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Apostila Planejamento Paradasv3
Apostila Planejamento Paradasv3
1. INTRODUÇÃO
a) Uma Organização adequada para a gerência das atividades, da qual participem os princi-
pais órgãos responsáveis pelas tarefas de parada;
c) Um sistema adequado de informações relativas aos tempos de execução e aos recursos ne-
cessários para as atividades repetitivas;
Neste trabalho iremos apresentar a seqüência para o desenvolvimento dos trabalhos de planejamen-
to, programação e controle, procurando detalhar em cada fase as providências necessárias para uma
parada de manutenção bem sucedida.
2.1. OBJETIVOS
PLA N O D E PR O D U C Ã O PLA N O D E M A N U T EN C Ã O
Programa de D iretrizes de
Programação de produção manutenção manutenção
preventiva corretiva
Carga de Carga de
O utros fatores de trabalho trabalho
influência
( por exemplo, m odifi- O R G A N IZA C Ã O D E M A N U TEN C Ã O
cações de projeto ) Planejamento e administração dos recursos
( pessoal,sobressalentes e equipamentos ) para
adequação à carga de trabalho esperada
Desta forma, com uma periodicidade anual ou com 2 anos de antecedencia, deve-se estabelecer o
cronograma anual de paradas de manutenção para as diversas unidades, com os objetivos principais:
Deve-se ainda notar que paradas realmente grandes, que param toda a fábrica, começam a ser plane-
jadas, pelo menos no que diz respeito à definição de seu escopo, 1 ano e meio antes da data de reali-
zação.
Os prazos para a parada neste cronograma anual são estabelecidos levando em conta
três principais fatores:
As necessidades da produção;
A história de paradas similares anteriores;
Estimativas da manutenção e inspeção sobre o volume de atividades de manutenção
esperados para a próxima parada;
A parada de equipamentos é uma atividade que abrange setores bem diferentes da fábrica. As-
sim, entre outros, podemos citar:
A partir desta visão, torna-se claro que seria impossível uma atividade multidisciplinar como
esta ser bem sucedida sem uma adequada participação dos diversos setores.
Assim, com uma antecedência mínima em geral correspondente à aquisição de materiais, deve-
se constituir um Grupo de Parada, constituído por coordenadores de cada uma das áreas princi-
pais participantes, e por um coordenador-geral.
Na primeira reunião do grupo de parada deve ser solicitado pelo coordenador-geral aos diver-
sos grupos que se analise as atividades da parada e seja preparada uma lista dos serviços a se-
rem executados na parada. Normalmente, os serviços a serem executados já devem estar arqui-
vados em arquivos informatizados, a partir de diagnósticos, inspeções, sintomas e relatórios re-
alizados durante a campanha das unidades. Além das programações mecânica, elétrica, tubula-
ções, instrumentação, limpeza, etc, não devem ser esquecidas as seqüências de parada e partida,
bem como a execução de pequenos projetos de melhoria a serem eventualmente executados du-
rante a parada.
Após a concordância sobre a lista de serviços a serem executados durante a parada, a fase sub-
seqüente é a do detalhamento de cada item da lista de tarefas, estimando, para cada atividade, os
recursos necessários e prazos de execução. É importante que estes prazos e recursos sejam for-
necidos por quem terá a responsabilidade da execução da tarefa, e não pelo grupo de planeja-
mento. Por outro lado, o grupo de planejamento pode ter uma grande atuação nesta etapa se for-
necer a história de tempos e recursos correspondentes nas últimas vezes em que estas tarefas fo-
ram executadas.
O detalhamento das tarefas deve estar pronto, na pior das hipóteses, em coerência com as neces-
sidades de suprimento de materiais ou sobressalentes.
Tão logo estejam todos de acordo com as tarefas a serem desenvolvidas, deve começar a emis-
são das Ordens de Trabalho, ou Ordens de Serviço, ou Ordens de Manutenção. Esta tarefa tem
um certo grau de superposição com as duas subseqüentes: DETERMINAÇÃO DO CAMINHO
CRÍTICO E DURAÇÃO DA PARADA, E NIVELAMENTO DE RECURSOS.
Como uma recomendação, todas as Ordens de Trabalho devem estar prontas até 15 dias antes do
início da parada.
O conteúdo desta Ordem de Trabalho tem um certo grau de variabilidade de organização para
organização, mas deverá conter, no mínimo:
Dentro deste conjunto, torna-se necessário ressaltar alguns pontos mais importantes:
O resultado deste procedimento é que, se verificarmos por exemplo os principais tipos de mão-
de-obra utilizados através do tempo, teremos um perfil de utilização muito “desnivelado”, com
“picos” e “vales”. Assim, enquanto haverá dias com necessidade de 10 soldadores, em outros
esta necessidade será de 2 ou 3. A tendência, se todas as tarefas forem programadas o mais ce-
do possível, é que estes “picos” sejam registrados logo no início da parada programada, e os
“vales” ocorram ao final.
Para uma Divisão de Manutenção que possui usualmente um contigente fixo de cada tipo de
mão-de-obra, esta variabilidade não é conveniente. Ela exigirá que, em casos extremos, seja
necessário contratar grandes contigentes, até mesmo de centenas de pessoas, em determinados
períodos, e ter pessoal ocioso em outros. Enquanto a ociosidade é sempre inconveniente, a
contratação de grandes contigentes de mão-de-obra é, por vezes, difícil, e certamente mais cus-
tosa. Particularmente difíceis são os casos em que esta mão-de-obra é muito especializada, ou
requeira um conhecimento maior dos próprios equipamentos em cuja manutenção irá trabalhar.
O mesmo raciocínio é válido se houver a contratação de uma empresa que terceirize os serviços
realizados durante as paradas de manutenção.
Quando, após o nivelamento dos recursos, após a programação em horários noturnos e fins-de-
semana, as necessidades de mão-de-obra em algum período ainda excederem o quantitativo
disponível na empresa, tomar-se-ão providências para a contratação de mão-de-obra adicional a
firmas contratadas, ou a uma única empresa terceirizada, a fim de concluir os trabalhos na data
estabelecida.
O cálculo manual de um diagrama de flechas com 400 atividades e apenas tempo nas tarefas
(sem recursos) pode ser feito em menos de 4 horas, aí incluídas as folgas das tarefas. O cálculo
manual de uma parada de 3.000 atividades, só com tempo, pode ser feito em 4 ou 5 dias. A
probabilidade de erros, no entanto, é elevada. A possibilidade de emissão de diversos tipos de
relatórios, necessariamente limitada. E o recálculo durante a parada, praticamente inexeqüível.
Pior do que isto porém, a gerência de um projeto de manutenção exclusivamente de tempo, é i-
nútil.
Os programas que calculam PERT/CPM determinando apenas tempo são de domínio público,
tanto para os grandes servidores quanto para microcomputadores.
Em relação aos programas de nivelamento de recursos, todos devem ser comprados ou aluga-
dos.
De acordo com a flexibilidade de cada programa, podem ainda ser indicadas algumas possibili-
dades adicionais: tarefas que podem ou não ser interrompidas, níveis diferentes de nivelamento
para horários noturnos e fins-de-semana, e, até mesmo a possibilidade de se realizar uma tarefa
Com base nestas informações, o programa tenta realizar o nivelamento, atrasando as tarefas
com folga, de forma a realizar o projeto no tempo previsto dentro dos recursos previstos. Em
caso de impossibilidade, a maioria destes programas aumenta ou o número de dias ou, prefe-
rencialmente, o nível de recursos (o usuário pode em geral indicar sua opção em relação a esta
decisão).
