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istória do Município de Igarapé

por Assessoria de Comunicação

Publicado em 11/03/2011 08:00 - Atualizado em 04/07/2016 09:01

Igarapé é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localiza-se na Região


Metropolitana de Belo Horizonte.

Panorâmica Central (década de 40) atual Praça Miguel H. da SIlva (Small)

Panorâmica Central, década de 40. Atual Praça Miguel H. da SIlva

História

A atual cidade de Igarapé teve suas bases iniciais de ocupação do território no "garimpo de
ouro" no distrito de São Joaquim de Bicase posteriormente na agropecuária. Para
estabelecermos, sem margem de erros, as origens de uma cidade, devemos tomar como base
fatos reais e não simplesmente pessoas. Certamente centenas de anos antes, por aqui já
existiam fazendas e diversas famílias com residências fixas.Com base em documentos
podemos afirmar que por volta de 1830, já existia muita gente vivendo no próprio local que
seria mais tarde o Barreiro e ,posteriormente, a cidade de Igarapé. Mas estas pessoas nada
fizeram de notável para que delas tivéssemos sólidas lembranças. Suas principais ocupações
eram o trabalho rotineiro na fazenda e o objetivo que tinham em mente era o
desenvolvimento econômico de seu próprio negócio. Ninguém, talvez, tivesse sequer o
pensamento de construir algo em benefício comum, por exemplo, a construção de
determinado trecho de estradas que favorecesse o transporte entre as fazendas. Cada um se
preocupava consigo mesmo, sem se importar com o crescimento do lugar. Portanto, a idéia de
que a origem da cidade remonta a estas antigas fazendas aqui existentes, não pode ser
tomada como o marco da fundação de Igarapé. Afinal, naqueles tempos, ninguém antevia a
possibilidade de vir a ser aquele lugar, a cidade que hoje vemos. Em 1880, quando o distrito de
São Joaquim de Bicas entrava na sua fase de florescência, com a igreja, vigário e até Cartório
de Paz, o Barreiro era constituído apenas por fazendas e fazendeiros. Aliás, é provável que
nem o nome Barreiro já tivesse sido dado ao local, pois, só em 1894 encontramos em
documentos o nome Barreiro. Já nessa época encontramos aqui diversas famílias que teriam
sido alicerces sobre a qual se solidificou a cidade. A divisão de 1911 foi outro fato importante
para o progresso. O Barreiro que era constituído de velhas fazendas, e, conforme já foi dito,
tornou-se um lugar cobiçado por centenas de pessoas. Daí nasceu a necessidade de se criar
casas comerciais e a construção de uma capela maior.
Cruzamento entre as avenidas Gov. Valadares e Prof. Clóvis Salgado Acervo-Joaquim Henriques
da Silva (Small)

Cruzamento entre as avenidas Gov. Valadares e Prof. Clóvis Salgado (acervo: Joaquim
Henriques da Silva)

LAGOA DOS POMBOS

Recebeu esta denominação porque naquele tempo o ponto de descanso dos tropeiros era à
beira de uma lagoa, onde hoje se localiza o Posto Barra Limpa. Na hora do lanche dos tropeiros
os pombos apareciam para catar os restos da alimentação, que ali ficavam.

BARREIRO

Barreiro surgiu em conseqüência da grande quantidade de barro próprio para o uso de


cerâmica que havia na região. Assim que os viajantes perceberam que o barro poderia ser
utilizado para a fabricação de telhas e tijolos, Lagoa dos Pombos passou a ser uma
nomenclatura do passado.

Barreiro era constituído apenas por três fazendas: Fazenda Boa Vista, Fazenda Duarte e
Fazenda Rego. Eram três fazendas reminiscências de alguma antiga sesmaria, cujo resultado
foi tão frustado como de muitas capitanias no Brasil.

Assim sendo, esse terreno com 1.111 alqueires, tornou-se terreno devoluto, seus ocupantes
eram apenas posseiros. Nenhum deles possuía qualquer tipo de documentação em relação ao
terreno em que moravam.

