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Módulo: III
Semestre: 2015/1
Aluno (a): ________________________________________
1.1 PROJETO
Projetar, no sentido mais geral do termo, é apresentar soluções possíveis de serem
implementadas para a resolução de determinados problemas e ou aprimoramentos
de implementações.
Ainda pode ser entendido como esboço de trabalho que se pretende realizar, que
pode utilizar metodologia e técnicas que permitam o melhor planejamento de
execução do mesmo.
O projeto elétrico se preocupa na definição da forma que a energia elétrica será
conduzida da rede de distribuição até os pontos de utilização em uma determinada
instalação favorecendo a segurança dos usuários e dos equipamentos presentes na
mesma. É, portanto, uma mediação entre duas situações ou dois estados, conforme
podemos verificar na FIG. 1.1
FIGURA 1.1
FIGURA 1.3
2.1 CONCEITO
Projetar uma instalação elétrica de um edifício consiste basicamente em:
- quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia
elétrica;
- dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos;
- dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de
comando, de medição de energia elétrica e demais acessórios.
O objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a transferência de
energia desde uma fonte, em geral a rede de distribuição da concessionária ou
geradores particulares, até os pontos de utilização (pontos de iluminação, tomadas,
motores, etc.). Para que isto se faça de maneira segura e eficaz é necessário que o
projeto seja elaborado, observando as prescrições das diversas normas técnicas
aplicáveis.
2.2.5 Dimensionamentos
Nesta etapa, serão feitos os dimensionamentos de todos os componentes do
projeto, calculados com base nos dados registrados nas etapas anteriores, nas
normas técnicas aplicáveis a cada caso e nas tabelas de fabricantes.
- Dimensionamento dos condutores;
- Dimensionamento das tubulações;
- Dimensionamento dos dispositivos de proteção;
- Dimensionamento dos Quadros.
2.3 NORMATIZAÇÃO
Um projeto e instalações elétricas de baixa tensão deve observar as normas
técnicas, de acordo com a atividade, segue algumas normas técnicas básicas
sugeridas:
ABNT:
- NBR 12483/1992 – Chuveiros elétricos – Padronização
- NBR 13418/1995 – Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança –
Especificação;
- NBR 13570/1996 – Instalações elétricas em locais de afluência de público –
Requisitos específicos;
- NBR 14011/1997 – Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas –
Requisitos;
- NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
- NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;
- NBR 13534/2008 – Instalações Elétricas de Baixa tensão – Requisitos específicos
para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde.
- NBR ISSO/CIE 8995-1/2013 – Iluminação de ambientes de trabalho.
3.1 OBJETIVO
Cada aparelho de utilização (lâmpadas, aparelhos de aquecimento d’água,
aparelhos eletrodomésticos, motores para máquinas diversas) solicita da rede
elétrica uma determinada potência. O objetivo da previsão de cargas é a
determinação de todos os pontos de utilização de energia elétrica (pontos de
consumo ou cargas) que farão parte da instalação. Ao final da previsão de cargas,
estarão definidas a potência, a quantidade e a localização de todos os pontos de
consumo de energia elétrica da instalação.
TABELA 3.2
3.3.1 Iluminação
Para os aparelhos fixos de iluminação a descarga, a potência nominal a ser
considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência
dos equipamentos auxiliares.
Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo
no teto, comandado por interruptor.
- Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz
fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100VA, comandada
por interruptor de parede.
DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS
a) Carga ou Potência Instalada
É a soma das potências nominais de todos os aparelhos elétricos pertencentes a
uma instalação ou sistema. Entende-se por potência nominal aquela registrada na
placa do aparelho ou máquina. Na ausência deste dado, será considerada como
potência nominal, a potência atribuída no projeto para aquele determinado ponto
elétrico.
b) Demanda
É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um
aparelho ou um sistema.
c) Demanda média
É a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de tempo determinado.
Para este intervalo podem-se tomar 10 minutos, 15 minutos (mais comum), 30
minutos, etc., obtendo-se demandas de 10, 15, 30 minutos, etc.
d) Demanda máxima
É a maior de todas as demandas ocorridas em um período de tempo determinado. A
demanda máxima representa, portanto, a maior média de todas as demandas (10,
15 ou 30 minutos) verificadas em um dado período (um dia, uma semana, um mês,
um ano).
e) Demanda provável
É a demanda máxima da instalação. Este é o valor que será utilizado para o
dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos de
proteção.
f) Fator de Demanda (FD)
É a razão entre a demanda máxima e a potência instalada. Mostrada na equação
abaixo:
FIGURA 5.2
OBJETIVOS
- Limitar as consequências de uma falta (curto circuito), a qual provocará apenas o
seccionamento do circuito defeituoso;
- Facilitar as verificações, os ensaios e a manutenção;
- Evitar os perigos que possam resultar da falha de um circuito único, como no caso
de iluminação.
