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1º O curso de Ciências Sociais é amplamente reconhecido em outros países.

A mudança da
nomenclatura para Ciências de Intervenção e Tecnologias Sociais não faz sentido, pois poderá
implicar o não reconhecimento por outras instituições e respectivas equivalências em CTS.

2º Concordamos com a necessidade de uma unidade curricular de introdução à informática,


mas não aceitamos a proposta para a designação de Novas Tecnologias de Informática para
Ciências Sociais: Ambiente de Trabalho Virtual e Microsoft Office. A unidade curricular tem
sido uma exigência dos próprios discentes e consideramos que esta necessita de ser
reconhecida internacionalmente.

3º Não compreendemos a mudança de Metodologia de Investigação Qualitativa (MIQ), pois


esta já é leccionada no quarto semestre. Nesse caso, não se justifica que seja introduzida essa
nova disciplina, uma vez que a disciplina de metodologia é leccionada no primeiro e segundo
anos. No terceiro ano, os alunos escolhem pelo percurso e iniciam as respectivas linhas de
pesquisa. Nesse âmbito, no sétimo semestre o seminário de fim de curso constitui a tal prática
investigativa que os alunos poderão desenvolver na monografia ou futuramente nas pós-
graduações.

4º Concordamos com a alteração da denominação da UC de Estrutura de Classes e


Estratificação Social (ECeES) para Estratificação e Mobilidade Social (EMS). Informamos ainda
que esta mudança não altera a memória descritiva. Quanto à UC de Estatísticas: SPSS
consideramos que o Programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) não deverá ser
adoptado como disciplina. Porém, aquele tem vindo a ser ensinado na UC de Metodologia
Quantitativa para as Ciências Sociais (MQCS) – 4º semestre e na de Estatística Descritiva (ED) e
na de Sondagens e Estudos de Mercado (SeEM). A UC de Elaboração e Gestão de Projectos
Sociais (EeGPS) encontra-se de há dois anos a esta parte a ser leccionada como Gestão de
Projectos Sociais (GPS) no 7º semestre. Não vemos a necessidade de ser alterada para o 4º
semestre, uma vez que essa disciplina, sendo de cariz prático, complementa-se com a de
Seminário de Trabalho de Fim de Curso (STFC), também bastante prática, que é leccionada no
mesmo semestre. Consideremos de salutar este cruzamento, pois permite o aperfeiçoamento
das competências técnicas para a realização de uma monografia ou no prosseguimento do
estágio técnico-científico.

5º As áreas opcionais constituem uma mais-valia para os alunos que optam pelas vertentes de
Antropologia, Ciência Política e Sociologia. Achamos que não se deve limitar esta possibilidade
face à actual estrutura do curso que sustente a importância do curso de Ciências Sociais. Para
qualquer alteração, consideramos haver a necessidade de uma maior reflexão e que seja de
forma alargada e consensual.

6º O âmbito de actuação de Ciência Política não abrange do ponto de vista curricular em


qualquer lugar as UC de Políticas da Comunicação Social: Televisão, Cinema e Sociedade (PCS-
TCS); Análise de Conteúdo de Dados: Tecnologias Sociais (ACD-TS); Engenharias Sociais (ES);
dos Conhecimento dos Medias e de Redes Sociais Virtuais (CMeRSV); Seminários de Unidades
Curriculares Terminais (UCT). Porém, a disciplina de Estudos de Mercado: Amostragem e
Sondagens (EM-AS) que é leccionada com a designação de Sondagens e Estudos de Mercado
(SeEM) no 5º semestre e o de Estudos Pós-Coloniais e Feministas (EP-CeF) é leccionada no 4º
semestre. Posto isto, não consideramos necessária qualquer alteração para o efeito.
7º No Percurso em Sociologia as disciplinas de Sociologia da Comunicação: Televisão, cinema e
sociedade (SC-TCeS); Análise de conteúdo de Dados: Tecnologias Sociais (ACD-TS); Engenharias
Sociais (ES); Sociologia do conhecimento dos Médias: digitais, audiovisual (SCM-DA) e redes
sociais virtuais (RSV) e Seminário de UCT, não se relacionam com a nossa proposta que é a de
manter o curso de Ciências Sociais no actual modelo, exceptuando a disciplina de Estudos de
Mercado: Amostragem e Sondagens (EM-AS) que é leccionada pela nomenclatura de
Sondagens e Estudos de Mercado (SeEM) no 5º semestre no percurso de Ciência Política.

Não percebemos quando referem que “Neste percurso na disciplina de opção, temos
as seguintes disciplinas: Sociologia do Desenvolvimento e da Inovação
(SDeI), Sociologia do Trabalho e do Emprego (STE), Prática de Investigação em Ciências
Sociais I e II (PICS I e PICS II) e Estado, Desenvolvimento e Políticas Públicas (EDePP)”,
quando a nossa proposta é de manter o plano de curso no actual modelo, pelo menos
no que se refere à nomenclatura para o tronco-comum (ciências sociais- 1º e 2º anos).
Por conseguinte, entendemos que a proposta de novas unidades curriculares pode ser
considerada no quadro da revisão curricular como unidades curriculares opcionais,
tendo em vista as necessidades e interesses por parte dos estudantes.

Neste percurso, na disciplina de opção, introduzimos a disciplina Prática de


Investigação em Ciências Sociais I e II (PdICS I e PdICS II) e a disciplina Instrumentos e
Novas Tecnologias da Prática de Investigação (INTdPI). As duas primeiras disciplinas
configuram-se no anterior plano com a designação de Prática de Investigação que
acompanhavam os três percursos: Ciência Política (PdICP I e PdICP II) Sociologia (PdIS I
e PdIS II) e Antropologia (PdIA I e II).

8º Face à proposta apresenta do Percurso em Antropologia para as disciplinas: Estudos


de mercado: Amostragem e Sondagens (EM-AS); Antropologia Visual: Conhecimento
dos Médias digitais e de Redes sociais virtuais (AV-CdMDeRS); Seminário de UCT;
Comunicação Social: Televisão, cinema e sociedade e Tecnologias Sociais (CS-TCSeTS) /
Engenharias Sociais (ES), entendemos que a proposta não é pertinente e vantajosa,
tendo em conta o actual plano de curso e aquilo a que se propõem, neste momento,
para o percurso de Antropologia.

Posto isto, consideramos que a proposta de alteração de Ciências Sociais para Ciências de
Intervenção e Tecnologias Sociais não possui os requisitos e o consenso necessário. Qualquer
mudança nesse âmbito deverá ser objecto de reflexão e de discussão. O curso de Ciências
Sociais é reconhecido em outros países e a proposta de mudança da designação do curso e
respectiva estrutura curricular não é oportuno no presente momento. Tal iria implicar o não
reconhecimento por outras instituições e respectivas equivalências em CTS.

Comissão de Curso de Ciências Sociais

18 de Março de 2016

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