Os posseiros, entretanto, dividiam as terras cedendo partes a outros interessados.

Em 1909 é que se deu início à grande divisão desse terreno. Essa divisão só se efetivou em
1911, sendo entregue à cada um o quinhão a que tinha direito, ficando as terras divididas em
comum com os diversos proprietários. O interessado deveria depois mandar registrar sua
parte, averbando seu próprio formal de partilha. Daí por diante é que os ocupantes passaram a
ter documentos referentes ao terreno ocupado.
Nesta época, o Barreiro nem era propriamente um povoado. Como foi falado anteriormente
era um simples aglomerado de pequenas e velhas fazendas mais ou menos perto umas das
outras.

Na divisão de 1911, Alexandre Nunes tornou-se legítimo possuidor de 159 mil metros
quadrados de terra. A divisão de 1911, foi realmente um fato de grande importância sobre a
qual se solidificou a base do progresso, originando a conjuntura dos atos de cada elemento,
tendo-se como resultado um benefício comum. Daí veio o progresso do Barreiro. No dia 31 de
julho de 1913, o cartório de Paz e a residência do escrivão foram transferidos do distrito de
São Joaquim de Bicas para o povoado de Barreiro.

IGARAPÉ

Em 1938, o Barreiro foi elevado à vila de nome Igarapé. O nome, que vem do tupi-guarani,
significa “caminho da canoa”, foi sugerido pela então esposa do governador de Minas Gerais,
Benedito Valadares, Dona Odete Valadares. Passando pela cidade, ela notou a existência de
vários córregos, semelhantes aos igarapés, existentes na Amazonas.

Criação do município

Em 1931 foi criado o distrito pela lei n.º 50 Ainda em 1931, o decreto n.º 10.002, de 30 de
julho transferiu a sede do distrito de São Joaquim de Bicas para o povoado do Barreiro, com o
nome de Igarapé. Pertencia ao município de Pará de Minas. O decreto lei n.º 148 de 30 de
dezembro de 1938, transferiu o distrito de Igarapé do município de Pará de Minas para o de
Mateus Leme. A luta travada por Miguel Henriques da Silva e outros em 1958,em prol da
emancipação política do município, viu nascer seus frutos quando a 30 de dezembro de 1962,
a Assembléia Legislativa do estado de Minas Gerais aprovou a Lei n.º 2764, criando o
município de Igarapé. Igarapé ficou pertencendo ao município de Mateus Leme até 1963,
época em que foi instalado o município de Igarapé.. O município de Igarapé foi oficialmente
instalado no dia primeiro de março de 1963, em sessão solene, realizada sob a presidência do
Senhor Murilo de Oliveira.

Praça Matriz-década de 60 (acervo-E.E.Professora Mª de Magalhães Pinto) (Small)

Praça Matriz, década de 60 (acervo: E.E.Professora Mª de Magalhães Pinto)

Carta de pedido de emancipação de igarapé

Emancipação de Igarapé, 1° de Março de 1963

DD.SR. Intendente

Bondoso Vigário Frei Bruno

Sr. Prefeito de Mateus Leme

Autoridades e pessoas presentes

1° de Março de 1963. É o mais belo dia que assinala no calendário igarapeense.

Em uma sexta-feira de sol, o mais lindo, o mais luminoso, o mais festivo sol que para nós já
brilhou no céu brasileiro.

E porque Deus o fez assim tão belo?

Foi com certeza para servir de cenário e a este grande acontecimento que hora se realiza.

Ao toque da alvorada, como sacudidos pelas notas de um clarim matinal para anunciar que, de
agora em diante unidos teremos que trabalhar, lutar e ate mesmo nos sacrificarmos para que
possamos realizar tudo pelo engrandecimento desta terra que tanto queremos e amamos que
é Igarapé. Surge nesta data um vastíssimo horizonte no qual nos deparamos com tudo que de
belo existe, e esperamos que, graças à boa vontade de nosso boníssimo governador Dr. José
de Magalhães Pinto, veremos em breve nossa cidade muito bem construída, dotada de todas
instituições necessárias, porquanto, seu governo tem sido um governo de progresso, de
estímulo e de consciência.

