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Gametas Femininos

Apresenta três fases:

1. Período germinativo: as ovogônias sofrem mitose formando varias células.

2. Período de crescimento: as ovôgonias aumentam de tamanho dando origem


a células que agora são chamadas de ovócitos I (2n). Obs: o crescimento
desta célula é maior que as espermatogônias, pois, precisam sintetizar
vitelo.

3. Período de maturação: o ovócito I entra em meiose I, dando origem a duas


células, uma maior (n) (ovócito II) e uma menor (n) (1º glóbulo polar). Inicia-
se então a meiose II, o ovócito ii da origem a duas células (n), uma maior (óvulo) e
outra menor (2º glóbulo polar), enquanto o 1º glóbulo polar da origem a outros dois
glóbulos polar.

Gameta masculino

A espermatogônia cresce dando origem ao espermatócito I, este sofre meiose dando


origem a duas células (n), ambas funcionais (espermatócito II), inicia-se a meiose do
espermatócito II dando origem a quatro espermátides, que se tornara cada uma em um
espermatozóide.

Espermatozóide

É formado por cabeça e cauda.

A cauda é um flagelo modificado, formado a partir do centríolo. Ela é


responsável pelo deslocamento, realizado à custa de energia fornecida pelas
mitocôndrias, que se localizam numa região da cauda chamada peça
intermediária.

Na cabeça situa-se o núcleo, que contem os cromossomos (23). Na parte


anterior da cabeça há o capuz, denominado capuz acrossômico que se forma
por modificação do complexo golgiense. Nele estão as enzimas cuja função é
digerir a membrana do óvulo, possibilitando assim, a fecundação.

Óvulo

O óvulo é, como regra geral, uma célula imóvel, sem estruturas próprias para
locomoção, e bem maior do que o espermatozóide. O citoplasma do óvulo
possui vitelo ou deutoplasma, uma substancia orgânica que serve de alimento
ao embrião.

A quantidade de vitelo varia nos diferentes tipos de óvulos, sua localização


também varia, em relação ao citoplasma e ao núcleo.

Tipos de óvulo:
Alécito: praticamente desprovido de vitelo – presente na grande maioria dos
mamíferos.

Oligolécito: pouco vitelo, distribuído de forma relativamente homogênea pelo


citoplasma – presente nos cefalocordados e equinodermos.

Telolécitos: grandes, com muito vitelo no pólo vegetativo e sem vitelo no pólo
animal - presente nas aves, répteis e alguns peixes.

Heterolécito: muito vitelo, bem mais concentrado no pólo vegetativo do que no


pólo animal.

Centrolécito: vitelo em toda a célula, com exceção as região próxima á


membrana e ao redor do núcleo, que é central.

Desenvolvimento embrionário

Após a fecundação interna ou externa o ovo passa a sofre sucessivas divisões


mitóticas, dando origem a varias células, que permanecem unidas.

Ocorre significativo aumento do números de células porem o volume não


aumenta. Esse processo recebe o nome de segmentação ou clivagem.

A fase seguinte é a gastrulação. Nesta fase o aumento do numero de células é


acompanhado pelo aumento do volume total.

Na gastrulação ocorre a formação dos folhetos embrionários (germinativos), que


darão origem aos diversos tecidos do organismo em formação.

Segmentação

Segmentação Holoblástica - ocorre em todo o ovo e nos tipos alécitos,


oligolécitos e heterolécitos.
A segmentação holoblástica pode formar células de tamanhos iguais ou
diferentes entre si. Essa condição é definida na terceira clivagem. Quando as
células formadas são do mesmo tamanho, a segmentação é holoblástica igual.
Esse processo ocorre, portanto em ovos alécitos e oligolécitos.

Quando a 3º clivagem forma células de dois tamanhos diferentes, pode-se ter


dois tipos de segmentação: a sub-igual em que a diferença entre as células não
é muito grande e a desigual em que a diferença é grande. Nesses casos, as
células menores são chamadas de micrômeros e as maiores de macrômeros.

