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I.

INTRODUCAO

Com o passar dos anos, a humanidade cada vez mais precisa de energia eléctrica para a
sua sobrevivência, seja para uso doméstico, para produção industrial ou para o
desenvolvimento e crescimento tecnológico de sua cidade, estado e país. Esse
crescimento faz com que o homem agrida cada vez mais a natureza a fim de explorá-la e
dela, conseguir matéria-prima para geração de energia eléctrica.

Mas isso tem um custo, a exploração predatória e em alguns aspectos, irresponsável,


vêm causando graves impactos ambientais, alguns de natureza irreversível.

Ao chegar a Terra, parte da energia do Sol é aprisionada na atmosfera e isso a mantém


"quentinha", a uma temperatura média de 30 graus. É esse efeito benéfico que os
cientistas chamam de Efeito Estufa. Sem o efeito estufa, não haveria vida na terra e nos
oceanos, pelo menos com a riqueza, a diversidade e complexidade que conhecemos hoje
(MONTOIA, 2007).

O aumento do efeito estufa faz com que a temperatura do planeta se eleve causando o
derretimento das calotas polares aumentando o nível de água nos oceanos e causando
tempestades jamais vistas.

A temperatura média do planeta já subiu 6 graus no século 20 e as projecções indicam


que subirá entre 1,4 ºC e 5,8 ºC até o ano 2100, se nada for feito para deter o processo
(MAZENOTTI, 2011).

O homem através disso, passou a procurar fontes de geração de energia mais baratas,
menos impactastes e eficientes a fim de continuar extraindo a matéria prima da natureza
e ao mesmo tempo respeitando-a mais. Isso fez com quem surgissem novas tecnologias
e novas formas de manter a evolução humana.

Objectivos

Objectivos gerais

 Conhecer as fontes energias utilizadas pela humanidade e seus impactos sobre o


meio ambiente.

Objectivos específicos

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 Identificar as fontes de energia renováveis e verificar os impactos ambientais
produzidos por essas fontes
 Reconhecer que a varias fontes de energias renováveis que causam o impacto
para o meio ambiente, podem ser positivos ou negativos
 Identificar os tipos de impactos existentes.

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Impactos da utilização das fontes de energias renováveis no Ecossistema Terrestres

Diz-se que uma fonte de energia é renovável quando não é possível estabelecer um fim
temporal para a utilização. É o caso do calo emitido pelo sol, da existência do vento,
mares ou dos cursos de água.

As energias renováveis são virtualmente inesgotáveis, mas limitada em termo da


quantidade de energia que é possível extrair em cada momento. Ambas as propriedades
constituem a sua principal diferença face as energias tradicional.

Constituem energia renovável, por exemplo, a solar, a eólica, as ondas e a hidráulica.


Todas elas, para além da sua presença ilimitada sobre a terra e da sua inocuidade face ao
meio ambiente, têm uma origem comum a sol. Para além dessas são ainda renováveis a
biomassa, energia geotérmica e a das marés, que não dependem directamente do sol.

O sol é o responsável directo pela energia solar (fotovoltaica e térmica), mas está
também na origem da energia eólica, ao provocar as diferenças de pressão que dão
origem ao vento e à energia das ondas. O sol também contribui para o desenvolvimento
da matéria orgânica de origem biológica (biomassa) e é o principal agente dos ciclos da
água.

Existem vários tipos de fontes renováveis de energia, das quais podemos citar a solar, a
eólica, a hídrica, a biomassa, a geotérmica e a termoeléctrica:

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Energia solar

Consiste no aproveitamento da radiação solar emitida sobre a Terra. Trata-se, portanto,


de uma fonte de energia que, além de inesgotável, é altamente potente, pois uma grande
quantidade de radiação é emitida sobre o planeta todos os dias. A sua principal questão,
todavia, não é a sua disponibilidade na natureza, e sim as formas de aproveitá-la para a
geração de electricidade.

Figura1- emissão de raios solares para os painel solares

Existem duas formas de utilização da energia solar, a fotovoltaica, em que placas


fotovoltaicas convertem a radiação solar em energia eléctrica, e a térmica, que aquece a
água e o ambiente, sendo utilizada em casas ou também em termoeléctricas através da
conversão da água em vapor, este responsável por movimentar as turbinas que accionam
os geradores.

As termoeléctricas convencionais produzem energia a partir da queima em caldeira de


carvão, óleo combustível ou gás natural. As usinas nucleares são consideradas
termoeléctricas, porém usam materiais radioactivos, que por fissão geram energia
eléctrica.