De uma forma geral, estes programas são tão mais caros quanto maiores são suas flexibilidades.
O usuário deverá comparar as opções apresentadas por cada programa e seus custos, escolhen-
do aquele que para ele tiver a melhor relação custo x benefício.
Nos dias de hoje, não há economicidade dentro de uma empresa em elaborar um programa para
gerenciar paradas. Com a evolução tecnológica permanente da informática ( “batch”, “on-line”,
cliente/servidor, web, etc. ), além da própria evolução no gerenciamento de paradas ( para não
falar de interfaces com as áreas de material, recursos humanos, financeira, projetos de engenha-
ria ), seria muito custoso a uma empresa individual manter atualizado tal software, competindo
com empresa que vendem para muitas milhares de clientes. Além disso, estes softwares, hoje
rodando prioritáriamente em “desktops” ou “laptops”, têm um custo baixo se compararmos aos
demais recursos envolvidos em uma parada.
Em relação às saídas , os relatórios são normalmente subdivididos de forma tal que poucas fo-
lhas tenham que ser emitidas para cobrir qualquer caso particular (por exemplo, atividades de
uma determinada especialidade a serem executadas em uma unidade específica da fábrica).
É conveniente que os relatórios do software para cada especialidade sejam analisados durante a
seleção do programa. De uma forma geral, as pessoas preferem que a saída típica seja do tipo
de cronograma, com as tarefas referentes à sua especialidade, indicando ainda as folgas porven-
tura existentes, assim como abaixo, onde as cruzes indicam o período, e os pontos, a folga:
TAREFA PERÍODO
0 4 6
A XXXXX...
B XXX
Entre alguns fatores que devem ser considerados na seleção de um software como podemos ci-
tar:
-O cálculo do caminho crítico tempo;
-O nivelamento de recursos ( automático, de preferência, ou pelo menos do tipo “what-if” );
-A possibilidade de programar diversos tipos de dependência entre tarefas, como por exemplo
FS ( Finish-Start ), ou seja uma tarefa começa quando outra termina, SS ( Start-Start ), ou seja
De uma forma geral, porém, é um consenso entre todos que têm anos de experiência no uso
destes softwares que o principal fator a ser avaliado na seleção deste tipo de software diz res-
peito ao porte da empresa que o suporta. Com a evolução permanente da informática, e mesmo
de alguns conceitos da manutenção, uma empresa de porte, com muitos usuários, sempre terá
maior facilidade em incorporar novidades e melhorias, ou adaptar o software às diversas mu-
danças da informática, tal como foram no passado a evolução de batch para on-line, para clien-
te/servidor, e para a Web, além da mudança dos mainframes para os pequenos servidores e
computadores pessoais integrados à rede.
Entre os muitos conselhos de ordem prática que podem ser dados na elaboração dos diagramas
de flechas, dois são principais:
b) Não tentar nivelar TODOS OS RECURSOS de forma muito rigorosa, com níveis
muito baixos. Na maioria das paradas, sabemos “a priori” o tipo de recurso mais so-
brecarregado. Assim, quando a maioria dos equipamentos a ser mantidos são bom-
bas, turbinas, compressores, sabe-se “a priori” que a mão-de-obra mais solicitada se-
rá de mecânicos; quando é o caso de vasos de pressão, torres, permutadores de calor,
sabemos que serão do tipo caldeireiros e soldadores; quando o tipo de serviço é pre-
dominantemente limpeza, a mão-de-obra mais solicitada será do tipo servente, e as-
sim por diante.
A prática mostra que, se tentamos nivelar com níveis muito reduzidos TODOS os tipos de re-
cursos de mão-de-obra, o computador levará um tempo muito grande para encontrar os níveis
mínimos que satisfaçam a todos os recursos, ou mesmo não encontrar uma solução satisfatória
Uma idéia realista é a de estabelecer níveis bastante baixos para o recurso provavelmente mais
solicitado, deixando os demais recursos com os níveis permanentemente existentes na Divisão
de Manutenção. Com isto evita-se que o recurso mais sobrecarregado venha a atingir “picos”
muito altos, mantendo porém aceitáveis os tempos de processamento, principalmente para os
que pretendem rodar o software todas as noites e distribuir os relatórios correspondentes para
os grupos encarregados da execução.
Na parte de custo, as informações mais usuais dizem respeito aos custos da mão-de-obra,
diretos, indiretos, e de supervisão. Mas outros custos, tais como os de equipamentos e fer-
ramentas, e os de trabalhos extra, são também necessários.
Com estes pontos em mente, os relatórios que são praticamente unanimidade dentro do
planejamento e controle de paradas de manutenção são:
f. Tarefas com início breve – O mais importante relatório para a atividade de pro-
gramação;
h. Tarefas concluídas;
i. Orçamento;
Recursos
Tempo
Uma parada de uma unidade utiliza uma quantidade de pessoas bastante alta. Seria um despro-
pósito econômico dimensionar o efetivo da Divisão de Manutenção por estes momentos de pico.
Assim, o procedimento usual é contratar para este período uma empresa ou pessoal externo que
realizem todos ou parte destes serviços. Após o nivelamento de recursos, há uma boa noção da
quantidade de pessoas que devem ser contratadas durante a parada. Na realidade, mesmo a par-
tir das primeiras previsões de recursos das tarefas, já se pode ter uma idéia inicial deste valor.
A partir da decisão quanto aos turnos de trabalho e dos primeiros resultados do nivelamento de
recursos, pode-se então começar a estabelecer os valores a contratar durante a manutenção, dia-
a-dia. Englobam inclusive providências eventuais quanto a alojamento, armários, cadeados,
permissões de acesso, refeições, seguros de terceiros, etc...
Hoje é cada vez mais comum a terceirização para uma empresa prestadora de serviços de manu-
tenção a contratação de recursos, particularmente de mão-de-obra para paradas de manutenção.
Entre as modalidades mais comuns para a contratação destas empresas podemos citar:
-Um preço fixo pelo serviço como um todo;
-Uma contratação por preços unitários, ou seja, os serviços são pagos a partir de preços para ca-
da uma das atividades que o compõem;
-Contratação por administração, onde custos indiretos e lucro são pagos como um percentual
dos custos de mão-de-obra direta.
Cada uma destas modalidades tem vantagens e desvantagens. De uma forma geral, quanto me-
nor o tempo e o escopo da parada, mais se tende para o preço fixo. Suas vantagens principais
são o estímulo a rapidez, a menor necessidade de fiscalização e a facilidade de medição. Por ou-
tro lado, os riscos estão nas alterações do escopo, na exigência da exata definição dos serviços
( preparação detalhada das Ordens de Trabalho ), e na tendência que os proponentes incluam
nos seus preços um maior componente de risco. O preço unitário apresenta notáveis vantagens
quanto mais definidas estão as parcelas do serviço, ou seja, podem-se atribuir claramente a es-
pecialidades as atividades mecânica, elétrica, etc, onde os custos individuais são conhecidos pe-
lo mercado. Neste caso as negociações de preço são simples, e é de fácil administração, pois os
custos costumam ser bem mais facilmente avaliados. Contudo, exige uma especificação dos ser-
viços muito melhor definidos, maior trabalho de medição ( por causa do preço unitário ), e um
cuidado absoluto na disponibilidade do material para os serviços. Já a administração simples é a
mais flexível, exige menor rigor na definição dos serviços, os fornecedores incluem menor fator
de risco no custo, mas não estimula a produtividade e exige maior trabalho na medição e fiscali-
zação. Neste último caso, a contratada terá que fornecer detalhadas folhas de tempo para cada
executante, codificadas com o o número correto da Ordem de Trabalho e o tipo de trabalho rea-
lizado, código das especialidades, etc, de forma que a empresa possa realizar uma avaliação da
produtividade e uma projeção de homens-hora de forma a determinar se haverá alguma variação
em relação ao orçamento original de homens-hora.
