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Unidade I

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Prof. Ma. Renata Guzzo Souza Belinelo


Ferimentos

 É classificada como qualquer lesão


resultante de agressão sofrida pelos
tecidos, causada por agentes externos de
natureza diversa, cortantes,
contundentes ou perfurantes, podendo
ser superficial ou profunda,
profunda aberta ou
fechada.
Tipos de feridas

1. Incisas ou cortantes -
 Predomínio do comprimento sobre a
profundidade;
 Bordas regulares, nítidas e retilíneas;
 Corte com profundidade igual de um
extremo a outro da lesão;
Tipos de feridas

2. Corto-contusa
 O traumatismo causa a penetração do
instrumento. Ex.machado.

3. Perfurante:
 Por agentes longos e pontiagudos.
Transfixante. Ex. p
prego,
g , alfinete.
Tipos de feridas

4. Pérfuro-contusas
 Um ou dois orifícios(entrada/saída), o de
entrada e o de saída. Ex: arma de fogo.

5. Escoriações
 A lesão surge tangencialmente à
superfície cutânea
cutânea, com arrancamento da
pele.
Tipos de feridas

6. Aberta
 São aquelas em que a continuidade da
pele é interrompida.

7. Fechada
 Não violam a continuidade da pele, são
provocadas por forças decorrentes de
quedas, desaceleração súbita,etc.
Tipos de feridas

8. Profunda
 Envolve a destruição ou perda total da
epiderme, da derme e do tecido celular
subcutâneo. Pode também ocorrer
destruição muscular e óssea.
9. Superficial
 Envolve somente a epiderme ou a porção
superior da derme.
Ferimentos nos olhos

 Evitar a pressão direta sobre o globo


ocular.
 Dar apoio emocional à vítima.
 Nunca explorar a órbita ocular para tentar
inspecionar ou remover objetos do local.
 Aplicar curativo oclusivo em ambos os
olhos, mesmo que apenas um olho tenha
sido afetado.
 Quando houver objeto encravado, não
removê lo e sim estabilizá-lo.
removê-lo estabilizá lo
 Encaminhar ao serviço especializado,
Ferimento nas orelhas

 Pode ser cortante, lacerante.


 O sangramento pela orelha pode indicar
traumatismo craniano.
Além dos cuidados gerais, deve-se:
 Controlar sangramentos externos;
 Não remover objetos encravados;
 Não interromper a saída de líquido e ou
sangue pelo conduto auditivo externo.
Ferimento no nariz

 Pode indicar fratura de crânio, ou uma


epistaxe.
Atendimento
 Tranquilizar a vítima.
 Realizar flexão da cabeça para frente.
frente
 Realizar pressão sobre o nariz, com gaze.
 Colocar compressa de gelo no local.
 Encaminhar ao serviço especializado.
 Manter a permeabilidade das vias aéreas
e a estabilização da coluna cervical;
 Não interromper a saída de líquido e ou
sangue pelo nariz.
Interatividade

Indique a sentença falsa:


a) A ferida pérfuro contusa é aquela que
tem dois orifícios (entrada e saída)
b) Ferimento no nariz pode indicar fratura
de base de crânio.
c) A laceração da pele devido a penetração
de algum instrumento é denominada
corto contusa.
d) Deve-se realizar o curativo apenas no
olho que apresentar a lesão
lesão.
e) A ferida incisiva tem as bordas regulares.
Hemorragia

 É a ruptura de um vaso sanguíneo, com o


extravasamento de seu conteúdo.
Mecanismos corporais de controle:
1. Vasoconstrição: que é um mecanismo
reflexo que permite a contração do vaso
sanguíneo lesado.
2. Coagulação: mecanismo de aglutinação
de plaquetas no local onde ocorreu o
rompimento do vaso sanguíneo, dando
início à formação
ç de um verdadeiro
tampão, denominado coágulo.
Classificação das hemorragias

Anatômico
 Arterial- jatos de sangue vermelho vivo;
 Venosa- filete de sangue vermelho
escuro;
 Capilar-
Capilar escoriação;
Clínico
 Externa
 Interna – trauma interno;
Classificação das hemorragias

Perda Sanguínea
 Classe I- perda de 15%; apresenta
discreta taquicardia e pequena diferença
ente PAS e PAD.
 Classe II-
II perda de 15 a 30%; ocorre
taquicardia, taquipnéia, aumento da PAD,
ansiedade.
 Classe III- perda de 30 a 40%; ocorre
taquicardia, taquipnéia, hipotensão, alt.
Do estado mental,, sinais de hipoperfusão
p p
tecidual;
 Classe IV- perde de + 40%; ocorre choque
hipovolêmico (taquicardia, taquipnéia e
hipotensão severa).
Técnicas de hemostasia

