Você está na página 1de 59

Gerenciamento de Equipamentos

e Manutenção
Módulo 1

Gerenciamento de
Equipamentos
Gerenciamento de Equipamentos

• O que é? Para que?


• Otimizar o resultado da empresa:
– Baixar a ociosidade
– Otimizar os investimentos
– Reduzir despesas de locação
– Melhorar o retorno
Gestão Técnica
• Especificação de equipamentos
• Informações técnicas e de desempenho
• Estudos comparativos
• Padronização
• Novos equipamentos, tecnologias e processos
• Custos e análise econômica
• Análise de desempenho (benchmarking)
Cadastro

• Precisamos saber sempre:


– O que temos
– Onde está neste momento
• Entradas e saídas
• Como cadastrar
– Sistema intuitivo (pouca variedade)
– Grupos e subgrupos numéricos (níveis a critério)
Um cadastro sofisticado

Equip. de Pá carregadeira
Terraplanagem

Dígito de
Empresa ou 05.01.09.03.19.025.4 controle
unidade

Sequencial
2,5 a 3 m3 CAT 966C
Custos de equipamentos

• Propriedade*
– Depreciação
– Juros sobre capital
• Manutenção*
– Custos diretos
– Custos rateados
• Operação*
Custos de propriedade
• Depreciação
– Taxa horária baseada na vida útil técnica
– Valor de reposição
– Valor residual
• Juros sobre capital
– Remuneração do acionista
– Valor mínimo
Custos de manutenção

• Mão-de-obra
• Materiais
• Serviços de terceiros
• Custos rateados
– Despesas gerais de oficina
– Veículos de apoio (propriedade, operação e manutenção)
Custos de operação
• Combustível (pode calcular consumo médio e quilometragem)
• Lubrificantes (pode ser x% do combustível)
• Pneus/ material rodante
• Licenciamento
• Seguros
• Motorista (não, se for o mecânico)
Módulo 2

Gerenciamento da
Manutenção
Manutenção
• Reparos corretivos pela equipe de produção
• Primeira Guerra Mundial (1914-1918):
– Vantagem de equipes especializadas, subordinadas á produção – só
corretiva
• Segunda Guerra Mundial (1939-1945):
– Manutenção preventiva/ Separação entre manutenção e produção
• Avanço da indústria aeronáutica (anos 50):
– Evolução da preventiva
• Eletrônica (anos 80 em diante):
– Uso do computador/ Técnicas estatísticas
– Eletrônica embarcada
– Manutenção preditiva
• E para onde vamos?
Manutenção classe mundial
Métodos de manutenção

• Corretiva:
– Após a ocorrência de uma falha, as ações
necessárias para restaurar o item a condições
especificadas (ABNT)
• Preventiva:
– Ações executadas através de inspeção sistemática,
detecção e medidas necessárias para evitar falhas
incipientes, com a finalidade de conservar um
item dentro de condições especificadas (ABNT)
Manutenção Preditiva

• Variante da manutenção preventiva


• Análise de vibrações:
• Amplitude e frequência
• Modelos matemáticos
• Análise de óleos
– Tendências
(Tolerância de 20%)
Vantagens da Manutenção Preventiva
• Redução das paradas não programadas

• Redução de até 20% no custo após um


ano
• Pode ir desde simples
inspeções até trocas programadas

• Custo-benefício:
– Custo da preventiva x custo total de manutenção
– Demora e custo x consequências da paralisação não programada
Terceirização

• Vantagens:
– Redução de custos indiretos
– Menor necessidade de mão-de-obra especializada
– Garantia
– Atualização das especificações e processos
Terceirização
• Desvantagens:
– Necessidade de estrutura de controle
– Dificuldade na seleção para equipamentos sem
distribuidor
– Dificuldade de alteração de prazos e prioridades
– Maior custo (lucro do terceiro)
– Dificuldade de assistência técnica quando se
transfere o equipamento para local afastado
Terceirização
• Sempre que:
– Exigir mão-de-obra especializada e cara, que terá
baixa utilização
– Exigir ferramental caro que terá baixa utilização
– O custo-benefício justificar:
• Preventiva
• Assistência de campo
• Gestão total
Módulo 3