Também em casos específicos tem sido observadas a contratação de múltiplas empresas para os
serviços de parada, ao invés do contrato único. Se, do ponto de vista técnico e econômico isto é
o mais vantajoso, exige por outro lado um maior esforço de administração na coordenação e
sincronização dos diversos contratos.
Cada vez mais temos visto contratos com incentivos ao desempenho, particularmente em em-
presas que atuem em um mercado em que conseguem vender tudo o que possam produzir, ou
mercados de competição intensa. Nestes casos, há um alto interesse em completar a parada no
tempo mais rápido possível, e com uma qualidade intrínseca superior. Observam-se então con-
tratos onde um desempenho superior recebe bônus por performance.
Finalmente, para paradas de muito grande porte, temos visto a seleção da(s) empresa(s) para ter-
ceirização dos serviços de parada iniciar-se 8 meses antes da data da parada.
Estas providências decorrem normalmente no período do último mês anterior à parada, deven-
do estar concluídas pelo menos 1 semana antes do início.
2.13.COMPRAS
Tão logo esteja decidida a relação das tarefas e pequenos projetos a serem realizados durante a
parada, deve ser feita a colocação dos últimos pedidos de compra.
Dependendo do tipo de peça ou material a ser adquirido, estas compras devem começar muitos
meses antes. O suprimento de material e peças sobressalentes é, freqüentemente, o principal fa-
tor condicionante do início dos trabalhos de planejamento de parada.
É de extrema importância que até o primeiro dia de atividades da parada esteja implantado um sis-
tema de verificação do andamento das tarefas. De uma forma resumida, as três atividades básicas
necessárias ao bom andamento dos trabalhos são as seguintes:
Também é necessário aqui notar que esta apostila está sendo escrita tendo em mente paradas de
manutenção de duração igual ou superior a pelo menos uns 6 dias. Sabemos, porém, que há organi-
zações, como por exemplo empresas de águas e saneamento básico, que realizam paradas de grande
responsabilidade e utilização de recursos, mas de tempo muito reduzido, 1 dia ou horas, dada a na-
tureza de seu trabalho. Neste caso particular, muitas de nossas recomendações de controle ( por
exemplo rodar o software e seus relatórios a cada noite ), notoriamente não se aplicam. No caso
destas empresas de parada com tempo reduzido, a fase de planejamento deve ser ainda mais precisa
e meticulosa, mas o controle em geral tem necessariamente que focalizar em um rigorosíssimo a-
companhamento das atividades do caminho crítico.
Há dois tipos principais de acompanhamento dos serviços: aquele realizado diariamente, onde
se verificam detalhes relativos ao andamento de cada tarefa programada ou em realização, e o
realizado com uma periodicidade mais espaçada, quando se verificam os trabalhos adicionais ou
desnecessários constatados após a abertura dos equipamentos, e que ocasionarão um aumento
ou diminuição substancial nos trabalhos inicialmente previstos. Neste item trataremos apenas
do primeiro destes tipos de acompanhamento.
No mínimo ao final de cada dia, os responsáveis pelo planejamento deverão receber dos execu-
tantes as seguintes informações:
De uma forma geral, as informações sobre tempo estimado de tarefas em andamento, atividades
pendentes e trabalhos adicionais são relatadas com um horizonte dos 2 próximos dias. Nestas
informações, além de tempos de tarefa devem constar ainda dados tais como:
Deve ainda ser emitido algum instrumento para autorizar a execução dos serviços de parada e
servir de veículo de apropriação dos recursos utilizados, realimentando o sistema com informa-
ções acerca do andamento dos trabalhos. Tais instrumentos devem conter, como informações
mínimas:
Tais instrumentos devem ser enviados ao setor de manutenção responsável pela tarefa e, após
preenchido, ao grupo de planejamento da manutenção.
Com relação à falta ou excesso de recursos, a cada dia a coordenação de parada deve ser infor-
mada dos recursos em falta ou previstos para não serem utilizados nos próximos dois dias, pos-
sibilitando um remanejamento de sua utilização. Relatórios como estes, enviados ao coordena-
dor-geral da parada, devem conter no mínimo:
Com base em relatórios como estes, pode-se efetuar alterações nas disponibilidades de recursos
de funções com cargas de trabalho muito altas ou muito baixas, ou eliminação de trabalhos não
essenciais, envolvendo funções sobrecarregadas.
Por último, e de especial importância, deve haver um relatório de alerta sobre os serviços que
ultrapassarão o prazo fixado para o término da parada. Com base nele, os coordenadores de pa-
rada poderão tomar providências objetivando eliminar atrasos ou minimizá-los quando se reve-
lem inevitáveis. Estes relatórios, também de freqüência diária, deverão ser enviados ao setor
encarregado da tarefa e ao grupo de coordenação da parada, contendo como informações míni-
mas:
À medida que as informações sobre o andamento do trabalho vão sendo recebidas, são distribu-
ídas instruções detalhadas dos próximos trabalhos. As Ordens de Trabalho são normalmente
emitidas acompanhadas de anexos (permissões de trabalho, instruções relativas ao uso de fer-
ramentas especiais, etc.).
Além da emissão das próprias Ordens de Trabalho, é também necessária a emissão pelo softwa-
re de relatórios informando aos setores especializados ou áreas geográficas as Ordens de traba-
lho de parada emitidas, para possibilitar a tomada de providências e acompanhamento da exe-
cução do serviço. Informam ainda estes relatórios as alterações verificadas nas Ordens de Tra-
balho, a fim de permitir um acompanhamento mais eficiente da execução dos serviços. Além
dos setores envolvidos, deve receber estes relatórios o grupo coordenador da parada.
À medida que as informações sobre o andamento dos trabalhos vão sendo recebidas, o respon-
sável pelo planejamento as acompanha nos diversos cronogramas. É evidente que irão ocorrer
desvios do programa básico, que poderão ser corrigidos sem que haja necessidade de atualizar
o programa. Se, no entanto, surgirem alteração imprevistas de maior porte, estas devem ser ra-
pidamente analisadas dentro dos padrões disponíveis. É possível que os trabalhos adicionais
possam ser planejados superpondo manualmente as novas atividades nos relatórios do compu-
tador. A maior dificuldade a ser encontrada diz respeito à utilização dos recursos, devendo-se
considerar nestes casos as folgas do programa original, remanejando-se o pessoal envolvido nas
A atualização do programa será necessária caso ocorram grandes desvios no diagrama de lógica
ou acréscimos substanciais de trabalhos a executar. O responsável pelo planejamento central
deverá listar as atividades concluídas, à medida que forem sendo recebidas as informações so-
bre o andamento dos trabalhos. Quando se decidir quanto à atualização do programa, os dados
de entrada devem ser preparados imediatamente, cabendo ao responsável pelo planejamento re-
alizar as modificações de lógica, de duração e de recursos necessários. Caso se exerça um con-
trole rígido, pode-se efetuar estas alterações dentro de um prazo de poucas horas.