Segmentação meroblástica: ocorre em parte do ovo, só na região que não


possui vitelo, onde está o núcleo e chamada de cicatrícula. Ocorre nos ovos
telolécitos e centrolécitos. Existem dois tipos de segmentação meroblástica: a
discoidal e a superficial.

Na segmentação discoidal as divisões ocorrem na região da cicatrícula,


formando um disco de células, características que deu o nome a esse tipo de
segmentação.

Na segmentação superficial as células embrionárias distribuem-se pela


superfície do ovo, ficando o vitelo no interior.

Fase da segmentação

Ao final da primeira fase, forma-se a mórula, constituída por um maciço de


células. As células da mórula continuam a sofrer divisões mitótica, gerando a
blástula.

As células que formam a blástula são bem menores do que as da mórula e


secretam um liquido que se acumula no interior, formando e preenchendo uma
cavidade central, chamada blastocele.

Gastrulação

A gastrulação varia na dependência do tipo de segmentação, mas há


semelhanças entre um caso e outro.
Como mostra no esquema ocorre uma invaginação dos macrômeros, como se
eles fossem empurrados por um dedo. Essa invaginação é possível porque a
velocidade com que os macrômeros se multiplicam é menor do que a velocidade
de multiplicação dos micrômeros.

Em função da invaginação, a blastocele diminui de volume e ocorre a


delimitação de um novo espaço, o arquêntero.

A blastocele pode diminuir muito, a ponto de praticamente desaparecer. O


arquêntero mantém um orifício de comunicação com o exterior, denominado
blastóporo.

Sendo ao blastóporo um orifício que comunica o intestino primitivo com o


exterior, ele tanto pode dar origem ao ânus quanto a boca, que são os dois
orifícios que, no adulto, comunicam o sistema digestório com o exterior. Essas
duas possibilidades permitem considerar dois tipos de animais:

Protostômios – aqueles nos quais o blastóporo da origem á boca e ao ânus;

Deuterostômios – aqueles nos quais o blastóporo dá origem ao ânus, nunca a


boca.

Na gastrulação forma os folhetos germinativos: ectoderme e endoderme nos


animais diblásticos (cnidários – águas-vivas) e um terceiro o mesoderme nos
casos de animais triblásticos.

O endoderma da origem aos tecidos de revestimento do sistema digestório,


respiratório e a células de glândulas de órgãos como a do fígado e pâncreas.

O ectoderma da origem ao sistema nervoso e a epiderme.


O mesoderma da origem ao esqueleto, músculos estriados e não estriados,
sistema genital, sistema urinário,pericárdio, músculo cardíaco e demais
estruturas.

Organogênese

Neurulação – Chamamos de neurulação o processo em que as placa neural e as


pregas neurais são formadas, e o fechamento que forma o tubo neural. Nesse
processo o embrião pode ser chamado de nêurula.

A partir da gástrula, duas formações surgem logo:

1. a placa neural, formada pela ectoderme;

2. a notocorda, formada a partir da mesoderme.

A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma embrionário e quem induz


esse processo é a notocorda.

A placa neural origina-se próxima ao nó primitivo, e alonga-se ate a membrana


orofaríngea onde ocorre uma invaginação que da origem à goteira neural. Esta,
a seguir, formará o cordão nervoso no interior do qual há o canal neural. Esse
cordão dará origem ao sistema nervoso. O sistema nervoso então é derivado de
ectoderma da placa neural.

O cordão nervoso, de origem ectodérmica, tem posição dorsal em relação à


notocorda, que é uma estrutura maciça, de origem mesodérmica.

A mesoderme delimita uma cavidade interna no corpo que é chamada de


celoma
O celoma é uma cavidade própria dos animais triblásticos, pois os diblásticos
não possuem mesoderme. Apesar disso nem todos os triblásticos possuem
celoma, ou seja, em alguns não ocorre a formação dessa cavidade na
mesoderme.

