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N-1965 REV.

A DEZ / 2004

CONTEC SC-23 MOVIMENTAÇÃO DE


Inspeção de Sistemas
e Equipamentos em CARGA COM GUINDASTE
Operação

2a Emenda

Esta é a 2a Emenda da Norma PETROBRAS N-1965 REV. A, devendo ser grampeada na


frente da Norma e se destina a modificar o seu texto nas partes indicadas a seguir.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Substituir norma:

ABNT NB-27 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação.

Por:

ABNT NBR 6489 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação.

Substituir norma:

ANSI B30.5 - Crane, Locomotive and Truck Cranes.

Por:

ASME B30.5 - Mobile and Locomotive Cranes.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 2 páginas


N-1965 REV. A DEZ / 2004

2a Emenda

Substituir a FIGURA B-1 (Giro) pela figura abaixo:

Use Cabo de Carga - Suspender a Lança Arriar a Lança


Auxiliar
Braço estendido, dedos Braço estendido, dedos
Bata no cotovelo com uma cerrados, polegar apontando cerrados, polegar
das mãos; use então os sinais para cima. apontando para baixo.
convencionais.

Giro Suspender a Lança e Arriar a Lança e


Arriar e Carga Suspender a Carga
Braço estendido apontando
com o dedo na direção do Com o braço estendido e o Com o braço estendido,
giro da lança. polegar apontando para polegar apontando para
cima flexione os dedos para baixo, flexione os dedos para
dentro e para fora, enquanto dentro e para fora, enquanto
for desejado o movimento da for desejado o movimento da
carga. carga.

FIGURA B-1 - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DE OPERAÇÕES COM


EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA (CONTINUA)

______________

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N-1965 REV. A MAI / 99

MOVIMENTAÇÃO DE
CARGA COM GUINDASTE

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
Recomendada].
SC – 23
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Inspeção de Sistemas e
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Equipamentos em Operação
Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 21 páginas


N-1965 REV. A MAI / 99

PÁGINA EM BRANCO

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N-1965 REV. A MAI / 99

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1965 REV. A MAI/99 é a Revalidação da Norma


PETROBRAS N-1965 REV. Ø JUN/84, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução dos serviços de movimentação
de carga em terra, com utilização de guindastes móveis.

1.2 Esta Norma se aplica a serviços de movimentação de carga com guindaste, a partir da
data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-133 - Soldagem;


PETROBRAS N-269 - Montagem de Vaso de Pressão;
PETROBRAS N-1590 - Ensaio Não-Destrutivo - Qualificação de Pessoal;
PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e Estruturas de Concreto
Armado;
PETROBRAS N-2161 - Inspeção em Serviço de Cabos de Aço;
ABNT NB 27 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação;
ANSI B30.5 - Crane, Locomotive and Truck Cranes.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.24.

3.1 Acessórios de Movimentação

Qualquer dispositivo utilizado na movimentação de carga, situado entre a carga e o cabo de


elevação, tais como: moitões, estropos, manilhas, balanças, grampos, destorcedores, olhais de
suspensão, cintas e ganchos.

3.2 Cabo de Carga (“Hoist Rope”)

Cabo principal de levantamento.

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3.3 Cabo Estacionário (“Pendant Line” - “Jib Stay Line”)

Cabo auxiliar que mantém constante a distância entre os pontos de amarração dos
2 componentes unidos por este cabo (tirante, estaiamento do jibe).

3.4 Cabo do Jibe (“Whip Line” ou “Auxiliary Hoist Line”)

Cabo auxiliar de levantamento.

3.5 Cabo da Lança (“Boom Hoist Wire Rope”)

Cabo de levantamento da lança.

3.6 Capacidade Nominal da Máquina

Capacidade máxima indicada pelo fabricante para uma determinada configuração, isto é,
comprimento de lança e raio de carga definidos ou exigidos pela norma de fabricação da
máquina.

3.7 Capacidade da Máquina (“Rated Load”)

Capacidade indicada na tabela de carga do fabricante para uma determinada configuração,


isto é, comprimento da lança e raio de carga definidos.

