença vem executando um programa de erradicação da
de Aujeszky (DA), fato comprovado durante um sur- DA em suínos, com a participação da EMBRAPA
to ocorrido no município de Araras, em São Paulo. Suínos e Aves, da Instância Intermediária do Sis-
Desde 1934, através do Decreto nº 24.548, a tema de Atenção à Sanidade Agropecuária no es-
tado (CIDASC), do laboratório público credenciado atividades para que o risco de ocorrência da
(CEDISA), da Associação dos Criadores de Suínos DA seja desprezível e que, na eventualidade do
do estado (ACCS), das agroindústrias, e contando aparecimento de um foco, que o mesmo seja
com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecu- prontamente detectado e, de imediato, adotadas
ária e Abastecimento e da Secretaria Estadual da ações para o seu controle e erradicação. O serviço
Agricultura e Desenvolvimento Rural. veterinário oficial deve estar amparado nas con-
2. Justificativa dições a seguir relacionadas:
Nas últimas décadas, a suinocultura brasilei- - Estrutura operacional adequada;
ra apresentou uma intensa tecnificação de suas - Amparo legal para as ações, em legislação
prática de manejo, com o incremento da produ- específica;
ção confinada e da movimentação de animais. - Recursos financeiros suficientes e disponíveis;
Esses fatores elevam o risco de ocorrência e disse- - Recursos humanos, materiais e equipa-
minação de enfermidades no rebanho suídeo na- mentos suficientes e adequados;
cional. Por mais rigorosas que sejam as medidas - Cadastro de estabelecimentos de criação e
sanitárias de proteção adotadas por um país ou transportadores em constante atualização;
uma região considerada como zona livre de uma - Pessoal treinado em emergência sanitária;
doença, nunca se tem a segurança absoluta, para - Programa de Educação Sanitária que leve
que se consiga impedir a introdução ou reintro- em consideração os hábitos de cada região;
dução de um agente infeccioso. - Vigilância ativa nas explorações suinícolas
Quando da ocorrência de uma enfermidade comerciais e de subsistência;
em um rebanho, as ações para o seu controle - Sistemas de informação que permitam a
ou erradicação deverão ocorrer de forma orga- rápida adoção das medidas sanitárias;
nizada, rápida e eficaz, objetivando minimizar - Listagem atualizada dos locais de risco, tais
o impacto dos prejuízos dela decorrentes. Para como agroindústrias, abatedouros, lixões, fábri-
isto, torna-se necessário manter os técnicos das cas de ração, casas agropecuárias, rodoviárias,
três Instâncias que compõem o Sistema Único aeroportos, portos, correios e outros, de forma a
de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e o permitir uma efetiva fiscalização desses locais;
pessoal de apoio atualizados e treinados, dispon- - Supervisões e avaliações periódicas das ati-
do de equipamentos e materiais adequados, re- vidades de saúde animal, visando o aperfeiçoa-
cursos financeiros suficientes e facilmente dispo- mento e a padronização das ações;
307
níveis, como também, normas que possibilitem a - Atuação efetiva do Comitê Estadual de Sa-
orientação dos procedimentos a serem adotados nidade Suídea;
e o amparo legal necessário. - Realização de inquéritos soroepidemiológi-
3. Objetivo cos periódicos para o monitoramento das zonas
Este PLANO DE CONTINGÊNCIA contribui livres de enfermidades;
para orientar as ações e procedimentos para a - Controle e fiscalização do trânsito de suídeos,
imediata notificação e confirmação de suspei- seus produtos e subprodutos, produtos patológicos,
tas de ocorrência da DOENÇA DE AUJESZKY (DA) biológicos e materiais de multiplicação animal;
e para a implementação das medidas de defesa - Vigilância sanitária nos portos, aeroportos,
sanitária animal necessárias ao seu controle e er- postos de fronteira e correios;
radicação em todo o território nacional. - Controle e fiscalização dos pontos de con-
II. CARACTERIZAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS centração de suídeos;
1. Condições sanitárias mínimas - Laboratórios de diagnóstico em condi-
A estratégia de gestão zoossanitária deverá ções de realizar os exames com a rapidez e
ser centrada na concepção e aplicação de medi- eficiência necessárias;
das que minimizem o risco da ocorrência de uma - Fundos financeiros para as indenizações
doença no país ou em uma zona livre. de rebanhos atingidos pelas medidas sanitárias
Há necessidade da manutenção de várias e destruição de coisas;
- Combate sistemático ao abate clandestino; grupo deve ser submetido a treinamentos técnicos
- Lavagem e desinfecção dos veículos trans- e operacionais periódicos, na forma de simulações
portadores de suídeos após o descarregamento de ocorrência de focos de enfermidades de suínos.
nos abatedouros, com fiscalização destas ações 3. Responsabilidades da equipe de emergên-
nos postos fixos e móveis de controle; cia sanitária
- Proibição de presença de suídeos em lixões; - Implementar a política de defesa sanitária
- Controle da utilização de restos de alimen- animal determinada pelo Plano de Contingência;
tos para criação de suídeos; - Requerer, se necessário, a colaboração de
- Sistemas de identificação de suídeos que outros setores vinculados para a implementação
possibilitem a rastreabilidade; das ações;
- Interação entre os serviços de inspeção e defe- - Reunir-se regularmente para o acompa-
sa sanitária animal, em suas diferentes Instâncias; nhamento e avaliação de todos os aspectos rela-
- Interação com os órgãos ambientais e de cionados com as operações de campo;
extensão rural, colégios agrícolas, escolas rurais e - Requerer, se necessário, a assistência e co-
faculdades de ciências agrárias; operação técnica de consultoria nacional ou in-
- Interação com as secretarias municipais de ternacional;
agricultura e de saúde; - Designar um epidemiologista para assesso-
- Interação com agroindústrias, cooperati- rar o Coordenador de Campo.
vas, sindicatos rurais, associações de produtores 4. Deveres e responsabilidades das Coor-
e demais segmentos do agronegócio; denações
- Suporte de órgãos e entidades ligadas à cadeia 4.1. Coordenação Geral
produtiva suídea e demais órgãos públicos (Prefeitu- Mobilizar e coordenar a equipe de emergên-
ras, Polícia Militar, Secretaria da Fazenda e outros); cia e outros profissionais necessários;
- Manutenção de estoque estratégico de Envolver as instituições e entidades que par-
vacinas. ticiparão dos trabalhos;
III. EMERGÊNCIA SANITÁRIA Instituir a comissão de avaliação e taxação,
1. Definição composta por um representante do setor pro-
É um conjunto de ações sanitárias neces- dutivo, um representante da Instância Central e
sárias para impedir a disseminação e erradicar Superior e um representante da Instância Inter-
um foco de uma enfermidade, no tempo mais mediária do serviço veterinário oficial.
308
curto possível e com um menor custo para o 4.2. Coordenação de Campo
país. Essas ações deverão ser executadas por a) Coordenar todas as operações diárias rela-
um grupo de profissionais devidamente treina- cionadas com a emergência sanitária em nível de
dos em emergência sanitária. campo e estratégias de atuação adotadas;
2. Equipe de emergência sanitária b) Designar e supervisionar as comissões de:
A equipe de emergência sanitária será cons- - Vigilância epidemiológica: responsável pelo
tituída através de ato legal, sendo composta por sistema de informação, rastreamento, inspeção,
profissionais do serviço veterinário oficial, distri- repovoamento, quarentena, trânsito de animais,
buídos nos seguintes níveis de atuação: instalação de postos fixos e móveis e controle de
- Coordenação geral; locais de concentração de animais;
- Coordenação de campo; - Sacrifício sanitário, abate sanitário e des-
- Coordenação de laboratório; truição de coisas;
- Coordenação administrativa/ financeira; - Limpeza, desinfecção de instalações e veí-
- Coordenação de comunicação e rela- culos e outros procedimentos de biosseguridade;
ções públicas; - Controle de vacinas e vacinação;
- Coordenação de assuntos jurídicos. - Comunicação e educação sanitária;
Para garantir a eficácia das ações implemen- OBSERVAÇÃO: Aos chefes dessas comissões
tadas pela equipe de emergência sanitária, este caberá a responsabilidade de dirigir e executar as
ações que correspondam às suas tarefas, a fim de animais, seus produtos e subprodutos, além de
alcançar os objetivos específicos das mesmas. pessoas e veículos, a partir do estabelecimento de
c) Assegurar o apoio logístico às comissões; criação suspeito, até que o serviço veterinário ofi-
d) Delimitar as áreas de proteção e vigilância; cial defina quais as medidas a serem adotadas;
e) Estabelecer os contatos com as autorida- - Registrar no livro de ocorrência da Unidade
des e outros segmentos que possam prestar as- Local de Atenção à Sanidade Agropecuária a noti-
sistência; ficação com data e hora;
f) Assegurar que todos os informes de campo - Reunir o máximo de informações sobre
sejam elaborados e submetidos, em tempo hábil, o estabelecimento de criação suspeito, como
à Coordenação Geral. por exemplo, a situação geográfica, barreiras
4.3. Coordenação de Laboratório naturais, vias de acesso, ficha cadastral, tipo de
a) Atuar junto à Coordenação de Campo, a criação de suídeos, população existente por es-
fim de assegurar que as amostras sejam adequa- pécie animal, ingresso e egresso de suídeos nos
damente coletadas, processadas, identificadas, últimos 30 dias, dados produtivos, doenças an-
acondicionadas e remetidas. teriormente notificadas, atividades exploradas
4.4. Coordenação Administrativa e Financeira em estabelecimentos vizinhos, abatedouros e
a) Atuar junto à Coordenação Geral, com a estabelecimentos que comercializam produtos e
função de elaborar orçamentos, adquirir, distri- subprodutos de origem suídea;
buir e garantir o abastecimento de materiais e - Comunicar a ocorrência ao superior
serviços; imediato;
b) Coordenar e administrar a comissão de - Dispor dos materiais e equipamentos ne-
avaliação e taxação. cessários para atendimento a foco, especificados
4.5. Coordenação de Comunicação e Rela- neste Plano de Contingência, e dos documentos
ções Públicas Formulário de Investigação de Doenças – Inicial
a) Atuar junto às Coordenações Geral e de (FORM-IN), Termo de Visita a Granja de Suídeos
Campo, obtendo informações e assegurando que (ANEXO IV da Instrução de Serviço DDA nº 12A, de
as mesmas cheguem aos meios de comunicação e 2002) e Auto de Interdição.
às autoridades competentes de forma apropriada. 3. Visita ao estabelecimento de criação com
Coordenação de Assuntos Jurídicos suspeita de Doença de Aujeszky
a) Assessorar a Coordenação Geral e a de Cam- a) Proceder à visita, em caráter prioritário,
309
po nos aspectos jurídicos e realizar todas as trami- no máximo em 12 horas após a notificação, ado-
tações legais inerentes à emergência sanitária. tando os seguintes procedimentos:
IV. PROCEDIMENTOS OPERATIVOS - Visitar primeiro o estabelecimento de criação
NA ATENÇÃO VETERINÁRIA com a suspeita, dirigindo-se diretamente à sede,
1. Notificação de suspeita escritório ou administração, para colher informa-
- Todo médico veterinário, proprietário, trans- ções junto ao proprietário ou responsável. Evitar o
portador de suídeos ou qualquer outro cidadão ingresso do veículo oficial na propriedade;
que tenha conhecimento de suspeita da ocorrên- - Trocar a roupa, utilizando, de preferência,
cia de DA ou doença com quadro clínico similar, roupas e materiais descartáveis para entrar nos
deverá comunicar o fato imediatamente à unida- recintos com suídeos;
de do serviço veterinário oficial mais próxima; - Inspecionar primeiramente os suídeos apa-
- A notificação poderá ser efetuada pessoal- rentemente sadios;
mente, por telefone, fax ou qualquer outro meio - Proceder ao exame clínico dos suídeos do-
de comunicação disponível. entes, com o auxílio do pessoal do serviço oficial
2. Atenção à notificação ou de particulares;
- Caso o notificante seja o proprietário ou - Se a suspeita estiver fundamentada, preen-
responsável, o mesmo deverá ser informado da cher o FORM-IN e o Auto de Interdição;
proibição da movimentação de suídeos e outros - Se a suspeita não for fundamentada, pre-
encher o Termo de Visita a Granja de Suídeos ou - Se possível, o sangue deve ser dessorado
similar existente na Instância Intermediária; ainda no estabelecimento de criação. As amos-
- Prescrever a nebulização das instalações tras de soro devem estar límpidas, sem hemóli-
com uma solução de um dos desinfetantes des- se, com um mínimo de 2ml por animal. Os soros
critos neste Plano de Contingência, uma vez ao devem ser congelados e enviados ao laboratório
dia, como forma de diminuir a pressão de infec- oficial ou credenciado;
ção dentro do estabelecimento de criação; - Toda e qualquer colheita de material sus-
- Colher amostras e comunicar imediata- peito deve ser acompanhada do FORM-IN;
mente à autoridade sanitária superior, a fim - Providenciar a destruição das carcaças
de que as ações de emergência sejam pronta- dos suídeos sacrificados para a obtenção das
mente iniciadas; amostras, por incineração ou queima seguida
- Encaminhar o material colhido ao labora- de enterramento;
tório oficial ou credenciado mais próximo, para o - Prescrever a destruição, por incineração, ou
diagnóstico de DA. queima seguida de enterramento, de todos os ani-
IMPORTANTE: O laboratório destinatário de- mais mortos no estabelecimento de criação, bem
verá ser previamente comunicado sobre o envio como dos restos de partos e abortos. Jamais permi-
do material suspeito. tir o fornecimento desses materiais para a alimen-
b) Colheita de Material: tação de outros animais, tais como cães e gatos;
- Sacrificar suídeos doentes e colher amos- - Na saída do estabelecimento sob suspeita,
tras de tecidos, preferencialmente cérebro, baço, limpar e desinfetar os equipamentos e materiais
tonsilas e pulmão; utilizados nos exames clínicos e nas colheitas de
- Poderá ser colhido feto abortado, desde materiais, fazendo o mesmo com o veículo;
que acompanhado de outros materiais, de forma - Incinerar a roupa de trabalho, quando
a não mascarar o diagnóstico caso o aborto seja descartável. Quando a higienização da roupa e
secundário à infecção pelo VDA; outros materiais, ainda no estabelecimento de
- Os materiais deverão ser despachados ao criação, não for possível, usar sacos plásticos para
laboratório nas seguintes condições: acondicioná-los, providenciando sua lavagem e
• Enviar, no mínimo, 50 gramas de cada ór- desinfecção o mais rápido possível;
gão em frascos coletores separados, devidamente - Como medida de precaução, todo o pessoal do
identificados por animal; serviço oficial e outras pessoas que tiveram contato
310
• Enviar também finos fragmentos de cére- com o rebanho suspeito, bem como os funcionários
bro e pulmão conservados em solução de formal- do estabelecimento de criação, não deverão ter con-
deído a 10% (formol); tato com outros suídeos pelas próximas 48 horas;
• Todas as amostras colhidas devem estar lis- - Se o laudo laboratorial for negativo para a
tadas no FORM-IN e cuidadosamente identificadas DOENÇA DE AUJESZKY, suspende-se a interdição
com etiqueta ou esparadrapo escrito a lápis, im- do estabelecimento, mantendo-se a vigilância.
permeabilizados com fita adesiva transparente; O laboratório utilizará as amostras para o diag-
• Acondicionar as amostras em caixa isotérmi- nóstico diferencial, que orientará as medidas a
ca contendo gelo seco ou gelo reciclável e enviá- serem adotadas.
las imediatamente ao laboratório. Se a previsão de V. PROCEDIMENTOS EXECUTADOS
chegada do material ultrapassar 24 horas, conta- NA EMERGÊNCIA SANITÁRIA
das a partir da colheita, o mesmo deverá ser conge- Quando do recebimento do diagnóstico la-
lado, exceto o material conservado em formol. boratorial positivo para DA, deverá ser acionada
- Para o diagnóstico sorológico, colher amos- a equipe de emergência para que seja executado
tras de sangue de suídeos enfermos, de fêmeas o Plano de Contingência, com a adoção de todas
que recentemente sofreram abortos ou outros as medidas sanitárias e legais cabíveis.
problemas reprodutivos, e daquelas fêmeas cujos 1. Delimitação da zona de atuação
leitões apresentam sinais clínicos da DA; Uma vez determinado o foco primário, este
deve ser georreferenciado segundo o Sistema Ge- Levando-se em consideração fatores como
odésico de Coordenadas Geográficas, por meio de tamanho, grau de segregação do rebanho, estima-
instrumento Global Position Sistem (GPS), configu- tiva de acometimento dos animais pela DA e risco
rado para o Datum Horizontal “South América 1969 de disseminação a outros estabelecimentos, bem
– SDA69”, estabelecendo-se a delimitação da zona como de posse dos resultados da investigação so-
de proteção e vigilância, que será constituída pela roepidemiológica realizada, ou ainda de acordo
área circunvizinha ao foco, com um raio mínimo com o disposto no Plano Estadual de Erradicação
de 5 (cinco) quilômetros a partir do foco, levando- da DA aprovado pelo Ministério da Agricultura,
se em conta fatores geográficos e epidemiológicos. Pecuária e Abastecimento, os estabelecimentos
Dependendo da densidade populacional de su- de criação relacionados com a emergência sani-
ídeos, de barreiras geográficas ou qualquer outro fa- tária poderão ser submetidos a uma ou mais das
tor que favoreça ou dificulte a disseminação do VDA, estratégias de atuação descritas neste capítulo.
a extensão da zona de proteção e vigilância pode ser Os estabelecimentos de criação submetidos
alterada, a critério do serviço veterinário oficial. a qualquer uma das estratégias para erradicação
A Coordenação Geral solicitará a cooperação devem ter sua condição de livres de DA confir-
de entidades e órgãos (forças públicas de segu- mada por meio da obtenção de duas sorologias
rança, prefeituras, entidades privadas e outros), negativas consecutivas, em intervalos de dois
visando assegurar o isolamento do foco, reforçar meses, realizadas de forma independente para o
medidas sanitárias preventivas e garantir a apli- plantel e animais de engorda, seguindo a amos-
cação do Plano de Contingência. tragem disposta na tabela a seguir. A primeira so-
No caso da constatação de DA em recinto de rologia deverá ser realizada logo após a parição
exposições, feiras, leilões e outras aglomerações do primeiro lote de reprodutoras introduzido.
de suídeos, todo o local será considerado foco e
serão aplicadas, no que couber, as medidas sani-
REBANHO ANIMAIS
tárias estabelecidas neste Plano de Contingência.
AMOSTRADOS
A Coordenação de Campo determinará, de
imediato, as seguintes ações: 1 – 25 TODOS
a) Estabelecimento da sede do escritório 26 – 30 26
principal;
31 – 40 31
b) Estabelecimento das seguintes áreas
41 – 50 35 311
de atuação:
- Foco; 51 – 70 40
- Zona de proteção e vigilância; 71 – 100 45
c) Instalação de postos fixos e móveis de fis-
101 – 200 51
calização na zona demarcada;
d) Revisão da delimitação da zona de- 201 – 1200 57
marcada, que poderá ser ampliada, de acordo + 1200 59
com as informações colhidas nas investigações
complementares;
e) Instalação de placas de interdição e aviso 2.1 Despovoamento imediato
em locais estratégicos; Nesta modalidade, o(s) estabelecimento(s) de
f) Inspeção nos estabelecimentos de cria- criação envolvido(s) será(ão) saneado(s) imediata-
ção e abatedouros de suídeos existentes na mente, com sacrifício e abate sanitário de todo o
zona demarcada; rebanho suídeo existente, independente da idade
g) Definição da composição das comissões e do estado fisiológico das fêmeas do plantel, e re-
para as ações de emergência. povoamento com suídeos livres do VDA.
2. Estratégias a serem aplicadas no foco e Essa estratégia poderá ser adotada em Uni-
seus contatos diretos dades da Federação certificadas como livres da
enfermidade, bem como naquelas onde a vacina com posterior destruição por incineração ou
não é utilizada, ou que apresenta baixa densida- queima seguida de enterramento. O método
de populacional de suídeos. mais aconselhável e geralmente mais prático é
Torna-se mais onerosa em curto prazo, ne- o enterramento;
cessitando de fundos indenizatórios com mon- - Os suídeos deverão ser sacrificados prefe-
tantes compatíveis, além do envolvimento de rencialmente no interior das valas, e terão suas
um grande aparato, porém minimiza as com- cavidades abdominais abertas;
plicações decorrentes de uma atuação mais em - Evitar qualquer movimento desnecessário
longo prazo. dos suídeos e tomar precauções para impedir
2.1.1 Avaliação dos animais, produtos e que escapem durante a condução às valas;
materiais e) Destruição dos suídeos sacrificados:
Os suídeos expostos, produtos, subprodutos e O local para se proceder à destruição dos
materiais contaminados deverão ser previamente suídeos sacrificados deverá ser escolhido cuida-
avaliados antes do sacrifício ou abate sanitário. dosamente, seguindo orientação do órgão am-
A forma de avaliação dos animais para pos- biental. Deverão ser considerados fatores como
terior indenização deverá ser normatizada pelo proximidade do foco, estrutura do solo, lençol
Plano Estadual ou, no caso de este não existir, freático, segurança com respeito às instalações,
de acordo com a norma vigente, e será realizada plantações, ventos predominantes e isolamento
pela comissão correspondente, com os valores da área a fim de evitar a presença de curiosos;
sendo registrados no Termo de Avaliação, no qual f) Cremação
se fará constar todos os critérios utilizados (idade, - Deverá ser feita uma vala rasa, com no má-
sexo, peso, estado fisiológico e outros). ximo 1m de profundidade. Colocar uma camada
Qualquer discordância sobre os valores atri- de lenha ou madeira grossa transversalmente,
buídos não será empecilho para a continuidade enchendo com palha, lenha fina ou carvão em-
da ação sanitária. bebidos em querosene ou óleo diesel;
2.1.2 Sacrifício sanitário - Os suídeos mortos serão alinhados sobre esta
a) Os suídeos acometidos de DA, seus con- camada de lenha, alternando cabeça e cauda. De-
tatos diretos, refugos, bem como aqueles leitões verão ser colocados mais madeira ou carvão embe-
que não possuem peso adequado para sofrer bidos em óleo diesel ou querosene sobre e ao redor
abate sanitário, serão submetidos ao sacrifício dos suídeos mortos. Usar uma tocha lançada a uma
312
sanitário no próprio estabelecimento de criação, distância segura ou rastilho para acender o fogo;
recinto ou qualquer outro local adequado, a cri- - Para queimar 250 suídeos adultos, estima-
tério do Coordenador de Campo, após avaliação se que são necessários em torno de seis toneladas
dos mesmos e em prazo máximo de 24 horas de carvão, ½ tonelada de lenha, 75 litros de óleo
após o recebimento da ordem de matança expe- diesel e 45 quilos de palha ou lenha miúda;
dida pela Comissão de sacrifício e de destruição; g) Após a queima, faz-se o enterramento,
b) Para o sacrifício sanitário dos suídeos, mantendo monitoramento do serviço oficial du-
deverá ser observado o que dispõe a legislação rante o processo:
específica; - As valas devem ser construídas, de preferên-
c) Estas tarefas serão realizadas pela Comis- cia, na direção dominante dos ventos, com 2,5m de
são de Sacrifício e Destruição, dirigida por um profundidade por 2,5m de largura e o comprimento
médico veterinário oficial; dependerá do número de animais, sendo que para
d) Operacionalização: cada cinco suídeos adultos é necessário 1,5m;
- Notificação, por escrito, ao proprietário dos su- - Aconselha-se deixar uma descida de pou-
ídeos que serão destruídos, especificando detalhes co declive, para que os suídeos entrem na vala.
necessários para melhor andamento dos trabalhos; A cal não deve ser utilizada, pois retarda o pro-
- O sacrifício sanitário poderá ser realizado cesso natural de decomposição que favorece a
por membros das forças de segurança pública, inativação do vírus;
- Depois de coberta a vala, é recomendável c) Providenciar a primeira limpeza úmida
cercar a área com tela de arame, a fim de evitar com água sob pressão:
que pequenos animais escavem o lugar; - Usar lava-jato de alta pressão (1.000 a
- Deve-se efetuar semanalmente, a inspeção 2.000 libras);
das valas e áreas vizinhas, até o repovoamento - Molhar previamente a instalação com água,
do estabelecimento de criação. preferencialmente contendo um detergente (1 a 1,5
OBSERVAÇÃO: Nos casos em que o órgão am- litros de solução por m2), para facilitar a remoção
biental competente não permitir o enterramento da matéria orgânica aderida às paredes e pisos;
na propriedade, serão utilizados outros locais in- - Remover, desmontar e lavar os equipamen-
dicados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária tos (comedouros, bebedouros e outros);
e Abastecimento. - Lavar todas as superfícies da instalação (in-
2.1.3 Abate sanitário ternas e externas, teto e paredes);
a) Os suídeos sadios e contatos indiretos do - Por último, lavar as valas coletoras de deje-
mesmo estabelecimento de criação (foco) serão tos (internas e externas).
submetidos a uma avaliação de risco, podendo Realizar a primeira desinfecção (24 a 48 ho-
ser encaminhados ao sacrifício sanitário ou ao ras após, com a instalação totalmente seca):
abate sanitário imediato, a critério do serviço - Utilizar pulverizador motorizado;
veterinário oficial; - Utilizar um dos desinfetantes listados nes-
b) No caso de abate sanitário, os animais te Plano de Contingência, na diluição e forma de
serão destinados a abatedouros de suídeos reco- preparo recomendada pelo fabricante para inati-
nhecidos pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de vação de vírus;
Produtos de Origem Animal. - Molhar todas as superfícies das instala-
c) O embarque dos suídeos deverá ser acom- ções e equipamentos, incluindo teto, paredes
panhado pelo serviço veterinário oficial, que e valas coletoras de dejetos, no volume de
lacrará o veículo de transporte e fará constar o 400ml da solução desinfetante/ m2 de super-
número do lacre no documento de trânsito; fície, desde que não haja recomendação em
d) O serviço de inspeção do estabeleci- contrário na bula;
mento de destino deverá ser notificado com - Deixar as instalações com todas as portas,
antecedência mínima de 24 horas, de forma janelas e cortinas fechadas por 48 horas;
a permitir a adoção de medidas previstas na - Após esse período, abrir as janelas e corti-
313
legislação pertinente; nas para permitir a ação dos raios solares.
e) A destinação dos produtos oriundos do Segunda desinfecção (15 a 20 dias após a
abate sanitário obedecerá à legislação vigente; primeira):
f) Na impossibilidade de abate sanitário - Utilizar desinfetante listado neste Plano de
em estabelecimentos reconhecidos pelo Siste- Contingência, com princípio ativo diferente da-
ma Brasileiro de Inspeção de Produtos de Ori- quele utilizado para a primeira desinfecção, na
gem Animal, os animais sofrerão sacrifício sani- diluição recomendada pelo fabricante para ina-
tário na propriedade, sob a fiscalização direta tivação de vírus;
do serviço veterinário oficial. - Molhar todas as superfícies das instala-
2.1.4 Limpeza e desinfecção ções e equipamentos, incluindo teto, paredes
a) Assim que uma sala ou instalação ficar e valas coletoras de dejetos, no volume de
sem animais, iniciar de imediato a limpeza seca, 400ml da solução desinfetante/ m2 de super-
com pá e vassoura, e proceder ao esvaziamento fície, desde que não haja recomendação em
das valas coletoras de dejetos; contrário na bula;
b) Todos os materiais (matéria orgânica, res- - Deixar as instalações com todas portas, ja-
tos de ração e outros) oriundos dessa limpeza a nelas e cortinas fechadas por 48 horas;
seco devem ser enterrados ou totalmente destru- - Após esse período, abrir as janelas e corti-
ídos por incineração; nas para permitir a ação dos raios solares.
Dois dias após a segunda desinfecção é re- criação deverá ser efetuado apenas com animais
comendável que o produtor faça a pintura das oriundos de GRSC;
instalações com cal virgem hidratada; c) Estabelecimentos de engorda devem ser
Como as instalações vão sendo ocupadas ao repovoados com animais comprovadamente ne-
longo do tempo, um dia antes de alojar os suíde- gativos para DA;
os em uma sala ou instalação, orientar o produ- d) Deverá ser incentivada a implementação
tor para fazer mais uma desinfecção, utilizando de ações para melhorar a biosseguridade do es-
desinfetante a base de hipoclorito de sódio. tabelecimento de criação, tais como isolamento
2.1.5 Vazio Sanitário com cerca perimetral ou cordão vegetal e cons-
a) O período mínimo em que o estabeleci- trução do carregador para os suídeos afastado
mento de criação deverá ficar vazio (sem ne- das instalações, dentre outras.
nhum suídeo) é de 30 dias; 2.2 Despovoamento gradual
b) Logo que o estabelecimento de criação for Na metodologia de erradicação da DA atra-
despovoado, e durante o período de vazio sanitá- vés do despovoamento gradual de um estabe-
rio, algumas ações devem ser providenciadas: lecimento de criação identificado como foco, o
- Esvaziar as esterqueiras; rebanho suídeo existente deverá sofrer abate sa-
- Implantar um plano de combate sistemáti- nitário dentro de um período máximo de 90 dias,
co aos roedores; a contar do diagnóstico inicial.
- Eliminar as sobras de insumos e restos Essa estratégia é menos onerosa, mas exige
de ração; um grande poder de organização e interação por
- Realizar limpeza ao redor das instalações, parte do serviço oficial e outros segmentos en-
com remoção de lixo e entulhos; volvidos na aplicação das medidas para a erra-
- Fazer limpeza e manutenção da fábrica dicação. Poderá ser adotada, a critério do Plano
de ração. Estadual, nas seguintes situações:
c) De acordo com o disposto no Plano Es- - Em unidades produtoras de leitões ou es-
tadual de Erradicação da DA, as Unidades Fede- tabelecimentos de produção em ciclo completo
rativas poderão prever a introdução de suídeos onde a prevalência do VDA é elevada;
sentinelas no estabelecimento de criação, após o - Em unidades de engorda de suídeos de ciclo
término do período de vazio sanitário, que serão contínuo de produção, com qualquer prevalência
monitorados para comprovação da ausência de de infecção pelo VDA, onde o sistema “todos-den-
314
atividade viral naquele ambiente. Os sentinelas tro, todos-fora” das instalações não é aplicado;
deverão ser oriundos de GRSC ou de outro estabe- - Em regiões de baixa densidade populacio-
lecimento comprovadamente negativo para DA, nal de suídeos onde a DA foi detectada, mesmo
mediante a obtenção de duas sorologias negati- com baixa prevalência do VDA nos rebanhos;
vas consecutivas, com um intervalo de 14 a 21 - No aparecimento da doença clínica.
dias entre elas. O número deverá corresponder a 2.2.1 Avaliação dos animais, produtos e
5% da população que existia no foco ou, no mí- materiais
nimo, cinco suídeos sensíveis com até 60 dias de Os suídeos expostos, produtos, subprodutos e
idade. Estes animais deverão ser distribuídos, de materiais contaminados deverão ser previamente
forma a abranger todas as dependências do esta- avaliados antes do sacrifício ou abate sanitário.
belecimento de criação. A forma de avaliação dos animais para pos-
2.1.6 Repovoamento terior indenização deverá ser normatizada pelo
a) O repovoamento do estabelecimento de Plano Estadual ou, no caso de este não existir,
criação somente será autorizado após vistoria do de acordo com a norma vigente, e será realizada
serviço veterinário oficial, que procederá a uma pela comissão correspondente, com os valores
análise do risco de reintrodução do VDA em cada sendo registrados no Termo de Avaliação, no qual
local a ser repovoado; se fará constar todos os critérios utilizados (idade,
b) O repovoamento do estabelecimento de sexo, peso, estado fisiológico e outros).
Qualquer discordância sobre os valores atri- O local para se proceder à destruição dos
buídos não será empecilho para a continuidade suídeos sacrificados deverá ser escolhido cuida-
da ação sanitária. dosamente, seguindo orientação do órgão am-
2.2.2 Vacinação do rebanho biental. Deverão ser considerados fatores como
a) Deverá ocorrer uma vacinação massal proximidade do foco, estrutura do solo, lençol
do rebanho maior de sete dias de idade, até ser freático, segurança com respeito às instalações,
completado o despovoamento do estabeleci- plantações, ventos predominantes e isolamento
mento de criação, para evitar a disseminação da da área a fim de evitar a presença de curiosos;
doença clínica; f) Cremação
b) Caso o estabelecimento de criação prati- - Deverá ser feita uma vala rasa, com no má-
que a vacinação contra DA, os leitões filhos de ximo 1m de profundidade. Colocar uma camada
mães vacinadas não deverão ser vacinados; de lenha ou madeira grossa transversalmente,
c) Os procedimentos para a vacinação deve- enchendo com palha, lenha fina ou carvão em-
rão obedecer ao disposto na legislação vigente. bebidos em querosene ou óleo diesel;
2.2.3 Sacrifício sanitário - Os suídeos mortos serão alinhados so-
a) Os suídeos acometidos de DA, seus con- bre esta camada de lenha, alternando cabeça e
tatos diretos, refugos, bem como aqueles leitões cauda. Deverão ser colocados mais madeira ou
que não possuem peso adequado para sofrer carvão embebidos em óleo diesel ou querosene
abate sanitário, serão submetidos ao sacrifício sobre e ao redor dos suídeos mortos. Usar uma
sanitário no próprio estabelecimento de criação, tocha lançada a uma distância segura ou rastilho
recinto ou qualquer outro local adequado, a cri- para acender o fogo;
tério do Coordenador de Campo, após avaliação - Para queimar 250 suídeos adultos, estima-
dos mesmos e em prazo máximo de 24 horas se que são necessários em torno de seis toneladas
após o recebimento da ordem de matança expe- de carvão, ½ tonelada de lenha, 75 litros de óleo
dida pela Comissão de sacrifício e de destruição; diesel e 45 quilos de palha ou lenha miúda;
b) Para o sacrifício sanitário dos suídeos, deverá g) Após a queima, faz-se o enterramento, man-
ser observado o que dispõe a legislação específica; tendo monitoramento oficial durante o processo:
c) Estas tarefas serão realizadas pela Comis- - As valas devem ser construídas, de preferên-
são de Sacrifício e Destruição, dirigida por um cia, na direção dominante dos ventos, com 2,5m de
médico veterinário oficial; profundidade por 2,5m de largura e o comprimento
315
d) Operacionalização: dependerá do número de animais, sendo que para
- Notificação, por escrito, ao proprietário cada cinco suídeos adultos é necessário 1,5m;
dos suídeos que serão destruídos, especifi- - Aconselha-se deixar uma descida de
cando detalhes necessários para melhor an- pouco declive, para que os suídeos entrem na
damento dos trabalhos; vala. A cal não deverá ser utilizada, pois retar-
- O sacrifício sanitário poderá ser realizado da o processo natural de decomposição que
por membros das forças de segurança pública, favorece a inativação do vírus;
com posterior destruição por incineração ou - Depois de coberta a vala, é recomendável
queima seguida de enterramento. O método cercar a área com tela de arame, a fim de evitar
mais aconselhável e geralmente mais prático é que pequenos animais escavem o lugar;
o enterramento; - Deve-se efetuar semanalmente, a inspeção
- Os suídeos deverão ser sacrificados prefe- das valas e áreas vizinhas, até o repovoamento
rencialmente no interior das valas e terão suas do estabelecimento de criação.
cavidades abdominais abertas; OBSERVAÇÃO: Nos casos em que o órgão
- Evitar qualquer movimento desnecessário ambiental competente não permitir o enter-
dos suídeos e tomar precauções para impedir ramento na propriedade, serão utilizados ou-
que escapem durante a condução às valas; tros locais indicados pelo Ministério da Agri-
e) Destruição dos suídeos sacrificados cultura, Pecuária e Abastecimento.
2.2.4 Abate sanitário das valas coletoras de dejetos;
a) Para o despovoamento gradual através b) Todos os materiais (matéria orgânica, res-
de abate sanitário do rebanho, em estabeleci- tos de ração e outros) oriundos dessa limpeza a
mentos reconhecidos pelo Sistema Brasileiro de seco deverão ser enterrados ou totalmente des-
Inspeção de Produtos de Origem Animal, deverão truídos por cremação;
ser obedecidos os seguintes preceitos: c) Providenciar a primeira limpeza úmida
- Abate sanitário imediato das fêmeas não- com água sob pressão:
gestantes, fêmeas até 60 dias de gestação e leito- - Usar lava jato de alta pressão (1.000 a 2.000
as de reposição; libras);
- Castração imediata dos machos reproduto- - Molhar previamente a instalação com água,
res, que deverão ser encaminhados ao abate sa- preferencialmente contendo um detergente (1 a
nitário quando em condições, segundo legislação 1,5 litros de solução por m2), para facilitar a re-
vigente; moção da matéria orgânica aderida às paredes
- Fêmeas em lactação deverão aguardar o e pisos;
desmame dos leitões, sendo enviadas para abate - Remover, desmontar e lavar os equipamen-
sanitário assim que estiverem em condições, se- tos (comedouros, bebedouros e outros);
gundo legislação vigente; - Lavar todas as superfícies da instalação (in-
- Fêmeas gestantes com mais de 60 dias de- ternas e externas, teto e paredes);
verão aguardar o parto e o desmame dos leitões, - Por último, lavar as valas coletoras de deje-
aplicando-se então o disposto no item anterior; tos (internas e externas).
- Leitões em maternidade e creche deverão d) Realizar a primeira desinfecção (24 a 48
ser encaminhados ao abate sanitário quando horas após, com a instalação totalmente seca):
atingirem aproximadamente 23 quilos de peso - Utilizar pulverizador motorizado;
vivo; - Utilizar um dos desinfetantes listados nes-
- Leitões em fase de engorda deverão ser te Plano de Contingência, na diluição e forma de
destinados ao abate sanitário quando atingirem preparo recomendada pelo fabricante para inati-
o peso adequado. vação de vírus;
b) O embarque dos suídeos deverá ser acom- - Molhar todas as superfícies das instalações
panhado pelo serviço veterinário oficial, que la- e equipamentos, incluindo teto, paredes e valas
crará o caminhão transportador e fará constar o coletoras de dejetos, no volume de 400ml da so-
316
número do lacre no documento de trânsito; lução desinfetante/ m2 de superfície, desde que
c) O serviço de inspeção do estabelecimento não haja recomendação em contrário na bula;
de destino deverá ser notificado com antecedên- - Deixar as instalações com todas as portas,
cia mínima de 24 horas, de forma a permitir a janelas e cortinas fechadas por 48 horas;
adoção de medidas previstas na legislação per- - Após esse período, abrir as janelas e corti-
tinente; nas para permitir a ação dos raios solares.
d) A destinação dos produtos oriundos do e) Segunda desinfecção (15 a 20 dias após a
abate sanitário obedecerá à legislação vigente; primeira):
e) Na impossibilidade de abate sanitário em - Utilizar desinfetante listado neste Plano de
estabelecimentos reconhecidos pelo Sistema Bra- Contingência, com princípio ativo diferente da-
sileiro de Inspeção de Produtos de Origem Ani- quele utilizado para a primeira desinfecção, na
mal, os animais sofrerão sacrifício sanitário na diluição recomendada pelo fabricante para ina-
propriedade, sob a fiscalização direta do serviço tivação de vírus;
veterinário oficial. - Molhar todas as superfícies das instalações
2.2.5 Limpeza e desinfecção e equipamentos, incluindo teto, paredes e valas
a) Assim que uma sala ou instalação ficar coletoras de dejetos, no volume de 400ml da so-
sem animais, iniciar de imediato a limpeza seca, lução desinfetante/ m2 de superfície desde que
com pá e vassoura, e proceder ao esvaziamento não haja recomendação em contrário na bula;
- Deixar as instalações com todas portas, ja- serviço veterinário oficial, que procederá a uma
nelas e cortinas fechadas por 48 horas; análise do risco de reintrodução do VDA em cada
- Após esse período, abrir as janelas e corti- local a ser repovoado;
nas para permitir a ação dos raios solares. b) Caso o risco seja identificado, o repovo-
f) Dois dias após a segunda desinfecção é re- amento deverá ser retardado, ou, a critério do
comendável que o produtor faça a pintura das Plano Estadual, será efetuada a vacinação dos
instalações com cal virgem hidratada; animais introduzidos no estabelecimento de
g) Como as instalações vão sendo ocupadas criação;
ao longo do tempo, um dia antes de alojar os su- c) O repovoamento do estabelecimento de
ídeos em uma sala ou instalação, orientar o pro- criação deverá ser efetuado apenas com animais
dutor para fazer mais uma desinfecção, utilizan- oriundos de GRSC;
do desinfetante a base de hipoclorito de sódio. d) Estabelecimentos de engorda deverão ser
2.2.6 Vazio Sanitário repovoados com animais comprovadamente ne-
a) O período mínimo em que o estabeleci- gativos para DA;
mento de criação deverá ficar vazio (sem ne- e) Deverá ser incentivada a implementação
nhum suídeo) é de 30 dias; de ações para melhorar a biosseguridade do es-
b) Logo que o estabelecimento de criação for tabelecimento de criação, tais como isolamento
despovoado, e durante o período de vazio sanitá- com cerca perimetral ou cordão vegetal e cons-
rio, algumas ações devem ser providenciadas: trução de carregador para os suídeos afastado
- Esvaziar as esterqueiras; das instalações, dentre outras.
- Implantar um plano de combate sistemáti- 2.3 Erradicação por sorologia
co aos roedores; Na metodologia de erradicação da DA por
- Eliminar as sobras de insumos e restos de sorologia, o estabelecimento de criação será sub-
ração; metido a testes sorológicos periódicos, capazes de
- Realizar limpeza ao redor das instalações, diferenciar se os títulos humorais são decorrentes
com remoção de lixo e entulhos; da infecção pelo VDA ou do processo de vacina-
- Fazer limpeza e manutenção da fábrica de ção (no caso deste ser efetuado), com eliminação
ração. gradual do plantel positivo.
c) De acordo com o disposto no Plano Esta- Essa estratégia poderá ser adotada, a critério
dual de Erradicação da DA, as Unidades Fede- do Plano Estadual, naqueles estabelecimentos de
317
rativas poderão prever a introdução de suídeos criação onde a prevalência da infecção pelo VDA
sentinelas no estabelecimento de criação, após o seja baixa, ou naqueles estabelecimentos infec-
término do período de vazio sanitário, que serão tados pelo VDA, sem manifestação da doença clí-
monitorados para comprovação da ausência de nica. É bastante trabalhoso sob o ponto de vista
atividade viral naquele ambiente. Os sentinelas do manejo das vacinações, colheitas freqüentes
deverão ser oriundos de GRSC ou de outro estabe- de material para testes sorológicos e capacidade
lecimento comprovadamente negativo para DA, laboratorial de diagnóstico.
mediante a obtenção de duas sorologias negati- 2.3.1 Vacinação do rebanho
vas consecutivas, com um intervalo de 14 a 21 a) Deverá ser efetuada imediatamente va-
dias entre elas. O número deverá corresponder a cinação massal do rebanho maior de sete dias
5% da população que existia no foco ou, no mí- de idade, para evitar a disseminação da doença
nimo, cinco suídeos sensíveis com até 60 dias de clínica, com suspensão ao final do processo, a cri-
idade. Estes animais deverão ser distribuídos, de tério do serviço veterinário oficial;
forma a abranger todas as dependências do esta- b) Caso o estabelecimento de criação prati-
belecimento de criação. casse a vacinação contra DA, os leitões filhos de
2.2.7 Repovoamento mães vacinadas não deverão ser vacinados;
a) O repovoamento do estabelecimento de c) Os procedimentos para a vacinação deve-
criação somente será autorizado após vistoria do rão obedecer ao disposto na legislação vigente.
2.3.2 Realização de testes sorológicos do ídeos que serão destruídos, especificando detalhes
plantel necessários para melhor andamento dos trabalhos;
a) Deverá ser realizada colheita de material - O sacrifício sanitário poderá ser realizado
para sorologia em 100% do plantel, 30 dias após por membros das forças de segurança pública,
a identificação da infecção pelo VDA no rebanho, com posterior destruição por incineração ou
a ser contado a partir da data do diagnóstico la- queima seguida de enterramento. O método
boratorial inicial; mais aconselhável e geralmente mais prático é
b) O plantel positivo para o VDA deverá ser o enterramento;
isolado para imediato sacrifício sanitário, nos - Os suídeos deverão ser sacrificados prefe-
moldes já descritos; rencialmente no interior das valas, e terão suas
c) Os testes deverão ser repetidos em 100% cavidades abdominais abertas;
do plantel, em intervalos de 60 dias, seguindo-se - Evitar qualquer movimento desnecessário
o mesmo procedimento, até a obtenção de dois dos suídeos e tomar precauções para impedir
resultados sorológicos negativos consecutivos; que escapem durante a condução às valas;
d) Por ocasião da segunda colheita de mate- e) Destruição dos suídeos sacrificados
rial para testagem do plantel, deverá ser realizada - O local para se proceder à destruição dos
também uma colheita por amostragem, de acordo suídeos sacrificados deverá ser escolhido cuida-
com tabela disposta neste Plano de Contingência, dosamente, seguindo orientação do órgão am-
do rebanho em engorda (no caso de existir), que biental. Deverão ser considerados fatores como
também deverá apresentar resultado negativo. proximidade do foco, estrutura do solo, lençol
2.3.3 Avaliação dos animais freático, segurança com respeito às instalações,
Os animais submetidos a sacrifício ou abate plantações, ventos predominantes e isolamento
sanitário deverão ser previamente avaliados an- da área a fim de evitar a presença de curiosos;
tes do encaminhamento. f) Cremação
A forma de avaliação dos animais para pos- - Deverá ser feita uma vala rasa, com no má-
terior indenização deverá ser normatizada pelo ximo 1m de profundidade. Colocar uma camada
Plano Estadual ou, no caso de este não existir, de de lenha ou madeira grossa transversalmente,
acordo com a norma vigente, e será realizada pela enchendo com palha, lenha fina ou carvão em-
comissão correspondente, com os valores sendo bebidos em querosene ou óleo diesel;
registrados no Termo de Avaliação, no qual se fará - Os suídeos mortos serão alinhados so-
318
constar todos os critérios utilizados (idade, sexo, bre esta camada de lenha, alternando cabeça e
peso, estado fisiológico, lucro cessante e outros). cauda. Deverão ser colocados mais madeira ou
2.3.4 Sacrifício sanitário carvão embebidos em óleo diesel ou querosene
a) Os suídeos acometidos de DA serão sub- sobre e ao redor dos suídeos mortos. Usar uma
metidos ao sacrifício sanitário no próprio esta- tocha lançada a uma distância segura ou rastilho
belecimento de criação, recinto ou qualquer para acender o fogo;
outro local adequado, a critério do Coordena- - Para queimar 250 suídeos adultos, estima-
dor de Campo, após avaliação dos mesmos e em se que são necessários em torno de seis toneladas
prazo máximo de 24 horas após o recebimento de carvão, ½ tonelada de lenha, 75 litros de óleo
da ordem de matança expedida pela Comissão diesel e 45 quilos de palha ou lenha miúda;
de sacrifício e de destruição; g) Após a queima, faz-se o enterramento, man-
b) Para o sacrifício sanitário dos suídeos, deverá tendo monitoramento oficial durante o processo:
ser observado o que dispõe a legislação específica; - As valas devem ser construídas, de prefe-
c) Estas tarefas serão realizadas pela Comis- rência, na direção dominante dos ventos, com
são de Sacrifício e Destruição, dirigida por um 2,5m de profundidade por 2,5m de largura e
médico veterinário oficial; o comprimento dependerá do número de ani-
d) Operacionalização: mais, sendo que para cada cinco suídeos adul-
- Notificação, por escrito, ao proprietário dos su- tos é necessário 1,5m;
- Aconselha-se deixar uma descida de pou- expostos, de forma a se evitar a difusão da DA.
co declive, para que os suídeos entrem na vala. O trânsito de suídeos deverá ser avaliado
A cal não deve ser utilizada, pois retarda o pro- como um potencial fator de difusão da doença.
cesso natural de decomposição que favorece a Dependendo do que for apurado no levantamen-
inativação do vírus; to do trânsito, o rastreamento poderá demandar
- Depois de coberta a vala, é recomendável a intervenção de um grande número de pessoas,
cercar a área com tela de arame, a fim de evitar com cuidadosa e sistemática coordenação.
que pequenos animais escavem o lugar; O trabalho na emergência sanitária deverá ser
- Deve-se efetuar semanalmente, a inspeção efetuado por equipes específicas em cada zona de
das valas e áreas vizinhas, até o repovoamento atuação (foco e contatos diretos, zona de proteção
do estabelecimento de criação. e vigilância, e em outras áreas, quando a investiga-
2.3.5 Abate sanitário ção indicar). O rastreamento em áreas externas à
a) Todos os suídeos identificados como por- zona de proteção e vigilância será de responsabili-
tadores assintomáticos do VDA por ocasião dos dade das Instâncias Locais correspondentes.
testes sorológicos deverão ser isolados para enca- Os médicos veterinários e outros profissio-
minhamento ao abate sanitário; nais autônomos vinculados ao campo, que prati-
b) Animais infectados pelo VDA que, segun- cam suas atividades na zona demarcada, deverão
do a legislação vigente, não estão aptos a serem ser comunicados sobre a existência da enfermi-
encaminhados imediatamente ao abate sanitá- dade. Eles deverão fornecer ao serviço veteriná-
rio, deverão ser submetidos ao sacrifício sanitário rio oficial a relação de todos os estabelecimentos
de acordo com o disposto no item 2.3.4; de criação visitados nos últimos sete dias.
c) O embarque dos suídeos deverá ser acom- Todos os abatedouros de suídeos existentes
panhado pelo serviço veterinário oficial, que la- na zona de atuação, e aqueles que tiveram algu-
crará o caminhão transportador e fará constar o ma relação com o foco e seus contatos diretos,
número do lacre no documento de trânsito; também poderão ser objeto de investigação so-
d) O abate sanitário deverá ser efetuado rológica pelo serviço veterinário oficial.
em abatedouro de suídeos reconhecido pelo 3.1 Medidas a serem adotadas no foco e
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de seus contatos diretos
Origem Animal; a) Rastreamento
e) O serviço de inspeção do estabelecimento Uma completa investigação do trânsito
319
de destino deverá ser notificado com antecedência de animais, pessoas, veículos, equipamentos,
mínima de 24 horas, de forma a permitir a adoção restos de alimentos, dejetos, ração e outros
de medidas previstas na legislação pertinente; insumos destinados ao estabelecimento de
f) A destinação dos produtos oriundos do criação identificado como foco e com origem
abate sanitário obedecerá à legislação vigente; a partir dele, no mínimo até os 30 dias ante-
g) Na impossibilidade de abate sanitário em riores ao início da manifestação clínica da DA
estabelecimentos reconhecidos pelo Sistema Bra- ou do diagnóstico laboratorial, deverão ser ras-
sileiro de Inspeção de Produtos de Origem Ani- treados, objetivando-se identificar a origem do
mal; os animais sofrerão sacrifício sanitário na foco, bem como a sua possível difusão a outros
propriedade, sob a fiscalização direta do serviço estabelecimentos de criação.
veterinário oficial. Os estabelecimentos de criação que recebe-
3. Investigação epidemiológica ram suídeos oriundos do foco deverão ser consi-
Aliado às ações executadas no foco e em seus derados como suspeitos, sendo objeto das mes-
contatos diretos, será procedido um rastreamen- mas medidas tomadas no foco. Detalhes como a
to em nível de campo, e uma análise do trânsito data, o tipo de veículo, a rota, o destino e a exata
de suídeos vivos e produtos que possam veicular localização deverão ser determinados, a fim de
o VDA, com o objetivo de se fazer um diagnóstico assegurar rapidamente a identificação dos esta-
de situação a partir da identificação dos rebanhos belecimentos de criação expostos.
Deverão ser levantados os antecedentes de 3.2 Medidas a serem adotadas na zona de
todas as pessoas que trabalharam ou visitaram proteção e vigilância
o estabelecimento de criação nesse período, sua a) Recenseamento populacional
relação com outros estabelecimentos de criação, O serviço veterinário oficial realizará um re-
aglomerações de suídeos e abatedouros. censeamento da população suídea existente em
b) Restrições de trânsito todos os estabelecimentos situados na zona de
A interdição do foco e seus contatos diretos proteção e vigilância, no período máximo de sete
deverá permanecer até a finalização da estra- dias após o estabelecimento da mesma.
tégia de erradicação aplicada, com exceção do Para isso, a equipe de rastreamento deverá
trânsito de suídeos para abate sanitário imedia- visitar todas as propriedades situadas no raio es-
to, oriundo de estabelecimentos de criação onde tabelecido, realizando um levantamento epide-
não exista sinais clínicos no rebanho. miológico, através da aplicação de um Questio-
Quando o estabelecimento de criação nário de Investigação Epidemiológica, disposto
não tiver capacidade de estoque suficiente, neste Plano de Contingência, com a intenção de
poderá ser autorizada, a critério do serviço estabelecer dados populacionais atualizados, tipo
veterinário oficial, a transferência de leitões de exploração de suídeos nos estabelecimentos
para engorda em outro estabelecimento, des- de criação e qualquer vínculo com a propriedade
de que situado na mesma Unidade Federa- foco e seus contatos diretos.
tiva, onde os suídeos ficarão sob supervisão b) Inquérito soroepidemiológico
até atingirem o peso de abate. Todos os estabelecimentos de criação de su-
O trânsito de material de multiplicação animal ídeos existentes no interior da zona de proteção e
(sêmen) também deverá ser proibido. Os veículos vigilância deverão ser objeto de um levantamen-
que transportarem suídeos para o abate sanitário to soroepidemiológico, baseado na colheita de
não deverão ser utilizados para transportar ração sangue do plantel e do rebanho em terminação,
ou insumos, assim como animais de reposição. de forma independente, utilizando-se de tabela
c) Investigação sorológica disposta neste Plano de Contingência.
Naqueles estabelecimentos de criação que Na amostragem do plantel, recomenda-se
receberam suídeos do foco, bem como naque- colher material de 100% dos reprodutores ma-
les que lhe forneceram animais (exceto GRSC), chos existentes. Para as fêmeas deverá ser reali-
se procederá à colheita de sangue do rebanho zada uma amostragem proporcional ao seu esta-
320
para conhecimento da situação sanitária, utili- do fisiológico, baseada nos seguintes parâmetros:
zando-se a tabela disposta neste Plano de Con- 70% das amostras de fêmeas em gestação, 20% de
tingência, de forma a orientar sobre a escolha fêmeas em lactação, 5% de fêmeas não-gestantes
da melhor estratégia para a erradicação. Nos e 5% de leitoas de reposição não-cobertas. Para
estabelecimentos de criação que receberam su- amostragem do rebanho em terminação, deve-
ídeos do foco, essa amostragem deverá ser diri- rão ser colhidas amostras de todas as baias onde
gida, de forma a se obter amostras dos animais houver suídeos alojados.
oriundos do foco. Instruções para a colheita de sangue:
d) Vacinação Colher um volume mínimo de 7ml de san-
A critério do Plano Estadual, poderá ser gue através de punção da veia cava anterior ou
orientado a vacinação imediata dos suídeos jugular de cada animal a ser amostrado, utili-
do foco e outros estabelecimentos de criação zando tubos e agulhas limpas e esterilizadas.
sob risco de contrair a infecção, segundo o Utilizar um conjunto (uma agulha e um fras-
protocolo de vacinação disposto neste Plano co) para cada amostra. Logo após a colheita,
de Contingência ou no Plano Estadual apro- manter os tubos em posição inclinada e local
vado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária fresco, até que ocorra a retração do coágulo.
e Abatecimento, como Instância Central e Su- Centrifugar os tubos a uma velocidade mínima
perior. de 2.000rpm por um período de cinco minu-
tos. O soro obtido (no mínimo 2ml) não deverá As equipes que trabalharão nesses postos de-
apresentar sinais evidentes de hemólise, sendo verão ser compostas por representantes do serviço
então transferido para frascos individuais de veterinário oficial e das forças públicas de segu-
vidro esterilizados, devidamente numerados rança, equipadas com meios de comunicação per-
e identificados, e congelados imediatamente. manente entre si e com a Coordenação de campo,
Preencher as requisições para a remessa, em- para garantir o cumprimento das medidas sanitá-
balar o material e acondicionar em caixas iso- rias adotadas. Deverão ser elaborados relatórios de
térmicas com gelo seco ou gelo reciclável.Man- ocorrências, destinados à Coordenação de campo.
ter o soro congelado durante todo processo de Somente será permitido o trânsito de ve-
envio ao laboratório. ículos e equipamentos limpos e desinfetados,
c) Controle do trânsito de suídeos em conformidade com procedimentos definidos
Na zona de proteção e vigilância, o período pelo serviço veterinário oficial, após a inspeção
de interdição de qualquer estabelecimento de por funcionário oficial.
criação será de no mínimo 21 dias após a conclu- A permissão de saída de suídeos da zona de
são das operações de sacrifício sanitário de suíde- proteção e vigilância poderá ocorrer nas seguin-
os infectados pelo VDA, com exceção do trânsito tes circunstâncias:
com destino ao abate imediato, em veículo lacra- - Direto para abatedouro
do, sob controle do serviço veterinário oficial. Ao final do período de investigação soro-
A restrição da circulação e do transporte de epidemiológica, o serviço veterinário oficial
suídeos vivos e materiais de multiplicação animal poderá conceder autorização para retirada de
atingirá as vias públicas e privadas. Esta restrição suídeos diretamente para abatedouro de su-
não será aplicada para as seguintes situações: ídeos reconhecido pelo Sistema Brasileiro de
- Trânsito através da zona de proteção e vi- Inspeção de Produtos de Origem Animal; de
gilância, por meio de rodovia ou ferrovia, sem preferência situado o mais próximo possível da
parada ou descarregamento na mesma; zona de proteção e vigilância, desde que aten-
- Suídeos procedentes de fora da zona de pro- didas às seguintes condições:
teção e vigilância e destinados diretamente a aba- - Transporte em veículos desinfetados e la-
tedouro localizado nessa zona, desde que transpor- crados, acompanhados do documento de trânsi-
tados em veículos lacrados pelo serviço veterinário to animal com a rota determinada no verso;
oficial, na origem ou nos limites da zona. - Comunicação à autoridade sanitária res-
321
Para o pleno atingimento das medidas de res- ponsável pelo abatedouro no mínimo com 24 h
trição do trânsito na zona de atuação, deverão ser de antecedência, de modo que possam ser toma-
instaladas tantas barreiras fixas e móveis quanto das as medidas previstas em legislação;
forem necessárias, em pontos estratégicos, a crité- - O veículo e os equipamentos utilizados no
rio da Coordenação de campo, de modo a abran- transporte dos suídeos devem ser imediatamente
ger todo veículo que circular pela área. lavados e desinfetados, sob a orientação do mé-
Essas barreiras deverão estar localizadas no dico veterinário oficial.
perímetro da zona delimitada, devendo estar em - Para estabelecimentos de criação dentro da
funcionamento em um prazo máximo de 12 ho- zona de proteção ou vigilância
ras depois de estabelecida a emergência. O prin- Decorrido o período de 21 dias após a con-
cipal objetivo destes postos é assegurar o cumpri- clusão das operações de sacrifício sanitário de
mento das medidas referentes ao trânsito de ani- suídeos infectados pelo VDA, o serviço veterinário
mais, material de multiplicação animal, veículos, oficial poderá conceder autorização para a retira-
pessoas e outros materiais que possam veicular o da de suídeos de estabelecimento situado na zona
VDA, tais como alimentos para animais, dejetos e de proteção e vigilância, diretamente para outro
efluentes originados de qualquer estabelecimen- estabelecimento de criação na mesma zona, des-
to de criação ou abatedouro situados na zona de de que observadas as seguintes condições:
proteção e vigilância. - Transporte em veículos lacrados, acompa-
nhados do documento de trânsito animal; por um período de tempo determinado, até
- Limpeza e desinfecção dos veículos e equi- que o rebanho seja considerado fora de risco,
pamentos utilizados no transporte dos suídeos, e sob controle do serviço veterinário oficial.
após cada operação. Existem testes sorológicos que permitem dife-
d) Manutenção das medidas: renciar a presença de anticorpos oriundos da
As medidas aplicadas na zona de proteção infecção pelo vírus de campo daqueles induzi-
e vigilância serão mantidas até que tenham sido dos pela vacinação.
executadas as estratégias de erradicação estabe- O Plano Estadual de Controle e Erradicação da
lecidas pelo Plano Estadual ou por este Plano de DA de cada Unidade da Federação deverá apresen-
Contingência, e realizado um inquérito soroepi- tar a estratégia de utilização da vacina em seu âm-
demiológico abrangendo os estabelecimentos de bito de atuação. Quando a Unidade Federativa não
‘criação considerados de risco, situados dentro ou possuir um Plano Estadual, deverá ser obedecido o
fora da zona de proteção e vigilância, sem o regis- esquema de vacinação proposto a seguir:
tro de ocorrência de atividade viral. - Vacina Inativada:
A critério do Plano Estadual, poderá ser feito Plantel: vacinar 3 vezes ao ano. Cada vaci-
um monitoramento em nível de abatedouro, em nação deve ser realizada no prazo máximo de 1
reprodutores de descarte ou animais de abate. semana, independente do estado fisiológico das
Este inquérito será realizado quando de- fêmeas do plantel;
corridos, pelo menos, 30 dias da conclusão Leitoas e machos de reposição: fazer a pri-
das operações de sacrifício ou abate sanitário meira dose da vacina na chegada dos suídeos e
dos suídeos infectados pelo VDA nos estabele- a segunda com 2 a 4 semanas após (dependendo
cimentos de criação afetados, de acordo com da recomendação do fabricante do produto).
amostragem definida em tabela deste Plano de Estas vacinações deverão ser realizadas duran-
Contingência. te o período de quarentena ou isolamento na gran-
VI. PROCEDIMENTOS PARA ja, antes de introduzir os suídeos no rebanho.
VACINAÇÃO CONTRA A DA IMPORTANTE: Não aplicável em estabeleci-
A vacinação dos suídeos é um importante mentos de criação interditados.
instrumento para o controle da manifestação - Vacina Viva Atenuada (naquelas Unidades
clínica da DA nos focos submetidos a qualquer Federativas onde seu uso é previsto pelo Plano
uma das estratégias de erradicação da enfer- Estadual aprovado pelo Ministério da Agricultura,
322
midade, bem como naqueles estabelecimen- Pecuária e Abastecimento, como Instância Cen-
tos de criação considerados sob risco de ad- tral e Superior):
quirir a infecção. Leitões: aplicar uma única dose com 9 a 14
As vacinas não previnem a infecção pelo VDA, semanas de idade.
porém diminuem o impacto econômico da doen- Leitões vacinados não devem, sob hipótese
ça. A vacinação reduz e previne a manifestação alguma, ter outro destino final que não o abate.
dos sinais clínicos, através da diminuição da in- Se a atuação emergencial em foco incluir a va-
tensidade e duração da eliminação do agente; da cinação, aplicar a vacina em todos os suídeos do re-
redução da invasão dos tecidos; do aumento da banho maiores de sete dias de idade, seguindo-se da
dose viral necessária para infectar os vacinados; estratégia adotada para a erradicação da doença.
e também por induzir a uma menor invasão dos No caso do uso emergencial de vacina con-
tecidos (impede transmissão transplacentária); tra DA em zona livre, esta perderá seu status sa-
além de reduzir a excreção do agente a partir dos nitário, que só poderá ser alcançado novamente
suídeos infectados. Tudo isso acaba contribuindo quando forem atendidas as condições definidas
para a redução da incidência da DA em estabele- pela legislação federal vigente e pelo Código Sa-
cimentos de criação que praticam a vacinação. nitário dos Animais Terrestres da Organização
Em um estabelecimento de criação de suí- Mundial de Saúde Animal (OIE).
deos, as vacinas deverão sempre ser utilizadas As normas para o controle da comerciali-
zação de vacinas contra a DA pelo serviço ve- VIII. CARACTERÍSTICAS
terinário oficial deverão obedecer à legislação DA DOENÇA DE AUJESZKY
vigente. Somente poderão ser utilizadas vaci- ETIOLOGIA
nas contra a DA licenciadas pelo Ministério da 1.Características do agente etiológico
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como DNA vírus da família Herpesviridae, subfamí-
Instância Central e Superior. lia Alphaherpesvirus.
VII. PROCEDIMENTOS EM ABATEDOUROS Seu envelope viral possui em sua superfície
O abate sanitário de suídeos envolvidos na estruturas glicoprotéicas, entre as quais se desta-
emergência sanitária será realizado exclusiva- ca a gE, importante por sua implicação no desen-
mente em abatedouro reconhecido pelo Sistema volvimento de vacinas marcadas e de técnicas de
Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem diagnóstico sorológico que permitem diferenciar
Animal, sendo que os produtos oriundos não po- entre animais infectados e vacinados.
derão ser submetidos à exportação. Possui um único tipo antigênico, embora exis-
O serviço de inspeção do estabelecimento de tam cepas virais que produzam de forma predomi-
destino deverá ser comunicado com antecedência nante quadros respiratórios ou nervosos da doença.
mínima de 24 horas, de forma a permitir a adoção Uma importante característica do agente
das medidas previstas na legislação pertinente. é sua capacidade de permanecer em estado de
O veículo transportador deverá estar lacrado latência (infecção subclínica) em gânglios sen-
na origem pelo serviço veterinário oficial, com con- soriais de sistema nervoso (trigêmio) e no tecido
ferência antes do descarregamento dos animais. linfóide das tonsilas de suídeos.
O abate sanitário de suídeos encaminhados A condição de latência do agente torna
a partir da emergência sanitária deverá ser reali- o suídeo uma fonte de disseminação viral du-
zado conforme a legislação vigente. rante toda a vida.

