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RESUMO
Termofosfatos são produtos fertilizantes que utilizam processos de calcinação para favorecer a solubilidade do
fósforo contido em minérios fosfáticos, visto que, o fósforo dos minérios fosfáticos in natura, não está disponí-
vel aos vegetais, necessitando de transformação química para poder ser usado como fertilizante. Na região Norte
do Brasil, a diferença da Região Sul, onde são produzidos termofosfatos apatíticos, são produzidos termosfosfa-
tos de alumínio. Neste estudo foram misturados, ao fosfato de alumínio, produtos siderurgicos como escórias de
alto-forno com objetivo de neutralizar o solo e potencializar a ação dos nutrientes do fosfato de alumínio. Com
esse fim, foram usados os fosfatos de alumínio do depósito mineral de Sapucaia (município de Bonito/PA) e as
escórias da usina de ferro-gusa de Marabá/PA. Na primeira etapa dos ensaios, a amostra do fosfato de alumínio
foi misturada com a escória na proporção de 80 -20. Os materiais foram submetidos à calcinação com o objetivo
de verificar comportamento das fases cristalinas nas temperaturas de 700 e 1100 ºC. As amostras in natura e as
calcinadas foram caracterizadas por difração de raios-X (DRX). A análise por DRX mostrou que o minério fos-
fático está constituído por fases do grupo da crandallita e quartzo e, as escórias por material amorfo. Após a
calcinação a 700 ºC, tanto o termofosfato in natura quanto o termofosfato com a adição de escória mostraram
que o minério se desestrutura, tendendo para amorfo, exceto o quartzo. Nesta temperatura, a solubilidade do
material fosfatado favorece o aumento no teor de P 2O5. A 1100 ºC as fases cristalinas identificadas foram: óxido
de alumínio, fosfatos de alumínio e ferro, fosfatos de cálcio e ferro, e óxido de silício. Estudos de avaliação des-
ses materiais na agricultura poderão determinar a sua eficiência agronômica.
INTRODUÇÃO
Os termofosfatos são fertilizantes que utilizam processos de tratamento térmico para fa-
vorecer a solubilidade do fósforo contido nas rochas fosfáticas, colocando-o em uma forma
mais disponível para os vegetais (CARVALHO et al., 2003). A produção de termofosfatos
consiste no tratamento térmico da rocha, com ou sem adição de outros materiais. Os termofos-
fatos são excelentes fontes de fertilizante fosfatado e apresentam também outros nutrientes e
elementos benéficos como o Mg e o Si (AGEITEC, 2015).
Com o avanço da atividade agropecuária, os solos na Amazônia estão sendo intensa-
mente utilizados, e apesar de apresentarem elevado potencial de utilização para a agricultura,
de modo geral, apresentam elevada acidez, elevados teores de Al trocável e deficiência de
nutrientes, como Ca, Mg e P (NOLLA et al., 2013). A utilização de alguns resíduos siderúrgi-
cos tem-se mostrado como alternativa viável para o aproveitamento na agricutura, destacan-
do-se as escórias (AMARAL, 1994, apud NOLLA et al., 2013).
O presente trabalho originou-se de uma demanda da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA) que solicitou um estudo de caracterização de termofosfatos, obti-
do a partir da mistura de rocha fosfatada de alumínio com adição de escória de siderurgia,
visando obter informações sobre a eficiência agronômica do termofosfato de alumínio como
fonte de P. Com esse fim, a EMBRAPA forneceu amostras de fosfatos de alumínio proveni-
entes do depósito mineral de Sapucaia (município de Bonito/PA) e escórias da usina de ferro-
gusa de Marabá/PA.
2. OBJETIVOS
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
4.2. Métodos
(a) (b)
(a) (b)
Figura 2(a). Estufa com circulação de ar SL-102. (b) Forno mufla da marca JUNG mo-
delo LF9613
Para caracterização, as amostras foram cominuídas no gral de ágata (Figura 3a) e le-
vadas ao difratômetro utilizado Phillips PW 3040/60 (Figura 3b). Os arquivos digitais gerados
foram interpretados através dos softwares X’ PERT PRO MPD da PANalytical e a base de
dados de minerais PDF (Powder Diffraction Data) do International Centre for Diffraction
Data (ICDD.
(a) (b)
Figura 3(a). Gral de ágata.(b) Difratômetro X´PERT PRO MPD (PW
3040/60)/UFPA
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 4(a). DRX da amostra da escória, in natura. Fe: Ferro. (b) DRX da amostra do
fosfato de alumínio, in natura. Cr: crandallita; Qtz: quartzo; Wh-: woodhouseita.
7. CONCLUSÕES
Conclui-se que:
REFERÊNCIAS
CARVALHO, C.E.; Galvão, L.C.R.; Reis, L.B.; Udaeta, M.E.M. Avaliação completa dos
recursos para produção de termofosfato: uma aplicação do PIR. An. 3. Enc. Energ. Meio
Rural. 2003.
NOLLA, A.; Korndörfer, G.H.; Ramos, L.A.; Silva T.R.B.; Silva, M.A.G. Potencialidade de
reação de corretivos, fertilizantes e do gesso agrícola em um latossolo vermelho
distroférrico típico. Journal of Agronomic Sciences, Umuarama, v.2, n.1, p.136-143. 2013.