3.8 Carga (“Load”)

Todo e qualquer corpo, objeto de movimentação.

3.9 Jibe (“Jib”)

Extensão fixada à ponta da lança com a finalidade de aumentar o raio de carga da máquina.

3.10 Lingada (“Sling”)

Conjunto de estropo(s) com manilha(s) utilizado para amarrar a carga ao gancho.

3.11 Moitão (“Block”)

Polia ou polias formando um conjunto único móvel que serve para acoplar o cabo de carga
a(s) lingada(s).

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3.12 Moitão Principal (“Load Block-Lower” ou “Hock Block”)

Conjunto formado por moitão, manilha ou gancho, este com ou sem destorcedor (“Swivel”),
suspenso pelo cabo de carga.

3.13 Moitão Secundário (“Load Block-Upper”)

Conjunto formado por moitão, manilha ou gancho, este com ou sem destorcedor (“Swivel”),
fixado na ponta da lança.

3.14 Obstáculo

Qualquer acidente topográfico, instalações elétricas e subterrâneas, construção ou unidade


industrial que interfira com a movimentação de carga.

3.15 Patola (“Outrigger”)

Braços extensíveis ou fixos montados na máquina para aumentar a sua estabilidade e


capacidade.

3.16 Pé da Lança (“Inner” ou “Lowar Boom”)

Parte da lança fixada à superestrutura da máquina.

3.17 Peso da Carga

Aquele obtido através de pesagem da carga ou do desenho certificado de fabricação da carga.

3.18 Peso de Movimentação

Peso total ou parcial máximo da carga acrescido do peso de todos os acessórios de


levantamento (moitões, balanças, manilhas) suspenso na ponta da lança de uma máquina
durante uma operação de movimentação de carga.

3.19 Plano de Movimentação de Carga

Um dos documentos, integrante do procedimento de movimentação de carga da executante,


constituído de desenho(s), em escala, com vistas de planta e elevação.

3.20 Procedimento de Movimentação de Carga da Executante

Documento emitido pela firma executante que define os parâmetros e as condições de


execução dos serviços de movimentação de carga.

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3.21 Quadrantes

Regiões definidas pelas retas que passam pelo centro de giro e da máquina pelos centros de
apoio das sapatas das patolas estendidas.

3.22 Raio de carga

Distância entre o centro de giro da máquina e a vertical que passa pela ponta da lança e o
centro de massa da carga suspensa.

3.23 Sobre-Cabine

Quadrante que abrange a região compreendida entre as patolas dianteiras.

3.24 Superestrutura

Estrutura com parte rotativa onde são montados os mecanismos de acionamento da máquina
e/ou cabine de operação.

4 DOCUMENTAÇÃO

4.1 Procedimento de Movimentação de Carga

4.1.1 O procedimento de movimentação de carga deve ser elaborado em conformidade com


os documentos de projeto, com as recomendações do fabricante dos equipamentos e com o
item 4.1.2 e deve conter os seguintes itens mínimos, quando aplicáveis.

4.1.1.1 Plano de movimentação de carga contendo, desenhos, escala, com vistas de planta e
elevação, com, no mínimo, as seguintes informações:

a) coordenadas e elevação da base do equipamento, construções e eventuais


obstáculos (atenção especial a redes elétricas e instalações subterrâneas);
b) dimensões e elevações das extremidades do equipamento de movimentação de
carga (contrapeso, caminhão, lança, mastro e patolas/esteiras);
c) detalhes de fixação e/ou estaiamento do equipamento de movimentação de
carga;
d) lista indicando quantidades, especificações e capacidades de todos os materiais e
acessórios de movimentação a serem utilizados na operação;
e) indicação dos pontos de amarração da carga;
f) indicação do tipo de preparação do terreno na área de operação, indicando
inclusive a necessidade ou não do uso dos pranchões (matis);
g) seqüência de liberação do(s) equipamento(s) de movimentação de carga em
função da seqüência de montagem;

