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Do horizonte ao olhar:

a clínica psicanalítica e nossa época


• Convite .... Desafio;
• Alerta quanto as transformações
e deformações que se impõem
ao discurso analítico;
• Psicanálise: eminentemente
uma prática clínica
Psicanálise

&
Prática
A experiência sem o conceito é cega, e o
conceito sem a experiência, vazio

(Gaston Bachelard. 1884-1962)


Portanto,
discernir o HORIZONTE desta práxis
Como toda linha de um horizonte que se preze devemos sempre considerar que, por meio
dela, materializamos precisamente aquilo que demarca o campo de eventos possíveis, vistos,
escutados e elucubrados por aquilo que o plano conceitual de um psicanalista permite que
ele extraia de sua experiência clínica. Aqui, portanto, temos o plano conceitual como
sustentador da prática, o que faz com que os conceitos não sejam meramente teóricos (e
esterilmente afastados da prática), mas reguladores daquilo que um psicanalista faz e deixa
de fazer junto aos seus pacientes.

Certamente, dadas concepções sobre a pulsão, o objeto, o desejo e a sexualidade


impulsionam o fazer analítico para uma ou outra direção, abrindo rotas a este percurso, bem
como comportando obstáculos e, inclusive, impasses. Igualmente, mas na via inversa desse
argumento, é válido também considerarmos que por aquela demarcação - o horizonte -
, o campo clínico repercute sobre o plano conceitual do qual um psicanalista dispõe, fazendo
com que noções norteadoras sejam ressaltadas, retomadas ou, eventualmente,
transformadas pela batuta que é a prática.

Alexandre Simões. Psicanálise em nosso tempo, p. 64


H
O
R o que se vê
I
Z
O
N o que NÃO se vê
T
E
olhar

“... mais que qualquer outro objeto, desconhecido”


“ ... o olhar é sempre algum jogo da luz com a opacidade”
(Lacan, Seminário 11, p. 83 e 95)
O psicanalista deve saber localizar em
seu horizonte, a subjetividade de seu
tempo
Objeto resto
resto

Freud, Conferência XXVIII: o analista e o cirurgião


(vide 526 e 539)
• Mulher, em torno de 45 anos;
• Passando por uma dolorosa separação com o
marido;
• Angústia e uma ampla astenia psíquica;
• 2 a 3 sessões semanais;
• Interrogações sobre o futuro e seu trabalho;
• Situações fóbicas;
• Fobia -> as metamorfoses do
pai ao longo do tempo
(grande homem... homem
vigilante.... homem em
declínio)
Operação divã (CORTE) concomitante
ao deslocamento do objeto-olhar
* um sonho: paciente
manobrando um carro (... na
direção)
* o marido se aproxima;
* junto, o estranho temor;
* ela se mantém;
* pela primeira vez, ele se vira
e sai;
F I M

Obrigado pela atenção!


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ALEXANDRE
SIMÕES
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