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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 9500
Segunda edição
01.07.2010

Válida a partir de
01.08.2010

Implementos rodoviários — Veículo porta-contêiner


(VPC) — Requisitos
Road vehicles — Container-hauler — Requirements

ICS 43.120 ISBN 978-85-07-02168-1

Número de referência
ABNT NBR 9500:2010
16 páginas

© ABNT 2010
ABNT NBR 9500:2010

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ABNT NBR 9500:2010

Sumário Página

Prefácio .................................................................................................................................................. iv
1 Escopo .................................................................................................................................. 1
2 Referências normativas ...................................................................................................... 1
3 Termos e definições ............................................................................................................ 1
4 Requisitos ............................................................................................................................ 5
4.1 Geral...................................................................................................................................... 5
4.2 Resistência........................................................................................................................... 8
5 Ensaio ................................................................................................................................... 9
5.1 Fixação do VPC no dispositivo de ensaio ........................................................................ 9
5.2 Procedimento..................................................................................................................... 10
5.2.1 Ensaio de carregamento longitudinal ............................................................................. 10
5.2.2 Ensaio de carregamento vertical descendente ............................................................. 11
5.2.3 Ensaio de carregamento vertical ascendente ............................................................... 12
6 Resultados ......................................................................................................................... 13
6.1 Registro .............................................................................................................................. 13
6.2 Condições para aprovação .............................................................................................. 13
6.2.1 Ensaio de carregamento longitudinal ............................................................................. 13
6.2.2 Ensaio de carregamento vertical descendente ............................................................. 13
6.2.3 Ensaio de carregamento vertical ascendente ............................................................... 13
Anexo A (normativo) Aplicação das forças........................................................................................ 14
A.1 Carregamento longitudinal .............................................................................................. 14
A.2 Carregamento vertical descendente ............................................................................... 14
A.3 Carregamento vertical ascendente ................................................................................. 14
Bibliografia ........................................................................................................................................... 16

Figuras
Figura 1 – Exemplo de carroceria plataforma porta-contêiner para caminhão ............................. 2
Figura 2 – Exemplo de carroceria plataforma porta-contêiner para reboque ................................ 2
Figura 3 – Exemplo de carroceria plataforma porta-contêiner para semirreboque plano............ 2
Figura 4 – Exemplo de carroceria plataforma porta-contêiner para semirreboque com
estrutura rebaixada ........................................................................................................... 2
Figura 5 – Exemplos carroceria plataforma porta-contêiner para combinação de veículos
de carga (CVC) ..................................................................................................................... 2
Figura 6 – Exemplo de quadro estrutural para caminhão ................................................................ 3
Figura 7 – Exemplo de quadro estrutural para reboque ................................................................... 3
Figura 8 – Exemplo de quadro estrutural para semirreboque ......................................................... 4
Figura 9 – Exemplo de quadro estrutural para semirreboque com estrutura rebaixada. ............. 4
Figura 10 – Exemplos de quadro estrutural removível para caminhão, reboque
ou semirreboque ................................................................................................................. 4
Figura 11 – Exemplo de quadro sobre chassi basculante para caminhão, reboque
ou semirreboque ................................................................................................................. 4

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ABNT NBR 9500:2010

Figura 12 – Exemplos de quadro estrutural para combinação de veículos de carga (CVC)........ 5


Figura 13 – Quadro estrutural de VPC equipado com quatro dispositivos de fixação –
Dimensões de interfaces .................................................................................................. 6
Figura 14 – Quadro estrutural para semirreboque com estrutura rebaixada de 12 m
de comprimento convencional – Dimensões e interfaces ............................................. 7
Figura 15 – Dispositivo de ensaio ..................................................................................................... 10
Figura 16 – Carregamento longitudinal ............................................................................................ 11
Figura 17 – Carregamento vertical descendente ............................................................................. 12
Figura 18 – Carregamento vertical ascendente ............................................................................... 12
Figura A.1 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força longitudinal ......................................... 14
Figura A.2 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força vertical descendente .......................... 14
Figura A.3 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força vertical ascendente ............................ 15

Tabela
Tabela 1 – Aplicação das forças estáticas resultantes ..................................................................... 9

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ABNT NBR 9500:2010

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Nor-


mas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Orga-
nismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que al-
guns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 9500 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Implementos Rodoviários (ABNT/CB-39),
pela Comissão de Estudo de Rebocados Pesados (CE-39:000.03). O Projeto circulou em Consulta Na-
cional conforme Edital nº 04, de 25.03.2010 a 24.05.2010, com o número de Projeto ABNT NBR 9500.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 8571:2000.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 9500:2000), a qual foi tecnica-
mente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the design requirements and verifies the strength and setting the container
on container-hauler (VPC) used on road transportation.