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h) posições iniciais e finais em coordenadas dos centros de giro e dos pés das
lanças dos equipamentos de movimentação de carga, envolvidos nas fases de
movimentação;
i) indicação em metros dos raios de carga dos equipamentos de movimentação de
carga envolvidos;
j) indicação do acesso e deslocamentos dos equipamentos de movimentação de
carga na área de operação;
k) indicar a folga mínima do moitão com as polias da ponta da lança;
l) vista(s) indicando a(s) seguinte(s) folga(s) mínima (s):
- lança x carga;
- lança(s) x obstáculo(s);
- cabo de carga x obstáculos,
- acessórios de movimentação x lança;
- acessórios de movimentação x obstáculos;
m) dimensões e posições da carga em cada fase de operação;
n) peso da carga;
o) peso de movimentação;
p) tabela indicando para cada fase de movimentação e para cada equipamento de
movimentação de carga envolvido, os seguintes dados:
- modelo e capacidade nominal do equipamento de movimentação de carga;
- tipo e composição da lança;
- tipo e composição do mastro;
- tipo e composição do jibe;
- raios de trabalho e correspondentes capacidades;
- tipo de contrapeso;
- tabela de carga utilizada;
- fatores de segurança utilizados nos cálculos de dimensionamento dos
acessórios de movimentação.

4.1.1.2 Memória de cálculo de acessórios de levantamento (balanças, olhais).

4.1.1.3 Memória de cálculo de peso de levantamento e do centro de gravidade da carga.

4.1.1.4 Memória de cálculo da verificação estrutural da peça a ser levantada em relação ao


ponto de amarração.

4.1.1.5 Memória de cálculo das pressões atuantes pelo equipamento de movimentação de


carga sobre o terreno.

4.1.1.6 Memória de cálculo de verificação de resistência estrutural de juntas soldadas no


acoplamento.

4.1.1.7 Relatório de prova de carga direta sobre terreno de fundação (ABNT NB 27) nas
áreas de operação de movimentação de carga.

4.1.1.8 Memorial descritivo abordando todas as fases de movimentação de carga.

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4.1.1.9 Certificado do teste de todos os acessórios de movimentação.

4.1.2 O procedimento de movimentação de carga da executante deve atender, ainda, aos


seguintes requisitos adicionais:

a) as folgas entre lança e carga, lança e obstáculos, cabo de carga e obstáculos,


acessórios de movimentação de lança, acessórios de movimentação e obstáculos
devem ser de, no mínimo, 500 mm;
b) moitão não deve forçar as polias da ponta da lança, em qualquer fase do
levantamento da carga;
c) deve ser prevista proteção para pontos onde os cabos entram em contato com a
carga;
d) em nenhum instante da movimentação, a capacidade da máquina deve ser
superada pelo peso de movimentação;
e) equipamento de movimentação de carga deve operar dentro dos quadrantes
permitidos pelo fabricante;
f) as lingadas não devem introduzir componentes de força inadmissíveis na carga;
g) as capacidades dos acessórios de movimentação a serem utilizados devem ser
compatíveis com as cargas aos quais estão sujeitos.

4.2 Ficha de Identificação de Equipamentos de Movimentação de Carga

A ficha deve conter, no mínimo, as seguintes informações, quando aplicáveis (ver modelo no
ANEXO A):

a) identificação;
b) características;
c) contrapeso;
d) indicação do horímetro;
e) relação de acessórios;
f) data de liberação.

4.3 Ficha de Inspeção para Liberação de Equipamentos de Movimentação de Carga

A ficha deve conter informações sobre as inspeções a serem realizadas contendo os seguintes
itens:

a) cabine do equipamento de movimentação quanto a funcionamento, trincas,


empenos e amassamentos;
b) conjunto moto-propulsor (motor, conversor de torque e transmissão) quanto a
funcionamento, vazamentos, trincas, amassamentos e regulagens;
c) sistema de locomoção sobre esteiras quanto a funcionamento, desgaste, empeno
e regulagens;
d) mesa de giro, quanto a funcionamento, desgastes, trincas e regulagens;
e) lança, mastro e jibe quanto a desgaste, empeno, amassamentos e trincas quando
forem detectados empeno e/ou amassamento;
f) cabos de aço quanto a desgaste, amassamento, fios rompidos, redução de
diâmetro do cabo, corrosão, gaiola de passarinho, soltura de pernas e
dobramento;

