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O que faz uma escola ser bem-sucedida? Como uma escola estadual do interior de
Santa Catarina conseguiu dobrar de um ano para o outro a jornada de todos os
alunos de2ª, 3ª e 4ª sériescom sucesso? Qual a receita de uma escola particular
criada há 40 anos na capital de São Paulo para permanecer atual a ponto de ser
considerada um centro de referência? Embora atuando em regiões diferentes e
seguindo modelos educacionais distintos, ambas atribuem os bons resultados à
mesma razão: a proposta pedagógica, construída coletivamente e concretizada num
bom planejamento. A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as
diretrizes básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um
compromisso assumido por professores, funcionários, representantes de pais e
alunos e líderes comunitários em torno do mesmo projeto educacional. O
planejamento é o plano de ação que, em um determinado período, vai levar a escola
a atingir suas metas. Do planejamento, depois, sairão os planos de aula, adaptados
ao cotidiano em classe.
Pequena Constituição
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 diz que a proposta
pedagógica é um documento de referência. Por meio dela, a comunidade escolar
exerce sua autonomia financeira, administrativa e pedagógica.Também chamada de
projeto pedagógico, projeto político-pedagógico ou projeto educativo, a proposta
pedagógica pode ser comparada ao que o educador espanhol Manuel Álvarez chama
de "uma pequena Constituição". Nem por isso ela deve ser encarada como um
conjunto de normas rígidas. Elaborar esse documento é uma oportunidade para a
escola escolher o currículo e organizar o espaço e o tempo de acordo com as
necessidades de ensino. Além da LDB, a proposta pedagógica deve considerar as
orientações contidas nas diretrizes curriculares elaboradas pelo Conselho Nacional
da Educação e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Para Álvarez, o ideal é
que o documento seja o resultado de reflexão coletiva. E como chegar ao consenso?
"Proporcionando espaços para que cada uma das partes exponha seus objetivos e
interesses com base nos princípios educativos com os quais todos concordam", diz o
educador. Esse esforço conjunto harmoniza as diferenças entre os grupos que
compõem a escola. Um dos desafios para chegar a bom termo nessa elaboração,
observa o educador francês Bernard Charlot, é manter a coerência entre a teoria e a
prática. "De que vale um discurso pedagógico do tipo construtivista e práticas que o
contradizem?", questiona Charlot. Manter a proposta pedagógica e o planejamento
escolar atualizados é a recomendação feita pela educadora Madalena Freire, de São
Paulo. "Tanto a proposta como o planejamento são processuais e devem correr em
paralelo com a construção do conhecimento", diz ela. Isso impede que os dois
documentos se transformem em instrumentos engavetados, só revistos no fim do
ano. Essa burocratização leva muitos professores a considerar ambos como
desnecessários e inviáveis. "O planejamento serve como roteiro para os professores,
permitindo aplicar no dia-a-dia a linha de pensamento e ação da proposta
pedagógica", afirma Ilza Martins Sant'Anna, professora da Faculdade Porto-Alegrense
de Educação, Ciências e Letras. O que não significa determinar uma forma única de
planejar todas as disciplinas: a avaliação dos erros e acertos é que vai permitir a
melhor escolha. Para planejar, observa Madalena, é importante cada professor
dominar o conteúdo de sua matéria - mas isso de nada valerá se ele não escutar os
alunos e não valorizar o que já conhecem. O professor deve sempre se perguntar: o
que meus alunos já sabem? O que ainda não conhecem? O que, como e quando
ensinar? Onde ensinar? Com base nas respostas, ele propõe atividades que façam
sentido para os estudantes daquela comunidade. Se for uma aula de literatura, por
exemplo, lembre-se de que os alunos de uma escola da periferia não têm o mesmo
contato com livros que os de uma escola de classe média. Você precisa valorizar o
saber do grupo e, após cada atividade, refletir sobre sua prática. Em vez de atribuir
aos alunos incapacidade de aprender, o ideal é que você analise as próprias
inadequações ao ensinar.
Revisão periódica
Geralmente feito no início do ano ou do semestre para abranger todo o período, o
planejamento pede acompanhamento constante, na opinião de Madalena. O
trabalho deve ser reavaliado em reuniões quinzenais com a participação de toda
equipe e sob a liderança do coordenador. Uma primeira avaliação geral pode ser
feita no final do primeiro bimestre para corrigir desvios e lançar bases para o resto
do período. Nesse momento, os professores checam se os conteúdos são
fundamentais para o aprendizado; se há articulação entre os segmentos (Educação
Infantil, Ensino Fundamental e Médio); se as reuniões pedagógicas estão sendo bem
aproveitadas e se o planejamento favorece o envolvimento da família e da
comunidade na escola. Veja, abaixo, as experiências de duas escolas bem-
sucedidas.
