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2-O Agronegócio No Brasil
2-O Agronegócio No Brasil
Características e Diversidades
O Brasil é um país com vocação natural para o agronegócio devido às suas características
e diversidades, principalmente encontradas no clima favorável, no solo, na água, no relevo
e na luminosidade.
Com seus 8,5 milhões de km o Brasil é o país mais extenso da América do Sul e o quinto
do mundo com potencial de expansão de sua capacidade agrícola sem necessidade de
agredir o meio ambiente.
O Agronegócio é atividade de capital intensivo.
Exige máquinas e equipamentos;
Insumos caros e sofisticados;
Crescente emprego de tecnologia (agricultura precisão);
Condições favoráveis para o Agronegócio no Brasil
Disponibilidade de terras agricultáveis
(atualmente apenas 7,3 % da área total é utilizada)
Abundância de água
Tecnologia de ponta
Luminosidade
Clima favorável
Solo
Desafios a serem vencidos
Infraestrutura e logística
Legislação tributária complexa
Recursos financeiros inadequados
Gestão empresarial
Mão de obra
Concentração em grandes empresas
Diante disso, podemos citar vários setores da economia que faz parte do
agronegócio, como bancos que fornecem créditos, indústria de insumos
agrícolas (fertilizantes, herbicidas, inseticidas, sementes selecionadas
para plantio entre outros), indústria de tratores e peças, lojas veterinárias
e laboratórios que fornecem vacinas e rações para a pecuária de corte e
leiteira, isso na primeira etapa produtiva.
Discussão iniciada nas últimas duas décadas, a mudança climática toma cada vez mais a
atenção dos especialistas em agricultura devido às previsões nada otimistas para o futuro.
Um estudo do Banco Mundial aponta o aumento médio de temperatura superior a 2°C até
2050, abrindo caminho para a redução do potencial de irrigação, aumento da aridez do
solo e maior incidência de pragas e doenças. Esse cenário de grande desequilíbrio
agrícola alerta para perdas na produção e até mesmo para a migração de culturas de uma
região para outra.
O pesquisador do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à
Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Hilton Silveira Pinto
participa de um grupo de análise das mudanças climáticas, responsável por projeções em
2002, 2008 e 2014, tendo como evolução das pesquisas o detalhamento das áreas de
cultivo no Brasil. No acompanhamento, a soja mostrou-se a cultura mais preocupante. "Se
nada for feito em relação ao manejo, desenvolvimento de variedade ou aplicação de
tecnologias, o primeiro impacto será sentido em 2020 com perda de 12,5% da área
produtiva devido ao aumento da temperatura e à deficiência hídrica." Café segue a
tendência de baixa na casa de 10% a 12%.
Para conter impactos, estudiosos de diversas entidades nacionais ligadas ao clima, meio
ambiente e agricultura têm proposto medidas que direcionam ao controle do
desmatamento, incentivo ao sistema de plantio direto, adoção de sistemas agroflorestais e
agrossilvipastoris, arborização nos cafezais e melhoramento genético.
O documento do Banco Mundial ainda mostra um rumo para a perda de solo com elevado
potencial agrícola em duas regiões. No Centro-Oeste e no Nordeste, a substituição de
pastagens pelo cultivo de grãos e cana-de-açúcar poderia compensar a estimativa de
perda de cerca da metade das terras cultiváveis e, especialmente, da produção de grãos
no Sul.
"No Centro-Oeste e no Nordeste, a substituição de pastagens pelo cultivo de grãos e cana-
de-açúcar poderia compensar a estimativa de perda de cerca da metade das terras
cultiváveis e, especialmente, da produção de grãos no Sul."
"Existe uma preocupação geral com eventos extremos, pois afetam qualquer cultura, e
com a incerteza sobre a incidência de chuva no Brasil. É preciso lembrar que fenômenos
são dinâmicos, não são mensurados com muita antecedência, mesmo com
supercomputadores e supermodelos", comenta Magda Lima, pesquisadora da Embrapa
Meio Ambiente (Jaguariúna, SP).
Melhoramento genético
Pesquisa em biotecnologia tende a entrar cada vez mais em pauta no agronegócio de
Norte a Sul do País. A busca de genes que aumentam a tolerância das plantas deve
resultar em variedades mais resistentes às mudanças climáticas. Porém, o melhoramento
genético tem uma tolerância biológica de até 2ºC de aumento. Se os termômetros subirem
mais do que isso, é necessário desenvolver uma nova espécie
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por Rodrigo Martins — publicado 09/05/2013 09h54
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