Existem três grupos de animais triblásticos:

1. celomados – os que possuem celoma. Ex: moluscos, anelídeos e cordados.

2. acelomados – os que não possuem celoma. Ex: platelmintos, como as


planárias.

3. pseudocelomados – os que possuem cavidade interna do corpo, mas que


não é um celoma, uma vez que não é inteiramente delimitada por
mesoderme; ela é delimitada em parte por mesoderme e em parte por
endoderme. Ex: nemátodas, como as lombrigas.
Anexos embrionários

O primeiro anexo embrionário a se formar na evolução dos vertebrados foi a


vesícula vitelina. Ela surgiu no grupo dos peixes e permaneceu nos embriões de
répteis, aves e mamíferos.

Nos anfíbios, embora os ovos sejam ricos em vitelo, não se desenvolve uma
vesícula vitelina típica, situando-se o vitelo em células grandes, não envolvidas
por estruturas membranosas.

Outro anexo embrionário é o âmnio, que no curso da evolução, surgiu pela


primeira vez nos répteis e se manteve nas aves e nos mamíferos.

Outro anexo embrionário próprio das aves, répteis e mamíferos é a alantóide.

Alantóide – é uma estrutura ligada a parte posterior do intestino do embrião


que armazena excretas e permite a troca gasosas com o meio externo. É uma
pequena bolsa vascularizada, encontrada apenas em aves, répteis e mamíferos
monotremados(ovo). Origina –se de uma saliência do intestino primitivo. Uma
de suas funções em aves e répteis, é armazenar os resíduos nitrogenados
formados pelo embrião durante o desenvolvimento. Nos mamíferos, isso não
ocorre, pois as excretas são eliminadas via placentária.

Nos mamíferos vivíparos ela é reduzida, mas nas aves e outros animais ovíparos
é particularmente bem desenvolvida, atuando como um local de reserva para
produtos de excreção.

Nos mamíferos vivíparos, alantóide e cório associam-se à mucosa uterina,


formando uma estrutura embrionária denominada placenta. Nos mamíferos
vivíparos, como no caso da espécie humana a placenta e bem desenvolvida –
através dela o organismo materno fornece ao embrião nutrientes e oxigênio e o
embrião elimina excretas na circulação materna. Essa troca é possível graças à
riqueza de vasos sanguíneos na placenta. Os vasos provenientes da mãe e do
feto ficam próximos, mas não há comunicação entre a circulação do embrião e a
circulação materna.

Desenvolvimento embrionário humano

Ele tem inicio cerca de 30 horas após a fecundação, com a primeira divisão
celular do zigoto. Segue-se as divisões sucessivas até a formação de uma
estrutura chamada blastocisto.

O blastocistos corresponde à fase de blástula e é formado por:


1. Uma camada esférica de células chamadas trofoblasto, que participara da
formação da placenta e do anexo embrionário corio;

2. botão embrionário, de onde surgirá o embrião e os anexos embrionários


âmnio, vesícula vitelina e alantoide.

Por volta do sexto dia após a fecundação, ocorre a implantação do blastocisto


na parede do útero. As células do trofoblastos começam a proliferar e penetrar
na mucosa uterina, formando as vilosidades coriônicas ( derivadas do corio).

A medida que o blastocisto implanta-se na mucosa uterina, o botão embrionário


sofre modificações, formando os demais anexos embrionários, e o
desenvolvimento embrionário continua.

Por volta do décimo dia da fecundação, o embrião encontra-se envolto pelo


âmnio e ligado à mucosa uterina por um pequeno pedúnculo, que dará origem
ao cordão umbilical. Nesse momento, toda essa estrutura está mergulhada na
mucosa uterina e envolta por vasos sanguíneos maternos, de onde o embrião
obtém nutrientes.