2. Reação à ação física e química


Temperatura: Inativação quase instantânea quando exposto a condições de ressecamento,
principalmente na presença direta de raios solares.
Na temperatura de 20°C, o vírus pode ser infeccioso e transmitido por moscas
até por 6 horas. 323
Em descargas nasais e saliva sob temperatura de 25°C, o vírus é inativado em
1 dia sobre roupas e botas; 4 dias sobre diversos equipamentos e materiais
(concreto, plástico, ferro) existentes no estabelecimento de criação; 3 dias no
alimento peletizado; 2 dias na farinha de carne e 4 quatro dias na cama de
maravalha.
pH: Inativado dentro de 7 dias em pH < 4,3 ou pH > 9,7.
Produtos químicos: Sensível a solventes de gorduras, como éter e clorofórmio.
Desinfetantes: Inativado por desinfetantes à base de hipoclorito de sódio, amônia
quaternária, peroxigênio e iodóforos.
Sobrevivência: Sobrevive bem em ambientes frios, porém não sujeitos a flutuações de
temperatura.
É estável em pH entre 6 a 8, em ambiente úmido e com temperatura estável.
Sobrevive por 2 dias em lagoas anaeróbicas, e por até 4 dias em água não-
clorada a 25°C.
Sobrevive por 7 horas no ar com umidade de 55% ou mais, em solo rico em
umidade e em matéria orgânica.
EPIDEMIOLOGIA DIAGNÓSTICO
3. Hospedeiros O período de incubação da doença é de
O vírus possui uma ampla variedade de hos- 2 a 6 dias.
pedeiros, porém os suínos e javalis são os úni- 6. Diagnóstico clínico
cos hospedeiros naturais do vírus da Doença de O aparecimento dos sinais clínicos depende
Aujeszky (VDA). Animais silvestres podem estar da faixa etária dos suídeos afetados; do grau de
infectados e servir de reservatório. exposição deles ao agente etiológico (nível de se-
Bovídeos, ovinos, caprinos, canídeos, ga- gregação do rebanho); da dose viral infectante; da
tos, eqüídeos, coelhos, ratos e camundongos cepa viral; e do nível de imunidade dos animais.
são susceptíveis. Nessas espécies a doença é ter- • Leitões em maternidade (1 a 21 dias de
minal, com período de incubação curto (3 dias) idade):
e morte entre 48 a 72 horas após manifestação • Febre (41ºC), anorexia, apatia;
dos sintomas nervosos (prurido com tendência • Tremores, ataxia, hipersalivação;
à automutilação). • Convulsões epileptiformes, movimentos
Relatos em humanos não são suficientemen- de pedalagem, nistagmo e opistótono;
te documentados. • Paralisia de posteriores (posição de cão
4. Transmissão (direta e indireta) sentado); andar em círculos;
• Introdução de suídeos infectados; • Vômito e diarréia;
• Contato direto entre animais (secreções na- • Não reagem à antibioticoterapia;
sais, saliva, excretas, sangue, leite); • Morte dentro de 24 a 36 horas;
• Mucosa vaginal e prepucial (monta natural); • _Em fêmeas infectadas próximas ao par-
• Sêmen (contaminação no momento da to, os leitões nascem fracos, com sinais clíni-
colheita); cos imediatos;
• Via aerógena (aerosóis suspensos, vento • Mortalidade de lactentes próxima a 100%.
até pelo menos 3 quilômetros); • Leitões em creche (21 a 63 dias de idade):
• Água, ração, fômites, equipamentos e • Apatia, anorexia e febre (41 – 42ºC);
cama contaminados; • Sinais respiratórios: espirros, descargas na-
• Infecção transplacentária (congênita); sais e dispnéia, evoluindo para tosse severa;
• Restos de partos e abortos; • Animais com sinais nervosos semelhantes
• Propagação por pessoas e veículos. aos de lactentes invariavelmente morrem;
324
5. Fontes de vírus • Refugagem;
A eliminação do VDA tem início cerca de 7 a • Recuperação dentro de 5 a 10 dias, com
10 dias após a infecção. mortalidade geralmente não excedendo 10%.
• Sangue e todos os tecidos, secreções e ex- • Suídeos em engorda (63 dias de idade
creções de animais doentes e mortos; até o abate):
• Leitões infectados congenitamente; • Apatia, anorexia e febre (41 – 42ºC);
• Suídeos que sofrem reativação do estado • Espirros, descargas nasais, tosse severa,
de latência do vírus devido a condições adversas respiração difícil, principalmente quando os ani-
de ambiente ou outras fontes de estresse; mais são forçados a se movimentar;
• Animais infectados introduzidos no esta- • Sinais respiratórios atingem morbidade
belecimento de criação; próxima a 100%;
• sêmen contaminado utilizado para inse- • Baixa mortalidade (1 – 2%) em casos não
minação artificial; complicados por infecção bacteriana secundária;
• Ração e cama de animais de estabeleci- • Sinais nervosos esporádicos;
mento de criação não controlado; • Retardo no crescimento;
• suídeos silvestres e taiassuídeos (cateto, quei- • Recuperação dentro de 6 a 10 dias.
xada, porco-do-mato e caititu) reservatórios do VDA; • Reprodutores (fêmeas e machos):
• Outras vias de infecção descritas no item 2. • Anorexia e febre (até 42ºC);
• Agalaxia; ELISA diferencial para gE).
• Constipação; • Teste de neutralização viral (VN).
• Movimentos de falsa mastigação e hi- • Histopatologia: para o diagnóstico diferencial,
persalivação; a partir de amostras de cérebro e pulmão conserva-
• Sinais reprodutivos: abortos, retorno ao dos em solução de formaldeído a 10% (formol).
cio, natimortos e mumificados; Naqueles estabelecimentos sem sinais clínicos,
• Sinais respiratórios semelhantes aos de onde se pretende investigar a presença da infecção
animais em engorda; pelo VDA a partir de amostras de soro sanguíneo
• Falhas reprodutivas não atingem 20% do coletados por amostragem (segundo tabela disposta
plantel; neste Plano de Contingência), os testes sorológicos
• Eventuais sinais nervosos: leve incoorde- deverão ser direcionados àquelas fêmeas cujas leite-
nação ou paralisia do trem posterior; gadas apresentaram sinais compatíveis com a DA.
• Mortalidade baixa (1 – 2%); PREVENÇÃO E CONTROLE
• Infertilidade. Não existe tratamento específico contra a
Lesões macroscópicas Doença de Aujeszky.
Muitas vezes não se observam lesões ma- • Aplicação das medidas descritas no Plano
croscópicas. No caso de haver, observa-se princi- de Contingência em focos de DA;
palmente: • Vigilância soroepidemiológica ativa para
• Focos de necrose amarelados no baço identificação de estabelecimentos de criação
e fígado; livres de DA;
• Focos de necrose hemorrágica nos linfono- • Erradicação da infecção por despovoa-
dos e tonsilas; mento completo e imediato nas regiões onde a
• Consolidação pulmonar com áreas disse- vacinação é proibida;
minadas pelos diversos lobos; • Vacinação massal do rebanho e erradica-
• Conjuntivite; ção da infecção por despovoamento gradual, em
• Placentite necrótica. um prazo máximo de 90 dias, naqueles rebanhos
7. Diagnóstico diferencial cuja sorologia por amostragem indique preva-
• Influenza suína; lência maior que 10% ou em estabelecimentos de
• Pneumonia enzoótica; criação com manifestação da doença clínica;
• Pasteurelose suína; • Vacinação massal do rebanho e erradica-
325
• Peste suína clássica; ção dos animais soropositivos após exames bi-
• Meningite estreptocócica; mestrais de 100% do plantel, naqueles rebanhos
• Hipoglicemia neonatal; cuja sorologia por amostragem indique preva-
• Intoxicação por sal; lência da infecção menor ou igual a 10%;
• Leptospirose; • Reposição do plantel apenas com suídeos
• Outras causas de abortos; provenientes de Granja de Reprodutores Suídeos
• Outras encefalomielites virais. Certificada (GRSC);
8. Diagnóstico laboratorial • Introdução de leitões para engorda a partir
• Identificação do agente: de estabelecimentos de criação livres do VDA;
• Isolamento viral a partir de leitões doentes • Quarentena, com realização de testes soro-
ou de órgãos e tecidos como cérebro, baço, tonsi- lógicos em animais oriundos de estabelecimen-
las, pulmão e fetos abortados. tos de criação com situação sanitária desconhe-
• Reação em cadeia de polimerase (PCR), cida para a DA;
capaz de demonstrar a presença do DNA viral, • Controle de roedores;
a partir de cérebro, baço, tonsilas, pulmão, fetos • Tratamento de produtos e subprodutos de
abortados ou amostra de sêmen. origem animal;
• Provas sorológicas: • Controle de animais silvestres;
• Ensaio Imunoenzimático (ELISA triagem e • Educação sanitária.
IX. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PARA identificação
AÇÕES DE EMERGÊNCIA 21) Esponja
Dispor dos seguintes equipamentos e ma- 22) Faca para necropsia
teriais, de preferência descartáveis, quando 23) Fita adesiva
possível. Como prática de boa administração, as 24) FORM-IN e FORM-COM
unidades veterinárias devem ter esses materiais 25) Gaze
sempre prontos para uso, organizados em caixas 26) Laço ou corda grossa
metálicas ou plásticas: 27) Lanterna/ pilhas ou outra fonte de luz
1) Agulhas 100x20 ou 80x15 28) Lápis e caneta
2) Alicate 29) Luvas de borracha ou descartáveis
3) Arame 18 30) Mapa do município e região
4) Arco de serra e lâmina 31) Meios de identificação: brinco, alicate
5) Aparelho de GPS para brinco, bastão marcador
6) Aventais 32) Pinças
7) Balde de plástico 33) Placas de interdição/ sinalização
8) Bomba de pulverização costal ou 34) Pranchetas
mecânica 35) Sabão
9) Botas de borracha e protetor de calçados 36) Sacos para resíduos
10) Cabo/ lâmina de bisturi 37) Sacos plásticos para acondicionamento
11) Cachimbo de amostras
12) Caixa com instrumentos de necropsia 38) Seringas
13) Caixas isotérmicas e gelo 39) Seringas e agulha
14) Calça, jaqueta e boné impermeáveis 40) Termo de interdição
15) Cones para orientação do trânsito 41) Termo de Visita a Granja de Suídeos
de veículos 42) Termômetros clínicos
16) Correntes/ cadeados 43) Tesoura
17) Desinfetante com indicação para o vírus 44) Toalhas de algodão ou de papel
18) Equipamento portátil de aspersão absorvente
19) Escova 45) Tubos e agulhas para colheita de sangue
20) Esparadrapo ou outra etiqueta para 46) Venda para contenção de javalis
326

X. QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

1. Médico veterinário do serviço oficial responsável pelo preenchimento do questionário:


Nome:
Endereço:
Telefone: Correio eletrônico:
2. Identificação da propriedade:
Nome da propriedade:
Nome do proprietário:
Nº Registro Geral: Nº Registro no CPF:
Endereço:
Município: Telefone:
Georreferenciamento: coordenadas: S: W:
3. Rebanho:
A quantidade de suídeos atualmente existente na propriedade, por categoria, é:
( ) Cachaços
( ) Matrizes
( ) Porcas vazias
( ) Porcas em lactação
( ) Porcas gestantes com menos de 60 dias de gestação
( ) Porcas gestantes com mais de 60 dias de gestação
( ) Leitoas de reposição
( ) Leitões lactentes
( ) Leitões na creche
( ) Leitões na engorda
4. Qual o tipo de criação de suínos?
( ) Independente
( ) Integrado ou cooperado
( ) Subsistência (consumo próprio apenas)
5. Se for integrado, qual a empresa integradora:
6. Qual o tipo do estabelecimento de criação?
( ) Granja de suíno
( ) Criatório de suídeos
( ) Granja de javalis
( ) Outra. Qual?
7. Qual o tipo de exploração?
( ) Ciclo completo
( ) Produção de leitões
( ) Comércio de reprodutores ou sêmen
( ) Engorda
8. Qual o sistema de criação utilizado?
( ) Confinado
( ) Semiconfinado
( ) Criação tecnificada em piquetes (SISCAL)
( ) Extensivo
( )
Outros:
327
9. Quando foi identificada a Doença de Aujeszky no estabelecimento de criação?
( ) Mês Ano:
( ) Nunca foi identificada
10. Ocorreram sinais clínicos da doença nos últimos 12 meses?
( ) Sim. Quais?
( ) Não
11. Se utiliza ou já utilizou a vacina contra a Doença de Aujeszky, qual é o motivo?
( ) Ocorrência da doença
( ) É vizinho de proprietário onde a doença ocorreu
( ) Por outra razão. Qual?
12. Foi identificada a origem da infecção, ou seja, como a doença entrou no rebanho?
( ) Sim. Qual:
( ) Não
13. Há quanto tempo usa a vacina contra a doença de Aujeszky?
( ) Há menos de 1 ano
( ) De 1 a 2 anos
( ) De 2 a 4 anos
( ) Há mais de 4 anos
( )Nunca usou vacina
( )Já usou e parou de usar. Quando parou? Mês: Ano:
14. Qual o esquema de vacinação contra Doença de Aujeszky que está sendo utilizado?
a) Porcas e cachaços:

b) Leitoas e machos de reposição:

c) Leitões:

15. Qual a marca e o nome da vacina que está sendo utilizada?

16. Como a vacina é utilizada?


( ) De forma irregular
( ) De forma regular
( ) De forma ocasional
17. Se parou de usar a vacina, qual foi o motivo?
( ) Por orientação técnica
( ) Dificuldade na aquisição
( ) Devido ao preço elevado
( ) Não funciona
( ) Decisão própria
( ) Outra razão. Qual?
( ) Resolveu o problema de mortalidade de leitões
( ) Nunca parou
18. Possui outros animais domésticos em contato direto ou indireto com os suídeos?
( ) Gatos
328
( ) Cães
( ) Bovinos
( ) Ovinos e caprinos
( ) Galinhas caipiras
( ) Pombos
( ) Outros: Quais?
( ) Nenhum
19. Houve mortalidade em alguma dessas espécies por ocasião da identificação da Doença de
Aujeszky nos suídeos?
( ) Sim. Qual(is)?
( ) Não
20. Qual a origem das leitoas e machos de reposição?
( ) Faz reposição do próprio rebanho
( ) Somente da empresa integradora
( ) De propriedades vizinhas. Qual(is)?
( ) De outros fornecedores de material genético. Qual(is)?

21. Descrever outras informações sobre Doença de Aujeszky na propriedade que julga
importantes:

Assinatura do responsável pelas informações

Carimbo e assinatura do médico veterinário


oficial responsável pelo preenchimento
do questionário

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 47, DE 18 DE JUNHO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 23/06/2004, Seção 1, Página 64
329
Aprova o Regulamento Técnico de Programa Nacional de Sanidade Suídea - PNSS, na for-
ma do anexo a esta Instrução Normativa.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, Art. 1º Aprovar o REGULAMENTO TÉCNICO DO


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA - PNSS,
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe na forma do anexo a esta Instrução Normativa.
confere o art. 15, inciso II, alínea “a”, do Anexo Art. 2º Subdelegar ao Diretor do Departa-
I, do Decreto nº 4.629, de 21 de março de 2003, mento de Defesa Animal competência, no que
tendo em vista o disposto no Regulamento de couber, para baixar normas complementares a
Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto este Regulamento.
nº 24.548, de 3 de julho de 1934, e o que consta Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
do Processo nº 21000.012585/2003-31, resolve: vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO
ANEXO

REGULAMENTO TÉCNICO DO PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE SUÍDEA – PNSS

Art. 1º O presente Regulamento Técnico apli- de defesa sanitária animal federal, estadual ou
ca-se ao controle sanitário a ser realizado nos esta- municipal;
belecimentos de criação de suídeos que desenvol- VIII - suídeo: qualquer animal do gênero Sus
vam atividades relacionadas com a produção, re- scrofa (suíno) e Sus scrofa scrofa (javali).
produção, comercialização, distribuição de suídeos
e material de multiplicação de origem suídea, bem CAPÍTULO II
como impedir a introdução de doenças exóticas e
controlar ou erradicar aquelas existentes no país. DAS COMPETÊNCIAS

CAPÍTULO I Art. 3º Ao Departamento de Defesa Animal -


DDA, da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA,
DAS DEFINIÇÕES do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento - MAPA, caberá as seguintes funções:
Art. 2º Para efeito deste regulamento, enten- I - normatizar, implementar, controlar e
de-se por: avaliar a execução das atividades do Programa
I - abate sanitário: o abate de animais em es- Nacional de Sanidade Suídea, com vistas à vi-
tabelecimento designado pelo Serviço Oficial, com gilância, à profilaxia, ao controle e à erradica-
aproveitamento condicional das carcaças e vísceras; ção de doenças que afetam o plantel nacional
II - estabelecimento de criação: local onde de suídeos;
são mantidos ou criados suídeos para qualquer II - realizar fiscalizações e supervisões técni-
finalidade; cas nos estabelecimentos de criação de suídeos;
III - interdição: proibição do ingresso e egres- III - realizar supervisões e auditorias técnicas
so de suídeos num estabelecimento de criação, nos serviços veterinários oficiais nas unidades es-
para qualquer finalidade, bem como de produtos taduais e municipais da federação;
ou subprodutos suídeos ou materiais que possam IV - controlar a produção e qualidade das
330 constituir via de transmissão ou propagação da vacinas e produtos farmacêuticos aprovados
doença, a critério do serviço veterinário oficial; pelo Programa;
IV - médico veterinário oficial: profissional V - definir critérios para adoção de técnicas
do serviço veterinário oficial; de diagnóstico, para a importação e utilização de
V - proprietário: qualquer pessoa, física ou insumos e imunobiológicos;
jurídica, que seja possuidora, depositária ou a VI - propor e acompanhar estudos epide-
qualquer título mantenha em seu poder ou sob miológicos para criação e manutenção de zonas
sua guarda um ou mais suídeos; livres de doenças;
VI - sacrifício sanitário: operação realizada VII - garantir a saúde dos suídeos em toda a
pelo serviço veterinário oficial quando se con- cadeia produtiva e o controle higiênico-sanitário
firma a ocorrência de doença emergencial ou dos plantéis;
em erradicação e que consiste em sacrificar to- VIII - propor a realização de eventos de ca-
dos os animais do rebanho, enfermos, contatos pacitação técnica.
e contaminados, e, se preciso, outros rebanhos Parágrafo único. As atividades de campo
que foram expostos ao contágio por contato di- do PNSS passíveis de delegação de competên-
reto ou indireto com o agente patogênico, com cia, serão executadas pelas Secretarias de Es-
a destruição das carcaças, por incineração ou tado de Agricultura ou autoridades de defesa
enterramento; sanitária animal competentes nos Estados e
VII - serviço veterinário oficial: órgão oficial no Distrito Federal.
CAPÍTULO III outro cidadão que tenha conhecimento de
suspeita da ocorrência de doença de suídeos
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES de notificação obrigatória deverá comunicar
imediatamente o fato ao serviço veterinário
Art. 4º O DDA coordenará as ações de defesa oficial. O proprietário deverá suspender de
sanitária animal visando controlar ou erradicar as imediato a movimentação, a qualquer título,
doenças dos suídeos existentes e impedir a intro- de suídeos, seus produtos e subprodutos exis-
dução de doenças exóticas no Território Nacional. tentes no estabelecimento, até que o serviço
Art. 5º Fica proibido o ingresso em todo o veterinário oficial decida sobre as medidas a
Território Nacional de suídeos portadores de serem adotadas.
doenças direta ou indiretamente transmissíveis, § 1º São doenças de notificação obrigató-
inclusive de parasitas externos ou internos, cuja ria todas as que vierem a ser relacionadas por
disseminação possa constituir ameaça aos reba- ato do DDA.
nhos nacionais. § 2º O serviço veterinário oficial adotará
Art. 6º Fica proibido o ingresso em todo o imediatamente as medidas de atenção veteri-
Território Nacional de produtos e subprodutos de nária e vigilância definidas pelo DDA, para cada
origem animal e quaisquer outros materiais presu- doença específica.
míveis veiculadores de doenças para os suídeos. § 3º A infração ao disposto neste artigo
deverá ser devidamente apurada pelo serviço
CAPÍTULO IV veterinário oficial que, se for o caso, represen-
tará criminalmente contra o infrator junto ao
DO CADASTRAMENTO DE Ministério Público, para apuração das respon-
ESTABELECIMENTOS DE CRIAÇÃO sabilidades cabíveis.
§ 4º Caso o infrator seja médico veterinário
Art. 7º Todos os estabelecimentos de cria- credenciado, além do disposto no § 3º, o servi-
ção de suídeos deverão ser cadastrados pelas ço veterinário oficial deverá proceder de acordo
Secretarias de Estado de Agricultura ou autori- com a legislação específica.
dades de defesa sanitária animal competentes
nos Estados e no Distrito Federal, de acordo CAPÍTULO VI
com instruções e modelo nacional padroniza-
331
do estabelecidos pelo DDA. DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE SANITÁRIO
Parágrafo único. O cadastro dos estabele- DE ESTABELECIMENTOS DE CRIAÇÃO
cimentos de criação de suídeos deverá ser atuali-
zado anualmente. Art. 10. Todo estabelecimento de criação de
suídeos estará sujeito à fiscalização do serviço ve-
CAPÍTULO V terinário oficial.
Art. 11. No caso do não cumprimento das
DA NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS exigências constantes deste Regulamento, as se-
E VIGILÂNCIA guintes medidas poderão ser adotadas, a critério
do serviço veterinário oficial:
Art. 8º O serviço veterinário oficial manterá I - suspensão da autorização de importação
um sistema de vigilância zoossanitária e de infor- e exportação e da emissão da autorização de
mação, abrangendo todos os níveis, com análise trânsito interno;
sistemática dos dados coletados e produção de II - interdição do estabelecimento;
informes periódicos para atendimento aos com- III - abate sanitário;
promissos nacionais e internacionais. IV - sacrifício de animais;
Art. 9º Todo médico veterinário, proprie- V - aplicação de outras medidas sanitárias
tário, transportador de animais ou qualquer estabelecidas pelo DDA.
CAPÍTULO VII dores de suídeos e seus condutores deverá ser
atualizado anualmente.
DOS ANIMAIS DE REPRODUÇÃO
E MATERIAIS DE MULTIPLICAÇÃO ANIMAL CAPÍTULO IX

Art. 12. A comercialização e distribuição, DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS E LEILÕES


no Território Nacional, de suídeos destinados à
reprodução, assim como a sua participação em Art. 16. Para a participação de suídeos em
exposições, feiras e leilões, somente será permi- exposições, feiras e leilões, deverão ser observa-
tida àqueles procedentes de granjas certificadas das as normas específicas vigentes.
sanitariamente pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - MAPA. CAPÍTULO X
Art. 13. Para fins de importação de suídeos e
seus materiais de multiplicação animal, deverão DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
ser observadas as normas específicas vigentes.
Art. 17. Para assessorar o DDA nos assuntos
CAPÍTULO VIII específicos de que trata este Regulamento, será
criado um Comitê Técnico e Científico do Progra-
DO TRÂNSITO DE ANIMAIS ma Nacional de Sanidade Suídea.
Art. 18. As Secretarias de Estado de Agricul-
Art. 14. Os suídeos somente poderão tran- tura ou autoridades de defesa sanitária animal
sitar em Território Nacional quando acompa- competentes nos Estados e no Distrito Federal
nhados da documentação de trânsito específica promoverão, por meio de medidas efetivas, a
definida pelo DDA, de acordo com as normas criação de Comitês Estaduais de Sanidade Suídea
específicas vigentes. e de fundos privados para indenização de pro-
Art. 15. Os veículos transportadores de suí- prietários de suídeos, atingidos por medidas sa-
deos e seus condutores deverão ser cadastrados nitárias que impliquem abate sanitário, sacrifício
pelo serviço veterinário oficial. de animais e destruição e coisas.
§ 1º Esses veículos deverão ser lavados e Art. 19. As ações de campo, uso e tipos de
desinfetados de acordo com as normas espe- vacinas, métodos e diagnóstico e doenças que
332
cíficas vigentes. serão controladas ou erradicadas serão efinidas
§ 2º O cadastro dos veículos transporta- pelo DDA, em legislação específica.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 20 DE ABRIL DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 27/04/2004, Seção 1, Página 7

Aprova o Plano de Contingência para Peste Suína Clássica, a ser observado em todo o Ter-
ritório Nacional, na forma do anexo à presente Instrução Normativa.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, em vista o disposto no Regulamento de Defe-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E sa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto nº
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe 24.548, de 3 de julho de 1934, e
confere o art. 15, inciso II, do Anexo I, do De- Considerando a existência de uma Zona
creto nº 4.629, de 21 de março de 2003, tendo Livre de Peste Suína Clássica no País, declarada
por meio da Instrução Normativa nº 01, de 4 de todo o Território Nacional, na forma do anexo à
janeiro de 2001, e o que consta do Processo nº presente Instrução Normativa.
21000.000821/2004-58, resolve: Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 1º Aprovar o PLANO DE CONTINGÊNCIA vigor na data de sua publicação.
PARA PESTE SUÍNA CLÁSSICA, a ser observado em
MAÇAO TADANO

