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Título de capítulo 1 ............................................................................................................................................... 8
Título de capítulo 2 .............................................................................................................................................12
Título de capítulo n .............................................................................................................................................13

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[Título do livro], por [Nome do autor]

Espaço para dedicatória.

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[Título do livro], por [Nome do autor]

CAPÍTULO 1

Santa Monica – Los Angeles


1998
Vincent Ivanov Lazzarini estava de pé diante da janela, de braços cruzados, que dava
para o outro lado do Dodger Stadium. Para ver melhor a chegada das pessoas, ele se
inclinava e observava cada rosto com atenção. Após alguns minutos, abaixo dele, uma
Leblanc Mirabeau acabava de ser estacionada, cuidadosamente. Assim que as portas
foram abertas, Vincent cronometrava cada passo de seu principal alvo; um homem de
paletó, cabelos grisalhos, olhos castanhos e rosto marcado por linhas de expressão
excessivas. Vincent esperou o homem dobrar a esquina junto com alguns dos membros de
sua família, ajeitou sua gravata e observou por alguns segundos sua própria imagem
refletida no vidro do quarto do hotel. Penteou seus cabelos castanhos para trás, com as
mãos, pegou sua maleta que havia deixado no parapeito da janela e sumiu colete adentro.
Tão logo se virou e deu de cara com seu informante, Adriel, avançando com uma pasta de
couro parda. Seus cabelos estavam desalinhados, como de hábito, embora Vincent já o
tivesse advertido um milhão de vezes para mantê-los sempre penteados. Adriel era o
desleixo em pessoa. Vincent o fulminou com o olhar de desprezo que ele, como sempre,
sequer notou. A gravata estava frouxa, o colarinho desabotoado e o paletó manchado de
sangue, além de amarrotado. Tufos de pelo encaracolado escapavam do colarinho aberto.
—— Senhor – disse –- esse homem, ele é ligado ao pessoal de Nova York. Tem a família
Al Capone nas mãos. Tem também o apoio de alguns políticos e empresários – Adriel
retirou uma pasta de fotos da maleta que trazia consigo e o entregou para Vincent –- Ele é
amigo da família de Capone. Uma amizade bastante antiga.
—— Como um homem tão estupido –- falou Vincent, referindo-se ao homem das
fotografias –- conseguiu chegar tão longe?
—— Creio que seja por conta de seus aliados. Tammazin e eu soubemos que ele tem um
vínculo forte com os irmãos Adamatti, Fagnani, Leotta e Marione –- Adriel gesticulou para
dizer que os capangas de John eram homens durões.
Vincent alcançou sua taça de Strega sobre o criado mudo ao lado. Deu um gole e depôs
firmemente:
—- O trabalho dele é pequeno comparado ao meu. Mas continue de olho nele e no pessoal
dele, que não passam de arruaceiros. E mais uma coisa, já que estamos falando sobre
negócios, fiquei sabendo que algum deles está tentando montar uma gangue de sete ou
oito homens para tirar os negócios de Tammazin da reta. Como todos sabem, já houve
algumas reuniões entre os Adamatti. Estão putos porque foram enxotados do próprio
negócio.
—— De fato, senhor.
—— Onde estão operando agora? –- quis saber Vincent
—— Nos bairros Nova-iorquinos em torno da Trigésima Primeira Avenida, e também em
Chicago –- respondeu Adriel
Vincent riu daquilo, e esboçou um sorriso sarcástico. Conferiu as horas no relógio de pulso
e concluiu:
— Muito bem –- meneou a cabeça sinalizando que a conversa estava encerrada –- Darei
um jeito naqueles desgraçados.

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[Título do livro], por [Nome do autor]

As festividades na praia de Santa Monica eram palpáveis. O espírito californiano tomava