Durante a gravidez, a mulher sofre intensas mudanças em seu organismo. A


sua quantidade de sangue aumenta em cerca de 30% o útero aumenta de
tamanho. O ritmo cardíaco torna-se mais intenso, as glândulas mamarias
aumentam e ossos da pelve sofrem pequenos deslocamentos para acomodar o
feto que começa a crescer.

Histologia

Os tecidos são divididos em 4 grupos:

Tecidos epiteliais,tecidos conjuntivos, tecidos musculares e tecido nervoso.

Tecidos epiteliais - formado por células justapostas, com pouca substância


intercelular.

Tecidos conjuntivos – possui substância intercelular em abundancia separando


as células.

Tecidos musculares – é formado por células fusiformes, conhecidas como


miócitos ou fibras musculares. Sendo fusiformes, as fibras musculares estão
bem adaptadas às funções de contração e distensão, que possibilitam e
determinam os movimentos não só de todo o corpo, mas também movimentos
de certos órgãos internos.

Tecido nervoso – nesse tecido, a substância intercelular é quase inexistente.


Tecidos epiteliais

Os tecidos epiteliais, ou epitélios, são formados por células justapostas, com


pouca ou quase nenhuma substância intercelular. Existem epitélios de
revestimento (interno ou externo) de estruturas do corpo e epitélios que
participam da formação das glândulas.

Os diferentes tipos de tecido epitelial podem se originar dos três folhetos


embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme.

A epiderme da pele e o epitélio que reveste as cavidades nasais e bucal são de


origem ectodérmica. São também de origem ectodérmica as glândulas
mamárias, as glândulas salivares e as glândulas sebáceas.

Quanto ao sistema digestório, ele se origina do intestino primitivo ou


arquêntero, que é revestido pela endoderme. O epitélio que reveste o sistema
digestório é portando de origem endodérmica, como também o fígado e o
pâncreas, glândulas ligadas a esse sistema.

Outras estruturas de origem endodérmica são a glândula tireóide e as


paratireóides e os epitélios interno da bexiga urinaria e dos pulmões.

A mesoderme da origem ao epitélio de revestimento interno (endotélio) dos


vasos sanguíneos. Alem deles também são de origem mesodérmica o epitélio do
sistema genital, sistema urinário, e os epitélios que revestem externamente
determinados órgãos:

A pleura, que reveste os pulmões;

O pericárdio, que reveste o coração ;

O peritônio, que reveste externamente os órgãos abdominais (estomago).

Os tecidos epiteliais pode ser dividido em dois grupos:

1. de revestimento (interno ou externo)

2. glandular

Epitélios de revestimento

Os tecidos de revestimento podem ser simples ou estratificado

Simples - quando é formado por uma só camada de células;

Estratificado – quando é formado por mais de uma camada de células.


Tanto os epitélios simples quanto o estratificado recebem nomes de acordo com
o formato de suas células.

Ex.: pavimentosos, cúbicos e prismáticos.

Os epitélios não possuem vasos sanguíneos e todos estão assentados em tecido


conjuntivo. São os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo que trazem o oxigênio
e nutrientes que se difundem para as células do tecido epitelial. É também por
difusão que produtos do metabolismo das células epiteliais passam para os
vasos sanguíneos presentes no tecido conjuntivo adjacente.

Entre o tecido conjuntivo e o tecido epitelial existe um lamina produzida pelas


células do tecido epitelial, que é chamada de lâmina basal. Essa lamina é
formada principalmente por glicoproteínas e por colágeno, que é uma proteína.

Na superfície livres de células do epitélio de revestimento ocorrem estruturas


destinadas principalmente a aumentar a área de superfície ou a movimentar
partículas e são representadas respectivamente pelos microvilos e cílios.

Microvilos – são projeções em forma de dedo de luva e são encontrado em


tecidos de absorção, pois esta é grandemente facilitada pelo aumento de
superfície. Ex.: células do tecido de revestimento da superfície interna do
intestino e dos tubos renais.

Cílios - são estruturas alongadas, numerosas, que apresentam movimentos


responsáveis por deslocar partículas em uma única direção. Ex.: epitélio da
traquéia.

