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Preparando-se para
o novo ambiente
Capítulo 1
Organização geral do laboratório e procedimentos 19
Capítulo 2
Configuração e equipamentos do laboratório 37
Capítulo 3
Início e manutenção da organização 43
1
Organização geral do
laboratório e procedimentos
PANORAMA GERAL
Um laboratório é definido por vários termos que se sobrepõem, dependendo para
quem ele está sendo descrito: pode ser descrito em termos de sua área básica, como
imunologia, fisiologia ou biofísica. Isso é mais uma definição administrativa do que
funcional. O modelo experimental, o organismo utilizado para desenvolver as pesqui
sas, é muitas vezes empregado para ampliar a descrição da área de investigação. Por
exemplo, alguém pode ser membro de um laboratório de ecologia microbiana ou de
genética de fungos ou de neuroanatomia humana.
A área de investigação é uma maneira mais prática para descrever um laboratório,
pois aponta o que realmente ele faz: pode-se dizer que o laboratório é de ciclo celu
lar ou de transdução de sinais. Ele provavelmente tem um foco, a questão que agrega
todos os seus membros. O laboratório inteiro pode estar trabalhando com as proteí
nas envolvidas na secreção neuronal ou tentando entender por que e como uma pro
teína específica de transcrição está relacionada ao desenvolvimento. E cada membro
tem sua própria pergunta, um problema específico que está tentando resolver experi
mentalmente.
Outra maneira pela qual os laboratórios têm sido definidos é se eles estão enga
jados em ciência básica ou aplicada. A ciência básica é considerada como ciência pura,
aquela feita em função do conhecimento, enquanto que a ciência aplicada procura
usar a ciência básica para o desenvolvimento de um produto, como um antibiótico.
A ciência básica é considerada como sendo o fruto da pesquisa acadêmica, financia
da por verbas obtidas de agências de fomento. A ciência aplicada é aquela desenvol
vida por empresas e financiada por vultosas verbas, que pagam os salários dos pes
quisadores e todas as despesas. Essas diferenças não são válidas. Ciência básica e
ciência aplicada são feitas em universidades e em companhias farmacêuticas, e as
pesquisas em instituições acadêmicas e em empresas podem ser financiadas tanto
por verbas de agências de fomento como de investimentos. Para aqueles que traba
lham em laboratórios, as semelhanças práticas são mais aparentes do que as diferen
ças.
Alguns laboratórios realizam pesquisa clínica, na qual seres humanos ou células
de pacientes são utilizados para investigar uma doença ou uma síndrome, e boa par
te do trabalho é feita por médicos em vez de Ph.Ds. Tais laboratórios são geralmente
encontrados somente em faculdades de medicina ou em instituições afiliadas a um
hospital onde existe acesso para pacientes.
Cada laboratório é, geralmente, parte de uma unidade maior, como um departa-
mento ou uma divisão, e compartilha recursos com todos os membros do departamen
to. Grandes equipamentos como ultracentrífugas e freezers -70°C são geralmente do
departamento, mesmo que eles estejam instalados no laboratório de alguém. Câma
ras frias e quentes, salas escuras e equipamento de revelação de filmes, autoclaves e
lavadores de vidrarias também podem ser compartilhados, a menos que eles perten
çam a um laboratório muito grande e bem-financiado. Muitos departamentos têm
uma biblioteca, onde se encontram periódicos científicos relevantes e recentes. Essa
biblioteca muitas vezes funciona como sala para lanches e seminários. Praticamente
todos os departamentos têm um grande quadro de avisos, perto da secretaria, da bi-
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O PESSOAL DO LABORATÓRIO
Os grupos de laboratório têm uma dinâmica que é nitidamente única, na qual as pes
soas trabalham de maneira mais independente do que em outros grupos, e a estrutu
ra organizacional tende a ser preferencialmente horizontal. Praticamente, isso signi
fica que todos são iguais e que não é tarefa de alguém mostrar a você como fazer as coi
sas. Não pense que só porque uma pessoa tem um status "mais baixo" do que o seu,
você pode ordenar indiscriminadamente que ela faça uma solução-tampão. Você até
pode conseguir o tampão, mas também vai gerar muita agressão passiva. Antagoni-
zar uma pessoa pode significar que ninguém vai conseguir um espaço no freezer pa
ra você, tirar os seus tubos da lavadora quando você os tiver esquecido ou ajudá-lo
com cálculos, até que você tenha mudado a sua atitu
de. Trate todos os membros do
Os laboratórios têm uma grande variedade de laboratório com o mesmo
pessoal trabalhando neles, com diferentes níveis de respeito que você tem pelo
comprometimento e várias razões para estar ali. O chefe do laboratório.