ANEXO

I. DEFINIÇÕES observação de grupos de animais aparentemen-


1. Estabelecimento de criação: locais onde te sadios, expostos ao risco de contágio e que,
são mantidos ou criados suídeos para qual- nesse momento, não têm contato direto com os
quer finalidade. animais infectados. Seu propósito é evitar o pos-
2. Foco: estabelecimento de criação ou qual- sível contágio em cadeia da doença para outros
quer outro local onde foi constatada a presença animais não diretamente expostos.
de um ou mais suídeos acometidos de PSC. 12. Sacrifício sanitário: operação realizada
3. Interdição: proibição do ingresso e egresso pelo serviço veterinário oficial quando se confirma
de suídeos num estabelecimento de criação, para a ocorrência de PSC e que consiste em sacrificar to-
qualquer finalidade, bem como de produtos ou dos os animais do rebanho, enfermos, contatos e
subprodutos suídeos ou materiais que possam contaminados e, se preciso, outros rebanhos que
constituir fonte de transmissão da doença, a cri- foram expostos ao contágio por contato direto ou
tério do serviço veterinário oficial. indireto com o agente patogênico, com a destruição
4. Laboratório oficial: laboratório pertencen- das carcaças, por incineração ou enterramento.
te à rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e 13. Serviço veterinário oficial: órgão ofi-
Abastecimento. cial de defesa sanitária animal federal, esta-
5. Matadouro: estabelecimento utilizado dual ou municipal.
para abate de animais destinados ao consumo 14. Suídeo: qualquer animal do gênero Sus
humano ou outras finalidades e que são subme- (suíno e javali).
tidos à inspeção veterinária oficial. 15. Suídeo acometido de PSC: qualquer
6. Médico veterinário credenciado: profissio- suídeo no qual foram oficialmente constatados 333
nal credenciado pelo serviço veterinário oficial, sintomas clínicos ou lesões compatíveis com a
de acordo com legislação específica. PSC, com diagnóstico comprovado por meio de
7. Médico veterinário oficial: profissional do exame laboratorial.
serviço veterinário oficial. 16. Suídeo suspeito de estar acometido de
8. Peste Suína Clássica (PSC): doença transmissí- PSC: qualquer suídeo que apresenta sintomas clí-
vel causada por um pestivírus que acomete suídeos. nicos ou lesões compatíveis com PSC ou, ainda,
9. Plano de Contingência: conjunto de proce- reação a teste laboratorial que indique a possível
dimentos e decisões emergenciais a serem toma- presença da PSC.
dos no caso de ocorrência inesperada de um foco, 17. Zona externa de vigilância: área estabe-
com o objetivo de controlar e erradicar o agente da lecida pelo serviço veterinário oficial, ao redor da
PSC o mais rápido possível, reduzindo ao máximo zona interna de proteção, com um raio mínimo
as perdas produtivas e econômicas decorrentes. de 10 (dez) km a partir do foco.
10. Proprietário: qualquer pessoa, física ou 18. Zona interna de proteção: área circunvi-
jurídica, que seja possuidora, depositária ou que zinha a um foco cujos limites serão estabelecidos
a qualquer título mantenha em seu poder ou sob pelo serviço veterinário oficial, levando em conta
sua guarda um ou mais suídeos. fatores geográficos e epidemiológicos, com um
11. Quarentena: É a restrição do trânsito e a raio mínimo de 3 (três) km.
19. Zona livre de PSC: zona em que a au- ção adequada, pessoal treinado, respaldo legal,
sência da doença tenha sido demonstrada se- equipamentos e materiais adequados e fundos
gundo as recomendações do Código Zoossani- financeiros suficientes.
tário Internacional da Organização Mundial de A Peste Suína Clássica é classificada como
Sanidade Animal - OIE. doença da lista “A” da Organização Mundial de
II - INTRODUÇÃO Sanidade Animal - OIE e sua ocorrência acarre-
1. Histórico ta graves conseqüências ao bem estar animal, à
As atividades de combate à Peste Suína produção suinícola, às exportações de animais e
Clássica – PSC foram iniciadas em zonas selecio- seus produtos e ao meio ambiente.
nadas prioritariamente segundo a importância Esta enfermidade é altamente transmissí-
econômica da região produtora de suídeos e a vel, apresenta grande poder de difusão e espe-
existência de condições epidemiológicas favo- cial gravidade, que pode estender-se além das
ráveis para a obtenção de zonas livres, com o fronteiras nacionais, trazendo prejuízos socioe-
propósito final de erradicação da doença no conômicos e sanitários graves, dificultando ou
Território Nacional. impossibilitando o comércio internacional de
O Programa Nacional de Controle e Erra- animais e produtos de origem animal.
dicação da Peste Suína Clássica foi implantado 3. Objetivo
em 1992, inicialmente em municípios contíguos Orientar as ações e procedimentos para a
pertencentes aos estados do Rio Grande do Sul, precoce e imediata notificação e confirmação de
Santa Catarina e Paraná. De forma progressiva, suspeitas de Peste Suína Clássica no Território Na-
o Programa foi estendido aos outros municípios cional, adotando as medidas de defesa sanitária,
desses três estados e, posteriormente, aos de- visando a sua erradicação, no menor espaço de
mais estados brasileiros. tempo, e à retomada da condição sanitária de li-
Em 4 de janeiro de 2001, por meio da Instru- vre da PSC. Para se alcançar este objetivo, torna-
ção Normativa nº 1, o Ministro de Estado da Agricul- se imprescindível dispor de um PLANO DE CON-
tura, Pecuária e Abastecimento declarou a região TINGÊNCIA que estabeleça, passo a passo, todas
formada pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa as medidas sanitárias necessárias.
Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato III. CARACTERIZAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS
Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rio de 1. Condições sanitárias mínimas
Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Distrito Fe- Na maioria dos países, a estratégia de gestão
334
deral como Zona Livre de Peste Suína Clássica. zoossanitária predominante é centrada na con-
2. Justificativa cepção e aplicação de medidas que minimizam
Por mais rigorosas que sejam as medidas o risco de introdução ou reintrodução de doença
sanitárias de proteção adotadas por um país, re- em país ou zona livre.
gião ou zona livre de uma doença, não se tem a Há a necessidade da manutenção, de for-
garantia absoluta da não introdução ou reintro- ma eficaz, de várias atividades para que o risco
dução do agente infeccioso. da reintrodução da PSC seja mínimo e que, na
Na atualidade, em decorrência dos avanços eventualidade do aparecimento de foco, o mes-
tecnológicos, intensificou-se o trânsito interna- mo seja prontamente detectado e, de imediato,
cional de pessoas, animais, materiais de multipli- adotadas ações para a sua erradicação.
cação animal, produtos e subprodutos de origem O serviço veterinário oficial deve estar am-
animal, aumentando o risco da disseminação de parado nas condições a seguir relacionadas:
doenças entre os países. - Estrutura operacional adequada;
Quando uma doença é introduzida em um - Recursos financeiros suficientes;
país, ou zona até então livres, as ações a serem - Amparo legal para as ações, em legislação
adotadas objetivando a sua erradicação deverão específica;
ocorrer de forma enérgica, rápida e eficaz. Para - Recursos humanos e materiais, equipa-
isto, torna-se necessário manter uma organiza- mentos para uma efetiva vigilância epidemio-
lógica e atenção veterinária; mento nos matadouros, com fiscalização destas
- Pessoal treinado em emergência sanitária, ações nos postos fixos e móveis de fiscalização do
com ênfase em PSC; trânsito de animais, produtos e subprodutos;
- Programa de Educação Sanitária perma- - Atuação efetiva do Comitê Estadual de Sa-
nente e eficaz para que haja uma efetiva partici- nidade Suína;
pação da comunidade. O criador deve estar cons- - Realização de inquéritos soroepidemio-
ciente e motivado para as ações desenvolvidas, lógicos periódicos para a manutenção da Zona
conhecendo a importância de cada uma delas; Livre de PSC;
- Sistema de identificação de suídeos para que - Controle e fiscalização do trânsito de suíde-
o rastreamento, ação fundamental para a gestão de os, seus produtos e subprodutos, produtos pato-
emergências sanitárias, seja realizado com êxito; lógicos e biológicos;
- Proibição da criação de suídeos em lixeiras - Vigilância sanitária nos portos, aeroportos,
públicas; postos de fronteira e collis posteaux;
- Controle da utilização de restos de alimen- - Controle e fiscalização dos pontos de con-
tos para criação de suídeos; centração de suídeos;
- Interação entre os Serviços Oficiais de Ins- - Requisitos sanitários atualizados para au-
peção Federal, Estadual, Municipal e de Defesa torização de importação de suídeos, materiais
Sanitária Animal, visando à troca imediata de in- de multiplicação animal (sêmen e embriões), de
formações, quando houver suspeita de PSC; produtos e subprodutos de origem suídea;
Sistema de informação que permita a ado- - Laboratórios de diagnóstico de PSC em con-
ção oportuna de medidas sanitárias para preven- dições de realizar os exames com a rapidez e efi-
ção e controle das doenças animais; ciência necessárias;
- Intercâmbio de informações sanitárias en- - Manutenção de estoque estratégico de va-
tre os departamentos sanitários das empresas/ cinas contra a PSC.
cooperativas integradoras, médicos veterinários 2. Situações epidemiológicas
credenciados, da iniciativa privada e o serviço O sistema de defesa sanitária animal baseia
veterinário oficial; sua atuação de acordo com o nível de risco sani-
- Vigilância ativa na suinocultura indepen- tário existente, caracterizando as suas ações em
dente, inclusive nas criações de subsistência; cada situação:
- Cadastro atualizado dos criadores de suíde- 2.1. RISCO I
335
os e de transportadores; - Ausência de focos de PSC nos últimos
- Apoio de órgãos e entidades ligados à cadeia 12 meses;
produtiva suídea e órgãos públicos (Prefeituras, - Atendimento a todas as condições mínimas;
Polícia Militar, Secretaria da Fazenda e outros); - Situação em que se encontram os estados
- Listagem atualizada dos locais de risco: que formam a zona livre de PSC.
agroindústrias, matadouros, lixões, laticínios, fá- 2.2. RISCO II
bricas de ração, casas agropecuárias, rodoviárias, - Ausência de focos de PSC nos últimos
aeroportos, portos, curtumes e outros; 12 meses;
- Monitoramento e avaliação permanentes - Atendimento a todas as condições mínimas;
das atividades de sanidade animal, visando ga- - Caracterizada pela identificação de riscos
rantir a padronização das ações; sanitários internos e/ou externos que podem le-
- Acompanhamento oficial efetivo das ativi- var ao ressurgimento da PSC.
dades sanitárias adotadas nas Granjas de Repro- Nessa situação, dependendo de análise de
dutores Suídeos Certificada - GRSC; risco, o serviço veterinário oficial poderá decla-
- Fundos financeiros para as indenizações de rar “estado de emergência sanitária animal” e
rebanhos sacrificados e destruição de coisas; deverão ser mantidas todas as ações quando da
- Lavagem e desinfecção dos caminhões situação de risco mínimo, devendo-se intensifi-
transportadores de suídeos, após o descarrega- car aquelas relacionadas com:
- Vigilância epidemiológica; - Requerer, se necessário, a assistência e co-
- Investigação sorológica; operação técnica de consultoria nacional ou in-
- Controle e fiscalização de locais de aglo- ternacional;
meração de animais; - Designar um epidemiologista para assesso-
- Controle e fiscalização do trânsito intra- rar o Coordenador de Campo.
estadual por meio das equipes volantes; 2. Deveres e responsabilidades das Coorde-
- Controle e fiscalização do ingresso de ani- nações
mais, materiais de multiplicação animal, pro- 2.1. Coordenação-Geral:
dutos, subprodutos de origem suídea, pessoas e a. Mobilizar e coordenar a equipe de emer-
equipamentos nos portos, aeroportos e postos gência e profissionais necessários;
de fronteira; b. Envolver as instituições e entidades que
- Controle e fiscalização da entrada de ae- participarão dos trabalhos;
ronaves, barcos e veículos terrestres originários c. Instituir a comissão de avaliação e taxa-
do exterior; ção: composta por um representante do Setor
- Intercâmbio de informações sanitárias Produtivo, um representante do serviço veteriná-
entre países. rio oficial federal e de um representante do servi-
2.3. RISCO III ço veterinário oficial estadual.
- Caracterizado pelo aparecimento de focos 2.2. Coordenação de Campo:
de PSC – EMERGÊNCIA SANITÁRIA. a. Coordenar todas as operações diárias rela-
IV. EMERGÊNCIA SANITÁRIA cionadas com a emergência no campo e estraté-
É um conjunto de ações sanitárias com ob- gias de atuação adotadas;
jetivo de impedir a disseminação da doença e er- b. Designar e supervisionar as comissões de:
radicar o foco de PSC, em tempo mais curto pos- - Vigilância epidemiológica: responsável pelo
sível e com menor custo para o País. Estas ações sistema de informação, rastreamento, inspeção,
deverão ser executadas por um grupo de profis- utilização de animais sentinelas, repovoamento,
sionais treinados em emergências sanitárias. quarentena, trânsito de animais, instalação de
V. EQUIPE DE EMERGÊNCIA SANITÁRIA postos fixos e móveis e controle de locais de con-
A equipe de emergência sanitária deverá ser centração de animais;
constituída, por meio de ato legal, por profissio- - Sacrifício e destruição;
nais do serviço veterinário oficial federal e esta- - Limpeza, desinfecção de instalações e veí-
336
dual e será composta, no mínimo, por: culos e outros procedimentos de biossegurança;
- Coordenação-geral; - Comunicação e educação sanitária.
- Coordenação de campo; OBS: Aos chefes dessas comissões caberá a
- Coordenação de laboratório; responsabilidade de dirigir e executar as ações
- Coordenação administrativa/financeira; que correspondam as suas tarefas, a fim de al-
- Coordenação de comunicação e rela- cançar os objetivos específicos das mesmas.
ções públicas; c. Assegurar o apoio logístico às comissões;
- Coordenação de assuntos jurídicos. d. Delimitar as áreas de proteção e vigilância
1. Responsabilidades da equipe de emergên- e instalação de postos fixos e móveis;
cia sanitária e. Estabelecer os contatos com as autoridades
- Implementar a política de defesa sanitária e outros segmentos locais que possam prestar as-
animal determinada pelo Plano de Contingência; sistência ou estar vinculados ao setor suinícola;
- Requerer, se necessário, a colaboração f. Assegurar que todos os informes de campo
de representação de outros setores vinculados sejam elaborados e submetidos, em tempo hábil,
com a erradicação, devendo reunir-se regular- à Coordenação-Geral.
mente para o acompanhamento e avaliação 2.3. Coordenação de Laboratório:
de todos os aspectos relacionados com as ope- Atuar junto à Coordenação de Campo, a fim
rações de campo; de assegurar que as amostras sejam adequada-
mente recolhidas, processadas, identificadas, cimento de criação, estabelecimentos vizinhos,
acondicionadas e remetidas. população suídea existente, ingresso e egresso de
2.4. Coordenação Administrativa e Financeira: animais nos últimos 30 (trinta) dias, dados pro-
Atuar junto à Coordenação-Geral, com a fun- dutivos, doenças anteriormente notificadas, aba-
ção de elaborar orçamentos, adquirir, distribuir e tedouros e estabelecimentos que comercializam
garantir o abastecimento de materiais e serviços. produtos e subprodutos de origem suídea;
Coordenar e administrar a comissão de ava- - Comunicar à chefia sanitária imediata;
liação e taxação. - Dispor dos materiais e equipamentos ne-
2.5. Coordenação de Comunicação e Rela- cessários para atendimento a foco (Anexo I) e dos
ções Públicas: documentos FORM-IN, Termo de Visita a Granja
Atuar junto às Coordenações Geral e de Cam- de Suídeos e Auto de Interdição.
po, fornecendo informações e assegurando que as 3. Visita à propriedade com suspeita de PSC
mesmas cheguem aos meios de comunicação e às a. Proceder à visita, em caráter prioritário no
autoridades competentes de forma apropriada. máximo em 12 horas após a notificação, adotan-
2.6. Coordenação de Assuntos Jurídicos: do os seguintes procedimentos:
Assessorar as Coordenações Geral e de Campo - Visitar primeiro o estabelecimento de criação
nos aspectos jurídicos e realizar todas as tramita- com a suspeita, dirigindo-se diretamente à sede,
ções legais inerentes à emergência sanitária. escritório ou administração, para colher informa-
VI. PROCEDIMENTOS OPERATIVOS ções junto ao proprietário ou responsável. Evitar o
NA ATENÇÃO VETERINÁRIA ingresso do veículo oficial na propriedade;
1. Notificação de suspeita - Trocar a roupa, utilizando, de preferência,
- Deverá ser mantido um sistema perma- roupas e materiais descartáveis para entrar nos
nente de informações, para que as suspeitas recintos dos animais;
de ocorrência de doenças sejam notificadas e - Preencher o Termo de Visita a Granja de
atendidas prontamente; Suídeos;
- Todo médico veterinário, proprietário, trans- - Proceder ao exame clínico dos animais do-
portador de animais ou qualquer outro cidadão entes, com o auxílio de pessoal oficial ou parti-
que tenha conhecimento de suspeita da ocorrên- cular, o mínimo necessário, evitando mudar de
cia de PSC ou doença com quadro clínico similar lugar ou agrupar animais susceptíveis;
fica obrigado, de acordo com a legislação vigente, - Observar o estabelecimento e examinar cli-
337
a comunicar o fato, imediatamente, à unidade do nicamente os animais aparentemente sadios;
serviço veterinário oficial mais próxima; - Se a suspeita for evidente e fundamentada,
- A notificação poderá ser efetuada pessoal- preencher o FORM-IN e Auto de Interdição, colher
mente, por telefone, fax ou qualquer outro meio amostras e comunicar imediatamente à autori-
de comunicação disponível. dade sanitária imediata, a fim de que as ações de
2. Atenção à notificação emergência sejam iniciadas imediatamente;
- Caso o notificante seja o proprietário ou - Encaminhar o material colhido ao la-
responsável, o mesmo deverá ser informado da boratório:
proibição de movimentação de suídeos, seus pro- Laboratório de Apoio Animal - LAPA/RECIFE
dutos e subprodutos existentes na propriedade, Endereço: Rua Dom Manoel de Medeiros, s/nº
até que o serviço veterinário oficial defina quais Dois Irmãos - Campus UFPE
as medidas a serem adotadas; CEP: 52171 - 030
- Registrar no livro de ocorrência da Unidade RECIFE - PE
Local a notificação com data e hora; TELEFONE: (081) 3441-6311
- Reunir o máximo de informações sobre o IMPORTANTE: Deverá ser informado ime-
estabelecimento de criação suspeito, como por diatamente ao LAPA/Recife o número do co-
exemplo: situação geográfica, barreiras naturais, nhecimento aéreo, número do vôo e hora de
vias de acesso, ficha cadastral, tipo de estabele- chegada do material.
b. Colheita de Material VII. DETERMINAÇÃO DA ZONA AFETADA
- Colher amostras de sangue dos animais do- E MEDIDAS SANITÁRIAS A SEREM
entes e de animais sadios, para possibilitar uma ADOTADAS NO FOCO DE PSC
comparação de títulos de anticorpos para o vírus No momento do recebimento do diagnóstico
da PSC. Para o diagnóstico sorológico, devem ser laboratorial positivo para PSC ou se a suspeita for
enviados ao laboratório soros límpidos, sem he- evidente e fundamentada, deverá ser acionada a
mólise, com um mínimo de 3 ml por animal. Os equipe de emergência para que seja executado o
soros devem ser congelados e enviados imedia- Plano de Contingência, com a adoção de todas as
tamente ao Laboratório de Apoio Animal - LAPA medidas legais necessárias.
- Recife/ PE; No caso da constatação de PSC em recinto
- Sacrificar animais doentes e colher amostras de exposições, feiras, leilões e outras aglome-
de tecidos, preferencialmente amídalas (tonsilas rações de suídeos, todo o recinto será conside-
palatinas), baço, gânglios faríngeos e mesentéricos rado foco e serão aplicadas, no que couber, as
e porção distal do íleo, nas seguintes condições: medidas sanitárias estabelecidas neste Plano
* Enviar, no mínimo, 20 gramas de cada órgão; de Contingência.
* Enviar os fragmentos dos órgãos em sa- A Coordenação-Geral solicitará a coopera-
cos plásticos separados, devidamente identifi- ção de entidades e órgãos públicos (polícia mi-
cados por animal; litar, prefeituras e outros) visando assegurar o
* Acondicionar as amostras sob refrigeração isolamento do foco, reforçar medidas sanitárias
e enviá-las imediatamente ao LAPA -Recife/PE. Se preventivas e garantir a aplicação do Plano de
a chegada prevista do material ao Laboratório Contingência.
não for possível nas 48 horas após a colheita, o A Coordenação de Campo determinará, de
mesmo deverá ser congelado; imediato, as seguintes ações:
* Todos os materiais colhidos devem estar lis- a. Estabelecimento da sede do escritório
tados no FORM-IN e cuidadosamente identificados principal;
com etiqueta ou esparadrapo escrito a lápis, im- b. Estabelecimento das seguintes áreas
permeabilizados com fita adesiva transparente. de atuação:
- Toda e qualquer colheita de material sus- - Foco;
peito deve seguir as normas do LAPA - Recife/PE - Zona interna de proteção;
e sua remessa ser acompanhada do FORM-IN e - Zona externa de vigilância.
338
de memorando de encaminhamento do material c. Instalação de postos fixos e móveis de fis-
e solicitação dos exames, constando o número e calização na zona afetada;
tipo de amostras enviadas; d. Revisão da delimitação da zona afetada,
- Providenciar a destruição (enterramento ou podendo ampliála, de acordo com as informa-
cremação) das carcaças dos animais sacrificados ções colhidas nas inspeções/investigações;
para obtenção das amostras; e. Instalação de placas de interdição, em lo-
- Na saída do estabelecimento suspeito, lim- cais estratégicos;
par e desinfetar os equipamentos e materiais f. Inspeção nos estabelecimentos de criação,
utilizados nos exames clínicos e nas colheitas de matadouros de suídeos existentes nas zonas in-
materiais, fazendo o mesmo com o veículo. Inci- terna de proteção e externa de vigilância;
nerar a roupa de trabalho descartável; g. Definição da composição das comissões
- No caso do resultado laboratorial nega- para as ações de emergência.
tivo para a PSC, VIII. PROCEDIMENTOS A SEREM
suspende-se a interdição do estabelecimen- EXECUTADOS NA EMERGÊNCIA SANITÁRIA
to, mantendo-se a vigilância epidemiológica ati- 1. Medidas no foco
va por 21 dias. As amostras serão utilizadas para 1.1. Avaliação dos animais, produtos e
diagnóstico diferencial, que orientará as medi- materiais
das a serem adotadas. Os animais expostos, produtos e materiais
contaminados deverão ser previamente avalia- - Para matar os animais doentes e seus con-
dos antes do sacrifício e destruição. tatos, pode-se utilizar arma de fogo, calibre 22,
A avaliação será realizada pela comissão disparando na região craniana ou outro método
correspondente e os valores serão registrados no adequado. Os animais deverão ser sacrificados
Termo de Avaliação, do qual se farão constar to- dentro de valas e suas cavidades abdominais de-
dos os critérios utilizados (raça, idade, sexo, iden- verão ser abertas;
tificação, peso e outros). - Evitar qualquer movimento desnecessário
Qualquer discordância sobre os valores atri- dos animais e tomar precauções para impedir
buídos não será empecilho para a continuidade que escapem durante a condução às valas.
da ação sanitária. 1.3. Destruição dos animais sacrificados
1.2. Sacrifício sanitário O local para se fazer a destruição dos ani-
a. Os suídeos acometidos de PSC e os seus mais sacrificados deve ser escolhido cuidadosa-
contatos diretos serão submetidos ao sacrifício mente, seguindo orientação do órgão de prote-
sanitário no próprio estabelecimento de criação, ção ambiental. Deve-se levar em conta fatores
recinto ou qualquer outro local adequado, a cri- como condição do solo, proximidade do foco, se-
tério do Coordenador de Campo, após avaliação gurança com respeito às instalações, plantações,
dos mesmos e em prazo máximo de 24 horas após ventos dominantes e isolamento da área a fim de
o recebimento da ordem de matança expedida evitar a presença de curiosos.
pelo Departamento de Defesa Animal - DDA; 1.3.1. Cremação
b. Os suídeos contatos indiretos do mesmo es- a. Deverá ser feita uma vala rasa, com no
tabelecimento de criação (foco) serão submetidos máximo 1 m de profundidade. Colocar uma ca-
a uma avaliação de risco, podendo ser encaminha- mada de lenha ou madeira grossa transversal-
dos ao sacrifício sanitário ou abate sanitário. mente, enchendo com palha, lenha fina ou car-
No caso de abate sanitário, os animais con- vão embebidos em querosene ou óleo diesel;
tatos serão destinados a matadouros com ins- b. Os animais mortos serão alinhados so-
peção federal ou estadual, a critério do serviço bre esta camada de lenha, alternando cabeça e
veterinário oficial. cauda. Deverão ser colocados mais madeira ou
c. Para o sacrifício sanitário dos suídeos, carvão embebidos em óleo diesel ou querosene
deverá ser observado o que dispõe a Legislação sobre e ao redor dos animais mortos. Usar uma
específica; tocha lançada a uma distância segura ou rastilho
339
d. Estas tarefas serão realizadas pela Comis- para acender o fogo;
são de Sacrifício e Destruição, dirigida por um mé- c. Para cremar 250 suídeos adultos, estima-
dico veterinário oficial, impedindo a assistência se que são necessários em torno de 6 toneladas
de curiosos e com a presença da polícia militar; de carvão, ½ tonelada de lenha, 75 litros de óleo
e. Operacionalização: diesel e 45 quilos de palha ou lenha miúda;
- Notificação, por escrito, ao proprietário d. Após a cremação, faz-se o enterramen-
dos animais que serão destruídos, especifican- to, mantendo monitoramento oficial durante
do detalhes necessários para melhor andamen- o processo.
to dos trabalhos; 1.3.2. Enterramento
- O sacrifício será realizado por membros das a. As valas devem ser construídas, de prefe-
forças armadas ou segurança pública, com poste- rência, na direção dominante dos ventos, com
rior destruição por enterramento e/ou cremação. 2,5 m de profundidade por 2,5 m de largura e o
O método mais aconselhável e geralmente mais comprimento dependerá do número de animais,
prático é o enterramento; sendo que para cada 5 suídeos adultos são neces-
- A operação deverá ser programada de tal sários 1,5 m. Os animais mortos deverão ser colo-
modo que a Comissão de Sacrifício e Destruição cados lado a lado, alternando cabeça e cauda;
chegue ao local quando terminados os prepara- b. Aconselha-se deixar uma descida de pou-
tivos preliminares; co declive, para que os animais entrem na vala.
A cal não deve ser utilizada, pois retarda o pro- corrência deste fato, autoriza-se o ingresso, sob
cesso natural de decomposição que favorece a estrito controle, de animais susceptíveis para a
inativação do vírus; comprovação da ausência de atividade viral na-
c. Depois de cobertas as valas, é recomen- quele ambiente;
dável cercar a área com malha de arame, a fim - A introdução de suídeos sentinelas no foco
de evitar que pequenos animais se aproximem e em processo de erradicação será iniciada após o
escavem o lugar; término do vazio sanitário e aplicação de outras
d. Recomenda-se efetuar, pelo menos sema- medidas previstas neste Plano de Contingência.
nalmente, a inspeção das valas e áreas vizinhas, Deverá ser iniciada com 5% da população que
até o repovoamento do estabelecimento. existia no foco ou, no mínimo, 5 suídeos sensíveis
1.4. Limpeza e Desinfecção com até 60 dias de idade. Estes animais deverão
São ações de grande importância para asse- ser distribuídos, de forma a abranger todas as de-
gurar a inativação de um agente infectante em pendências do estabelecimento de criação;
um estabelecimento e, em conseqüência, de- - Os suídeos sentinelas deverão ter nascido
ter a disseminação da doença. Fundamentam- e permanecido em granjas reconhecidas oficial-
se em uma desinfecção preliminar, seguida de mente livres de PSC. No caso de suídeos nascidos
limpeza e lavação completas e, finalmente, uma e criados em estabelecimentos de criação de si-
desinfecção definitiva. O material recolhido nas tuação sanitária distinta, deverão ser submetidos
instalações, após a primeira desinfecção, deverá a controle sorológico individual e não poderão
ser totalmente destruído, por meio do enterra- demonstrar a presença de anticorpos específicos
mento ou cremação. para o vírus da PSC;
Em seguida ao sacrifício e enterramento ou - Os suídeos sentinelas deverão ser identifi-
cremação, deve-se desinfetar as máquinas, os cados com brincos e serão submetidos a controle
equipamentos e materiais utilizados pelas pes- sorológico individual, aos 15 e 30 dias, contados a
soas que realizaram os trabalhos, com um dos partir da data de introdução, com vistas à detec-
seguintes produtos: ção de anticorpos específicos para o vírus da PSC;
a. Fenol a 3%; - Os suídeos sentinelas permanecerão na
b. Iodóforos fortes 1% em ácido fosfórico; propriedade até o recebimento do segundo lau-
c. Cresol; do laboratorial, com resultados negativos. Du-
d. Hidróxido de sódio a 2%; rante este período, semanalmente, os animais
340
e. Formalina a 1%; deverão ser submetidos a exames clínicos, com
f. Carbonato de sódio ( 4% anidro ou 10 % medição de temperatura corporal, devendo ser
cristalino, com 0,1 % de detergente); mantidas as medidas de limpeza e desinfecção
g. Detergentes iônicos e não iônicos; para as pessoas que entrem ou saiam do estabe-
1.5. Vazio Sanitário, introdução de sentinelas lecimento de criação.
e repovoamento c. Controle dos animais sentinelas
a. Vazio sanitário - Se algum suídeo sentinela apresentar resul-
- É o tempo compreendido entre o término tado sorológico positivo, todos os demais serão
da limpeza e desinfecção e a introdução de su- sacrificados, devendo ser reiniciado o processo
ínos sentinelas, visando à destruição natural do de limpeza, desinfecção, vazio sanitário e, nova-
agente infeccioso no meio ambiente.A duração mente, introdução de sentinelas;
desta etapa será de, no mínimo, 10 (dez) dias. - Se os resultados dos exames sorológicos
Durante este período, poderão ocorrer outras dos animais sentinelas forem negativos, estes de-
desinfecções. verão ser encaminhados ao abate em frigorífico
b. Introdução de suídeos sentinelas com inspeção federal ou estadual, iniciando-se,
- A limpeza, desinfecção e vazio sanitário em seguida, o processo de repovoamento.
não garantem totalmente a destruição do vírus d. Repovoamento
da PSC em um estabelecimento afetado. Em de- O repovoamento do estabelecimento de cria-
ção somente será autorizado após o recebimento rapidamente a identificação dos estabelecimen-
dos resultados da segunda sorologia dos suídeos tos de criação expostos;
sentinelas, com resultados negativos. Após este - Registrar no mapa do município, com deta-
período, o estabelecimento será desinterditado. lhes, o trânsito ocorrido envolvendo os estabele-
2. Rastreamento Epidemiológico cimentos de criação existentes.
Com a confirmação do foco, deve-se efetuar c. Quanto aos matadouros e indústrias de
um rápido e efetivo rastreamento no campo e es- derivados:
tudar o trânsito de animais, produtos e subpro- - Realizar o rastreamento de produtos e
dutos de origem suídea, com o objetivo de obter subprodutos de origem animal frescos, resfria-
o controle da situação com a determinação da dos ou congelados. O trânsito deve ser avaliado
origem do foco. O rastreamento é necessário para por análise de risco como um potencial fator de
possibilitar a identificação dos rebanhos expos- difusão da doença.
tos, a fim de evitar a difusão da doença. d. Os médicos veterinários e profissionais
Deverá ser efetuado por equipe específica autônomos vinculados ao campo, que praticam
em cada zona (interna de proteção e externa suas atividades na zona infectada, deverão ser
de vigilância) e em outras áreas, quando a in- comunicados da existência da enfermidade. Eles
vestigação indicar. O rastreamento nestas outras deverão fornecer ao serviço veterinário oficial a
áreas será determinado pelo Coordenador de relação de todos os estabelecimentos de criação
Campo e será de responsabilidade da Unidade visitados nos últimos 7 (sete) dias.
Local correspondente. 3. Medidas a serem adotadas na zona inter-
Dependendo do levantamento de trânsito, o na de proteção.
rastreamento poderá demandar a intervenção de - Proibir o trânsito de suídeos procedentes
um grande número de pessoas, com cuidadosa e de estabelecimentos localizados nesta zona e o
sistemática coordenação. trânsito de materiais que possam estar contami-
Serão rastreados: nados, tais como alimentos para animais e deje-
a. Os antecedentes relativos à origem do tos com origem na zona interna de proteção;
foco, bem como a sua possível difusão a outros - Proceder imediatamente ao rastreamento
estabelecimentos e municípios nos 30 (trinta) dias epidemiológico;
anteriores ao início da doença, com a investiga- - Permitir somente o trânsito de veículos e
ção de trânsito de animais, pessoas, transportes equipamentos limpos e desinfetados, em con-
341
de produtos, feiras, matadouros e compradores formidade com procedimentos definidos pelo
que tenham tido contato com o estabelecimento serviço veterinário oficial, após a inspeção por
infectado antes das restrições definidas. funcionário oficial;
b. Quanto ao trânsito de suídeos, material de - O trânsito de animais de outras espécies
multiplicação animal, produtos e subprodutos de de estabelecimentos de criação situados na zona
origem suídea: interna de proteção, assim como o ingresso de
- Se a infecção já está no estabelecimen- animais nesses mesmos estabelecimentos de
to há algum tempo, imediatamente depois de criação, somente poderá ser realizado com a au-
confirmado o diagnóstico e junto com o início torização do serviço veterinário oficial.
das ações de erradicação, deve-se obter do pro- 3.1. Ações a serem desenvolvidas:
prietário e seus subordinados toda informação 3.1.1. Interdição:
possível, relacionada com a movimentação de Na zona interna de proteção, o período de
suídeos, seus produtos e subprodutos, dejetos, interdição de qualquer estabelecimento de cria-
equipamentos do estabelecimento de criação, ção será de até 21 (vinte e um) dias após con-
veículos, restos de alimentos, pessoas, animais clusão das operações preliminares de limpeza e
domésticos e outras relevantes; desinfecção do foco. Os animais poderão ser des-
- Determinar a data, o tipo de trânsito e o tinados ao abate, sob análise de risco e controle
destino com exata localização, a fim de assegurar do serviço veterinário oficial.
No processo de interdição, a quarentena po- sam estar contaminados, tais como alimentos
derá ser: para animais, dejetos e “chorume” originados da
- Quarentena completa: é a restrição total do zona interna de proteção, de qualquer estabele-
trânsito de animais, durante um período mínimo cimento de criação ou matadouro.
de 21 (vinte e um) dias; 3.1.3.1. Permissão de saída de suídeos
- Quarentena atenuada: é a restrição seletiva - Direto para matadouro
do trânsito de animais, produtos e subprodutos. Ao final do período de rastreamento epi-
Geralmente, aplica-se de acordo com as diferen- demiológico e após análise de risco, o serviço
ças de susceptibilidade, conhecidas ou supostas e veterinário oficial poderá conceder autorização
por razões econômicas justificadas. para retirada de suídeos diretamente para ma-
3.1.2. Recenseamento populacional tadouro sob inspeção federal ou estadual, de
O serviço veterinário oficial deverá realizar preferência situado na zona interna de prote-
um recenseamento da população suídea exis- ção ou externa de vigilância, desde que atendi-
tente em todos os estabelecimentos situados na das as seguintes condições:
zona, no período máximo de 7 (sete) dias após o * Inspeção de todos os suídeos no estabele-
estabelecimento da mesma. cimento de criação;
a. Controle do Trânsito de Suídeos e Material * Exame clínico dos suídeos destinados ao
de Multiplicação Animal abate imediato, incluindo a medição da tempe-
- Restrição de circulação, transporte de suí- ratura de alguns animais escolhidos a critério do
deos e material de multiplicação animal em vias médico veterinário oficial;
públicas ou privadas. Esta restrição poderá não * Identificação dos animais pelo médico ve-
ser aplicada para as seguintes situações: terinário oficial, utilizando brincos ou outro siste-
* Trânsito por meio da zona interna de pro- ma de identificação aprovado;
teção, por meio de rodovia ou ferrovia, sem para- * Transporte dos animais em veículos desin-
da ou descarregamento na mesma; fetados e lacrados, acompanhados da Guia Trân-
* Suídeos procedentes de fora da zona inter- sito Animal - GTA, com identificação da rota no
na de proteção e destinados diretamente a mata- verso da mesma;
douro localizado nessa mesma zona, desde que * Comunicação à autoridade sanitária res-
transportados em veículos lacrados na origem ponsável pelo matadouro;
pelo serviço veterinário oficial. * Na chegada ao matadouro, os suídeos pro-
342
- Restrição do trânsito de animais de outras venientes da zona interna de proteção devem ser
espécies oriundos de estabelecimentos situados mantidos isolados e abatidos no final da matança.
na zona interna de proteção. Durante a inspeção ante e post-mortem, a autori-
- Proibição de retirada de suídeos e material dade sanitária deve procurar sinais e lesões relati-
de multiplicação animal de qualquer estabeleci- vos à presença da infecção pelo vírus da PSC;
mentos de criação, até 21 (vinte e um) dias após * O veículo e os equipamentos utilizados no
a conclusão das operações preliminares de lim- transporte dos suídeos devem ser imediatamente
peza e desinfecção no foco. Os animais poderão lavados e desinfetados, sob a orientação do mé-
ser destinados ao abate sob a análise de risco e dico veterinário oficial.
controle do serviço veterinário oficial. - Para estabelecimentos de criação dentro da
3.1.3. Trânsito de produtos e subprodutos de zona interna de proteção.
origem suídea e outros materiais. Decorrido o período de 21 (vinte e um) dias
Somente será permitido o trânsito de veí- após a conclusão das operações preliminares
culos e equipamentos limpos e desinfetados em de limpeza e desinfecção no foco e sob análi-
conformidade com os procedimentos definidos se de risco, o serviço veterinário oficial poderá
pelo serviço veterinário oficial, após a inspeção conceder autorização para a retirada de suíde-
por funcionário oficial. os de estabelecimento situado na zona interna
Proibição do trânsito de materiais que pos- de proteção, diretamente para outro estabeleci-
mento de criação na mesma zona, observadas por razões econômicas justificadas.
as seguintes condições: 4.1.2. Recenseamento populacional
* Inspeção de todos os suídeos do estabele- O serviço veterinário oficial deverá realizar
cimento de criação; um recenseamento da população suídea exis-
* Exame clínico, antes do embarque, dos tente em todos os estabelecimentos situados na
suídeos a serem retirados, incluindo a medição zona, no período máximo de 7 (sete) dias após o
da temperatura de alguns animais, escolhidos a estabelecimento da mesma.
critério do médico veterinário oficial; 4.1.3. Trânsito de animais, produtos, sub-
* Identificação dos suídeos pelo médico ve- produtos de origem suídea e outros materiais
terinário oficial, utilizando-se brincos ou outro - Restrição de circulação, transporte de suídeos
sistema de identificação aprovado; e materiais de multiplicação animal em vias pú-
* Limpeza e desinfecção dos veículos e equi- blicas ou privadas. Esta restrição poderá não ser
pamentos utilizados no transporte dos suídeos, aplicada para as seguintes situações:
após cada operação. * Trânsito por meio da zona externa de vi-
3.1.4. Manutenção das medidas: gilância, por meio de rodovia ou ferrovia, sem
As medidas aplicadas na zona interna de parada ou descarregamento na mesma;
proteção serão mantidas até que tenham sido * Suídeos procedentes de fora da zona ex-
executadas as ações estabelecidas e realizado um terna de vigilância e destinados diretamente a
inquérito sorológico, abrangendo todas os esta- matadouro localizado nessa mesma zona, desde
belecimentos de criação da zona. Este inquérito que transportados em veículos lacrados na ori-
será realizado decorridos, pelo menos, 30 (trinta) gem pelo serviço veterinário oficial.
dias da conclusão das operações preliminares de - Restrição do trânsito de animais de outras
limpeza e desinfecção no foco, de acordo com espécies oriundos de estabelecimentos situados
amostragem a ser definida pelo Departamento na zona externa de vigilância.
de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, - Proibição de retirada de suídeos, seus produ-
Pecuária e Abastecimento - DDA/MAPA, sem que tos e subprodutos e material de multiplicação ani-
tenham sido detectados anticorpos específicos mal de qualquer estabelecimento de criação, até 7
para o vírus da PSC. (sete) dias após a conclusão das operações prelimi-
4. Medidas a serem adotadas na zona exter- nares de limpeza e desinfecção no foco. Os animais
na de vigilância poderão ser destinados ao abate sob a análise de
343
4.1. Ações a serem desenvolvidas: risco e controle do serviço veterinário oficial.
4.1.1. Interdição: 4.1.3.1. Permissão de saída de suídeos
Na zona externa de vigilância, o período de - Direto para Matadouro
interdição de qualquer estabelecimento de cria- O serviço veterinário oficial poderá conceder
ção será de até 10 (dez) dias após conclusão das autorização para retirada de suídeos diretamen-
operações preliminares de limpeza e desinfecção te para matadouro sob inspeção federal ou esta-
do foco. Os animais poderão ser destinados ao dual, de preferência situado na zona interna de
abate sob a análise de risco e controle do serviço proteção ou na zona externa de vigilância, desde
veterinário oficial. que atendidas as seguintes condições:
No processo de interdição, a quarentena * Inspeção de todos os suídeos do estabele-
poderá ser: cimento de criação;
- Quarentena completa: é a restrição total do * Exame clínico dos suídeos destinados ao
trânsito de animais, durante um período mínimo abate imediato, incluindo a medição da tempe-
de 10 dias; ratura de alguns animais escolhidos a critério do
- Quarentena atenuada: é a restrição seletiva médico veterinário oficial;
do trânsito de animais, produtos e subprodutos. * Identificação dos suídeos pelo médico ve-
Geralmente, aplica-se de acordo com as diferen- terinário oficial, utilizando brincos ou outro siste-
ças de suscetibilidade, conhecidas ou supostas, e ma de identificação aprovado;
* Transporte dos suídeos em veículos desin- Pecuária e Abastecimento - DDA/MAPA, sem que
fetados e lacrados, acompanhados da GTA com tenham sido detectados anticorpos específicos
identificação da rota no verso da mesma; para o vírus da PSC.
* Comunicação à autoridade sanitária res- 5. Procedimentos em Matadouros
ponsável pelo matadouro; a. Recebimento de animais da zona in-
* Na chegada ao matadouro, os suídeos de- terna de proteção – já descrito na zona inter-
vem ser mantidos isolados e abatidos no final da na de proteção.
matança. Durante a inspeção ante e post-mor- b. Recebimento de animais da zona externa
tem, a autoridade sanitária deverá procurar si- de vigilância – já descrito na zona externa de vi-
nais e lesões relativos à presença da infecção pelo gilância.
vírus da PSC; c. Achados suspeitos de PSC - no caso de
* O veículo e os equipamentos utilizados no constatação no exame ante-mortem de sinais
transporte dos suídeos devem ser imediatamente clínicos ou achados de lesões compatíveis com a
lavados e desinfetados sob a orientação do médi- PSC, na linha de abate, o médico veterinário res-
co veterinário oficial. ponsável pela inspeção sanitária do matadouro
- Para estabelecimentos de criação situados aplicará as seguintes medidas:
na zona externa de vigilância: - Notificação imediata ao serviço veterinário
Decorrido o período de 10 (dez) dias após a oficial para que o mesmo proceda à realização de
conclusão das operações preliminares de limpeza investigação epidemiológica;
e desinfecção no foco e sob análise de risco, o ser- - Abate imediato de todos os suínos existen-
viço veterinário oficial poderá conceder autoriza- tes no matadouro e colheita de material pra diag-
ção para a retirada de suídeos de estabelecimento nóstico laboratorial;
situado na zona externa de vigilância, diretamen- - Colheita de material de carcaças com lesões
te para outro estabelecimento de criação na mes- suspeitas de PSC e envio ao laboratório;
ma zona, observadas as seguintes condições: - Destruição, sob controle oficial, de todas
* Inspeção de todos os suídeos do estabele- as carcaças e miúdos de modo a evitar a propa-
cimento de criação; gação da PSC. Poderá haver um aproveitamento
* Exame clínico, antes do embarque dos su- condicional, após análise de risco do serviço ve-
ídeos, incluindo a medição da temperatura de terinário oficial. Nesse caso, os produtos ficarão
alguns suídeos, escolhidos a critério do médico impedidos de serem destinados à exportação;
344
veterinário oficial; - Lavagem e desinfecção das instalações e
* Identificação dos suídeos pelo médico ve- equipamentos, incluindo os veículos transpor-
terinário oficial, utilizando-se brincos ou outro tadores dos suídeos afetados, sob vigilância do
sistema de identificação aprovado; médico veterinário responsável pela inspeção sa-
* Limpeza e desinfecção dos veículos e equi- nitária do matadouro, em conformidade com as
pamentos utilizados no transporte dos suídeos, normas do serviço veterinário oficial;
após cada operação. - A reintrodução de suídeos para abate em ma-
4.1.4. Manutenção das Medidas tadouro no qual tenha sido registrada a ocorrência
As medidas aplicadas na zona externa de de PSC somente poderá ser realizada decorridas
vigilância serão mantidas até que tenham sido pelo menos 24 (vinte e quatro) horas da finalização
executadas as ações estabelecidas e realizado um das operações de limpeza e desinfecção.
inquérito sorológico, abrangendo todos os esta- 6. Postos fixos e móveis de fiscalização.
belecimentos de criação da zona. Este inquérito São utilizados com o objetivo de circunscre-
será realizado decorridos, pelo menos, 15 (quin- ver uma zona de emergência, com a utilização de
ze) dias da conclusão das operações preliminares controle de trânsito e desinfecção, evitando-se a
de limpeza e desinfecção no foco, de acordo com difusão da PSC.
amostragem a ser definida pelo Departamento O principal objetivo destes postos é assegurar
de Defesa Animal, do Ministério da Agricultura, o cumprimento das medidas dispostas referentes
ao trânsito de animais, produtos, subprodutos, - A extensão e a delimitação da área geográ-
material de multiplicação animal, veículos, pes- fica em que será efetuada a vacinação;
soas e outros materiais que possam veicular o - As categorias e a quantidade estimada de
agente entre cada uma das áreas. suínos a vacinar;
Serão estabelecidos no perímetro de cada - A duração da vacinação;
uma das zonas delimitadas, devendo estar em - As medidas aplicáveis ao transporte dos su-
funcionamento em um prazo máximo de 12 (doze) ínos e respectivos produtos;
horas depois de estabelecida a emergência. - A identificação dos suínos vacinados, no
As equipes que trabalharão nesses postos caso de vacinação em estabelecimentos de cria-
deverão ser compostas por representantes do ção localizados em zona livre, para posterior sa-
serviço veterinário oficial e das forças públicas de crifício sanitário;
segurança, equipadas com meios de comunica- - Supervisão e acompanhamento da vacina-
ção permanente entre si e com a Coordenação de ção pelo serviço veterinário oficial.
Campo, para garantir o cumprimento das medi- b. No caso do uso emergencial de vacina
das sanitárias adotadas. contra PSC em zona livre ou em parte do terri-
7. Vacinação contra PSC tório de uma zona livre, esta perderá a condição
a. Em situação excepcional, configurado o de livre, que só poderá ser alcançada novamente
risco de disseminação da doença, após estudo quando forem atendidas as condições definidas
da situação epidemiológica e a critério do serviço no Código Zoossanitário Internacional da OIE.
veterinário oficial, poderá ser autorizado o uso c. Somente poderão ser utilizadas vacinas
emergencial da vacina, mediante um plano espe- contra a PSC registrada no MAPA, produzidas sob
cífico aprovado pelo DDA, que inclua: o controle do serviço veterinário oficial.

ANEXO I

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PARA AÇÕES DE EMERGÊNCIA - PSC

Dispor dos seguintes equipamentos e mate- identificação; 345


riais, de preferência descartáveis, quando possível. 13. Lápis e caneta;
Como prática de boa administração, recomenda- 14. Sacos plásticos para acondicionamento
se ter unidades sempre prontas destes materiais de amostras;
organizados em caixas metálicas ou plásticas. 15. Tubos e agulhas para colheita de sangue;
1. Aventais; 16. Agulhas 100x20 ou 80x15;
2. Botas de borracha e protetor de calçados; 17. Seringas;
3. Calça, jaqueta e boné impermeáveis; 18. Cachimbo;
4. Luvas de borrachas e/ou descartáveis; 19. Laço ou corda grossa;
5. Toalhas de algodão e/ou de papel absor- 20. Balde de plástico;
vente; 21. Esponja;
6. Termômetros clínicos; 22. Escova;
7. Pinças; 23. Sabão;
8. Tesoura; 24. Carbonato de sódio ou outro;
9. Seringas e agulha; 25. Equipamento portátil de aspersão;
10. Gaze; 26. FORM-IN;
11. Venda para contenção de javalis; 27. Termo de interdição;
12. Esparadrapo e/ou outra etiqueta para 28. Termo de Visita a Granja de Suídeos;
29. Caixa com instrumentos de necropsia; 33. Bomba de pulverização costal;
30. Sacos para resíduos; 34. Bomba de pulverização mecânica;
31. Meios de identificação: tatuador, alicate 35. Mapa do Município e Região;
pra brinco, brinco, bastão marcador; 36. GPS;
32. Caixas isotérmicas e gelo; 37. Pranchetas.

ANEXO II

CARACTERÍSTICAS DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA – OIE ETIOLOGIA

1. Classificação geral do agente causal conjuntivas, mucosas, lesões de pele, in-


Vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus. seminação, penetração sangüínea percu-
2. Reação à ação física e química tânea.
Temperatura: Parcialmente resistente a um 4. Distribuição geográfica
calor moderado (56ºC). A doença está distribuída em grande parte
pH: Inativado a pH < 3,0 ou pH >11,0. da Ásia, América do Sul, América Central, partes
Produtos químicos: Sensível ao éter, cloro- da Europa e da África.
fórmio, -propiolactona 0,4%. 5. Diagnóstico
Desinfetantes: Inativado por cresol, hidró- O período de incubação da doença é de 7
xido de sódio (2%), formalina (1%), carbonato de (sete) a 10 (dez) dias.
sódio (4% anidro ou 10% cristalino, com 0,1% de- a. Diagnóstico clínico
tergente), detergentes iônicos e não iônicos, io- - Forma aguda
dóforos fortes (1%) em ácido fosfórico. * Febre (41ºC), anorexia, letargia;
Sobrevivência: Sobrevive bem em ambientes * Hiperemia multifocal e lesões hemorrági-
frios e pode sobrevier a alguns processamentos cas na pele, conjuntivite;
de carne (curado e defumado). * Cianose da pele, especialmente extremida-
EPIDEMIOLOGIA des (orelhas, membros, focinho, cauda);
1. Hospedeiros * Constipação intestinal, seguida de diarréia;
346 Suínos e javalis são os únicos reservatórios * Vômito;
naturais do vírus da Peste Suína Clássica (PSC). * Ataxia, paresia e convulsão. Animais ficam
2. Transmissão amontoados;
- Contato direto entre animais (secreções, ex- * Morte em 5 a 14 dias depois do início da
cretas, sêmen, sangue); doença;
- Propagação por pessoas, utensílios, veícu- * Mortalidade de animais jovens próxi-
los, roupas, instrumentos e agulhas; ma a 100%.
- Utilização de restos de alimentos sem - Forma crônica
tratamento térmico adequado na ali- * Prostração, apetite irregular, febre, diarréia;
mentação dos animais; * Recuperação aparente, com recaída pos-
- Infecção transplacentária. terior e morte.
3. Fontes de vírus - Forma congênita
- Sangue e todos os tecidos, secreções e ex- * Tremor congênito e debilidade;
creções de animais doentes e mortos; * Retardo no crescimento e morte;
- Leitões infectados congenitamente apre- * Leitões clinicamente normais, porém com
sentam uma viremia persistente e podem viremia persistente, sem resposta imunitária.
excretar vírus durante meses; - Forma suave (fêmeas)
- Vias de infecção: ingestão, contato com * Febre e inapetência;
* Morte e reabsorção fetal ou mumificação, vem ser conservadas em refrigeração e en-
natimortalidade; viadas o quanto antes ao laboratório.
* Nascimento de leitões congenitamente infec- * Amídalas;
tados; * Gânglios linfáticos (faríngeos e mesentéricos);
* Aborto (pouco freqüente). * Baço;
Lesões * Rins;
- Forma aguda * Íleo distal;
* Leucopenia e trombocitopenia; * Sangue em EDTA (animais vivos).
* Petéquias e equimoses difundidas, princi- - Amostras para provas sorológicas:
palmente na pele, gânglios linfáticos, larin- * Amostras de soro de animais.
ge, bexiga, rins e válvula íleo-cecal; PROFILAXIA E PREVENÇAO
* Gânglios linfáticos hemorrágicos; Não há tratamento possível. Os leitões infec-
* Encefalomielite com manguito perivascular. tados devem ser sacrificados e enterrar ou incine-
- Forma crônica rar suas carcaças.
* Úlceras em forma de botão próximas à vál- 1. Profilaxia sanitária
vula íleo-cecal e no intestino grosso; - Comunicação efetiva entre as autoridades
* Depressão generalizada do tecido linfóide; veterinárias, médicos veterinários autôno-
* Lesões hemorrágicas e inflamatórias po- mos e produtores de suínos;
dem estar ausentes. - Sistema eficiente de notificação de enfer-
- Forma congênita midades;
* Hipoplasia cerebelar, microencefalia, hi- - Política estrita de importação de suínos vi-
poplasia pulmonar, hidropsia e outras más- vos, carne suína fresca e curada;
formações. - Proibição de uso ou obrigatoriedade de tra-
a. Diagnóstico diferencial tamento térmico adequado para utilização
- Peste suína africana (impossível a diferen- de restos de alimentos para suínos;
ciação clínicopatológica. - Controle eficiente de matadouros de
É necessário envio de material para diagnós- suínos;
tico laboratorial); - Vigilância sorológica sistemática dos suínos
- Infecção por vírus da diarréia bovina a vírus; destinados à reprodução;
- Salmonelose; - Manutenção de sistema eficaz de identifi-
347
- Erisipelose; cação de suínos.
- Pasteurelose aguda; 2. Profilaxia médica
- Outras encefalomielites virais; - Países livres: a vacinação é proibida;
- Estreptococose; - Países infectados: a vacinação com vírus
- Leptospirose; vivo modificado é eficiente no controle da
- Intoxicação por cumarina. doença, porém, por si só não elimina com-
b. Diagnóstico laboratorial pletamente a infecção.
- Identificação do agente 3. Medidas a serem tomadas no foco
* Prova de imunofluorescência direta; - Sacrifício de todos os suínos afetados;
* Isolamento viral em cultivo celular, com - Eliminação das carcaças, camas, excretas, etc;
detecção do vírus por imunofluorescência - Desinfecção a fundo;
ou imunoperoxidase. Confirmação da iden- - Identificação da zona infectada, com con-
tificação com anticorpos monoclonais. trole do trânsito;
- Provas sorológicas - Investigação epidemiológica detalhada,
* ELISA; com rastreamento das possíveis fontes de
* Neutralização viral revelada por peroxida- infecção e propagação da doença;
se ou por anticorpos fluorescentes. - Vigilância na zona infectada e região cir-
- Amostras para identificação do agente: de- cunvizinha.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 9 DE MARÇO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 10/03/2004, Seção 1, Página 3

Aprova as Normas para a Erradicação da Peste Suína Clássica (PSC) a serem observadas em
todo o Território Nacional, na forma do anexo à presente Instrução Normativa.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, e amparados por certificação oficial regular-


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- mente expedida.
ção que lhe confere o art. 87, inciso II, da Cons- Art. 4º Delegar competência à Secretaria de
tituição, tendo em vista o que consta do art. 71 Defesa Agropecuária para baixar normas comple-
do Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária mentares à plena implementação das atividades
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de erradicação da PSC no país, por proposta do
de julho de 1934, e o que consta do Processo n º Departamento de Defesa Animal, inclusive com
21000.011262/2003-21, resolve: o estabelecimento de um Plano de Contingência
Art. 1º Aprovar as Normas para a Erradica- no qual estejam especificadas as medidas a se-
ção da Peste Suína Clássica (PSC) a serem obser- rem adotadas em caso de ocorrência da doença e
vadas em todo o Território Nacional, na forma do que permitam sua imediata eliminação.
anexo à presente Instrução Normativa. Art. 5º A Secretaria de Defesa Agropecuária
Art. 2º Fica proibida a vacinação de suídeos deverá implementar ações que promovam a cria-
contra a PSC em todo o Território Nacional, exce- ção de comitês estaduais de sanidade suína e a
to nas zonas que venham a ser delimitadas pelo criação de fundos privados para indenização de
Departamento de Defesa Animal - DDA. proprietários de suídeos, atingidos por medidas
Art. 3º Proibir o ingresso ou o trânsito, na zona sanitárias que impliquem sacrifício de animais e
livre de PSC, de suídeos, seus produtos e subprodu- destruição de coisas.
tos, material de multiplicação animal de origem su- Art. 6º As Secretarias de Estado de Agricul-
ídea, produtos patológicos e biológicos, presumíveis tura ou autoridades de defesa sanitária animal
veiculadores do vírus da doença, procedentes de competentes nos Estados e no Distrito Federal
zonas infectadas, com a finalidade de manter zonas promoverão, por meio de medidas efetivas, as
348 livres de PSC no país, dentro dos princípios do zone- atividades estabelecidas pelas Normas aprovadas
amento e regionalização estabelecidos pela Organi- por esta Instrução Normativa e os demais atos le-
zação Mundial de Sanidade Animal - OIE. gais dela decorrentes.
Parágrafo único. Em casos excepcionais, o Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em
ingresso ou o trânsito de que trata este artigo, vigor na data da sua publicação.
quando permitidos, serão normatizados pela Art. 8º Fica revogada a Portaria Ministerial
legislação específica que disciplina o assunto nº 201, de 15 de maio de 1998.