Controles básicos
de manutenção
Horas trabalhadas

• Base para todas as atividades programadas e


de controle
• Horômetro
– Marca as horas reais
– Não se deve usar os boletins diários de operação
– Horômetros sobressalentes e prioridade na troca
Horas trabalhadas
• Outros critérios de controle:
– Quilômetros rodados
– Consumo de combustível
• Varia conforme utilização
• Controle sempre existe, com bom nível
– Volume produzido
• Vale para instalações fixas
– Tempo calendário
Purificadores de ar
• É fácil perder dinheiro aqui!
• A deficiência impacta violentamente a vida útil!
– Perda de potência
– Entrada de impurezas
• Item barato em relação ao custo de recuperação de um
motor
• Manutenção simples
– Indicador de restrição
• Usar produtos de qualidade
• Trocar sempre os dois elementos
Material rodante
• Parcela importante do custo operacional
• Importância do recondicionamento
– Medições periódicas de desgaste
– Limites e procedimentos definidos pelo fabricante
– Não colocar solda sobre solda
• Uso de conjuntos sobressalentes
– Dá para programar em função do desgaste
Material rodante

• Esteiras para uso sem recondicionamento


– Alguns fabricantes, pinos e buchas
• Não precisa girar
– Alguns fabricantes, esteiras “descartáveis”, mas
com vida muito maior
• A diretriz é o custo-benefício
Pneus
Pneus

• 3ª parcela mais importante do custo operacional


– Só perde para mão-de-obra e combustível
– Difícil de prever devido á quantidade de variáveis
• Cuidados na seleção, utilização e manutenção
– Maior vida útil
– Menor quantidade de perdas prematuras
– Maior índice de recondicionamento
– Custo operacional mais baixo
Pneus radiais x diagonais

• Radiais:
– Maior capacidade em volume menor
– Absorvem melhor as irregularidades do solo
• Mais tração e conforto
– Mais sensíveis a cortes laterais
– Maior dificuldade de recapagem
– Maior custo
• Se o risco de danos ou cortes na lateral
for alto, é melhor usar diagonais
Nomenclatura
• Os pneus de máquinas são, na maior parte,
especificados por duas dimensões e pela
capacidade:
Diagonal (R se for radial)
Largura da seção (pol)

33.25 – 35 22 PR
Diâmetro nominal do aro (pol)
Capacidade equivalente em lonas

• PR = ply rating. Os pneus atuais não tem lonas.


TIRE SAFETY

NomenclaturaSEGURANÇA DOS PNEUS

Outra nomenclatura bastante utilizada:


Largura do pneu em milímetros Pneu Radial
Pneu para veículo de passageiros

P 265 / 60 R 18 8 PR
Capacidade equivalente em lonas
Relação da altura com a largura do pneu,
60% da largura neste caso Aro de 18 Polegadas
TIRE SAFETY

Carga e velocidade
SEGURANÇA DOS PNEUS

Máxima Capacidade de Carga por Pneu


A tabela 1 mostra o índice e a capacidade
máxima de carga por pneu em libras e
quilos.
A velocidade máxima de projeto é indicada
por uma letra situada ao lado do índice de
carga. A tabela 2 mostra a faixa de
velocidade em km/h e MPH
TKPH (Índice PV)

• Produto da velocidade média pela carga


média
– CM = (PSC + PCC) / 2
– VM = (D x n) / 2

• PSC = peso suportado, sem carga


• PCC = peso suportado, com carga
• D = distância (km) de ida e volta
• n = número de viagens por período (hora)
TIRE SAFETY

Pneus – vida útil


SEGURANÇA DOS PNEUS

08 07
8a. Semana do ano Ano de fabricação
(Fevereiro) 2007

Esse numero indica que o pneu foi fabricado na 8a.


semana de 2007
Controle de utilização
• Sistema simples, disponibilizado inclusive pelos fabricantes.

• Marcação
– Número da empresa (não usar série)
– Marcar a ferro na lateral

• Sistemas de monitoração
– Chip no pneu (pressão e temperatura)
– Transmissão via GPS
TIRE SAFETY

Pressão
SEGURANÇA DOS PNEUS

(44 psi) MAX PRESS O valor máximo de pressão do pneu está indicado num
pequeno número próximo ao aro.

MAX PRESS ACEITÁVEL


44 PSI 35 PSI

Redução de 10% ou aumento de 20% causa uma perda


de 12% no rendimento

•Medir no início do turno e ao longo do dia


•Variação tolerável até 30% - não sangrar
Módulo 4

Lubrificação
Lubrificação
• Atividade de menor importância
• A “melosa”

QUEM PENSA ASSIM ESTÁ PERDENDO DINHEIRO!

• Funções do lubrificante:
– Manter uma película entre as peças para impedir o
desgaste
– Impedir corrosão, transmitir energia, manter isolação
elétrica
Lubrificantes
• Principal propriedade:
Viscosidade
– Capacidade de manter a película
lubrificante entre peças em movimento
– Quando a película se rompe, ocorre
desgaste (as peças encostam uma
na outra)
– Se a película não se romper, não haverá desgaste
– Compensa gastar mais para isso. O limite será o custo-
benefício
Contaminação

• Principais causas:
– Manuseio inadequado*
– Contaminação por impurezas*
– Contaminação por outro tipo de lubrificante*
– Contaminação por água*
– Deterioração por armazenagem prolongada (falha
de controle ou baixo consumo)
Manuseio
• Plataformas de descarga no mesmo nível dos veículos de transporte
ou rampas de madeira.