Que Deus o conserve sempre dinâmico e justiceiro, é nosso desejo.

Dr. Murilo, vossas palavras na noite do dia 21, ficaram bem gravadas nos corações deste vosso
povo, e temos fé que cumpriremos tudo quanto nos aconselhastes. Bem sabemos que a base
muito influi na construção de um prédio, para sua fortaleza e porque não explicar logo que
este importante monumento que por decreto de 31 de dezembro de 1962, assinado por nosso
DD. Governador, cuja pedra fundamental está sendo lançada durante esta cerimônia e que a
cidade de Igarapé, cuja chefia está confiada ao dedicado Dr. Murilo; temos certeza que não
ficará térreo, mas será brevemente um lindo arranha-céu de tantos andares quanto for
possível para ascensão de todos os corações generosos das pessoas amigas que aqui se acham
a fim de nos ajudar a festejar esta inesquecível efeméride da Emancipação de Igarapé. Ao Dr.
Magalhães Pinto o nosso muito obrigado e que esta gratidão se estenda também a um filho
desta terra que não poupando esforços, não medindo sacrifícios muito fez por seu
engrandecimento, ele e o Sr. Miguel Henriques da Silva.

De fato senhores, para nós habitantes desta adorável é um sonho, sonho que sempre
alimentamos, mas esperávamos da Providência Divina sua realização, pois sabíamos que
tínhamos ao nosso lado um forte baluarte na pessoa do então Intendente Dr. Murilo, que sem
perda de tempo trabalhou desejando sempre a elevação desta vila à cidade.

Ao Sr. Francisco Hulmam e Senhora igualmente tem cooperado pelo engrandecimento deste
lugar, a nossa gratidão.

Desejamos, portanto sermos amigos leais e unidos de todos os habitantes, não só desta sede,
mas também dos distritos e povoados, esperando que desta hora em diante sejam nossos
amigos, nossos arrimos, nossa defesa.

Tenho dito.

COMÉRCIO
O comércio de terras era feito, conforme dizia os antigos moradores do local, em troca de
café, toucinho e rapadura.

Av. Gov. Valadares (década de 60) acervo- Maria do Freaguesia (Small)

Av. Gov. Valadares, década de 60. (acervo: Maria do Freaguesia)

CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA CAPELA

Em 1917, Alexandre Nunes decidiu construir por sua própria conta uma capelinha. E assim
lentamente, o local foi se transformando em povoado. A palavra povoado só começou a
aparecer em documentos a partir de 1922, o que nos induz a dizer que nesta época, Barreiro,
já era um povoado graças à capelinha que Alexandre Nunes erigiu em honra a Santo Antônio.

Alexandre Nunes não foi o fundador de Igarapé, apenas contribuiu para o progresso da cidade,
erguendo uma capelinha devido à uma promessa feita à Santo Antônio. Como ninguém havia
reconhecido nada de significante para o progresso antes de Alexandre Nunes, de tão
importante, ele foi dito como fundador da Cidade.

A SEGUNDA CAPELINHA

Em1925 foi construida a Segunda capelinha e a atual Igreja matriz de Igarapé foi erguida no
mesmo local da primeira, poucos anos depois, com a contribuição dos moradores. A capelinha
que Alexandre Nunes construiu, já não era suficiente para comportar as pessoas que aqui
residiam e desejavam fazer, naquele quartinho, suas orações e promessas.

O povo em geral colaborou com a construção da nova capela, oferecendo donativos ou


serviços para que a obra tivesse prosseguimento normal e ficasse pronta dentro de pouco
tempo. O povo entendia o quanto era importante a construção daquela segunda capela, visto
que nas rezas do mês de maio e por ocasião dos festejos do rosário nos meses de agosto e
outubro, o fluxo de pessoas era impressionante. Logo o lugar cresceu e a população
aumentou.
TRANSPORTE

Até 1948, o transporte entre os municípios era feito exclusivamente por animais, pois, não
havia ainda estrada que permitisse tráfego de veículos motorizados.