A energia consumida pelo homem, globalmente, provém em aproximadamente 80% da


queima de combustíveis fósseis, tal como o carvão, petróleo e gás natural (Costa, 2005).

A utilização maciça desses recursos, além de provocar o esgotamento dessas fontes


energéticas, é a maior responsável pela emissão de gases tóxicos e poluentes, que
alteram o clima mundial, acidificam águas e causam danos à saúde.

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A obtenção de electricidade por meio de combustíveis fósseis é a principal fonte de
óxidos de enxofre (SOx,SO2), óxidos de nitrogénio (NOx, NO e NO2), dióxido de
carbono (CO2), metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e particulados (entre eles o
chumbo Pb) (Goldemberg, 2003).

Segundo Goldemberg (2003), “85% do enxofre lançado na atmosfera provém da queima


de combustíveis fósseis, assim como 75% das emissões de CO2, principal responsável
pelo efeito estufa”.

Impacto Solar fotovoltaica

O sistema fotovoltaico não emite poluentes durante sua operação e é muito promissor
como uma alternativa energética sustentável, entretanto gera impactos ambientais a
serem considerados.

O impacto ambiental mais significante do sistema fotovoltaico para geração de energia


solar é provocado durante a fabricação de seus materiais e construção, e também
relacionado à questões de área de implantação.

Segundo Tolmasquim (2004), de uma forma geral o sistema fotovoltaico apresenta os


seguintes impactos ambientais negativos:

Emissões e outros impactos associados à produção de energia necessária para os


processos de fabricação, transporte, instalação, operação, manutenção e
descomissionamento dos sistemas;

Emissões de produtos tóxicos durante o processo da matéria-prima para a produção dos


módulos e componentes periféricos, tais como ácidos e produtos cancerígenos, além de
CO2, SO2, NOx, e particulados;

Ocupação de área para implementação do projecto e possível perda de habitat (crítico


apenas em áreas especiais) – no entanto, sistemas fotovoltaicos podem utilizar-se de
áreas e estruturas já existentes como telhados, fachadas, etc.;

Impactos visuais, que podem ser minimizados em função da escolha de áreas não-
sensíveis;

Riscos associados aos materiais tóxicos utilizados nos módulos fotovoltaicos (arsénico,
gálio e cádmio) e outros componentes, ácido sulfúrico das baterias (incêndio,
derramamento de ácido, contacto com partes sensíveis do corpo);

Necessidade de se dispor e reciclar correctamente as baterias (geralmente do tipo


chumbo ácido, e com vida media de quatro a cinco anos) e outros materiais tóxicos

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contidos nos módulos fotovoltaicos e demais componentes eléctricos e electrónicos,
sendo a vida útil média dos componentes estimada entre 20 e 30 anos.

Impacto Solar termoeléctrico

O aquecimento global é um dos principais impactos das emissões de gases na


atmosfera. Gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso
(N2O), ozónio troposférico (O3), e clorofluorcarbonos (CFCs), absorvem a radiação
infravermelha criada quando a luz visível do sol bate na terra. Essa absorção e re-
irradiação impedem que parte do calor seja devolvida ao espaço, causando o aumento da
temperatura na superfície da Terra (Ottinger, 1991).

A emissão de CO2, principal contribuinte ao aquecimento por efeito estufa, começou a


aumentar nos anos de 1800 com a conversão de florestas em área para agricultura, mas
houve uma aceleração grande a partir de 1950, devido principalmente a combustão de
combustível fóssil (Ottinger, 1991).

Em 2001 a Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou


relatório onde conclusões acusavam que a temperatura média da superfície subiu de 0,4
a 0,8°C a partir de 1860, que o nível dos oceanos subiu de 10 a 20 centímetros no século
XX, que a precipitação de chuvas em muitas regiões continua aumentando, a cobertura
de neve e gelo sobre os continentes continua decrescendo, e que está havendo mudanças
nos padrões de circulação da atmosfera bem como aumento do número de eventos
climáticos extremos (Goldemberg, 2003).

A quantificação dos impactos gerados pelos gases do efeito estufa está relacionada ao
tempo de vida desses gases na atmosfera e suas interacções com outros gases e com o
vapor de água. Tal medição é efectuada através do indicador Potencial de Aquecimento
Global (GPW), que fornece a contribuição relativa decorrente da emissão na atmosfera
de 1kg de determinado gás comparada com a emissão de 1 kg de CO2. O GWP
calculado para diferentes horizontes de tempo mostra a influência da vida média do gás
na atmosfera (Goldemberg, 2003).