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g) sistema elétrico quanto a funcionamento de buzina, lanternas, faróis;


h) sistema pneumático quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos e
amassamentos;
i) sistema hidráulico quanto a funcionamento, vazamentos internos e externos,
desgastes e regulagens;
j) transmissão do cavalo (caminhão) quanto a funcionamento, vazamentos,
desgastes, trincas e empenos;
k) direção hidráulica quanto a funcionamento e vazamentos;
l) extintor de incêndio (data de validade do carregamento).

4.4 Relatório de Inspeção e Teste de Liberação

Os relatórios de inspeção e teste para as inspeções de liberação do equipamento e dos


acessórios de movimentação e dos serviços de movimentação de carga devem ter o seguinte
conteúdo mínimo:

a) itens inspecionados (tipo, extensão e resultado da inspeção);


b) testes operacionais executados.

4.5 Certificado de Teste de Capacidade da Máquina

Deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) configuração geométrica da lança (comprimento da lança, mastro, patolas,


quando aplicável);
b) raio de carga;
c) cargas utilizadas;
d) resultados obtidos.

5 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

5.1 O recebimento do equipamento de movimentação de carga deve ser feito de acordo com
o item 9.1.

5.2 As operações de movimentação de carga devem ser executadas de acordo com o plano de
movimentação de carga da executante (ver item 4.1.1.1).

5.3 A operação de movimentação de carga deve ser executada o mais próximo possível do
solo, com o equipamento de movimentação posicionado em terreno firme, uniforme e com os
seus dois eixos principais nivelados, de acordo com as recomendações do fabricante e,
quando aplicável, as patolas do equipamento de movimentação devem estar estendidas e
apoiadas.

5.4 O número de voltas de cabo deve ser compatível com a capacidade do equipamento e
estar de acordo com a tabela de carga do fabricante ou documentos de projetos.

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5.5 Não é permitida a movimentação simultânea da carga através da lança e do jibe.

5.6 Nos casos de movimentação de carga utilizando guindaste montado sobre caminhão não
devem ser executadas movimentações no quadrante sobre-cabine.

5.7 As operações de movimentação de carga devem ser inspecionadas de acordo com o


item 9.2.

6 SEGURANÇA OPERACIONAL

6.1 A área deve ser isolada às pessoas estranhas aos serviços de movimentação.

6.2 Os cabos de aço a serem utilizados nos serviços de movimentação de carga devem estar
de acordo com os itens 8.4 e 9.3.3.

6.3 A lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente da máquina de


movimentação de carga, devem observar a TABELA 1.

TABELA 1 - DISTÂNCIA MÍNIMA EM RELAÇÃO AOS CABOS DE ALTA TENSÃO

Voltagem Distância
(kV) (m)
até 6,6 2,5
de 6,6 a 11 2,7
de 11 a 50 3,0
de 50 a 66 3,2
de 66 a 100 4,6
de 100 a 138 5,2

6.4 Os trabalhos de movimentação de carga não devem ser executados em dias de chuva,
ventos fortes ou condições adversas de iluminação.

6.5 O operador do equipamento de movimentação de carga não deve se afastar da cabine de


comando durante a operação de movimentação.

6.6 Durante a execução dos serviços a lança não deve estar apoiada em nenhum ponto.

6.7 O içamento da carga deve ser feito com a mesa de giro destravada.

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6.8 Não devem existir ferramentas ou peças soltas sobre e/ou dentro da carga a ser
movimentada.

6.9 A tabela de carga deve estar à disposição na cabine do operador.

6.10 Para o caso de máquinas operando em locais propícios à queda de descargas


atmosféricas ou em estações de chuva deve ser feito aterramento conectando-se o cabo
de Ø 1/2” entre o pé da lança e a malha terra ou barra de aterramento.

