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Sabemos que você nunca viu algo do gênero na nossa área, e esperamos que seja o
primeiro de muitos outros que virão nos próximos anos.
Já era hora de nós, jornalistas, não apenas olharmos em retrospectiva, mas termos um
guia prático em mãos para saber quais referências acompanhar ao longo do ano, quais ini-
ciativas conhecer mais a fundo para se inspirar, quais habilidades desenvolver para estar
preparado para os próximos capítulos de nossas jornadas, entre outros pontos.
O que você vai encontrar nas próximas páginas é uma seleção, fruto de uma curadoria
feita pela nossa equipe, já dedicada a qualificar jornalistas e a acompanhar tendências que
ajudem nesse caminho. Profissionais, veículos, novos projetos e outras iniciativas na área
também têm valor, mas aqui fizemos uma seleção assinada pelo BRIO.
Isso é o que consideramos que devem ser suas prioridades para o ano de 2018.
Ficamos desde já abertos a sugestões para o Anuário 2019.
As expressões que
você vai ouvir muito
no jornalismo em 2018
Este 2018 que acaba de dar a largada traz outros legados como expec-
tativa. A Lava Jato, com “o grande acordo nacional”, vai dar num beco
sem saída? E a recessão, aprendemos algo com ela?
Mas mesmo os grandes veículos vão buscar fazer, em 2018, o melhor jornalismo
possível. A sobrevivência deles depende disso, a exemplo da imprensa dos Estados
Unidos, que, num momento de crise de confiança e com um presidente falando mal
da mídia de manhã, tarde e noite, produziu em 2017 um jornalismo de alto nível e
viu suas bases de assinantes (digitais) crescerem. A indústria jornalística no Brasil
está sendo aspirada, e não tem muito outro jeito de escapar do tubo do aspirador a
não ser fazendo jornalismo relevante e de impacto.
Para tudo isso, tanto para os repórteres independentes, em seus esforços individ-
uais, quanto para as equipes das redações, não dá para fazer jornalismo relevante
e de impacto sem saber o caminho das pedras. É preciso saber onde buscar in-
formações, onde levantar dados, como obter fontes e cultivá-las, como se colocar
para o mercado de forma que seu esforço seja remunerado. É preciso saber como
aproveitar o potencial de um material jornalístico de qualidade sem se limitar ape-
nas ao texto. É preciso adotar as melhores práticas de organização e planejamento
para que (falta de) tempo e dinheiro não se tornem tormentos inviabilizadores do
jornalismo bem feito.
Em resumo, é preciso saber ser jornalista. O repórter precisa ser mais do que sim-
plesmente alguém revoltado com as injustiças do mundo que gosta de escrever e
está a fim de ajudar a mudar o mundo. O repórter não pode ser apenas alguém que
gosta de contar boas histórias. Jornalistas não podem se resumir a gostar de fazer.
A gente tem que saber como fazer e, assim, nos defender e defender o jornalismo. BRENO COSTA
Chefe de
Boa sorte a todos nós em 2018 (mas que fique registrado: aqui no BRIO, estamos Desenvolvimento
nos esforçando para que você, jornalista, não conte apenas com a sorte). Jornalístico
Filipe começou sua carreira na Folha de S.Paulo do jeito que a gente aqui no BRIO
idealiza para todos os profissionais que fazem parte da nossa base: oferecendo
uma proposta de pauta. Na época, era uma reportagem batendo no então presi-
dente do Senado, José Sarney. A ousadia de farejar podres envolvendo poderosos
em geral - no Judiciário, no esporte, na política, no empresariado - é o que levou
o repórter a avançar muito na carreira e em pouco tempo. Em 2014, foi para a
revista Época e, no ano passado, foi contratado para ser o repórter de investigação
do Buzzfeed em Brasília. Ele já ganhou o Prêmio Esso ao revelar junto com outros
colegas, na Folha, esquemas de corrupção do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
Mais recentemente, deu furos importantes sobre o patrimônio do ex-presidente
Lula, a operação Lava Jato e sobre figuras como os ministros Gilmar Mendes e
Henrique Meirelles. Em 2018, ano eleitoral, espere mais revelações.