ROBERTO RODRIGUES
ANEXO

NORMAS PARA A ERRADICAÇÃO DA PESTE SUÍNA CLÁSSICA (PSC)

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União


de 10/03/2004, Seção 1, Página 3.

Capítulo I jurídica, que seja possuidora, depositária ou que


a qualquer título mantenha em seu poder ou sob
DAS DEFINIÇÕES sua guarda um ou mais suídeos;
XI - Sacrifício sanitário: operação realizada
Art. 1º Para os efeitos destas Normas, con- pelo serviço veterinário oficial quando se con-
sidera-se: firma a ocorrência de PSC e que consiste em sa-
I Estabelecimento de criação: locais onde crificar todos os animais do rebanho, enfermos,
são mantidos ou criados suídeos para qualquer contatos e contaminados, e, se preciso, outros re-
finalidade; banhos que foram expostos ao contágio por con-
II - Foco: estabelecimento de criação ou qual- tato direto ou indireto com o agente patogênico,
quer outro local onde foi constatada a presença com a destruição das carcaças, por incineração
de um ou mais suídeos acometidos de PSC; ou enterramento;
III - Interdição: proibição do ingresso e XII - Serviço veterinário oficial: órgão oficial
egresso de suídeos num estabelecimento de de defesa sanitária animal federal, estadual ou
criação, para qualquer finalidade, bem como de municipal;
produtos ou subprodutos suídeos ou materiais XIII - Suídeo: qualquer animal do gênero
que possam constituir fonte de transmissão da Sus scrofa (suíno) e Sus scrofa scrofa (javali); XIV
doença, a critério do serviço veterinário oficial; - Suídeo acometido de PSC: qualquer suídeo no
IV - Laboratório oficial: laboratório pertencente qual foram oficialmente constatados sintomas
à rede do Ministério da Agricultura, Pecuária e clínicos ou lesões compatíveis com a PSC, com
Abastecimento; diagnóstico comprovado por meio de exame
V - Matadouro: estabelecimento utilizado laboratorial;
para abate de animais destinados ao consumo XV Suídeo suspeito de estar acometido de 349
humano ou outras finalidades e que são subme- PSC: qualquer suídeo que apresenta sintomas clí-
tidos à inspeção veterinária oficial; nicos ou lesões compatíveis com PSC, ou ainda,
VI - Médico veterinário credenciado: profis- reação a teste laboratorial que indique a possível
sional credenciado pelo serviço veterinário ofi- presença da PSC;
cial, de acordo com legislação específica; XVI - Zona externa de vigilância: área estabe-
VII - Médico veterinário oficial: profissional lecida pelo serviço veterinário oficial, ao redor da
do serviço veterinário oficial; zona interna de proteção, com um raio mínimo
VIII - Peste Suína Clássica (PSC): doença de 10 km a partir do foco;
transmissível causada por um pestivírus que XVII - Zona interna de proteção: área circun-
acomete suídeos; vizinha a um foco cujos limites serão estabeleci-
IX - Plano de Contingência: conjunto de pro- dos pelo serviço veterinário oficial, levando em
cedimentos e decisões emergenciais a serem to- conta fatores geográficos e epidemiológicos, com
mados no caso de ocorrência inesperada de um um raio mínimo de 3 km.
foco, com o objetivo de controlar e erradicar o XVIII - Zona livre de PSC: zona em que a
agente da PSC o mais rápido possível, reduzindo ausência da doença tenha sido demonstrada
ao máximo as perdas produtivas e econômicas segundo as recomendações do Código Zoossani-
decorrentes; tário Internacional da Organização Mundial de
X - Proprietário: qualquer pessoa, física ou Sanidade Animal – OIE .
cidadão que tenha conhecimento de peita da
Capítulo II ocorrência da PSC, ou de doenças com quadro
clínico similar, é obrigado a comunicar imedia-
DAS ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO tamente o fato ao serviço veterinário oficial. §
1ºDiante de uma suspeita de ocorrência de PSC
Art. 2º As atividades de erradicação da PSC em sua propriedade, o proprietário deverá sus-
serão mantidas na zona livre e ampliadas, com pender de imediato a movimentação, a qualquer
propósito final de erradicação da doença no Ter- título, de suídeos, produtos e subprodutos de
ritório Nacional . suídeos existentes no estabelecimento, até que o
Art. 3º As estratégias de atuação incluem, serviço veterinário oficial decida sobre as medi-
dentre outras, a aplicação das seguintes medi- das a serem adotadas.
das: I - vigilância sanitária; § 2º A infração ao disposto neste artigo deverá
II - notificação obrigatória e imediata da ser devidamente apurada pelo serviço veterinário
ocorrência ou suspeita de ocorrência de PSC; oficial que, se for o caso, representará criminal-
III - assistência imediata aos focos; mente contra o infrator junto ao Ministério Públi-
IV - controle do trânsito de suídeos, seus pro- co, para apuração das responsabilidades cabíveis.
dutos e subprodutos, material de multiplicação § 3º Caso o infrator seja médico veterinário
animal, produtos patológicos e biológicos possí- credenciado, além do disposto no § 2º , o servi-
veis veiculadores do vírus da PSC e dos recintos de ço veterinário oficial deverá proceder de acordo
concentrações de suídeos; com a legislação específica.
V - controle da desinfecção de veículos, equi-
pamentos e ambientes; Capítulo IV
VI - sacrifício sanitário de suídeos acometi-
dos ou suspeitos de estarem acometidos de PSC DA ATENÇÃO AOS FOCOS DE PSC
e seus contatos;
VII - proibição da utilização de vacinas con- Art. 6º Todas as notificações de suspeita da
tra a PSC em todo o Território Nacional, exceto ocorrência de PSC ou doenças com quadro clínico
em zonas definidas pelo Departamento de Defe- similar deverão ser investigadas pelo médico ve-
sa Animal - DDA; terinário oficial, no máximo até doze horas após
VIII - controle da produção e fiscalização da a notificação, observados os procedimentos téc-
350
comercialização de vacinas; nicos de biossegurança.
IX - restrição à manipulação do vírus da PSC, Art. 7º A confirmação pelo médico veteri-
exceto em laboratórios de diagnóstico ou de pro- nário oficial da suspeita clínica de PSC em um
dução de vacinas oficialmente autorizados. estabelecimento de criação implicará a adoção
imediata, pelo serviço veterinário oficial, de me-
Capítulo III didas sanitárias para sua eliminação, bem como
para impedir sua difusão a outros estabeleci-
DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA mentos de criação, devendo ser procedida uma
E DE INFORMAÇÃO investigação epidemiológica para estabelecer a
origem da infecção. Parágrafo único. O médico
Art. 4º O serviço veterinário oficial manterá veterinário oficial colherá amostras dos suídeos
um sistema de vigilância zoossanitária e de infor- para encaminhamento ao laboratório oficial de
mação, abrangendo todos os níveis, com análise diagnóstico.
sistemática dos dados coletados e produção de Art. 8º O estabelecimento de criação no qual
informes periódicos para atendimento a compro- tenha sido detectada clínica ou epidemiologica-
missos nacionais e internacionais. mente a suspeita da PSC será imediatamente in-
Art. 5º Todo médico veterinário, proprietá- terditada pelo médico veterinário oficial.
rio, transportador de animais ou qualquer outro Art. 9º Caso a ocorrência de PSC seja oficial-
mente confirmada por diagnóstico laboratorial, mento de criação somente será autorizado
o serviço veterinário oficial delimitará uma zona após duas sorologias negativas dos suídeos sen-
interna de proteção, com um raio mínimo de três tinelas, com intervalo de 15 e 30 dias, respecti-
quilômetros em torno do local do foco e uma vamente. Após este período, o estabelecimento
zona externa de vigilância com um raio mínimo de criação será desinterditado.
de dez quilômetros a partir do foco. Art. 14. Na zona interna de proteção serão
Art. 10. Os suídeos acometidos de PSC e seus aplicadas as seguintes medidas:
contatos serão submetidos ao sacrifício sanitário I - recenseamento de todas os estabeleci-
no próprio estabelecimento ou em outro local mentos situados na zona;
adequado, a critério do serviço veterinário oficial, II - proibição da circulação e do transporte
no prazo máximo de vinte e quatro horas, conta- de suídeos em vias públicas ou privadas;
do a partir do recebimento da ordem de matança III proibição do trânsito de materiais que
emitida pela autoridade competente. possam estar contaminados, exceto aqueles que
Art. 11. No foco de PSC serão aplicadas, pelo tenham sido limpos e desinfetados, em confor-
médico veterinário oficial, as seguintes medidas: midade com os procedimentos definidos pelo
I - os suídeos acometidos de PSC e os seus serviço veterinário oficial e após inspeção pelo
contatos diretos serão submetidos ao sacrifício médico veterinário oficial;
sanitário no próprio estabelecimento de criação, IV - proibição de ingresso e egresso de ani-
recinto ou qualquer outro local adequado, a cri- mais de outras espécies de estabelecimentos situ-
tério do serviço veterinário oficial, após avaliação ados na zona interna de proteção, exceto com a
dos mesmos e em prazo máximo de 24 horas após autorização do serviço veterinário oficial;
o recebimento da ordem de matança expedida V - proibição da retirada de suídeos de qual-
pelo Departamento de Defesa Animal - DDA; quer estabelecimento de criação, para qualquer fi-
II os suídeos que tenham estabelecido conta- nalidade, até 21 dias após conclusão das operações
to indireto com animais infectados pelo agente da preliminares de limpeza e desinfecção no foco.
PSC do mesmo estabelecimento de criação serão Exceção será feita àqueles destinados ao abate
submetidos a uma avaliação de risco, podendo imediato em matadouro com inspeção federal ou
ser encaminhados ao sacrifício sanitário ou abate estadual, a critério do serviço veterinário oficial.
sanitário, a critério do serviço veterinário oficial; § 1º Decorrido o período a que se refere o
III destruição de quaisquer materiais sus- inciso V deste artigo, poderá ser concedida, pelo
351
peitos de estarem contaminados pelo vírus da serviço veterinário oficial, autorização para reti-
PSC, incluindo, entre outros, alimentos, excre- rada de suídeos de qualquer estabelecimento si-
tas e chorume; tuado na zona interna de proteção, diretamente
IV - desinfecção das instalações, equipamen- para outro estabelecimento, na ma zona.
tos e veículos do estabelecimento; § 2º As medidas aplicadas na zona interna de
V - vazio sanitário e introdução de sentinelas; proteção serão mantidas até que todos os suíde-
VI - desinsetização e desratização. Parágrafo os existentes no foco e seus contatos tenham sido
único. Nos estabelecimentos de criação situados submetidos ao sacrifício sanitário e que a totali-
num raio de, pelo menos, 500 m do foco, a crité- dade dos suídeos de todos os estabelecimentos
rio do serviço veterinário oficial e após análise de localizados nessa zona tenham sido submetidos
risco, poderão ser adotadas as mesmas medidas a exames clínicos e sorológicos.
previstas para o foco. Art. 15. Na zona externa de vigilância serão
Art. 12. A introdução de suídeos sentinelas aplicadas as seguintes medidas:
no foco em processo de extinção somente poderá I - recenseamento de todos os estabeleci-
ser iniciada 10 dias após terem sido finalizadas as mentos de criação;
ações de limpeza e desinfecção e a aplicação de II - proibição de circulação e do transporte
outras medidas previstas nesta Norma. de suídeos em vias públicas ou privadas;
Art. 13. O repovoamento do estabeleci- III proibição do trânsito de materiais que
possam estar contaminados, exceto aqueles que impedidos de serem destinados à exportação;
tenham sido limpos e desinfetados, em confor- IV - lavagem e desinfecção das instalações e
midade com os procedimentos definidos pelo equipamentos, incluindo os veículos transporta-
serviço veterinário oficial e após inspeção pelo dores dos suídeos afetados, sob gilância do mé-
médico veterinário oficial; dico veterinário responsável pela inspeção sani-
IV - proibição de ingresso e egresso de ani- tária do matadouro, em conformidade com as
mais de outras espécies de estabelecimentos si- normas do serviço veterinário oficial. Parágrafo
tuados na zona externa de vigilância, exceto com único. A reintrodução de suídeos para abate em
a autorização do serviço veterinário oficial; matadouro onde tenha sido registrada a ocor-
V - proibição da retirada de suídeos de rência de PSC somente poderá ser realizada de-
qualquer estabelecimento de criação, com corrida pelo menos 24 horas da finalização das
qualquer finalidade, até 10 dias após a conclu- operações de limpeza e desinfecção, de acordo
são das operações preliminares de limpeza e com o inciso IV deste artigo.
desinfecção no foco. Exceção será feita àqueles
destinados ao abate imediato em matadouro
com inspeção federal ou estadual, a critério do Capítulo V
serviço veterinário oficial.
§ 1º Decorrido o período a que se refere DA VACINAÇÃO DOS ANIMAIS
o inciso V deste artigo, poderá ser concedida,
pelo serviço veterinário oficial, autorização Art. 17. É proibida a vacinação contra a PSC
para retirada de suídeos de qualquer estabe- em todo o Território Nacional. Parágrafo único.
lecimento situado na zona externa de vigilân- Em casos excepcionais, configurado o risco de
cia, diretamente para outro estabelecimento disseminação da doença, após estudo da situa-
na mesma zona. ção epidemiológica e a critério do serviço veteri-
§ 2º As medidas aplicadas na zona externa nário oficial, poderá ser autorizado o uso emer-
de vigilância serão mantidas até que todos os su- gencial da vacina mediante a elaboração de um
ídeos existentes no foco e seus contatos tenham plano específico aprovado pelo DDA.
sido submetidos ao sacrifício sanitário e que a
totalidade dos suídeos de todos os estabeleci-
mentos localizados nessa zona tenham sido sub- Capítulo VI
352
metidos a exames clínicos e sorológicos.
Art. 16. No caso de constatação, em mata- DO TRÂNSITO DE SUÍDEOS,
douros, no exame antemortem, de sinais clíni- SEUS PRODUTOS, SUBPRODUTOS
cos compatíveis com a PSC ou achados de lesões E OUTROS MATERIAIS
compatíveis com a mesma doença na linha de
abate, o serviço de inspeção sanitária do mata- Art. 18. O trânsito de suídeos, seus produtos
douro aplicará as seguintes medidas: e subprodutos, material de multiplicação ani-
I - notificação imediata ao serviço veteriná- mal, produtos patológicos e biológicos presumí-
rio oficial, para que o mesmo proceda à investi- veis veiculadores do vírus da PSC será amparado
gação epidemiológica; por certificação oficial regularmente expedida
II - abate imediato de todos os suídeos exis- pelo serviço veterinário oficial ou médico vete-
tentes no matadouro com colheita de material rinário credenciado, em conformidade com a
para diagnóstico laboratorial; presente Norma e as demais pertinentes.
III - destruição, sob controle oficial, de todas Art. 19. O ingresso ou trânsito na zona li-
as carcaças e miúdos de modo a evitar a propa- vre de PSC de suídeos vivos, seus produtos e
gação da PSC. Poderá haver um aproveitamento subprodutos, produtos patológicos e biológi-
condicional sob análise de risco do serviço ve- cos presumíveis veiculadores do vírus da PSC
terinário oficial. Neste caso, os produtos ficarão procedentes de regiões, países ou zonas infec-
tadas somente será permitido para casos pre- Capítulo VII
vistos na legislação específica, que disciplina o
trânsito na zona livre de PSC. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 20. No caso da constatação do não
cumprimento das normas aprovadas para o Art. 22. No caso da constatação de PSC em
trânsito de suídeos, seus produtos e subpro- matadouros, recintos de exposições, feiras, lei-
dutos, caberão à autoridade competente do lões e outras aglomerações de suídeos, todo o
serviço veterinário oficial impedir o trânsito e recinto será considerado foco e serão aplicadas,
lavrar a ocorrência. no que couber, a medida sanitária estabelecidas
§ 1º Se interceptados nos limites da zona li- no Capítulo IV desta Norma.
vre de PSC, determinar o seu retorno à origem, Art. 23. Fica proibido o uso, na alimentação
exceto os animais acometidos da doença, apli- de suídeos, de restos de alimentos que contenham
cando as sanções legais cabíveis. proteína de origem animal de qualquer procedên-
§ 2º Se interceptados no interior da zona livre cia, salvo quando submetidos a tratamento térmi-
de PSC, determinar a apreensão e sacrifício dos co que assegure a inativação do vírus da PSC.
suídeos, além de aplicação das sanções legais ca- § 1º A inativação do vírus da PSC, a que se
bíveis. No caso de produtos ou subprodutos, os refere este artigo, ocorre numa temperatura
mesmos deverão ser apreendidos e destruídos, mínima de 90ºC por 60 minutos, com agitação
podendo ser-lhes dada outra destinação, confor- contínua.
me o caso e a juízo da autoridade competente, § 2º Fica proibida a permanência de suídeos
além da aplicação das sanções legais cabíveis. em lixões, bem como o recolhimento e a utiliza-
Art. 21. Os veículos transportadores de ção de restos de comida destes locais para ali-
suídeos deverão ser lavados e desinfetados mentação dos animais.
após o descarregamento dos animais, deven- Art. 24. A desinfecção de veículos e instala-
do ser impedido o trânsito de veículos vazios ções prevista nestas Normas deve ser realizada
que não tenham sido limpos, de acordo com com desinfetantes aprovados e recomendada
as normas em vigor. pelo Plano de Contingência.

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 19, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002 353

Publicada no Diário Oficial da União de 01/03/2002, Seção 1, Página 3

Aprova as Normas a serem cumpridas para a Certificação de Granjas


de Reprodutores Suídeos.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA - sanitário adequado nas granjas que comerciali-


SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, zam, distribuam ou mantenham reprodutores
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- suídeos para multiplicação animal, a fim de evi-
ção que lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regi- tar a disseminação de doenças e assegurar níveis
mento Interno da Secretaria, aprovado pela Por- desejáveis de produtividade, e o que consta do
taria Ministerial nº 574, de 08 de dezembro de Processo nº 21000.005128/2001-29, resolve:
1998, nos termos do disposto no Regulamento de Art. 1º Aprovar as Normas a serem cumpri-
Defesa Sanitária Animal, aprovado pelo Decreto das para a Certificação de Granjas de Reproduto-
nº 24.548, de 03 de julho de 1934, res Suídeos, em anexo.
Considerando a importância econômica da Art. 2º A comercialização e distribuição,
suinocultura e a necessidade de manter um nível no Território Nacional, de suídeos destinados à
reprodução, assim como a sua participação em proposta da Coordenação de Vigilância e Progra-
exposições, feiras e leilões, somente serão permi- mas Sanitários.
tidas àqueles procedentes de Granjas de Repro- Art. 4º Recomendar, aos Secretários de
dutores Suídeos Certificadas (GRSC). Agricultura e às autoridades de defesa sanitá-
Parágrafo único. As entidades mantenedo- ria animal competentes nos Estados e no Dis-
ras de animais com finalidade de multiplicação trito Federal, apoio para o desenvolvimento
animal deverão obedecer aos requisitos para das atividades que decorram desta Instrução
Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas. Normativa.
Art. 3º Delegar competência ao Diretor do Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em
Departamento de Defesa Animal (DDA), para bai- vigor na data de sua publicação.
xar Normas complementares necessárias à certi- Art. 6º Fica revogada a Instrução Normativa
ficação de granjas de reprodutores suídeos, por nº 12, de 23 de junho de 1999.

RUI EDUARDO SALDANHA VARGAS

ANEXO

NORMAS PARA A CERTIFICAÇÃO DE GRANJAS DE REPRODUTORES SUÍDEOS

1. DAS DEFINIÇÕES sional do serviço oficial;


1.1. Para efeito destas Normas, considera-se: 1.1.9. Médico veterinário credenciado: o
1.1.1. Suídeo: qualquer animal do gêne- profissional credenciado pelo serviço oficial, de
ro Sus sp; acordo com o Decreto Lei nº 818, de 5 de setem-
1.1.2. Suídeos de reprodução: suídeos man- bro de 1969;
tidos em uma granja e utilizados para a multipli- 1.1.10. Responsável técnico: médico vete-
cação da espécie; rinário, indicado pelo proprietário, responsável
1.1.3. Entidades mantenedoras de materiais pelo cumprimento das condições estabelecidas
354 de multiplicação de suídeos: centrais de insemina- nestas Normas;
ção artificial e unidades disseminadoras de genes; 1.1.11. Laboratório oficial: laboratório per-
1.1.4. Granja de reprodutores: estabelecimen- tencente à rede do Ministério da Agricultura, Pe-
to ou propriedade onde são criados ou mantidos cuária e Abastecimento, na área animal;
suídeos para a comercialização ou distribuição, 1.1.12. Laboratório oficial credenciado: la-
cujo produto final seja destinado à reprodução; boratório pertencente à instituição pública que
1.1.5. Granja de reprodutores suídeos certifica- recebe, por delegação de competência do Minis-
da (GRSC): granja que atenda integralmente às dis- tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
posições básicas e específicas estabelecidas para a ato de credenciamento;
certificação. As granjas terão sua certificação basea- 1.1.13. Produção de reprodutores: tem como
da no monitoramento sorológico e na sua classifica- finalidade principal ou produto principal futuros
ção sanitária previstos nessa Instrução Normativa; reprodutores machos e fêmeas;
1.1.6. Proprietário: qualquer pessoa, física 1.1.14. Produção de reprodutores em ciclo
ou jurídica, que mantenha em seu poder suídeos completo: granja produtora de suídeos para re-
cujo produto final seja destinado à reprodução; produção, envolvendo todas as fases em prédios,
1.1.7. Serviço oficial: o órgão de defesa sani- numa mesma área geográfica;
tária animal federal, estadual ou municipal; 1.1.15. Sítio 1: unidade produtora de leitões,
1.1.8. Médico veterinário oficial: o profis- envolvendo as fases de cobrição, gestação, mater-
nidade, desmame e, dependendo da empresa, a 2.1.3. Adotar práticas de biossegurança con-
creche e central de inseminação de uso exclusivo; tra a introdução de agentes patogênicos e para
1.1.16. Sítio 2: unidade que recebe os leitões evitar a disseminação ou exacerbação de doen-
do sítio 1 para criá-los na fase de creche, creche e ças na granja de reprodutores;
crescimento ou apenas crescimento até a entrega 2.1.4. Possuir assistência médico-veterinária
para reprodução; e responsável técnico, que a representará junto
1.1.17. Sítio 3: unidade que recebe os suí- ao serviço oficial, notificando as ocorrências de
deos do sítio 2 para criá-los até o momento da ordem sanitárias e dados zootécnicos, por meio
entrega para reprodução; de relatório técnico trimestral enviado ao Servi-
1.1.18. Monitoria sanitária: são formas sis- ço Oficial, ou de imediato, no caso de doenças
temáticas e periódicas de constatar, qualificar e de notificação imediata. Caberá ao responsável
quantificar o nível de saúde de granjas de repro- colher materiais para os exames laboratoriais e
dutores para determinada doença ou infecção; realizar exames clínicos de rebanho, bem como
1.1.19. Grau de vulnerabilidade: conjunto de implantar programa de limpeza e desinfecção e
normas destinadas a evitar a introdução de agen- de vacinações, mantendo protocolos dessas me-
tes patogênicos na granja de reprodutores; didas e das demais atividades de controle de saú-
1.1.20. Biossegurança: desenvolvimento e de anotados, de acordo com o estabelecido nes-
implementação de normas rígidas para proteger tas Normas, supervisionado pelo serviço oficial;
o rebanho de suídeos contra a introdução e dis- 2.1.5. A colheita de material para exames la-
seminação de agentes infecciosos na granja de boratoriais, inoculação de tuberculina e sua leitura
reprodutores; com o fim de monitoria sanitária das granjas para
1.1.21. Dados zootécnicos: conjunto de pa- certificação e recertificação deverá ser executada
râmetros de produtividade de uma granja de sob supervisão direta do Serviço Oficial, sendo os
reprodução, que permite caracterizar e avaliar o custos dos exames às expensas do proprietário;
seu desempenho produtivo; 2.1.6. O ingresso de suídeos para reposição
1.1.22. Quarentenário: local onde se man- e material de multiplicação animal na granja de
tém em isolamento e observação animais recém- reprodutores certificada somente poderá ocorrer
adquiridos, aparentemente sadios, para realiza- quando procederem de GRSC e certificada pelo
ção de testes diagnósticos ou medidas profiláti- menos para as mesmas doenças opcionais.
cas destinadas a evitar a introdução de agentes 2.1.7. A certificação terá validade de seis
355
patogênicos em granjas de reprodutores. meses. Será concedida, em modelo próprio, pelo
2. DAS CONDIÇÕES BÁSICAS serviço oficial, com base na apresentação dos
2.1. As condições básicas a serem atendidas pe- resultados dos exames clínicos de rebanho e la-
las granjas de reprodutores de suídeos, objetivando boratoriais, realizados em laboratórios oficiais
a certificação oficial das mesmas, são as seguintes: ou oficiais credenciados e, no caso da tubercu-
2.1.1. Estar registrada no setor competente lose, na apresentação dos resultados das provas
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- diagnósticas realizadas pelo responsável técnico
cimento e manter um sistema de registro que da granja e na comprovação do atendimento das
permita a identificação dos animais e da ascen- demais exigências estabelecidas nestas Normas;
dência genética dos mesmos. 2.1.8 Os suídeos em trânsito deverão estar
2.1.2. Possuir cadastro junto ao Serviço Oficial acompanhados por documento oficial de trânsi-
da jurisdição onde esteja localizada, bem como to e de cópia do certificado de GRSC, autenticada
um registro zoossanitário completo (nascimen- por servidor oficial;
tos, mortes, diagnóstico de doenças, tratamen- 2.1.9. A certificação poderá ser suspensa a
tos, programa de vacinação e monitoria sanitária qualquer momento pelo serviço oficial, motiva-
dos suídeos de reprodução), com as informações da pelo não atendimento de quaisquer das de-
relativas a todos os suídeos alojados e que deve- terminações estabelecidas nestas Normas ou a
rão estar à disposição do Serviço Oficial; pedido do interessado.
3. DAS CONDIÇÕES ESPECÍFICAS destino de cadáveres e restos de partos (nati-
3.1. As condições sanitárias e de biossegu- mortos, mumificados, placentas);
rança a serem atendidas pelas granjas de repro- 3.1.9. As granjas de reprodutores de dois sí-
dutores de suídeos para a certificação são: tios de produção deverão cumprir, em ambos os
3.1.1. Dispor de cerca periférica com entrada sítios, todos os requisitos exigidos para certifica-
única e sistema de desinfecção para o ingresso de ção, independente se os sítios estão localizados
pessoas ou veículos; na mesma propriedade ou não;
3.1.2. Possuir embarcadouro/desembarca- 3.1.10. As granjas de três sítios de produção
douro localizado junto à cerca periférica; deverão cumprir todos os requisitos para certifi-
3.1.3. Dispor de um livro de visitas, identifican- cação nos sítios 1 e 3, sendo que no sítio 2, deve-
do a última data e local de visitas a outras granjas rão cumprir apenas as condições de biosseguran-
de suídeos, laboratórios, matadouros-frigoríficos ça, independente se os sítios estão localizados na
ou outros locais com a presença de suídeos, sendo mesma propriedade ou não.
de 24 horas o período mínimo de vazio sanitário; 3.1.11. Nas granjas de reprodutores de 2 ou
3.1.4. Dispor de um sistema de desinfec- 3 sítios, em caso de suspeita de qualquer uma
ção para a introdução de materiais e equipa- das doenças objeto de certificação destas Nor-
mentos na granja; mas, em qualquer um dos sítios de produção, a
3.1.5. Possuir vestiário com paredes e pisos critério do Ministério da Agricultura, Pecuária e
impermeáveis, com banheiro, chuveiro e vestu- Abastecimento, deverão ser solicitados exames,
ário para o pessoal da granja de reprodutores e nos demais sítios, de acordo com a amostragem
visitantes; definida nestas Normas, inclusive fora da data
3.1.6. Utilizar água de fonte conhecida, que prevista de recertificação, podendo ser suspen-
não seja de cursos naturais, para o abastecimento sa a certificação dos sítios de produção, até o
da granja, com reservatórios protegidos, limpos e resultado dos exames.
desinfetados, no mínimo, a cada seis meses; 3.2. A granjas de reprodutores de suídeos
3.1.7. Dispor de licença do órgão ambiental certificadas, cumpridos os itens anteriores, serão
estadual competente, com relação ao tratamento avaliadas para uma classificação inicial e reava-
e destino dos dejetos; liadas anualmente, quanto ao grau de vulnerabi-
3.1.8. Dispor de um sistema adequado, lidade das mesmas à entrada de agentes patogê-
aceito pelo órgão oficial competente, para nicos, conforme a tabela 1.
356

Tabela 1 – AVALIAÇÃO DO GRAU DE VULNERABILIDADE DE GRSC À ENTRADA


DE PATÓGENOS EXTERNOS

Variáveis Critérios Pontuações Obtido


na granja
1. Distância com a unidade de Maior de 3,5 Km 0
produção de De 1 a 3,5 Km 1
Suínos mais próxima não
De 500 m a 1 Km 2
certificada ou
Abatedouro de suínos Menor de 500 m 3
2. Densidade de rebanhos suínos 1 rebanho 0
em um raio de 2 a 3 rebanhos 1
3,5 Km
4 ou mais rebanhos 2
Variáveis Critérios Pontuações Obtido
na granja
3. granjas fornecedoras de reposição própria ou por
0
suídeos para reposição do plantel isterectomia
1 fornecedor 1
2 fornecedores 2
3 ou mais fornecedores 3
4. Distância de rodovia que maior de 500 m 0
transporta suínos De 300 m a 500 m 1
Menor de 300 m 2
5.1. Qualidade do isolamento da ótima – cerca dupla intercalada
0
granja – cercas com cinturão verde
muito boa – cerca de tela afastada
1
pelo menos 50 m dos galpões
boa – cerca de tela com menos
2
50m dos galpões
razoável – apenas cerca não telada 3
5.2. Qualidade do isolamento da distância entre as instalações e a
granja – cinturão verde linha externa do cinturão verde de 1
no mínimo 50m
distância entre as instalações e a
linha externa do cinturão verde 1
menor que 50m
não possui cinturão verde 2 357
6. Controle de visitas na granja ocasional com vazio sanitário de
72h, sistema de banho com troca
de roupas e calçados e 1
banheiro com área
suja e limpa
ocasional com vazio sanitário de
48h, sistema de banho com troca
de roupas e calçados e 1
banheiro com área
suja e limpa
ocasional com vazio sanitário de
24h, sistema de banho com troca
de roupas e calçados e 2
banheiro com área
suja e limpa
Variáveis Critérios Pontuações Obtido
na granja
7. Existência de quarentenário Sim, distante no mínimo 500m
com cinturão verde ou não 0
introduz suínos no rebanho
Sim, mas com menos de 500m do
1
rebanho ou sem cinturão verde
Introduz os suínos de reposição
2
sem fazer quarentena
8. Ração fornecida aos animais não usa farinhas de origem animal 0
Usa farinhas de origem animal 2
9. Origem da ração fornecida aos fábrica própria na propriedade 0
animais
fábrica de terceiros 1
10. Transporte do alimento usado graneleiro ou caminhão que não
0
na granja transporta suínos

caminhão que transporta suínos 2


Pontuação total obtida na granja

3.2.1. Classificação das granjas quanto ao ou controlada para leptospirose.


grau de vulnerabilidade a patógenos externos: 3.3.2. As condições a ser atendidas para a
a) granja “A”: bem protegida - de 0 a 5,0 pon- Peste Suína Clássica - PSC - são as seguintes:
tos, desde que não tenha nenhum critério com 3.3.3. Realizar provas sorológicas, com inter-
pontuação 2 ou 3; valo de seis meses, por meio de teste ELISA, utili-
358
b) granja “B”: vulnerabilidade baixa - até 8,0 zando-se kit registrado no Ministério de Agricul-
pontos, desde que não tenha nenhum critério com tura, Pecuária e Abastecimento, devendo os soros
pontuação 3 e não se enquadre como granja “A”; que apresentar resultados suspeitos ou positivos
c) granja “C”: vulnerabilidade moderada - de ser submetidos a provas complementares diferen-
8,0 a 12,0 pontos, desde que não se enquadre ciais, por meio de testes de neutralização, incluin-
como granja “B”; do os diferenciais para Diarréia Bovina a Vírus.
d) granja “D”: altamente vulnerável - com 3.3.4. A granja de reprodutores terá cumpri-
13,0 ou mais pontos. do as condições sorológicas para PSC se todos os
3.2.2.Na avaliação do grau de vulnerabili- testes forem negativos. No caso de positividade,
dade para Centrais de Inseminação Artificial, o devem ser aplicadas as medidas estabelecidas
item 3, constante na tabela 1, não será aplicado. nas normas de profilaxia da peste suína clássica,
Entretanto, todos os reprodutores introduzidos aprovadas pelas Normas vigentes.
na CIA deverão ser submetidos aos testes para as 3.3.5. As condições a ser atendidas para a
enfermidades básicas da certificação. Doença de Aujeszky são as seguintes:
3.3. Dos níveis sanitários da GRSC 3.3.5.1. Não proceder à vacinação dos suíde-
3.3.1. Toda granja de suídeos certificada de- os alojados na granja de reprodutores.
verá ser livre de peste suína clássica, doença de 3.3.5.2. Realizar provas sorológicas, com in-
Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna e livre tervalo de seis meses, por meio de teste ELISA,
utilizando-se kit registrado no Ministério de Agri- cadas medidas de saneamento.
cultura, Pecuária e Abastecimento devendo os 3.3.7.4. No caso da média do diâmetro das
soros que apresentar positividade serem subme- reações à tuberculina PPD aviária ser maior que
tidos ao teste de neutralização; a média das reações à tuberculina PPD bovina, a
3.3.5.3. A granja de reprodutores terá cum- granja será considerada infectada por micobacté-
prido as condições sorológicas para doença de rias do Complexo avium. Neste caso, a granja não
Aujeszky se todos os testes forem negativos. No perderá a certificação e deverá ser implantado,
caso de positividade, a certificação será suspen- no estabelecimento, um programa de controle.
sa e a sorologia deverá ser repetida em 100% do 3.3.7.5. Em caso de dúvidas na interpreta-
plantel de reprodutores, com intervalo de 30 e ção das reações às tuberculinas, a granja per-
60 dias. No caso de ser mantida a positividade, a derá, temporariamente, a certificação até que
granja perderá a certificação. seja concluído o diagnóstico, baseado em provas
3.3.6. Para a brucelose, devem ser realizadas laboratoriais de identificação das micobactérias
provas sorológicas, com intervalo de seis meses, envolvidas.
utilizando o antígeno acidificado tamponado ou 3.3.8. Para a Leptospirose, as granjas terão
outro aprovado pelo Ministério da Agricultura, duas opções:
Pecuária e Abastecimento e indicado para o caso, 3.3.8.1. Nas granjas de reprodutores consi-
devendo os soros reagentes ser submetidos a deradas livres de Leptospirose, será obrigatório o
provas complementares do 2-mercaptoetanol ou controle sorológico, devendo ser realizadas provas
fixação de complemento; sorológicas de microaglutinação, com intervalo de
3.3.6.1. A granja de reprodutores terá cum- seis meses. Os soros devem ser testados frente aos
prido as condições sorológicas para a brucelose sorovares L. canicola, L. grippothyphosa, L. hardjo,
se todos os testes forem negativos. No caso de po- L. icterohaemorrhagiae, L. pomona, L. bratislava e,
sitividade, a granja terá sua certificação suspen- apresentando resultados negativos.
sa, eliminando os positivos e retestando o plan- 3.3.8.2. A critério da autoridade sanitária
tel, na sua totalidade em até 30 dias. Persistindo competente, poderão ser acrescentados outros
a positividade, a granja perderá a certificação. sorovares.
3.3.7. Para a tuberculose, deverão ser testa- 3.3.8.3. As granjas de reprodutores conside-
dos reprodutores machos e fêmeas, por amostra- radas controladas para Leptospirose, pelo uso de
gem, conforme tabela do item 3.3.11.1, com in- vacina, deverão conter no Certificado a expressão
359
tervalo de 6 (seis) meses, em prova comparativa “Granja vacinada para Leptospirose”, devendo a
com tuberculina PPD bovina e PPD aviária. vacina a ser utilizada conter todos os sorovares
3.3.7.1. A leitura deverá ser feita 48 horas constantes no item 3.3.8.1.
após, com uso de régua milimétrica, medindo-se o 3.3.9. Para a sarna, serão utilizados dois
diâmetro maior da reação. A interpretação do teste exames de raspado de pele, com intervalo de 2
será dada com base no rebanho, considerando a a 3 meses, de 5 reprodutores e 5 suínos de termi-
média aritmética das reações superiores a 0,5 cm. nação, identificados pelo veterinário oficial, por
3.3.7.2. A granja terá cumprido as condições meio de exame clínico, como potenciais portado-
exigidas para tuberculose se todos os animais res de sarna. Todos deverão apresentar resulta-
forem negativos para PPD bovina ou se houver dos negativos.
reação positiva, desde que a média do diâmetro 3.3.9.1. Caso positivo, a certificação será sus-
das reações à PPD bovina seja inferior à média do pensa, devendo ser providenciada a erradicação,
diâmetro das reações à PPD aviária. por meio de tratamento medicamentoso, elabo-
3.3.7.3. A granja será considerada positiva rado e implantado pelo responsável técnico.
para tuberculose se a média do diâmetro das 3.3.10. As granjas que não cumprirem in-
reações à PPD bovina for maior que a média tegralmente as condições mencionadas nestas
diâmetro das reações à PPD aviária. Neste caso, Normas perderão a condição de Granjas de Re-
a certificação será suspensa, devendo ser apli- produtores Suídeos Certificada.
3.3.11. As granjas serão certificadas após a amostragem para o segundo teste e monito-
realização de dois testes negativos consecutivos ramentos posteriores, será utilizada a tabe-
com intervalo de dois a três meses, para todas la 2. Em se tratando de granjas novas, que
as doenças previstas nesta Instrução, exceto para forem povoadas com o acompanhamento do
sarna. Neste caso específico será obedecido ao Serviço Oficial, por animais provenientes de
disposto no item 3.3.9. granjas já certificadas, não haverá necessida-
3.3.11.1. No primeiro teste, será exami- de da colheita de 100% do plantel, bastando
nado 100% do rebanho de reprodutores. Na obedecer à tabela 2.

Tabela 2 – AMOSTRAGEM DE GRANJAS DE REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADAS


Número de animais para colheita de sangue e realização do Teste de Tuberculinização Comparada,
em função do número de reprodutores suídeos no plantel, considerando uma prevalência estimada
de 5% e um nível de confiança de 95%.

Nº REPRODUTORES Nº DE ANIMAIS A Nº REPRIODUTORES Nº DE ANIMAIS A


NO REBANHO AMOSTRAR NO REBANHO AMOSTRAR
10 10 350 54
20 19 400 55
30 25 450 55
40 31 500 56
50 35 600 56
60 38 700 57
70 40 800 57
80 42 900 57
90 43 1000 57
360 100 45 1200 57
120 47 1400 58
140 48 1600 58
160 49 1800 58
180 50 2000 58
200 51 3000 58
250 53 4000 58
300 54 MAIS de 5000 59

4. DOENÇAS DE CERTIFICAÇÃO OPCIONAL 4.1. Rinite Atrófica Progressiva (RAP):


A critério do proprietário da granja de repro- 4.1.1. A granja de reprodutores será conside-
dutores, o mesmo poderá requerer junto ao Mi- rada livre de RAP se:
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, - Não for constatada a presença de Pasteu-
a partir de junho de 2002, a certificação opcional rella multocida D toxigênica em 3 exames conse-
de livre para quaisquer das doenças abaixo: cutivos iniciais, com intervalo de 30 dias. Deverão
ser coletados suabes nasais e de amídalas de 30 exames deverão ser repetidos, uma única vez, a
leitões com 8 semanas de idade que não estejam cada 6 meses, com todos os resultados negativos.
sob regime de antibióticos. Os suabes deverão ser 4.3. Pleuropneumonia Suína (PPS)
acondicionados em meio de transporte (0,5 ml) e 4.3.1. A granja de reprodutores será conside-
mantidos a 4oC. No laboratório, os suabes serão rada livre de PPS se:
semeados em meio seletivo Agar 8HPG, agar san- - Não for constatada a presença de sorotipos
gue e colocados de volta no meio de transporte. patogênicos de Actinobacillus pleuropneumoniae
Este será agitado em vortex e, com as suspensões em 3 exames consecutivos iniciais, com intervalo
obtidas, será formado um pool de cinco animais de 30 dias, pelo teste Elisa polivalente, em 30 lei-
(0,10ml x 5 > 0,50ml), que será inoculado em tões com 13 ou mais semanas de idade. Dos ani-
camundongo. Após 7 dias, os camundongos se- mais positivos, caso não houver lesões de PPS no
rão sacrificados para tentativa de isolamento de exame de matadouro, coletar secreções ou frag-
P. multocida. As amostras de P. multocida serão mentos de amídalas e submetê-los a exames bac-
submetidas a um teste para identificação de sua teriológicos direto em meio seletivo, aplicando o
toxigenicidade, através de teste ELISA, soroneu- processo de separação imunomagnética para iso-
tralização em células ou PCRs. lamento do Actinobacillus pleuropneumonia, ou
- Não for constatado lesões nos cornetos nasais submeter ao teste de PCR.
com graduação superior a 1, pelo método de ava- - Não for constatada a presença de lesões
liação visual (na escala de 0 > ausência de lesão; 1 de PPS em 3 exames consecutivos iniciais, com
> leve desvio da normalidade; 2 > lesão moderada intervalo de, no mínimo, 30 dias, de 30 suínos
e 3 > lesão grave), em 3 exames consecutivos ini- entre 5 a 6 meses de idade. Caso seja observada
ciais, com intervalo de 30 dias. Os exames deverão alguma lesão sugestiva de PPS, estas deverão ser
ser realizados em um grupo de, no mínimo, 30 su- encaminhadas para tentativa de isolamento e so-
ínos com cinco a seis meses de idade. rotipagem de Actinobacillus pleuropneumoniae.
4.1.2. Para manutenção da certificação, estes 4.3.2. Para manutenção da certificação esses
exames deverão ser repetidos, uma única vez, a exames deverão ser repetidos, uma única vez, a
cada 6 meses, com todos os resultados negativos. cada 6 meses com todos os resultados negativos.
4.2. Pneumonia Micoplásmica (PM) 4.4. Disenteria Suína (DS)
4.2.1. A granja de reprodutores será conside- 4.4.1. A granja de reprodutores será conside-
rada livre de Pneumonia Enzoótica se: rada livre de DS se:
361
- Não for constatada a presença de Myco- - Não for constatada a presença de Brachys-
plasma hyopneumoniae em 3 exames sorológicos pira hyodysenteriae em 3 exames consecutivos
consecutivos iniciais, com intervalo de 30 dias, iniciais, com intervalo de 30 dias, através de
de 30 leitões com mais de 10 semanas de idade. exames laboratoriais, de um pool de fezes de 6
Se houver sorologia positiva e ausência de lesões suínos por baia, colhidas de 6 diferentes baias
ao abate, os animais vivos com sorologia positiva de suínos em crescimento. As fezes serão subme-
deverão ser submetidos à lavagem bronquial e tidas ao exame de imunofluorescência direta e
colheita de material para PCR - NESTED e/ou cul- confirmada por PCR. A certificação será mantida
tivo de Mycoplasma hyopneumoniae. através de exames semestrais de um pool de fe-
- Não for constatada lesões pulmonares de zes de 6 suínos, colhidas em 6 diferente baias de
PM em 3 exames consecutivos iniciais de mata- suínos em crescimento.
douro, com intervalo de 30 dias, de 30 suínos 4.4.2. Para manutenção da certificação esses
com 5 a 6 meses de idade. Caso lesões de PM exames deverão ser repetidos, uma única vez, a
sejam encontradas, as mesmas deverão ser sub- cada 6 meses com todos os resultados negativos.
metidas a exames de histopatologia, seguido de 4.5. As GRSC, em relação às doenças de certi-
teste de imunoperoxidase ou imunofluorescência ficação, constantes nos itens 4.1, 4.2,
para Mycoplasma hyopneumoniae. 4.3, 4.4 serão classificadas em quatro níveis:
4.2.2.Para manutenção da certificação esses a) Nível 1: livre das quatro doenças opcionais;
b) Nível 2: livre de pelo menos duas doenças mento das normas disciplinadas nesta Instrução
opcionais; Normativa estão previstas em legislação da Defe-
c) Nível 3: livre de uma doença opcional; sa Sanitária Animal, independente da perda da
d) Nível 4: sem doença opcional certificada. certificação.
5. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 5.3. Os casos não previstos nesta Instrução
5.1. A critério do DDA poderão ser incluídas Normativa serão resolvidos pelo Departamento
novas enfermidades para certificação. de Defesa Animal.
5.2. As penalidades advindas do não cumpri- (Of. El. nº OF-SDA019-02)

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 04 DE JANEIRO DE 2001


Publicada no Diário Oficial da União de 22/01/2001, Seção 1, Página 11

Aprova as Normas para Ingresso de Suídeos, de seus produtos e subprodutos na Zona Livre
de Peste Suína Clássica, constituída pelos estados que menciona.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 04 JANEIRO DE 2001


Publicada no Diário Oficial da União de 16 de janeiro de 2001, Seção 1, página 6 (alterada
pela IN nº 07 de 27/02/2009)

Declarar a região formada pelos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Pa-
362
raná, de São Paulo, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso, de Goiás, de
Tocantins, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, da Bahia, de Sergipe, de Rondônia e do
Distrito Federal como zona livre de peste suína clássica.
parte III

Controle de Trânsito
e Quarentena Animal

PORTARIA Nº 162, DE 18 DE OUTUBRO DE 1994


Publicada no Diário Oficial da União de 21/10/1994, Seção 1, Página 15934
Alterada pela Instrução Normativa nº 44 de 02/10/2007

Aprova as Normas complementares anexas à presente Portaria, baixadas pelo


Departamento de Defesa Animal, que versam sobre a Fiscalização e o Controle
Zoossanitário das Exposições, Feiras, Leilões e outras aglomerações de animais,
em todo território Nacional.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, anexas à presente Portaria, baixadas pelo Depar-


no uso da atribuição que lhe confere o Artigo tamento de Defesa Animal, que versam sobre a
78, item VI, do regimento Interno da Secretaria, Fiscalização e o Controle Zoossanitário das Expo-
aprovado pela Portaria Ministerial n.º 212, de 21 sições, Feiras, Leilões e outras aglomerações de
de agosto de 1992, e tendo em vista o disposto no animais, em todo território Nacional.
Artigo 2º da Portaria Ministerial nº 108, de 17 de Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data
março de 1993, resolve: de sua publicação, revogada as disposições em
Art. 1º Aprovar as Normas complementares contrário.