1. Depois que, abertos os equipamentos, são definidos os trabalhos adicionais, que sur-
gem em razão de circunstâncias não previstas inicialmente;
3. Sempre que for julgado que as alterações nos tempos das tarefas previstas ou em e-
xecução forem de tal ordem que tornou-se impossível controlar a parada através do
planejamento manual, por alterações nos diagramas de barras das listagens disponí-
veis.
De uma forma geral, os principais riscos avaliados em uma parada de manutenção são os da não
realização da mesma no prazo planejado, por causa do alto da custo da indisponibilidade, os ris-
cos à segurança das instalações e às pessoas, e os impactos ambientais. Falando de forma gené-
rica, as 2 principais causas de não ser bem sucedida a realização da parada no prazo são:
(a) Um planejamento incompleto, apressado. Por exemplo, a principal limitação do tempo de
planejamento de uma parada no Brasil costuma ser o tempo para obtenção de peças e so-
bressalentes necessários. Outras atividades, porém, também necessitam de um tempo míni-
mo de planejamento, dada a sua importância e complexidade, tais como os cronogramas de
partida e parada, a preparação das Ordens de Trabalho ( aí incluídas as estimativas de tem-
pos e recursos ), a preparação do diagrama PERT e o nivelamento de recursos, a contratação
de uma empresa externa ou pessoal externo, a geração e emissão de permissões de trabalho,
a previsão de ferramentas especiais e materiais de segurança e, durante a parada, a previsão
dos períodos e ocasiões para acompanhamento e revisão do andamento da parada e da atua-
lização pelo computador e emissão de novos relatórios. A solução para este risco é a elabo-
ração cuidadosa, sem otimismos, do planejamento prévio de todas estas atividades pré-
parada.
(b) Acrécimos imprevistos de trabalhos. Esta causa aparece, principalmente, em paradas iniciais
de unidades, onde não existe ainda uma história anterior.
Como uma recomendação, antes da parada dever-se-ia ainda fazer uma avaliação, princi-
palmente dos riscos externos (pessoal, fornecimento de material e equipamentos, serviços,
legislação ) que podem afetar a duração da parada. Ainda, é fundamental que, após a realiza-
ção da parada, seja feito um relatório sobre os sucessos e problemas encontrados, de forma a
Deve-se notar que, embora pouquíssimo utilizado, quando há uma incerteza muito grande
sobre a duração de tarefas, particularmente do caminho crítico, o método PERT/CPM possui
um sub-método, o PERT probabilístico, que produz respostas a perguntas tais como:
-Em quanto tempo a parada estará concluída com 95% de probabilidade?
-Qual a probabilidade que a parada esteja concluída em até x dias?
Este método, exposto na parte final desta apostila é praticamente utilizado unicamente na
primeira ou segunda vez em que a parada de uma determinada unidade será realizada, quan-
do por vezes existe muita incerteza sobre a duração de muitas atividades.
Em relação à prevenção dos riscos, é preciso salientar, preliminarmente, que há fatores con-
troláveis e não-controláveis. Entre os principais fatores de risco não-controláveis, inerentes à
parada ou às características dos equipamentos, podemos enumerar o porte da parada, em
homens-hora, o % de projetos de melhoria, as características do mercado de trabalho local, a
intensidade de novas tecnologias a serem lidadas, a proximidade dos equipamentos, e as
condições dos equipamentos e materiais.
Contudo, muitos fatores são controláveis, e através de uma avaliação cuidadosa, mitigar os
riscos correspondentes à parada. Entre as principais ações que podem ser tomadas para mi-
nimização dos riscos de ultrapassagem dos prazos ou custos de uma parada podemos enume-
rar:
-A identificação, definição e congelamento do escopo dos serviços de parada;
-A finalização, com a maior antecedência possível, do planejamento pré-parada parada;
-A integração,o quanto antes possível, com a atividade de suprimento e estoque de sobressa
lentes da companhia;
-O conhecimento das políticas e prazos de contratação da empresa a serem observados para o caso
de contratação de empresas ou pessoal externo;
-A avaliação da capacitação e o treinamento das pessoas/equipes envolvidas na parada;
-A integração com as atividades de segurança da companhia, de forma a enumerar as providências
necessárias ( permissões de acesso, armários, cadeados, cuidados com equipamentos ou unidades
específicas, etc );
-O conhecimento das leis relativas ao meio ambiente e ao meio externo, quando a parada de equi
pamentos de alguma forma puder afeta-los ( derramamento de produtos, controles de poeira, ruído,
tráfego nas comunidades vizinhas, etc. );
-A comunicação, para perfeita sincronização, das equipes envolvidas nas diversas tarefas. Esta sin
cronização é mais falha, de uma forma geral, nos projetos de melhoria;
-A elaboração de planos de contigência para as atividades ou áreas onde se avaliar serem maiores
os riscos de atraso ( por exemplo, o caminho crítico ) ou de ultrapassagem do custo ( por exemplo,
as atividades de mais alto custo );
-O planejamento antecipado das atividades de controle durante a parada ( reuniões, relatorios, peri
odicidade de rodar o software de controle, etc );
5. RELATÓRIO FINAL
Cada vez mais, existe atualmente uma ênfase na gestão de conhecimentos, no chamado capital
intelectual. Isto quer dizer, registrar as experiências passadas, os acertos e erros cometidos, e as
lições aprendidas, de forma tal que, em futuras oportunidades, possa-se incorporar este
1. Objetivos da Parada
1.1 Custo
1.2 Programação
1.3 Qualidade
1.4 Inspeção
1.5 Segurança
2. Execução
2.1 Organização
2.3 Pessoal
2.4 Contratadas
2.5 Inspeção
3. Conclusões e recomendações
3.2 Mão-de-obra
4. Tabelas e Gráficos
4.5 Marcos Críticos (Prazo previsto da parada, Caminho Crítico, Massa Crítica)
1. ORIGENS
PERT, ou Program Evaluation and Review Technique, foi usado pela primeira vez no programa
POLARIS em 1953. Este programa, de responsabilidade da NASA, consistia no projeto de mísseis
balísticos de alcance médio dotados de ogivas atômicas, que seriam disparadas a partir dos subma-
rinos de classe NAUTILUS, os chamados submarinos atômicos. Sua complexidade pode ser avali-
ada ao dizer que estavam envolvidos nele 3.000 subcontratadas e um total de 15.000 atividades.
Sendo o projeto militarmente mais importante de seu tempo, que daria aos EUA uma vantagem es-
tratégica na área, havia enorme interesse no seu controle de forma precisa, de maneira a abreviar o
seu tempo de realização. Foi quando a NASA solicitou à conhecida empresa de consultoria Booz,
Allen and Hamilton um modelo de controle de projeto que viria a resultar no chamado método
PERT.
As diferentes motivações explicam as diferenças dos dois enfoques. No caso da NASA, gerindo um
projeto do tipo de pesquisa, onde cada tarefa era realizada pela primeira vez, com alto grau de vari-
abilidade, foi construído um método em que cada tarefa não tem uma duração fixa, mas é uma dis-
tribuição de probabilidade. Todo o enfoque está dirigido para o controle do tempo, e a responder,
perguntas do gênero:
Em quanto tempo estará pronto o projeto com x% (95% por exemplo) de probabilidade?
