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Eficiência Energética

Prerrogativa:
Realização de Projetos de Eficiência Energética.

Motivação:
1. A indústria não é prioridade nos programas governamentais de eficiência energética
apesar de ser o maior consumidor de energia. O setor industrial responde por 40,7% de toda
energia consumida no Brasil (BEN, 2008). No entanto, não existe uma política governamental
de longo prazo específica para o uso eficiente da energia na indústria. Isso se reflete na baixa
prioridade dos programas federais de eficiência energética, nos investimentos de fundos
setoriais de eficiência energética e nas condições de financiamento. Os setores residencial,
comercial e público, que têm recebido maior prioridade nas políticas governamentais,
respondem apenas por 15,8% do total do consumo de energia no País.

2. A economia de energia em ações de eficiência energética no setor industrial gera


benefícios para toda a sociedade. Na análise de 217 projetos de eficiência energética de 13
setores industriais, o custo médio do MWh economizado foi de R$ 79/MWh. Considerando o
custo marginal de expansão do sistema de energia elétrica estimado pela EPE1 em R$
138/MWh no Plano Decenal 2007/2016, a diferença entre estes dois valores é o ganho médio
dos projetos. A economia obtida possibilita ao governo e ao empresário direcionar recursos
para outras prioridades. Ações de eficiência energética agregam importantes ganhos sociais,
ambientais e de competitividade.

3. O foco de atuação das iniciativas governamentais de eficiência energética industrial


precisa ser ajustado. Levantamento realizado em 13 setores industriais apontou que 82% das
oportunidades de economia de energia na indústria estão nos processos térmicos. Entretanto,
as iniciativas governamentais de eficiência energética focam no consumo de eletricidade. O
ajuste no foco dos principais programas e fundos de investimento em eficiência energética do
governo levaria a melhores resultados.

4. Setores industriais intensivos em consumo de energia de países concorrentes do Brasil


recebem apoio de seus governos para desenvolver projetos de eficiência energética. O
trabalho analisou 63 programas de 13 países, mais a União Européia. Verificou-se a existência
de apoio direto às ações de eficiência energética industrial como renúncia fiscal, condições
especiais de financiamento, treinamento e disponibilização de informações técnicas de
qualidade.

5. O momento é propício para maior dinamismo nas ações de eficiência energética no setor
industrial. As iniciativas nacionais para ações de eficiência energética industrial ainda são
muito tímidas. Contudo, a existência de metas de eficiência energética no Plano Nacional de
Energia 2030 e a iniciativa do Ministério de Minas e Energia em desenvolver uma estratégia
nacional de eficiência energética confirmam que esse é o momento para firmar parcerias,
reorganizar esforços, estabelecer metas e priorizar recursos.

Segundo a WEG:

A indústria tem buscado cada vez mais alternativas para se manter competitiva no mercado
frente ao atual cenário econômico. Modernizar processos para reduzir o consumo de energia
elétrica é a saída que muitas delas têm encontrado. Entre as principais ações para otimizar o
consumo de energia em sua planta industrial estão:

1- Substituição de motores antigos por modelos de alta eficiência.

2- Correto dimensionamento dos motores elétricos. Quando o motor é dimensionado de


forma correta, ele pode evitar o desperdício de energia elétrica. Certifique-se de que os
equipamentos, principalmente os que operam por muitas horas em sua indústria, estejam
corretamente dimensionados.

3- Automação dos processos.

Fonte:

http://www.weg.net/institutional/BR/pt/solutions/energy-efficiency

http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2012/9/eficiencia-energetica-na-industria/

Proposta de Ação
Realização de projetos de eficiência energética para a indústria.

Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional das Industrias:

“Como pode ser constatado, os cinco projetos que mais economizaram energia tiveram
investimentos acima de R$ 5 milhões, totalizando investimentos de R$ 87 milhões e
apresentando custos médios de 55 R$/MWh para a energia economizada. Nesses casos,
tipicamente, os projetos envolveram sistemas de cogeração, o que justifica os elevados níveis
de investimento. No outro extremo, projetos com investimento de até R$ 30 mil sinalizaram
economia de 39 GWh/ano, requerendo investimento total de R$ 490 mil e apresentando custo
médio bem mais competitivo (2 R$/MWh) para a energia economizada. Neste grupo, um dos
projetos foi responsável pela economia de 22,7 GWh/ano, com desligamento de uma bomba
de captação e recontratação de demanda. As medidas adotadas no grupo de projetos menores
incluem uso de gerenciadores de energia, pequenos projetos de iluminação, repotencialização
de motores, substituição/ revisão de sistemas de ar condicionado, uso de ar comprimido e
pequenas modificações em equipamentos. Nos projetos com investimento de R$ 30 mil a R$
100 mil, encontram-se ações de substituição de motores e sistemas de iluminação,
modificações em sistemas de climatização e nos sistemas de gerenciamento de demanda.
Também se verificou a presença de projetos onde foram realizados apenas os diagnósticos
energéticos, sem implementação das medidas recomendadas. Nos projetos de R$ 100 mil a R$
200 mil, verificaram-se ações sobre motores e iluminação, ar condicionado, correção do fator
de potência e gerenciamento de demanda. Os projetos que exigem maiores investimentos
estão geralmente vinculados a alterações ou adaptações no processo produtivo, exigindo
maiores recursos e cuidados na sua implementação.”