Como será 2018 para o jornalismo? e informações relevantes. E, para isso, é Em 2018, com eleições, aumenta o
Em tempos de fake news e eleições, o necessário discernimento, fontes e sola interesse do leitor e a oportunidade de
jornalismo terá papel duplo: informar e de sapato. produzir notícias de impacto e relevância.
mostrar ao eleitor o que é relevante e o
que é enganação. Quais serão os principais desafios para o Como estão as suas expectativas para o
jornalismo em 2018? futuro próximo do jornalismo no Brasil?
Como um jornalista deveria se preparar para O volume de notícias e a velocidade são As melhores possíveis. O jornalismo nunca
o próximo ano? intensos e, por isso, será decisivo saber se foi tão necessário e demandado como
Será fundamental saber usar as ferra- comunicar com o leitor. É preciso ouvi-lo e nesses tempos de casos de corrupção,
mentas disponíveis na internet, para entender quais suas demandas, como ele crise e fake news.
apurar e checar informações, e como usar acessa o conteúdo e como o material pode
os meios de distribuição para alcançar o ser relevante para ele. Se você tivesse que sugerir algo com que um
leitor de maneira mais inteligente. Tudo jornalista pudesse se preparar para 2018,
isso, contudo, é apenas uma parte do Quais as principais oportunidades que os qual seria?
trabalho. O jornalismo continua em sua jornalistas podem aproveitar em 2018 para Escute as pessoas. As grandes histórias
essência: contar boas histórias, com furos fazer um bom trabalho? surgem dali.
Ela é, hoje, provavelmente o melhor texto que você vai Como será 2018 para o jornalismo?
encontrar na cobertura de política. Embora seu lado Muito difícil. Depois da eleição de 2014, quando a gente viu o tamanho do
buraco, todo mundo disse que aquela seria a “última eleição da mistifi-
repórter esteja reservado para momentos mais cação”. Mas será que 2018 não será também? Isso será explícito ou os
especiais, Maria Cristina já se destaca o suficiente candidatos terão medo de se confrontar com o debate que o Brasil pre-
para merecer a presença no top 10 do jornalismo de cisa? Eu acho que já tivemos mais certeza de que isso aconteceria. Cabe
uma responsabilidade aos jornalistas: desmistificar o debate político. As
qualidade no Brasil pela sua coluna semanal no Valor redações continuam sem gente suficiente, todos fazendo trabalho em
Econômico, devidamente marcada com o DNA de uma tempo real, e as pessoas não têm como ir a fundo nos temas. Os novos
repórter crítica em relação a qualquer lado do espec- veículos são iniciativas bem-vindas, mas eu diria que eles ainda não
tro político-ideológico. Num ano decisivo como o de contaminaram a cobertura de uma maneira geral. É uma existência ainda
à parte, isolada do motor da cobertura política. Mais do que a proliferação
2018, acompanhar o que ela tem a dizer e a reportar é de sites de checagem, o espírito de checar deveria contaminar de maneira
fundamental. Pioneira, ela fez parte da primeira equipe mais aguda e profunda nosso trabalho. Deveria ser algo que fosse intro-
da revista Época e está no Valor desde a fundação do jetado e absorvido.
jornal, em 2000. Lá, foi editora de política ao longo
Como o jornalista deve se preparar para este ano?
de 15 anos. Formada em jornalismo e em história em Nesses momentos é que a gente vê que tem que se livrar um pouco do
Pernambuco, é também mestre em política comparada complexo de colonizado. Nem olhar para a melhor imprensa do mundo
pela Universidade de Paris I e em política latinoameri- a gente pode. A eleição de Trump desautoriza qualquer referência que a
cana pela Universidade de Londres. Tá bom, né? gente possa ter de lá. Talvez [devêssemos] fazer o contrário do que foi
feito lá. O jornalista deve estudar muito a biografia, o desempenho e a
atuação dos candidatos. O que eles fizeram? Que projetos eles apoiaram
enquanto parlamentares? Aquilo que eles serão nunca se dissociará
daquilo que já foram. Não tem outro jeito de checar o futuro que não o de
confrontar o passado.