Qual a data mais provável de término do projeto?
Qual a probabilidade do projeto se completar em x dias (25 dias por exemplo)?
No caso da DUPONT, considerando-se que a manutenção é uma atividade com grande repetitivida-
de, onde se conhecem razoavelmente bem o tempo e a quantidade de recursos necessários a cada
tarefa, e a necessidade de se encerrar a parada de equipamentos dentro dos prazos acertados com a
produção, o método teve outras características. Nele, as atividades tem durações fixas, e a elas são
atribuídos recursos bem definidos.
Tenta-se realizar a parada dentro do menor prazo possível, e com um nível de utilização de cada
tipo de recurso constante.
Ressalvadas estas diferenças, ambos os modelos são idênticos, inclusive porque originam-se do
mesmo método: o cronograma.
Depois de provar seu valor em auxiliar a gerência de projetos grandes e complexos, a utilização de
PERT espraiou-se pela indústria. Saudado no primeiro momento como uma cura para todos os ma-
les gerenciais, o que ele não é, encontrou gradualmente seu lugar como uma ajuda eficaz para aju-
dar a focalizar a atenção de gerência para os problemas reais do planejamento e controle de proje-
tos.
PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO 21
2.O CRONOGRAMA
Desde os primeiros tempos da Revolução Industrial foi sentida a necessidade de um instrumento
que:
O cronograma veio dar resposta a algumas destas necessidades, em particular aos itens a, b, d, g.
Utilizado pelo menos desde o início do século XX, consiste ele em um diagrama de barras onde
cada uma tem um comprimento diretamente proporcional à duração real da tarefa, e o começo grá-
fico de cada tarefa se dá unicamente após o término das atividades das quais dependem.
Evidentemente, não há qualquer regra que possa determinar este grau de detalhamento, sendo que
somente a experiência de cada um poderá orientar. Apenas como informação, a maioria das empre-
sas escolheu a hora (60 minutos) como a unidade de tempo para as atividades de planejamento de
parada de manutenção, o que já se constitui numa indicação.
Dias
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tarefas | | | | | | | | | |
Embora com um imenso apelo visual e facilidade de controle, os problemas do cronograma são evi-
dentes:
a. Não mostra as dependências entre tarefas. Assim, por exemplo, se a tarefa C atrasar 2 dias,
que outras tarefas também atrasariam?
b. Nada se fala nele a respeito de recursos. Isto poderia ser remediado colocando-se em cima
de cada barra a quantidade necessária de cada recurso, mas, para mais do que uns 3 tipos
diferentes, os cálculos não são fáceis nem rápidos.
c. Não são mostradas no diagrama aquelas atividades cujo controle seja significativo para a
realização em tempo do projeto.
Algumas destas deficiências motivaram propostas de solução. Dentre estas, a mais importante foi a
de mostrar a dependência entre as tarefas através de flechas que unissem o final de uma barra ao
início de outra, quando houvesse relação de dependência.
Assim:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tarefas | | | | | | | | | |
Esta idéia, bastante interessante, serviu de base para que na década de 50 tanto a NASA quando a
DUPONT desenvolvessem o novo método que veio a suprir também outras deficiências do crono-
grama. Este permanece, porém, muito utilizado, particularmente na fase de controle dos projetos.
O Método do Caminho Crítico é um processo gráfico que a gerência pode utilizar como uma ajuda
no planejamento e “schedulação” de um projeto. Em outras palavras, o Método do Caminho Crítico
é um gráfico das operações. Na notação adotada nesta apostila, cada atividade é representada por
uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A cauda representa o começo de uma opera-
ção e a ponta mar o fim de uma operação.
Com estas definições de uma flecha, elas podem ser usadas para expressar relações entre as opera-
ções. Cada operação em um projeto está correlacionada com outras operações no projeto de um ou
mais dos seguintes modos:
Note-se que esta notação é a mais utilizada nos livros didáticos. Nos programas de software é mais
comum outra notação, em que as atividades são representadas por círculos ou retângulos, e as fle-
chas representam a dependência entre elas. Ambas as notações produzem exatamente os mesmos
resultados.
Como estas relações podem ser representadas por flechas? Isto está mostrado nas Figuras 3.1 e
3.2. Na Figura 3.1, a operação A deve preceder a operação B.
Na Figura 3.2, a operação C pode ser feita ao mesmo tempo que a operação D, ou vice-versa.
Neste caso, as operações C e D podem começar ao mesmo tempo e ser realizadas simultaneamente;
então, as causas das flechas das operações C e D começam em um ponto comum.
A B C
E F
FIGURA 3.3
1. A deve preceder B;
2. E deve preceder F;
3. B deve seguir-se a A e E.
As condições 1 e 2 são meramente aquelas da Figura 3.3; então a Figura 3.3 é uma representação
parcial desta correlação. Nosso problema é simplesmente colocar a condição 3 na Figura 3.3.
A condição 3 é colocada na Figura 3.3 pela flecha pontilhada tal como mostrado na Figura 3.4 .
Esta flecha pontilhada é chamada uma atividade imaginária ou atividade fantasma. As operações A,
B, E e F representam atividades físicas tais como polir a peça B, tornear a peças A, etc. Cada um
destes itens requer algum tempo para sua realização, por exemplo 2 dias, 10 horas, etc... . Uma
operação imaginária, por outro lado, não requer tempo. É meramente um dispositivo para identifi-
car uma dependência entre operações.
A B
E F
FIGURA 3.4
Assim, o diagrama de flechas não é nada mais do que uma coleção de diagramas tais como as
Figuras 3.1 até 3.4.
Naturalmente, estas figuras não são uma lista completa de todas as relações possíveis entre ope-
rações. Uma lista mais completa de diagramas, que aparecem repetidamente em diagrama de
flechas, é dada na Tabela 3.1, juntamente com o arranjo lógico que elas definem entre opera-
ções
Diagrama Lógica
A B
A operação B pode começar somente após a operação A ser
1.
completada
A
C A operação C pode começar somente depois que tanto a opera-
3.
B ção A quanto a B sejam completadas
3.2. NÓ OU EVENTO
Os diagramas de flechas são usados para fazer cálculos de tempos de realização de projetos.
Estes cálculos são mais facilmente realizados se no início e no final de cada flecha desenhamos
um círculo a que denominaremos de nó ou evento. Estes nós ou eventos devem ser numerados,
e sua numeração é aleatória. Assim:
1 4
FIGURA 3.5
28 PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
Ainda é usual que, embaixo ou acima de cada flecha seja colocado um número correspondente
à sua duração. Vamos então construir um pequeno diagrama de flechas cujos dados são:
B A 3
C A 2
D B 2
E B, C 3
F D, E 1
B D
A 3 2 F
1 C E 1
2 3
Antes de qualquer explicação, é útil rever os objetivos dos cálculos que vem a seguir. Quere-
mos determinar:
Para isto, utilizaremos o diagrama-exemplo anterior, começando pelo chamado cálculo dos
tempos mais cedo e mais tarde de realização de cada evento.
Suponhamos inicialmente que o tempo mais cedo do primeiro evento do projeto seja 0.
O tempo mais cedo de realização de cada evento é obtido somando-se o tempo mais ce-
do do evento anterior à duração da tarefa que une os dois eventos.