Compressão Direta:
 Compressa estéril;
 Não remover a primeira gaze do
ferimento, apenas acrescentar mais, se
necessário;
Elevar o Membro
Compressão da Artéria Proximal
 Mão enluvada;
Torniquete
q
 Último recurso ou amputação;
 Bandagem constritora colocada em torno
de uma extremidade até a
cessação do fluxo.
Técnicas de hemostasia
Técnicas de hemostasia
Atendimento

Hemorragia Externa
 Expor o ferimento;
 Realizar compressão direta e fixar um
curativo;
 Elevar o membro atingido,
atingido desde que não
esteja fraturado.
 Se o sangramento persistir, comprimir os
pontos arteriais proximais.
 Em situações de grave hemorragia, é
recomendável
dá l acalmar
l a vítima,
íi
posicioná-la de costas, mantendo-a
aquecida e com as vias aéreas liberadas,
enquanto aguarda a ambulância
ou efetua o transporte.
Atendimento

Hemorragia Interna
 Avaliar CAB;
 Avaliar SSVV;
 Manter a vítima em repouso, deitá-la de
costas afrouxando-lhe
costas, afrouxando lhe as vestes;
 Prevenir o estado de choque, mantendo a
vítima aquecida;
 Priorizar o transporte para um hospital;
Estado de choque

 É um quadro clínico caracterizado pela


insuficiência circulatória, que impede o
fornecimento de sangue oxigenado para
os diversos órgãos do corpo. Pode ser
decorrente de alterações de um dos
componentes do sistema circulatório:
coração, vasos sangüíneos ou sangue.
 Sinais e Sintomas: náuseas, sede,
vertigem, intranquilidade, medo e
ansiedade. Pele pálida; sudorese fria e
pegajosa pulso fraco e rápido; tremores;
pegajosa,
alteração do nível de consciência;
respiração curta e superficial, perfusão
capilar lenta ou nula; pupilas –
dilatadas e ou opacas.
Atendimento

 Tranqüilizar a vítima;
 Avaliar CAB;
 Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
 Manter as vias aéreas abertas;
 Controlar possíveis sangramentos
externos;
 Afrouxar as vestes;
 Promover o aquecimento da vítima;
 Não ministrar líquidos ou alimentos;
 Encaminhar ao serviço especializado
rápido;
Interatividade

Sobre a hemorragia:
a) Na hemorragia classe III- temos perda de
40 a 60% de sangue.
b) O torniquete é o primeiro método
utilizado para o tratamento da
hemorragia.
c) No choque hipovolêmico não temos
alteração do nível de consciência e dos
SSVV.
d) Tanto na hemorragia interna quanto na
externa devemos priorizar o atendimento
no hospital.
e) B e D estão incorretas.
Emergências obstétricas

Parto Normal
 O parto normal ou vaginal por ser mais
parecido com o fisiológico (parto natural)
tem vantagens sobre a cesariana.
 O trabalho de parto é o processo pelo
qual o útero expulsa o feto para o meio
externo;
 Sinais e Sintomas: Perda do tampão
mucoso; Contrações dolorosas;
Dilatação
ç do colo uterino;;
Mecanismo do parto

Objeto – Feto
Percorre

Trajeto Ósseo e Mole – Bacia óssea e Canal


Vaginal

Impulsionado

Motor – Contração Uterina


Tempos do mecanismo do parto

 Insinuação: estática, dinâmica;


 Descida: rotação interna, insinuação das
espáduas;
 Desprendimento: rotação externa da
cabeça, rotação interna das espáduas,
desprendimento das espáduas;
Parto normal

Diagnóstico
 2 contrações em 10 min, com duração de
50 a 60 seg.
 Perda do tampão mucoso.
 Agitação;
 Esforços expulsivos maternos
constantes;
Sequência do parto
Atendimento pré-hospitalar

 Perguntar se é o primeiro parto –


Normalmente o trabalho de parto leva
cerca de 12 horas. Quando já houve um
parto normal, o processo tende a ser
mais rápido;
 Perguntar quanto tempo faz que se
iniciaram as contrações e o intervalo
entre elas;
 Questionar se houve perda de líquido
(rompimento da bolsa);
 Perguntar se a mãe sente o feto no canal
de nascimento;
Atendimento pré-hospitalar