Currículo integrado
As diretrizes do ensino são dadas pelo colegiado de cinco diretores pedagógicos.
Eles acompanham o andamento em cada área e avaliam, junto com os professores,
se o plano está cumprindo as metas gerais. A espinha dorsal do planejamento é
atualizada com base nessas avaliações. Em História, por exemplo, os professores
listam os conteúdos tendo como referência os PCN, o currículo estadual e os temas
que estão em evidência na mídia."Cada um apresenta sua lista ao grupo", explica a
professora de História da 6a série Lucila Vannucci Zwar. No ano passado, as turmas
da 6a estudaram Império Romano, escravidão e religiões, entre outros tópicos.
Como a escola trabalha com eixos temáticos, decidiu-se que a escravidão seria
estudada também no Brasil Colônia e na atualidade. A cada passo, a equipe avalia
se aquilo que está sendo ensinado está de acordo com os objetivos previstos na
proposta pedagógica. O planejamento é constantemente revisto pela equipe. Os
professores analisam o aproveitamento dos estudantes, o interesse por um
conteúdo e se a aprendizagem provocou mudanças de comportamento (em relação
a um preconceito, por exemplo). A cada semana os professores se reúnem,
alternadamente, com todos os colegas da mesma série ou com os demais da sua
disciplina. Tudo que ali acontece é registrado numa ata pelo coordenador
pedagógico. A cada mês ou bimestre, há também uma reunião dos docentes da
mesma área com o colegiado de diretores pedagógicos. Foi em uma dessas
reuniões, lembra a diretora Sylvia, que se percebeu uma falha: em nenhuma série
era dado um conteúdo específico sobre o estado de São Paulo, em que se situa a
escola, o que logo foi corrigido.
O objetivo?
Mas afinal, onde a proposta pedagógica da escola realmente se encaixa em todo esse
processo de melhoria e adaptação à nova realidade de ensino e aprendizado e qual é a
sua importância efetiva?
É exatamente sobre isso que falaremos nesse texto. Continue acompanhando a leitura e
fique por dentro desse assunto!
Uma proposta pedagógica que preveja aulas de algum idioma estrangeiro fora do
horário escolar pode revelar-se uma excelente estratégia em instituições com alunos
predominantemente pertencentes a classes mais baixas e que não possuem condições
financeiras de arcar com cursos de línguas, por exemplo. Por outro lado, essa mesma
proposta pode não render frutos em escolas com alunos de classe média ou alta.
Porém, acima de tudo, uma instituição de ensino que possui uma proposta pedagógica
bem elaborada e eficiente poderá observar impactos muito significativos
na captação e retenção de alunos, na qualidade do ensino por ela promovido e nos
níveis de satisfação e contentamento do corpo docente, dos alunos e de suas respectivas
famílias.
Entretanto, para que se possa obter resultados consistentes, é crucial que se consiga
alinhar teoria e prática. Um planejamento meticuloso e que conte com a participação
de todos, a preparação dos materiais adequados à proposta, a organização do currículo e,
principalmente, uma excelente formação continuada do corpo docente são itens
essenciais quando se fala em uma proposta pedagógica realmente eficiente.
» A proposta pedagógica da escola onde você trabalha está alinhada ao cotidiano escolar?
Dessa forma, muitas escolas introduziram uma nova metodologia de ensino à sua
prática educativa.
Porém, existe uma metodologia que ganhou a preferência nas escolas e que ainda
causa muitas dúvidas sobre como se dá na prática essa metodologia chama
Construtivismo.
No artigo de hoje, nós iremos elucidar um pouco mais sobre o ensino construtivista.
Confira!
Ela escreveu o livro “Psicogênese da Língua Escrita”, em parceria com Ana Teberosky
no qual defende que a aprendizagem se dá através do todo para as partes e que cada
criança aprende em seu tempo.
Agora que já falamos da teoria do ensino, é preciso entender como ela funciona na
prática. Vamos às características principais!
Além disso, ele entende que cada aluno possui seu processo próprio de aquisição de
conhecimento e, por isso, propõe várias formas de aprender um determinado
conteúdo.
É importante destacar que nas escolas que seguem essa metodologia, há uma maior
interação com outros ambientes, bem como com outras turmas.
Sendo assim, as famílias precisam entender que o ensino construtivista vai fazer
ainda mais sentido se a educação dentro de casa não for tão diferente do que
acontece nas escolas.
Por exemplo, exigir que a criança aprenda de maneira descontextualizada os
números, só irá fazer com que ela fique insegura.
É preciso conhecer e ser presente na escola dos filhos para que possam ficar seguros
sobre a educação escolar bem como, sobre a educação familiar.