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ITÁLIA- BOLONHA
A partir dos anos de 1960, Bolonha utilizou uma estratégia que ainda hoje é conhecida como
Conservação Integrada, que visa potencializar ações locais de transformação urbana qualitativa,
atuando de forma a redesenhar a economia da cidade por meio de pactos com diversos atores. A
idéia inicial era permitir que a área fosse recuperada em termos da sua estrutura física,
econômica e social, mantendo os antigos habitantes nos edifícios recuperados. Foi uma
importante experiência pioneira de participação popular no processo decisório municipal, e
priorizou a manutenção do uso residencial aliado à permanência das populações originais.
Fonte:
http://www.archi.fr/SIRCHAL/seminair/sirchal4/ZanchetiVPT.htm
http://www.forumpatrimonio.com.br/view_full.php?articleID=92&modo=1
http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.034/700
Em Nova York, o processo de reapropriação de antigas estruturas urbanas ocorreu a partir dos
anos de 1960, com a ocupação dos bairros de Greenwich Village, Soho e Upper West Side por
artistas e intelectuais. Usos foram alterados e edifícios foram reabilitados, mas ainda com
pequena expressão frente à expansão da classe média para as periferias.
Como este exemplo trata de um país com um Estado liberal, as ações foram prioritariamente
feitas pela iniciativa privada.
Aspectos positivos: O uso do retrofit1 (postura de reforma na qual se conserva a estrutura
original do prédio modernizando-o com equipamentos de tecnologia avançada), o
aproveitamento do potencial edilício das antigas construções e o fato de ser uma iniciativa livre
de recursos do Estado.
Fonte:http://sindiconet.com.br/1807/informese/dicas-uteis/retrofit/introdu%E7ao
ESPANHA – SEVILHA
A Junta de Andalucia vem, desde 1984, administrando a cidade de Sevilha, que apresenta
resquícios da ocupação medieval e uma grande diversidade econômica e social. O trabalho da
Junta vai além da recuperação do patrimônio arquitetônico e urbanístico. Foram realizadas
ações de reabilitação abrangendo a conservação edilícia vinculada à melhoria das condições de
habitabilidade dos imóveis, sempre com a preocupação de manter as comunidades no local.
Aspectos positivos: Foram realizadas oficinas para envolver a população nos trabalhos, gerando
emprego e renda. Há uma rica experiência de locação social, que promove a requalificação de
edifícios que integram o patrimônio do Estado.
Fonte:http://www.juntadeandalucia.es/viviendayordenaciondelterritorio/www/jsp/estatica.jsp?p
ma=4&ct=5&e=vivienda/rehabilitar_vivienda.html
1
Retrofit é uma estratégia de reforma na qual se conserva a estrutura original do edifício modernizando-o com
equipamentos de tecnologia avançada. Difere da restauração, que consiste na restituição do imóvel à sua condição
original, ou da reforma tradicional que visa à introdução de melhorias, sem compromisso com suas características
anteriores. Surgido na Europa e nos Estados Unidos, o Retrofit tem o objetivo de reabilitar antigos edifícios,
aumentando sua vida útil, por meio da incorporação de tecnologias modernas e utilização de materiais avançados.
Na Europa e nos Estados Unidos a legislação não permitiu que o acervo arquitetônico fosse substituído e isso abriu
espaço para o surgimento do Retrofit, que preserva o patrimônio histórico, ao mesmo tempo em que permite a
utilização adequada do imóvel. No Brasil, a demanda para o Retrofit aumentou nos últimos anos não apenas por
causa da preocupação crescente com o patrimônio histórico, mas por ser uma opção de conservação e melhoria do
patrimônio em áreas de potencial construtivo esgotado, como as regiões centrais de algumas metrópoles. Por outro
lado, além de ter custos mais atraentes em relação à construção, na maioria dos casos, o Retrofit também apresenta
vantagens em relação à reforma ou restauração, pois combina características destes dois, trazendo avanços
tecnológicos sem desfigurar os projetos arquitetônicos originais.