elenco de personagens comumente inclui:
O pesquisador principal. Essa pessoa pode também ser conhecida como o coor
denador do laboratório, o chefe, o orientador. Ela provavelmente passa mais tempo
realizando tarefas administrativas, como a redação de projetos ou relatórios de pes
quisa, do que fazendo o trabalho de laboratório, mas é o guia intelectual por trás da
maioria dos projetos. Direta ou indiretamente, é responsável pelo financiamento da
pesquisa do laboratório. Toda a atmosfera de trabalho - amizade e camaradagem ou
competitividade feroz - dependerá da personalidade e da liderança do pesquisador
principal.
O pós-doc. Esta é a abreviatura para "pós-doutorando", que pode ser um pes
quisador associado, assistente ou "residente" (os termos dependem das instituições),
uma pessoa que já recebeu o seu Ph.D. ou, mais raramente, M.D., e está fazendo um
treinamento de dois a cinco anos antes de tentar um cargo como pesquisador princi
pal em uma universidade ou em uma indústria. Um pós-doc geralmente trabalha de
maneira bem independente no seu próprio projeto, embora colabore com outros
membros do laboratório em algum aspecto particular do projeto.
O técnico ou assistente de pesquisa. Um técnico pode ser um estudante de gra
duação que pretende ganhar mais experiência no laboratório antes de entrar num
curso de doutorado ou um profissional habilitado e pago. Em instituições acadêmi-
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ROTINAS DO LABORATÓRIO
Embora os laboratórios tenham pessoas circulando durante todas as horas do dia,
certas rotinas e costumes se mantêm firmes no caos aparente. Irão se passar algumas
semanas até que o ritmo do laboratório fique claro e você possa se posicionar nesse
ambiente. Inicialmente, tente se encaixar nas rotinas do trabalho desde que isso não
o comprometa.
Horários
Como os experimentos nunca se ajustam em um horário comercial, quem trabalha
em um laboratório sempre tem horários longos, imprevisíveis e bastante excêntricos.
Permite-se que a maioria das pessoas regule o seu próprio horário, com a confiança
maior geralmente associada aos departamentos acadêmicos. Mas, mesmo que o la-
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boralório seja acadêmico e que nenhuma palavra seja dita a respeito de horários, pro
vavelmente existe um horário-padrão que se espera que seja cumprido. Departamentos de
companhias e hospitais tendem a ter horários mais tradicionais, enquanto que depar
tamentos acadêmicos aparentam ser mais livres, com mais ação noite a dentro. Mas
em ambos os casos, trabalhar menos horas do que o esperado - e, algumas vezes, o
quanto se espera não é dito claramente - pode estigmatizar um novo membro do la
boratório. Descubra quantas horas de trabalho são presumidas e tente manter-se con
forme o esperado. Se a maioria das pessoas tende a chegar tarde pela manhã e traba
lhar até a noite, tente fazer o mesmo. Trabalhar em horários diferentes dos outros di
ficulta conhecer as pessoas e conseguir a ajuda que você necessita delas.
O cargo influencia o horário. Basicamente, como as pessoas dependem deles, os téc
nicos e as secretárias trabalham em horários mais regulares e predizíveis. Mas, se é
esperado que você fique até terminar os experimentos ou projetos, é justo que você
possa ter mais liberdade de escolha dos seus horários.
À situação pessoal pode não permitir que você trabalhe nos horários do labora
tório. Filhos, aulas, transporte publico e parceiros de trabalho são alguns dos fatores
que também podem influenciar em seu horário de trabalho. Tente, o quanto puder, so
brepor o seu horário com o dos outros membros do laboratório. Mantenha sempre o seu ho
rário de acordo, porque certamente você não vai querer estar numa situação na qual
precise se esgueirar e agir de maneira estranha, tal como manter as luzes acesas e os
equipamentos ligados só para dar a impressão de que está no laboratório. Espera-se
que o seu trabalho fale por si mesmo.