Assim, o tempo mais cedo do evento 1 será 0+1=1, o tempo mais cedo do evento 2 será
1+3=4, e assim por diante. Note que há eventos, como o 3, por exemplo, onde há mais
de uma atividade a ele chegando ( para efeitos de cálculo, a atividade imaginária é uma
tarefa tal como qualquer outra, apenas de duração = 0, e com uma quantidade de recur-
sos a ela alocados também = 0 ). Neste caso, considera-se que o evento só está concluí-
do ( ou realizado ) quando todas as tarefas que chegam até ele estejam terminadas. As-
sim, no que diz respeito à tarefa C, o tempo mais cedo de realização do evento 3 seria
1+2=3. Mas, no que diz respeito à atividade imaginária, o tempo mais cedo de realiza-
ção do evento 3 será 4+0=4. Como o evento só se realiza quando todas as tarefas que
cheguem a ele estiverem terminadas, o número escolhido será sempre o maior e, neste
caso, 4.
Na realidade, isto retrata adequadamente o fato que a tarefa E só pode iniciar quando
tanto B quanto C estiverem terminadas (ver tabela de dependências). C termina em 3,
mas B apenas em 4, logo a atividade E só pode iniciar no instante 4. O diagrama de fle-
chas, após o cálculo dos tempos mais cedo de realização de cada evento ficará então as-
sim, com os valores dos mais cedo escritos em baixo de cada nó:
B 4 D
A 3 2 F
0 1 1 C E 7 1 8
2 3
4
Suponhamos agora que queiramos calcular a data mais tarde de realização de cada even-
to de forma tal que o projeto ainda se realize em 8 dias. Tudo o que se torna necessário
é marcar em cima do último evento do diagrama (no caso o de número 5), o seu tempo
mais tarde (neste exemplo = 8), e vir voltando subtraindo a duração da atividade que
une o nó ao seu anterior. Assim, por exemplo, o tempo mais tarde do evento 4 será 8-
1=7, e o do evento 3, 7-3=4.
A escolha do valor dos tempos mais tarde é assim o inverso do critério adotado para os
tempos mais cedo: dos diversos valores calculados para os caminhos ou atividades que
voltam a um nó, escolhe-se o menor destes. O valor dos tempos mais tarde é
usualmente escrito em cima de cada nó ou evento. Em nosso problema-exemplo, após
calculados tempos mais cedo e mais tarde de realização de cada evento, ficaria assim o
diagrama:
4
B 4 D
0 A 1 3 2 7 F 8
0 1 1 C E 7 1 8
2 4 3
4
Há, pois, um caminho, com duração superior aos demais, e que condiciona o tempo de
realização do projeto. A este caminho dá-se o nome de Caminho Crítico. Sua impor-
tância decorre de diversos fatores
a. Ele é o caminho em que, ao contrário dos demais, nenhuma das tarefas compo-
nentes pode atrasar, sob pena de atrasar correspondentemente o projeto;
Para podermos apreciar devidamente esta vantagem, basta mencionar que observa-se es-
tatisticamente que, quanto maior o diagrama de flechas, menor é a porcentagem que ne-
le representa o caminho crítico. Observações estatísticas já foram realizadas demons-
trando que, em projetos de parada de manutenção com cerca de 400 tarefas, o caminho
crítico costuma ter de 20-25 atividades, ou seja 5-6%. Então, para acelerar um projeto,
não seria necessário aumentar o número de recursos ou colocar em hora-extra todas as
atividades, mas unicamente 5-6% destas, para obter o mesmo efeito.
Há uma razão física para que o caminho crítico em paradas de manutenção represente
um percentual reduzido de tarefas. Em grandes paradas, as atividades iniciais são as re-
lativas à parada do sistema produtivo. Após estas tarefas iniciais, encontra-se um grande
número de equipamentos parados, sendo cada um um conjunto de atividades de manu-
tenção ou “caminho”. Um destes caminhos é de maior duração. Por causa da grande
quantidade de equipamentos, há então muitos caminhos, e assim o caminho crítico re-
presenta, normalmente, um percentual pequeno das atividades da parada.
Se observarmos nosso diagrama-exemplo, podemos verificar que todas as tarefas podem ser
genericamente representadas por:
i j
MCi MCj
onde:
i = número do nó inicial
j = número de nó final
1 3 4
1 2
1 4
Folga Total é a folga que a tarefa tem sem atrasar o projeto. Para cada tarefa, ela é calculada
como:
Todas as tarefas do caminho crítico tem folga total 0. Podemos definir o(s) caminho(s) críti-
co(s) como o conjunto de tarefas com folga total nula. A folga total é o conceito de folga
mais importante em qualquer projeto que utilize o método do caminho crítico.
Folga Livre é a folga que a tarefa tem sem atrasar o tempo mais cedo de realização das tarefas
que a seguem. É a folga própria da tarefa, que ele tem sem diminuir eventuais folgas das tare-
fas subseqüentes. Seu cálculo é feito pela fórmula
Pelas fórmulas de definição, vemos que a única diferença entre a Folga Total e a Folga Livre
é que a primeira utiliza no cálculo o MTj e a Segunda, o MCj. Assim, a Folga Livre é sem-
pre menor, no máximo igual à Folga Total.
Entre a Folga Total e Folga Livre, a primeira é muito mais importante e a utilizada nos diver-
sos métodos e algoritmos. A Folga Livre serve sempre como fator de decisão secundário.
Existem ainda outras folgas definidas, tais como a Folga Dependente e a Folga Independente,
mas de aplicabilidade tão reduzidas que não serão aqui detalhadas.
Todo projeto pode ser representado por um diagrama de flechas, cada uma representando uma tare-
fa ou atividade. Por outro lado, toda divisão de manutenção possui um efetivo, para cada tipo de
mão-de-obra.
Se tentarmos realizar todas as tarefas, iniciando no seu tempo mais cedo possível, o provável é que
a ocupação da mão-de-obra seja maior no início do diagrama, e menor ao seu final.
Assim:
Tipo
de Recurso
Dias
Tal esquema é bastante inconveniente. Se projetarmos o efetivo de manutenção para atender o pico
da manutenção, ele terá ociosidade na maior parte dos dias de projeto. Por outro lado, se projetar-
mos este efetivo para realizar as tarefas no dia de menor utilização, será necessária a contratação de
recursos na quase totalidade dos demais dias. E sabemos que esta contratação nem sempre é sim-
ples ou possível, particularmente quando a mão-de-obra a ser contratada é altamente especializada
ou requer um conhecimento mais detalhado dos equipamentos em uso na empresa.
Ideal seria que, em termos de utilização de recursos, esta fosse a mais constante possível durante o
decorrer do projeto, ou seja, que fosse nivelada. O método do caminho crítico nos proporciona os
meios para que possamos, senão atingir, pelo menos nos aproximarmos deste objetivo. Ao atrasar,
dentro da folga disponível, as tarefas que não constaram do caminho crítico podemos jogar, dentro
do período de menor utilização dos recursos, tarefas que estariam em instantes de “pico”.
Isto pode ser mais adequadamente visualizado através de um exemplo ilustrativo, tal como apresen-
tamos a seguir.