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Energia eólica

Utiliza-se da força promovida pelos ventos para a produção de energia. Sua importância
vem crescendo na actualidade, pois, assim como a energia solar, ela não emite poluentes
na atmosfera. As usinas eólicas utilizam-se de grandes cata-ventos instalados em áreas
onde a movimentação das massas de ar é intensa e constante na maior parte do ano. Os
ventos giram as hélices, que, por sua vez, movem as turbinas, accionando os geradores.

Figura2-Estação de produção de energia eólica

Embora essa fonte de energia seja bastante eficiente e elogiada, ela apresenta algumas
limitações, como o carácter não totalmente constante dos ventos durante o ano, havendo
interrupções, e a dificuldade de armazenamento da energia produzida.

Impacto

Os equipamentos de pequeno porte têm impacto ambiental geralmente desprezível. Já os


impactos ambientais de parques eólicos podem ser classificados em:

Uso da terra – em parques eólicos as turbinas devem estar suficientemente distanciadas


entre si para evitar a perturbação causada no escoamento do vento entre uma unidade a
outra. Estes espaçamentos devem ser no mínimo de 5 a 10 vezes a altura da torre.
Contudo a área do parque pode ser aproveitada para produção agrícola ou actividades de
lazer;

Ruído – as turbinas de grande porte geram ruído audível significativo, de forma que
existe regulamentação relativa à sua instalação na vizinhança de áreas residenciais.
Segundo Tolmasquim (2004), a tecnologia actual mostra que é possível a construção de
turbinas eólicas com níveis de ruído bem menores, visto que as engrenagens utilizadas

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para multiplicar a rotação do gerador podem ser eliminadas caso seja empregado um
gerador eléctrico que funciona em baixas rotações (sistema múltiplo de geração de
energia eléctrica). Entretanto, nas turbinas mais modernas o nível de barulho tem sido
reduzido.

A emissão de ruídos é quantificada em decibéis, considerando a distância das fazendas


eólicas à áreas habitadas, e velocidade do vento. Seu nível de aceitação depende de
regulamentações locais (EURECAgency, 2002)

O ruído é proveniente de duas fontes: o próprio fluxo de ar nas pás e os mecanismos


(gerador, caixa de redução);

Impactos visuais – Impactos visuais podem ser previstos e evitados através de um


estudo de implantação cuidadoso, evitando efeitos de sombras, que podem incomodar
mais do que os efeitos acústicos (EUREC Agency, 2002).

As pás das turbinas produzem sombras e/ou reflexos móveis que são indesejáveis nas
áreas residenciais; este problema é mais evidente em pontos de latitudes elevadas, onde
o sol tem posição mais baixa no céu. Dentre outros parâmetros que se podem relacionar
são: o tamanho da turbina, seu design, números de pás, cor e números de turbinas em
uma fazenda eólica. As máquinas de grande porte são objectos de muita visibilidade e
interferem significativamente nas paisagens naturais; por isso podem existir restrições à
sua instalação em algumas áreas (por exemplo, em áreas turísticas ou áreas de grande
beleza natural);

Aves – em fazendas eólicas ocorre mortalidade de aves por impacto com as pás das
turbinas (acredita-se que os animais não conseguem enxergá-las, quando estão em
movimento), por isso não é recomendável a sua instalação em áreas de migração de
aves, áreas de reprodução e áreas de protecção ambiental.

Interferência electromagnética – esta acontece quando a turbina eólica é instalada


entre os receptores e transmissores de ondas de rádio, televisão e microondas. As pás
das turbinas podem reflectir parte da radiação electromagnética em uma direcção, tal
que a onda reflectida interfere no sinal obtido.

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Energia hídrica ou hidroeléctrica

Por sua vez, a energia hidroeléctrica utiliza-se do movimento das águas dos rios para a
produção de electricidade. Em países como Brasil, Rússia, China e Estados Unidos, ela
é bastante aproveitada pelas usinas que transformam a energia hidráulica e cinética em
electricidade.

Figura3-Usina hidroeléctrica de Itaipu, a segunda maior do mundo

Como é necessário o estabelecimento de uma área de inundação no ambiente em que se


instala uma usina hidroeléctrica, a sua construção é recomendada em áreas de planalto,
onde o terreno é mais íngreme e acidentado, pois rios de planície necessitam de mais
espaço para represamento da água, o que gera mais impactos ambientais.