This Standard applies only to the transport of containers series 1 (see ABNT NBR ISO 668).

For the purposes of this document, the container-hauler is only called VPC and twistlock, only DIF.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 9500:2010

Implementos rodoviários — Veículo porta-contêiner (VPC) — Requisitos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos de projeto e de verificação da resistência e fixação do contêiner
no veículo porta-contêiner (VPC) utilizado no transporte rodoviário.

Esta Norma se aplica somente ao transporte de contêineres série 1 (ver ABNT NBR ISO 668).

Para os efeitos deste documento, o veículo porta-contêiner é denominado apenas VPC e o dispositivo
de fixação, apenas DIF.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 7475, Implementos rodoviários – Dispositivo de fixação de contêiner – Requisitos

ABNT NBR ISO 668, Contêineres série 1 – Classificação, dimensões e capacidades

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 7475 e
ABNT NBR ISO 668 e os seguintes.

3.1
áreas de apoio
partes da estrutura do VPC que possibilitam que as áreas de apoio da base inferior do contêiner
se apoiem sobre elas. Estas áreas de apoio, em conjunto com os DIF, têm a finalidade de sustentar
o peso do contêiner no sentido vertical descendente. Consideram-se como áreas de apoio nos qua-
dros estruturais as vigas longitudinais (longarinas), ou qualquer outra estrutura projetada para esta
finalidade. Nas carrocerias plataformas, trata-se do assoalho.

3.2
carroceria plataforma porta-contêiner
base tipo plataforma carga geral, de estrutura metálica, com assoalho e DIF, para possibilitar o trans-
porte de carga geral ou de contêineres. As carrocerias podem ser planas ou rebaixadas e nas seguin-
tes configurações:

a) carroceria plataforma porta-contêiner para caminhão, conforme Figura 1;

b) carroceria plataforma porta-contêiner para reboque, conforme Figura 2;

c) carroceria plataforma porta-contêiner para semirreboque plano, conforme Figura 3;

d) carroceria plataforma porta-contêiner para semirreboque com estrutura rebaixada, conforme


Figura 4;

e) carroceria plataforma porta-contêiner para combinação de veículos de carga (CVC), conforme


Figura 5.

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Figura 1 – Exemplo de carroceria plataforma Figura 2 – Exemplo de carroceria plataforma


porta-contêiner para caminhão porta-contêiner para reboque

Figura 4 – Exemplo de carroceria plataforma


Figura 3 – Exemplo de carroceria plataforma
porta-contêiner para semirreboque com
porta-contêiner para semirreboque plano
estrutura rebaixada

a) Bitrem

b) Rodotrem

Figura 5 – Exemplos carroceria plataforma porta-contêiner para combinação de veículos


de carga (CVC)

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3.3
dispositivo de canto
peças situadas nos cantos do contêiner com aberturas que permitem o acoplamento de equipamentos
de movimentação, empilhamento e dispositivos de fixação (DIF)

3.4
massa bruta máxima do contêiner
como especificado na ABNT NBR ISO 668 ou igual à massa máxima do contêiner (tara somada
à carga líquida) que o veículo pode transportar sobre a via, atendendo à legislação vigente

3.5
quadro estrutural de VPC
estrutura principal de um VPC dotada de DIF e exclusiva para o transporte de contêiner ou contêine-
res, formada por duas vigas longitudinais interligadas por travessas internas e externas ou travessas
passantes. Não possui obrigatoriamente assoalho e pode ser utilizado como chassi ou quadro sobre
chassi nas seguintes configurações:

a) quadro estrutural de VPC para caminhão, conforme Figura 6;

b) quadro estrutural de VPC para reboque, conforme Figura 7;

c) quadro estrutural de VPC para semirreboque, conforme Figura 8;

d) quadro estrutural de VPC para semirreboque com estrutura rebaixada, conforme Figura 9;

e) quadro estrutural de VPC removível para caminhão, reboque ou semirreboque, conforme Figura 10;

f) quadro sobre chassi basculante para caminhão, reboque ou semirreboque, conforme Figura 11;

g) quadro estrutural de VPC para combinação de veículos de carga (CVC), conforme Figura 12.