ORDEM PÚBLICA

A ordem pública nos tempos do Barreiro era mantida à custa de sacrifícios por parte dos
delegados. O policiamento era escasso, apenas com o delegado que exercia o mandato como
voluntário.

Av. Gov. Valadares-decada de 70 (acervo maria do Freguesia) (Small)

Av. Gov. Valadares, década de 70 (acervo: Maria do Freguesia)

ESCOLAS

Particular

O prédio da primeira escola a funcionar era simplesmente um barracão, situado num local
onde hoje é a rua Lagoa Dourada, um pouco acima da casa comercial do Senhor Pedro
Henriques.

Foi construída por Fernando Emílio de Menezes, por volta de 1908, com a ajuda dos poucos
pais e alunos aqui residentes. Os professores eram pagos pelos pais dos alunos. O ensino era
particular. A primeira professora foi Maria Cândida de Oliveira Bambirra.

Apesar da precária situação da escola, ela foi de grande utilidade, pois serviu para a formação
de tantos elementos que mais tarde foram figuras importantes na história do município.

Pública
Em 1910, o ensino primário público no Barreiro foi oficializado, oferecendo assim maiores
possibilidades de estudo para toda a população em idade escolar com a implantação do ensino
gratuito.

Dona Balbina Antunes Pinina foi a pioneira no ensino da escola pública do Barreiro. Era natural
de Itatiaiuçu, mas trabalhou com desvelo, pela causa do ensino no povoado do Barreiro,
demostrando a peculiar dedicação de uma educadora. A escola funcionava no mesmo
barracão, até que fosse substituído pelo prédio do grupo escolar Professora Maria de
Magalhães Pinto, inaugurado em 1936.

Banda Lira de Santo Antônio-decada de 80 (acervo E.E.Professora M. de M. Pinto) (Small)

Banda Lira de Santo Antônio, década de 80 (acervo : E.E.Professora M. de M. Pinto)

Alexandre Nunes

Pode-se garantir que as origens de Igarapé são bem anteriores à época em que viveu
Alexandre Nunes. Entretanto, o povo o consagrou fundador da cidade. Para todos é ele o
principio de tudo, pelo menos, na opinião de muitos, pois que antes dele outras famílias
habitavam o local e, talvez nem queriam se estabelecer em outro município.

Seu nome é decantado por todo o povo como o fundador da cidade e este povo lhe atribuiu
algo que talvez nem mesmo ele tivera a intenção de fazer. Tornou-se Alexandre, personagem
misterioso, quase fantástico; muitos o conhecem, entretanto, poucos sabem alguma coisa a
seu respeito. A grande maioria das pessoas que interrogamos acerca de Alexandre Nunes se
limitava a dizer que ele era louco, doente, que construiu uma capela em um terreno que ele
próprio havia doado para a formação do patrimônio de Santo Antônio. Outros o têm na conta
dos pioneiros, dos primeiros povoadores de Igarapé. Alexandre Nunes era filho de Antônio
Nunes Ferreira e Ana Gonçalves Barbosa. Alexandre nasceu em 1874 na Fazenda Boa Vista,
onde passou quase toda sua vida. Desde criança Alexandre tinha um mal incurável oriundo de
uma sífilis aguda que lhe provocou uma úlcera crônica nas pernas. Essas feridas eram
dolorosas e lhe impediram de gozar uma perfeita saúde. No inicio não tinha condições de
trabalhar porque o contato com a terra infeccionava ainda mais suas feridas e o seu repouso
devia ser absoluto. Além de crônica, sua doença não poderia ser tratada, porque a cicatrização
gerava nele uma espécie de loucura, ficava abobado, com idéias extravagantes e sem sentido.
No local onde Alexandre residia, havia uma área onde o terreno era lodoso, com barro próprio
para a confecção de telhas e tijolos, que eram bastante comerciáveis na época. Certo dia
Alexandre começou a fabricar imagens de Santo, chegando a fazer centenas, mas logo veio o
desânimo, já que suas obras não interessavam os moradores das fazendas.

