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Periculosidade e

Definição
Componentes
São geradores de RSS todos os serviços Resíduos infectantes (sépticos) - cultura,
relacionados com o atendimento à saúde vacina vencida, sangue e
humana ou animal, inclusive os serviços de hemoderivados,tecidos, órgão, produto de
Resíduos dos Serviços de Saúde assistência domiciliar e de trabalhos de fecundação com as características definidas
campo; laboratórios analíticos de produtos na ANVISA RDC 306, materiais resultantes de
(RSS) para a saúde; necrotérios, funerárias e
serviços onde se realizem atividades de
cirurgia, agulhas, ampola, pipeta, bisturi,
animais contaminados, resíduos que
embalsamamento, serviços de medicina entraram em contato com pacientes
legal, drogarias e farmácias inclusive as de (secreções, refeições etc.)
manipulação; estabelecimentos de ensino
e pesquisa na área da saúde, centro de Resíduos especiais - rejeitos radioativos,
controle de zoonoses; distribuidores de medicamento vencido, contaminado,
produtos farmacêuticos, importadores, interditado, resíduos químicos perigosos
distribuidores produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro,
unidades móveis de atendimento à saúde; Resíduos comuns - não entram em contato
serviços de acupuntura, serviços de com pacientes (escritório, restos de
tatuagem, dentre outros similares. alimentos etc.)
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Legislação e Histórico
• Resolução CONAMA no 006 de 19/09/1991 que desobrigou a
incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos
resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de
saúde e de terminais de transporte e deu competência aos
órgãos estaduais de meio ambiente para estabelecerem
normas e procedimentos ao licenciamento ambiental do
sistema de coleta, transporte, acondicionamento e
disposição final dos resíduos, nos estados e municípios que
optaram pela não incineração.

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Legislação e Histórico Legislação e Histórico
• Resolução CONAMA no 005 de 05/08/1993, fundamentada • A Resolução CONAMA no 283/01 dispõe especificamente
nas diretrizes da resolução citada anteriormente, estipula sobre o tratamento e destinação final dos resíduos de
que os estabelecimentos prestadores de serviço de saúde e serviços de saúde, não englobando mais os resíduos de
terminais de transporte devem elaborar o gerenciamento de terminais de transporte. Modifica o termo Plano de
seus resíduos, contemplando os aspectos referentes à Gerenciamento de Resíduos da Saúde para Plano de
geração, segregação, acondicionamento, coleta, Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS.
armazenamento, transporte, tratamento e disposição final Impõe responsabilidade aos estabelecimentos de saúde em
dos resíduos. Esta Resolução foi aprimorada gerando a operação e àqueles a serem implantados, para
Resolução CONAMA no 283/01, publicada em 12/07/2001. implementarem o PGRSS. Define os procedimentos gerais
para o manejo dos resíduos a serem adotados na ocasião da
elaboração do plano, o que, desde então, não havia sido
contemplado em nenhuma resolução ou norma federal.

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Legislação e Histórico Legislação e Histórico


• Resolução de Diretoria Colegiada, RDC ANVISA no 33/03, que • Esta situação levou os dois órgãos a buscarem a
dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento harmonização das regulamentações. O entendimento foi
de resíduos de serviços de saúde. A resolução passou a alcançado com a revogação da RDC ANVISA no 33/03 e a
considerar os riscos aos trabalhadores, à saúde e ao meio publicação da RDC ANVISA no 306 (em dezembro de 2004), e
ambiente. A adoção desta metodologia de análise de risco da Resolução CONAMA no 358, em maio de 2005. A
da manipulação dos resíduos gerou divergência com as sincronização demandou um esforço de aproximação que se
orientações estabelecidas pela Resolução CONAMA no constituiu em avanço na definição de regras equânimes para
283/01 o tratamento dos RSS no país, com o desafio de considerar
as especificidades locais de cada Estado e Município

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Legislação e Histórico Quem é responsável pelo RSS?
• A Resolução CONAMA no 358/05 trata do gerenciamento

Responsabilidade Compartilhada
sob o prisma da preservação dos recursos naturais e do
meio ambiente. Promove a competência aos órgãos
GERADOR
ambientais estaduais e municipais para estabelecerem
critérios para o licenciamento ambiental dos sistemas de

Princípio da
tratamento e destinação final dos RSS.
Poder público,
• A RDC ANVISA no 306/04 concentra sua regulação no Empresas de coleta,
controle dos processos de segregação, acondicionamento,
armazenamento, transporte, tratamento e disposição Empresas de tratamento e
final. Estabelece procedimentos operacionais em função
dos riscos envolvidos e concentra seu controle na Empresa de disposição final
inspeção dos serviços de saúde.

