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1. Introdução ................................................................................................................................ 2
2. Pilha ......................................................................................................................................... 2
3. Conclusão ................................................................................................................................ 7
1. Introdução
Pela lei de conservação da energia, a energia no universo não se cria e nem se destrói, passando
apenas por transformações. A energia eléctrica, é uma das energias mais precisado pelo homem,
razão pela qual, são vários tipos de energia que são transformadas em energia eléctrica e neles
está a energia Química e, por sua vez, para ser transformada em energia eléctrica pode seguir
vários processos, como, em forma de bateria, pilha, por exemplo. O presente trabalho tem por
objectivo estudar o funcionamento da pilha feito pelo químico Daniel (Pilha de Daniel).
2. Pilha
De salientar que a pilha tem dois eléctrodos que são constituídos geralmente de metais
diferentes, que fornecem a superfície na qual ocorrem as reacções de oxidação e redução. Estes
eléctrodos são postos em dois compartimentos separados, imersos por sua vez em um meio
contendo iões em concentrações conhecidas e separados por uma placa ou membrana porosa,
podendo ser composta por argila não-vitrificada, porcelana ou outros materiais. Compartimentos
e tem por finalidade separar os dois reagentes participantes da reacção, do contrário, os electrões
seriam transferidos directamente do agente redutor para o agente oxidante. Finalmente, os dois
eléctrodos são conectados por um circuito eléctrico, localizado fora da célula, denominado
circuito externo, garantindo o fluxo de electrões entre os eléctrodos. Numa pilha, os electrões
fluem de ânodo para o cátodo.
As pilhas não devem ser confundidas com as baterias. Enquanto a primeira apenas converte
energia química a eléctrica, a segunda faz a inter-conversão entre energia química e eléctrica.
Em 1836, o químico e meteorologista inglês Jonh Frederic Daniell (1790-1845) construiu uma
pilha diferente da até então conhecida na época: a pilha de Alessandro Volta. Nesta pilha
ele interligou dois eléctrodos, que eram sistemas constituídos por um metal imerso em uma
solução aquosa de um sal formado pelos catiões desse metal, (Sienko & Planer, 1990).
Em um sistema desse tipo é estabelecido um equilíbrio dinâmico entre o elemento metálico e seu
respectivo catião.
Um dos eléctrodos, o eléctrodo de cobre, era constituído de uma placa de cobre mergulhada em
uma solução de sulfato de cobre (𝐶𝑢𝑆𝑂4 ). O outro eletrodo era o de zinco, constituído de uma
placa de zinco mergulhada em uma solução de sulfato de zinco (𝑍𝑛𝑆𝑂4 ).
Assim em cada eléctrodo ocorrem os seguintes fenómenos:
O Zinco metálico (da placa) doa 2 electrões para o catião Zinco (da solução) e se transforma em
2+
𝑍𝑛(𝑎𝑞) .
Considera-se agora o eléctrodo de cobre, análogo ao zinco, ou seja, constituído por uma placa de
cobre metálico, imersa em uma solução de sulfato de cobre, 𝐶𝑢𝑆𝑂4(𝑎𝑞) ,e que, portanto, contém
2+
catiões cobre, 𝐶𝑢(𝑎𝑞) , em que se estabelece o equilíbrio a seguir:
Daniell percebeu que se fizesse uma interligação entre dois eléctrodos desse tipo, feitos de
metais diferentes, o metal mais reactivo iria transferir seus electrões para o catião do metal
menos reactivo em vez de transferi-los para seu próprio catião em solução (Sienko & Planer,
1990).
Como Zinco é mais reactivo que o Cobre, se os eléctrodos de Zinco e de Cobre forem
interligados através de um fio condutor, o Zinco metálico irá transferir seus electrões para o
2+ 2+
catião cobre 𝐶𝑢(𝑎𝑞) , em vez de transferi-los para o catião Zinco, 𝑍𝑛(𝑎𝑞) .
Esses dois eléctrodos foram interligados por um circuito eléctrico que continha uma lâmpada,
pois se ela acendesse, indicaria o surgimento de uma corrente eléctrica.
A figura 1 demonstra a pilha de Daniel.
Ânodo (ou pólo negativo da pilha): é o eléctrodo de onde saem os electrões, no qual
ocorre a reacção de oxidação.
Na figura 1 o Zinco metálico da placa doa 2 electrões que “correm” pelo fio condutor em
2+
direcção ao eléctrodo de Cobre e se transforma em catião Zinco,𝑍𝑛(𝑎𝑞) , que passa a fazer parte
da solução.
Cátodo (ou pólo positiva da pilha): é o eléctrodo para onde vão os electrões, no qual
ocorre a reacção de redução.
2+
Na figura 1, o catião Cobre, 𝐶𝑢(𝑎𝑞) que estava em solução, recebe 2 electrões doados pelo Zinco
que vieram pelo fio condutor até a placa de cobre e se transforma em 𝐶𝑢(𝑠) , que passa a fazer
parte da placa.
Segundo Mahan &Myers (1997), a anotação química da pilha de Daniell e dos demais tipos de
pilha é feita, por definição, pela representação:
Portanto, a anotação química da pilha que é formada pela interligação entre eléctrodos de Zinco e
de Cobre será:
Segundo Duffey (1965), em consequência dos fenómenos descritos na pilha de Daniell, tem-se:
No ânodo: a placa de Zinco diminui a massa ao mesmo tempo em que a concentração de
catiões Zinco aumenta.
No cátodo: a placa de Cobre aumenta de massa ao mesmo em tempo em que a
concentração de catiões Cobre diminui.
As soluções de ambos os eléctrodos perderiam a neutralidade eléctrica e interromperiam
precocemente o funcionamento da pilha se não fosse adaptada ao sistema uma ponte salina.
+
Migração de iões positivos, 𝐾(𝑎𝑞) , para o eléctrodo de cobre, por causa da diminuição de
2+
iões 𝐶𝑢(𝑎𝑞) , em solução.
A pilha terá, desse modo, seu funcionamento prolongado por mais tempo.
Convencionando que, o fio condutor por onde caminham os electrões, é circuito externo, e a
ponte salina da pilha, por onde caminham os iões, é circuito interno. Pode-se conclui:
No circuito externo, os electrões partem do ânodo em direcção ao cátodo.
No circuito interno, os aniões migram para o ânodo e os catiões para o cátodo.
Dessa forma, os sinais dos pólos dos circuitos externo e interno das pilhas são os mesmos.
Segundo Duffey (1965), se em vez de adapta-se uma lâmpada no circuito externo adaptar-se um
voltímetro, irá-se medir a intensidade de corrente eléctrica produzida pela pilha ou sua força
electromotriz.
Essa força electromotriz pode ser expressa em termos de potencial de redução ou potencial de
oxidação.
Quanto menor o potencial - padrão de redução, maior a capacidade que o metal possui de
doar electrões e vice-versa.
Quanto menor o potencial - padrão de oxidação, maior a capacidade que o catião possui
em receber electrões e vice-versa.
3. Conclusão
Terminado o trabalho, concluiu – se que a maioria das pilhas que não transmitem corrente
eléctrica é porque os constituintes fazem parte da mesma família ou não possuem
electrões livres suficientes para transmitir a corrente eléctrica.
4. Referências Bibliográficas