Mais tarde, construiu um alambique, empregando a mesma argila utilizada no fabrico de


telhas. Eram idéias que iam avante, tendo-se em mente o estado de saúde de Alexandre. Foi aí
que surgiu a vontade de se erigir uma capela onde o enfermo implorou melhor saúde através
de um milagre de Santo Antônio. Alexandre Nunes encomendou a um velho conhecido como
Tripaldi, que residia em São Joaquim de Bicas, uma imagem do Santo em cedro para ser
colocado no altar da capela. Alexandre Nunes vendeu à Domingos José Rosa a Fazenda Olaria
mais ou menos em 1930, e mudou-se para o povoado onde construiu no terreno que ele doou
ao patrimônio de Santo Antônio, pequena casa de residência (hoje igreja de São Vicente),
vivendo ali sozinho o resto de seus dias, pois sua esposa já havia falecido e não tiveram filhos.
Com o tempo o dinheiro da venda da fazenda foi diminuindo e agora velho, doente, incapaz
para o trabalho, acabou sendo socorrido pela própria Conferência Vicentina, a qual pertenceu
como confrade. Seus derradeiros dias de vida foram ainda mais penosos. Na virada da vida
nem mesmo parente ali estava para consolá-lo e socorrê-lo. Estava extremamente pobre e
doente. Restou-lhe apenas uma casinha na Vila Vicentina onde viveu até que um dia foi levado
para Belo Horizonte e internado na Santa Casa de Misericórdia.

Faleceu pouco depois, pobre e abandonado. Ninguém teve a iniciativa de dar-lhe


sepultamento honroso. Aí está o que há de mais importante na vida deste homem simples,
humilde e sofredor.

Praça Matriz-década de 60 (acervo-E.E.Professora Mª de Magalhães Pinto) (Small)

Praça Matriz, década de 60 (acervo: E.E.Professora Mª de Magalhães Pinto)

MIGUEL HENRIQUES DA SILVA - Centenário de nascimento em 29/09/2009

No ano do centenário de nascimento de um dos mais célebres igarapeenses de todos os


tempos, façamos uma reflexão para relembrar a inefável epopéia de um herói pragmático e
discreto.
Miguel Henriques da Silva foi o sétimo dos nove filhos do casal Francisco Henriques da Silva e
Ana da Conceição Prado. Nasceu na Fazenda Tatu, município de Igarapé, em 29 de setembro
de 1909, dia de São Miguel.

Para freqüentar a escola, percorria cerca de 06 Km por dia, tendo concluído a 3ª série do
primeiro grau, o mais elevado ministrado na época em escola pública de povoado.

Tinha um grande fascínio pelos livros, o que o ajudou a ultrapassar os limites de sua pouca
escolaridade. Possuía conhecimentos e práticas em muitas áreas. Trabalhou na lavoura,
pecuária, engenho de cana-de-açúcar, comércio e relojoeiro.

No dia 29/09/1934, data que completou 25 anos, casou-se com sua prima Rosa Angélica do
Prado e tiveram nove filhos. Em 1935 iniciou sua carreira de funcionário público, sendo
designado Fiscal de Obras da Prefeitura de Pará de Minas, com exercício em Igarapé.

Uma das suas primeiras conquistas para Igarapé foi a construção da primeira estrada de
rodagem, ligando o então Distrito a Belo Horizonte e outros municípios vizinhos. Esta obra foi
construída com pás, picaretas e enxadões, não havia tratores na região.

Conseguiu intermediar a verba para o primeiro prédio escolar estadual, onde funciona
atualmente a Escola Estadual Professora Maria de Magalhães Pinto.

Eleito duas vezes para o cargo de Vereador da Câmara Municipal de Mateus Leme, que era
exercido sem nenhuma remuneração. Elegeu-se Vice-Prefeito de Mateus Leme, no período de
31/01/55 a 3101/59, com votação expressiva e histórica ganhou repercussão e prestígio
político e conseguiu o fornecimento de energia elétrica para Igarapé, através do DAE/MG, que
foi inaugurada no dia 07/09/57, com grande festa.