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A Lei da Política do Meio Ambiente (Lei 6.938/81),


no seu artigo 3º, e a Lei dos Crimes Ambientais (Lei
9.605/98), artigos 54 e 56, responsabilizam
administrativa, civil e penalmente as pessoas físicas
e jurídicas, autoras e co-autoras de condutas ou
atividades lesivas ao meio ambiente.
Determina o art. 14, parágrafo 1º., da Lei da Política
LOGO.... Nacional do Meio Ambiente, que o poluidor é obrigado a
 Treinamento da Força de Trabalho indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e
 Trabalhar com fornecedores qualificados a terceiros afetados por sua atividade, independentemente
da existência de culpa.

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O que é?
Consiste em um conjunto de procedimentos planejados e
Gerenciamento de RSS implementados, a partir de bases científicas e técnicas,
normativas e legais. Tem o objetivo de minimizar a geração de
resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de
forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio
ambiente (RDC ANVISA no 306/04)

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Princípios básicos Classificação dos RSS


• Todos os funcionários dos serviços de saúde devem ser • Objetivo da classificação?
capacitados para segregar adequadamente os resíduos e
reconhecer o sistema de identificação.
• Os RSS são classificados em função de suas
• Todo resíduo, no momento de sua geração, tem que ser
acondicionado próximo ao local de geração, em saco características e conseqüentesriscos que
plástico, ou outro apropriado, e identificado podem acarretar ao meio ambiente e à saúde
corretamente

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Classificação Grupo A
• 05 Grupos, de acordo com a RDC ANVISA no • Engloba os componentes com possível presença de agentes
biológicos que, por suas características de maior virulência
306/04 e Resolução CONAMA no 358/05. ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

– Grupo A,
• Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças
– Grupo B,
anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais
– Grupo C, contendo sangue, dentre outras.
– Grupo D e,
– Grupo E.

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Grupo B Grupo C
• Contém substâncias químicas que podem apresentar risco à • Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade limites de eliminação especificados nas normas da Comissão
e toxicidade. Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

• Exemplo: medicamentos apreendidos, reagentes de • Exemplo: serviços de medicina nuclear e radioterapia etc.
laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre
outros.

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Grupo D Grupo E
• Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à • Composto de materiais perfuro-cortantes ou escarificantes.
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos
resíduos domiciliares.

• Exemplos: lâminas debarbear, agulhas, ampolas de vidro,


pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas
• Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, e outros similares.
resíduos das áreas administrativas etc.

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Manuseio e Acondionamento

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Para que a infecção ocorra é
Manuseio
necessário:....
• No manuseio de resíduos de serviços de
A inter-relação entre os seguintes fatores:
saúde, o funcionário deve usar equipamentos
de proteção individual (EPI).
a) presença do agente;
b) dose de infectividade;
c) resistência do hospedeiro;
d) porta de entrada; e
e) via de transmissão.
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O que é acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em
sacos ou recipientes.

Todo resíduo deve ser acondicionado em recipiente fechado e que não


possibilite vazamento.
A RDC ANVISA no 306/04 não se aplica a fontes radioativas
seladas que devem seguir as determinações da Comissão A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Nacional de Energia Nuclear – CNEN, e às indústrias de
produtos para a saúde, que devem observar as condições Um acondicionamento inadequado compromete a segurança do
processo e o encarece.
específicas do seu licenciamento
Recipientes inadequados ou improvisados (pouco resistentes, mal
fechados ou muito pesados), construídos com materiais sem a devida
proteção, aumentam o risco de trabalho. Os resíduos não devem
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ultrapassar 2/3 do volume dos recipientes. 28
Acondionamento Acondionamento

• Fechar o saco, torcendo e usando barbante, arame ou nó; Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de
material resistente a ruptura e vazamento, impermeável,
• Ao fechar o saco, deve-se retirar o excesso de ar, tomando o respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o
cuidado de não inalar ou se expor ao fluxo de ar produzido seu esvaziamento ou reaproveitamento.

Os sacos devem estar contidos em recipientes de material


lavável, resistente a punctura, ruptura e vazamento, com
tampa provida de sistema de abertura sem contato manual,
com cantos arredondados e ser resistentes ao tombamento.

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Acondionamento Acondionamento - Identificação


Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes Os resíduos do grupo A são identificados
pelo símbolo de substância infectante, com
constituídos de material compatível com o líquido
rótulos de fundo branco, desenho e
armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa contornos pretos.
rosqueada e vedante.