6.11 Durante a execução dos serviços, a carga não deve passar por cima de pessoas.

6.12 O içamento de pessoas, por máquinas de movimentação de carga, só pode ser feito com
utilização de “gaiolas” com guarda-corpos.

7 SINALIZAÇÃO

7.1 Durante a execução dos serviços devem ser utilizados sinais padronizados pela
ANSI B30.5 e conforme FIGURA B-1 do ANEXO B, a menos que seja utilizado sistema de
comunicação sonora (telefone, rádio ou equivalente).

7.2 Para operações não cobertas pelos sinais do ANEXO B, devem ser previstas adições aos
sinais padronizados. Estas devem ser previamente acordadas entre operadores, sinaleiro e
responsável pela execução dos serviços.

7.3 Apenas uma pessoa deve sinalizar ao operador do guindaste.

8 FABRICAÇÃO DE ACESSÓRIOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

8.1 Devem ser utilizados na fabricação de olhais, chapas, chapas de ligação (“link-plates”,
“tri-plates”), balanças, estropos e manilhas, materiais que tenham certificado.

8.2 Os olhais devem ser fabricados de modo que a direção da resultante dos esforços que
atuam sobre o olhal seja coincidente com a direção de laminação de chapa principal do olhal.

8.3 Os furos em olhais devem ser usinados para garantir o contato contínuo dos olhais com os
pinos das manilhas ou chapas de ligação.

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8.4 No dimensionando dos acessórios de movimentação devem ser considerados os valores


de eficiência de ligação dos terminais fornecidos pelo fabricante do acessório.

8.5 Na soldagem dos acessórios de movimentação devem ser utilizados procedimentos de


soldagem qualificados e a soldagem deve ser de acordo com a norma PETROBRAS N-133.

8.5.1 Os soldadores e operadores de soldagem devem estar qualificados de acordo com a


norma PETROBRAS N-133.

8.5.2 As soldas devem ser inspecionadas de acordo com o item 9.2.

8.6 Na fabricação dos estropos, o torque das porcas e a quantidade de grampos (“clips”) a
serem utilizados devem estar de acordo com os catálogos dos fabricantes dos grampos e na
falta desses os valores apresentados na TABELA C-1 do ANEXO C.

9 INSPEÇÃO

9.1 Inspeção para Liberação

9.1.1 O equipamento de movimentação de carga deve ser submetido a uma inspeção de


liberação para o trabalho conforme as recomendações contidas nos manuais do fabricante.

9.1.1.1 Os cabos de aço devem ser inspecionados conforme critérios estabelecidos na norma
PETROBRAS N-2161.

9.1.1.2 As manilhas e “clips”, no recebimento, devem ser inspecionados de acordo com o


item 9.3.4.

9.1.2 Devem ser executados testes operacionais no equipamento, conforme recomendação do


fabricante, para os seguintes itens:

a) freios;
b) embreagens;
c) controles;
d) mecanismos de abaixamento e levantamento de carga;
e) mecanismos de abaixamento e levantamento da lança;
f) mecanismos de giro;
g) mecanismos de deslocamento;
h) dispositivos de segurança;
i) teste de capacidade.

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9.1.2.1 No teste de capacidade devem ser verificados 2 pontos da tabela de carga: um na


região limitada pela estabilidade e outro na região limitada pela resistência do material.

9.1.2.2 O certificado de teste de capacidade deve estar de acordo com o item 4.5.

9.1.3 Os relatórios de inspeção e testes devem estar de acordo com o item 4.4.

9.2 Fabricação de Acessórios de Movimentação na Obra

9.2.1 Para o caso de olhais, chapas, chapas de ligação (“link-plates”, “tri-plates”), as soldas
de fixação dos olhais à carga devem ser inspecionados por ensaios não-destrutivos na seguinte
extensão mínima:

a) 100 % de ensaio visual, de acordo com a norma PETROBRAS N-1597;


b) 100 % de ensaio por líquido penetrante, de acordo com a norma PETROBRAS
N-1596.

