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Conceito de Direito
Divisão oriunda do Direito Romano, mas para a qual não há consenso quanto aos
traços diferenciadores até os dias atuais. Na verdade o Direito deve ser visto
como um todo, cabendo a presente divisão apenas por motivos didáticos.
Direito Público é o destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade
enquanto o Direito Privado contém preceitos reguladores das relações dos
indivíduos entre si.
O mais correto é afirmar que o Direito Público regula as relações entre o Estado e
outros Estados e entre o Estado e os cidadãos, e que o Direito Privado é o que
disciplina as relações entre os indivíduos como tais (interesse de ordem
particular).
Integram hoje o Direito Privado: Civil; Comercial; do Trabalho; do Consumidor,
(ha divergências quanto ao Direito do Trabalho).
O Direito Público: Constitucional, Administrativo, Tributário, Penal, Processual,
Internacional.
Normas de ordem pública são normas cogentes (de aplicação obrigatória).
Normas de ordem privada são normas dispositivas (vigoram enquanto a vontade
dos interessados não convencionar de forma diversa – caráter supletivo).
No direito Civil predominam as normas de ordem privada!
Desde o final do século XIX há uma tendência de unificação do Direito Privado,
disciplinando de forma conjunta e uniforme o Direito Civil e Comercial. O C.C. de
2002 trouxe uma melhor solução para este impasse, unificando as obrigações
civis e mercantis, trazendo para o seu bojo a matéria constante da primeira parte
do Código Comercial (CC, art. 2045).
A CODIFICAÇÃO
O Código Civil de 2002 resultou do Projeto de Lei n. 634/75, elaborado por uma
comissão de juristas, sob supervisão de Miguel Reale, que unificou, parcialmente,
o direito privado. Contem 2046 artigos e divide-se em: Parte Geral, que trata das
pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, e Parte Especial, dividida em cinco livros
com os seguintes títulos, nesta ordem: Direito das Obrigações, Direito de
Empresa, Direito das Coisas, Direito de Família e Direito das Sucessões.
O atual Código manteve a estrutura do Código Civil de 1916, afastando-se,
porém, das concepções individualistas que o nortearam, para seguir orientação
compatível com a socialização do direito contemporâneo.
Para Maria Helena Diniz, “O Direito Civil é, pois, o ramo do direito privado
destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se
formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da
sociedade.”