Se tem um assunto que volta e meia parece mente Al Qaeda e o extremismo islâmico. An-
adormecido, mas que volta à tona com força tes disso, foi correspondente da Associated
literalmente mortal, é o terrorismo. E no Press na África, onde produziu reportagens
jornalismo internacional há poucos que en- não apenas sobre terrorismo, mas também
tendem mais do assunto, especialmente do sobre as questões sociais da região. Neste
braço islâmico, do que esta repórter romena ano, seguirá como uma voz essencial para
do The New York Times. Ela foi contratada se captar os meandros de terroristas e seus
pelo jornal em 2014 para cobrir especifica- seguidores.
Um repórter que consegue acesso simultâ- na América Latina. Ele ainda nem completou
neo ao narcotráfico mexicano e ao homem 40 anos, mas já figura como um dos mais
mais rico do mundo tem um valor a ser talentosos e multifacetados jornalistas da
reconhecido. Um escritor de livros de não- atualidade. É dele a biografia de Carlos Slim,
ficção elogiadíssimos pela crítica e que, em que nós brasileiros conhecemos melhor
paralelo, desenvolve também projetos inova- como dono da NET, Claro e Embratel. Também
dores para a televisão e cinema. Esse é Diego, escreveu livros sobre os arquirrivais Cartel de
o repórter que você mais deve acompanhar Sinaloa, do El Chapo, e os Zetas.
Existe um universo sobre o qual pouco sabe- de preferência no original. Você estará lendo
mos a fundo, mas que vivenciamos diaria- um thriller com as intrigas e disputas de
mente: as grandes empresas de tecnologia. poder entre os fundadores da plataforma
Mas existe um repórter nos Estados Unidos - e que agora está sendo adaptado para a
que está bons passos à frente dos mortais televisão. Um outro trabalho, mais recente,
que tentam captar o mundo real humano por foi sobre os bastidores do site ilegal Silk
trás das máquinas e algoritmos. Para tomar Road, que comercializava drogas e armas na
gosto pelo jornalismo “de negócios” de Nikc, deep web. Esse está sendo preparado para o
sugerimos ler o livro “A eclosão do Twitter”, cinema pelos Irmãos Coen.
Marty, como é mais conhecido, Grande parte das iniciativas jor- Quer saber de escândalos capaz-
ganhou proeminência para fora do nalísticas recentes mais es de derrubar Donald Trump?
mundo jornalístico como o edi- interessantes da América Latina Acompanhe o trabalho de Eric e
tor-executivo do Boston Globe e estão vindo do Peru. Em paralelo você terá grandes chances de
responsável pela equipe Spotlight, a isso, o país também tem ex- ler algo que faça a Trump Tower
do jornal, no filme ganhador do perimentado um salto econômico tremer. É dele a reportagem que
Oscar em 2016. Quando o filme foi importante na região ao mesmo mostrou como os russos con-
lançado, ele já estava havia dois tempo em que vê as figuras mais seguiram interferir nas eleições
anos à frente do Washington Post. poderosas do país envolvidas em americanas. Os bastidores que ele
E é nesse posto que vale olhar um esquema de pagamento de conta mostram pelo menos duas
com atenção para ele. O ‘Post’ é propina via Odebrecht. No meio coisas: o uso de um método de
controlado por um visionário da disso tudo, um site em especial apuração para histórias de fôlego,
tecnologia, Jeff Bezos, dono da se destaca: o Ojo Público, com com muitas e longas entrevis-
Amazon, e Baron é seu represen- reportagens ousadas tanto na tas, e a percepção de que outros
tante mais graduado. O jornal já forma quanto no conteúdo sobre trabalhos semelhantes virão.
vem experimentando editorial e os poderosos do país. Elizabeth Entre suas fontes estão lobistas,
tecnologicamente. Acompanhar está na equipe e é um dos maiores empresários, políticos, e seu alvo
Baron neste ano é seguir muito do destaques investigativos da AL. principal é a administração Trump
que será inovador no jornalismo. e suas relações privadas.