Nota: No caso de reutilização dos acessórios, estes devem ser reinspecionados através dos
ensaios não-destrutivos de acordo com o item 9.2.1.

9.2.2 Os inspetores e operadores de ensaios não-destrutivos devem estar qualificados de


acordo com a norma PETROBRAS N-1590.

9.3 Serviços de Movimentação de Carga

9.3.1 Antes de cada jornada de trabalho ou quando for realizada uma movimentação de carga
de alta responsabilidade, deve ser verificada a máquina quanto a:

a) o adequado funcionamento do freio e da embreagem;


b) níveis de óleo combustível, óleo lubrificante, fluído refrigerante;
c) nível de água das baterias;
d) instrumento de painel de comando;
e) a correta amarração da carga;
f) o correto nivelamento da máquina.

9.3.2 Quando a carga a ser movimentada for equipamento a ser instalado em base de
concreto, antes do início da movimentação, deve ser verificado se a base do equipamento está
de acordo com os Capítulos 13 e 15 da norma PETROBRAS N-1644 e itens 7.3 e 7.4 da
norma PETROBRAS N-269.

9.3.3 Os cabos de aço utilizados nos serviços de movimentação devem ser inspecionados
conforme prescrições constante na norma PETROBRAS N-2161.

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9.3.4 As manilhas e grampos (“clips”) devem ser inspecionados quanto ao desgaste conforme
estabelecido na norma PETROBRAS N-2161.

9.3.5 Deve ser verificado se a lança, mastro, contrapeso, cabos ou qualquer componente do
equipamento de movimentação de carga está posicionado em relação aos cabos de alta tensão,
de acordo com o estabelecido no item 6.3.

9.3.6 Antes da liberação do equipamento de movimentação deve ser feito um exame


dimensional ou topográfico para garantir que a carga já posicionada (equipamentos, conjuntos
de estruturas metálicas) está dentro das tolerâncias dimensionais especificadas.

Nota: Quando a carga a ser movimentada for conjuntos de estruturas metálicas, devem ser
previstas marcações no conjunto para permitir o acompanhamento topográfico dos
serviços de movimentação.

9.3.7 Para conjuntos de estruturas metálicas, quando o acoplamento do conjunto for através
de soldas de fixação, antes da liberação do equipamento de movimentação, deve ser
verificado se as soldas estão executadas na extensão necessária a resistirem às cargas atuantes.

9.3.8 O serviço de movimentação de carga deve ser iniciado após o recebimento do termo de
liberação da base, quando aplicável.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DE GUINDASTE

A-1 - IDENTIFICAÇÃO

Fabricante: Modelo:
Representante: N.° de Série:
Capacidade Nominal: (toneladas)

A-2 - CARACTERÍSTICAS

A-2.1 - Auto propulsor ! Sobre caminhão !


Sobre pneus !
Sobre esteiras !

A-2.2 - Tipo da lança


Telescópica ! Comprimento máximo m
Treliçada ! Comprimento máximo m (ver A–2.2.1)

A-2.2.1- Composição da lança, em pés:


Pé ´ Ponta ´
Seleções intermediárias (quantidade de peças)
10´ 20´ 30´ 50´

A-2.2.2- Composição do jibe, em pés:


Pé ´ Ponta ´
Seleções intermediárias (quantidade de peças)
10´ 20´ 30´

A-2.3 -Contrapeso (em kg): 1 2

A-2.4 -Guincho: auxiliar ! frontal !

A-2.5 - Horímetro: caminhão guindaste

A-2.6 -Relação de acessórios

Item Descrição Número da Peça Quantidade

A-3 DATA DE RECEBIMENTO ____/____/____


Visto
_____________

/ANEXO B

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO B - FIGURAS

Pare Trave Tudo Movimento Lento

Braço estendido palma para Segure as mãos em frente Use uma das mãos para
baixo, mova a mão para ao corpo. indicar qualquer sinal de
direita e para a esquerda. movimento e coloque a
outra mão parada na frente.
(ex.: içar lentamente)

Içar Arriar Use o Cabo de Carga

Com o antebraço na Com o braço estendido Bata com punho na cabeça e


vertical, dedo indicador para baixo, indicador use então os sinais
apontando para cima, apontando a mão em convencionais.
movimente a mão em pequenos círculos na
pequenos círculos horizontal.
horizontais.