TÂNIA MARIA DE PAULA LYRA


363

ANEXO

NORMAS COMPLEMENTARES À PORTARIA MINISTERIAL N.º 108, DE 17 DE MARCO DE 1993, SOBRE


A FISCALIZAÇÃO E O CONTROLE ZOOSSANITÁRIO DE EXPOSIÇÕES,FEIRAS, LEILÕES E OUTRAS AGLO-
MERAÇÕES DE ANIMAIS, EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL

CAPÍTULO I de defesa sanitária animal do Estado ou do Dis-


trito Federal, conforme previsto no art. 6º da Por-
DA AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA taria n.º 108, de 17 de março de 1993, do Minis-
A REALIZAÇÃO DE EXPOSIÇÕES, tro de Estado da Agricultura, do Abastecimento e
FEIRAS LEILÕES E OUTRAS Reforma Agrária.
AGLOMERAÇÕES DE ANIMAIS. § 1º Para as exposições e feiras de jurisdição
interestadual, nacional ou internacional, será re-
Art. 1º A realização de exposições e feiras de querida também autorização prévia da Diretoria
animais será previamente autorizada pelo órgão Federal de Agricultura, do Abastecimento e da Re-
forma Agrária no Estado ou no Distrito Federal. I – os requisitos sanitários gerais e especí-
§ 2º A autorização deverá ser solicitada nos ficos – testes para diagnóstico de doenças, vaci-
seguintes prazos: nações e tratamentos, requeridos para admissão
a) – trinta (30) dias de antecedência, para os dos animais no recinto do certame, segundo a
certames de jurisdição municipal e regional; espécie e finalidade;
b) – sessenta (60) dias de antecedência, II – no caso de exposições e feiras, a indi-
para os certames de jurisdição estadual, inte- cação dos médicos veterinários componentes da
restadual e nacional; Comissão de Defesa Sanitária Animal;
c) - noventa (90) dias de antecedência, para III – no caso de leilões, indicação do médico
os certames de jurisdição internacional. veterinário responsável pela assistência veteriná-
Art. 2º A realização de leilões depende de au- ria aos animais;
torização prévia da autorização prévia da autori- IV – data e hora limites para entrada dos
dade veterinária da localidade, exceto aqueles em animais no recinto do certame.
que participem apenas animais criados no próprio
estabelecimento onde o mesmo se efetivará. CAPÍTULO III
Art. 3º A solicitação de autorização para a re-
alização de leilão deverá ser efetuada aos animais, DAS INSTALAÇÕES
anexando declaração de responsabilidade técnica,
no caso de profissional autônomo, firmada pelo Art. 6º A realização de exposições, feiras e lei-
mesmo, pelo promotor do evento, com no mínimo lões de animais somente poderá ser autorizada nos
três (3) dias úteis de antecedência, indicando: recintos que disponham das seguintes instalações:
I – Local e data de realização; I – local para recepção de animais, com ram-
II - quantidade de animais, por espécie, sexo pa de desembarque, tronco ou brete e currais;
e idade; II – local para funcionamento dos serviços
III – procedência dos animais (município e administrativos e de defesa sanitária animal;
estado); III – local para alojamento de animais;
IV - nome do médico veterinário, autônomo, IV – local para isolamento de animais
ou oficial, responsável pela assistência veteriná- enfermos;
ria aos animais, anexando declaração de respon- V – pista para julgamento de animais;
sabilidade técnica, no caso de profissional autô- VI – pedilúvios e rodolúvios, em todos os
364
nomo, firmada pelo mesmo. acessos ao parque;
VII – abastecimento de água e energia elétrica;
CAPÍTULO II VIII – instalações sanitárias para uso do pú-
blico visitante e de serviço;
DO REGIMENTO INTERNO IX – depósito de ração.
DAS EXPOSIÇÕES, FEIRAS Parágrafo Único – para os leilões, não serão re-
E LEILÕES DE ANIMAIS. queridas as instalações indicadas nos itens IV, V e IX.
Art. 7º As instalações por onde circulem e
Art. 4º Os promotores de exposições, fei- permaneçam os animais, inclusive os pisos, deve-
ras e leilões de animais devem elaborar um rão ser construídas de materiais resistentes e que
Regimento Interno do evento, com a anterio- permitam sua completa limpeza e desinfecção.
ridade necessária, para distribuição aos expo- Art. 8º As instalações por onde tenham cir-
sitores criadores participantes do certame por culado ou permanecido os animais, deverão ser
ocasião da respectiva inscrição. lavadas e desinfetadas após a saída mesmos ou
Art. 5º O Regimento Interno do evento, pre- pelo menos vinte e quatro (24) horas antes da en-
visto no art. 7º da Portaria Ministerial nº 108, de trada de novo lote de animais, de forma satisfa-
17 de março de 1993, deve obrigatoriamente in- tória para a autoridade veterinária local.
cluir, entre outros: Parágrafo Único. No caso de recintos d leilões
não calçados ou com piso de terra, devera ser re- a) – prova de soroaglutinação negativa, efe-
movido todo esterco e materiais eventualmente tuada até 60 dias antes do início do certame, ex-
utilizados (serragem, pilha etc.), antes da entrada ceto para machos bovinos e bubalinos para cria,
de novo lote de animais, sendo aplicado ao piso e recria ou engorda, castrados ou não cujo destino
instalações um desinfetante apropriado, de forma final seja o abate, ou para abate imediato;
satisfatória para a autoridade veterinária. b) – no caso de fêmea com até 30 meses de
Art. 9º Na desinfecção dos recintos e insta- idade, vacinadas entre 3 e 8 meses de idade com
lações de que trata o artigo anterior, poderão ser vacina B-19, o teste laboratorial pode ser substi-
utilizados, entre outros, o carbonato de sódio a tuído pelo atestado de vacinação;
4%, o hidróxido de sódio (soda cáustica) a 2% e c) - A critério das autoridades veterinárias es-
óxido de cal (cal apagada) a 5%. taduais, o teste q que se refere o item
II. a poderá ser dispensado para bovinos de
CAPÍTULO IV rebanho geral (não) (registrados ou controlados),
para participação em leilões.
REQUISITOS SANITÁRIOS PARA EMISSÃO III – para a tuberculose bovina, tuberculiniza-
DE GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL PARA ção intradérmica, efetuada até 60 dias antes do iní-
ANIMAIS DESTINADOS ÀS EXPOSIÇÕES, cio do certame, para bovino e bubalinos com doze
FEIRAS E LEILÕES. (12) meses ou mais de idade, exceto para bovinos e
bubalinos para cria, recria ou engorda, cujo desti-
Seção I no final seja o abate, ou para abate imediato.
Requisitos gerais
Art. 10. na emissão de Guia de Trânsito Ani- Seção III
mal (GTA), para a participação de animais em ex- Requisitos específicos para equídeos
posições, feiras e leilões, devem ser cumpridos os Art. 12. Na emissão de GTA para eqüídeos,
seguintes requisitos: para participação em exposições, feiras, leilões e
I – os animais devem apresentar-se em bom outras aglomerações de animais, devem ser ob-
estado de saúde, sem sinais de doença e livres de servados os seguintes requisitos:
parasitas externos; I – para a anemia infecciosa eqüina (AIE),
II – os animais devem proceder de estabe- teste laboratorial negativo, efetuado nos seguin-
lecimento onde, nos 60 dias anteriores à data tes prazos, contados antes do início do certame:
365
de emissão da autorização, não tenha havido a) – até cento e oitenta (180) dias, para eqüí-
ocorrência clínica de doença transmissível para deos procedentes de entidades controladas;
a qual a espécie seja suscetível; b) – até sessenta (60) dias, nos demais casos:
III – os animais devem estar identificados de II – vacinação contra a gripe eqüina (tipo A)
acordo com o estabelecimento por estas Normas efetuada entre o mínimo de quinze (15) dias e o
Complementares. máximo de cento e oitenta (180) dias antes da data
do início do certame, quando for o caso, de acordo
Seção II com a situação epidemiológica da doença.
Requisitos específicos para bovinos
e bubalinos. Seção IV
Art. 11. Na emissão de GTA para bovinos e Requisitos específicos para suínos
bubalinos, para participação em exposições, fei- Art. 13. Na emissão de GTA para suínos, para
ras, leilões e outras aglomerações de animais, de- participação em exposições, feiras, leilões e ou-
vem ser observados os seguintes requisitos: tras aglomerações de animais, devem ser obser-
I – para a febre aftosa: vados os seguintes requisitos:
Revogada pela Instrução Normativa nº 44 de I – para a peste suína clássica (PSC):
02/10/2007 a)– nas exposições, feiras e leilões realizados
II – para a brucelose bovina (Br. Abortus); nas regiões controladas, onde a vacinação contra
a PSC não é permitida, os suínos devem proceder Seção VI
de região de igual situação sanitária e de estabe- Requisitos específicos para ovinos
lecimento onde não haja registro de PSC nos 180 Art. 15. Na emissão de GTA para ovinos, para
dias anteriores à data de início do certame; participação em exposições, feiras, leilões e ou-
b) – nas exposições, feiras e leilões reali- tras aglomerações de animais, devem ser obser-
zados nas regiões onde a vacinação contra a vados os seguintes requisitos:
PSC é permitida, os suínos devem proceder de I – para a febre aftosa, procedência de esta-
estabelecimentos onde não haja registro de belecimento onde, nos 60 dias anteriores ao início
PSC nos 180 dias anteriores à data de início do certame, não tenha sido constatado nenhum
do certame e devem comprovar a vacinação caso de febre aftosa, assim como nas circunvizi-
contra a PSC efetuada até 180 dias antes do nhanças do mesmo, nos 30 dias anteriores;
início do certame; II – para a brucelose (Br. ovis):
II – para a febre aftosa, devem proceder de a) – os machos reprodutores devem apresen-
estabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao tar resultado negativo ao teste de imunodifusão
início do certame, não tenha sido constatado ne- em gel ágar, realizado até sessenta (6) dias antes
nhum caso de febre aftosa, assim como nas circun- do início do certame; - ou -
vizinhanças do mesmo, nos 30 dias anteriores; b) – a critério das autoridades veterinárias
III- para a brucelose, tuberculose e doença estaduais, na impossibilidade de realização do
de Aujeszky, os reprodutores, machos e fêmeas, teste laboratorial, exame clínico detalhado para
devem proceder de rebanhos oficialmente livres verificação de epididimite ovina.
dessas doenças, comprado por certificado oficial
expedido pela autoridade veterinária competen- Seção VI
te do local de procedência. Requisitos específicos para
aves domésticas
Seção V Art. 16. Na emissão de GTA para aves do-
Requisitos específicos para caprinos mésticas, para participação em exposições, feiras,
Art. 14. Na emissão de GTA para caprinos, leilões e outras aglomerações de animais, devem
para participação em exposições, feiras, leilões e ser observados os seguintes requisitos:
outras aglomerações de animais, devem ser ob- I – para a pulorose, teste laboratorial negativo
servados os seguintes requisitos: realizado até sessenta (60) dias antes da data de iní-
366
I – Para a febre aftosa, procedência de es- cio do certame, para aves em criação ou já adultas;
tabelecimento onde, nos 60 dias anteriores ao II – vacinação contra a doença de Newcastle,
início do certame, não tenha sido constatado segundo a idade da ave.
nenhum caso de febre aftosa, assim como nas
circunvizinhanças do mesmo, nos 30 dias an- Seção VII
teriores; Requisitos específicos para os lagomorfos
II-para a artrite encefalite caprina (CAE): Art. 17. Na emissão de autorização para o
a) – os reprodutores, machos e fêmeas, com trânsito de coelhos, para participação em expo-
mais de um ano de idade, devem apresentar resul- sições, feiras, leilões e outras aglomerações de
tado negativo ao teste de imunodifusão em gel ágar animais, deve ser requerida a procedência de es-
para diagnóstico da CAE, realizado até cento e oiten- tabelecimento de criação onde não tenha havido
ta (180) dias antes do início do certame; -oub) registro de mixomatose nos cento e oitenta dias
– a critério das autoridades veterinária es- (180) dia anteriores à data de início do certame.
taduais, na impossibilidade de realização do
teste laboratorial, devem proceder de rebanho Seção VIII
onde não tenha havido manifestação clínica da Outros requisitos
CAE nos centro e oitenta (180) dias anteriores ao Art. 18. A GTA, os atestados ou certificados
início do certame. de exames laboratoriais, de testes alérgicas e de
vacinações, devem acompanhar os animais e Parágrafo Único. Quando se t ratar de ani-
serão apresentados à CDSA ou ao médico vete- mais acometidos ou suspeitos de doença trans-
rinário responsável, para entrada no recinto das missível, a critério da autoridade veterinária da
exposições, feiras e leilões. jurisdição, deverão ser mantidos isolados em
Art. 19. A critério das autoridades veterinárias local adequado, adotando-se as demais medidas
estaduais ou do Distrito Federal e considerada a si- previstas para o caso na legislação pertinente, fe-
tuação epidemiológica da Unidade Federativa ou deral e estadual.
da região onde se realiza o certame, poderá ser re-
querido o cumprimento de outros requisitos sani- CAPÍTULO VI
tários, inclusive testes para diagnóstico de doenças
e vacinações, para a participação de animais em IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS
exposições, feiras, leilões e outras aglomerações.
Art. 23. Os bovinos, bubalinos, suínos, ovi-
CAPÍTULO V nos, caprinos e coelhos, deverão estar identifica-
dos individualmente de forma permanente por
ADMISSÃO DE ANIMAIS número colocado a fogo, tatuagem ou outra for-
NO RECINTO DAS EXPOSIÇÕES, ma aprovada.
FEIRAS E LEILÕES Parágrafo Único. Os bovinos, bubalinos,
suínos, ovinos caprinos e coelhos, para criação,
Art. 20. Todos os animais serão obrigatoria- cuja destinação final seja o abate, ou destinado
mente examinados por médico veterinário, em ao abate imediato , poderão ser identificados por
local apropriado, antes de sua admissão no re- lote, com a marca a fogo do criador ou outra for-
cinto da exposição, feira ou leilão, somente sendo ma, segundo o estabelecimento ou rebanho de
permitido o ingresso de animais: procedência.
I – identificados individualmente ou por Art. 24. Os eqüinos deverão estar acompa-
lote, de acordo com o disposto nesta Normas nhados de passaporte, atestado ou certificado
Complementares; regularmente expedido por autoridade compe-
II – acompanhados de documentação sani- tente que contenha resenha gráfica individual.
tária regularmente expedida no local de proce- Art. 25. Os animais de espécie não mencio-
dência, identificando os animais e comprovando nadas nos artigos 24 e 25 deverão estar identifi-
367
o cumprimento dos requisitos sanitários gerais e cados segundo o adotado para a espécie.
específicos, segundo a espécie animal;
III – declarados sadios e livres de ectoparasi- CAPÍTULO VII
tas, após inspeção sanitária.
Art. 21. Não será permitido, no recinto das DA ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA
exposições, feiras e leilões e outras aglomerações,
o ingresso de animais acometido ou suspeitos de Art. 26. A assistência médico veterinária aos
doença transmissível, de animais reagentes aos animais durante a realização dos certames será
testes laboratoriais ou alérgicos requeridos assim efetuada:
como de animais portadores de ectoparasitas. I – por uma comissão de Defesa Sanitária Ani-
Parágrafo Único. No caso de doença mal (CDSA), previamente designada, a qual deve
transmissível a proibição de ingresso esten- incluir pelo menos um médico veterinário oficial
de-se aos animais suscetíveis que tiveram do órgão de defesa sanitária animal jurisdição,
contato com os animais doentes. nas exposições e feiras de qualquer categoria;
Art. 22. Os animais cujo ingresso no recinto II – nos leilões, por um médico veterinário,
da exposição, feira ou leilão não tenha sido per- oficial ou autônomo, previamente designado ou
mitido, deverão retornar imediatamente ao esta- contratado pelos promotores do evento.
belecimento de procedência. Art. 27. Incumbe à CDSA e ao médico veteri-
nário mencionado no item II do artigo anterior: Art. 32. Ao final da exposição, feira ou leilão,
I – assegurar-se que as que as instalações a CDSA ou médico veterinário responsável, deve-
para os animais tenham sido previamente lim- rá apresentar ao órgão de defesa sanitária animal
pas e desinfetadas, pelo menos vinte e quatro da jurisdição um relatório sintético, contendo:
(24) horas antes do ingresso dos animais; I – quantidade de animais participantes
II – efetuar a inspeção sanitária dos animais, por espécie, sexo, idade e procedência (muni-
antes do seu ingresso no recinto do certame; cípio e estado);
III – verificar a documentação sanitária que II – destino dos animais comercializados ou
acompanha os animais e o cumprimento dos re- não, indicando o estabelecimento, município e
quisitos gerais e específicos, segundo a espécie estado, por espécie;
animal e finalidade; III – as ocorrências sanitárias verificadas du-
IV – prestar atenção médica a animal que a rante o evento, com as medidas adotadas;
necessite, caso o seu proprietário não disponha IV – cópia dos atestados ou certificados sani-
de médico veterinário próprio; tários recebidos e expedidos.
V – autorizar a aplicação de medicamentos
nos animais; CAPÍTULO VIII
VI – autorizar a saída dos animais do recinto
do certame, efetuando a inspeção sanitária dos DA PARTICIPAÇÃO DE ANIMAIS
mesmo e expedindo a documentação sanitária DE OUTROS PAÍSES
que corresponda.
Art. 28. A ocorrência ou suspeita de qualquer Art. 33. Será admitida a participação de ani-
doença nos animais durante o certame, deverá ser mais de outros países nas exposições, feiras e leilões,
imediatamente comunicada à CDSA ou ao médico regularmente importados segundo as normas em
veterinário responsável, para adoção da providên- vigor, sempre que cumpram com os requisitos sa-
cias necessárias segundo a natureza da ocorrência. nitários gerais e específicos previstos nesta Normas
Art. 29. No caso de ocorrência ou sus- Complementares e outros que venham a ser estabe-
peita de ocorrência de doença transmissível lecidos de acordo com o país de procedência.
durante a realização do certame, a autorida- Art. 34. Para serem admitidos no recinto
de veterinária isolará os animais dentes ou das exposições, feiras e leilões, os animais pro-
suspeitos, em local adequado, e determina- cedentes de outros países deverão Ter entrado
368
rá a interdição do recinto e áreas circunvizi- em território nacional há pelo menos quinze
nhas, adotando as demais medidas sanitárias (15) dias, para as espécies suscetíveis à febre
julgadas necessária e previstas na legislação aftosa e sete (7) dias, para as demais espécies,
pertinente, federal e estadual. mantidos em local adequado sob observação
Art. 30. A interdição mencionada no artigo até o início do evento, sendo vedada a admis-
anterior poderá abranger todo o recinto do cer- são no recinto do evento de animais proceden-
tame ou parte dele, inclusive áreas circunvizinhas tes diretamente do exterior.
onde se mantenham animais suscetíveis à doença Parágrafo Único – o previsto no “caput”
suspeita ou diagnosticada, implicado no impedi- deste artigo não se aplica a animais proce-
mento da movimentação dos animais existentes dentes diretamente de exposições realizada
pelo prazo necessário, a critério da autoridade em um dos países integrantes do MERCOSUL,
veterinária local. acompanhados de documentação zoossani-
Art. 31. No caso de ocorrência de doença tária expedida por médico veterinário oficial
não transmissível, o tratamento do animal po- do país de procedência, atendendo as normas
derá ser conduzido sob a responsabilidade de estabelecidas especificamente para o trânsito
médico veterinário da confiança do proprietário, ente exposições oficiais.
com prévia anuência da CDSA ou do médico ve-
terinário responsável. HAMILTON RICARDO FARIAS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 46, DE 2 DE SETEMBRO DE 2008
Publicada no Diário Oficial da União de 03/09/2008, Seção 1, Página 3

Aprova os procedimentos para importação de material genético destinado à reposição


de plantéis avícolas de galinhas (Gallus gallus), galinha da angola (Numida meleagris),
perus (Meleagris gallopavo), codornas (Coturnix coturnix), aves palmípedes (patos, gansos
e marrecos), faisões (Phasianus colchicus) e perdizes (gênero Alectoris).

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, palmípedes (patos, gansos e marrecos), faisões


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso da atribui- (Phasianus colchicus) e perdizes (gênero Alectoris)
ção que lhe confere o art. 87, parágrafo único, descritos no Anexo I, e os requisitos zoossanitários
inciso II, da Constituição, tendo em vista o dispos- para importação de ovos incubáveis e aves de um
to no Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, dia, constantes dos Anexos II e III.
no Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Art. 2º Os casos omissos e as dúvidas sus-
Animal, aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 citadas na aplicação desta Instrução Normati-
de julho de 1934, e o que consta do Processo nº va serão resolvidos pela Secretaria de Defesa
21000.004645/2007-76, resolve: Agropecuária.
Art. 1º Aprovar os procedimentos para im- Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
portação de material genético destinado à reposi- vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de
ção de plantéis avícolas de galinhas (Gallus gallus), sua publicação.
galinha d’angola (Numida meleagris), perus (Mele- Art. 4º Fica revogada a Instrução Normativa
agris gallopavo), codornas (Coturnix coturnix), aves nº 14, de 29 de junho de 1999.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO I

DOS PROCEDIMENTOS PARA IMPORTAÇÃO DE MATERIAL GENÉTICO DESTINADO 369


À REPOSIÇÃO DE PLANTÉIS AVÍCOLAS DE GALINHAS, GALINHA D’ANGOLA, PERUS, CODORNAS,
PATOS, GANSOS, MARRECOS, FAISÕES E PERDIZES

Art. 1º A importação de material genético de ovos incubáveis aqueles destinados à incubação


aves para reposição do plantel nacional se dará e aves de um dia aquelas com idade não superior
na forma de ovos incubáveis e aves de um dia. a 72 (setenta e duas) horas após a eclosão e que
Art. 2º As importações de material genético nesse período não receberam qualquer fonte ex-
destinado à reposição de plantéis avícolas de ga- terna de alimentação ou água.
linhas, galinhas d’angola, perus, codornas, patos, Art. 3º Para autorização de importação de
gansos, marrecos, faisões e perdizes serão permi- material genético pelo Brasil, o serviço veteriná-
tidas somente de países habilitados pelo Minis- rio oficial do país exportador deverá encaminhar
tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao MAPA as seguintes informações:
do Brasil - MAPA e de estabelecimentos criadores I - nome e endereço completo do estabeleci-
habilitados pelo serviço veterinário oficial do país mento habilitado no país de origem;
exportador e pelo MAPA. II - capacidade produtiva anual do estabele-
Parágrafo único. Considera-se material ge- cimento habilitado no país de origem; e
nético destinado à reposição de plantéis avícolas III - descrição dos programas de controles
os ovos incubáveis e as aves de um dia, sendo sanitários realizados no estabelecimento criador
habilitado à exportação, certificado pelo serviço terior, à Coordenação de Sanidade Avícola - CSA
veterinário do país de origem. do DSA e ao SEDESA / SFA, diretamente ou por
Parágrafo único. Outras informações po- meio de seus órgãos representativos de classe.
derão ser requeridas pelo MAPA, como forma de § 3º O aviso de confirmação de chegada de
avaliar o risco sanitário do processo de importa- cada lote importado deverá ser feito ao SEDESA
ção do material genético. / SFA, com o mínimo de 20 (vinte) dias antes da
Art. 4º Para autorizar a importação de mate- chegada da carga, confirmando data, local e ho-
rial genético de estabelecimentos habilitados no rário, para programação do laboratório oficial.
país de origem, o Departamento de Saúde Ani- Art. 7º Os pontos de ingresso do material ge-
mal - DSA poderá designar técnicos para realiza- nético no Território Brasileiro serão o Aeroporto In-
ção de visita no estabelecimento com o objetivo ternacional de Viracopos - Campinas / SP e o Aero-
de avaliar os programas de controles sanitários e porto Internacional de São Paulo – Guarulhos / SP.
as informações encaminhadas pelo serviço vete- Parágrafo único. A critério do DSA/SDA/
rinário oficial do país exportador. MAPA, serão emitidas autorizações para entrada
Parágrafo único. Para autorizar a importação de material genético por outros locais.
de material genético avícola de estabelecimentos Art. 8º O importador de material genético
produtores, o Departamento de Saúde Animal ficará como depositário da mercadoria durante o
observará se o programa de monitoramento da período de quarentena, referente à liberação dos
granja reprodutora possui equivalência com as resultados dos monitoramentos para as doenças
regras de certificação do Programa Nacional de previstas nesta Instrução Normativa, e somente
Sanidade Avícola do MAPA e se funciona de acor- poderá realizar a movimentação das aves no País
do com os padrões descritos nos Procedimentos após receber autorização emitida pelo MAPA.
de Higiene e Segurança Sanitária definidos pela Art. 9º O material genético deverá ser trans-
Organização Mundial de Sanidade Animal - OIE. portado, obrigatoriamente, acompanhado de
Art. 5º A autorização de importação deverá CZI, desde o país de origem ou procedência.
ser específica para cada empresa exportadora e Parágrafo único. O CZI deverá ser emitido
local de expedição, devendo ser emitido um Cer- pelo serviço veterinário oficial do país exporta-
tificado Zoossanitário Internacional - CZI, para dor e redigido na língua oficial do país de origem
cada estabelecimento de origem. e em sua versão em português.
Art. 6º A autorização de importação de ma- Art. 10. A fiscalização sanitária do material ge-
370
terial genético será emitida pelo MAPA, para pro- nético importado, no momento do desembarque,
prietários de estabelecimentos registrados nas será realizada por Fiscal Federal Agropecuário - FFA,
Superintendências Federais de Agricultura - SFA, que deverá lavrar Termo de Colheita de material de
de acordo com a Instrução Normativa nº 56, de amostras biológicas em três vias (1ª via laboratório,
4 de dezembro de 2007, e para estabelecimento 2ª via importador e 3ª via arquivo emitente).
avícola de destino do material genético certifica- Art. 11. O material genético importado será
do nos programas sanitários do Programa Nacio- submetido à colheita de amostras para realiza-
nal de Sanidade Avícola - PNSA. ção de exames laboratoriais, durante o processo
§ 1º Os interessados em importar material gené- de desembaraço de entrada da mercadoria no
tico avícola para reprodução deverão obter autoriza- país. As amostras serão encaminhadas em emba-
ção prévia (Autorização de Importação) no Serviço lagem lacrada ao laboratório oficial.
de Defesa Agropecuária - SEDESA da SFA na Unidade § 1º No caso de ovos incubáveis, as amostras
de Federação onde se localiza o estabelecimento consistirão de 30 (trinta) espécimes colhidos do
avícola de destino da mercadoria importada. lote importado provenientes da mesma granja
§ 2º Os interessados em importar material de origem.
genético avícola para reprodução deverão enviar § 2º No caso de aves de um dia, deverão ser
sua programação ordinária mensal de importa- colhidas todas as aves mortas e deverão ser sacri-
ção para o mês seguinte, até o 5º dia do mês an- ficadas 20 espécimes vivas por granja de origem
para coleta de sangue, suabes e órgãos, seguindo II - resultado positivo: o LANAGRO deverá en-
a seguinte amostragem: viar laudo oficial imediatamente à CSA / DSA, que
I - pool de 20 suabes traqueais; o encaminhará ao SEDESA / SFA da Unidade de Fe-
II - pool de 20 suabes cloacais; deração onde se localiza o estabelecimento avíco-
III - pool de 20 suabes de sacos aéreos em la importador. O SEDESA notificará ao importador
caldo frei; sobre os resultados e fiscalizará a realização das
IV - pool de 20 suabes de fígado, vesícula medidas a serem executadas de forma a eliminar
e baço; o risco sanitário para o plantel avícola nacional.
V - pool de 20 suabes de gema; § 1º No caso de resultado positivo em ovos
VI - pool de 20 suabes de ceco; incubáveis, para doença de Newcastle ou in-
VII - suabe de fundo de caixa em solução fluenza aviária, salmonelas e micoplasmas, todos
peptonada, tamponada a 1%; os ovos importados em incubação e quaisquer
VIII - 20 traquéias; e outros ovos presentes numa mesma máquina de
IX - 20 frascos contendo 2 ml de soro indivi- incubação serão destruídos e terão sua destina-
dual das aves amostradas. ção determinada pelo DSA, visando à eliminação
§ 3º As amostras colhidas deverão ser devi- de risco sanitário ao plantel avícola nacional.
damente identificadas, lacradas e remetidas ime- § 2º Em caso da existência e execução de pro-
diatamente ao laboratório oficial para a realiza- cedimentos de rastreabilidade no incubatório,
ção dos testes requeridos. que garantam a incubação em separado dos ovos
§ 4º Serão realizados os seguintes testes: pes- férteis importados, conferidos pelo SEDESA/SFA, o
quisa sorológica e bacteriológica para Salmonella material genético avícola não contaminado po-
pullorum, S. gallinarum, S. typhimurium, S. ente- derá ser comercializado, após avaliação do DSA.
ritidis, Mycoplasma synoviae, M. gallisepticum, M. § 3º No caso de resultado positivo em aves de
meleagridis (perus) e pesquisa sorológica e viroló- um dia, para doença de Newcastle ou influenza
gica para vírus da doença de Newcastle e vírus da aviária, salmonelas e micoplasmas, todas as aves
influenza aviária. importadas e quaisquer outras aves presentes
§ 5º Testes adicionais poderão ser requeridos no mesmo estabelecimento quarentenário serão
pelo DSA, a qualquer tempo, na eventualidade destruídas e terão sua destinação determinada
de alteração da situação epidemiológica e sanitá- pelo DSA, visando à eliminação de risco sanitário
ria do país exportador. ao plantel avícola nacional. O DSA determinará a
371
Art. 12. Durante o período de quarentena, no realização de um procedimento de investigação
caso de suspeita de ocorrência de doença de con- epidemiológica para averiguar os eventuais ris-
trole oficial no lote de material genético importa- cos ao plantel avícola nacional.
do, o SEDESA / SFA da Unidade de Federação onde Art. 14. Os ovos incubáveis deverão ser identi-
se localiza o estabelecimento importador prorroga- ficados, incubados e eclodidos em máquinas exclu-
rá o período de quarentena da propriedade, até o sivas. O nascimento deverá ocorrer em dia exclu-
resultado conclusivo do exame laboratorial. sivo dos demais lotes, devendo ser informado ao
O importador deverá comunicar ao serviço SEDESA da SFA da Unidade da Federação onde se
oficial a identificação de sinais clínicos de doença localiza o incubatório e ao estabelecimento avícola
de controle oficial. de destino as datas de nascimento e de transferên-
Art. 13. Os resultados dos testes deverão ser cia, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.
emitidos em formulário próprio e comunicados Art. 15. A liberação das aves nascidas em
seguindo o fluxograma determinado: Território Nacional, produto de ovos incubáveis
I - resultado negativo: o LANAGRO deverá en- importados, estará condicionada aos resultados
viar comunicação oficial imediata à CSA / DSA e ao negativos dos testes laboratoriais realizados pela
SEDESA / SFA da Unidade de Federação onde se loca- coleta oficial.
liza o estabelecimento avícola importador. O SEDESA Art. 16. No dia do nascimento dos pintos
determinará o fim do período de quarentena; ou provenientes dos ovos importados, será realizada
colheita oficial de material para análise das do- Art. 21. A importação de material genético
enças discriminadas no PNSA. destinado à reposição do plantel avícola nacional
§ 1º A amostragem destes testes utilizará o poderá ocorrer na forma de aves de um dia, des-
mesmo procedimento das aves nascidas de ovos de que obedecidos os requisitos zoossanitários
férteis produzidas em Território Nacional. Estes específicos constantes do Anexo III e das seguin-
testes poderão ser realizados em laboratórios tes exigências adicionais:
aprovados pela Coordenação-Geral de Apoio La- I - para dar início ao processo de importa-
boratorial - CGAL para esta finalidade, e esta Co- ção de aves de um dia, será emitido um parecer
ordenação-Geral contemplará exames realizados sobre a solicitação do importador, conforme esta-
em ovos bicados, mecônio, traquéia e suabe de belecido na Instrução
arrasto na sala de nascimento dos pintinhos. Normativa Ministerial nº 01, de 14 de janeiro
§ 2º Além dos testes descritos no § 1º deste de 2004, na Portaria Ministerial nº 548, de 25 de
artigo, serão realizados testes para pesquisa soro- agosto de 1995, e na Instrução Normativa Minis-
lógica e virológica para busca de vírus de doença terial nº 6, de 2 de junho de 2003, justificando a
de Newcastle e influenza aviária em amostras de iniciativa e necessidade zootécnica, e essa docu-
ovos bicados, mecônio, traquéia coletados de 30 mentação será apresentada à SFA, sendo que o
aves. Os testes serão realizados em laboratório DSA avaliará o risco sanitário para dar continui-
aprovado pela CGAL para esta finalidade. dade ao processo de importação;
Art. 17. As aves de um dia importadas de- II - os porões dos aviões que fizerem o
verão ser destinadas exclusivamente para a pro- transporte internacional da carga deverão ser
priedade de destino. A liberação para trânsito desinfetados, com utilização de produtos reco-
dessas aves ocorrerá após conclusão dos testes de mendados pela OIE com ação para vírus de in-
quarentena com resultados negativos. fluenza aviária de alta patogenicidade e doença
Art. 18. Durante o período de quarentena, de Newcastle; e
o DSA poderá requerer outras colheitas de mate- III - caso as aves importadas sejam originárias
riais e exames complementares. de diferentes lotes de origem, todos os lotes que
Art. 19. As caixas utilizadas para acondicio- compuserem a carga serão submetidos ao mesmo
namento e transporte do material genético a ser procedimento sanitário caso seja identificado al-
importado pelo Brasil deverão ser desinfetadas e gum problema sanitário no lote importado.
de primeiro uso. Art. 22. Se, no momento da fiscalização ofi-
372
Art. 20. O interior e exterior do contêiner cial, no ponto de ingresso no país, for identifica-
utilizado no transporte do material genético até do o não cumprimento desta Instrução Normati-
o local de embarque no país de origem da carga va, serão adotadas medidas de seqüestro do lote
e na recepção da carga no aeroporto deve estar importado, para estabelecimento quarentenário
limpo, desinfetado e oferecer condições de bios- designado pelo DSA, ficando o lote sob custódia
seguridade. e monitoramento sanitário pelo SEDESA / SFA da
Parágrafo único. Entende-se como bios- Unidade da Federação onde se localiza o estabe-
seguridade no transporte a adoção de veículo lecimento quarentenário.
fechado, climatizado, higienizado e lacrado no Dependendo do risco sanitário, poderá ain-
estabelecimento de origem, pelo serviço oficial da ser determinada a destruição de todo o lote
ou por veterinário habilitado pelo serviço oficial, importado no ponto de ingresso.
sendo que o lacre deverá ser conferido pelo servi- Parágrafo único. O ônus de manutenção e sa-
ço veterinário oficial no local de embarque. crifício do lote correrão por conta do importador.
ANEXO II

DOS REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA IMPORTAÇÃO DE OVOS INCUBÁVEIS DE GALINHAS,


GALINHAS D’ANGOLA, PERUS, CODORNAS, PATOS, GANSOS, MARRECOS, FAISÕES E PERDIZES

Art. 1º Os ovos incubáveis deverão estar um plantel declarado oficialmente livre de Salmo-
acompanhados do Certificado Zoosanitário In- nella pullorum, Salmonella gallinarum, Salmonella
ternacional, emitido por médico veterinário do enteritidis, Salmonella typhimurium, Mycoplasma
serviço veterinário oficial do país de procedência, synoviae e Mycoplasma gallisepticum, de acordo
contendo as seguintes informações: com um programa sob supervisão do serviço vete-
I - identificação: o quantitativo dos ovos in- rinário oficial do país de origem, com equivalência
cubáveis, espécie, linhagem e a data da colheita; às normas de PNSA e que funciona de acordo com
II - procedência: o nome e endereço do esta- os padrões descritos nos Procedimentos de Higiene
belecimento de origem e do exportador; e Segurança Sanitária definidos pela Organização
III - destino: o nome e endereço do esta- Mundial de Sanidade Animal;
belecimento incubatório, granja de destino e IX - que os ovos incubáveis procedam de
importador; plantéis que não foram vacinados com vacinas
IV - que os ovos incubáveis procedam do es- contendo vírus vivo modificado, nos 60 (sessenta)
tabelecimento indicado no inciso II deste artigo, dias anteriores à colheita dos ovos exportados;
onde suas progenitoras são nascidas, criadas e re- X - que os ovos incubáveis procedam de
gularmente inspecionadas em estabelecimento plantéis que nunca foram vacinados contra in-
monitorado e fiscalizado por médico veterinário fluenza aviária;
do serviço oficial do país de procedência; XI - que os ovos incubáveis não foram vaci-
V - que os ovos incubáveis procedam de um nados contra qualquer agente infeccioso, assim
país ou zona livre de doença de Newcastle e de in- como não sofreram administração de antibióti-
fluenza aviária notificável de acordo com os critérios cos ou quimioterápicos;
da Organização Mundial de Saúde Animal - OIE; XII - que o plantel que deu origem aos
VI - que os ovos incubáveis originem-se de ovos incubáveis exportados para o Brasil te-
progenitoras de plantel, onde não foi detectado nha sido monitorado para influenza aviária,
nenhum caso clínico de doença de Marek, laringo- por meio de teste de ELISA (galinhas e perus) 373
traqueíte infecciosa das aves, bronquite infecciosa ou Imunodifusão em Gel de Agar (AGID), em
das aves, doença infecciosa da bursa (doença de uma amostra, de pelo menos 30 (trinta) aves,
Gumboro), cólera aviária, coriza infecciosa aviá- colhida por médico veterinário oficial ou ha-
ria, psitacose (clamidiose aviária), bouba aviária, bilitado pelo serviço veterinário oficial do país
encefalomielite aviária, reovirose, leucose aviária, de origem nos 30 (trinta) dias anteriores ao
reticuloendoteliose, hepatite por corpúsculo de embarque, realizados em laboratório oficial,
inclusão, anemia infecciosa das aves e febre do apresentando todos os resultados negativos, e
Nilo Ocidental, durante os 30 (trinta) dias que an- que o estabelecimento encontrava-se livre de
tecederam a colheita dos ovos incubáveis; qualquer evidência desta doença no momento
VII - que o plantel de origem dos ovos in- da colheita das amostras, citando:
cubáveis tenha recebido inspeção sanitária por a) o número da partida do antígeno;
médico veterinário do serviço oficial do país de b) a data da fabricação e validade;
procedência ou por médico veterinário habili- c) o laboratório e data da realização dos tes-
tado pelo serviço oficial, no período de 30 (trin- tes (início e fim do teste de IDGA); e
ta) dias anteriores ao embarque e encontrava- d) a identificação do kit no caso de teste
se livre de qualquer sinal clínico de doenças de ELISA;
avícolas transmissíveis; XIII - que os ovos incubáveis tenham sido
VIII - que os ovos incubáveis originem-se de desinfetados no estabelecimento de origem, com
uso de princípio ativo que resulte na inativação identificação do plantel de origem;
de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e XVII - que os ovos incubáveis foram transpor-
hidrofílicos, parasitos e micobactérias, citando: tados diretamente do estabelecimento de origem
a) o princípio ativo; ao local de embarque, sem passar por zonas sob
b) o nome comercial; e quarentena sanitária, em veículo previamente
c) a concentração do desinfetante utilizado; desinfetado, com desinfetante ativo para os vírus
XIV - que os ovos incubáveis tenham sido da doença de Newcastle e da influenza aviária,
acondicionados em embalagens novas e desin- sem manter nenhum tipo de contato com outras
fetadas; aves ou produtos de origem animal;
XV - que o veículo transportador dos ovos in- XVIII - carimbo oficial;
cubáveis foi fechado e lacrado no estabelecimen- XIX - local e data de emissão do certificado;
to de origem pelo médico veterinário oficial ou XX - nome e assinatura do veterinário oficial.
habilitado pelo serviço oficial, e conferido pelo Art. 2º Outras informações poderão ser re-
serviço oficial no embarque; queridas pelo DSA, caso haja alteração da situação
XVI - que os ovos e as caixas contenham a epidemiológica e sanitária do país exportador.

ANEXO III

DOS REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA IMPORTAÇÃO DE AVES DE UM DIA DE GALINHAS,


GALINHAS D’ANGOLA, PERUS, CODORNAS, PATOS, GANSOS, MARRECOS, FAISÕES E PERDIZES

Art. 1º As aves de um dia deverão estar do nenhum caso clínico de doença de Marek,
acompanhadas do Certificado Zoossanitário In- laringotraqueíte infecciosa das aves, bronquite
ternacional, emitido por médico veterinário do infecciosa das aves, doença infecciosa da bursa
serviço veterinário oficial do país de procedência, (doença de Gumboro), cólera aviária, coriza in-
contendo as seguintes informações: fecciosa aviária, psitacose (clamidiose aviária),
I - identificação: o quantitativo de aves de bouba aviária, encefalomielite aviária, reoviro-
um dia, espécie, linhagem e a data da eclosão; se, leucose aviária, reticuloendoteliose, hepati-
II - procedência: o nome e endereço do es- te por corpúsculo de inclusão, anemia infeccio-
374
tabelecimento de origem, do incubatório e do sa das aves e febre do Nilo Ocidental, durante
exportador; os 30 (trinta) dias que antecederam a colheita
III - destino: o nome e endereço do estabe- dos ovos incubáveis;
lecimento quarentenário de destino e do impor- VII - que o plantel de origem recebeu ins-
tador; peção sanitária por médico veterinário do ser-
IV - que as aves de um dia procedam de es- viço oficial do país de procedência ou por mé-
tabelecimento indicado no inciso II deste artigo, dico veterinário habilitado pelo serviço oficial,
onde as progenitoras doadoras do material ge- no período de 30 (trinta) dias anteriores ao
nético são nascidas, criadas e regularmente ins- embarque e encontrava-se livre de qualquer
pecionadas em estabelecimentos monitorados sinal clínico de doenças transmissíveis;
e fiscalizados por médico veterinário do serviço VIII - que as aves de um dia originem-se de
oficial do país de procedência; progenitoras de plantel declarado oficialmente
V - que as aves de um dia procedam de um país livre de Salmonella pullorum, Salmonella galli-
ou zona livre de doença de Newcastle e de influenza narum, Salmonella enteritidis, Salmonella typhi-
aviária notificável de acordo com os critérios da Or- murium, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma
ganização Mundial de Saúde Animal - OIE; gallisepticum, de acordo com um programa sob
VI - que as aves de um dia originam-se de supervisão do serviço veterinário oficial do país
progenitoras de plantel, onde não foi detecta- de origem e com equivalência às normas do
PNSA e procedam de granja em funcionamento, c) o laboratório e data de realização dos tes-
de acordo com as normas recomendadas pela Or- tes (início e fim do teste de IDGA); e
ganização Mundial de Saúde Animal (OIE); d) a identificação do kit no caso de teste
IX - que as aves de um dia procedam de in- de ELISA;
cubatórios que recebem ovos férteis de plantéis XIII - que as aves de um dia foram acondicio-
que não utilizaram vacinas contendo vírus vivo nadas em embalagens novas e desinfetadas;
modificado, nos 60 (sessenta) dias anteriores à XIV - que o veículo transportador das aves de
colheita dos ovos; um dia foi fechado e lacrado no estabelecimen-
X - que, no incubatório de origem, os ovos e to de origem pelo médico veterinário oficial ou
as aves de um dia não tenham recebido tratamen- habilitado pelo serviço oficial, e conferido pelo
to quimioterápico no incubatório para qualquer serviço oficial no embarque;
agente infeccioso, assim como não sofreram ad- XV - que as caixas contêm a identificação do
ministração de antibióticos ou quimioterápicos; plantel de origem;
XI - que as aves de um dia não tenham sido XVI - que as aves de um dia foram transpor-
vacinadas contra influenza aviária e procedam tadas diretamente do incubatório de origem ao
de plantéis cujas aves não tenham sido vacinadas aeroporto de embarque, sem passar por zonas
contra essa enfermidade; sob quarentena sanitária, em veículo com filtra-
XII - que o plantel que deu origem às aves gem de entrada de ar, previamente desinfectado,
de um dia exportadas para o Brasil foi monito- com princípio ativo com ação nos vírus da doen-
rado para influenza aviária, por meio de teste ça de Newcastle e da influenza aviária, sem man-
de ELISA (galinhas e perus) ou Imunodifusão ter nenhum tipo de contato com outras aves ou
em Gel de Agar (AGID), em uma amostra de produtos de origem animal;
pelo menos 30 (trinta) aves, colhida por mé- XVII - que os porões dos aviões de transporte
dico veterinário oficial ou habilitado pelo ser- da carga carregados com aves de um dia foram
viço veterinário oficial do país de origem nos desinfetados, com utilização de produtos reco-
30 (trinta) dias anteriores ao embarque, rea- mendados pela OIE e FAO com ação para o vírus
lizados em laboratório oficial, apresentando da influenza aviária de alta patogenicidade;
todos os resultados negativos, e que o estabe- XVIII - carimbo oficial;
lecimento encontrava-se livre de qualquer evi- XIX - local e data de emissão do certificado;
dência desta doença no momento da colheita XX - nome e assinatura do veterinário oficial.
375
das amostras, citando: Art. 2º Outras informações poderão ser re-
a) o número da partida do antígeno; queridas pelo DSA, caso haja alteração da situação
b) a data da fabricação e validade; epidemiológica e sanitária do país exportador.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40, DE 4 DE SETEMBRO DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 05/09/2007, Seção 1, Página 3

Estabelece os Requisitos Sanitários para a Importação de Sêmen Bovino e Bubalino


Oriundo de Países Extramercosul.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICUL- aprovado pelo Decreto nº 24.548, de 3 de ju-


TURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso lho de 1934, e o que consta do Processo nº
das atribuições que lhe confere o art. 2º, do 21000.006025/2003-48, resolve:
Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, Art. 1º Estabelecer os REQUISITOS SANITÁ-
tendo em vista o disposto no Regulamen- RIOS PARA A IMPORTAÇÃO DE SÊMEN BOVINO E
to do Serviço de Defesa Sanitária Animal, BUBALINO ORIUNDO DE PAÍSES EXTRAMERCOSUL,
na forma dos Anexos desta Instrução Normativa. quilo que não conflitarem.
Art. 2º Sem prejuízo do disposto nesta Ins- Parágrafo único. Novos acordos sanitários
trução Normativa, e a critério do Ministério da poderão ser firmados, desde que não contrariem
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o disposto na presente Instrução Normativa.
permanecerão vigentes os acordos sanitários Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em
bilaterais já estabelecidos acerca da matéria, na- vigor na data de sua publicação.