Os resíduos do grupo B são identificados


Os resíduos perfurocortantes ou escarificantes - grupo E - através do símbolo de risco associado e com
devem ser acondicionados separadamente, no local de sua discriminação de substância química e
geração, imediatamente após o uso, em recipiente rígido, frases de risco.
estanque, resistente a punctura, ruptura e vazamento,
impermeável, com tampa, contendo a simbologia Os rejeitos do grupo C são representados pelo
símbolo internacional de presença de radiação
ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de
fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO.

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Acondionamento - Identificação
Os resíduos do grupo D podem ser destinados à
reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a
reciclagem, sua identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes,
usando código de cores e suas correspondentes
nomeações, baseadas na Resolução CONAMA
no 275/01, e símbolos de tipo de material
reciclável.
Para os demais resíduos do grupo D deve ser
utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. Pode Coleta
ser seguida de cor determinada pela Prefeitura.
Caso não exista processo de segregação para
reciclagem, não há exigência para a padronização
de cor destes recipientes.

Os produtos do grupo E são identificados pelo


símbolo de substância infectante, com rótulos de
fundo branco, desenho e contornos pretos,
acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE, indicando o risco que
apresenta o resíduo.
Fonte da imagem: www.fiocruz.br
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O que é coleta Transporte Externo


• Conforme ANTT 420/04 - Classe 6 - Substâncias Tóxicas e
A coleta e transporte interno dos RSS consistem no Substâncias Infectantes - Nº ONU 3172
traslado dos resíduos dos pontos de geração até local
destinado ao armazenamento temporário ou • OGM - classificação na Classe 9 e alocação no Nº ONU 3245.
armazenamento externo, com a finalidade de
disponibilização para a coleta.

É nesta fase que o processo se torna visível para o usuário


e o público em geral, pois os resíduos são transportados
nos equipamentos de coleta (carros de coleta) em áreas
comuns.
Fonte da imagem: www.santec.com.br
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Autoclavagem
Tratamento térmico que consiste em manter o material
Tecnologias de Tratamento contaminado sob pressão à temperatura elevada, através do
contato com o vapor d´água, durante um período tempo para
destruir todos os agentes patogênicos.
• Autoclave
• Microondas, ETD
• Incineração

Fonte da imagem: www.santec.com.br


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Monitoramento
Autoclavagem

Autoclavagem - Etapas
É utilizada para RSS dos Grupos A: Resíduos biológicos (cultura, De Carga
inóculos e outros); sangue e hemoderivados; cirúrgico, sc
ar do RSS
anátomopatológico e exsudado; resíduos perfuro ga
cortantes; e resíduos decorrentes da assistência ao
paciente como secreções, excreções e outros. P
P
Não deve ser usada nos resíduos da Classe A: peças anatômicas
de maior volume ou animais contaminados
Secagem T
OBS: Embora o sistema possa ser eficiente para pequenas
partes de animais, o volume e a massa de animais inteiros
podem impedir a correta esterelização. Exposição

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Carga
Autoclavagem – a verificar
Autoclavagem - Etapas
Remoção do ar para aumentar a pressão do vaso.
- OBS1: Também denominada pré-vácuo.
- OBS2: O ar retirado passa por um filtração (0,1 µm) para reter os
m-os.
• Área de Armazenamento
Aumento da Temperatura. • EPIs
- Ocorre por injeção de vapor d’água, para viabilizar a
esterilização do RSS. • Existência dos equipamentos acessórios
• Caldeiras
Exposição
• Trituradores
- Período de tempo necessário para que ocorra a esterilização dos
RSS. Em geral, 15 min a 150 º
• Refrigeradores, etc

Secagem • Monitoramento do processo


Permite a retirada do excesso de água, evitando respingos. • Destinação final dos RSS tratados.
- OBS3: A secagem deve ser dimensionada em função do tipo da
carga e do tempo de exposição.
Descarga
Monitoramento da E.P.
Bacilus stearotermophilus
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Esquema do Processo
Os sacos plásticos leitosos lacrados
são descarregados em containeres

Containeres são içados por elevador


descarregados na tremonha da máquina

Microondas e ETD O ar contido na tremonha é purgado com vapor a


150°C e passa por sistema de filtragem

Os resíduos são cisalhados


por lâminas em pedaços de 2 cm.

O resíduo é levado à uma câmara por transportador tipo rosca onde é


submetido a uma bateria de microondas, 30 min a 95-97°C.

O resíduo desinfetado é levado a um


container, para posterior descarte em Aterro
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Esquema do Processo

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