Figura 6 – Exemplo de quadro estrutural Figura 7 – Exemplo de quadro estrutural


para caminhão para reboque

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Figura 8 – Exemplo de quadro estrutural Figura 9 – Exemplo de quadro estrutural


para semirreboque para semirreboque com estrutura rebaixada

Figura 10 – Exemplos de quadro estrutural removível para caminhão, reboque


ou semirreboque

Figura 11 – Exemplo de quadro sobre chassi basculante para caminhão, reboque


ou semirreboque

a) Bitrem

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b) Rodotrem
Figura 12 – Exemplos de quadro estrutural para combinação de veículos de carga (CVC)

3.6
travessas de sustentação
partes da estrutura do VPC que sustentam os DIF

4 Requisitos
4.1 Geral

4.1.1 O VPC deve ser dotado de DIF para os quatro dispositivos de canto da base inferior do contê-
iner, os quais devem atender às especificações da ABNT NBR 7475.

4.1.2 O VPC deve ser dotado de áreas de apoio para o contêiner cujo plano deve ficar (12,5 ± 3) mm
acima do plano das faces de apoio dos DIF.

4.1.3 OVPC deve ter configuração que permita o carregamento e descarregamento do(s) contêiner(es)
de sua base pela parte superior e, deve permitir acesso aos DIF para operação de travamento e des-
travamento quando o operador estiver em contato com o solo.

4.1.4 As combinações de VPC com o contêiner carregado, incluindo o veículo trator, devem atender
às dimensões e pesos de acordo com a legislação vigente.

4.1.5 Outros sistemas ou componentes que forem necessários para complementar um projeto
de VPC devem atender às normas e legislações específicas vigentes (sistema elétrico, sistema pneu-
mático, pino-rei etc.).

4.1.6 A montagem dos DIF nos VPC deve atender às dimensões e tolerâncias especificadas
nas Figuras 13 e 14, para permitir interface com os contêineres da série 1, de acordo com a
ABNT NBR ISO 668.

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Dimensões em milímetros

Comprimento
Dimensão
convencional do Dimensão B Dimensão K a
Classe do contêiner A
contêiner
m mm mm mm

1A, 1AA 12 11 985 ± 6 2 260 +0 16 máximo


−3

1B, 1BB 9 8 918 ± 6 2 260 +0 12,5 máximo


−3
+0
1C, 1CC 6 5 853 ± 6 2 260 9,5 máximo
−3

1D 3 2 787 ± 6 2 260 +0 6 máximo


−3

a K = D1 - D2 ou D2 - D1

Figura 13 – Quadro estrutural de VPC equipado com quatro dispositivos de fixação –


Dimensões de interfaces

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Dimensões em milímetros

Legenda
1)
P (Penetração do pino)  32 mm
E 2) (Comprimento do pino)  67 mm

+0
NOTA 1 A soma das dimensões A1 + A2 + B deve ser igual a 2260 −3.
NOTA 2 A diferença D1 - D2 ou D2 - D1 não deve ser superior a 16 mm.

NOTA 3 Todos os DIF do quadro estrutural de VPC para semirreboque com estrutura rebaixada devem
acoplar os dispositivos de canto sem qualquer assistência de outro equipamento, estando o contêiner com
ou sem carga.

NOTA 4 Dimensões extremas das longarinas do quadro estrutural de VPC para semirreboque com estrutura
rebaixada: A1 = 622 ; A2 = 622 e B = 1016.

Figura 14 – Quadro estrutural para semirreboque com estrutura rebaixada de 12 m


de comprimento convencional – Dimensões e interfaces

1) Dimensionado da face dianteira do dispositivo de canto do contêiner, na posição mais afastada para a tra-
seira do quadro do chassi, ao fim do pino, excluindo-se o chanfro.
2) Dimensionado da face posterior do anteparo dianteiro ao fim do pino, excluindo-se o chanfro.

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4.2 Resistência

4.2.1 O VPC deve ser projetado para resistir aos esforços decorrentes de sua aplicação e dos en-
saios determinados na Seção 5. A condição de carregamento deve considerar a massa bruta máxima
do(s) contêiner(es).

4.2.2 A resistência da fixação (montagem) dos DIF ao VPC deve ser verificada pelos ensaios defi-
nidos na Seção 5, e a resistência dos DIF deve atender aos ensaios definidos na ABNT NBR 7475.