RECOMENDAÇÕES
- Toda instalação deve ser dividida em circuitos, de forma que cada um possa ser
seccionado, sem risco de realimentação inadvertida por meio de outro circuito;
- Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de
utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos distintos para
iluminação e tomadas de serviço;
- Devem ser previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral da
cozinha, copa e área de serviço;
- Equipamentos que absorvam corrente igual ou superior a 10 A devem possuir
tomada de uso específico;
- Deve ser previsto um circuito individual para cada tomada de uso específico (TUE);
- A potência dos circuitos, com exceção de circuitos exclusivos para TUE deve estar
limitada a 1200 VA em 127 V, ou 2200 VA em 220 V;
- Em instalações com 02 ou 03 fases, as cargas devem ser distribuídas
uniformemente entre as fases de modo a obter-se o maior equilíbrio possível.
FIGURA 5.4
FIGURA 5.7
FIGURA 5.8
7.1 OBJETIVOS
Dimensionar um circuito é definir a seção mínima dos condutores, de forma a
garantir que os mesmos suportem satisfatoriamente e simultaneamente as
condições de:
- Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de corrente;
- Limite de queda de tensão;
- Capacidade dos dispositivos de proteção contra sobrecargas;
- Capacidade de condução da corrente de curto-circuito por tempo limitado.
Notas:
1 Estes limites de queda de tensão são válidos quando a tensão nominal dos equipamentos
2 Nos casos das alíneas a, b,e d, quando as linhas principais da instalação tiverem comprimento
superior a 100m, as quedas podem ser aumentadas de 0,005% por metro de linha superior a 100m,
sem que, no entanto, essa suplementação seja superior a 0,5%.
3 Em caso algum a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser superior a 4%.
c) Escolha do condutor
Com o valor de calculado, entramos em uma das tabelas de queda de
tensão para condutores (ver tabelas 7.5, 7.6 e 7.7) que apresente as condições de
instalação indicadas no item a, e nesta encontramos o valor cuja queda de tensão
seja igual ou imediatamente inferior à calculada, encontrando daí a bitola nominal do
condutor correspondente.
A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou
mesmo invólucro que os condutores vivos, devem ser, em qualquer caso, não
inferior à:
- 2,5 mm² em cobre / 16 mm² em alumínio, se possuir proteção mecânica;
- 4 mm² / 16 mm² em alumínio, se não possuir proteção mecânica.
Um condutor de proteção pode ser comum a vários circuitos.
É importante salientar que apesar da TAB. 7.11 ter sido retirada da NBR 5410/1990
a qual não está mais em vigência, estes valores podem ser utilizados como
referência, tendo em vista que são valores convencionais e não fogem dos cálculos
sugeridos pela atualização da norma NBR 5410/2004.
TABELA 8.4 - Ocupação máxima dos eletrodutos de PVC por condutores de mesma bitola
(Fios ou Cabos unipolares 450/750 V BWF Antichama)
DEFINIÇÕES
a) Dispositivos de manobra ou de comando
São equipamentos elétricos destinados a ligar ou desligar um circuito em condições
normais de operação. Portanto, os dispositivos de manobra são dispositivos capazes
de estabelecer, conduzir e interromper a corrente elétrica de um ou mais circuitos,
dentro de seus valores nominais.
Como exemplo de dispositivos de manobra temos os interruptores, os disjuntores, as
chaves seccionadoras, os contatores, as chaves faca, os botões de comando
(botoeiras), etc.
É importante observar que tais equipamentos não têm a função de proteger os
circuitos, mas apenas e tão somente, comandá-los. Desta forma, a atuação destes
equipamentos não é automática, isto é, depende sempre da intervenção direta ou
indireta do operador.
Estes equipamentos são dimensionados, tomando-se por base as características
nominais do circuito ao qual estão conectados, tais como: tensão nominal, corrente
nominal, capacidade de ruptura, frequência, regime de carga, etc.
b) Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes
São equipamentos elétricos capazes e estabelecer, conduzir e interromper em
condições normais de operação de um circuito, bem como estabelecer, conduzir e
interromper automaticamente correntes em condições anormais, de forma a, dentro
de condições especificadas, limitar a ocorrência desta grandeza em módulo e tempo
de duração.
Os dispositivos de proteção contra sobrecorrentes são capazes de proteger os
circuitos contra correntes de curto-circuito e/ou correntes de sobrecarga.