A política de férias também varia de laboratório para laboratório e geralmente não
é mencionada. Em vários locais, as pessoas são desencorajadas a tirar férias, porque
sempre parece que é o momento errado para deixar um projeto. Se o projeto está in
do bem, você não quer sair durante uma sequência de bons resultados, ou então, se
o projeto não está indo bem, você se sente culpado por sair antes de colocá-lo no ca
minho correto. Tire o tempo que você merece, mas não abuse do privilégio de deci
sões independentes.
Vestimenta
Um dos benefícios mais satisfatórios de trabalhar em um laboratório é a liberdade de
vestir aquilo que você gosta. As pessoas em hospitais e companhias sempre se ves
tem mais formalmente do que nas instituições acadêmicas, pois elas precisam intera
gir com pacientes e com pessoas que não pertencem ao laboratório. As pessoas em
instituições acadêmicas tendem a se ofender com a sugestão de terem o seu vestuá
rio regulado, mesmo pelos costumes. Isto é um assunto pessoal, mas é mais provável
que você possa vestir o que quiser e ninguém irá questioná-lo por isso.
São poucas as regras para a vestimenta de laboratório:
• Não use roupas boas, a menos que você queira respingar fenol ou alvejante
nelas. Os respingos sempre caem na sua roupa favorita ou na mais cara.
• Se você precisa usar uma gravata, mantenha-a longe do bico de Bunsen.
Na Bancada 25
Reuniões do laboratório
Os laboratórios fazem reuniões do seu pessoal para
discutir as investigações em andamento, analisar as Participe de todas as reu
pesquisas que foram publicadas recentemente (como niões. A menos que você te
sempre são discutidos artigos de periódicos, essas nha uma necessidade pre
reuniões são chamadas de clube de revista), bem co mente e desesperada de tra
mo os problemas organizacionais. Isso pode ser com balhar no seu experimento,
binado em uma ou mais reuniões, pois os laborató arranje tempo para ir a to
rios menores não têm seus próprios encontros, mas dos os clubes de revista e
participam dos encontros do departamento. Muitos apresentações de pesquisa.
laboratórios ou departamentos têm um clube de revis Além do conteúdo (e você
ta semanal e uma reunião de pesquisa semanal. provavelmente vai aprender
Nas reuniões de pesquisa, uma ou duas pessoas muito), a sua presença mos
apresentam seus dados. Em alguns lugares, todos os tra o seu apoio aos seus cole
membros do laboratório falam brevemente. Tais gas e isso é importante para
apresentações podem ser informais, durante um lan a coesão do departamento.
che e com apenas um quadro-negro ou um retropro-
jetor, ou podem ser formais o bastante para exigir sli
des e roupas apropriadas.
Os clubes de revista são sempre mais informais, embora o costume possa definir se
a apresentação do artigo deve ser feita com o uso de fotocópias ou de quadro-negro.
Muitas vezes, os artigos a ser apresentados são listados alguns dias antes do encon
tro, de modo que os participantes podem lê-los e ter ao menos uma idéia geral do tó
pico a ser abordado.
Quem participa das reuniões de laboratório? A base da maioria das reuniões de
laboratório são os estudantes e os pós-docs, com a participação de técnicos, de pro
fessores e de estagiários. Certamente, se não foi solicitada a sua participação, mas vo
cê gostaria de estar presente, você deve perguntar ao coordenador do laboratório se
isso é possível.
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Provavelmente, a sua participação será requerida, mas você terá um período livre, espe
cialmente para os seminários de pesquisa. O formato dos clubes de revista e das reuniões
de pesquisa varia bastante. Na sua primeira apresentação, procure seguir o formato usu
al do laboratório. O Capítulo 6 contém mais detalhes sobre como fazer as suas próprias
apresentações.
berá vacina contra hepatite B. Outras vacinas ou exames podem ser necessários quan
do se trabalha com alguns organismos em particular. Um teste de tireóide deve ser fei
to se alguém no laboratório ou no departamento for trabalhar com iodo radioativo.
Você receberá as chaves ou um cartão para acesso ao laboratório e uma identificação
institucional. As chaves podem não ser somente para o seu laboratório, mas também
para as áreas compartilhadas por outros laboratórios do departamento. Não abuse
dessas chaves para bisbilhotar os outros laboratórios fora dos horários.