Epitélios glandulares

Os epitélios glandulares constituem as glândulas, estruturas dotadas da


capacidade de produzir certas substâncias denominadas secreções.

As secreções podem ser ricas em proteínas, lipídios ou um amistura de


carboidratos e proteínas. Ex.:

1. secreções rica em proteínas: produzida pelo pâncreas;(serosas)

2. secreções rica em lipídios: produzidas pelas glândulas sebáceas e


adrenais( supra-renais);(muco)

3. secreções formada por mistura de carboidrato e proteínas: produzidas pelas


glândulas salivares.(mistas=muco e proteínas).
A maioria das glândulas são multicelulares, mas existem algumas unicelulares
como , por exemplo, as glândulas caliciformes produtoras de muco presente no
epitélio da traquéia, dos brônquios e do intestino grosso.

As glândulas formam-se pela proliferação de células do tecido epitelial de


revestimento, células essas que penetram o tecido conjuntivo. As glândulas
estão sempre envolta em tecido conjuntivo, do qual recebem oxigênio e
nutrientes.

Podemos classificar as glândulas quanto ao local de eliminação:

- Exócrinas – as glândulas que possuem ductos que conduzem a secreção até


a superfície do epitélio; Ex.; glândulas sudorípara, salivares e sebaceas.

- Endócrinas – as glândulas que não possuem ductos e suas secreções,


chamadas de hormônios, são transportadas pelo sangue. Ex.: glândulas de
endrócrinas a hipófise, a glândula tireóidea e as adrenais.

- Mistas – são glândulas em que há regiões endócrinas e regiões exócrinas.


Ex.: pâncreas

A porção endócrina dos pâncreas secreta os hormônios insulina e glucagon que


vão diretamente para o sangue e a porção exócrina secreta suco pancreático
que contém enzimas digestivas lançadas no duodeno.

Podemos classificar as glândulas quanto ao modo de eliminação:

- Glândulas Merócrinas – são aquelas que eliminam somente secreções ficando


suas células intactas. Ex.: glândulas lacrimais, salivares e sudoríperas.

- Glândulas Apócrinas – são aquelas que eliminam parte (pedaços) das células
junto com as secreções. Glândula Mamária.

- Glândulas Holócrinas – são aquelas que eliminam células juntamente com as


secreções. Glândulas Sebáceas.

Tecidos conjuntivos

Os tecidos conjuntivos têm origem mesodérmica e são ricos em substâncias


intercelulares. Eles são encontrados por todo o corpo, exercendo varias funções,
especialmente preenchimento, sustentação, nutrição e defesa.

A substância intercelular é formada por uma parte amorfa, a substância


fundamental, e um aparte com fibras de natureza protéica.
A substância amorfa é constituída principalmente por água, polissacarídios e
proteínas. As vezes como acontece no tecido ósseo, a substância intercelular é
sólida, com uma rigidez considerável; outras vezes como o plasma sanguíneo ,
apresenta forma líquida.

Podemos encontrar três tipos de fibras nos tecidos conjuntivos:

1. fibras colágenas – são formadas basicamente pela proteína colágeno e


possuem alta resistência à tração e são as mais freqüentes no tecido
conjuntivo.

2. fibras elásticas – são mais delgadas do que as colágenas, possuem uma


proteína chamada elastina e são elásticas. São encontradas em quantidade,
por exemplo, na cartilagem do pavilhão auditivo.

3. fibras reticulares – são as mais finas e as mais raras dentre todas as três,
são constituída por uma proteína chamada reticulina, muito semelhante ao
colágeno. Elas se entrelaçam, formando retículos, como uma peneira. Ex.:
são localizadas na medula óssea vermelha, linfonodos e baço, que são
órgãos formadores de células do sangue, nos quais as células ficam entre as
malhas do reticulo.

tipos de tecido conjuntivo:

1. Tecido conjuntivo frouxo – possuem fibras pouco compactadas,


caracteriza-se pela presença abundante de substância intercelular e amorfa,
porem e relativamente pobre em fibras que se encontram frouxamente
distribuídas. Nestes tecidos estão presentes todas as células típicas do
tecido conjuntivo: os fibroblastos, muito ativo na síntese protéica, os
macrófagos, células de grande atividade fagocitária, os plasmócitos, que
produzem anticorpos e as células adiposas, que armazenam lipídios.