REINHOLD STEPHANES

ANEXO I

REQUISITOS SANITÁRIOS PARA A IMPORTAÇÃO DE SÊMEN BOVINO


E BUBALINO ORIUNDO DE PAÍSES EXTRAMERCOSUL

CAPÍTULO I Art. 5º A condição de um país livre de uma


determinada doença dispensa a realização dos
DISPOSIÇÕES GERAIS testes e vacinações para a referida doença.
§ 1º Para realizar a certificação de país livre,
Art. 1º O Brasil somente importará sêmen o país exportador deverá apresentar um trabalho
coletado em Centro de Coleta e Processamento consistente seguindo as recomendações do Códi-
de Sêmen (CCPS), registrado e aprovado pelo Ser- go Sanitário para os Animais Terrestres da OIE.
viço Veterinário Oficial do país exportador. § 2º A declaração de país livre de doença de-
Parágrafo único. Para aprovar o CCPS, o verá ser incluída no documento de certificação, em
Serviço Veterinário Oficial do país exportador substituição à realização de teste e vacinações.
considerará as “CONDIÇÕES APLICÁVEIS AOS Art. 6º No momento da constituição do
CENTROS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL”, bem processo de importação na Superintendência
como as “CONDIÇÕES APLICÁVEIS AOS LABO- Federal de Agricultura, o interessado deverá
RATÓRIOS DE SÊMEN”, descritas no apêndice apresentar cópia do teste de tipagem de DNA ou
376 referente ao “SÊMEN BOVINO” do Código Sani- tipagem sanguínea do doador.
tário para os Animais Terrestres da Organização
Mundial de Saúde Animal - OIE. CAPÍTULO II
“Art. 2º Todo sêmen a ser importado pelo
Brasil deverá estar acompanhado de Certificado CONDIÇÕES SANITÁRIAS
Sanitário Internacional, emitido na língua oficial DO PAÍS EXPORTADOR
do país exportador e em português, assinado ou
endossado por veterinário do Serviço Veterinário Art. 7º O país exportador deverá estar livre
Oficial do país exportador, atendendo às exigên- de febre aftosa, com ou sem vacinação, peste
cias sanitárias do Ministério da Agricultura, Pecu- bovina, pleuropneumonia contagiosa bovina
ária e Abastecimento (MAPA)”. (NR) (mycoplasma mycoides mycoides - colônias pe-
“Art. 3º O modelo de Certificado Sanitário quenas) e dermatose nodular contagiosa bovina,
Internacional a ser utilizado para as exportações de acordo com as recomendações do Código Sa-
de sêmen bovino e bubalino de países extra Mer- nitário para os Animais Terrestres da OIE.
cosul para o Brasil deverá ser submetido à apro- Parágrafo único. No caso de zonificação para
vação prévia pelo MAPA”. (NR) as doenças especificadas no caput deste artigo, o
Art. 4º Toda importação de sêmen deverá Serviço Oficial do país exportador certificará que o
ser previamente autorizada pelo MAPA. sêmen foi coletado e processado em um CCPS locali-
zado em uma zona livre conforme o estabelecido no no rebanho residente:
Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE. a) BRUCELOSE: teste de AAT ou teste de Fixa-
ção de Complemento;
CAPÍTULO III b) TUBERCULOSE: tuberculinização intradér-
mica cervical ou escapular com tuberculina PPD
DOADORES DE SÊMEN bovino, teste comparativo com PPD bovino e avi-
ário ou teste na prega ano-caudal com tubercu-
Art. 8º Os doadores de sêmen deverão ser lina forte;
nascidos e criados no país exportador ou ter per- c) CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA
manecido naquele por um período mínimo de (Campylobacter fetus subsp. venerealis): em ani-
60 (sessenta) dias antes da colheita do sêmen. mais com idade superior a 6 (seis) meses são rea-
Art. 9º Os doadores não devem apresentar lizados 3 (três) testes de cultivo de material prepu-
nenhuma evidência clínica de doença transmis- cial, coletado com intervalos mínimos de 7 (sete)
sível pelo sêmen nos 30 (trinta) dias anteriores dias, e em animais com idade inferior a 6 (seis)
à colheita, no dia da colheita, bem como nos 30 meses ou que foram mantidos até essa idade em
(trinta) dias subseqüentes à colheita. um grupo do mesmo sexo, é realizado somente
um teste; ou um teste de imunofluorescência;
CAPÍTULO IV d) TRICOMONOSE (Trichomonas fetus): em ani-
mais com idade superior a 6 (seis) meses são reali-
TESTES DE DIAGNÓSTICO zados 3 (três) testes de cultivo de material prepucial,
coletado com intervalos mínimos de 7 (sete) dias, e
Art. 10. A colheita de material para reali- em animais com idade inferior a 6 (seis) meses ou
zação dos exames laboratoriais requeridos pelo que foram mantidos até essa idade em um grupo
MAPA deverá ser supervisionada por Veterinário do mesmo sexo, é realizado somente um teste;
Oficial ou credenciado pelo Serviço Veterinário e) DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD): teste ne-
Oficial do país exportador. gativo de isolamento e identificação do agente
Art. 11. Os testes de diagnóstico requeridos por imunofluorescência ou imunoperoxidase em
pelo MAPA deverão ser realizados em laboratório amostra de sangue total, ou teste de ELISA para
oficial ou em laboratório aprovado pelo Serviço detecção de antígeno ou teste de PCR na pré-qua-
Veterinário Oficial do país exportador. rentena ou na quarentena.
377
Art. 12. O sêmen deverá ser coletado em Parágrafo único. Durante a permanência
um CCPS que cumpra as “CONDIÇÕES APLICÁVEIS no rebanho residente do centro, devem ser re-
PARA A REALIZAÇÃO DE TESTES DE TOUROS E DE alizados os seguintes testes a cada doze meses,
ANIMAIS UTILIZADOS COMO MANEQUIM”, confor- conforme especificado abaixo, com resultados
me estabelecido no Código Sanitário para os Ani- negativos:
mais Terrestres da OIE, ou em um CCPS que adote I - BRUCELOSE: teste de AAT ou teste de Fixa-
a sistemática de testar os animais que ingressam ção de Complemento;
no centro e no rebanho residente, com resulta- II - TUBERCULOSE: tuberculinização intra-
dos negativos, conforme especificado a seguir: dérmica cervical ou escapular com tuberculina
I - durante a pré-quarentena no rebanho de PPD bovino, teste comparativo com PPD bovino
origem dos animais: e aviário ou teste na prega ano-caudal com tu-
a) BRUCELOSE: teste de AAT ou teste de Fixa- berculina forte;
ção de Complemento; III - CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVI-
b) TUBERCULOSE: tuberculinização intradérmi- NA (Campylobacter fetus subsp. venerealis): um
ca cervical ou escapular com tuberculina PPD bovi- teste de cultivo de material prepucial ou imu-
no, teste comparativo com PPD bovino e aviário ou nofluorescência;
teste na prega ano-caudal com tuberculina forte. IV - TRICOMONOSE: um teste de cultivo de
II - durante a quarentena antes de ingressar material prepucial;
V – DIARRÉIA VIRAL BOVINA: teste negativo às “CONDIÇÕES APLICADAS PARA A COLETA DE
de isolamento e identificação do agente por imu- SÊMEN” e processado em local que atenda às
nofluorescência ou imunoperoxidase em amostra “CONDIÇÕES APLICADAS PARA O MANUSEIO E
de sangue total, ou teste de ELISA para detecção PROCESSAMENTO DE AMOSTRAS DE SÊMEN NO
de antígeno ou teste de PCR. LABORATÓRIO”, descritas no Código Sanitário
para os Animais Terrestres da OIE.
CAPÍTULO V Art. 15. O sêmen deverá ser acondicionado
em palhetas identificadas individualmente, de
TESTES DE DIAGNÓSTICO acordo com as recomendações do Código Sanitá-
COMPLEMENTARES rio para os Animais Terrestres da OIE, e armazena-
do por um período mínimo de 30 (trinta) dias an-
“Art. 13. Quando o sêmen destinar-se à tes da importação para o Brasil, sob os cuidados
importação pelo Brasil, um dos seguintes proce- do Veterinário Oficial responsável pelo CCPS.
dimentos deverá ser realizado para as doenças
relacionadas abaixo: CAPÍTULO VII
I - RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR):
submeter uma amostra de soro sanguíneo de cada ADIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
doador do sêmen ao teste de vírus neutralização AO SÊMEN
ou ao teste de ELISA, no mínimo 21 (vinte e um)
dias após a última coleta do sêmen; ou submeter Art. 16. Para cada mililitro do sêmen conge-
uma alíquota de sêmen congelado de cada partida lado, uma das seguintes misturas de antibióticos
destinada à exportação à prova de isolamento viral deverá ser incluída:
ou à prova de PCR, com resultado negativo; e I - gentamicina (250 Tg), tilosina (50 Tg), lin-
II - LÍNGUA AZUL: submeter uma amostra de comicina-espectinomicina (150/300 Tg); ou
soro sanguíneo de cada doador do sêmen ao teste II - penicilina (500 UI), estreptomicina (500
de imunodifusão em gel de agar, ou ao teste de UI), lincomicina- espectinomicina (150/300Tg).
ELISA com resultados negativos no dia da primeira Parágrafo único. Novas combinações de an-
coleta do sêmen, e novamente entre 30 (trinta) e tibióticos poderão ser utilizadas, uma vez com-
60 (sessenta) dias após a última coleta do sêmen; provada sua eficácia, e mediante autorização
ou submeter uma amostra de sangue total de cada prévia do Ministério da Agricultura, Pecuária e
378
doador do sêmen, coletada a cada 28 dias, ao teste Abastecimento.
de PCR; ou submeter uma alíquota de sêmen con-
gelado de cada partida destinada à exportação à CAPÍTULO VIII
prova de PCR, com resultado negativo”.(NR)
TRANSPORTE
CAPÍTULO VI
Art. 17. Antes do embarque, o contêiner
COLETA, PROCESSAMENTO com o sêmen identificado na forma desta Ins-
E ARMAZENAMENTO DO SÊMEN trução Normativa deverá ser lacrado com selo
oficial por Veterinário Oficial do país exporta-
Art. 14. O sêmen deverá ser coletado em dor, e o número do lacre deverá ser incluído no
local que atenda às recomendações referentes certificado sanitário.
ANEXO II

“INFORMAÇÕES MÍNIMAS QUE DEVERÃO CONSTAR NOS CERTIFICADOS SANITÁRIOS


INTERNACIONAIS PARA A EXPORTAÇÃO DE SÊMEN BOVINO E BUBALINO DE PAÍSES
EXTRAMERCOSUL PARA O BRASIL”. (NR)

I - IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA:
Mercadoria:
Número da autorização de importação:
Nome do país exportador:
II - INFORMAÇÕES DO SÊMEN DE CADA DOADOR:
Datas da colheita:
Identificação da palheta:
Número de palhetas:
III - INFORMAÇÕES REFERENTES A CADA DOADOR:
Número de Registro:
Raça:
IV - ORIGEM:
Nome e endereço do exportador:
Nome e endereço do Centro de Coleta e Processamento do sêmen (CCPS):



V - DESTINO:
Nome e endereço do importador:
VI - Além do exposto nos incisos I a V deste anexo, deverão constar as informações
sanitárias dispostas nos arts. 7º ao 17 do Anexo I da presente norma.”(NR)

379

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 18, DE 18 DE JULHO DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 20/07/2006, Seção 1, Página 12

Aprova o modelo da Guia de Trânsito Animal (GTA) a ser utilizado em todo


o território nacional para o trânsito de animais vivos, ovos férteis e outros
materiais de multiplicação animal.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, Art. 1º. Aprovar o modelo da Guia de Trânsito


PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribui- Animal (GTA) a ser utilizado em todo o território na-
ções que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, cional para o trânsito de animais vivos, ovos férteis
inciso II, da Constituição, combinado com o art. e outros materiais de multiplicação animal confor-
2º do Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, me legislação vigente, na forma do Anexo I.
e tendo em vista o que consta do Processo nº § 1º. A GTA deverá ser impressa obedecendo-
21000.009775/2005-33, resolve: se às seguintes especificações técnicas:
I - papel tipo A4, tamanho 21,0 cm X 29,7 cm definidas pelo serviço veterinário oficial e pelos
(área de corte), gramatura 75-90g ou 53-55g; órgãos de saúde pública, com destaque para a
II - texto e traçado na cor preta, retícula 10% comprovação de imunização anti-rábica.
cinza, tendo como fundo o símbolo da defesa sa- Art. 4º. A GTA expedida por servidores do ór-
nitária animal; gão oficial de defesa sanitária animal das Unida-
III - empregando-se itens de segurança na des Federativas será aceita independentemente
primeira via, a saber: fundo de segurança anti- de habilitação prévia pelo MAPA.
cópia, fundo numismático, bordas com o texto Parágrafo único. O órgão executor de defesa
“Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci- sanitária animal nas Unidades Federativas deverá
mento” em microletras e tinta invisível reagen- manter cadastro dos servidores responsáveis pela
te a luz ultravioleta com as Armas Nacionais de emissão das GTAs, incluindo banco de assinaturas,
acordo com o Anexo II, facultando-se a adoção e fornecer à Superintendência Federal de Agricul-
dos referidos itens nas demais vias; e tura, Pecuária e Abastecimento (SFA) da respecti-
IV - número de controle gráfico do formulá- va Unidade Federativa uma lista dos responsáveis
rio com seqüência única por Unidade Federativa. pela expedição de GTA, indicando nome comple-
§ 2º. A impressão das GTAs nas Unidades to, espécies para as quais são autorizados a expe-
Federativas somente poderá ocorrer mediante o dir o documento e municípios de atuação.
fornecimento e o controle, pela Superintendência Art. 5º. A GTA expedida por Fiscais Federais
Federal de Agricultura - SFA/MAPA corresponden- Agropecuários deverá conter a sigla BR, número
te, da numeração das guias a serem produzidas. de seis dígitos e letra de série.
§ 3º Será permitida a expedição da GTA em- Art. 6º. A GTA expedida por órgão executor
pregando-se código de barras conforme os proce- de defesa sanitária animal deverá conter o símbo-
dimentos e padrões estabelecidos pela Secretaria lo do órgão executor de defesa sanitária animal,
de Defesa Agropecuária - SDA/MAPA. identificação da Unidade Federativa com duas
Art. 2º. A GTA deverá ser expedida com base letras, número de seis dígitos e letra de série.
nos registros sobre o estabelecimento de procedên- Art. 7º. Em todas as vias da GTA, deverá cons-
cia dos animais e no cumprimento das exigências de tar a identificação e a assinatura do emitente e a
ordem sanitária estabelecidas para cada espécie. identificação da unidade expedidora, segundo
Parágrafo único. Os responsáveis pela ex- modelos e orientações presentes no Anexo III.
pedição da GTA deverão receber treinamento e Art. 8º. Somente o documento de trânsito
380
orientações dos Serviços Veterinários Oficiais de animal aprovado por esta Instrução Normativa
acordo com a legislação vigente. terá validade em todo o território nacional.
Art. 3º. O trânsito de cães e gatos fica dis- Art. 9º. O modelo de GTA aprovado pela
pensado da exigência da GTA; para esse trânsito, Portaria nº 22, de 13 de janeiro de 1995, perderá
os animais deverão estar acompanhados de ates- validade 6 (seis) meses após a data de publicação
tado sanitário emitido por médico veterinário desta Instrução Normativa.
devidamente registrado no Conselho Regional de Art. 10. Esta Instrução Normativa entra em
Medicina Veterinária da Unidade Federativa de vigor na data de sua publicação.
origem dos animais, comprovando a saúde dos Art. 11. Revogado pela Instrução Normativa
mesmos e o atendimento às medidas sanitárias nº 39 de 24/11/2006.

LUÍS CARLOS GUEDES PINTO


ANEXO I

381
ANEXO II

ANEXO III
382
MODELOS DE IDENTIFICAÇÃO A SEREM UTILIZADOS NAS GUIAS DE TRÂNSITO ANIMAL

1. A identificação dos responsáveis pela ex- row tamanho 11; Número de registro no CRMV:
pedição da GTA obedecerá às seguintes caracte- fonte tipo Arial Narrow tamanho 11.
rísticas, segundo condição do emitente, devendo
os dados ser apostos nos documentos com 6 cen-
tímetros de largura e 2,5 centímetros de altura, Nome Completo
empregando-se a cor preta quando se utilizar o Médico Veterinário
preenchimento por sistema informatizado ou a Nº da Carteira de Identificação Fiscal
cor azul quando for utilizado o carimbo: Nº CRMV
1.1. Identificação do Fiscal Federal Agro-
pecuário:
Nome do Fiscal Federal Agropecuário: fonte 1.2. Identificação do Médico Veterinário do
tipo Arial Narrow tamanho 12, em negrito; For- Órgão executor de Defesa Sanitária Animal nas
mação profissional: Médico Veterinário: fonte Unidades Federativas:
tipo Arial Narrow tamanho 11; Número da Car- Nome do Médico Veterinário: fonte tipo
teira de Identificação Fiscal: fonte tipo Arial Nar- Arial Narrow tamanho 12, em negrito; Formação
profissional: Médico Veterinário: fonte tipo Arial Nome do Funcionário Autorizado: fonte
Narrow tamanho 11; Número de controle junto tipo Arial Narrow tamanho 12, em negrito;
ao órgão oficial de defesa sanitária animal: fonte Número de controle junto ao órgão oficial
tipo Arial Narrow tamanho 11; de defesa sanitária animal: fonte tipo Arial
Número de registro no CRMV: fonte tipo Arial Narrow tamanho 11; Função no escritório de
Narrow tamanho 11. atendimento à comunidade: fonte tipo Arial
Narrow tamanho 11.

Nome Completo
Médico Veterinário Nome Completo
Nº do Controle Nº do Controle
Nº CRMV Função

1.3. Identificação do Médico Veterinário Ha-


bilitado: 2. Os dados de identificação de indicação da
Nome do Médico Veterinário: fonte tipo unidade expedidora da GTA obedecerão às se-
Arial Narrow tamanho 12, em negrito; Formação guintes características:
profissional: Médico Veterinário: fonte tipo Arial Nome da Unidade Expedidora: fonte tipo
Narrow tamanho 11; Número do ato legal de Arial Narrow tamanho 12, em negrito;
habilitação junto ao órgão oficial de defesa sa- Município: fonte tipo Arial Narrow tama-
nitária animal: fonte tipo Arial Narrow tamanho nho 11;
11; Número de registro no CRMV: fonte tipo Arial Número de Telefone: fonte tipo Arial Narrow
Narrow tamanho 11. tamanho 11;
Endereço Eletrônico (quando houver): fonte
tipo Arial Narrow tamanho 11;
Nome Completo Empregar cor azul no caso de impressão ma-
nual e cor preta no caso de impressão eletrônica.
Médico Veterinário
Nº do Controle 383
Nº CRMV
Nome da Unidade Expedidora
Município
1.4. Identificação de outros funcionários Nº do Telefone
autorizados dos órgãos executores de defesa sa- Endereço Eletrônico
nitária animal:
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 8, DE 10 DE MARÇO DE 2006
Publicada no Diário Oficial da União de 15/03/2006, Seção 1, Página 26

Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os Requisitos Zoossanitários para Intercâm-


bio entre os Estados Partes de Sêmen Bovino e Bubalino.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, nacional os Requisitos Zoossanitários para Inter-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA câmbio entre os Estados Partes de Sêmen Bovino
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que e Bubalino, que constam do anexo da presente
lhe confere o art. 42, do Anexo I, do Decreto Instrução Normativa, aprovados pela Resolução
nº 5.351, de 21 de janeiro de 2005, tendo em GMC - MERCOSUL Nº 16, de 2005.
vista o disposto no Protocolo de Ouro Preto e o Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
que consta do Processo nº 21000.006933/2005- vigor na data de sua publicação.
01, resolve: Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa
Art. 1º Incorporar ao ordenamento jurídico nº 18, de 10 de abril de 2003.

GABRIEL ALVES MACIEL

ANEXO I

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO ENTRE


OS ESTADOS PARTES DE SÊMEN BOVINO E BUBALINO

CAPÍTULO I Estado Parte será o responsável por endossar a


certificação zoossanitária dos reprodutores e da
DAS CONDIÇÕES GERAIS certificação da qualidade do sêmen em seus as-
pectos higiênico-sanitários, expedida pelo Veteri-
384 Art. 1º O Centro de Coleta e Processamen- nário responsável pelo CCPS, e certificar a situa-
to do Sêmen (CCPS) deverá estar habilitado pelo ção sanitária do Estado Parte de origem.
Serviço Veterinário Oficial do Estado Parte cor- Art. 5º O CCPS deverá dispor de um registro de
respondente, que lhe outorgará um número de atividades, que permanecerá à disposição do Servi-
registro e controlará, pelo menos a cada seis me- ço Veterinário Oficial do respectivo Estado Parte.
ses, o estado de saúde e o bem-estar dos animais, Parágrafo único. O referido registro deverá
assim como os métodos utilizados para a coleta conter, no mínimo, os seguintes dados:
do sêmen e os registros efetuados pelo CCPS. I - identificação dos animais residentes:
Parágrafo único. O período de habilitação nome, número de registro oficial ou outra iden-
terá validade de 1 (um) ano. tificação, data de nascimento e, quando existir, a
Art. 2º O Serviço Veterinário Oficial de cada tipificação sanguínea;
Estado Parte deverá comunicar aos Serviços Vete- II - data de ingresso dos animais no CCPS;
rinários Oficiais dos demais Estados Partes a rela- III - vacinações realizadas (data, finalidade,
ção dos CCPS habilitados, mantendo a informa- laboratório e partida);
ção atualizada frente a qualquer modificação. IV - provas de diagnóstico realizadas (resulta-
Art. 3º O CCPS deverá contar com um Veteri- dos, datas e nome do laboratório);
nário responsável por todas as atividades desen- V - data das coletas do sêmen;
volvidas e pelos registros realizados no mesmo. VI - número de doses preparadas;
Art. 4º O Serviço Veterinário Oficial de cada VII - eliminação do sêmen e suas causas;
VIII - data e motivo da baixa do touro; manente nos lugares onde seja necessário;
IX -número de doses de sêmen existentes por II - fonte de abastecimento de água potável
ocasião da baixa do touro; e fria e quente, que assegure o fornecimento ade-
X - observações. quado, em qualidade e quantidade, para o con-
Art. 6º Para os fins da presente Instrução sumo dos animais e também para a realização
Normativa, entende-se por: dos procedimentos de limpeza e desinfecção;
I - Centro de Coleta e Processamento de Sê- III - sistema de coleta e eliminação de ex-
men (CCPS): os estabelecimentos que possuem crementos e de águas residuais, que cumpra
animais doadores de sêmen, alojados em forma exigências próprias do Estado Parte onde o
permanente ou transitória e que executam os CCPS está localizado;
procedimentos de coleta, processamento e ar- IV - depósito de esterco e resíduos;
mazenamento do sêmen coletado; V - programa de controle de insetos e ro-
II - instalação para quarentena de ingresso edores;
dos animais: a área que tem por finalidade alojar VI - instalações construídas de material que
os animais até o momento que estes se tornem permita sua fácil limpeza e desinfecção, como pi-
aptos a fazer parte do rebanho residente; sos antideslizantes, nas áreas e onde se fizerem
III - instalações para alojamento do rebanho necessários;
residente: a área que tem por VII - setor para atividades administrativas,
finalidade assegurar a saúde e o bem-estar isolado do resto das áreas mencionadas.
dos animais enquanto residentes no CCPS; Art. 10. A quarentena de ingresso, a que se
IV - instalação para coleta do sêmen: a área refere o art. 7º, realizar-se-á em instalações que
onde se realizam os procedimentos de coleta do deverão estar providas de:
sêmen sob condições de higiene e segurança; I - unidades de alojamento que assegurem
V - laboratório: o local devidamente equipa- condições de isolamento e que não permitam o
do e dotado de pessoal técnico competente para contato direto entre os animais residentes e os
o processamento e o armazenamento do sêmen; que estejam cumprindo a quarentena;
VI - enfermaria: a área isolada, destinada ao II - instrumentos de contenção e sujeição de
alojamento e tratamento dos animais enfermos; animais para a realização dos exames e observa-
VII - vestiário: o local destinado à troca de ções clínicas pertinentes.
indumentárias para o ingresso nas diferentes Art. 11. As unidades para alojamento dos
385
instalações do CCPS; animais residentes, a que se refere o art. 10, de-
VIII - esterqueira: o local para depositar verão ser amplas e higiênicas e de fácil acesso ao
o esterco; setor destinado à coleta do sêmen.
IX - depósito de resíduos: o local para elimi- Art. 12. O setor de coleta de sêmen deverá
nar os resíduos do CCPS. possuir instrumentos de contenção e estar con-
Art. 7º Para ingressar no CCPS, todo animal venientemente protegido dos ri-gores de climas
deverá cumprir a quarentena de ingresso. extremos, como chuva, vento e poeira.
Art. 13. O laboratório deverá possuir três se-
CAPÍTULO II tores convenientemente separados entre si e do
resto das instalações, de maneira que assegure
DAS INSTALAÇÕES sua total independência operacional.
Parágrafo único. Os três setores mencio-
Art. 8º O CCPS deverá estar isolado por barrei- nados são:
ras que assegurem que os animais residentes não I - setor destinado à preparação, limpeza,
mantenham nenhum contato com outros animais, desinfecção e esterilização do material utilizado
pessoas e veículos, sem o respectivo controle. para a coleta e processamento do sêmen: esse se-
Art. 9º O CCPS deverá possuir: tor deverá possuir pisos e paredes impermeabili-
I - sistema de iluminação e ventilação per- zadas até uma altura mínima de 2 (dois) metros,
canaletas, pias profundas, bancadas e aberturas Art. 20. Toda pessoa que ingresse no CCPS
externas protegidas com malhas contra insetos; deverá cumprir as medidas de higiene e seguran-
II - setor destinado ao exame, preparação e ça pertinentes.
acondicionamento do material seminal: esse setor
deverá cumprir as condições de construção do setor CAPÍTULO IV
previsto no inciso I, possuir todo o material necessá-
rio para executar as tarefas específicas requeridas e DOS ESTADOS PARTES DE ORIGEM
estar separado da sala de coleta e comunicado com
a mesma somente através de uma janela; Art. 21. O Estado Parte exportador deverá es-
III - setor destinado à conservação, ao armaze- tar livre de Peste Bovina, Pleuropneumonia Con-
namento de recipientes e à expedição do material tagiosa Bovina, Dermatose Nodular Contagiosa e
seminal: esse setor deverá ter as mesmas caracterís- Febre do Vale do Rift, de acordo com o estabele-
ticas de construção dos demais setores do laborató- cido no Código Sanitário dos Animais Terrestres
rio e contar com um sistema de organização para as- da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
segurar a correta identificação do material seminal. Art. 22. O Estado Parte livre de febre aftosa,
Art. 14. A enfermaria deverá possuir mate- com ou sem vacinação, em todo o seu território
rial exclusivo e apropriado para todos os procedi- ou em uma região do mesmo, reconhecido pela
mentos que ali se realizem. OIE ou pelo Estado Parte importador, certificará
Art. 15. O vestiário deverá contar com servi- esta condição; o Estado Parte exportador, que
ços higiênicos, para banhos, vestimentas e calça- não esteja livre de Febre Aftosa, em todo seu
dos adequados e suficientes para as pessoas que território ou em uma região do mesmo, poderá
ingressarem no CCPS. acordar com o Estado Parte importador garantias
Art. 16. A esterqueira e o depósito de resí- adicionais compatíveis com as recomendações do
duos deverão estar localizados a uma distância Código Sanitário dos Animais Terrestres da OIE.
adequada do resto das instalações, para evitar
risco sanitário. CAPÍTULO V
Art. 17. O CCPS poderá ter uma área in-
dependente destinada à exibição dos reprodu- DOS ANIMAIS
tores, de modo que garanta a manutenção da
situação sanitária dos animais residentes no Art. 23. Só poderão ingressar no CCPS animais
386
mesmo e não será permitida a realização de nascidos e criados ininterruptamente no Estado
leilões dos animais no CCPS. Parte exportador; ou animais que tenham ingres-
sado no Estado Parte exportador cumprindo o es-
CAPÍTULO III tabelecido nas normas do MERCOSUL relativas aos
requisitos zoossanitários para o intercâmbio de bo-
DO PESSOAL vinos e bubalinos; neste caso, deverão ter perma-
necido no Estado Parte exportador por no mínimo
Art. 18. Todos os funcionários, ao ingressa- 60 (sessenta) dias antes da data da primeira coleta.
rem no CCPS, deverão observar obrigatoriamente Parágrafo único. Os animais importados de
as medidas de higiene e segurança pertinentes terceiros Estados deverão ter permanecido no
(duchas, troca de roupa e calçados etc), bem mínimo 60 (sessenta) dias no Estado Parte antes
como não manter contato com outros animais da primeira coleta.
susceptíveis às doenças que afetam a espécie. Art. 24. O CCPS deverá comunicar imedia-
Art. 19. Os funcionários não poderão desen- tamente ao Serviço Veterinário Oficial do res-
volver atividades com diferentes riscos sanitários pectivo Estado Parte as baixas de todo animal,
dentro do CCPS, sem cumprir as medidas de hi- informando o motivo, o número de registro do
giene e segurança pertinentes (duchas, troca de animal, o número de doses de sêmen existentes
roupa e calçados). e a data da coleta.
Parágrafo único. Todo animal com suspeita CAPÍTULO VIII
de doença infecciosa transmissível pelo sêmen
deverá ser isolado; o fato deverá ser comunicado DOS PROCEDIMENTOS
imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial; as ZOOSSANITÁRIOS NA QUARENTENA
doses de sêmen do referido animal não poderão
ser comercializadas até a confirmação do diag- Art. 28. Com respeito à Estomatite Vesicular,
nóstico, em Laboratório Oficial; o destino do sê- os animais que ingressem no centro deverão cum-
men armazenado será determinado por ordem prir o estabelecido nos capítulos correspondentes
do Serviço Veterinário Oficial. do Código Sanitário dos Animais Terrestres da OIE.
Art. 25. Os animais residentes, que por qual- Art. 29. Os animais deverão ser mantidos
quer motivo saírem do CCPS, deverão cumprir a em quarentena por um período mínimo de trin-
quarentena de ingresso para retornar ao mesmo. ta 30 (trinta) dias, podendo ingressar no rebanho
residente somente após obter resultados negati-
CAPÍTULO VI vos para os seguintes testes:
I - Brucelose: Antígeno Acidificado Tam-
DOS TESTES DIAGNÓSTICOS ponado (BBAT/BPA)/Rosa de Bengala; Os ani-
mais positivos serão submetidos à Fixação do
Art. 26. Além dos testes diagnósticos men- Complemento (FC) ou 2-mercapto etanol ou
cionados na presente Instrução Normativa, po- Teste de ELISA;
derão ser acordados entre o Estado Parte impor- II - Tuberculose: prova intradérmica simples
tador e o Estado Parte exportador outros proce- com PPD bovina ou comparada com PPD bovina
dimentos e testes diagnósticos que apresentem e aviária; esse teste somente poderá ser realizado
garantias equivalentes para o intercâmbio de após 60 (sessenta) dias do último teste realizado;
sêmen bovino e bubalino. III - Campilobacteriose Genital Bovina: 4
(quatro) provas negativas de cultivo de material
CAPÍTULO VII prepucial com intervalo de 7 (sete) dias ou uma
prova de imunofluorescência (IF);
DOS PROCEDIMENTOS ZOOSSANITÁRIOS IV - Tricomonose: 4 (quatro) provas negati-
PRÉVIOS AO INGRESSO NA QUARENTENA vas de cultivo de material prepucial com interva-
lo de 7 (sete) dias;
387
Art. 27. Para ingressar no CCPS, os animais V - Diarréia Viral Bovina (BVD): prova de iso-
deverão estar acompanhados de um lamento e identificação por imunofluorescência
certificado zoossanitário, expedido por Ve- ou imunoperoxidase em amostras de sangue
terinário Oficial ou responsável pelo CCPS, de total; realizar-se-ão 2 (dois) testes; se a primeira
que conste que no estabelecimento de origem der resultado positivo, repetir-se-á o teste com
não houve ocorrência de doenças transmissíveis um intervalo mínimo 14 (quatorze) dias; se o re-
pelo sêmen que afetem a espécie nos últimos sultado do segundo teste for negativo, o animal
90 (noventa) dias e que os testes de diagnósticos estará autorizado a ingressar no CCPS.
realizados nos animais obtiveram resultados ne-
gativos para as seguintes enfermidades: CAPÍTULO IX
I - Tuberculose: prova intradérmica sim-
ples com PPD bovina ou comparada com PPD DOS PROCEDIMENTOS ZOOSSANITÁRIOS
bovina e aviária; PARA O REBANHO RESIDENTE
II - Brucelose: Antígeno Acidificado Tam-
ponado (BBAT/BPA)/Rosa de Bengala; os ani- Art. 30. Os animais residentes serão subme-
mais positivos serão submetidos à Fixação do tidos a testes de diagnósticos a cada 180 (cento e
Complemento (FC) ou 2-mercapto etanol ou oitenta) dias, que deverão apresentar resultados
Teste de ELISA. negativos para as seguintes doenças:
I - Brucelose: Antígeno Acidificado Tampona- mencionadas neste capítulo deverão ser isolados
do (BBAT/BPA)/Rosa de Bengala; os animais posi- e reavaliados pelo Serviço Veterinário Oficial do
tivos serão submetidos à Fixação do Complemen- respectivo Estado Parte, que determinará o des-
to (FC) ou 2-mercapto etanol ou Teste de ELISA; tino dos animais.
II - Tuberculose: prova intradérmica sim- Art. 33. Não será necessária a realização
ples com PPD bovina ou comparada com PPD das provas diagnósticas correspondentes às
bovina e aviária; enfermidades mencionadas no art. 31, quan-
III - Campilobacteriose Genital Bovina: um do o Estado Parte exportador se encontre livre
cultivo de material prepucial ou uma prova de de alguma destas enfermidades, em todo seu
imunofluorescência (IF); território ou em alguma região da mesma, em
IV - Tricomonose: um cultivo de material virtude de reconhecimento da OIE ou do Esta-
prepucial. do Parte importador.
Art. 31. Os animais residentes, cujo sêmen Parágrafo único. Neste caso, o Estado Parte
será destinado à exportação, serão submetidos exportador deverá certificar esta condição e, tam-
também a provas diagnósticas que deverão bém, que o CCPS conta com certificação oficial de
apresentar resultados negativos para as seguin- estabelecimento livre, emitida pelo Serviço Vete-
tes enfermidades: rinário Oficial do Estado Parte respectivo, no mar-
I - Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR): co de um Programa Nacional de erradicação.
prova Vírus neutralização ou Teste de ELISA re-
alizado no mínimo 21 (vinte e um) dias depois CAPÍTULO X
da coleta; ou submeter uma amostra de 0,5ml
do sêmen processado de cada partida à prova de DO SÊMEN
isolamento viral ou à prova de PCR;
II - Língua Azul(la): uma prova de imuno- Art. 34. O sêmen deverá ser coletado e pro-
difusão em gel de agar ou Teste de ELISA, reali- cessado de acordo com o estabelecido no Código
zada 40 (quarenta) dias depois da última coleta Sanitário dos Animais Terrestres da OIE.
ou amostras de sangue total do animal doador Art. 35. O sêmen será estocado por um pe-
coletadas a cada 14 (quatorze) dias, submetida ríodo de 45 (quarenta e cinco) dias a partir da
ao teste de isolamento viral em ovos embrio- coleta, nas instalações do CCPS.
nados ou à prova de PCR, ou submeter uma Art. 36. Para o intercâmbio entre os Es-
388
amostra de 0,5ml do sêmen processado de cada tados Partes, o sêmen bovino e bubalino de-
partida à prova de PCR; verá estar acompanhado de Certificado Zoos-
III - Leucose Enzoótica Bovina (LEB): prova sanitário para o Intercâmbio entre os Estados
de imunodifusão em gel de agar ou Teste ELISA Partes de Sêmen Bovino e Bubalino, conforme
em uma amostra de soro obtida no mínimo 30 modelo que consta como Anexo II da presente
(trinta) dias após a última coleta de sêmen; ou Instrução Normativa.
submeter uma amostra de 0,5 ml do sêmen pro- § 1º O referido certificado deverá estar as-
cessado de cada partida à prova de PCR; sinado pelo Veterinário Responsável do CCPS e
Parágrafo único. De forma optativa poderá referendado pelo Veterinário Oficial do Estado
utilizar-se a mesma amostra de 0,5 ml de sêmen Parte exportador.
para realizarem-se as provas de diagnóstico das en- § 2º Todas as folhas do certificado deverão
fermidades mencionadas nos incisos deste artigo. ser numeradas seqüencialmente, carimbadas e
Art. 32. Os animais residentes que obtive- rubricadas por Veterinário do Serviço Oficial do
rem resultados positivos para as enfermidades Estado Parte exportador.
ANEXO II

CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA O INTERCÂMBIO ENTRE


OS ESTADOS PARTES DE SÊMEN BOVINO E BUBALINO

Nº do Certificado
Nº do Lacre
Data da emissão
Data de vencimento

I. PROCEDÊNCIA
Estado Parte
Estado
Número de registro do CCPS
Nome e endereço do CCPS
Nome do exportador
Endereço do exportador

II. DESTINO
Estado Parte
Estado
Nome do importador
Endereço do importador

III. TRANSPORTE
Meio de transporte 389
Ponto de saída do Estado parte

IV. IDENTIFICAÇÃO DO(S) DOADOR(ES) DO SÊMEN


Nº de registro do Raça Data do ingresso Número de doses Data da coleta do
animal doador no CCPS sêmen
V. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS VII. PROVAS DIAGNÓSTICAS NO SÊMEN
O Veterinário Oficial certifica que o CCPS cumpre Três amostras de cada partida de sêmen, incluídas
com os requisitos estabelecidos na Resolução neste certificado, foram submetidas, respectiva-
GMC N° 16/05 relativa aos “Requisitos zoossani- mente, as provas de diagnóstico das seguintes en-
tários para o intercâmbio entre os Estados Partes fermidades, apresentando resultado negativo:
de sêmen bovino e bubalino”. Uma mesma amostra de uma mesma parti-
da, incluída neste certificado, foi submetida para
VI. PROVAS DIAGNÓSTICAS NOS TOUROS as três provas de diagnóstico das seguintes enfer-
DOADORES midades, apresentando resultado negativo:
Cada 180 (cento e oitenta) dias os animais doa-
dores foram submetidos no CCPS, nas datas de- a. RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR):
monstradas, às seguintes provas diagnósticas, isolamento viral, ou PCR
com apresentaram resultado negativo: Data _____/______/_______
a. BRUCELOSE: Antígeno Acidificado Tampo- b. LÍNGUA AZUL (LA):
nado/ Rosa de Bengala (BBAT/BPA). PCR
Os animais positivos foram submetidos à Fi- Data _____/______/_______
xação do Complemento (FC) ou 2-mercaptoetanol c. LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA (LEB):
ou Teste de ELISA PCR
b. TUBERCULOSES: Prova intradérmica sim- Data _____/______/_______
ples com PPD bovina, ou Prova comparada com
PPD bovina e aviária. VIII. DO TRANSPORTE DO SÊMEN
c. CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA: 1. Os recipientes térmicos utilizados para
Cultivo de material prepucial, ou Imunofluo- conservar e trans-portar o sêmen foram devida-
rescência (IF). mente limpos e desinfetados com produtos apro-
d. TRICOMONOSE: Cultivo de material prepucial. vados pelo Estado Parte exportador.
e. RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR): 2. Os recipientes térmicos foram lacrados pelo
Vírus neutralização, ou Teste de ELISA Serviço Veterinário Oficial do Estado Parte exporta-
f. LÍNGUA AZUL (LA): Imunodifusão em gel dor ou pelo veterinário responsável pelo CCPS.
de agar, ou Teste de ELISA, ou PCR no sangue, ou
Isolamento viral em sangue total LOCAL E DATA NOME E ASSINATURA DO
390
g. LEUCOSE ENZOÓTICA BOVINA (LEB): Imu- VETERINÁRIO RESPONSÁVEL PELO CCPS
nodifusão em gel de agar, ou Teste de ELISA. NOME E ASSINATURA DO VETERINÁRIO OFICIAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 80, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2004


Publicada no Diário Oficial da União de 02/12/2004, Seção 1, Página 7

Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para o


Intercâmbio de Bovinos para Recria e Engorda entre os Estados Partes do Mercosul e os
Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque” aprovados pela Resolução GMC
- MERCOSUL Nº 31/03, que constam como anexo da presente Instrução Normativa.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, de 21 de março de 2003, tendo em vista o dispos-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E to no Protocolo de Ouro Preto e o que consta do
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe Processo nº 21000.004137/2004-45, resolve:
confere o art. 15, inciso II, do Decreto nº 4.629, Art. 1º. Incorporar ao ordenamento jurídico
nacional os “Requisitos Zoossanitários para o Inter- Resolução GMC - MERCOSUL Nº 31/03, que constam
câmbio de Bovinos para Recria e Engorda entre os como anexo da presente Instrução Normativa.
Estados Partes do Mercosul e os Modelos de Certifica- Art. 2º. Esta Instrução Normativa entra em
dos Zoossanitários e de Embarque” aprovados pela vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO

ANEXO I

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS PARA RECRIA E ENGORDA


ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

CAPÍTULO I ção para qualquer doença não contemplada no


presente Anexo se reserva o direito de requerer
DISPOSIÇÕES GERAIS medidas de proteção, incluindo testes, com o ob-
jetivo de prevenir o ingresso da doença no país.
Toda importação de bovinos destinados à Nesse caso, o Estado Parte deverá fornecer a mes-
recria e engorda deverá estar acompanhada de ma garantia quando da exportação de animais
Certificado Zoossanitário emitido pelo Serviço para os demais Estados Partes do MERCOSUL.
Veterinário Oficial do Estado Parte de origem ou 5. O Estado Parte exportador deverá pro-
procedência dos animais. porcionar a informação necessária que per-
Os Certificados Zoossanitários a serem emiti- mita cumprir com as exigências do Programa
dos pelo Serviço Veterinário Oficial de cada Esta- Oficial de Rastreabilidade do Estado Parte
do Parte, em concordância com os modelos que importador.
constam dos Anexos II e III, deverão ser submeti- 6. No caso de não cumprimento de qualquer
dos à aprovação dos demais Estados Partes. medida de proteção preconizada no presente
1. A emissão do certificado zoossanitário será Anexo, medidas equivalentes poderão ser adota-
realizada num período não superior a 72 (seten- das desde que sejam acordadas entre os Estados
ta e duas) horas antes do embarque, mediante a Partes do MERCOSUL. 391
apresentação da autorização de importação do 7. Os animais deverão ser quarentenados
país importador. no Estado Parte de Origem em local oficialmente
2. Certificação adicional deverá ser incluída aprovado, observando-se a existência de requisi-
no momento do embarque, após inspeção clínica tos específicos para aprovação dos mesmos, por
dos animais, atestando a condição sanitária con- um período mínimo de 30 (trinta) dias. Nessa
forme estabelecido na presente Resolução. ocasião, sob supervisão Oficial, os animais serão
3. Para fins da presente Resolução, serão submetidos, quando for o caso, à colheita de ma-
adotadas as definições expressas no Código Sa- terial para testes laboratoriais, testes de diagnós-
nitário de Animais Terrestres da Organização tico in vivo, tratamentos e vacinações.
Mundial de Saúde Animal (OIE). Também para os 8. Os exames laboratoriais requeridos duran-
mesmos fins se entenderá como: te o período de quarentena serão realizados em
ESTABELECIMENTO DE ORIGEM: local onde laboratórios oficiais ou credenciados pelo Serviço
nasceram ou permaneceram os animais nos doze Veterinário Oficial do Estado Parte de origem e
meses anteriores à data de exportação. terão validade enquanto os animais permane-
ESTABELECIMENTO DE PROCEDÊNCIA: local cerem na quarentena, desde que a mesma não
onde foi realizada a quarentena de exportação. ultrapasse o período de 60 dias.
4. O Estado Parte do MERCOSUL que possuir 9. O importador tem o direito de requerer
um programa oficial de controle ou de erradica- testes adicionais para as doenças não contempla-
das no presente Anexo, nas quais tiver interesse 13.2. FEBRE AFTOSA
particular na sua prevenção ou controle. Esse O Estado Parte ou a zona do Estado Parte de
assunto, entretanto, deverá ser acordado entre onde os animais procedem deverá estar livre de
importador e exportador e não será objeto de cer- Febre Aftosa sem vacinação e essa condição deverá
tificação oficial. ser reconhecida pelo Estado Parte importador; ou
10. O Estado Parte exportador deverá cum- O Estado Parte ou a zona do Estado Parte
prir com a legislação vigente do Estado Parte de onde os animais procedem deverá estar li-
importador no que diz respeito ao uso de subs- vre de Febre Aftosa com vacinação e essa con-
tâncias anabolizantes. dição deverá ser reconhecida pelo Estado Parte
importador (esta condição se aplica para um
CAPÍTULO II Estado Parte importador com mesmo status sa-
nitário ou com status sanitário inferior ao país
DISPOSIÇÕES ZOOSSANITÁRIAS exportador); ou
No caso de não cumprimento das condições
11. O Estado Parte de origem do MERCOSUL estabelecidas neste item, os Estados Partes impor-
deverá estar oficialmente livre de Peste Bovina, tador e exportador, em conjunto, poderão estabe-
Pleuropneumonia Contagiosa Bovina, Febre do lecer condições com base no Código Sanitário de
Vale do Rift e Dermatose Nodular Contagiosa, de Animais Terrestres da OIE, no Capítulo correspon-
acordo com o estabelecido no Código Sanitário dente à Febre Aftosa, para manter o intercâmbio
de Animais Terrestres da OIE. de bovinos e bubalinos para recria e engorda.
No caso de introdução em um Estado Parte
de alguma das doenças referidas neste inciso, os 13.3. ESTOMATITE VESICULAR
Estados Partes em conjunto determinarão a pos- O Estado Parte ou a zona do Estado Parte de
sibilidade de zonificação e outras medidas com- onde os animais procedem deverá estar livre de
plementares para assegurar a manutenção das Estomatite Vesicular e essa condição deverá ser
exportações e importações. reconhecida pelo Estado Parte importador; ou
12. Os animais deverão ser nascidos e cria- Os animais deverão proceder de um esta-
dos no Estado Parte de Origem ou em qualquer belecimento onde, num raio de 15 km, não te-
um dos Estados Partes do MERCOSUL. nha sido registrada a ocorrência de Estomatite
No caso de animais importados de terceiros Vesicular nos últimos 30 dias; e adicionalmente
392
países, a exportação poderá ser permitida desde serão submetidos a testes de Vírus Neutralização
que o país importador seja previamente notifica- (positivo > 1.6) ou ELISA (positivo > 1.3), durante
do da origem do animal. o período de quarentena, com resultados nega-
13. Com respeito à: tivos para os tipos de vírus existentes no Estado
Parte de origem.
13.1. ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BO-
VINA (BSE) 13.4. BRUCELOSE
A doença não deverá ter sido registrada no O Estado Parte deverá estar livre de Brucelo-
Estado Parte de Origem; se ou possuir zona livre de Brucelose de acordo
A doença deverá ser de notificação obrigató- com o estabelecido no Código Sanitário de Ani-
ria no Estado Parte de Origem; mais Terrestres da OIE; ou
O Estado Parte de origem deverá possuir le- Os animais deverão proceder de estabeleci-
gislação que proíba o uso de proteínas obtidas mento livre de brucelose de acordo com o esta-
de animais que possam transmitir a BSE, para a belecido no Código Sanitário de Animais Terres-
alimentação de ruminantes; tres da OIE; ou
O Estado Parte de Origem deverá possuir sis- Os animais serão submetidos ao teste de
tema de vigilância para detectar a eventual ocor- BBAT, ou ELISA ou Fixação do Complemento du-
rência da doença no país. rante o período de quarentena.
Fêmeas menores que 24 (vinte e quatro) me- berculinização intradérmica com PPD bovina ou
ses de idade, vacinadas com a vacina B19 até a com PPD bovina e aviária com resultados negati-
idade de 8 (oito) meses, ficam excluídas da rea- vos durante o período de quarentena.
lização dos testes de diagnóstico para brucelose. 14. Os animais a serem exportados não deve-
Nesse caso, uma declaração adicional de vacina- rão ser objeto de descarte em razão de um progra-
ção deve ser incluída na certificação. ma de controle e/ou erradicação de enfermidades
Novilhos castrados também ficam excluídos da em execução no Estado Parte de procedência.
realização de testes de diagnóstico para brucelose. 15. Os animais deverão ser submetidos a
tratamentos contra parasitas internos e externos,
13.5. TUBERCULOSE com produtos oficialmente aprovados durante o
O Estado Parte de origem deverá estar livre período de quarentena.
de Tuberculose ou possuir zona livre de Tuber- 16. Os animais não deverão apresentar ne-
culose de acordo com o estabelecido no Código nhum sinal clínico de doença transmissível du-
Sanitário de Animais Terrestres da OIE; ou rante o período de quarentena.
Os animais deverão proceder de estabele- 17. Os animais deverão ser inspecionados no
cimento livre de tuberculose de acordo com o momento do embarque por um veterinário ofi-
estabelecido no Código Sanitário de Animais Ter- cial que emitirá uma certificação adicional ates-
restres da OIE; ou tando as condições de transporte e a condição
Os animais serão submetidos ao teste de tu- clínica dos animais.