Você vai receber um espaço no refrigerador e nos freezers -20°C e -70°C. Isso, em teo
ria. Na prática, vai levar um longo tempo até que as outras pessoas se reorganizem
(pois todos ocupam qualquer espaço que estiver vago) e façam espaço para você.
Descubra onde você pode manter algumas poucas coisas enquanto espera pelo seu
espaço permanente.
Familiarize-se com o modo como o laboratório funciona, onde as coisas são guarda
das, quem faz o que e quando. Observe e faça perguntas quando isso não for muito
inoportuno; não pergunte sobre a lancheria ou sobre o uso do telefone quando al
guém estiver no meio de um experimento.
Pergunte. É verdade, você não quer aborrecer ninguém, especialmente sem necessi
dade. Mas é sempre melhor perguntar sobre um procedimento, um reagente, um
equipamento, do que perder tempo e dinheiro. Se você comete um erro, pergunte
sempre a um colega se o erro pode ser reparado. Os mesmos erros são sempre repe
tidos pelos novatos, e sempre há uma saída para muitos experimentos aparentemen
te arruinados.
Descarte do lixo. Quem recolhe o lixo? Onde os materiais com risco biológico são coloca
dos e quem é o responsável por retirá-los? Onde você descarta agulhas e materiais cor
tantes? Existe reciclagem de papel?
Horário de trabalho. A que horas as pessoas tendem a trabalhar? Até que horas os seus co
laboradores estão? Qual é o melhor horário para ser o primeiro a usar o equipamento?
Não dê a entender que você está trabalhando no laboratório por qualquer outra razão
que não seja o amor pela pesquisa. Se existe outra razão, guarde-a para si, ou as ou
tras pessoas vão pensar que você não leva a sério o seu trabalho. Dizendo coisas do
tipo "eu estou aqui só para conseguir uma posição melhor", você rebaixa as razões
pelas quais as outras pessoas estão lá.
pos radioativos. Os cientistas de San Francisco eram diferentes. 'Era inacreditável,' lembra
Shively- 'Ficou claro desde o primeiro dia que eles eram caóticos e deixavam uma bagun
ça atrás de si em qualquer lugar onde trabalhavam. Eles pareciam um vendaval. 'Rigs oca
sionalmente lembrava-os de mostrar melhores maneiras na bancada, mas como Goeddel
admite, 'nós estávamos tão preocupados com o projeto que não o escutávamos muito.' Pa
ra o alívio de todos, eles faziam a maior parte do seu trabalho no pequeno laboratório do
outro lado do corredor." (Hall 1987, p. 219)
Cortesia nem sempre importa - Vergil morreu, no romance de ficção, por causa da su
jeira que fazia, mas Goeddel foi realmente um dos que clonaram o gene da insulina - no
entanto cortesia certamente ajuda um laboratório a andar mais eficiente, tranquila e agra
davelmente.
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Se for encontrado um resultado "quente" pela manhã num laboratório em New York, to
dos na Califórnia irão saber à tarde. Normalmente existe bem menos do que seis níveis de
separação entre dois membros de laboratórios, então um resultado delicado deve ser man
tido em segredo até que o pesquisador envolvido esteja pronto para falar.
soais. Eles podem ser estéreis, podem ser livres de RNase, podem ser apenas
particulares, e você não pode pegar um mililitro sequer sem pedir permissão
ao proprietário.
Eles também podem não ser exatamente o que você pensa que eles são ou
não ser o que está no rótulo e o seu uso pode vir a arruinar o seu experimento.
Provavelmente existem reagentes que são de uso comum em algum lugar -
mas espere até que lhe seja dito explicitamente o que eles são e em que condi
ções você pode usá-los antes de tocar neles.
2. Se um reagente de uso comum está em pouca quantidade ou acaba, enco
mende mais. Não coloque a garrafa vazia de volta na prateleira. Descubra como en
comendar mais para o estoque. É uma boa idéia deixar um aviso com data na
prateleira comunicando que o item foi encomendado.
3. Não ignore um equipamento quebrado ou um alarme de equipamento. Nos
seus primeiros dias, talvez você não esteja apto a tratar de um equipamento
com problemas, mas deve notificar outro membro do laboratório, de maneira que
sejam tomadas medidas apropriadas. Não use simplesmente outra centrífuga
ou forma de gel, deixando o problema para o próximo usuário resolver.