 Se houver possibilidade, o transporte


imediato deve ser priorizado.
 Entretanto, se não houver condições,
primeiramente deve-se acionar o resgate
e acomodar a grávida em local
confortável, em decúbito dorsal e com as
pernas flexionadas;
 Tranquilizar a mãe e iniciar uma
entrevista – nome, idade, período de
gestão, número de filhos e partos
anteriores, etc.;
Interatividade

Em relação ao parto natural, é correto


afirmar:
a) O trabalho de parto é indicado com
contrações de intervalos de 10 min. e
com duração de 50 seg.
b) O feto percorre apenas um canal ósseo.
c) Não deve-se realizar, nunca um parto
normal fora da ambiente hospitalar.
d) A quantidade de partos anteriores não
interferem no mecanismo do parto.
parto
e) A e D estão corretas.
Emergências respiratórias

Crise Asmática
 Inflamação crônica das vias aéreas, o que
determina o seu estreitamento, causando
dificuldade respiratória.
 Causas
Emergências respiratórias

Crise Asmática
Sinais e Sintomas:
 tosse seca e repetitiva, dispnéia,
respiração sibilante, audível, pulso
rápido, palidez , sudorese, prostração,
apatia, cianose de extremidades.
Atendimento
 Tranquilizar a vítima;
 Se tiver conhecimento do tratamento
aconselhado
lh d pelol médico
édi para as crises
i
- administrá-lo;
 Encaminhar ao serviço especializado.
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

Causas
 Trauma direto sobre as vias aéreas –
sangramento, compressão externa por
edema ou hematomas;
 Queimaduras – inflamação e edema de
glote;
 Reações Alérgicas – edema de glote;
 Corpo Estranho – fragmentos de
próteses dentárias, balas, chicletes e
pequenos objetos.
objetos
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

 Obstrução Parcial – dispnéia;


 Obstrução Total – tosse fraca e ineficaz;
inspiração respiratória com ruído;
cianose de lábios e face; expressão de
angustia (olhos muito abertos, boca
aberta, mãos agarram o pescoço – Sinal
Universal de Angústia).
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

Compressão Abdominal – Manobra de


Heimlich – Vítima Consciente
 Consiste da compressão na região
abdominal com a finalidade de criar uma
tosse artificial, ajudando na expulsão do
corpo estranho.
estranho
Técnica
 Posicionar-se atrás da vítima, colocando
um das pernas entre as pernas da vítima;
 Envolver a cintura da vítima com os
braços,
ç , colocando uma mão fechada em
punho na região abdominal (entre a
cicatriz umbilical e o apêndice xifóide);
 Com a outra mão envolver o punho
fechado;
 Efetuar cinco compressões abdominais.
Manobra de heimlich
Manobra de heimlich

 Crianças maiores de 1 ano – semelhante


no adulto;
 Lactentes – combinação de palmada nas
costas (face da criança voltada para
baixo) e compressões torácicas (face
voltada para cima), sempre apoiando a
vítima no antebraço, mantendo a cabeça
abaixo do tronco, próximo ao seu corpo.
Manobra de heimlich

 Golpes Abdominais Subdiafragmáticos


 Manobra de Heimlich para vítima deitada;
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

Compressão Torácica
 Gestantes e Obesos;
 Série de compressões torácicas sobre o
terço inferior do osso esterno, logo acima
do apêndice xifóide.

 Mesmo local das realizadas


para RCP
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

Desobstrução de vias Aéreas em Vítimas


Inconscientes
1. Rolamento 90º
 Remoção de secreções líquidas;
 Lateralizar a vítima em monobloco
monobloco,
trazendo-a do decúbito dorsal para o
lateral.
Obstrução das vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)

Desobstrução de vias Aéreas em Vítimas


Inconscientes
2. Técnica de Remoção Manual
 Consiste em abrir a boca da vítima
utilizando a manobra de tração da
mandíbula (Jaw-Thrust), para retirada do
corpo estranho com o dedo indicador em
forma de gancho. Se o corpo estranho
estiver mais profundo, utiliza-se os dedos
indicador e médio em forma de pinça.
Interatividade

Nos casos de OVACE, a altarnativa


incorreta é:
a) A Manobra de Heimlich pode ser aplicada
em gestante;
b) Os traumas diretos sobre as vias aéreas
podem levar a sangramento e compressão
externa por edema ou hematomas;
c) A asma é uma inflamação crônica das vias
aéreas, o que determina o seu
estreitamento, causando dificuldade
respiratória;
i tó i
d) O Sinal Universal de Angústia é
caracterizado por taquicardia, taquipnéia e
hipertensão;
e) A e D estão incorretas;
ATÉ A PRÓXIMA!

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