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IESP – Teorias Sociológicas II – Prof.

José Szwako e Luiz Augusto Campos


Anna Carolina Pinheiro da Costa Silva

TEORIA DA CIVILIZAÇÃO (apêndice)


Norbert Elias
Como e por que a afetividade do comportamento e experiência humanos é alterada? Mudanças
estruturais da sociedade em duas direções: maior diferenciação (prolongamento das cadeias de
interdependência e consolidação dos “controles estatais”) e integração e o contrário. Emoções
e estruturas de controle humanas: mudanças nas estruturas da personalidade tem
correspondência com as estruturas sociais?
Ligações factuais, empírico e teórico: crítica às concepções metafísicas de desenvolvimento ou
finalidade teleológica. Consolidação e diferenciação de controles emocionais, experiências
(vergonha e nojo) e conduta (utensílios à mesa). Conceito de mudança social estrutural e não
estrutural. Ligação entre estruturas psicológicas individuais (de personalidade) e formas criadas
por grandes números de indivíduos interdependentes (estruturas sociais): ambas são mutáveis,
não fixas, como aspectos interdependentes do mesmo desenvolvimento de longo prazo.
PARSONS: analítica de componentes elementares (variáveis de padrão), dicotomia afetividade
(Gemeinschaft, renúncia à gratificação imediata) e neutralidade afetiva (Gesellschaft,
institucionalização) – OPOSIÇÃO de dois estados estanques. Ego e sistema social separados em
planos diferentes. De Durkheim, “interpenetração” entre indivíduo e sociedade. Sociedades em
equilíbrio imutável, mudança social como perturbação, violação de normas sociais, disfunção
acidental, externamente motivada. Marco de referência estático das teorias dos sistemas
predominantes. Mudança social como atributo de um estado de repouso (século XX, em
contraponto a Spencer, Comte, Marx, Hobhouse etc., no século XIX, calcados e em ideais
políticos e filosóficos). Concepção eleática, movimento como estados de repouso (vs.
heracliteana, em movimento). Ideia de indivíduo como personalidade fechada (ego) ou como
reduzido à sobrevivência do todo social. Ator humano como caixa preta em Parsons. Homo
clausus. Também Descartes e Weber. Ou homem como o real, o que efetivamente existe, e a
sociedade como um sistema.
Para Elias, é PROCESSO (mutação e evolução), não são dois objetos separados, aspectos
diferentes, mas inseparáveis dos mesmos seres humanos, que habitualmente participam de
uma mesma transformação estrutural. Tornaram-se mais civilizados, não simplesmente são
civilizados. A mudança é algo normal na sociedade.
O sentimento nacional, com sua herança eterna, inalterável, possui um valor afetivo muito
maior, como meio de autolegitimação e como expressão da escala nacional de valores e ideal
nacional do que a ideia de futuro e suas possibilidades de mudança e ideias de classe de
manutenção ou alteração da ordem existente.
Modelos sociológicos de desenvolvimento do processo social desejado apresentados como
fatos, mas, no século XIX, o futuro é idealizado; no século XX, o presente, o Estado nacional
existente (mistura do é com o que deve ser). Não apenas os elementos ideológicos no conceito
sociológico de desenvolvimento no século XIX foram postos em dúvida, mas também o de
desenvolvimento (de longo prazo, da sociogênese e da psicogênese) no século XX. Experiência
do interno e do externo do indivíduo. Concepção aberta de homem e sociedade.

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