FIGURA B-1 - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DE OPERAÇÕES COM


EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA (CONTINUA)

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Use Cabo de Carga - Suspender a Lança Arriar a Lança


Auxiliar
Braço estendido, dedos Braço estendido, dedos
Bata no cotovelo com uma cerrados, polegar apontando cerrados, polegar apontando
das mãos; use então os para cima. para baixo.
sinais convencionais.

Giro Suspender a Lança e Arriar a Lança e


Arriar e Carga Suspender a Carga
Braço estendido apontando
com o dedo na direção do Com o braço estendido e o Com o braço estendido,
giro da lança. polegar apontando para polegar apontando para
cima flexione os dedos baixo, flexione os dedos para
para dentro e para fora, dentro e para fora, enquanto
enquanto for desejado o for desejado o movimento da
movimento da carga. carga.

FIGURA B-1 (CONTINUAÇÃO) - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DE


OPERAÇÕES COM EQUIPAMENTO DE
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA (CONTINUA)

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Deslocamento Estender a Lança Recolher a Lança


(Sobre Trilhos ou Carros) (Lanças Telescópicas) (Lanças Telescópicas )

Braço estendido, mão aberta Ambos os punhos na frente Ambos os punhos na


e um pouco levantada, do corpo com os polegares frente do corpo com os
fazendo movimento de apontando para fora. polegares apontando para
empurrar na direção do dentro.
deslocamento.

Deslocamento Deslocamento
(Com Ambas Esteiras) (Com Uma Esteira)

Ambos os punhos na frente Trave a esteira do lado


do corpo, fazendo indicado pelo punho erguido.
movimento circular, um Desloque a esteira oposta no
sobre o outro, indicando o sentido indicado pelo
sentido do deslocamento movimento circular do outro
(para frente ou para trás). punho, girando verticalmente,
na frente do corpo.

FIGURA B-1 (CONCLUSÃO) - SINAIS MANUAIS PARA CONTROLE DE


OPERAÇÕES COM EQUIPAMENTO DE
MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

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/ANEXO C

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PÁGINA EM BRANCO

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ANEXO C - TABELA

TABELA C-1 - USO DE GRAMPOS NA FABRICAÇÃO DE ESTROPOS

Comprimento de Cabo Torque das


Tamanho do Quantidade
para a Laçada Porcas
“Clips” (pol.) Mínima de “Clips”
(mm) (N.m)
1/8 2 85 (3 1/4”)
3/16 2 95 (3 3/4”)
1/4 2 120 (4 3/4”) 20
5/16 2 135 (5 1/4”) 40
3/8 2 165 (6 1/2”) 60
7/16 3 180 (7”) 90
1/2 3 295 (11 1/2”) 90
9/16 3 305 (12”) 130
5/8 3 305 (12”) 130
3/4 4 460 (18”) 175
7/8 4 485 (19”) 305
1 5 660 (26”) 305
1 1/8 6 865 (34”) 305
1 1/4 6 940 (37”) 490
1 3/8 7 1120 (44”) 490
1 1/2 7 1220 (48”) 490
1 5/8 7 1295 (51”) 585
1 3/4 7 1345 (53”) 800
2 8 1805 (71”) 1020
2 1/4 8 1855 (73”) 1020
2 1/2 9 2135 (84”) 1020
2 3/4 10 2540 (100”) 1020
3 10 2690 (106”) 1630

Notas: 1) Se o número de “clips” a ser usado for maior que o constante da TABELA C-1,
o comprimento do cabo deve ser aumentado proporcionalmente.
2) Esses valores são para grampos com corpo em aço forjado e parafuso U em aço
trefilado a frio e rosca rolada.

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