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Izabella Andrade Ambrósio

 É o ato médico que visa a acompanhar a exteriorização


do feto (móvel) desde o útero até a vulva (trajeto),
impulsionadas pelas contrações uterinas (motor).
 O obstetra ASSISTE AO PARTO. Qualquer desvio da
normalidade deverá ser prontamente diagnosticado e
tratado pelo profissional assistente.
 Assistência x Condução x Indução
 É caracterizado por contrações eficientes que levarão à
dilatação e ao esvaecimento do colo uterino.
 É um evento fisiológico a partir do qual o feto é
apresentado ao mundo exterior por ação mecânica
uterina.
 O feto não é agente passivo dessas forças, devendo
negociar o sucesso do parto com a pelve, relação entre
variáveis conhecidas como “3P”: poderes (motor
uterino), passageiro (feto) e passagem (pelve).
 AU: Dur. x Freq. (x Int.) (Unidade de Montevidéu)
 AU é maior que 60 UM, ou seja,duas ou três contrações
de 20 a 30 segundos no período de 10 minutos.
 Colo deve apresentar dilatação de 2 a 4 cm e
esvaecimento de 30 a 50%.
 Nas nulíparas, há o apagamento para, posteriormente,
dar-se a dilatação. Nas multíparas, esses dois fenômenos
acontecem simultaneamente.
 A formação da bolsa das águas, a modificação da
posição do colo uterino e o tríplice gradiente
descendente de pressão (TGDP).
 Chama-se TGDP, porque a contração inicia-se em um
corno uterino (marca-passo) e se dirige para o corno
contralateral, posterior e anteriormente, para então
descer até o colo uterino.
 A avaliação do TGDP é a resposta efetiva da contração,
causando a modificação da posição, a dilatação e o
esvaecimento cervical.
 Período de dilatação
 Período expulsivo
 Período de dequitação
 Período de observação
 FASE LATENTE (pródromos)
 Desde o início do período de dilatação até
aproximadamente 3 a 6 cm de dilatação.
 Correspondente a 2/3 do período de dilatação.
 Caracterizado por fenômenos preparatórios para o parto,
como amadurecimento cervical, contrações de baixa
frequência e intensidade, marcador no qual o ritmo de
dilatação é abaixo de 0,6 a 1,0 cm por hora, e ocorre
mínima ou ausente descida da apresentação.
 A transição para o início da fase ativa ocorre quando se
atinge o padrão contrátil e de dilatação cervical que
caracterizam o diagnóstico de trabalho de parto.
 FASE ATIVA:
 Inicia-se com aproximadamente 3 a 6 cm de dilatação e
dura até a dilatação completa do colo uterino.
 Correspondente a 1/3 do período de dilatação.
 Duração média de 6 a 12 horas
 Está dividida em três estágios:
 Aceleração (início do aumento da velocidade de dilatação em
relação ao tempo)
 Dilatação máxima (mais velocidade de dilatação)
 Desaceleração (diminui a velocidade de dilatação em relação
ao tempo).
 Multíparas: 1.5 cm/h – total 6-8 horas
 Nulíparas: 1.0 cm/h – total 10-12 horas
 Movimentação: evitar restrição ao leito
 Líquidos: liberado
 Ingestão de sólidos: limitada, devido ao risco de
aspiração.
 Acesso venoso: rápida intervenção
 A tricotomia e o enteroclisma não mostram benefícios,
não precisam ser recomendados de rotina.
 Vigilância constante (sinais vitais, frequência cardíaca
fetal), devido à possibilidade de complicações surgirem
rapidamente, mesmo em paciente de baixo risco.
 Evolução do trabalho de parto ativo em função do
tempo e suas anormalidades.
 Dilatação/tempo
 Apresentação/tempo
 Linha de alerta e ação
 BCF
 Contrações
 LA, ocitocina e medicamentos
 Indicações: prova de trabalho de parto, necessidade de
avaliação do LA e a instalação de monitorização fetal
interna e oximetria.
 Contraindicações: HIV e suspeita de vasa prévia.
 Complicações potenciais: amniorrexe prolongada (> 6
hs, que constitui fator de risco de infecção puerperal),
prolapso de cordão umbilical e ruptura de vasa prévia,
com consequente hemorragia fetal e óbito.
 Deve ser reservada para pacientes em trabalho de parto
com evolução anormal.
 Nulíparas quando da suspeita de desproporção
cefalopélvica.
 É indispensável que haja contrações uterinas eficazes
em promover a dilatação cervical e, na presença destas,
realiza-se a amniotomia.
 A persistência do polo cefálico acima do plano zero de
De Lee sugere o diagnóstico de desproporção
cefalopélvica.
 Ausculta fetal intermitente: em gestantes de baixo risco
(30/30min), em gestante de alto risco (15/15 min) no
primeiro período do trabalho de parto. No segundo
período, a cada 5 min.
 Monitorização fetal eletrônica (cardiotocografia
intraparto). Pode ser realizada por 2 técnicas: a interna, por
eletrodos fixados no couro cabeludo fetal, e a externa.
 Microanálise do sangue fetal: A hipóxia é o principal
determinante da acidose fetal.
 Oximetria fetal: Reproduz os achados da gasometria fetal,
apresentando, porém, menos desconforto e mais facilidade
técnica.
 Duração aproximada de 30 a 45 minutos.
 Máximo de 120 min nulíparas e 60 min multíparas.
 Os toques vaginais indicarão a evolução do trabalho de
parto no que diz respeito à altura da apresentação e à
rotação interna da apresentação fetal.
 Incentivar os esforços expulsivos da mãe (puxos).
 Auxiliar e orientar a deflexão do polo cefálico, fazendo
a proteção perineal com a manobra de Ritgen.
 Caso haja alguma dificuldade na extração dos ombros,
a paciente deve ser colocada na posição de flexão da
perna e da coxa sobre o abdome (promovendo rotação
da sínfise púbica o sentido anterior e superior,
aumentando a inclinação do estreito superior da pelve
em 10 graus) – manobra de McRoberts – seguida da
aplicação de pressão suprapúbica.
 Indicações de clampagem imediata do cordão: Mãe Rh
negativo, mãe HIV positivo, sofrimento fetal agudo.
 Episiotomia: Alargamento cirúrgico do orifício vaginal
por incisão do períneo. Deve ser individualizada para
cada caso e a técnica deve ser a mais adequada
conforme a anatomia perineal materna. Quando
indicada,deve ser realizada com o polo cefálico no
plano +2 de De Lee.
 Inicia-se com a expulsão completa do recém- nascido e
finda-se com a saída completa da placenta. O tempo
esperado para esse período é de 15 a 30 minutos e não
deve se prolongar, devido à possibilidade de
fechamento do colo uterino.
 Baudeloque-Schultz (75%)
 Baudeloque-Duncan (25%)
 Cavidade uterina: suspeita de retenção de restos
placentários.
 Colo uterino: identificar e suturar lacerações.
 Revisão da mucosa vaginal.
 Revisão perineal: identificar e corrigir lesões
anorretais.
 Laceração de 1 grau: mucosa e pele.
 Laceração de 2 grau: musculatura e fáscia.
 Laceração de 3 grau: esfíncter anal.
 Laceração de 4 grau: mucosa retal.
 Restrição de ingestão de líquidos e sólidos
 Acesso venoso de rotina
 Episiotomia
 Proibir acompanhante em qualquer momento
 Tricotomia
 Posição para expulsão
 Ocitocina de rotina
 Amniotomia
 Tração ou remoção manual da placenta
 Gritar com a paciente
 SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia.
Coopmed. 5ª edição, 2012.
FIM

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