fonte:http://www.sindiconet.com.br/1807/informese/dicas-uteis/retrofit/introdu%E7ao
ESPANHA – BARCELONA
A cidade de Barcelona, com o intuito de ser escolhida para ser sede das Olimpíadas de 1992,
adotou o planejamento estratégico como modelo para a conquista de sua posição no cenário
internacional. Com o desafio de um planejamento urbano competitivo, o objetivo previsto com a
utilização desta metodologia de planejamento era que as cidades respondessem às demandas
globais e atraíssem recursos humanos e financeiros internacionais para seus processos de
reestruturação urbana. As estratégias visaram solucionar questões atuais concentrando-se na
criação de redes de articulações de atores com o objetivo de explorar as potencialidades da
cidade.
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.025/773
CUBA – HAVANA
O Escritório atua por meio do Plano Especial de Desenvolvimento Integral que abrange uma
gestão participativa e instrumentos de planejamento que permitem viabilizar os objetivos do
Escritório. Um dos objetivos é a não expulsão da população carente residente e a melhoria de
sua qualidade de vida. Além da preservação, o plano visa também modernizar a infraestrutura
física e o acréscimo de prestação de serviços no local, o que assegura seu funcionamento
correspondendo às necessidades da população.
A partir de 1981, com um fundo anual do governo de US$ 6 milhões, surgiu também a missão
de restaurar o centro histórico, conhecido como Havana Velha.
Com a crise após a derrocada da União Soviética, o país perdeu a ajuda financeira e o Escritório
ganhou autonomia e teve que procurar recursos por conta própria. A coordenação ficou por
conta de Leal, historiador cubano. Leal multiplicou os recursos, a partir de um primeiro
empréstimo do governo. Vários edifícios decrépitos de Havana Velha foram transferidos para o
Escritório. O historiador conseguiu fundos de cooperação internacional, da Unesco, e passou a
investir na vocação turística do belo conjunto arquitetônico. Em apenas 13 anos, o Escritório
criou e administra 16 hotéis, 100 lojas, pousadas e edifícios de locação para empresas
estrangeiras e um faturamento de US$ 200 milhões, quase o mesmo valor das exportações de
açúcar ou de tabaco.
O Escritório possui também editora, uma emissora de rádio e uma revista, e ainda fez parcerias
com multinacionais para transformar alguns dos prédios mais emblemáticos de Havana em
sedes de empresas estrangeiras que se instalam na ilha.
Mesmo com toda a valorização gerada, a população de baixa renda continua vivendo na área.
Há 97 mil moradores em Havana Velha. Os pavimentos térreos dos edifícios foram adaptados
para as funções comerciais, e os andares superiores conservam as moradias. Há cursos de
capacitação para que os moradores sejam empregados pela indústria turística. Atualmente há 40
quarteirões e quase 400 edifícios recuperados.
Fonte: http://www.habananuestra.cu/index.php
MEDELIN – COLÔMBIA
Há pouco mais de uma década a Colômbia passou a pensar seu planejamento e gestão urbana
com base nos Planos de Ordenamento Territorial (POT). Este plano tem por objetivo
transformar uma determinada porção de solo urbano e para alcançar sua efetiva gestão.
A iniciativa e a gestão do Plano, em sua maioria, são privadas ou comunitárias e o poder público
é responsável pela regulamentação através de decretos e normas urbanísticas, de cumprimento
obrigatório.
Em Medellín foi implantado o “Simesa” Trata-se de um Plano Parcial voltado para a renovação
urbana da antiga zona industrial da cidade, composta por uma siderúrgica desativada e mais três
grandes indústrias e outras treze menores (que deverão ser transferidas para outro local). Para
que não houvesse demissões e perdas produtivas na etapa ainda inicial do plano, foi acordado
um planejamento que possibilitou a manutenção das indústrias e a implementação de novos usos
(residencial, comercial, cultural e institucional) nas áreas desocupadas da Siderúrgica “Simesa”.