conta de jovens e adultos, vestidos em trajes de banho, eles entravam e saíam correndo
da água azulada, outros jogavam vôlei na areia, e o resto repousava em cadeiras com
bebidas na mão enquanto o sol descia lentamente no horizonte. Era a hora mágica do dia
em Los Angeles, a hora crepuscular, quando o céu se pintava de vermelho -– alaranjado
antes de se tornar negro feito ébano e se salpicar com o brilho das estrelas. Naomi Russel
aproveitava tudo isso enquanto seguia até o quiosque para pedir uma água de coco. Para
ela, ir a praia sempre foi uma experiência fascinante: sentir a maresia, observar o céu e
contemplar as ondas indomáveis era algo único. Naomi adorava cada parte disso, pois
quando morava na cidade pequena, nem sempre tinha a oportunidade de apreciar esses
momentos e, por conta disso, preferia aproveitar as coisas mais simples que não podem
ser prezadas pela maioria das pessoas. A garotinha caminhava em silêncio enquanto seus
pés tocavam a areia agradavelmente quente. Seu pai e sua madrasta tomavam sol e
conversavam com alguns amigos enquanto consumiam bebidas alcoólicas em algum lugar
distante dali. Ambos não ousavam nem ao menos dar algumas bisbilhotadas para ver se
Naomi estava bem. Ela já estava acostumada em ser uma pessoa sozinha, então
tampouco se importava. Perdida em pensamentos, de repente, ela foi de encontro com
alguém e caiu rispidamente sobre a areia.
—— Ai!
—— Sinto muito. Você está bem?
Naomi sentiu uma dor forte nas coxas por conta do impacto. Mas, mesmo que sua queda
tenha sido na areia, sua pele era tão sensível que qualquer coisa a machucava ou deixava
marcas. Havia vezes que surgiam manchas arroxeadas pelo seu corpo, repentinamente.
O homem à sua frente estendeu uma mão com longos dedos para ajudá-la a se levantar.
—— Estou bem. Eu quem peço desculpas, sou muito desastrada. Sinto muito –– Ela se
sentia tão envergonhada, mas mesmo assim lançou seu olhar para ele, e tirou alguns
segundos para observá-lo; cabelos castanhos penteados para trás, olhos acizentados,
maxilar travado, pele bronzeada, barba por fazer, vestia uma camiseta branca justa nas
mangas que contornavam seus braços fortes e usava uma bermuda preta. Naomi ficou
maravilhada, pois jamais vira um homem tão bonito e corpulento em toda sua vida. Mais
parecia ser um daqueles atores famosíssimos que moravam em pousadas milionárias em
Los Angeles, namorava atrizes famosas e gastava horrores em marcas de vinhos
importados semanalmente.
Receosa, ela suspirou timidamente antes de segurar a mão insistente do desconhecido,
pois lembrou de como seu pai costumava avisa-la para nunca falar com estranhos ou
aceitar agrados, quaisquer que fossem. Mas, de alguma forma, ela não sentia-se
ameaçada, então decidiu confiar. O misterioso homem desceu vagarosamente os olhos
pelo corpo da bela garota que vestia um biquíni cor de rosa e tornou a subir até seu rosto.
Naomi percebeu tal gesto repentino e abaixou o rosto, envergonhada.
—— Está bem mesmo? –– sua voz grossa a arrepiou
—— Oh, claro.
—— Como se chama, pequena?
—— Sou Naomi. Naomi Russel, você é?
—— Naomi Russel? –– o homem pareceu ficar surpreendido –– Hum, você é filha de
Charles Cooper Russel?
Naomi ficou surpresa, pois em sua concepção, as pessoas apenas decoram o nome
completo de alguém caso ela seja importante. Então, seu pai era importante para ele?

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[Título do livro], por [Nome do autor]

—— Hum... Sim
O homem deu um sorriso de canto.
—— Você conhece papai?
—— Apenas em questão de negócios, bebê –– os olhos de Naomi brilharam, ela gostava
de como ele a tratava de forma infantil.
—— Sim, papai é um homem muito ocupado.
——

Assim que ia dizer algo, Naomi sentiu alguém puxa-la pelo braço
—— O que tá fazendo aqui, pirralha? –– era sua meia-irmã, Annabel, que logo parou os
questionários para observar o belo homem que agora estava a olhar para a tela de seu
iPhone —— Uau, Você é daqui?
—— Sinto muito, preciso ir. Foi um prazer te conhecer, pequena –– ele diz para Naomi,
ignorando totalmente Annabel. Ele guarda seu iPhone no bolso e caminha em passos
largos. Annabel deixa escapar um grunhido de raiva, ela odiava ser ignorada, ainda mais
quando sua irmã postiça chamava mais atenção do que ela própria.
—— Será que seu pai vai gostar de saber que sua filhinha estava por aí dando ideia em
homens mais velhos?
—— M-mas eu não...
—— Olha aqui garota, se você continuar na minha frente, eu juro que vou queimar essa
sua imagem de santinha pra todo mundo, entendeu? Sua ridícula. Agora sai da minha
frente! – Annabel empurrou Naomi bruscamente e foi embora batendo os pés
Naomi não entendia o motivo de tanto ódio que Annabel alimentava por ela. Naomi sempre
fora uma garota dócil e inocente, tratava todo mundo bem, não importava quem fosse. Mas
não fazia isso por querer forçar simpatia com as pessoas, e sim porque este era seu
verdadeiro jeito de ser. Porém, havia algo em Naomi que parecia incomodar Annabel de
alguma forma, mas ela não sabia exatamente o que era.
Desde que sua mãe morrera de câncer à alguns anos atrás, Naomi fora uma pessoa
solitária. Seu pai sempre fora um homem ocupado com os negócios e nunca deu muita
atenção para a filha, muito menos quando casou-se com sua madrasta, Constance
Courtney, quando ela tinha apenas nove anos de idade. No começo foi difícil para a
pequena garota acostumar-se com as novas integrantes da família pois, para ela, nada e
ninguém jamais substituiria sua falecida mãe que ela tanto sentia falta. Mas ela decidiu
aceitar, pois acima de tudo, queria ver a felicidade do pai. Ele parecia ter isso agora. E isso
era tudo o que importava para ela.

Já estava ficando tarde. O pai ou a madrasta de Naomi não faziam o menor esforço para
deixar o local, ou as bebidas de lado. Mas quando finalmente chegaram em casa, ela
queria apenas dormir pois tinha aula no dia seguinte.

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Título de capítulo 2

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Título de capítulo n

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