FAÇA UMA CONTA rápida (mesmo se você for de humanas):
qual a probabilidade de, em meio a uma crise econômica, um
negócio de qualquer natureza ver sua receita crescer 40 vezes
em três anos? Qual a probabilidade de isso acontecer no Brasil?
Qual a probabilidade de acontecer com um negócio jornalístico?
Pequena, certo? Ínfima, pode-se dizer. Mas não é a resposta
que nos dá o Jota, uma das iniciativas jornalísticas brasileiras
que mais cresceram nos últimos anos.
O Chicas oferece mentoria profissional e também ajuda suas a necessidade de que mulheres criem espaços para apoiarem e inspi-
integrantes nos processos de bolsas de estudos ao redor do rarem umas às outras, já que a sociedade, em muitos momentos,
mundo, para que elas possam aprender sobre liderança em impõe uma certa agressividade entre elas. Ao aproximar mulheres
diferentes lugares e ter experiências que auxiliem nos seus que podem indicar o caminho daquelas que precisam dessa orien-
próprios negócios. “No Chicas não há uma pessoa que manda tação, o Chicas fortalece o jornalismo, e não apenas as mulheres.
e outras que obedecem. A ideia é que seja um processo colab-
orativo, uma rede social, com a diferença que as pessoas se “Não podemos forçar ninguém a aumentar a sua ambição, mas as
conhecem pessoalmente e fazem projetos juntas. Queremos Chicas Poderosas inspiram, motivam e são uma rede, uma base
mudar a maneira como se pensa o mundo: tu podes porque de apoio para qualquer pessoa. Uma mulher ajuda outra mulher e
tu queres, muitas das coisas só dependem de ti e da tua juntas são mais poderosas”, diz Mariana.
vontade”, explica Mariana.
Por aqui, a iniciativa lidera um dos programas mais promissores
Embora pareça algo muito simples e, ao mesmo tempo, pouco desse próximo ano: o New Ventures Lab, uma espécie de incubadora
tangível, o trabalho do Chicas Poderosas trata de algo funda- de novos negócios digitais liderados por mulheres que vai durar 17
mental para a mulher nos meios jornalístico e empreendedor: semanas. Dez projetos foram selecionados entre 42 inscritos, e há
a rede de suporte. Redações são ambientes com espaços de iniciativas de Brasil, Equador e Peru. Também para este ano, Mariana
liderança ocupados, em sua maioria, por homens, assim como planeja um projeto colaborativo de checagem para o processo eleito-
o campo do empreendedorismo. Ao mesmo tempo, é histórica ral, com formato ainda a ser definido.
Se você pensa que design é para móveis, carros e utensílios
em geral ou que, no máximo, serve para decorar sua casa,
senta aqui e vamos conversar um pouquinho. Você está en-
ganado. E Nómada, da Guatemala, é uma prova disso. A revista
digital fundada por Martín Rodríguez Pellecer em 2014 é um
dos principais exemplos de iniciativa jornalística inovadora
e bem sucedida da América Latina, porque alia conteúdo
relevante em formato pensado de acordo com o impacto
pretendido e modelo de negócio sustentável - e tudo isso está
baseado no princípio de que “o design não é apenas estética,
mas uma forma de ver o mundo”.
Como leitor, é preciso fazer um cadastro e pagar um valor mensal, como uma as-
sinatura. Mas essa assinatura não permite que você leia apenas um jornal, ou um
site, ou uma revista. Com o valor pago, é possível consumir artigos de diferentes
locais. Para quem produz conteúdo, o sistema pede um cadastro, pelo qual se
acessa a plataforma e se recebe orientações para utilizar o Libre. A partir daí, os
valores ganhos são destinados a quem escreve (ou fotografa, ou faz vídeo, ou
usa de qualquer outro meio jornalístico digital para se comunicar), e é possível se
cadastrar como veículo ou como jornalista.