Ainda segundo a CNI:

“As empresas de serviços energéticos ou ESCO’s (Energy Service Companies) são empresas
especializadas na prestação de serviços de conservação de energia em empresas industriais ou
comerciais, geralmente promovendo a eficiência energética nas instalações de seus clientes
através da realização de contratos de desempenho, onde a remuneração depende dos
resultados de economia de energia obtidos. Além dos contratos diretos feitos entre as ESCO’s
e seus clientes, elas também podem realizar contratos indiretos através das Empresas
Distribuidoras de Energia Elétrica e seus clientes, ajudando na implementação dos Projetos de
Eficiência Energética aprovados pela ANEEL. Tipicamente, é responsabilidade de uma ESCO
identificar oportunidades para ações de eficiência energética, viabilizar recursos para que os
investimentos ocorram e implementar as ações identificadas, inclusive atendendo a
procedimentos internacionais de medição e verificação que validam o projeto. Para a
implementação de um projeto de eficiência energética, são desenvolvidas as seguintes etapas:

1. Estudo de pré-viabilidade: tem por objetivo identificar projetos com potenciais de


economia de energia (substituição de equipamentos, adoção de práticas operacionais
adequadas, realização de programas de manutenção, etc.) que atendam a critérios mínimos
estabelecidos entre a ESCO e a indústria. Por exemplo: Payback máximo de 24 meses e
impossibilidade de alteração da produção.

2. Estudo de viabilidade: corresponde ao detalhamento das iniciativas a serem


implementadas, caso seja confirmada a viabilidade do processo, avaliando de modo mais
acurado o custo e os benefícios energéticos esperados.

3. Análise do financiamento: uma vez superadas as etapas de pré-viabilidade e viabilidade,


cabe definir as condições de financiamento a serem adotadas, que podem ser através de
autofinanciamento, investimento em contratos de desempenho (compartilhado com a
indústria ou não), agentes financeiros como o PROESCO e os Programas de Eficiência
Energética das empresas concessionárias 34 Oportunidades de eficiência energética para a
Indústria de distribuição (PEE’s). Essa etapa é crucial e deve ser executada de modo cuidadoso,
visando ao esclarecimento dos responsáveis pela empresa, que levarão o projeto adiante, ou
não, com base nas expectativas de ganhos associados à redução das despesas com energia
frente aos custos de investimento e amortização.

4. Implementação: superadas as etapas de pré-viabilidade e viabilidade, onde as premissas de


“oportunidades” são estabelecidas, e definidas as metodologias de financiamento, segue-se
para a implementação, onde são compostos cronogramas com base nas rotinas de trabalho
típicas de cada projeto industrial, seja para projetos envolvendo novos processos,
equipamentos ou mudanças de hábitos e padrões de consumo ou operação.
5. Medição e verificação: após a implementação das ações, é recomendável aplicar as
metodologias de Medição e Verificação (M&V) dos resultados, avaliando as dificuldades e
verificando o cumprimento das metas. Esta etapa também pode incluir validação por parte de
auditoria externa contratada para este fim. As ESCO’s que atuam no mercado brasileiro estão,
em sua maioria, ligadas à Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia
(ABESCO), fonte para a listagem apresentada nos anexos desse estudo, com os respectivos
endereços eletrônicos.”

Metodologia:
Teoria e Prática:

https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Eficiencia_energetica_Teoria_e_pratica.pdf

Realização de Diagnóstico:

https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Metodologiaderealizaodediagnstico.pdf

Energia elétrica: conceito, qualidade e tarifação:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Energiaeltrica-qualidade.pdf

Análise econômica de investimento:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Energiaeltrica-qualidade.pdf

Recurso técnico:
Iluminação:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Manual_Iluminacao.pdf

Sistema de ar condicionado e refrigeração:

https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/manual_ar_condicionado.pdf

Sistemas de bombeamento:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/ManualBombeamento.pdf

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/LivroBombeamento.pdf

Uso de vapor:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/LivroVapor.pdf

Refrigeração industrial e comercial:


https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/LivroRefrigeracao.pdf

Fornos elétricos a indução:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/FornosEltricosaInduo.pdf

Sistemas de ar comprimido:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/ManualArComprimido.pdf

Motor de alto rendimento:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/MotordeAltoRendimento-
LIV009.pdf

Gestão de energia:

https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Livro_Conservacao_de_Energiaed3.pdf

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/GuiaGestaoEnergetica.pdf

Instrumentação e controle:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Instrumentao_corrigido.pdf

Bombas:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Bombas.pdf

Acionamento Eletrônico:

https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Acionamento_eletronico.pdf

Motor Elétrico:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Motor_eletrico.pdf

Ventiladores e Exaustores:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Ventiladores.pdf

Compressores:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Compressores.pdf

Acoplamento Motor Carga:

https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/Acoplamento.pdf

Correias Transportadoras:
https://static-cms-
si.s3.amazonaws.com/media/uploads/arquivos/correiasetransportadoras.pdf

Analise Econômica
Oportunidades de Eficiência energética para a Indústria:

http://admin.cni.org.br/portal/data/files/00/FF8080812C8533A0012C988992E84D6B/relatorio
%2024%20-%20Sumario%20-%20Vis%C3%A3o%20institucional.pdf

Eficiência energética: o que foi feito no Brasil, oportunidades de redução de custos e


experiência internacional:

http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2012/9/eficiencia-energetica-na-industria/

Próximas etapas
1. Benchmarking
2. Análise de Mercado
3. Capacitação material e intelectual.
4. Proposta de serviço.
5. Prospecção.
6. Realização de projeto de eficiência energética.

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