4.2.3 Com o DIF na posição de travamento, o acoplamento com o dispositivo de canto da base infe-
rior do contêiner deve ser mantido sob todas as condições de operações, incluindo o efeito de desgas-
te e tolerâncias dimensionais.

4.2.4 Quando o VPC utilizar dispositivo de fixação por pino de acoplamento horizontal (Figura 14), o
pino deve ter penetração de no mínimo 32 mm para dentro do dispositivo de canto (inferior) do contê-
iner, dimensionado da superfície vertical mais externa, com o contêiner colocado no quadro do chassi
na posição mais recuada, para a traseira. Somente pinos de diâmetro integral devem ser considera-
dos para este requisito.

4.2.5 O projeto de instalação do pino de acoplamento deve prever espaço de acesso e proteção ao
pino durante as operações de carga e descarga, e um sistema de segurança que evite a perda do pino.

4.2.6 Os fatores gerais de carga devem ser requisitos para todo o projeto do VPC, exceto onde fato-
res específicos de carga forem indicados para componentes individuais.

4.2.7 O projeto do VPC, executado de acordo com os requisitos desta Norma, deve atender aos cri-
térios de aceitação de acordo com 6.2.

4.2.8 As seguintes forças dinâmicas devem ser consideradas na determinação das cargas gerais de
projeto:

a) no transporte rodoviário, ou quando manuseados em operações de terminais de carga e descarga,


o VPC está sujeito a forças dinâmicas resultantes de acelerações impostas pelo ambiente de
trabalho. O projeto deve estar dimensionado para resistir à aplicação de forças estáticas que
simulem os esforços dinâmicos da operação. Estas forças estáticas resultantes devem ser
aplicadas nas condições de carregamento e sentido de aplicação conforme Tabela 1;

b) a união de quadro estrutural removível ou basculante deve atender aos mesmos esforços
resultantes da operação mostrada na Tabela 1;

c) as cargas resultantes da Tabela 1 devem ser consideradas isoladamente nos sentidos de aplicação
longitudinal e simultaneamente nos sentidos vertical descendente e vertical ascendente, conforme
Figuras 15, 16, 17 e 18 e no Anexo A.

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Tabela 1 – Aplicação das forças estáticas resultantes

Sentido de aplicação x força estática


resultante em cada ponto
Veículo Ponto(s)
Simulação de
porta- de aplicação Longitudinal Vertical Vertical
carregamento
contêiner das forças descendente ascendente
F1 F2 F3

120 kN
Quadro Um contêiner 30 kN
(4 pontos)
estrutural DIF 120 kN
de VPC Dois
60 kN (8 pontos) 15 kN
contêineres
DIF 120 kN 60 kN (4 pontos) 30 kN

Um contêiner Distribuído
Carroceria pelas áreas – 240 kN –
plataforma de apoio
porta- DIF 120 kN 30 kN (8 pontos) 15 kN
contêiner
Dois Distribuído
contêineres pelas áreas – 240 kN –
de apoio
NOTA Na carroceria plataforma porta-contêiner as cargas sobre os DIF devem ser menores, pois a sua
disposição construtiva propicia apoio total do contêiner sobre ela.

4.2.9 Forças longitudinais e verticais com tendência a separar o contêiner do VPC devem ser impe-
didas pelo sistema de fixação, composto pelos DIF e sua amarração à estrutura.

4.2.10 As forças devem ser distribuídas igualmente sobre cada par de DIF (dispostos lado a lado).

4.2.11 O sistema de fixação, bem como todo o restante da estrutura do VPC, devem resistir à aplica-
ção de forças no sentido vertical descendente conforme valores especificados na Tabela 1.

4.2.12 O sistema de fixação deve resistir à aplicação de forças no sentido vertical ascendente de
acordo com os valores especificados na Tabela 1, relativa à simulação de operações de levantamento
em terminais de carga.

5 Ensaio
5.1 Fixação do VPC no dispositivo de ensaio

O VPC deve ser fixado no dispositivo de ensaio através do pino-rei (em semirreboque) ou da mesa
giratória (em reboque), além de pontos de fixação nas longarinas, permitindo a aplicação de forças es-
táticas, conforme a Tabela 1. Devem ser previstos apoios para as longarinas no dispositivo de ensaio
em posição correspondente aos apoios da suspensão (ver Figura 15). No caso de quadro estrutural
ou carroceria plataforma para caminhão, a sua fixação ao dispositivo de ensaio deve ser feita através
de suas longarinas.