Função básica do tecido conjuntivo frouxo:

- preenchimento entre os órgãos viscerais;

- suporte e nutrição dos epitélios;

- envolvimento de nervos e vasos sanguíneos e linfáticos;

- cicatrização de tecidos lesados.

2. Tecido conjuntivo denso – com fibras bem compactadas, é pobre em


substância intercelular e amorfa, porem relativamente rico em fibras,
principalmente o colágenas. A célula mais freqüente neste tecido é o
fibroblasto. Quando as fibras colágeno se distribuem de maneira difusa, não
ordenadas, o tecido conjuntivo denso é chamado de não-modelado. É o que
ocorre, por exemplo, na derme da pele. Quando as fibras colágenas se
acham dispostas de forma ordenada, formando feixes compactos e paralelos
o tecido denso é chamado de modelado. Como exemplo, temos os tendões,
estruturas dotadas de alta resistência à tração, que promovem a ligação
entre os músculos esqueléticos e os ossos nos quais se inserem.

3. Tecido conjuntivo adiposo – é rico em células que armazenam lipídios.


Em aves e mamíferos tem amplas distribuição bob a pele. Sua função é,
sobretudo, a de reservatório energético; as gorduras armazenadas podem
ser facilmente usas pelo organismo. Os depósitos lipídicos também servem
como proteção contra choques mecânicos.

4. Tecido conjuntivo ósseo – é o principal constituinte dos ossos, que em


conjunto, constitui o esqueleto, responsável pela sustentação do corpo. Os
ossos participam também de outras funções, como a movimentação do
corpo e a produção de células do sangue, além de ser um importante
reservatório de cálcio para o organismo. Os ossos são estruturas rígidas,
sendo sua rigidez devida ao material extracelular do tecido ósseo, formada
basicamente por sais de cálcio e fibras colágenas o que lhes confere certa
flexibilidade, alem de outro elementos como o fósforo e o magnésio. O
tecido ósseo é composto por vários tipos de células; osteoblastos,
osteocítos e osteoclastos.

Os ossos jovens são ricos em osteoblastos, células que possuem diversos


prolongamentos e que são dotadas de intensa atividade metabólica. São elas
responsáveis pela produção de colágeno, matéria orgânica da matriz, e
interferem nos mecanismos de incorporação de sais minerais na substância
intercelular. Os osteoblastos, aos poucos, reduzem sua atividade metabólica
e acabam ficando em lacunas, originando o osteocítos, células ósseas que
armazenam cálcio. Os osteoclastos, por sua vez, são células gigantes que
promovem a destruição da matriz óssea através da ação de enzimas e
posteriormente reabsorvem a matriz digerida. Dessa maneira, agem
modelando a peça óssea.

Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos e nervos e, além do tecido


ósseo, que é o principal tipo de tecido, existem outros tecidos conjuntivos,
como o reticular, o adiposo e o cartilaginoso.

Cortes histológicos de ossos mostram que as fibras colágenas em adultos


dispõem em lamelas paralelas ou concêntricas, em volta de um canal central
(canal de Havers). Esses canais comunicam-se com a superfície do osso e
tambem entre si através de canais oblíquos ou perpendiculares, chamados
de canais perfurantes (canal de Volkmann). Por esse canais passam vasos
sanguineos e nervos.

O osso possui dois tipos de medula: medula vermelha que é rica em tecido
reticular que tem importante função hemopoética, ou seja, é um tecido
produtor de células do sangue. E medula amarela que não tem essa função
e é formada por tecido adiposo.