Por um lado, as hidroeléctricas trazem vários prejuízos ambientais, não só pela


inundação de áreas naturais e desvio de leitos de rios, como também pelo dióxido de
carbono emitido pela decomposição da matéria orgânica que se forma nas áreas
alagadas. Por outro lado, essa é considerada uma eficiente forma de geração de
electricidade, além de ser menos poluente, por exemplo, que as termoeléctricas movidas
a combustíveis fósseis.

Os impactos ambientais provocados por hidroeléctricas podem ser exemplificados pela


usina de Balbina, na Amazônia. Neste caso não só os impactos ambientais são visíveis,
como também os resultados da falta de panejamento para implantação do projecto.

Impacto
Inundam áreas extensas de produção de alimentos e florestas; Alteram fortemente o
ambiente e com isso prejudicam muitas espécies de seres vivos, exemplo: interferem na
migração e reprodução de peixes;

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Alteram o funcionamento dos Rios; Alteram a paisagem das margens pela indução de
actividades humanas ligadas a presença dos reservatórios;

Geram resíduos nas actividades de manutenção de seus equipamentos; Boa parte das
florestas inundadas se decompõe produzindo metano, um gás que contribui para o efeito
estufa.

O represamento do rio diminui o nível da água abaixo da represa; desabriga pessoas e


animais; provoca a salinização da água (no semi-árido);

A inundação danifica sítios arqueológicos; indisponibiliza terras férteis; provoca


pequenos tremores de terra, devido ao peso da água e às acomodações do terreno.

A represa interfere na piracema. Provoca alterações climáticas que irão comprometer a


fauna e flora que não se adaptarão a essas mudanças.

Provoca doenças e impede o crescimento da população ribeirinha, atrapalhando a vida


das pessoas.

Segundo Leite (2005), a implantação de hidroeléctricas pode gerar impactos ambientais


na hidrologia, clima, erosão e assoreamento, sismologia, flora, fauna e alteração da
paisagem. Na hidrologia impacta com a alteração do fluxo de corrente, alteração de
vazão, alargamento do leito, aumento da profundidade, elevação do nível do lençol
freático, mudança de lótico para lêntico e geração de pântanos. Impacta no clima
alterando temperatura, humidade relativa, evaporação (aumento em regiões mais secas),
precipitação e ventos (formação de rampa extensa). Impacta também através da erosão
marginal com perda do solo e árvores, assoreamento provocando a diminuição da vida
útil do reservatório, comprometimento de locais de desova de peixes, e perda da função
de geração de energia eléctrica. Na sismologia pode causar pequenos tremores de terra,
com a acomodação de placas. Na flora provoca perda de biodiversidade, perda de
volume útil, eleva concentração de matéria orgânica e consequente diminuição do
oxigénio, produz gás sulfídrico e metano provocando odores e elevação de carbono na
atmosfera, e eutrofiza as águas. Na fauna provoca perda da biodiversidade, implica em
resgate e realocação de animais, somente animais de grande porte conseguem ser salvos,
aves e invertebrados dificilmente são incluídos nos resgates, e provoca migração de
peixes.

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Energia da biomassa

A biomassa corresponde a toda e qualquer matéria orgânica não fóssil. Assim, pode-se
utilizar esse material para a queima e produção de energia, por isso ela é considerada
uma fonte renovável. Sua importância está no aproveitamento de materiais que, em tese,
seriam descartáveis, como restos agrícolas (principalmente o bagaço da cana-de-
açúcar), e também na possibilidade de cultivo.

Figura4- queima de material

A biomassa é utilizada como fonte de electricidade e também como biocombustível

Existem três tipos de biomassa utilizados como fonte de energia: os sólidos, os líquidos
e os gasosos.

Combustíveis sólidos: podemos citar a madeira, o carvão vegetal e os restos orgânicos


vegetais e animais.

Combustíveis líquidos: o etanol, o biodiesel e qualquer outro líquido obtido pela


transformação do material orgânico por processos químicos ou biológicos.

Combustíveis gasosos: aqueles que são obtidos pela transformação industrial ou até
natural de restos orgânicos, como o biogás e o gás metano colectado em áreas de aterros
sanitários.

Impacto

Empreendimentos para utilização de biomassa em larga escala podem ter impactos


ambientais preocupantes. O resultado pode ser destruição de faunas e floras com
extinção de espécies, contaminação do solo e mananciais de água por uso de adubos e

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defensivos e manejo inadequado. O respeito à diversidade e a preocupação ambiental
deve reger todo e qualquer projecto de utilização de biomassa.

