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A estruturação do parágrafo-padrão
PARAGRAFO
Conclusão
TÓPICO FRASAL
Exemplos:
Disciplina: Comunicaçao e Expressão. Tema: Estruturação do Parágrafo
Professor: Ivan Cupertino Contato: despaisado@yahoo.com
A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja
estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria
ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário
mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salário
mínimo,. Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres,
a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados,
a renda diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000
mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre
o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de
renda em nosso país é injusta.
O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que...
As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e
política de muitos países; no entanto
Um curso universitário pode ser um bom caminho para a realização profissional de uma
pessoa, mas...
Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua própria
existência, porque...
Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência que
existe hoje em várias cidades; outras, porém
Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, porque.
Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, no entanto
Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura,
pois
Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura,
entretanto
O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, porque
O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, embora
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Professor: Ivan Cupertino Contato: despaisado@yahoo.com
DESENVOLVIMENTO
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Quando divide, o autor explora as idéias em cadeia, ou seja, após apresentar a temática no
tópico frasal, divide-a e explana-a em períodos seguintes, sempre de forma a manter a cadeia de
desenvolvimento.
Ao exemplificar, o autor tanto pode esclarecer o assunto proposto quanto comprová-lo.
Exemplo: a imaginação utópica é inerente ao homem, sempre existiu e continuará
existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades
primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do
pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas
sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que “sejamos realistas,
exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)
Exercícios
1. Grife o tópico frasal de cada parágrafo apresentado. Não deixe de observar como o autor o
desenvolve.
Bibliografia:
FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A Redação pelo Parágrafo. 1ª edição. Brasília, Editora UnB, 1995.
DELMANTO, Dileta. Escrevendo Melhor, 8ª série. 1ª edição. São Paulo, Editora Ática, 1995.
TUFANO, Douglas. Estudos de Redação. 4ª edição. São Paulo, Editora Moderna, 1996.
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TIPOS DE PARÁGRAFOS
Parágrafo Descritivo
É aquele que descreve o objeto, ser, coisa, paisagem ou até mesmo um sentimento. Tal
descrição se dá pela apresentação das características predominantes e pelo detalhamento destas.
É, portanto o objeto matéria da descrição.
Uma descrição perfeitamente realizada não se mostra pelas minúcias descritivas do objeto
e sim pela compreensão deste através da imagem reproduzida pela rica imaginação e pela
utilização correta dos recursos de expressão, apresentando traços específicos do objeto da
descrição, sem se preocupar com os supérfluos.
A descrição deve apresentar o ponto de vista do observador, ou seja, o ângulo do qual será
feita a descrição, não só o físico, mas também a atitude da observação.
Quanto ao objeto a ser descrito, deve o autor apresentar o posicionamento físico deste, de
forma a permitir ao leitor a firme criação do cenário em sua mente. Esta apresentação se dá pela
disposição ordenada dos detalhes, o que cria uma cadeia de idéias que será absorvida pelo leitor.
O posicionamento psicológico é outro ponto a ser apresentado. Este direciona a descrição
para caminhos diversos: o do subjetivismo, quando o autor deixa transparecer o seu estado de
espírito, suas preferências e opiniões, assim descrevendo não apenas o que vê, mas o que pensa
ver, usando para tal, expressões carregadas de conotação; a descrição pode ser também
direcionada para o objetivismo, que é a pura descrição, fidelíssima ao que se vê, retratando
exatamente o quadro contemplado, e desta forma, com a pura utilização da linguagem denotativa.
Os personagens devem também ser descritos, e esta, reveste-se de maior complexidade
pois, a simples enumeração de características tornaria o personagem desinteressante. Deve então
o autor, valendo-se dos recursos de linguagem, formar uma representação viva do objeto descrito,
transmitindo além das características físicas, o retrato psicológico do personagem.
A descrição deve abranger também a paisagem ou ambiente, e não como resultado de
mera observação, mas como de um contágio efetivo da natureza ou ambiente sobre o autor, o que
o integra ao quadro e permite maior dinâmica à descrição. Ao descrever paisagem ou ambiente,
cuidados especiais devem ser tomados para que não se valorize em demasia aspectos
secundários, deixando à parte os principais.