5. Tecido conjuntivo hematopoiético – esse tecido tem a função de


produzir células típicas do sangue e da linfa.

Existem duas variações: tecido hematopoiético mielóide e tecido


hematopoiético linfóide

Mielóide – encontra-se na medula óssea vermelha, presente no interior do


canal medular dos ossos esponjosos. Produz glóbulos vermelhos, certos
tipos de glóbulos brancos e plaquetas.

Linfóide – encontra-se de forma isolada como estruturas em forma de


linfodomos, o baço, o timo e as amigdalas; tem o papel de produzir certos
tipos de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos).

6. Tecido conjuntivo sanguíneo – o tecido sanguíneo é constituído por


uma parte líquida denominada plasma e pelos elementos figurados.

O plasma é uma solução aquosa clara, constituída de água, sais,


aminoácidos, glicose, vitaminas, hormônios, uréia, etc.

Os elementos figurados do sangue compreendem os glóbulos vermelhos,


glóbulos brancos e as plaquetas.

7. Tecido conjuntivo linfáticos – é formado a partir da filtração do excesso


de líquidos intercelular extravasado dos capilares sanguíneos. As células
mais abundantes do tecido linfático são os linfócitos. Esse tecido, no
entanto, é desprovido de hemácias e plaquetas. O sistema linfático é
formado pela linfa, por um conjunto de vasos linfáticos e pelos órgãos
linfóides.

8. Tecido conjuntivo cartilaginoso – embora menos rígido e com maior


elasticidade do que o tecido ósseo, também exerce função de sustentação.

podemos considerar três tipos de cartilagem, tomando como referência as


fibras que entrem na sua composição: hialina, elástica e fibrosa.
A cartilagem hialina ocorre no nariz, nas articulações , nos anéis da traquéia
e dos brônquios. As fibras são colágenas e imersas numa matriz
homogênea.

A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auricular, na laringe e na


tuba auditiva. Essa cartilagem, possuindo maior elasticidade resiste mais a
tensões do que a cartilagem hialina.

A cartilagem fibrosa possui fibras colágenas, em grande quantidade. Ocorre


nos discos intervertebrais e nas articulações de ossos.

As células cartilaginosas são de dois tipos: condroblastos e condrócitos.

Os condroblastos são células responsáveis pela produção da substância


fundamental e das fibras presentes nesses tecidos. A medida que perdem
sua atividade metabólica, acabam por situar-se em lacunas na matriz e
passam a ser chamadas condrócitos.

O tecido cartilaginoso é avascularizado.

Tecidos musculares

O tecido muscular é constituído por células fusiformes (alongadas),


altamente especializada e dotadas de capacidade contrátil, denominada fibrs
musculares. A capacidade de contração das fibras é que proporciona os
movimentos dos membros, das vísceras e de outras estruturas do
organismo. As células musculares tem nomes específicos para suas
estruturas. Assim a membrana plasmática é denominada de sarcolema,
enquanto o citoplasma é chamado de sarcoplasma.

Tipos de tecido muscular:

1. Tecido muscular liso – é constituído por fibras fusiformes dotadas de


um núcleo alongado e central. Essas fibras de contração lenta e
involuntária, ocorrem organizando certos músculos, como os do tubo
digestivo (esôfago, estomago e intestino) e dos vasos sanguineos.

2. Tecido muscular estriado esquelético – é formado por fibras


cilíndricas com centenas de núcleos periféricos, organizam os
músculos esqueléticos, que são assim denominados por se acharem
ligados ao esqueleto através dos tendões. A contração desse tipo de
tecido é rápida e voluntária, como acontece com os bíceps e o
tríceps.

3. Tecido muscular estriado cardíaco – de contração rápida e


involuntária, esse tecido constitui-se de fibras com um ou dois
núcleos centrais. Essas fibras organizam o músculo do coração
(miocárdio). Entre uma fibra e outra existe discos intercalares,
membranas que promovem a separação entre as células.