393
ANEXO II

MODELO DO CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS PARA


RECRIA E ENGORDA ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

Estado parte exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do serviço:
Província ou Município, etc:

I. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Identificação individual Raça Sexo Idade

II. ORIGEM DOS ANIMAIS


Nome do exportador:

Endereço:

Nome do estabelecimento de origem:

Endereço:
394

III. DESTINO DOS ANIMAIS


Nome do exportador:

Endereço:

Meio de transporte:

IV. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS

Deverão ser incluídas as informações que constam do anexo I da presente Instrução Normativa:

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário
ANEXO III

MODELO DO CERTIFICADO DE EMBARQUE PARA BOVINOS DE RECRIA E


ENGORDA DESTINADOS AOS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL.

Estado Parte Exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do Serviço:

O Veterinário Oficial do Estado Parte exportador certifica que os animais identificados no Certi-
ficado Zoossanitário Ref.: destinados à exportação para (Nome do
Estado Parte de Destino):

1. foram examinados no momento do embarque e nessa ocasião estavam em boas condições


físicas, assim como estavam livres de parasitas externos.

2. foram transportados em veículos previamente limpos e desinfetados, com produtos registrados


nos Serviços Veterinários Oficiais do Estado Parte de Origem, de modo a evitar contato direto com animais
de condições sanitárias adversas, observando a existência de requisitos específicos para o transporte.

Local de Embarque: Data:

Meio de transporte:

Número da Placa do Veículos de transporte:

Número do Lacre:
395

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário Oficial
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 69, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 23/09/2004, Seção 1, Página 15

Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para o


Intercâmbio de Bovinos e Bubalinos para Reprodução entre os Estados Partes do Mercosul
e os Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque.”

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, tercâmbio de Bovinos e Bubalinos para Reprodu-


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA ção entre os Estados Partes do Mercosul e os Mo-
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que delos de Certificados Zoossanitários e de Embar-
lhe confere o art. 15, inciso II, do Decreto nº que” aprovados pela Resolução GMC - MERCOSUL
4.629, de 21 de março de 2003, tendo em vista Nº 30/03, que constam como anexo da presente
o disposto no Protocolo de Ouro Preto e o que Instrução Normativa.
consta do Processo nº 21000.004136/2004-09, Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
resolve: vigor na data de sua publicação.
Art. 1º Incorporar ao ordenamento jurídico Art. 3º Fica revogada a Instrução Normativa
nacional os “Requisitos Zoossanitários para o In- nº 19, de 10 de abril de 2003.

MAÇAO TADANO

ANEXO I

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS E BUBALINOS PARA


REPRODUÇÃO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

396 CAPÍTULO I 3. Certificação adicional deverá ser incluída


no momento do embarque, após inspeção clínica
DISPOSIÇÕES GERAIS dos animais, atestando a condição sanitária con-
forme estabelecido na presente Resolução.
1.Toda importação de bovinos e bubalinos 4. Para fins da presente Resolução, serão
destinados à reprodução deverá estar acompa- adotadas as definições expressas no Código Sani-
nhada de Certificado Zoossanitário emitido pelo tário de Animais Terrestres da Organização Mun-
Serviço Veterinário Oficial do Estado Parte de ori- dial de Saúde Animal (OIE).
gem ou procedência dos animais. Também para os mesmos fins se enten-
Os certificados zoossanitários a serem emiti- derá como:
dos pelo Serviço Veterinário Oficial de cada Esta- ESTABELECIMENTO DE ORIGEM: local onde
do Parte, em concordância com os modelos que nasceram ou permaneceram os animais nos doze
constam dos Anexos II e III, deverão ser submeti- meses anteriores à data de exportação.
dos à aprovação dos demais Estados Partes. ESTABELECIMENTO DE PROCEDÊNCIA: local
2. A emissão do certificado zoossanitário será onde foi realizada a quarentena de exportação.
realizada num período não superior a 72 (seten- 5. O Estado Parte do MERCOSUL que possuir
ta e duas) horas antes do embarque, mediante a um programa oficial de controle ou de erradica-
apresentação da autorização de importação do ção para qualquer doença não contemplada do
país importador. presente Anexo se reserva o direito de requerer
medidas de proteção, incluindo testes, com o ob- No caso de introdução em um Estado Parte
jetivo de prevenir o ingresso da doença no país. de alguma das doenças referidas neste item, os
Nesse caso, o Estado Parte deverá fornecer a mes- Estados Partes em conjunto determinarão a pos-
ma garantia quando da exportação de animais sibilidade de zonificação e outras medidas com-
para os demais Estados Partes do MERCOSUL. plementares para assegurar a manutenção das
6. O Estado Parte exportador deverá propor- exportações e importações.
cionar as informações necessárias que permitam 12. Os animais deverão ser nascidos e cria-
cumprir com as exigências do Programa Oficial dos no Estado Parte de Origem ou em qualquer
de Rastreabilidade do Estado Parte importador. um dos demais Estados Partes do MERCOSUL.
7. No caso de não cumprimento de qualquer No caso de animais importados de terceiros
medida de proteção preconizada no presente países, a exportação poderá ser permitida desde
Anexo, medidas equivalentes poderão ser adota- que o país importador seja previamente notifica-
das desde que sejam acordadas entre os Estados do da origem do animal.
Partes do MERCOSUL. 13. Com respeito à:
8. Os animais deverão ser quarentenados
no Estado Parte de Origem em local oficialmente 13.1. ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVI-
aprovado, observando-se a existência de requisi- NA (BSE)
tos específicos para aprovação dos mesmos, por A doença não deverá ter sido registrada no
um período mínimo de 30 (trinta) dias. Nessa Estado Parte de Origem;
ocasião, sob supervisão Oficial, os animais serão A doença deverá ser de notificação obrigató-
submetidos, quando for o caso, à colheita de ma- ria no Estado Parte de Origem;
terial para testes laboratoriais, testes de diagnós- O Estado Parte de origem deverá possuir le-
tico in vivo, tratamentos e vacinações. gislação que proíba o uso de proteínas obtidas
9. Os exames laboratoriais requeridos duran- de animais que possam transmitir a BSE, para a
te o período de quarentena serão realizados em alimentação de ruminantes;
laboratórios oficiais ou credenciados pelo Serviço O Estado Parte de Origem deverá possuir sis-
Veterinário Oficial do Estado Parte de origem e tema de vigilância para detectar a eventual ocor-
terão validade enquanto os animais permane- rência da doença no país.
cerem na quarentena, desde que a mesma não
ultrapasse o período de 60 dias. 13.2. FEBRE AFTOSA
397
10. O importador tem o direito de requerer O Estado Parte ou a zona do Estado Par-
testes adicionais para as doenças não contempla- te de onde os animais procedem deverá estar
das no presente Anexo, das quais tiver interesse livre de Febre Aftosa sem vacinação e essa con-
particular na sua prevenção ou controle. Esse dição deverá ser reconhecida pelo Estado Parte
assunto, entretanto, deverá ser acordado entre importador;ou
importador e exportador e não será objeto de O Estado Parte ou a zona do Estado Par-
certificação oficial. te de onde os animais procedem deverá estar
livre de Febre Aftosa com vacinação e essa con-
CAPÍTULO II dição deverá ser reconhecida pelo Estado Parte
importador (esta condição se aplica para um
DISPOSIÇÕES ZOOSSANITÁRIAS Estado Parte importador com mesmo status sa-
nitário ou com status sanitário inferior ao país
11. O Estado Parte de origem do MERCOSUL exportador); ou
deverá estar oficialmente livre de Peste Bovina, No caso de não cumprimento dos condições
Pleuropneumonia Contagiosa Bovina, Febre do estabelecidas neste item, os Estados Partes impor-
Vale do Rift e Dermatose Nodular Contagiosa, de tador e exportador, em conjunto, poderão estabe-
acordo com o estabelecido no Código Sanitário lecer condições com base no Código Sanitário de
de Animais Terrestres da OIE. Animais Terrestres da OIE, no Capítulo correspon-
dente à Febre Aftosa, para manter o intercâmbio culose de acordo com o estabelecido no Código
de bovinos e bubalinos para reprodução. Sanitário de Animais Terrestres da OIE; ou
Os animais deverão proceder de estabele-
13.3. ESTOMATITE VESICULAR cimento livre de tuberculose de acordo com o
O Estado Parte ou a zona do Estado Parte de estabelecido no Código Sanitário de Animais Ter-
onde os animais procedem deverá estar livre de restres da OIE. ou
Estomatite Vesicular e essa condição deverá ser Os animais serão submetidos ao teste de tu-
reconhecida pelo Estado Parte importador;ou berculinização intradérmica com PPD bovina ou
Os animais deverão proceder de um estabele- com PPD bovina e aviária com resultados negati-
cimento onde, num raio de 15 km, não tenha sido vos durante o período de quarentena.
registrada a ocorrência de Estomatite Vesicular nos
últimos 30 (trinta) dias; e adicionalmente serão sub- 13.6. DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD)
metidos a testes de Vírus Neutralização (positivo > Os animais deverão ser submetidos a testes de
1.6) ou ELISA (positivo > 1.3), durante o período de isolamento viral ou ELISA para detecção de antíge-
quarentena, com resultados negativos para os tipos no viral em amostras de sangue total com resulta-
de vírus existentes no Estado Parte de origem. dos negativos durante o período de quarentena.
Animais positivos ao primeiro teste deverão
13.4. BRUCELOSE ser submetidos a um segundo teste com interva-
O Estado Parte de origem deverá estar livre lo mínimo de 14 (catorze) dias. Resultando ne-
de Brucelose ou possuir zona livre de Brucelose gativo ao segundo teste estará qualificado para
de acordo com o estabelecido no Código Sanitá- exportação.
rio de Animais Terrestres da OIE; ou 14. Os animais a serem exportados não
Os animais deverão proceder de estabeleci- deverão ser objeto de descarte em razão de
mento livre de brucelose de acordo com o esta- um programa de controle e/ou erradicação de
belecido no Código Sanitário de Animais Terres- enfermidades em execução no Estado Parte de
tres da OIE;ou procedência.
Os animais serão submetidos ao teste de 15. Os animais deverão ser submetidos a
BBAT, ou ELISA ou Fixação do Complemento du- tratamentos contra parasitas internos e externos,
rante o período de quarentena. Fêmeas menores com produtos oficialmente aprovados durante o
que 24 (vinte e quatro) meses de idade, vacinadas período de quarentena.
398
com a vacina B19 até a idade de 8 (oito) meses, 16. Os animais não deverão apresentar ne-
ficam excluídas da realização dos testes de diag- nhum sinal clínico de doença transmissível du-
nóstico para Brucelose. rante o período de quarentena.
Nesse caso, uma declaração adicional de va- 17. Os animais deverão ser inspecionados
cinação deve ser incluída na certificação. no momento do embarque por um veterinário
oficial, que emitirá uma certificação adicio-
13.5. TUBERCULOSE nal atestando as condições de transporte e a
O Estado Parte de origem deverá estar livre condição clínica dos animais no momento do
de Tuberculose ou possuir zona livre de tuber- embarque.
ANEXO II

MODELO DO CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS


E BUBALINOS PARA REPRODUÇÃO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

Estado parte exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do serviço:
Província ou Município, etc:

I. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Identificação individual Raça Sexo Idade

II. ORIGEM DOS ANIMAIS


Nome do exportador:

Endereço:

Nome do estabelecimento de origem:

Endereço:

III. DESTINO DOS ANIMAIS 399

Nome do exportador:

Endereço:

Meio de transporte:

IV. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS

Deverão ser incluídas as informações que constam do anexo I da presente Instrução Normativa:

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário
ANEXO III

MODELO DO CERTIFICADO DE EMBARQUE PARA BOVINOS E BUBALINOS


PARA REPRODUÇÃO DESTINADOS AOS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL.

Estado Parte Exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do Serviço:

O Veterinário Oficial do Estado Parte exportador certifica que os animais identificados no Certi-
ficado Zoossanitário Ref.: destinados à exportação para (Nome do
Estado Parte de Destino):

1. foram examinados no momento do embarque e nessa ocasião estavam em boas condições


físicas, assim como estavam livres de parasitas externos.

2. foram transportados em veículos previamente limpos e desinfetados, com produtos registrados


nos Serviços Veterinários Oficiais do Estado Parte de Origem, de modo a evitar contato direto com animais
de condições sanitárias adversas, observando a existência de requisitos específicos para o transporte.

Local de Embarque: Data:

Meio de transporte:

Número da Placa do Veículos de transporte:

Número do Lacre:
400

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário Oficial
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 61, DE 30 DE AGOSTO DE 2004
Publicada no Diário Oficial da União de 21/09/2004, Seção 1, Página 9

Incorpora ao ordenamento jurídico nacional os “Requisitos Zoossanitários para o


Intercâmbio de Bovinos para Abate Imediato entre os Estados Partes do Mercosul e os
Modelos de Certificados Zoossanitários e de Embarque.”

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA co nacional os “Requisitos Zoossanitários para


SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICUL- o Intercâmbio de Bovinos para Abate Imediato
TURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso entre os Estados Partes do Mercosul e os Mo-
da atribuição que lhe confere o art. 15, inci- delos de Certificados Zoossanitários e de Em-
so II, do Decreto nº 4.629, de 21 de março de barque” aprovados pela Resolução GMC - MER-
2003, tendo em vista o disposto no Protocolo COSUL Nº 32/03, que constam como anexo da
de Ouro Preto e o que consta do Processo nº presente Instrução Normativa.
21000.004138/2004-90, resolve: Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
Art. 1º Incorporar ao ordenamento jurídi- vigor na data de sua publicação.

CEZAR WILSON MARTINS DA ROCHA

ANEXO I

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS PARA ABATE IMEDIATO ENTRE


OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL.

CAPÍTULO I 3. Certificação adicional deverá ser incluída 401


no momento do embarque, após inspeção clínica
DISPOSIÇÕES GERAIS dos animais, atestando a condição sanitária con-
forme estabelecido na presente Resolução.
1. Toda importação de bovinos destinados 4. Para fins da presente Resolução, serão ado-
ao abate imediato deverá estar acompanhada tadas as definições expressas no Código Sanitário
de Certificado Zoossanitário emitido pelo Serviço de Animais Terrestres da Organização Mundial de
Veterinário Oficial do Estado Parte de origem ou Saúde Animal (OIE).Também para os mesmos fins
procedência dos animais. se entenderá como:
Os certificados zoossanitários a serem emiti- ESTABELECIMENTO DE ORIGEM: local onde
dos pelo Serviço Veterinário Oficial de cada Esta- nasceram ou permaneceram os animais nos doze
do Parte, em concordância com os modelos que meses anteriores à data de exportação.
constam dos Anexos II e III, deverão ser submeti- ESTABELECIMENTO DE PROCEDÊNCIA: local
dos à aprovação dos demais Estados Partes. onde foi realizada a quarentena de exportação.
2. A emissão do certificado zoossanitário 5. O Estado Parte do MERCOSUL que possuir
será realizada num período não superior a 72 um programa oficial de controle ou de erradica-
(setenta e duas) horas antes do embarque, me- ção para qualquer doença não contemplada no
diante a apresentação da autorização de im- presente Anexo, se reserva o direito de requerer
portação do país importador. medidas de proteção, incluindo testes, com o ob-
jetivo de prevenir o ingresso da doença no país. de animais que possam transmitir a BSE para a
Nesse caso, o Estado Parte deverá fornecer a mes- alimentação de ruminantes;
ma garantia quando da exportação de animais O Estado Parte de Origem deverá possuir sis-
para os demais Estados Partes do MERCOSUL. tema de vigilância para detectar a eventual ocor-
6. O Estado Parte exportador deverá pro- rência da doença no país.
porcionar a informação necessária que permita
cumprir com as exigências do Programa Oficial 11.2. FEBRE AFTOSA
de Rastreabilidade do Estado Parte importador. O Estado Parte ou a zona do Estado Parte
7. No caso do não cumprimento de qualquer de onde os animais procedem deverá estar livre
medida de proteção preconizada no presente de Febre Aftosa sem vacinação e essa condição
Anexo, medidas equivalentes poderão ser adota- deverá ser reconhecida pelo Estado Parte impor-
das desde que sejam acordadas entre os Estados tador; ou
Partes do MERCOSUL. O Estado Parte ou a zona do Estado Par-
8. O Estado Parte exportador deverá cum- te de onde os animais procedem deverá estar
prir com a legislação vigente do Estado Parte livre de Febre Aftosa com vacinação e essa con-
importador no que diz respeito ao uso de subs- dição deverá ser reconhecida pelo Estado Parte
tâncias anabolizantes. importador (esta condição se aplica para um
Estado Parte importador com mesmo status sa-
CAPÍTULO II nitário ou com status sanitário inferior ao país
exportador); ou
DISPOSIÇÕES ZOOSSANITÁRIAS No caso de não cumprimento das condi-
ções estabelecidas neste item, os Estados Partes
9. O Estado Parte de origem do MERCOSUL importador e exportador, em conjunto, pode-
deverá estar oficialmente livre de Peste Bovina, rão estabelecer condições com base no Código
Pleuropneumonia Contagiosa Bovina, Febre do Sanitário de Animais Terrestres da OIE, no Capí-
Vale do Rift e Dermatose Nodular Contagiosa, de tulo correspondente à Febre Aftosa, para man-
acordo com o estabelecido no Código Sanitário ter o intercâmbio de bovinos e bubalinos para
de Animais Terrestres da OIE. abate imediato.
No caso de haver a introdução de algu-
ma das doenças referidas no presente item, 11.3. ESTOMATITE VESICULAR
402
os Estados Partes em conjunto determinarão a O Estado Parte ou a zona do Estado Parte de
possibilidade de zonificação e medidas comple- onde os animais procedem deverá estar livre de
mentares de segurança para manutenção das Estomatite Vesicular e essa condição deverá ser
exportações e importações. reconhecida pelo Estado Parte importador;ou
10. Os animais deverão ser nascidos e cria- Os animais deverão proceder de um estabe-
dos no Estado Parte de origem ou em um dos lecimento onde, num raio de 15 km, não tenha
demais Estados Partes do MERCOSUL. sido registrada a ocorrência de Estomatite Vesicu-
11. Com respeito à: lar nos últimos 30 (trinta) dias.
12. Os animais a serem exportados não deve-
11.1. ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME rão ser objeto de descarte em razão de um progra-
BOVINA (BSE) ma de controle e/ou erradicação de enfermidades
A doença não deverá ter sido registrada no em execução no Estado Parte de procedência.
Estado Parte de Origem; 13. Os animais deverão ser inspecionados
A doença deverá ser de notificação obrigató- no momento do embarque por um veterinário
ria no Estado Parte de Origem; oficial, que emitirá uma certificação adicional
O Estado Parte de origem deverá possuir le- atestando as condições de transporte e a condi-
gislação que proíba o uso de proteínas obtidas ção clínica dos animais.
ANEXO II

MODELO DO CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA O INTERCÂMBIO DE BOVINOS PARA ABATE


IMEDIATO ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

Estado parte exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do serviço:
Província ou Município, etc:

I. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Identificação individual Raça Sexo Idade

II. ORIGEM DOS ANIMAIS


Nome do exportador:

Endereço:

Nome do estabelecimento de origem:

Endereço:

III. DESTINO DOS ANIMAIS 403

Nome do exportador:

Endereço:

Meio de transporte:

IV. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS

Deverão ser incluídas as informações que constam do anexo I da presente Instrução Normativa:

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário
ANEXO III

MODELO DO CERTIFICADO DE EMBARQUE PARA BOVINOS PARA


ABATE IMEDIATO DESTINADOS AOS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL.

Estado Parte Exportador:


Nome do órgão responsável:
Nome do Serviço:

O Veterinário Oficial do Estado Parte exportador certifica que os animais identificados no Certi-
ficado Zoossanitário Ref.: destinados à exportação para (Nome do
Estado Parte de Destino):

1. foram examinados no momento do embarque e nessa ocasião estavam em boas condições


físicas, assim como estavam livres de parasitas externos.

2. foram transportados em veículos previamente limpos e desinfetados, com produtos registrados


nos Serviços Veterinários Oficiais do Estado Parte de Origem, de modo a evitar contato direto com animais
de condições sanitárias adversas, observando a existência de requisitos específicos para o transporte.

Local de Embarque: Data:

Meio de transporte:

Número da Placa do Veículos de transporte:

Número do Lacre:
404

Carimbo do Serviço Nome e assinatura do


Veterinário Oficial Veterinário Oficial
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 48, DE 17 DE JUNHO DE 2003
Publicada no Diário Oficial da União de 20/06/2003, Seção 1, Página 6

Somente poderá ser distribuído no Brasil o sêmen bovino ou bubalino coletado em


centros de coleta e processamento de sêmen - CCPS, registrados no Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA, que cumprem os requisitos sanitários
mínimos para a produção e comercialização de sêmen bovino e bubalino no país.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE SÊMEN BOVINO


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E E BUBALINO NO PAÍS, constantes dos anexos da
ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que lhe presente Instrução Normativa.
confere o art. 15, inciso II, do Decreto nº 4.629, Parágrafo único. Para registro do CCPS, de-
de 21 de março de 2003, verão ser observadas as normas vigentes deste
Considerando a necessidade de estabelecer Ministério.
medidas sanitárias para garantir a qualidade do Art. 2º Subdelegar, ao Diretor do Depar-
sêmen produzido e comercializado no Brasil, e o tamento de Defesa Animal, competência para
que consta do Processo nº 21000.001909/2002- baixar atos complementares que se fizerem ne-
25, resolve: cessários ao cumprimento da presente Instrução
Art. 1º Somente poderá ser distribuído no Normativa.
Brasil o sêmen bovino ou bubalino coletado em Art. 3º O não-cumprimento dos requisitos a
Centros de Coleta e Processamento de Sêmen que se refere o art. 1º constituirá crime, conforme
– CCPS, registrados no Ministério da Agricultura previsto no art. 259 do Código Penal.
Pecuária e Abastecimento – MAPA, que cumprem Art. 4º Esta Instrução Normativa entra em
os REQUISITOS SANITÁRIOS MÍNIMOS PARA A PRO- vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO

405

ANEXO I

REQUISITOS SANITÁRIOS MÍNIMOS PARA A PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO


DE SÊMEN BOVINO E BUBALINO NO BRASIL

CAPÍTULO I (2-ME) ou teste de Fixação de Complemento;


b) TUBERCULOSE: teste de tuberculinização in-
DA PRÉ-QUARENTENA tradérmica (teste simples com PPD bovina ou teste
comparativo com PPD bovina e PPD aviária).
1. Para ingressar no CCPS, os animais deve- Nota: Excluem-se da obrigatoriedade da re-
rão estar acompanhados de documento de trân- alização dos testes para brucelose e tuberculose
sito animal e apresentar testes negativos, realiza- os animais procedentes de rebanhos certificados
dos dentro dos últimos 60 dias, para as doenças como livres dessas doenças, em conformidade
especificadas abaixo: com o Regulamento Técnico do Programa Na-
a) BRUCELOSE: teste do Antígeno Acidificado cional de Controle e Erradicação da Brucelose e
Tamponado (AAT) ou teste do 2-Mercaptoetanol Tuberculose Animal.
CAPÍTULO II intradérmica simples ou comparada com PPD
bovina e PPD aviária;
DA QUARENTENA DE INGRESSO c) CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA: um
NO CENTRO DE COLETA teste de cultivo de material coletado de prepúcio;
E PROCESSAMENTO DE SÊMEN d) TRICOMONOSE: um teste de cultivo de
material coletado de prepúcio.
2. Todos os animais, antes de ingressarem no 4. Os animais residentes no CCPS que obti-
rebanho residente do CCPS, serão submetidos à verem resultados positivos para as doenças rela-
quarentena por um período mínimo de 28 dias cionadas no item 3 serão isolados e reavaliados
e, nessa ocasião, serão submetidos a testes diag- pelo serviço veterinário oficial do Ministério da
nósticos, para as seguintes doenças: Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
a) BRUCELOSE: teste do AAT ou teste do 2-ME 4.1. A reavaliação será realizada por meio de
ou teste de Fixação de Complemento negativo; testes pareados, recomendados pela OIE, e de le-
b) TUBERCULOSE: teste negativo de tuber- vantamento epidemiológico do estabelecimento.
culinização intradérmica simples ou comparada 4.2. O animal que for confirmado positivo para
com PPD bovina e PPD aviária; alguma das doenças relacionadas no item 3 será re-
c) CAMPILOBACTERIOSE GENITAL BOVINA: três tirado do CCPS e medidas de defesa sanitária serão
testes negativos de cultivo de material coletado aplicadas, conforme legislação vigente do MAPA.
de prepúcio com intervalo mínimo de sete dias; 4.3. O sêmen desse animal, que estiver ar-
d) TRICOMONOSE: três testes negativos de mazenado no centro, deverá ser destruído.
cultivo de material coletado de prepúcio com in- 4.4. Os animais que mantiveram contato
tervalo mínimo de sete dias; com animais positivos também deverão ser tes-
e) DIARRÉIA VIRAL BOVINA (BVD): teste nega- tados novamente para a doença em questão.
tivo de isolamento viral e identificação do agente
por imunofluorescência ou imunoperoxidase, ou CAPÍTULO IV
teste para detecção de antígeno viral.
Nota: Todos os animais deverão ser testa- DA ADIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
dos, antes de ingressar no rebanho residente, AO PROCESSAMENTO DO SÊMEN
com objetivo de descartar a possibilidade de in-
406 fecção persistente para BVD. Aqueles que obtive- 5. Para cada mililitro do sêmen congelado
rem resultados positivos ao primeiro teste para serão incluídas misturas de antibióticos com ativi-
BVD serão submetidos a um segundo teste com dade bactericida, conforme especificado abaixo:
intervalo mínimo de 21 dias. Obtendo resultado a) gentamicina (250 μg), tilosina (50 μg), lin-
negativo ao segundo teste, os animais estarão comicina (150 μg), espectinomicina (300 μg); ou
qualificados para ingressar no CCPS. b) penicilina (500 UI), estreptomicina (500UI),
lincomicina (150μg), espectinomicina (300 μg).
Nota: Outras combinações de antibióticos
CAPÍTULO III poderão ser utilizadas, uma vez comprovada sua
eficácia e mediante autorização do Ministério da
DO REBANHO RESIDENTE Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

3. O rebanho residente no CCPS deverá ser CAPÍTULO V


submetido a testes diagnósticos, pelo menos
uma vez ao ano, e apresentar resultado negativo DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
para as seguintes doenças:
a) BRUCELOSE: teste do AAT ou teste do 2-ME 6. Os animais residentes no CCPS deverão
ou teste Fixação de Complemento; estar, obrigatoriamente, em contínuo isolamento
b) TUBERCULOSE: teste de tuberculinização de animais com diferentes condições sanitárias.
7. A liberação dos animais quarentenados aqueles realizados na pré-quarentena.
para ingressar no rebanho residente deverá 11. Os testes de tuberculose deverão ser
ser realizada após o cumprimento do período realizados conforme as exigências estabeleci-
de 28 dias de isolamento e a realização dos das no Regulamento Técnico do Programa Na-
testes sanitários. cional de Controle e Erradicação da Brucelose
8. O animal que deixar o rebanho residente e Tuberculose Animal.
terá que cumprir os procedimentos de quarente- 12. Os testes de tuberculose deverão ser rea-
na por ocasião do reingresso. lizados somente após um período mínimo de 60
9. Os exames laboratoriais deverão ser realiza- (sessenta) dias após a realização do último teste.
dos em laboratórios reconhecidos ou credenciados 13. O teste de soro aglutinação rápida para
pelo Departamento de Defesa Animal, do Ministé- brucelose poderá ser utilizado enquanto o Pro-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. grama Nacional de Controle e Erradicação da
10. Os testes de brucelose na quarentena Brucelose estiver permitindo o uso desta téc-
deverão ser realizados no mínimo 30 dias após nica no País.

ANEXO II

DECLARAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO

Eu, , médico veterinário, registrado no CRMV ou CFMV sob


o número , declaro que o(s) animal(is) abaixo identificado(s), de propriedade
do Sr. , que se encontra(m) na propriedade ,
localizada no município de , estado de , origina-se/originam-se de
rebanho certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como livre de brucelose
e tuberculose.

IDENTIFICAÇÃO DO(S) ANIMAL(S)


407
NOME OU NÚMERO DE REGISTRO DOS ANIMAIS RAÇA IDADE (meses)

Local e data

Carimbo e assinatura do médico veterinário

Anexar documento comprobatório da certificação de rebanho livre da brucelose ou tuberculose.

Riscar o que não se aplica.


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 10 DE ABRIL DE 2003
Publicada no Diário Oficial da União de 14/04/2003, Seção 1, Página 2

Incorpora no ordenamento jurídico nacional os “Requisitos e Certificados Zoossanitários


para o Intercâmbio de Animais Caprinos entre os Estados Partes do MERCOSUL”

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA Art. 1º Incorporar no ordenamento jurídico


DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA nacional os “Requisitos e Certificados Zoossani-
E ABASTECIMENTO, no uso da atribuição que tários para o Intercâmbio de Animais Caprinos
lhe confere o art. 83, inciso IV, do Regimento entre os Estados Partes do MERCOSUL” aprova-
Interno da Secretaria, aprovado pela Porta- dos pela Resolução GMC - MERCOSUL Nº 42/02,
ria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro de que constam como anexo da presente Instrução
1998, tendo em vista o disposto no Protocolo Normativa.
de Ouro Preto e o que consta do Processo nº Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
21000.000629/2003 - 81 resolve: vigor na data de sua publicação.

MAÇAO TADANO

ANEXO I

REQUISITOS E CERTIFICADOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO


DE ANIMAIS CAPRINOS ENTRE OS ESTADOS PARTES DO MERCOSUL

CAPÍTULO I nasceram ou permaneceram os animais nos doze


(12) meses anteriores à data de exportação.
DISPOSIÇÕES GERAIS ESTABELECIMENTO DE PROCEDÊNCIA: o local
onde foi realizada a quarentena de exportação.
408 ARTIGO 1 ARTIGO 3
Todo intercâmbio de caprinos vivos que se Os animais destinados à exportação serão
realize entre os Estados Partes do MERCOSUL de- mantidos em isolamento durante um período de
verá cumprir o disposto na presente Resolução trinta (30) dias, antes do embarque, em instala-
e deverá realizar-se acompanhado e ampara- ções aprovadas e sob supervisão oficial, de acor-
do pelos CERTIFICADOS ZOOSSANITÁRIOS PARA do com a normativa MERCOSUL vigente.
CAPRINOS para reprodução, engorda (somente Durante a quarentena serão submetidos,
machos castrados) ou abate imediato, segundo de acordo com sua categoria ou finalidade,
corresponda, expedido pelo Serviço Veterinário às provas diagnósticas estabelecidas no artigo
Oficial, aprovados pela presente Resolução e que 10.6, efetuadas em um Laboratório Oficial ou
figuram como Anexo II. Credenciado pelos Serviços Veterinários Ofi-
ARTIGO 2 ciais, a fim de que seja expedido o certificado
Para fins da presente Resolução, adotam-se zoossanitário oficial correspondente.
as definições expressas no Código Zoossanitário ARTIGO 4
Internacional do Escritório Internacional de Epi- Os resultados das provas de diagnóstico que
zootias (OIE). Também para os mesmos fins se amparam os certificados zoossanitários para ca-
entenderá como: prinos, emitidos pelos Serviços Veterinários dos
ESTABELECIMENTO DE ORIGEM: o local onde Estados Partes, terão uma validade de trinta (30)
dias a partir da coleta de amostras, podendo ser Peste dos pequenos ruminantes.
prorrogada uma única vez por quinze (15) dias. Agalaxia contagiosa.
Os certificados zoossanitário terão validade de Febre do vale do Rift.
dez (10) dias a partir da data de assinatura. Maedi-Visna.
ARTIGO 5 Border disease (Enfermidade da fronteira)
Os animais procedentes de países, regiões ou Pleuropneumonia contagiosa caprina
estabelecimentos declarados oficialmente livres Scrapie.
de acordo com as especificações estipuladas para Se certificará um período mínimo de oito
cada enfermidade nos capítulos correspondentes (8) anos.
do Código Zoossanitário Internacional do OIE, es- Com respeito às encefalopatias espongi-
tarão isentos das provas de diagnóstico para as formes transmissíveis, o Serviço Veterinário
doenças das quais foram declarados livres. Oficial do Estado Parte certificará que os ani-
ARTIGO 6 mais nasceram e foram criados no dito Estado
Para os caprinos originários de um Estado Parte ou permaneceram em outro país com
Parte que participam de uma exposição interna- igual condição sanitária e sua ascendência
cional no mesmo Estado Parte, cumprindo com nasceu no Estado Parte ou foi importada de
os requisitos sanitários exigidos para sua poste- um país com igual condição sanitária durante
rior exportação, a permanência na exposição será os últimos oito (8) anos.
considerada como uma extensão da quarentena O Serviço Veterinário Oficial do Estado Parte de
de exportação, podendo, uma vez finalizado o origem ou procedência, também deverá certificar:
evento, ser exportados diretamente ao país de 1. que os animais nasceram e foram criados
destino, sempre que não haja surgido nenhum no Estado Parte ou zona do Estado Parte de ori-
caso de doenças transmissíveis durante o evento. gem ou tenham permanecido em outro Estado
ARTIGO 7 Parte ou zona com igual condição sanitária do
O trânsito direto de caprinos entre exposi- Estado Parte de procedência.
ções pecuárias internacionais será permitido nas 2. no caso de animais para reprodução im-
condições sanitárias que sejam acordadas entre portados de terceiros países, que os mesmos te-
os correspondentes Serviços Veterinários Oficiais. nham permanecido durante os últimos noventa
ARTIGO 8 (90) dias em Estado Parte ou zona do Estado Par-
Os animais deverão ser transportados de acordo te de procedência;
409
com o disposto na normativa MERCOSUL vigente. 3. que no estabelecimento de origem e/ou
quarentena não tenham ocorrido casos de doen-
CAPÍTULO II ças transmissíveis nos noventa (90) dias anterio-
res à data de embarque;
DAS CERTIFICAÇÕES SANITÁRIAS 4. com respeito a febre aftosa, língua azul,
estomatite vesicular e artrite encefalite caprina,
ARTIGO 9 que se tenha procedido de acordo ao estabeleci-
O Serviço Veterinário Oficial do Estado Par- do no capítulo correspondente do Código Zoossa-
te deverá certificar oficialmente que o Estado nitário Internacional do OIE;
Parte ou zona do Estado Parte de origem ou 5. que os animais objeto da exportação fo-
procedência e o país de origem dos animais, ram vacinados contra carbúnculo bacteriano e
quando corresponda , tenha permanecido li- carbúnculo sintomático num período compreen-
vre das enfermidades que se indicam a seguir, dido entre quinze (15) e cento e oitenta (180) dias
durante o período que o OIE recomenda em anteriores ao embarque;
seu Código Zoossanitário Internacional para 6. que os animais foram submetidos du-
cada uma delas: rante a quarentena às seguintes provas diag-
Febre aftosa. nósticas com resultados negativos, de acordo
Varíola ovina. ao estabelecido no artigo 3.
6.1 FEBRE AFTOSA 6.4 ARTRITE E ENCEFALITE CAPRINA
As provas serão acordadas pelos Serviços a) Imunodifusão em gel de agar, ou
Veterinários Oficiais, tendo em conta o situação b) ELISA
sanitária da região, país ou zona de origem e 7. que os animais foram submetidos a
destino, de acordo com o estabelecido no Códi- tratamentos com antiparasitários internos e
go Zoossanitário Internacional do OIE em rela- externos, dentro dos trinta (30) dias anteriores
ção a febre aftosa. ao embarque.
Para aqueles caprinos que sejam exportados 8. que os animais objeto da exportação não
para um Estado Parte ou zona de um Estado Par- são animais de descarte de qualquer programa
te livre de febre aftosa, os Serviços Veterinários de controle e/ou erradicação de doenças em exe-
Oficiais do Estado Parte de destino determinarão cução no Estado Parte de procedência.
as condições sanitárias que devem ser cumpri- 9. que os animais não apresentavam ne-
das, de acordo ao estabelecido no Código Zoos- nhum sintoma clínico de doença infecciosa no
sanitário Internacional do OIE. momento do embarque.
10. que está vigente e efetivamente aplica-
6.2 BRUCELOSE da no país de origem dos animais a proibição de
Brucella abortus: machos e fêmeas maiores alimentar os animais ruminantes com farinhas
de cento e oitenta dias (180) dias de idade. de carne e osso e outros alimentos que contenha
a) Rosa de Bengala, ou proteínas de origem ruminante.
b) Fixação do complemento ARTIGO 11
Com respeito às substâncias anabolizantes,
6.3 LÍNGUA AZUL rege o estabelecido pela regulamentação nacio-
a) Imunodifusão em gel de agar, ou nal do Estado Parte importador.
b) ELISA.

ANEXO II

410 CERTIFICADOS ZOOSSANITÁRIOS

CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE CAPRINOS PARA REPRODUÇÃO

Certificado nº
Data de Expedição
Data de Validade

I. PROCEDÊNCIA
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador
Endereço do exportador
II. DESTINO
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de destino
Endereço do estabelecimento de destino
Nome do importador
Endereço do importador

III. DO TRANSPORTE
Meio de transporte
Local de saída do país

IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Total de animais
Nº de ordem Nº de Raça Sexo Idade (*) Observações
identificação (*)
1
2
3
4
5
6
7
8 411
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
(*) Quando corresponda.
Nota : esta página poderá ser substituída por uma lista assinada pelo Veterinário Oficial, que se anexará ao certificado.
V. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS período compreendido entre quinze (15) e cento
O Veterinário Oficial que assina certifica que: e oitenta (180) dias anteriores ao embarque.
1. O Estado Parte cumpre com os requisitos 9. Os animais foram submetidos à tratamen-
expressos no Artigo 9 do Anexo I da Resolução tos contra parasitas internos e externos nos trinta
GMC Nº 42/02 sobre “Requisitos e Certificados (30) dias antes do embarque.
Zoossanitários para o intercâmbio de animais ca- 10. Os animais foram mantidos em isola-
prinos entre os Estados Partes do MERCOSUL”. mento durante os trinta (30) dias anteriores a
2. Os animais nasceram e foram criados no data da exportação em instalações previamente
Estado Parte ou zona do Estado Parte de ori- aprovadas e sob supervisão oficial com resultado
gem ou permaneceram em outro Estado Parte negativo para as seguintes provas:
ou zona com igual condição sanitária. Quando
se trata de animal/is importados de terceiros 10.1 - BRUCELOSE
paises os mesmos tenham cumprido com os Brucella abortos: machos e fêmeas com mais
requisitos sanitários MERCOSUL corresponden- de cento e oitenta dias (180) de idade.
tes e tenham permanecido durante os últimos a) Rosa de Bengala
noventa (90) dias no Estado Parte ou zona do b) Fixação do complemento
Estado Parte de procedência.
3. Com respeito à estomatite vesicular, pro- 10.2 - LÍNGUA AZUL
cedeu-se de acordo ao estabelecido no capítulo a) Imunodifusão em gel de agar, ou
correspondente do Código Zoossanitário Interna- b) ELISA
cional do OIE.
4. Com respeito à língua azul, procedeu- 10.3 - ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA
se de acordo com o estabelecido no capítulo a) Imunodifusão em gel de agar, ou
correspondente do Código Zoossanitário Inter- b) ELISA
nacional do OIE. 11. Os animais objeto desta exportação
5. Com respeito à febre aftosa, procedeu- não são animais de descarte de qualquer pro-
se de acordo com o estabelecido no capítulo grama de controle e/ou erradicação de en-
correspondente do Código Zoossanitário Inter- fermidades em execução no Estado Parte de
nacional do OIE. procedência.
6. Com respeito à artrite-encefalite caprina, 12. Com respeito às substâncias anabolizan-
412
procedeu-se de acordo com o estabelecido capí- tes, será certificado o cumprimento dos requisi-
tulo correspondente do Código Zoossanitário In- tos do Estado Parte importador.
ternacional do OIE. 13. Os animais procedentes de Estado Par-
7. No estabelecimento de origem e/ou te, região ou estabelecimento (riscar o que não
quarentena não ocorreram casos de doenças corresponda) declarado oficialmente livre de
transmissíveis nos noventa (90) dias anteriores uma e/ou várias doenças de acordo com as es-
a data de embarque. pecificações do capítulo correspondente do Có-
8. Os animais foram vacinados contra car- digo Zoossanitário Internacional do OIE para as
búnculo hemático e carbúnculo sintomático num seguintes doenças:
DOENÇA DOCUMENTO OFICIAL DATA

OBSERVAÇÕES:

Em , em _____/_____/_____
Local Data

Carimbro oficial

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VI. CERTIFICAÇÃO ADICIONAL PARA RETORNO DE EXPOSIÇÕES


O Veterinário Oficial assinante certifica que:
Não surgiram casos de doenças transmissíveis que afetem a espécie durante o evento.
Em em ______/______/__________
Local Data

Carimbo oficial.
413

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura


VII. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS
Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram sinais
clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos.
Os animais são transportados de acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE:
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO

Em em ______/______/__________
Local Data

Carimbo oficial.

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

414
CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE CAPRINOS PARA ENGORDA
(somente machos castrados)

Certificado nº
Data de Expedição
Data de Validade

I. PROCEDÊNCIA
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador
Endereço do exportador

II. DESTINO
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de destino
Endereço do estabelecimento de destino
Nome do importador
Endereço do importador

III. DO TRANSPORTE
Meio de transporte 415
Local de saída do país

IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Total de animais
Nº de ordem Nº de Raça Sexo Idade (*) Observações
identificação (*)
1
2

(*) Quando corresponda.


Nota : esta página poderá ser substituída por uma lista assinada pelo Veterinário Oficial, que se anexará ao certificado.
V. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS búnculo bacteriano e carbúnculo sintomático
1. O Veterinário Oficial abaixo assinado certifica num período compreendido entre quinze (15)
que: dias e cento e oitenta (180) dias anteriores ao
2. O Estado Parte cumpre com os requisi- embarque.
tos expressos no Artigo 9 do Anexo I da Reso- 10. Os animais foram submetidos à trata-
lução GMC Nº 42/02 sobre “Requisitos e Certi- mentos contra parasitas internos e externos nos
ficados Zoossanitários para o intercâmbio de trinta (30) dias antes do embarque.
animais caprinos entre os Estados Partes do 11. Os animais objeto desta exportação não
MERCOSUL”. são animais de descarte de qualquer programa
3. Os animais nasceram e foram criados no de controle e ou erradicação de enfermidades
Estado Parte ou zona do Estado Parte de origem em execução no Estado Parte de procedência.
ou tenham permanecido em outro Estado Parte São animais machos castrados.
ou zona com igual condição sanitária. 12. Com respeito às substâncias anabolizan-
4. Com respeito à estomatite vesicular, pro- tes, será certificado o cumprimento dos requisi-
cedeu-se de acordo ao estabelecido no capítulo tos do Estado Parte importador.
correspondente do Código Zoossanitário Interna- 13. Os animais foram mantidos em isola-
cional do OIE. mento durante os trinta (30) dias anteriores à
5. Com respeito à língua azul, procedeu-se data da exportação em instalações previamen-
de acordo com o estabelecido no capítulo cor- te aprovadas e sob supervisão oficial com re-
respondente do Código Zoossanitário Interna- sultado negativo para as seguintes provas:
cional do OIE.
6. Com respeito à febre aftosa, procedeu-se 13.1- LÍNGUA AZUL
de acordo com o estabelecido no capítulo cor- a) Imunodifusão em gel de agar, ou
respondente do Código Zoossanitário Interna- b) ELISA
cional do OIE.
7. Com respeito à artrite-encefalite caprina, 13.2 - ARTRITE E ENCEFALITE CAPRINA
procedeu-se de acordo com o estabelecido capí- a) Imunodifusão em gel de _gar, ou
tulo correspondente do Código Zoossanitário In- b) ELISA
ternacional do OIE. 14. Os animais procedentes de Estado Parte,
8. No estabelecimento de origem e/ou região ou estabelecimento (riscar o que não cor-
416
quarentena não ocorreram casos de doenças responda) declarado oficialmente livre de acordo
transmissíveis nos noventa (90) dias anteriores com as especificações do capítulo corresponden-
à data de embarque. te do Código Zoossanitário Internacional do OIE
9. Os animais foram vacinados contra car- para as seguintes doenças:
DOENÇA DOCUMENTO OFICIAL DATA

OBSERVAÇÕES:

Em , em _____/_____/_____
Local Data

Carimbro oficial

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VI. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS


Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram sinais
clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos.
Os animais são transportados de acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE:
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
417
Em em ______/______/__________
Local Data

Carimbo oficial.

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura


CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE CAPRINOS PARA ABATE IMEDIATO

Certificado nº
Data de Expedição
Data de Validade

I. PROCEDÊNCIA
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador
Endereço do exportador

II. DESTINO
Estado parte
Estado
Nome do estabelecimento de destino
Endereço do estabelecimento de destino
Nome do importador
Endereço do importador

III. DO TRANSPORTE
Meio de transporte
Local de saída do país
418
IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS

Total de animais
Nº de ordem Nº de animais Raça Idade Observações
Machos
Fêmeas

V. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS 2. Os animais nasceram e foram criados no


O Veterinário Oficial abaixo assinado certifica Estado Parte ou zona do Estado Parte de origem
que: ou tenham permanecido em outro Estado Parte
1. Estado Parte cumpre com os requisitos ou zona com igual condição sanitária.
expressados no Artigo 9 do Anexo I da Reso- 3. Com respeito à estomatite vesicular,
lução GMC Nº 42/02 sobre “Requisitos e Certi- procedeu-se de acordo ao estabelecido no
ficados Zoossanitários para o intercâmbio de capítulo correspondente do Código Zoossani-
animais caprinos entre os Estados Partes do tário Internacional do OIE.
MERCOSUL”. 4. Com respeito à língua azul, procedeu-se de
acordo com o estabelecido no capítulo correspon- quarentena não ocorreram casos de doenças
dente do Código Zoossanitário Internacional do OIE. transmissíveis nos noventa (90) dias anterio-
5. Com respeito à febre aftosa, procedeu-se de res à data de embarque.
acordo com o estabelecido no capítulo correspon- 8. Os animais objeto desta exportação não
dente do Código Zoossanitário Internacional do OIE. são animais de descarte de qualquer programa
6. Com respeito à artrite-encefalite caprina, de controle e/ou erradicação de enfermidades
procedeu-se de acordo com o estabelecido capí- em execução no Estado Parte de procedência.
tulo correspondente do Código Zoossanitário In- 9. Com respeito às substâncias anabolizan-
ternacional do OIE. tes, será certificado o cumprimento dos requisi-
7. No estabelecimento de origem e/ou tos do Estado Parte importador.

OBSERVAÇÕES:

Em , em _____/_____/_____
Local Data

Carimbro oficial

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VI. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS


Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram sinais 419
clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos.
Os animais são transportados de acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE:
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
LACRE Nº Nº DA PLACA DO VEÍCULO
Em em ______/______/__________
Local Data

Carimbo oficial.

Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 54, DE 17 DE SETEMBRO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 19/09/2002, Seção 1, Página 8

Aprova os requisitos zoossanitários para importação de sêmen suíno.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO consta do Anexo e faz parte da presente Ins-


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTE- trução Normativa.
CIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere o Parágrafo Único. Esta Instrução Normativa
art. 38, inciso IV, do Regimento Interno da Secreta- não se aplica aos Estados Partes do MERCOSUL.
ria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 Art. 2º - O Departamento de Defesa Animal,
de dezembro de 1998, considerando o que consta quando necessário, baixará normas complemen-
do Processo nº 21000.008028/2001-54, resolve: tares a esta Instrução Normativa.
Art. 1º - Aprovar os requisitos zoossani- Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em
tários para importação de sêmen suíno, que vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA


420

ANEXO

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS DO BRASIL PARA IMPORTAÇÃO DE SÊMEN SUÍNO


DE PAÍSES QUE NÃO SEJAM PARTES DO MERCOSUL

I. CONDIÇÕES GERAIS 2.2. opere sob supervisão do Serviço Vete-


1. As condições estabelecidas na presente rinário Oficial do País exportador, que controle
Instrução Normativa serão requeridas para paí- periodicamente o estado de saúde e o bem-estar
ses reconhecidos pelo MAPA como livres de peste dos animais, assim como os métodos utilizados
suína africana, doença vesicular do suíno, peste para a coleta, processamento e armazenamento
bovina e de febre aftosa. do sêmen, os registros efetuados e os controles
2. O sêmen destinado à exportação para o sanitários realizados no CCPS;
Brasil deverá ser coletado em um Centro de Cole- 2.3. possua equipe técnica, incluindo pelo
ta e Processamento de Sêmen (CCPS) que: menos um médico veterinário credenciado pelo
2.1. esteja registrado junto ao Serviço Veteri- Serviço Veterinário Oficial do país exportador;
nário do país exportador; 2.4. possua somente animais relaciona-
dos à produção de sêmen; mento do embarque do sêmen, o país exporta-
2.5. esteja isolado de estabelecimentos que dor encontrava-se livre de peste suína africana,
criam ou que abatem suínos; doença vesicular do suíno, peste bovina e de fe-
2.6. possua controle rigoroso de visitantes; bre aftosa, de acordo com as recomendações do
2.7. forneça roupa de proteção e botas para Código Zoossanitário Internacional do OIE.
os funcionários que trabalham na coleta, proces- B - DO CENTRO DE COLETA E PROCESSAMEN-
samento e armazenamento do sêmen; TO DO SÊMEN (CCPS)
2.8. possua instalações adequadas para alo- 2. O CCPS, onde o sêmen exportado foi cole-
jar os doadores de sêmen por ocasião da coleta; tado, cumpre com o item I.2 do anexo da Instru-
2.9. possua instalações separadas para rea- ção Normativa SDA nº ________, de ______ de
lizar a coleta, processamento e armazenamento ____________________ de 2002.
do sêmen. 3. O CCPS, onde o sêmen exportado foi cole-
3. Toda importação de sêmen suíno deverá tado, está localizado em uma zona livre de peste
ser previamente autorizada pelo MAPA. suína clássica, reconhecida pelo MAPA.
4. Toda importação de sêmen suíno deverá C - DOS DOADORES DO SÊMEN
vir acompanhada de Certificado Zoossanitário, 4. Os doadores permaneceram no país ex-
conforme especificado a seguir: portador por um período mínimo de 60 (sessen-
4.1. O certificado deverá ser emitido na lín- ta) dias, antes da colheita do sêmen.
gua oficial do país exportador e em português; 5. Os doadores originam-se de estabeleci-
4.2. O certificado deverá ser assinado ou en- mento localizado em uma zona não-infectada de
dossado pelo Serviço Veterinário Oficial do país peste suína clássica, de acordo com estabelecido
exportador; no Código Zoossanitário Internacional do OIE.
4.3. O certificado deverá ser numerado e ca- 6. Os doadores originam-se de estabeleci-
rimbado em cada página, com carimbo do Servi- mento livre de brucelose, tuberculose e da doen-
ço Veterinário Oficial; ça de Aujeszky, de acordo com o estabelecido no
4.4. O modelo de certificado do país expor- Código Zoossanitário Internacional do OIE.
tador deverá ser submetido previamente à apro- 7. Os doadores originam-se de estabelecimento
vação do DDA/MAPA. onde a presença de estomatite vesicular, gastroente-
5. Toda colheita de material dos doadores rite transmissível (TGE) ou de encefalomielite por en-
para realização dos exames laboratoriais reque- terovirus não foi registrada durante os 90 (noventa)
421
ridos pelo MAPA deverá ser supervisionada pelo dias que antecederam a coleta do sêmen.
veterinário oficial do país exportador ou pelo ve- 8. Os doadores originam-se de estabeleci-
terinário responsável pelo centro de coleta. mento livre de síndrome respiratória e reproduti-
6. Os exames laboratoriais requeridos pelo va dos suínos (PRRS).
MAPA deverão ser realizados somente em labo- 9. Os doadores e os demais animais resi-
ratório aprovado pelo Serviço Veterinário Oficial dentes no centro de coleta não apresentaram
do país exportador. nenhum sinal clínico de doença transmissível
7. As palhetas ou ampolas de sêmen deverão durante os 30 (trinta) dias anteriores à coleta,
ser identificadas com o número de registro, raça na ocasião da coleta e durante os 30 (trinta) dias
do doador, data de coleta e nome do CCPS. após a coleta do sêmen.
II. CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO D - DOS TESTES DE DIAGNÓSTICO
O certificado zoossanitário que acompanha 10. Os doadores foram submetidos a testes
as importações brasileiras deverá estar de acordo de diagnóstico com resultados negativos para as
com o modelo recomendado no Código Zoossa- seguintes doenças:
nitário Internacional do OIE, acrescido das se- 10.1. Brucelose - BBAT ou teste de ELISA
guintes informações sanitárias: ou teste de Fixação do Complemento, por oca-
A - DO PAÍS sião do ingresso no CCPS e a cada 6 (seis) me-
1. Durante o período da coleta até o mo- ses enquanto residentes.
10.2. Doença de Aujeszky - Vírus Neutraliza- cina e polimixina), em concentrações suficientes
ção ou ELISA, por ocasião do ingresso no CCPS e a para prevenir a presença de contaminação por
cada 6 (seis) meses enquanto residentes. agentes bacterianos.
10.3. Síndrome respiratória e reprodutiva 13. O sêmen foi acondicionado em botijão
dos suínos (PRRS) - teste de ELISA, no mínimo limpo e desinfetado, que foi mantido por um
30 (trinta) dias que antecederam a coleta do sê- período mínimo de 30 (trinta) dias antes do em-
men e, novamente, 15 (quinze) a 60 (sessenta) barque, em local seguro e sob controle do veteri-
dias após a coleta. nário responsável pelo centro de coleta.
E - DO SÊMEN Nota: A condição de país livre para qualquer
11. O sêmen foi coletado, processado e ar- uma das doenças relacionadas no item D.10 dis-
mazenado de acordo com as recomendações do pensa a necessidade da realização de testes para
Código Zoossanitário Internacional. a respectiva doença. Nesse caso, o país expor-
12. Na diluição do sêmen, foram incluídas tador deverá obter o reconhecimento junto ao
misturas de antibióticos (penicilina, estreptomi- MAPA para tal certificação.

INSTRUÇÃO NORMATIVA/SDA Nº 39, DE 17 DE JUNHO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 24/06/2002, Seção 1, Página 15

Adota a resolução GMC - Mercosul nº 51/01 que aprova os “Requisitos e Certificados para o
Intercâmbio de Animais Ovinos entre os estados parte do Mercosul”.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO do Processo nº 21000.003131/2002-99, resolve:


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABAS- Art. 1º Adotar a Resolução GMC – MERCOSUL Nº
TECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere 51/01 que aprova os “REQUISITOS E CERTIFICADOS
o art. 83, inciso IV, do Regimento Interno da Secre- PARA O INTERCÂMBIO DE ANIMAIS OVINOS ENTRE
taria, aprovado pela Portaria Ministerial nº 574, OS ESTADOS PARTE DO MERCOSUL”, e seus anexos.
422 de 8 de dezembro de 1998, tendo em vista o dis- Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em
posto no Protocolo de Ouro Preto e o que consta vigor na data de sua publicação.

LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

MERCOSUL/GMC/RES. Nº 51/01 ção GMC nº 66/94, para o intercâmbio de ovinos


REQUISITOS E CERTIFICADOS no MERCOSUL e os certificados zoossanitários
ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO correspondentes.
DE ANIMAIS OVINOS ENTRE OS O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE:
ESTADOS PARTES DO MERCOSUL Art. 1 - Aprovar os “Requisitos zoossanitá-
(REVOGA RES GMC nº 66/94) rios para o intercâmbio de Animais Ovinos entre
TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, os Estados Partes do MERCOSUL”, que constam
o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão nº 6/96 do como Anexo I e fazem parte da presente Resolu-
Conselho do Mercado Comum e a Resolução nº ção. Estes requisitos serão os únicos que se pode-
66/94 do Grupo Mercado Comum. rão exigir no comércio entre os Estados Partes.
CONSIDERANDO: Art. 2 - Para os fins do Artigo 1, aprovam-se
Que é necessário atualizar os requisitos sa- os Certificados Zoossanitários abaixo especifica-
nitários e os certificados estabelecidos na Resolu- dos, que constam como Anexo II e fazem parte
da presente Resolução: Abastecimento - MAPA
-”Certificado zoossanitário para exportação Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA
de ovinos para reprodução”; Paraguai: Ministerio de Agricultura y Gana-
-”Certificado zoossanitário para exportação de dería - MAG
ovinos para engorda (somente machos castrados)”; Subsecretaría de Estado de Ganadería - SSEG
-”Certificado zoossanitário para exportação Servicio Nacional de Salud Animal - SENACSA
de ovinos para abate imediato”. Uruguai: Ministerio de Ganadería, Agricultu-
Art. 3 - Os Estados Partes implementarão as ra y Pesca - MGAP
disposições legislativas, regulamentares e ad- Dirección General de Servicios Ganaderos
ministrativas necessárias para dar cumprimen- - DGSG
to à presente Resolução por meio dos seguintes Art. 4 - Fica revogada a Resolução GMC
organismos: nº 66/94.
Argentina: Secretaría de Agricultura, Gana- Art. 5 - Os Estados Partes do MERCOSUL de-
dería, Pesca y Alimentación – SAGPyA verão incorporar a presente Resolução a seus
Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agro- ordenamentos jurídicos nacionais antes do dia
alimentaria - SENASA 31/03/2002.
Brasil: Ministério da Agricultura, Pecuária e XLIV GMC – Montevidéu, 05/12/01

ANEXO I

REQUISITOS ZOOSSANITÁRIOS PARA O INTERCÂMBIO DE ANIMAIS OVINOS ENTRE OS ESTADOS


PARTES DO MERCOSUL

CAPITULO I ARTIGO 3.
Os animais destinados a exportação serão
DISPOSIÇÕES GERAIS mantidos em isolamento, durante um perío-
do de 30 (trinta) dias, que seja efetuado, antes
ARTIGO 1. do embarque, em instalações aprovadas e sob
Todo intercâmbio de ovinos vivos que se supervisão oficial, de acordo com a normativa
realize entre os Estados Partes do MERCOSUL MERCOSUL vigente. Durante a quarentena, serão 423
deverá cumprir o disposto na presente Re- submetidos, de acordo com sua categoria ou fi-
solução e deverá realizar-se acompanhado e nalidade, às provas de diagnóstico estabelecidas
amparado pelos CERTIFICADOS ZOOSSANITÁ- no artigo 10.6, efetuadas em um Laboratório Ofi-
RIOS PARA OVINOS para reprodução, engorda cial ou Credenciado pelos Serviços Veterinários
(somente machos castrados) ou abate imediato, Oficiais, a fim de que seja expedido o certificado
segundo corresponda, aprovados pela presente zoossanitário oficial correspondente.
Resolução e que figuram como Anexo II. ARTIGO 4.
ARTIGO 2. Os resultados das provas de diagnóstico
Para fins da presente Resolução, adotam-se que amparam o certificado zoossanitário para
as definições expressas no Código Zoossanitário ovinos, emitidos pelos Serviços Veterinários dos
Internacional do Escritório Internacional de Epi- Estados Partes do MERCOSUL, terão uma vali-
zootias (OIE). Também, para os mesmos fins, se dade de 30 (trinta) dias a partir da colheita de
entenderá como: amostras, podendo ser prorrogada uma única
ESTABELECIMENTO DE ORIGEM: o local onde vez por 15 (quinze) dias. Os certificados zoossa-
nasceram ou permaneceram os animais nos 12 nitários terão validade de 10 (dez) dias a partir
(doze) meses anteriores à data de exportação. da data de assinatura.
ESTABELECIMENTO DE PROCEDÊNCIA: o local ARTIGO 5.
onde foi realizada a quarentena de exportação. Os animais procedentes de países, regiões
ou estabelecimentos declarados oficialmente Scrapie. Se certificará um período míni-
livres, de acordo com as especificações que, mo de 8 (oito) anos.
para cada enfermidade, estipulam os capítulos Com respeito às encefalopatias espongifor-
correspondentes do Código Zoossanitário Inter- mes transmissíveis, o Serviço Veterinário Oficial
nacional do OIE, estarão isentos das provas de do Estado Parte certificará que os animais nas-
diagnóstico para as doenças das quais foram ceram e foram criados no citado Estado Parte ou
declarados livres. permaneceram em outro país com igual condição
ARTIGO 6. sanitária e sua ascendência nasceu no Estado Par-
Para os ovinos originários de um Estado Parte te ou foi importada de um país com igual condi-
que participam de uma exposição internacional ção sanitária durante os últimos 8 (oito) anos.
no mesmo Estado Parte, cumprindo os requisitos ARTIGO 10.
sanitários exigidos para sua posterior exportação, O Serviço Veterinário Oficial do Estado
a permanência na exposição será considerada Parte de origem ou procedência também de-
como uma extensão da quarentena de exporta- verá certificar:
ção, podendo, uma vez finalizado o evento, se- 1. que os animais nasceram e foram criados
rem exportados diretamente ao país de destino, no Estado Parte ou zona do Estado Parte de ori-
sempre que não tenha surgido nenhum caso de gem, ou têm permanecido em outro Estado Parte
enfermidades transmissíveis durante o evento. ou zona com igual condição sanitária do Estado
ARTIGO 7. Parte de procedência;
O trânsito direto de ovinos, entre exposições 2. no caso de animais para reprodução, im-
pecuárias internacionais, será permitido nas con- portados de terceiros países, em que os mesmos
dições sanitárias que sejam acordadas entre os tenham permanecido durante os últimos 90 (no-
correspondentes Serviços Veterinários Oficiais. venta) dias em Estado Parte ou zona do Estado
ARTIGO 8. Parte de procedência;
Os animais deverão ser transportados de acordo 3. que no estabelecimento de origem e/ou
com o disposto na normativa MERCOSUL vigente. quarentena não tenham ocorrido casos de en-
fermidades transmissíveis nos 90 (noventa) dias
CAPÍTULO II anteriores à data de embarque.
4. com respeito à febre aftosa, língua azul,
DAS CERTIFICAÇÕES SANITÁRIAS estomatite vesicular e artrite encefalite caprina,
424
que foram cumpridos os requisitos estabelecidos
ARTIGO 9. no capítulo correspondente do Código Zoossani-
O Serviço Veterinário Oficial do Estado Parte tário Internacional do OIE;
do MERCOSUL deverá certificar oficialmente que 5. que os animais motivo da exportação
o Estado Parte ou zona do Estado Parte de ori- foram vacinados contra carbúnculo bacteria-
gem ou procedência e o país de origem dos ani- no e carbúnculo sintomático num período
mais, quando corresponda, tem permanecido compreendido entre 15 (quinze) e 180 (cento e
livre das enfermidades que se indicam a seguir, oitenta) dias anteriores ao embarque.
durante o período que o OIE recomenda em seu 6. que os animais foram submetidos, du-
Código Zoossanitário Internacional: rante a quarentena, às seguintes provas diag-
Febre Aftosa; nósticas com resultado negativo, de acordo ao
Varíola Ovina; estabelecido no artigo 3.
Peste dos pequenos ruminantes;
Agalaxia contagiosa; 6.1. FEBRE AFTOSA
Febre do vale do Rift; As provas serão acordadas pelos Serviços
Maedi-Visna; Veterinários Oficiais, tendo em conta o “sta-
Adenomatose pulmonar ovina; tus” sanitário da região, país ou zona de ori-
Border disease (enfermidade da fronteira); gem e destino, de acordo ao estabelecido no
Código Zoossanitário Internacional do OIE em 6.4. ARTRITE E ENCEFALITE CAPRINA
relação a febre aftosa. a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
Para aqueles ovinos que sejam exportados b) ELISA
para um Estado Parte ou zona de um Estado Par- 7. que os animais foram submetidos a
te livre de febre aftosa, os Serviços Veterinários tratamentos com antiparasitários internos e
Oficiais do Estado Parte de destino determinarão externos, dentro dos 30 (trinta) dias anterio-
as condições sanitárias que devem ser cumpri- res ao embarque.
das, de acordo ao estabelecido no Código Zoos- 8. que os animais motivo de exportação não
sanitário Internacional do OIE. são animais de descarte de qualquer programa
de controle e/ou erradicação de doenças em exe-
6.2. BRUCELOSE cução no Estado Parte de procedência.
Brucella ovis: machos com mais de 180 (cen- 9. que os animais não apresentavam ne-
to e oitenta) dias de idade. nhum sintoma clínico de doenças infecciosas
a) Imunodifusão em gel de ágar, ou no momento do embarque.
b) Fixação do Complemento, ou 10. que está vigente e efetivamente aplica-
c) ELISA da, no país de origem dos animais, a proibição de
Brucella abortus: machos e fêmeas maiores alimentar os animais ruminantes com farinhas
de 180 (cento e oitenta) dias de idade. de carne e osso, além de outros alimentos que
a) Rosa de Bengala, ou contenham proteínas de origem de ruminantes.
b) Fixação do Complemento ARTIGO 11.
Com respeito às substâncias anabolizantes,
6.3. LÍNGUA AZUL rege o estabelecido pela regulamentação nacio-
a) Imunodifusão em gel de ágar, ou nal do Estado Parte importador.
b) ELISA.

ANEXO II

CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE OVINOS


425

PARA REPRODUÇÃO
Certificado nº
Data de expedição
Data de validade

I - PROCEDÊNCIA
Estado Parte
Província Estado Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador Endereço do exportador
II - DESTINO
Estado Parte
Província, Estado, Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do importador
Endereço do importador

III - DO TRANSPORTE
Meio de transporte
Local de saída do país

IV - IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Nº de Animais Raça Idade Observações
Machos
Fêmeas

IV - IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Total de animais

Ordem
Nº de
Identificação (*)
426 Raça
Sexo
Idade (*)

Nota: esta página poderá ser substituída por uma lista assinada pelo Veterinário Oficial, que se
anexará ao certificado.
V - INFORMAÇÕES SANITÁRIAS
O Veterinário Oficial abaixo assinado certifica que:

1. O Estado Parte cumpre os requisitos ex- 9. Os animais foram submetidos a tratamen-


pressos no Artigo 9, do Anexo I, da Resolução tos com antiparasitários internos e externos nos
GMC nº 51/01, sobre “Requisitos e Certificados 30 (trinta) dias antes do embarque.
Zoossanitários para o intercâmbio de animais 10. Os animais foram mantidos em isola-
ovinos entre os Estados Partes do MERCOSUL”. mento, durante os 30 (trinta) dias anteriores à
2. Os animais nasceram e foram criados no data da exportação, em instalações previamente
Estado Parte ou zona do Estado Parte de origem aprovadas e sob supervisão oficial, com resultado
ou tenham permanecido em outro Estado Parte negativo para as seguintes provas:
ou zona com igual condição sanitária, quando se
trata de animal(is) importado(s) de terceiros paí- 10.1. BRUCELOSE
ses, onde os mesmos tenham cumprido os requi- Brucella ovis: machos com mais de 180 (cen-
sitos sanitários do MERCOSUL correspondentes to e oitenta) dias de idade.
e tenham permanecido durante os últimos 90 a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
(noventa) dias no Estado Parte ou zona do Estado b) Fixação do complemento, ou
Parte de procedência. c) ELISA Brucella abortus: machos e fêmas
3. Com respeito à estomatite vesicular, com mais de 180 (cento e oitenta dias) de idade.
procedeu-se de acordo ao estabelecido no a) Rosa de Bengala, ou
capítulo correspondente do Código Zoossani- b) Fixação do complemento
tário Internacional do OIE.
4. Com respeito à língua azul, procedeu-se 10.2. LÍNGUA AZUL
de acordo com o estabelecido no capítulo cor- a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
respondente do Código Zoossanitário Interna- b) ELISA
cional do OIE.
5. Com respeito a febre aftosa, procedeu- 10.3. ARTRITE E ENCEFALITE CAPRINA
se de acordo com o estabelecido no capítulo a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
correspondente do Código Zoossanitário Inter- b) ELISA
nacional do OIE. 11. Os animais motivo desta exportação não
427
6. Com respeito a artrite e encefalite capri- são animais de descarte de qualquer programa
na, procedeu-se de acordo com o estabelecido no de controle e/ou erradicação de enfermidades
capítulo correspondente do Código Zoossanitário em execução no Estado Parte de procedência.
Internacional do OIE. 12. Com respeito às substâncias anaboli-
7. No estabelecimento de origem e/ou qua- zantes, certificar-se-á que cumprem os requi-
rentena, não ocorreram casos de doenças trans- sitos do Estado Parte importador.
missíveis nos 90 (noventa) dias anteriores à data 13. Os animais procedentes de Estados Par-
de embarque. te, regiões ou estabelecimentos são declarados
8. Os animais foram vacinados contra carbún- oficialmente livres, de acordo com as especifi-
culo bacteriano e carbúnculo sintomático, num pe- cações do capítulo correspondente do Código
ríodo compreendido entre 15 (quinze) e 180 (cento Zoossanitário Internacional do OIE, para as se-
e oitenta) dias anteriores ao embarque. guintes enfermidades: Doença Documento
Oficial Data
OBSERVAÇÕES:
Em___________________, em _____/_____/_____
Local Data

Carimbo oficial.
________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VI. CERTIFICAÇÃO ADICIONAL PARA RETORNO DE EXPOSIÇÕES


O veterinário oficial responsável certifica que:
Não têm surgido casos de doenças transmissíveis que afetam a espécie durante o evento.

Em___________________, em _____/_____/_____
Local Data
Carimbo oficial.
________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VI. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS


Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram sinais
clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos. Os animais são transportados de
acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE _____________________________________________________________


LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
428
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________

Em___________________, em _____/_____/_____
Local Data
Carimbo oficial.
________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura
CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE OVINOS PARA ENGORDA
(somente machos castrados)

Certificado nº
Data de expedição
Data de validade

I. PROCEDÊNCIA
Estado Parte
Província, Estado, Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador
Endereço do exportador

II. DESTINO
Estado Parte
Província, Estado, Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do importador
Endereço do importador

III. DO TRANSPORTE
Meio de transporte 429
Local de saída do país

IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Nº de Animais Raça Idade Observações
Machos
Fêmeas

IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Total de animais

Ordem
Nº de
Identificação (*)
Raça
Sexo
Idade (*)
Observações
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14

(*) Quando corresponda.


Nota: esta página poderá ser substituída por uma lista assinada pelo Veterinário Oficial, que se ane-
xará ao certificado.

430
V. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS correspondente do Código Zoossanitário Inter-
O Veterinário Oficial abaixo assinado certifica nacional do OIE.
que: 5. Com respeito a febre aftosa, procedeu-
1. O Estado Parte cumpre com os requisitos se de acordo com o estabelecido no capítulo
expressos no Artigo 9, do Anexo I, da Resolução correspondente do Código Zoossanitário Inter-
GMC nº 51/01, sobre “Requisitos e Certificados nacional do OIE.
Zoossanitários para o intercâmbio de ovinos en- 6. Com respeito a artrite e encefalite capri-
tre os Estados Parte do MERCOSUL”. na, procedeu-se de acordo com o estabelecido no
2. Os animais nasceram e foram criados no capítulo correspondente do Código Zoossanitário
Estado Parte ou zona do Estado Parte de origem, Internacional do OIE.
ou tenham permanecido em outro Estado Parte 7. No estabelecimento de origem e/ou qua-
ou zona com igual condição sanitária. rentena não ocorreram casos de doenças trans-
3. Com respeito a estomatite vesicular, missíveis nos noventa (90) dias anteriores à data
procedeu-se de acordo ao estabelecido no ca- de embarque.
pítulo correspondente do Código Zoossanitá- 8. Os animais foram vacinados contra carbún-
rio Internacional do OIE. culo bacteriano e carbúnculo sintomático, num pe-
4. Com respeito a língua azul, procedeu- ríodo compreendido entre 15 (quinze) e 180 (cento
se de acordo com o estabelecido no capítulo e oitenta) dias anteriores ao embarque.
9. Os animais foram submetidos a tratamen- sultado negativo para as seguintes provas:
tos com antiparasitários internos e externos nos
30 (trinta) dias antes do embarque. 12.1. LÍNGUA AZUL
10. Os animais motivo desta exportação não a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
são animais de descarte de qualquer programa b) ELISA
de controle e ou erradicação de enfermidades
em execução no Estado Parte de procedência. 12.2. ARTRITE E ENCEFALITE CAPRINA
São animais machos castrados. a) Imunodifusão em gel de ágar, ou
11. Com respeito às substâncias anabolizan- b) ELISA
tes, certificar-se-á que cumprem com os requisi- 13. Os animais procedentes de países,
tos do Estado Parte importador. regiões ou estabelecimentos declarados ofi-
12. Os animais foram mantidos em isola- cialmente livres de uma e/ou várias doenças
mento durante os 30 (trinta) dias anteriores à estarão isentos das provas de diagnóstico para
data da exportação, em instalações previamen- as doenças das quais foram declarados livres,
te aprovadas e sob supervisão oficial, com re- abaixo especificadas: Doença Documento

Oficial Data

OBSERVAÇÕES:
Em___________________, em _____/_____/_____

Local Data
Carimbo oficial.

________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

431
VI. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS
Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram
sinais clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos.
Os animais são transportados de acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE _____________________________________________________________


LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
Em___________________, em _____/_____/_____

Local Data

Carimbo oficial.

________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO DE OVINOS PARA ABATE IMEDIATO.

Certificado nº
Data de expedição
Data de validade

I. PROCEDÊNCIA
Estado Parte
Província, Estado, Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do exportador
Endereço do exportador

II. DESTINO
432
Estado Parte
Província, Estado, Departamento
Nome do estabelecimento de origem
Endereço do estabelecimento de origem
Nome do importador
Endereço do importador

III. DO TRANSPORTE
Meio de transporte
Local de saída do país

IV. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS


Nº de Animais Raça Idade Observações
Machos
Fêmeas
V. IDENTIFICAÇÃO DOS ANIMAIS
Total de animais

Ordem
Nº de
Identificação (*)
Raça
Sexo
Idade (*)
Observações
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13 433
14
15
16
17
18

(*) Quando corresponda.


Nota: esta página poderá ser substituída por uma lista assinada pelo Veterinário Oficial, que se ane-
xará ao certificado.
VI. INFORMAÇÕES SANITÁRIAS 5. Com respeito à febre aftosa, procedeu-se
O Veterinário Oficial abaixo assinado certifica de acordo com o estabelecido no capítulo cor-
que: respondente do Código Zoossanitário Interna-
1. O Estado Parte cumpre os requisitos ex- cional do OIE.
pressos no Artigo 9, do Anexo I, da Resolução 6. Com respeito à artrite e encefalite capri-
GMC nº 51/01, sobre “Requisitos e Certificados na, procedeu-se de acordo com o estabelecido no
Zoossanitários para o intercâmbio de animais capítulo correspondente do Código Zoossanitário
ovinos entre os Estados Partes do MERCOSUL”. Internacional do OIE.
2. Os animais nasceram e foram criados no 7. No estabelecimento de origem e/ou qua-
Estado Parte ou zona do Estado Parte de origem, rentena, não ocorreram casos de doenças trans-
ou tenham permanecido em outro Estado Parte missíveis nos 90 (noventa) dias anteriores à data
o zona com igual condição sanitária. de embarque.
3. Com respeito à estomatite vesicular, 8. Os animais motivo desta exportação não
procedeu-se de acordo ao estabelecido no ca- são animais de descarte de qualquer programa
pítulo correspondente do Código Zoossanitá- de controle e/ou erradicação de enfermidades
rio Internacional do OIE. em execução no Estado Parte de procedência.
4. Com respeito à língua azul, procedeu-se de 9. Com respeito às substâncias anabolizan-
acordo com o estabelecido no capítulo correspon- tes, certificar-se-á que cumprem os requisitos do
dente do Código Zoossanitário Internacional do OIE. Estado Parte importador.

Oficial Data

OBSERVAÇÕES:

Em___________________, em _____/_____/_____
Local Data
Carimbo oficial.

434 ________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

VII. DO EMBARQUE DOS ANIMAIS


Os animais identificados foram examinados por ocasião do embarque e não apresentaram sinais
clínicos de doenças infecciosas e estão livres de parasitas externos.
Os animais são transportados de acordo com o disposto na normativa MERCOSUL vigente.

LOCAL DE EMBARQUE ______________________________________________________________


LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________
LACRE Nº : _________________________________ Nº DA PLACA DO VEÍCULO _________________

Em___________________, em _____/_____/_____
Local Data
Carimbo oficial.

________________________________________________
Assinatura do Veterinário Oficial e Identificação da Assinatura

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 31, DE 10 DE MAIO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 13/05/2002, Seção 1, Página 8

Os suínos importados deverão vir acompanhados de Certificado Zoossanitário, atestando as


garantias requeridas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO § 4º O Certificado Zoossanitário deverá


MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABAS- estar visado pelo consulado brasileiro, exceto
TECIMENTO, no uso da atribuição que lhe confere quando houver dispensa desta exigência, ex-
o art.83, inciso IV, do Regimento Interno aprovado pressa em acordo bilateral, estabelecido me-
pela Portaria Ministerial nº 574, de 8 de dezembro diante decreto presidencial.
de 1998, tendo em vista o disposto na Portaria Mi- Art. 2º Para cada importação de suínos, é
nisterial nº 49, de 11 de março de 1987, conside- necessária a autorização prévia do Ministério da 435
rando a necessidade de harmonizar Normas para Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.
importação de suínos para reprodução, proceden- Parágrafo único. Os suínos importados poderão
tes de terceiros países, e o que consta do Processo ser transportados somente pela rota indicada na
nº 21000.008029/2001-07, resolve: referida autorização de importação.
Art. 1º Os suínos importados deverão vir Art. 3º Os suínos destinados à exportação
acompanhados de Certificado Zoossanitário, ates- para o Brasil serão submetidos a duas quarente-
tando as garantias requeridas pelo Ministério da nas: a primeira, no país de origem; e a segunda,
Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. no Brasil, por ocasião do ingresso.
§ 1º O Certificado Zoossanitário deverá ser § 1º A quarentena no país de origem será
elaborado na língua oficial do país exportador e realizada sob supervisão do Serviço Veterinário
também em português. Oficial, em local aprovado por este Serviço e terá
§ 2º O país exportador deverá submeter o mo- duração mínima de 28 (vinte e oito) dias.
delo de certificado à aprovação prévia pelo Ministé- § 2º A quarentena no destino será realizada sob
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. supervisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e
§ 3º O Certificado Zoossanitário que acompa- Abastecimento, em local aprovado pelo mesmo e
nha os animais, por ocasião da importação, deverá terá duração mínima de 28 (vinte e oito) dias. .
estar assinado por médico veterinário oficial. § 3º O importador ficará como depositário
dos suínos durante o período de quarentena no dos em laboratório oficial ou credenciado pelo
Brasil, sujeitando-se aos termos do art. 1265 e se- Serviço Veterinário Oficial do país exportador e,
guintes do Código Civil. no destino, em laboratório oficial, credenciado
§ 4º Os animais serão liberados da quarente- ou autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pe-
na para a propriedade de destino somente após cuária e Abastecimento.
autorização do Ministério da Agricultura, Pecuá- Art. 7º. A certificação de país, zona ou estabe-
ria e Abastecimento. lecimento livre de determinada doença será reali-
Art. 4º Os suínos destinados à exportação zada de acordo com o Código Zoossanitário Inter-
para o Brasil serão submetidos a testes de diag- nacional do Escritório Internacional de Epizootias
nóstico, requeridos pelo Ministério da Agricultu- (OIE) ou com critérios estabelecidos pelo Ministério
ra, Pecuária e Abastecimento do Brasil, durante a da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
quarentena na origem e no destino. Art. 8º Os meios de transporte utilizados
§ 1º No caso de algum animal resultar positivo para suínos deverão estar limpos, desinfetados
para os testes de diagnóstico requeridos durante a com produtos aprovados pelo Serviço Veterinário
quarentena de origem, todo o lote quarentenado Oficial do país exportador.
ficará impedido de ser exportado para o Brasil. Art. 9º O modelo de ¿Certificado Zoossanitá-
§ 2º No caso de algum animal resultar positivo rio para Exportação para o Brasil de Suínos Des-
para os testes de diagnóstico requeridos durante a tinados à Reprodução¿ consta como Anexo I da
quarentena de destino, o Ministério da Agricultura, presente Instrução Normativa.
Pecuária e Abastecimento atuará de acordo com o Art 10. As Normas para Aprovação e Fun-
estabelecido no Regulamento de Defesa Sanitária cionamento de Quarentenário para Suínos no
Animal e legislação complementar. Brasil constam como Anexo II da presente Ins-
Art. 5º A colheita de material para realização trução Normativa.
de testes de diagnóstico, durante a quarentena na Art. 11. O Departamento de Defesa Animal
origem, será supervisionada pelo Serviço Veteriná- do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-
rio Oficial do país exportador e, no destino, pelo Mi- cimento, quando necessário, baixará instruções
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. complementares a esta Instrução Normativa.
Art. 6º Os testes de diagnóstico requeridos Art. 12. Esta Instrução Normativa entra em
durante a quarentena na origem serão realiza- vigor na data de sua publicação.
436 LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA

ANEXO I

CERTIFICADO ZOOSSANITÁRIO PARA EXPORTAÇÃO PARA O BRASIL


DE SUÍNOS DESTINADOS À REPRODUÇÃO

I. IDENTIFICAÇÃO DOS SUÍNOS:


Número do animal, raça, sexo e idade.
II. ORIGEM:
Nome e endereço do estabelecimento de origem.
Nome e endereço do exportador.
III. DESTINO:
Nome e endereço do estabelecimento de destino.
Nome e endereço do importador.
IV. INFORMAÇÕES ZOOSSANITÁRIAS
O Veterinário Oficial do país exportador certifica que os suínos identificados acima:
1. Originam-se de estabelecimento registra- de Fixação do Complemento;
do no Serviço Veterinário Oficial do país exporta- 6.2 Tuberculose - Prova intradérmica com-
dor, que funciona sob responsabilidade de médi- parada com PPD bovina e aviária, com leitura de
co veterinário credenciado por este serviço. 48 horas após a inoculação;
2. Originam-se de país livre de febre aftosa, 6.3 Peste Suína Clássica - Teste de ELISA;
doença vesicular do suíno, peste suína africana e 6.4 Doença de Aujeszky - teste de vírus neu-
peste bovina, de acordo com o estabelecido no tralização ou teste de ELISA;
Código Zoossanitário Internacional do Escritório 6.5 Síndrome Respiratória e Reprodutiva do
Internacional de Epizootias (OIE). Suíno (PRRS) - dois testes de ELISA com intervalo
*** No caso de febre aftosa, aceita-se tam- mínimo de 21 dias;
bém a certificação de Zona Livre, quando reco- 6.6 Gastroenterite Transmissível - teste de
nhecida pelo OIE ou pelo Ministério da Agricultu- Vírus Neutralização ou teste de ELISA;
ra, Pecuária e Abastecimento do Brasil. 6.7 Encefalomielite por Enterovirus - teste de
3. Originam-se de uma zona não-infectada Vírus Neutralização;
por peste suína clássica, de acordo com o estabe- 6.8 Leptospirose - microaglutinação a 1:100
lecido no Código Zoossanitário Internacional do para L. pomona, L. hardjo, L.wolfi, L. icterohae-
OIE e com reconhecimento do Ministério da Agri- morrhagiae, L. canicola, L. grippotyphosa, L. ta-
cultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. rassovi, L. bratislava e L. ballum Ou
4. Originam-se de estabelecimento livre de bru- Os suínos foram submetidos a dois tratamentos
celose, tuberculose e doença de Aujeszky, de acordo com di-hidroestreptomicina (25 mg/kg de peso vivo),
com o estabelecido no Código Zoossanitário Interna- intervalados de 14 (quatorze) dias dentro dos 28 (vin-
cional do OIE e com reconhecimento do Ministério te e oito) dias que antecederam o embarque.
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. *** A condição de país livre, zona livre ou
5. Originam-se de estabelecimento onde de estabelecimento livre de determinada doen-
não foi registrada a ocorrência clínica de esto- ça, dispensa a realização do teste para a referida
matite vesicular, encefalomielite por enterovirus, doença durante a quarentena na origem. Neste
gastroenterite transmissível, influenza suína, co- caso, o país exportador deverá obter o reconhe-
ronavirus respiratório, diarréia epidêmica, rinite cimento desta condição junto ao Ministério da
atrófica progressiva, pneumonia micoplásmica Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.
(Mycoplasma hyopneumoniae), pleuropneumo- 7. Foram submetidos a tratamentos con-
437
nia contagiosa suína (Actinobacillus pleuropneu- tra parasitas internos e externos, com produtos
moniae), disenteria suína (Brachyspira hyodysen- aprovados pelo Serviço Veterinário Oficial do país
teriae) e síndrome respiratória e reprodutiva dos exportador, dentro dos últimos 5 (cinco) dias que
suínos (PRRS), nos últimos 12 meses que antece- antecederam o embarque.
deram o embarque. ***Indicar o nome do produto e a data do
*** Se o país exportador for livre de alguma das tratamento.
doenças relacionadas nos itens 3, 4, 5, 6 ou possuir 8. Não apresentaram nenhum sinal clínico
zona livre para alguma das doenças relacionadas de doenças transmissíveis por ocasião do embar-
nos itens 4, 5 e 6, o mesmo deverá obter o reconhe- que e estavam livres de parasitas externos.
cimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e 9. Foram transportados diretamente do es-
Abastecimento do Brasil para tal certificação. tabelecimento de procedência ao local de em-
6. Foram isolados sob supervisão oficial, em barque, em veículo limpo e desinfetado com
local aprovado pelo Serviço Veterinário Oficial do produtos aprovados pelo Serviço Veterinário Ofi-
país exportador, por um período mínimo de 28 cial do país exportador, sem manter contato com
(vinte e oito) dias. Nessa ocasião, todos os animais animais de condições sanitárias adversas.
foram submetidos a testes de diagnóstico com re- Carimbo Oficial.
sultados negativos para as seguintes doenças: Local e data.
6.1 Brucelose - BBAT, teste de ELISA ou teste Nome e assinatura do veterinário oficial.
ANEXO II

NORMAS PARA APROVAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE QUARENTENÁRIO PARA SUÍNOS NO BRASIL

DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO viços administrativos;


1. O projeto do quarentenário deverá ser 4.5. Refeitório para os técnicos realizarem as
submetido à apreciação do Ministério da Agricul- refeições diárias;
tura, Pecuária e Abastecimento; 4.6. Sanitários construídos em local distinto
1.1 Apresentar planta baixa do projeto de das baias que alojam os suínos;
engenharia na escala mínima 1:200. 4.7. Vestiários com uma sala na qual os fun-
1.2 Apresentar memorial descritivo das cionários ingressam e deixam seus pertences;
instalações. uma segunda sala na qual os funcionários vesti-
1.3 Apresentar parecer do órgão responsável rão as roupas de trabalho; e um banheiro locali-
pelo meio ambiente no que diz respeito ao local zado entre as duas salas.
de construção. 4.8. Lavanderia para lavar as roupas dos fun-
DA LOCALIZAÇÃO DO QUARENTENÁRIO cionários que trabalham no quarentenário;
2. Deverá localizar-se em área isolada, 4.9. Baias com capacidade suficiente para
fora do perímetro urbano e respeitar as se- alojar os suínos;
guintes distâncias: 4.10. Depósito de ração;
2.1 800 (oitocentos) metros de estabeleci- 4.11 Fossa séptica que atenda as disposições
mentos que criam suínos em escala comercial ou dos órgãos oficiais relacionados ao meio ambiente;
para subsistência. DA QUALIDADE DA ÁGUA
2.2 800 (oitocentos) metros de estabeleci- 5. Utilizar, para abastecimento do quarente-
mentos que criam outras espécies animais que nário, água de fonte conhecida, que não seja de
representam riscos sanitários aos suínos. cursos naturais, com reservatórios protegidos lim-
2.3 800 (oitocentos) metros de estradas pú- pos e desinfetados, no mínimo, a cada seis meses.
blicas e rodovias. DO TRATAMENTO DE EFLUENTES
2.4 2 (dois) km de estabelecimentos que re- 6. Deverá ser realizado de acordo com as
alizam abate de suínos ou de espécies que apre- normas estabelecidas por órgãos responsáveis
438 sentam doenças comuns aos suínos. pelo meio ambiente e saúde.
DOS ASPECTOS LEGAIS DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
3. O estabelecimento que realiza a quarente- 7. É obrigatório que o estabelecimento cre-
na de suínos importados deverá estar registrado denciado para quarentena dos suínos tenha
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). como responsável técnico um médico veterinário
DA CONSTRUÇÃO habilitado ao exercício legal da profissão.
4. O quarentenário deverá ser dividido em 7.1 O médico veterinário, responsável pelo
áreas distintas de trabalho, separadas fisica- estabelecimento de quarentena dos suínos, res-
mente, e possuir: ponderá por todas as atividades desenvolvidas
4.1. Cercas externas circundando as instala- no referido estabelecimento.
ções inerentes ao quarentenário. A distância en- 7.2 O médico veterinário poderá ser respon-
tre a cerca externa e as instalações propriamente sável somente por um estabelecimento aprovado
ditas deverá ser de, no mínimo, 10 metros; para a quarentena de suínos.
4.2. Entrada única para controlar a entrada 7.3 Durante o período de quarentena, o
de pessoas e animais no estabelecimento; médico veterinário terá que se dedicar exclusiva-
4.3. Rodolúvios e pedilúvios localizados na mente ao estabelecimento de quarentena.
entrada principal do quarentenário; DOS TESTES REALIZADOS DURANTE
4.4. Escritório separado fisicamente de A QUARENTENA
todas as instalações, onde funcionam os ser- 8. Durante a quarentena, os suínos serão
submetidos a testes para as seguintes doenças: a supervisão da colheita e remessa de material
8.1 Brucelose - BBAT, teste de ELISA ou teste para laboratório, para realização dos diagnósti-
de Fixação do Complemento; cos das doenças requeridas pelo Ministério da
8.2 Tuberculose - Prova intradérmica com- Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
parada com PPD bovina e aviária, com leitura de DO CONTROLE DE PESSOAL E VISITAS
48 (quarenta e oito) horas após a inoculação; 11. Qualquer movimentação de pessoal
8.3 Peste Suína Clássica - Teste de ELISA; dentro do quarentenário obedecerá aos critérios
8.4 Doença de Aujeszky - teste de vírus neu- de biossegurança, sendo expressamente vedada
tralização ou teste de ELISA; a visita de pessoas estranhas, sem autorização
8.5 Síndrome Respiratória e Reprodutiva do prévia do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Suíno (PRRS) - teste ELISA; Abastecimento.
8.6 Gastroenterite Transmissível - teste de DO MATERIAL DE DESCARTE
Vírus Neutralização ou teste de ELISA; 12. A morte de animais durante o período
8.7 Encefalomielite por Enterovirus - teste de de quarentena deverá ser comunicada imedia-
Vírus Neutralização; tamente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
8.8 Leptospirose - microaglutinação a 1:100 Abastecimento, que orientará a necrópsia e co-
para L. pomona, L. hardjo, L.wolfi, L. icterohae- lheita de material para exames laboratoriais. Os
morrhagiae, L. canicola, L. grippotyphosa, L. ta- animais mortos serão incinerados ou submetidos
rassovi, L. bratislava e L. ballum a qualquer outro método de descarte sanitário, a
9. Os animais importados que se destinam a critério do Serviço Oficial.
estabelecimentos criadores que possuem certifica- DO CONTROLE DE ROEDORES E INSETOS
ção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste- 13. O quarentenário deverá possuir sistema
cimento como livres de rinite atrófica progressiva, eficiente para controlar insetos e roedores.
pneumonia micoplásmica (Mycoplasma hyopneu- DA LIBERAÇÃO DOS SUÍNOS PARA O ESTABE-
moniae), pleuropneumonia contagiosa suína (Ac- LECIMENTO CRIADOR
tinobacillus pleuropneumoniae), disenteria suína 14. Os suínos serão liberados da quarentena
(Brachyspira hyodysenteriae), serão submetidos aos somente após autorização do Ministério da Agri-
testes de diagnóstico para estas doenças durante a cultura, Pecuária e Abastecimento.
quarentena conforme Instrução Normativa SDA Nº DO VAZIO SANITÁRIO
19 de 15 de fevereiro de 2002. 15. As instalações de quarentena serão sub-
439
DA COLHEITA E REMESSA DE metidas a vazio sanitário após a saída dos ani-
MATERIAL PARA LABORATÓRIO mais, por um período de 10 (dez) dias, a partir da
10. Compete ao médico veterinário oficial data da realização das medidas de desinfecção.

LEGISLAÇÕES COMPLEMENTARES

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 18 DE ABRIL DE 2007


Publicada no Diário Oficial da União de 20/04/2007, Seção 1, Página 15

Aprova as condições sanitárias requeridas para as fêmeas receptoras de embriões de bovinos


coletados in vivo originários e procedentes da República da Índia, regularmente importados,
bem como as condições de quarentena para a realização da transferência.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 32, DE 11 DE JULHO DE 2007
Publicada no Diário Oficial da União de 12/07/2007, Seção 1, Página 8

Alterar a Instrução Normativa nº 6, de 13 de fevereiro de 2006

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2006


Publicada no Diário Oficial da União de 14/02/2006 , Seção 1 , Página 14

Alterada Pela Instrução Normativa nº 32 de 11/07/2007

Aprova os requisitos sanitários e os procedimentos tecnológicos a serem observados para a


importação e a transferência para fêmeas receptoras no território nacional de embriões de
bovinos coletados in vivo, originários e procedentes da República da Índia.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 60, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2002


Publicada no Diário Oficial da União de 07/11/2002 , Seção 1 , Página 7

As importações de ovos férteis de avestruzes serão permitidas somente de países


habilitados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) e de
estabelecimentos criadores habilitados pelo Serviço Veterinário Oficial do país exportador,
reconhecidos pelo MAPA.

440

Diagramação e produção gráfica


Editora Horizonte
Av. Arruda Botelho, 684, 5º andar, CEP: 05466-000 - São Paulo-SP
Tel.: (11) 3022-5599 • www.edhorizonte.com.br
2009
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento

MANUAL DE LEGISLAÇÃO ■ PROGRAMAS NACIONAIS DE SAÚDE ANIMAL DO BRASIL


Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento -
MAPA
Organização Pan-Americana
da Saúde – OPAS/OMS Manual de
Legislação
Saúde Pública Veterinária
Departamento de Saúde Animal Centro Pan-Americano de Febre
Esplanada dos Ministérios Aftosa - PANAFTOSA
Bloco D, Anexo A, Sala 301 Av. Presidente Kennedy, 7778
70.043-900 - Brasília - DF - Brasil 25040-004 - Duque de Caxias
Tel.: ++ 55 (61) 3218-2701/ 3218-2709 Rio de Janeiro – Brasil
Fax: ++ 55 (61) 3226-3446 Tel.: ++ 55 (21) 3661-9003
e-mail: dsanimal@agricultura.gov.br Fax: ++ 55 (21) 3661-9001 PROGRAMAS NACIONAIS
http://www.agricultura.gov.br http://www.panaftosa.org.br
DE SAÚDE ANIMAL DO BRASIL

ISBN 978-85-99851-61-6

Ministério da
Secretaria de Agricultura, Pecuária
Defesa Agropecuária e Abastecimento

2009
Saúde Pública Veterinária
Centro Pan-Americano de Febre Aftosa
Brasília, DF

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