EXEMPLO
2 4 1 4
2-3 1-0 2-3 3-3
1 8 5
0-2 4-1 1-3
4
0-1
5 4 9
3 1-4 7
3 2
2-3 2-3
0 2 2 4 10 1 11 4 15
0 2-3 2 1-0 6 2-3 9 3-3 15
1 8 5
0-2 4-1 1-3
6 4 10
1 0-1 10
Vemos então que o caminho crítico é 1-4-6-9, com a duração total do projeto igual a 15 dias
b. Diagrama mais cedo é uma representação da ocupação de cada tipo de mão-de-obra, dia a dia,
onde todas as tarefas se iniciam na data mais cedo do seu respectivo evento inicial. Assim por e-
xemplo, no 1º dia do projeto, iniciam-se as tarefas 1-2, 1-4 e 1-5, e o total da mão-de-obra necessá-
ria é de 4 mecânicos e 8 eletricistas.
Mecânicos
8
4 4 2
7 4-7
2 2
6 7-8 8-9
2
5 1-2 2-3 3-8
0
4
3
0
2 4-6
1 1-4
0
6-9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Dias
Eletricistas
8
5 4
7
1-5 5
6 5-6 7-8
2 2
5
2
4 1-2 8-9
2
3 2-3
0 0
2 3-8
1 1-4 6-9
Ainda para facilitar a etapa seguinte, a de nivelamento de recursos, foi marcada a folga total no can-
to superior direito de cada bloco correspondente a uma tarefa. A folga total indica o número máxi-
mo de dias que a atividade poderia atrasar sem que o projeto como um todo se atrasasse.
c. Pode-se observar no diagrama na mais cedo que, em relação aos mecânicos, há desde dias em que
são utilizados 7 (dias 2-3, 6-7, 9-10), até dias em que é utilizado 1 (os dois últimos dias). Com rela-
ção aos eletricistas, há desde a ocupação de 8 (dias 0-1 e 6-7), até a ocupação de 3 (os 2 últimos
dias).
Nosso objetivo é tentar encontrar uma forma de realizar o projeto ainda em 15 dias, mas com uma
utilização de cada tipo de recurso mais regular e limitada a 6 mecânicos e 6 eletricistas.
Isto pode ser alcançado atrasando-se tarefas com folga. Não existe, porém, qualquer algoritmo que
possa vir a orientar-nos: o método não passa de um quebra-cabeças de armar, tão mais complicado
quanto maior o número de tarefas e a quantidade de tipos diferentes de recursos.
I) Ao atrasar uma tarefa, é necessário atrasar aquelas que dela dependem. Assim, por exemplo,
ao atrasar 4-7, 7-8 também terá de sê-lo, só se iniciando depois que 4-7 acabe.
II) O atraso de uma tarefa no gráfico de mecânicos terá que acarretar atraso idêntico da mesma
atividade no gráfico de eletricistas.
Estas duas regras, incontornáveis, dificultam em muito o nivelamento para diagramas com grande
quantidade de tarefas e tipos de recursos. Isto porque, ao nivelar mecânicos, às vezes desnivela-se
eletricistas, ou vice-versa. Esta é a razão pela qual os problemas práticos de nivelamento de recur-
sos, com centenas de tarefas e uma dezena de tipos diferentes têm que ser processados necessaria-
mente no computador.
Nosso problema, porém, simples e pequeno exemplo didático, pode ter sua solução encontrada ma-
nualmente. A solução que a seguir apresentamos é apenas uma das variações possíveis.
Mecânicos
6
5 4-7 7-8
4 1-2 2-3 3-8
3
2 4-6 8-9
1 1-4
Eletricistas
6
5 5-6
4 1-2 8-9
3 2-3
2 1-5 7-8
1 1-4 3-8 6-9
4-6
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Dias
Em segundo lugar, só para mostrar que a solução encontrada não é única, basta notar que 8-9 pode-
ria se realizar ainda 1 dia depois, que neste caso 7-8 e 3-8 poderiam atrasar de 1 dia, que 7-8 e 3-8
poderiam ser realizadas em ordens trocadas, e que 5-6 poderia ser atrasada em até 3 dias em relação
à solução encontrada. Assim, a solução mostrada está longe de ser única.
Tendo em vista que, as vezes, ao nivelar um recurso, desnivela-se outro, seria conveniente que
cada tarefa possuísse um único tipo de recurso. Não se está dizendo “a prática de que se adap-
te”. Se for realmente necessário que a tarefa tenha 2, 3 ou mais tipos de recursos, que sejam co-
locados. O que se quer dizer é que, na extrema maioria dos casos, qualquer tarefa possuindo
mais de um tipo de recurso pode ser desdobrada em várias atividades, cada uma contando para
sua realização com um único tipo.
Originalmente projetado para a NASA, sua principal modificação em relação ao método do cami-
nho Crítico – tempo é que as tarefas não mais possuem uma duração fixa, mas, ao contrário, são
representadas por uma distribuição de probabilidade.
Isto ocorre porque, na prática, em um número muito grande de programas principalmente aqueles
de pesquisa e desenvolvimento, as durações das operações são mal conhecidas e incertas.
Dois casos, então, podem-se apresentar: ou bem as operações em questão não são novas e se conhe-
ce para cada uma delas de uma forma aproximada a lei de probabilidade da duração, ou bem estas
operações são inteiramente novas, ou pelo menos muito mal conhecidas, e é ignorada a lei de pro-
babilidade que representa o tempo de cada tarefa. O primeiro caso corresponde, em geral, a pro-
gramas industriais de desenvolvimento, e o segundo a programas de pesquisa.
2. Quando se ignora as distribuições correspondentes aos tempos das tarefas, supõe-se, no método
PERT, por razões de comodidade dos cálculos, que estes tempos são distribuídos segundo a dis-
tribuição .
Não se pode justificar de uma forma rigorosa a escolha desta distribuição. A figura abaixo apresen-
ta uma representação aproximada da distribuição .
F (f)
a m b t
Distribuição
Para que se possa realizar os cálculos necessários para cada tarefa, pede-se aos especialistas encar-
regados de sua realização três estimativas:
b. Tempo Mais Provável – a estimativa de tempo mais exata possível. Em outras palavras, aquela
que seria realizada se tudo correr satisfatoriamente.
Sendo tais informações subjetivas, é claro que convém obtê-las tomando certas precauções, como
por exemplo obter estimativas de mais de uma pessoa envolvida, se existir.
te = a + 4m + b
6
Veja agora a figura abaixo, representando três distribuições de probabilidade, que representam a
duração de várias tarefas, todas com o tempo médio de duração igual a te:
te
A grande base da curva A indica que não se conseguiu prever a conclusão do serviço com o grau de
exatidão comparável ao das curvas B e C. A incerteza pode ser resultante da falta ou do excesso de
informações. No primeiro caso, pode ter sido deixada uma margem maior de segurança, para fazer
face a fatores adversos que talvez, viessem a ocorrer, e que deveriam ser considerados. Igualmente,
em relação às curvas B e C, pode-se Ter sido demasiadamente otimista devido à falta de informa-
ções. As probabilidades, entretanto, são de que, quanto maior o número de informações sobre uma
atividade, menor será a base da curva. Assim, se fossem disponíveis mais e melhores informações,
a curva A tenderia a aproximar-se do formato da curva C.
v = ² = ( b - a )²
6
Tendo então, para cada atividade, seu valor médio te e a variância γ ² pode-se então agora determi-
nar as datas médias ou esperadas de cada evento, e o caminho crítico esperado. Para tanto, utiliza-
remos um diagrama-exemplo, mostrado a seguir.
Em cima de cada flecha estão os tempos otimista, realista e pessimista. Em baixo de cada flecha, o
te respectivo, e na tabela a seguir o cálculo respectivo de te, e v.