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Figura 15 – Dispositivo de ensaio


5.2 Procedimento

5.2.1 Ensaio de carregamento longitudinal

Com o VPC fixado no dispositivo de ensaio de acordo com 5.1, deve ser aplicado a cada par de DIF
as forças “F1” (especificadas na Tabela 1) no sentido longitudinal conforme Figura 16. As forças devem
ser mantidas entre 1 min e 2 min.

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Figura 16 – Carregamento longitudinal

5.2.2 Ensaio de carregamento vertical descendente

Cada DIF, no VPC que receber um ou dois contêineres, deve ser submetido a um carregamento com
forças “F2” (especificadas na Tabela 1) no sentido vertical descendente, conforme Figura 17. As forças
devem ser mantidas entre 1 min e 2 min.

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um contêiner
quatro pontos de aplicação de força

um contêiner
quatro pontos de aplicação de força

dois contêineres
oito pontos de aplicação de força

Figura 17 – Carregamento vertical descendente

5.2.3 Ensaio de carregamento vertical ascendente

Cada DIF, no VPC que receber um ou dois contêineres, deve ser submetido a um carregamento com
forças “F3” (especificadas na Tabela 1) no sentido vertical ascendente, conforme Figura 18. As forças
devem ser mantidas entre 1 min e 2 min.

um contêiner
quatro pontos de aplicação de força

um contêiner
quatro pontos de aplicação de força

dois contêineres
oito pontos de aplicação de força

Figura 18 – Carregamento vertical ascendente

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6 Resultados
6.1 Registro

Após cada ensaio devem ser efetuados os seguintes registros:

a) ensaio de carregamento longitudinal: deve ser registrado o valor da deformação permanente ho-
rizontal de cada lado da travessa ensaiada, e se houve ou não aparecimento de trincas nas tra-
vessas de sustentação ou nas longarinas;

b) ensaio de carregamento vertical descendente: deve ser registrado o valor da deformação perma-
nente vertical do plano do DIF em relação ao plano do chassi, e se houve ou não aparecimento
de trincas nas travessas de sustentação ou nas longarinas;

c) ensaio de carregamento vertical ascendente: deve ser registrado se houve ou não aparecimento
de trincas nas travessas de sustentação ou nas longarinas.

6.2 Condições para aprovação

6.2.1 Ensaio de carregamento longitudinal

O valor da deformação permanente horizontal do plano de apoio do DIF em relação à sua posição
original não pode ser superior a 6 mm e não pode haver aparecimento de trincas nas travessas ou nas
longarinas.

6.2.2 Ensaio de carregamento vertical descendente

O valor da deformação permanente vertical do plano de apoio do DIF em relação à sua posição
original não pode ser superior a 10 mm e não pode haver aparecimento de trincas nas travessas
de sustentação ou nas longarinas.

6.2.3 Ensaio de carregamento vertical ascendente

Não pode haver aparecimento de trincas nas travessas de sustentação ou nas longarinas.

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Anexo A
(normativo)

Aplicação das forças

A.1 Carregamento longitudinal


O dispositivo de ensaio deve aplicar a cada par de DIF forças longitudinais no sentido do movimento
do veículo (ver Figuras 16 e A.1).

Figura A.1 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força longitudinal

A.2 Carregamento vertical descendente


O dispositivo de ensaio deve aplicar aos DIF forças verticais (ver Tabela 1), nas diversas configurações
possíveis de transporte de um ou mais contêineres, no sentido descendente (ver Figuras 17 e A.2)

Figura A.2 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força vertical descendente

A.3 Carregamento vertical ascendente


O dispositivo de ensaio deve aplicar aos DIF forças verticais (ver Tabela 1), nas diversas configurações
possíveis de transporte de um ou mais contêineres, no sentido ascendente (ver Figuras 18 e A.3).

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Figura A.3 – Dispositivo de ensaio – Aplicação de força vertical ascendente

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Bibliografia

[1] ISO 1496-3:1995, Series 1 freight containers – Specification and testing – Part 3: Tank containers
for liquids, gases and pressurized dry bulk;

[2] ISO 1496-4:1991, Series 1 freight containers – Specification and testing – Part 4: Non-pressurized
containers for dry bulk.

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