Sua residência era o ponto de encontro de líderes comunitários e políticos e de onde surgiam
sempre as soluções para os problemas da comunidade. Para recebê-los bem, contava sempre
com o apoio da esposa.
Em 1941 inicia um grande desafio, a construção da nova Igreja de Santo Antônio, uma obra
gigantesca e suntuosa em relação a população da época. Miguel presidiu todas as comissões
encarregadas da construção e durante mais de 20 anos trabalhou, juntamente com sua esposa
e a participação generosa e efetiva da comunidade, para conseguir os recursos necessários.
Paralelamente, cuidou da construção da Casa Paroquial. Durante vários anos foi o Presidente
do Conselho da Paróquia de Santo Antônio.

O interesse do casal para o melhoramento do nível de ensino pudesse ser melhor, levou-os a
acolher em sua residência, professoras habilitadas de outras cidades.

Em 1949 Miguel e Rosa decidem fazer uma gigantesca aventura, fixar residência em Belo
Horizonte para que os filhos pudessem dar continuidade aos estudos. A esposa residia com
parte da família em Belo Horizonte. Miguel por ser funcionário público continuou em Igarapé
com alguns filhos. A família ficou dividida, mas os ideais multiplicados. Conseguiram dar
formação profissional para todos os nove filhos.

Trabalhou intensamente para a implantação do fornecimento de água, tanto que para o


abastecimento de Igarapé a água era retirada em terreno de sua propriedade.

Trabalhou intensamente para a implantação do fornecimento de água, tanto que para o


abastecimento de Igarapé a água era retirada em terreno de sua propriedade.

Possuidor de grande sensibilidade musical manejava bem vários instrumentos sem jamais ter
freqüentado aula de música, por isso sempre incentivou e apoiou a formação da banda de
música no município.

Fez um curso intensivo de veterinário em Belo Horizonte para inspecionar e garantir a boa
qualidade dos produtos dos frigoríficos instalados em Igarapé e Bicas, a fim de mantê-los
sempre em funcionamento.

O primeiro Plano Diretor de Igarapé foi elaborado por Miguel Henriques da Silva. Foi ele que
locou e abriu as principais avenidas, praças e ruas de Igarapé, dando a elas as denominações,
inclusive a Rua Cristóvão Colombo, que hoje tem o seu nome.

Em 1962 a Assembléia Legislativa apresentou projeto de emancipação de Distritos e Miguel


Henriques vai a luta buscar a adesão dos políticos e lidera o movimento que resultou na
aprovação da Lei 2.764, criando o município de Igarapé. A instalação oficial foi no dia 01 de
março de 1963.
Foi eleito para o cargo de Vereador da Câmara Municipal de Igarapé, para o período de 31 de
janeiro de 1967 a 31 de janeiro de 1971, sendo o Presidente da Câmara nesse mesmo período.

Sócio benfeitor da fundação da Biblioteca Municipal de Igarapé incentivou a fundação do


Colégio Comercial, hoje, E.E. Santa Chiara.

Fez a demarcação e ajudou na construção do cemitério, foi vicentino, cursilhista e dirigente de


curso de preparação para o batismo em sua Paróquia.

No dia 29/06/2000, como reconhecimento por todas as suas lutas e dignidade de cidadão
igarapeense, o poder Executivo e Legislativo se dignaram a prestar-lhe uma significativa
homenagem, dando a denominação da principal Praça de Igarapé de ?Praça Miguel Henriques
da Silva?, onde se encontra o seu busto esculpido em bronze. Ali ele continua a receber os
visitantes da Praça e a contemplar o progresso de sua tão querida terra natal.

Faleceu em uma manhã de domingo, no dia 22 de junho de 1986.

Fontes:

Acervo Prefeitura de Igarapé

http://www.igarapemg.com.br/historia.htm

http://igarapemg.com.br/historia/historia.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo
www.ikipedia.org

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