Como exemplos destes dispositivos podemos citar os disjuntores, os fusíveis, os
relês térmicos, etc.
c) Corrente nominal
A corrente nominal (In) de um dispositivo de manobra ou de proteção é o valor eficaz
da corrente de regime contínuo que o dispositivo é capaz de conduzir
indefinidamente, sem que a elevação de temperatura de suas diferentes partes
exceda os valores especificados em norma.
d) Sobrecorrentes
São correntes elétricas cujos valores excede o valor da corrente nominal. As
sobrecorrentes podem ser originadas por solicitação do circuito acima de suas
características de projeto (sobrecargas) ou por falta elétrica (curto-circuito).
e) Correntes de sobrecarga
As sobrecargas caracterizam-se por provocar no circuito correntes superiores à
corrente nominal, oriundas de solicitações dos equipamentos acima de suas
capacidades nominais. Este é o caso de motores acionando cargas permanentes ou
transitórias acima de sua potência nominal. As sobrecargas produzem a elevação da
corrente do circuito a valores, em geral, de algum percentual acima do valor nominal
e trazem efeitos térmicos prejudiciais ao sistema.
f) Correntes de curto-circuito
10.1 ATERRAMENTO
Aterramento é a ligação elétrica intencional com a terra. Esta ligação visa propriciar
um meio favorável e seguro (de baixíssima resistência elétrica e robustez mecânica
conveniente) ao percurso de correntes elétricas perigosas e indesejáveis. É o caso
das descargas elétricas produzidas por fenômenos atmosféricos (raios) ou ainda por
ocasião das faltas elétricas.
Falta (elétrica) é o contato ou arco acidental entre as partes sob potenciais
diferentes, e/ou de uma ou mais dessas partes para terra, num sistema ou
equipamento elétrico energizado. Nesta ocasião e neste percurso, flui a correte de
falta, função da diferença de potencial para a terra e da resistência de falta.
As instalações elétricas estão sujeitas a defeitos como falhas de isolamento de
condutores ou partes energizadas que, em contato com superfícies condutoras,
poderão coloca-las sob um potencial elétrico diferente do da terra.
Por outro lado, algumas instalações utilizam a propriedade condutora da superfície
da terra como meio funcional.
TIPOS DE ATERRAMENTO
Em uma instalação elétrica, poderemos ter 02 tipos de aterramento:
a) Aterramento Funcional
O aterramento por razões funcionais deve ser utilizado para garantir o
funcionamento correto dos equipamentos, ou para permitir o funcionamento
adequado da instalação, o condutor neutro, assim denominado pois o seu potencial
elétrico é (teoricamente) nulo em relação ao potencial da terra.
b) Aterramento de Proteção
Ligação das massas (carcaças metálicas de quadros de distribuição, de
transformadores de motores, eletrodutos metálicos, etc.) e de elementos condutores
estranhos à instalação à terra, com o objetivo de garantir a proteção contra contatos
indiretos.
O condutor de proteção é representado pelas letras PE (Protection to Earth) e, em
condutores isolados, deve-se usar a cor verde ou verde-amarela.
b) Contato indireto
O contato de pessoas ou de animais domésticos com massas que ficaram
acidentalmente sob tensão.
A FIG. 10.4 ilustra o contato indireto.
FIGURA 10.4 - Choque elétrico por contato indireto
FIGURA 10.5
Normas Técnicas
Sigla Significado e natureza
Associação Brasileira de Normas Técnicas
Atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos das normas são
ABNT adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e
municipais) e pelas firmas. Compõe-se de normas NB, TB
(terminologia), SB (simbologia), EB (especificação), MB (método de
ensaio) e PB (padronização).
NBR 5410 Instalações elétricas em baixa tensão
NBR 5361 Disjuntores de baixa tensão
NBR 5419 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
NBR 5444 Símbolos gráficos p/instalações elétricas prediais
NBR 5461 Iluminação
Caixas de derivação para uso em instal. Elétricas domésticas e
NBR 5431
análogas
Caixas de derivação para uso em instalações elétricas domésticas e
NBR 6235
análogas
Requisitos gerais para condutores de instalações elétricas domésticas e
NBR 6689
análogas.
NBR 6150 Eletroduto de PVC rígido
NBR 8302 Luvas sem rosca e terminais sem rosca interna para eletroduto
Eletroduto rígido de aço-carbono e acessórios com revestimento
NBR 5597
protetor,com rosca
Deutsche Industrie Normen
DIN Associação de normas industriais alemãs. Suas publicações são
devidamente coordenadas com as da VDE.
International Electrotechnical Comission
Comissão formada por representantes de todos os países
IEC industrializados. As recomendações da IEC, publicadas por esta
Comissão, são parcialmente adotadas na íntegra pelos diversos países
ou, em outros casos, está se procedendo a uma aproximação ou
adaptação das normas nacionais ao texto destas internacionais.
National Electrical Manufactures Association
NEMA
Associação nacional dos fabricantes de material elétrico (EUA).
Verband Deutscher Elektrotechniker
VDE Associação de normas alemãs, que publica normas e recomendações
da área de eletricidade.
Cigarra
Campainha
Quadro anunciador
Interruptor bipolar
Interruptor intermediário
Pulsador de campainha
Botão de minuteria
Lâmpada de sinalização