Todas as formas de geração de energia eléctrica provocam interferências no meio


ambiente sendo umas mais que outras.

As usinas hidroeléctricas provocam vários impactos ambientais, como a inundação de


áreas (destruindo a flora e a fauna), interferência no curso natural dos rios e nos seus
ciclos (devido ao represamento e controle das águas) e deslocamento de populações.

As linhas de transmissão também produzem impactos ambientais, embora de dimensão


bastante inferior aos das usinas de geração.

Até mesmo as energias solar e eólica causam impacto ambiental: a primeira exige um
processo de mineração poluidor para extracção do minério utilizado na fabricação da
célula fotovoltaica. A segunda causa ruídos elevados nas proximidades dos geradores
eólicos e ambas, além de deslocar a fauna e flora locais, ocupam espaços que poderiam
dar lugar a outras actividades.

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Energia geotérmica

A energia geotérmica corresponde ao calor interno da Terra. Em casos em que esse


calor se manifesta em áreas próximas à superfície, as elevadas temperaturas do subsolo
são utilizadas para a produção de electricidade.

Figura5-usinas

Basicamente, as usinas geotérmicas injectam água no subsolo por meio de ductos


especificamente elaborados para esse fim. Essa água evapora e é conduzida pelos
mesmos tubos até as turbinas, que se movimentam e accionam o gerador de
electricidade. Para o reaproveitamento da água, o vapor é novamente transportado para
áreas em que retorna à sua forma líquida, reiniciando o processo.

O principal problema da energia geotérmica é o seu impacto ambiental através de


eventuais emissões de poluentes, além da poluição química dos solos em alguns casos.
Somam-se a isso os elevados custos de implantação e manutenção.

Impacto

Se não for usado em pequenas zonas onde o calor do interior da Terra vem à superfície
através de géiseres e vulcões, então a perfuração dos solos para a introdução de canos é
dispendiosa.

Os anti-gelificantes usados nas zonas mais frias são poluentes: apesar de terem uma
baixa toxicidade, alguns produzem CFCs e HCFCs.

Este sistema tem um custo inicial elevado, e a barata manutenção da bomba de sucção
de calor (que por estar situada no interior da Terra ou dentro de um edifício não está

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exposta ao mau tempo e a vandalismo), é contrabalançada pelo elevado custo de
manutenção dos canos (onde a água causa corrosão e depósitos minerais).

Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos contém gases dissolvidos, sendo


que estes gases são enviados a usina de geração de energia junto com o vapor de água.
De um jeito ou de outro estes gases acabam indo para a atmosfera. A descarga de vapor
de água e CO2 não são de séria significância na escala apropriada das usinas
geotérmicas.

Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades nocivas do


ácido sulfídrico (H2S) são causas que preocupam. Nos casos onde a concentração de
ácido sulfídrico (H2S) é relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em
concentrações mais altas pode causar sérios problemas de saúde e até a morte por
asfixia.

É igualmente importante que haja tratamento adequado a água vinda do interior da


Terra, que invariavelmente contém minérios prejudiciais a saúde. Não deve ocorrer
simplesmente seu despejo em rios locais, para que isso não prejudique a fauna local.

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Conclusão

O homem vem utilizando suas fontes de energia de maneira irracional, de forma que as
reservas que vem sendo exploradas há décadas estão se esgotando. A sociedade tem que
parar e refletir sobre o uso de formas renováveis de energia, assim como formas menos
poluentes já que a terra vem experimentando um aquecimento global significativo
durante as últimas décadas.

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Referências bibliográficas

Costa, Heitor S. Alerta termelétrico em Pernambuco. Secretaria de Ciência, Tecnologia


e Meio Ambiente. Pernambuco: 25 de julho de 2005. Capturado em julho 2005. Online.
Disponível na Internet: http://www.espacociencia.pe.gov.br/artigos/?artigo=1

EUREC Agency. The future for renewable energy 2. Prospects and directions. London:
James & James, 2002.

Goldemberg, J; Villanueva, L. D. Energia, Meio Ambiente & Desenvolvimento. Edusp.


São Paulo, 2003.

Leite, M. A. Impacto Ambiental das Usinas Hidrelétricas. II Semana do Meio


Ambiente. UNESP. Ilha Solteira, junho 2005

Ottinger, Richard L Environmental costs of electricity / prepared by Pace University


center for environmental legal studies. New York : Oceana Publications, 1991.

Tolmasquim, Maurício T. et al. Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil. Editora


Relume Dumará. Rio de Janeiro, 2004.

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