Para quem lê, a vantagem é bem simples: poder consumir conteúdo de vários
locais com uma única assinatura. Porque por mais baratas que sejam as assi-
naturas digitais dos grandes jornais (o que não é regra) e por menor que seja o
valor que um leitor se disponibiliza a pagar (ou doar) para quem produz de forma
independente, é chato ficar gerenciando tudo isso.
O Project Facet nasce justamente para facilitar que as redações trabalhem de forma
colaborativa: é um painel de comunicação on-line, onde se pode agendar reuniões,
compartilhar arquivos, acompanhar o fluxo de trabalho da equipe e editar conteúdos
em conjunto. Quem idealizou isso foi a jornalista Heather Bryant. Ela desenvolve
a ferramenta desde 2015, quando ganhou uma bolsa e investiu todo seu tempo
pesquisando e conversando com pessoas sobre como trabalhar de forma colaborati-
va no jornalismo.
Heather trabalhava no Alasca, onde não há grandes redações. Isso, de certa forma,
obrigava os veículos a trabalharem uns com os outros, já que era impossível que
uma mesma equipe cobrisse todos os acontecimentos. Mas gerenciar as parcerias
era difícil, ainda que utilizando e-mail, arquivos na nuvem ou mesmo ferramentas
como Trello e Slack. Além da dificuldade histórica da colaboração, a tecnologia dificul-
tava o processo, porque as ferramentas não se mostravam tão adequadas assim.
Algumas redações se mostraram dispostas a testar uma versão beta, mas ainda há
ajustes de segurança a serem feitos, segundo Heather. Ela também planeja transfor-
mar o projeto em uma ONG para auxiliar os jornalistas nesse processo de trabalhar
em parceria e seu foco é facilitar o trabalho para quem efetivamente precisa desen-
volver e tirar proveito da cultura de colaboração.
No ano passado, a empresa anunciou que estava abrindo seu sistema de pay-
wall para quem quisesse usar. A partir daí, qualquer um que use o Medium pode
colocar uma barreira em seus artigos e cobrar pelo próximo clique. Mas vamos lá:
a assinatura é para todo o sistema e não para ler os artigos de um único autor. Ela
custa cerca de R$ 15 e permite acesso a tudo que é publicado e esteja sob esse
paywall. O valor recebido por quem escreve é calculado sobre uma série de fatores
(há o “aplauso”, por exemplo, algo como o like, um indicador utilizado pelo Medium
para medir o quanto os usuários valorizam determinado conteúdo) e todas as
publicações pelas quais os autores pretendem cobrar devem seguir diretrizes de
conteúdo - não pode cobrar por artigos patrocinados, por exemplo, ou por cópias
de conteúdos de outros portais. Ou seja: não é tão simples como pareceu em
algum momento.
Mas, como tudo, há o lado positivo: para quem se aventura na produção de conteú-
do de forma independente, a facilidade de publicação do Medium é uma vantagem
enorme, que parece virar um bom negócio aliada à possibilidade de cobrar por esse
conteúdo. Só o fato de não precisar desenvolver um sistema de publicação (ainda
que seja uma simples customização do Wordpress) já é um alento - e se você
alguma vez já chegou nesse ponto no seu negócio, sabe bem do que falamos.
O lado negativo: o Medium não tem uma base grande de assinantes. E restringir
o seu conteúdo a essa base não parece algo atrativo. É claro que a empresa está
trabalhando para que essa “carteira de clientes” cresça em 2018, a ponto de tor-
nar o negócio sustentável. O principal objetivo, segundo os fundadores, é manter
a plataforma sem a necessidade de publicidade, como sempre foi. Essa justificativa
está muito próxima da utilizada pelos grandes jornais para estabelecer suas
políticas de cobrança por conteúdo. Estaria o Medium seguindo o mesmo caminho?