2–3–4 1–2–3
0 3 3 2 9
1–2-7 1-3-7
8/3 10/3
17/3
ATIVIDADE a m b te v
1-2 2 3 4 3 1/3 1/9
2-3 1 2 7 8/3 1 1
2-4 1 2 3 2 1/3 1/9
3-4 1 3 7 10/3 1 1
O tempo esperado de cada evento representa o tempo mais próximo possível em que o evento se
poderá verificar. Para determiná-lo, basta somar os tempos esperados de cada tarefa, tal como fazí-
amos para determinação dos tempos mais cedo de cada evento no método do caminho crítico.
Isto pode ser realizado porque sabemos, da estatística, que a esperança matemática (média) de uma
soma de variáveis aleatórias é igual à soma das esperanças matemáticas (média) de cada uma das
variáveis. Assim, sendo, o tempo esperado de cada caminho é igual à soma dos tempos estimados
das tarefas que o compõem.
Ainda da estatística, o Teorema do Limite Central nos diz que, “sendo dado um conjunto de variá-
veis aleatórias independentes, se suas variâncias são finitas e se sua soma cresce indefinidamente
com o número de variáveis, então a variável soma tende para a distribuição normal”.
Assim, com um certo grau de aproximação, podemos considerar que qualquer caminho em
nosso projeto é uma variável aleatória de distribuição normal, com duração média igual à
soma dos tempos estimados das tarefas que a compõem, e com variância igual à soma das va-
riâncias das tarefas que a compõem.
Então, em nosso diagrama-exemplo, onde o caminho crítico esperado é o maior do diagrama, qual
seja 1-2-3-4, este caminho será uma distribuição com tempo médio igual a 9, e variância a v=1/9 +
1 + 1 = 19/9. Seu desvio padrão será então igual a-
F (f)
= 1,45
g t
Deve-se notar que, ao calcular a variância correspondente ao evento 4, dever-se-ia levar em conta
tanto a variância do caminho 1-2-3-4 quanto a do caminho 1-2-4. A prática no entanto, tem sido
considerar unicamente a variância do maior caminho, chegando ao evento.
Ao aceitarmos que a duração de cada caminho pode ser expressa por uma distribuição normal cujo
tempo médio e o desvio padrão sabemos calcular, está aberta a possibilidade de responder a pergun-
tas tais como:
Em quanto tempo posso estar razoavelmente seguro (digamos com 95% de confiança) de que o
projeto estará concluído?
Z = X – X, onde
Com base no valor de Z calculado, entra-se na tabela e acha-se o valor da área. Por exemplo, o
valor da área correspondente a Z = 1,64 está no cruzamento da linha correspondente a 1,6, com a
coluna 0,04, dando para a área de 0,4495 ou 44,95%.
Vamos tentar apresentar alguns exemplos para o diagrama de flechas do projeto que vimos estudan-
do nesta seção.
Área sob uma curva normal entre a média a uma perpendicular, levantada a várias vezes o desvio
padrão (X – X) /
Exemplo 1: 19,14% da área total ficam entre a média e a perpendicular levantada a 0,5 da média.
X X-X
0,0 0000 0039 0079 0119 0159 0199 0239 0279 0318 0358
0,1 0398 0438 0477 0517 0556 0596 0635 0674 0714 0753
0,2 0792 0831 0870 0909 0948 0987 1025 1064 1480 1140
0,3 1179 1217 1255 1293 1330 1368 1405 1443 1843 1517
0,4 1555 1591 1627 1664 1700 1736 1772 1808 1873 1879
0,5 1914 1949 1981 2019 2045 2088 2122 2156 2190 2224
0,6 2257 2290 232 2356 2389 2421 2453 2485 2517 2549
0,7 2580 2611 2642 2673 2703 2733 2763 2793 2823 2852
0,8 2881 2910 2938 2967 2995 3023 3051 3078 3105 3132
0,9 3159 3187 3212 3238 3263 3289 3314 3339 3364 3389
1,0 3413 3437 3461 3485 3508 3531 3554 3576 3599 3621
1,1 3643 3665 3686 3707 3728 3749 3769 3790 3810 3829
1,2 3849 3868 3887 3906 3925 3961 3979 3997 3997 4014
1,3 4032 4049 4065 4082 4098 4114 4130 4146 4162 4177
1,4 4192 4207 4222 4236 4250 4264 4278 4292 4305 4318
1,5 4331 4344 4357 4369 4382 4394 4406 4417 4429 4440
1,6 4452 4463 4473 4484 4495 4505 4515 4525 4535 4544
1,7 4554 4563 4572 4581 4590 4599 4608 4616 4624 4632
1,8 4640 4648 4656 4663 4671 4678 4685 4692 4699 4706
1,9 4712 4719 4725 4732 4738 4744 4750 4755 4761 4767
2,0 4772 4777 4783 4788 4793 4798 4803 4807 4812 4816
2,1 4821 4825 4830 4834 4838 4842 4846 4850 4853 4857
2,2 4861 4864 4867 4871 4874 4877 4880 4884 4887 4889
2,3 4892 4895 4898 4901 4903 4906 4908 4911 4913 4915
2,4 4918 4920 4922 4924 4926 4928 4930 4932 4934 4936
2,5 4937 4939 4941 4943 4944 4946 4947 4949 4950 4952
2,6 4953 4954 4956 4957 4958 4959 4960 4962 4963 4964
2,7 4965 4966 4967 4968 4969 4970 4971 4972 4972 4973
2,8 4974 4975 4976 4976 4977 4978 4978 4979 4980 4980
2,9 4981 4981 4982 4983 4983 4984 4984 4985 4985 4986
3,0 4986
4,0 4999
5,0 4999
9 dias. É também o tempo em que há 50% de probabilidade do projeto ser realizado em mais
tempo e 50% de ser realizado em menos tempo.
9 11
9 18
Note-se que a probabilidade correta deveria ser de 100%, pois mesmo que todas as tarefas se reali-
zem em seu tempo pessimista, o projeto seria realizado em 18 dias. Mas isto mostra que, mesmo
para um número tão pequeno de atividades no caminho crítico, o erro que se incorre ao considerar
como normal a distribuição do caminho é mínimo.
50 – 41,62 = 8,38%
7 9 11
Este é o problema inverso aos apresentados nos itens b, c, e d. Se entrarmos na tabela de áreas
da curva normal com área igual a 0,45, podemos calcular o Z correspondente, e daí o valor de
X.
Olhe para o gráfico da distribuição da curva normal. Se a área até o tempo X é 0,20, a área en-
tre X e 9 é 0,30.
X’ = 9 + 1,45 x 0,84 e
X X’ X = 9 – 1,45 x 0,84 = 7,8 dias
Vamos por exemplo calcular a probabilidade do evento 3 estar pronto em até 7 dias.
Já vimos, nos cálculos do diagrama, que o maior caminho (no caso, o único) chegando a 3 tem du-
ração de 17/3 dias. O desvio padrão deste caminho deve ser calculado a partir das tarefas 1-2 e 2-3,
as duas tarefas componentes do caminho que chega até 3. Assim:
17/3 7
Não poderíamos encerrar esta seção notando que muito se fala em “risco calculado”. Mas, na maior
parte das vezes, isto é apenas um chavão, não se calcula risco nenhum. O método PERT permite
realmente que, em uma situação de incerteza, realmente se calcule o risco, ou seja, possa-se respon-
der a perguntas sobre a probabilidade de realização de um projeto em um período de tempo dado.