Estrutura do músculo estriado

A fibra muscular estriada é envolvida por uma bainha de tecido


conjuntivo denominado endomísio. Um aglomerado de fibras forma um
feixe muscular. Cada feixe acha-se envolvido por uma bainha de tecido
conjuntivo denominado perimísio. O conjunto de feixes constitui o
músculo que, também, acha-se envolvido por uma bainha conjuntiva
denominada epimísio. Nas bainhas existem fibras nervosas e vasos
sanguineos.

Tecido nervoso

O tecido nervoso tem origem ectodérmica.

O tecido nervoso participa da organização do sistema nervoso, que


anatomicamente pode ser dividido em:

Sistema nervoso central (SNC) – formado pelo encéfalo e medula


espinhal;

Sistema nervoso periférico (SNP) - formado pelos nervos e gânglios


nervosos.

As células principais do tecido nervoso são os neurônios. Eles não são


todos iguais, mas existe acentuada semelhança entre todos os tipos.

O neurônio são células altamente especializados e possui um corpo


celular e numerosos prolongamentos. O corpo celular do neurônio
contem um núcleo grande e arredondado e os organóides comuns as
células animais. As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é
bem desenvolvido. Os prolongamentos do neurônio podem ser de dois
tipos:

- dendritos – são ramificações que tem a função de captar estímulos;

- axônio – é o maior prolongamento da célula nervosa, cada neurônio


tem apenas um axônio e em sua parte final, ramifica-se em
prolongamentos muito finos , que frequentemente delimitam pequenas
dilatações contendo microvesículas portadoras de neurormônios.
Os neurônios tem a função de receber e transmitir estímulos
provenientes do meio e de outros neurônios. Os estímulos são recebidos
pelos dendritos, passam pelo corpo celular e são transmitidos pelo
axônios. Do axônio, os estímulos passam para os dendritos ou corpo
celular de outro neurônio, ou para células de outros tecidos, como as
musculares.

A região através da qual se estabelece a comunicação entre as


ramificações do axônio e as outras células chama-se sinapse.

Nelas há um espaço muito pequeno entre as superfícies das células,


sendo esse espaço conhecido como fenda sináptica.

Além dos neurônios, o tecido nervoso é formado também por outras


células denominadas células de glia ou neuroglias. Essas células são
menores do que os neurônios, mas ocorrem em maior número.

Algumas células de glia podem emitir varias dobras que envolvem os


axônios, formando a estrutura conhecida por fibras nervosa (neurofibra).

Essas dobras da fibra nervosa pode m formar uma estrutura conhecida


por bainha de mielina 9estrato mielínico), o que geralmente ocorre em
axônios espessos. Possuindo a bainha de mielina, a fibra é chamada de
fibra nervosa mielínica. Em alguns casos, apenas uma dobra envolve
o axônio, formando uma fibra conhecida por fibra nervosa amielínica.

A bainha de mielina sofre interrupções nos chamados nódulos de


Ranvier.

Na parte central do sistema nervos, as células cuja bainha envolve os


axônios formando fibras, são denominadas oligodendrócitos; na parte
periférica do sistema nervoso as fibras são formadas por axônios
envoltos por bainha de um tipo especial de células de glia denominado
células de Schwann.

No cérebro e no cerebelo, os corpos celulares dos neurônios situam-se


na periferia desses órgãos, enquanto os axônios situam-se na parte
interna. Com muitos axônios são revestidos de mielina, que é
esbranquiçada, a parte central do cérebro e do cerebelo tem essa cor e
dizemos que é formada por substância branca. A presença dos corpos
celulares dos axônios na periferia do cérebro e cerebelo faz com que eles
tenham coloração acinzentada à observação macroscópica, então
falamos substância cinzenta.
Na medula espinhal e na medula oblonga (bulbo) ocorre o contrário: a
substância branca fica por fora e a substância cinzenta fica por dentro.
Sendo assim os corpos celulares estão na parte interna e os axônios na
periferia.

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