• Não derrubar os tambores sobre uma pilha de pneus.


• Rolar somente em distâncias curtas
• Usar carrinhos apropriados*
Carrinhos para manuseio de tambores
Contaminação por impurezas

• A principal contaminação é a poeira


– Tanques dos equipamentos
– Componentes em reparos
– Tampar as aberturas
– Recipientes de transporte de lubrificante do
tambor até o tanque
Contaminação por outro lubrificante

• Inscrições apagadas ou ilegíveis


• Inexperiência da mão-de-obra
– Responsável no depósito e no comboio
• Negligência no manuseio
• Recipientes com restos de outro material
Contaminação por água

• Evitar armazenagem ao ar livre. Quando necessário, os


tambores devem ser estocados deitados, sobre ripas de
madeira e cobertos (não colocar sobre o solo).
• Se for preciso armazenar em pé, inclinar de forma a evitar
acúmulo de água em torno dos bujões.
Atividades de campo

• Iniciar o turno da lubrificação antes do da


produção
– Conferir níveis
– Calibrar pneus
– Não exclui a inspeção pelo operador
• Passar pela lubrificação após concluir reparo,
antes de voltar para serviço
Módulo 5

Oficinas
Oficinas

• Oficina central

• Oficinas de frente de serviço


Oficina central
• Solução intermediária (mais racional):
– Otimizar o tamanho e os recursos
• Simplificar e racionalizar estrutura
• Definir com clareza o que fazer “em casa” e fora
• Usar terceiros sempre que possível
• Usar a oficina para desmontagem, recuperação dos componentes
simples e remontagem dos conjuntos recuperados
– Manutenção dos disponíveis
– Análise reparo x venda
Projeto de oficina - premissas

• Nasce da estratégia de manutenção a ser usada:


– Oficinas de apoio
• “Caixa de ferramentas”
– Abastecimento no canteiro ou em postos próximos
– Abastecimento pelo comboio
– Uso de oficinas móveis
– Outros parâmetros
Dimensionamento de oficinas
• Quantidade de boxes:
– Função da eficiência mecânica:
• Definir o que será atendido pela oficina e o que receberá
atendimento direto no campo ou de oficina de apoio, oficina
móvel, etc.
• Se a eficiência é de 80%, 20% estarão sempre em manutenção
• Esse é o espaço necessário
• Espera de peças pode ficar no pátio
– Seções de apoio:
• Características da obra
• Coerência com a quantidade de boxes
Projeto de oficinas

• Galpões modulados (sugestão 10 x 5 ou 6 m)


• Pé direito que comporte a altura do maior equipamento
(levantar a caçamba de um basculante) – cuidado com a
chuva (4,50 a 5 m)
• Evitar galpões muito longos
• Deixar pátio para possível ampliação e
para manobra e estacionamento de máquinas
• Posicionar perto do almoxarifado
Projeto de oficinas
• Layout:
– Seções geradoras de ruído afastadas dos escritórios
– Pelo menos dois boxes com valeta
– Atender a legislação
– Não esquecer da segurança
(p.ex. inflamáveis)
Projeto de oficinas
• Utilidades (melhor pecar por excesso) :
• Água e ar comprimido
– Um ponto de água para cada 5 boxes
– Um ponto de ar para cada 3 boxes
– Purgadores na linha de ar

• Energia elétrica:
– Barramentos e perfilados
– Tomadas: uma monofásica para cada 2 boxes e uma trifásica
para cada 4 boxes
Suporte técnico

• Equipe
– Treinamento
• Ferramentas
– Não há sentido em deixar uma máquina parada por falta de
ferramenta para executar o serviço.
• Literatura técnica
Em resumo

• Gerenciar a frota para não perder dinheiro


• Qualidade de manutenção aumenta vida útil
• Manutenção preventiva reduz paradas não programadas
• Sem custos, não se avalia a situação dos equipamentos
• Na lubrificação, evitar a contaminação
• Oficinas bem dimensionadas e equipadas são mais
produtivas – o tempo de parada é menor
Ou seja:

Quem não faz manutenção


direito está deixando muito
dinheiro sair pelo ralo!!
Dúvidas
O livro

• Ferramenta de trabalho
• Falamos um pouco sobre cada capítulo
• Idéia:
– Orientação sobre como resolver
– Não tem “receitas”, apenas sugestões
Obrigado.

www.nveloso.com.br eneveloso@terra.com.br

Você também pode gostar