Parágrafo Narrativo
O parágrafo narrativo deve transmitir fielmente a intenção da narração. Esta tem como
matéria o fato, ou seja, qualquer acontecimento de que o homem participe direta ou indiretamente.
O relato de um episódio é composto por elementos definidos, a saber: o enredo, os
personagens, a ação, o tempo, o espaço, a causa, a conseqüência, o foco narrativo, o clímax e o
desfecho. Estes podem aparecer em sua totalidade ou parcialmente dentro de um parágrafo
narrativo.
O enredo é o entrelaçamento dos fatos de uma narração. Os personagens são: o
protagonista, aquele que pratica a ação, normalmente o "mocinho" e personagem principal da
história; e o antagonista, aquele que sofre a ação, o opositor do personagem principal. Tem-se
ainda personagens secundários que são os figurantes da narração. O tempo pode ser o
cronológico, tempo mensurável do acontecimento ou o psicológico, imensurável e só conhecido
pelo personagem. O espaço é o local dos acontecimentos. Causa e conseqüência são
respectivamente, o motivo e o resultado da ação narrada. O foco narrativo é o angulo de vista do
narrador, que pode ser de mero observador, narrando os fatos na terceira pessoa ou, de
personagem, quando usará então a primeira pessoa. O clímax e o desfecho são, respectivamente,
o momento de expectativa, de tensão e o fechamento da narração.
É certo que todos os elementos nem sempre estarão contidos em um só parágrafo, sendo
assim presentes em outras unidades da narração, contudo, existe a possibilidade de estes
elementos serem observados num mesmo parágrafo, devido à capacidade do autor e sua perícia
na utilização dos recursos de linguagem a ele disponibilizados. O fato narrado pode ser real, como
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Coesão
Coerência
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Argumentação
CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA:
1. GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em Prosa Moderna : aprender a escrever, aprendendo a pensar.
17. ed. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas,1997.
2. KASPARY, Adalberto José. Redação Oficial: normas e modelos. 14.ed. Porto Alegre. Edita, 1998.
3. SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação para Todos: escrevendo com prática. São Paulo, Iglu, 1995.
No nosso primeiro contato com a redação, podemos achar que é muito fácil mas, na
realidade, surge algo que torna importante o nosso ato de escrever que se mantém na forma de
passar a mensagem ao nosso leitor e a estética do trabalho redacional, que mostra o quanto
estamos interessados em que nosso pensamento seja bem compreensível com lógica e clareza.
Surge então a busca por um trabalho mais limpo e com estética para a estrutura.
Observando os exemplos de redações da dica passada, podemos notar que a estética não é tão
ordenada, por isso a seqüência lógica se perde no meio do caminho e fica sem sentido no que diz
respeito ao desenvolvimento de seus argumentos centrais e finais para uma conclusão mais
segura e estruturada.
Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever sua redação, você
deve visualizar também a sua ESTÉTICA:
Nunca comece uma redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-núcleo que será
a sua idéia geral a ser desenvolvida nos parágrafos que se seguirão;
Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o
que mais tira pontos em uma redação;
Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou separação de
sílabas erroneamente como ca-rro (isto só acontece em espanhol e estamos escrevendo na
língua portuguesa);
Nunca use gírias na redação, pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser
desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a seqüência do que vai ser desenvolvido
além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa;
Nunca esqueça dos pingos nos "is" pois bolinha não vale;
Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias (o que tem de erro de pontuação !);
Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silábica das palavras;
Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;
Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar seus
argumentos;
Verifique sempre a ESTÉTICA: Parágrafo, acentuação, vocabulário, separação silábica e
principalmente a PONTUAÇÃO que é a maior dificuldade de quem escreve e a maioria
acha que é tão fácil pontuar !
Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a
letra no final da redação para ganhar mais espaço ou aumentar para preencher espaço;
A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;
Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e extrínseca;
Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: "... Eu acho... Parece ser...
Acredito mesmo... Quem sabe..." mostra dúvidas em seus argumentos anteriores;
Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . E de
"neologismos incultos" do tipo: "...imexível... inconstitucionalizável...".
http://www.dorothea.com.br/downloads/O_paragrafo.doc
http://www.ibilce.unesp.br/teiadosaber/curso12.htm
http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/teoria/docs/topicofrasal
http://educaterra.terra.com.br/vestibular/dicas/redacao/27abr98.htm
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