Ações imediatas devem ser tomadas se você ouvir um sinal ou um alarme
tocando em algum equipamento, pois as consequências por ignorá-los podem
ser completamente desastrosas. Em particular, perda de potência ou de manu
tenção de temperatura em freezers de baixa temperatura ou em tanques de es
toque de nitrogênio líquido pode significar a perda de todos os clones, as linha
gens de células, as proteínas purificadas e as bibliotecas de cDNA do departa
mento. E se isso acontecer por sua culpa, você poderá ter problemas.
4. Não desloque as coisas ou troque de lugar quaisquer tubos, reagentes ou
equipamentos que estão nas áreas compartilhadas do laboratório. Isso não é
a coisa mais sensata, mas as pessoas encontram seus reagentes mais pela loca
lização do que pelo rótulo, portanto, coloque-os nos lugares mais próximos
possíveis da localização original. Se você precisa deslocar algo, notifique o pro
prietário do material.
5. Não deixe as coisas em qualquer lugar, exceto aquelas que pertencem à sua
própria bancada. Isso significa: nenhum frasco na pia, nem uma pipeta no lixo,
a menos que esses sejam o seu destino correto.
6. Se você fez alguma coisa errada, confesse. Provavelmente todos sabem o que
você fez, portanto, conte a verdade! Isso vai fazer com que você seja considera
do como um membro honesto da comunidade, o que não é uma coisa insigni
ficante na profissão de pesquisador. Qualquer um pode cometer erros, mas ten
tar escondê-los deixa uma impressão desagradável. Ofereça-se para consertar
o erro, se possível.
7. Limpe imediatamente depois (ou melhor ainda, durante) cada parte de um
experimento. A limpeza faz parte do experimento, não é algo extra a ser feito pa
ra mostrar que você é uma boa pessoa. Seja especialmente cuidadoso em man
ter as áreas compartilhadas, tais como pias, capela de cultura de células e áreas
de eletroforese, livres da sua parafernália e dos escombros do seu experimen
to. Isso ajudará os outros a acelerar seus próprios experimentos.
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Esteja atento para os sinais que avisam para perigos potenciais. Os dois que são encontra
dos em muitos laboratórios são o sinal amarelo de radioatividade (radioactive), indicando que
agentes radioativos são estocados ou usados naquele local, e o sinal laranja de risco biológi
co (biohazard), que é colocado onde pode haver agentes infecciosos. Não use nada que con
tenha esses sinais, incluindo refrigeradores e incubadoras, até que você tenha sido autori
zado pelo pessoal de segurança do laboratório.
• Evite sapatos abertos, porque eles podem deixar os seus pés vulneráveis a respingos.
• Use o avental no laboratório. Isso não é considerado muito chique em vários
laboratórios, mas é muito fácil se encostar num balcão que foi recentemen
te limpo com um alvejante e deixar uma linda mancha na sua camisa.
• Não use o avental fora da área do laboratório. O avental protege você de subs
tâncias cáusticas e infecciosas e é muita insensatez submeter outras pessoas
a essas coisas desagradáveis. Se for parte da etiqueta local usar avental nos
seminários ou no almoço, tenha sempre um avental limpo para essas oca
siões.
• Não pipete com a boca. Nem mesmo água esterilizada! Solicite uma pêra ou
pipetador mecânico.
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FONTES DE CONSULTA
Os seguintes livros abordam aspectos tanto profissionais quanto pessoais a respeito
da pesquisa biomédica:
Angier N. 1988. Natural obsessions. The search for the oncogene. Houghton Mifflin Company, Bos
ton, Massachusetts.
Bear G. 1986. Blood music. Ace Books, New York, New York.
Gornick V. 1990. Women in Science. Simon and Schuster, New York, New York.
Hall S.S. 1987. Invisible frontiers. The race to synthesize a human gene. Tempus Books, Redmond,
Washington.
Kornberg A. 1995. The golden helix. Inside biotech ventures. University Science Books, Sausalito,
California.
Lewis S. 1961. Arrowsmith. The New American Library of World Literature, New York, New
York.
Teitelman R. 1989. Gene dreams. Wall Street, academia, and the rise of biotechnology. Basic Books,
New York, New York.
Watson, I.D. 1968. The double helix. The New American Library, New York, New York.