O documento descreve as etapas do parto normal, incluindo a dilatação cervical, expulsão do feto e placenta. Detalha cada fase do trabalho de parto, como a latente e ativa, além dos cuidados necessários para a mãe e feto durante esse processo.
O documento descreve as etapas do parto normal, incluindo a dilatação cervical, expulsão do feto e placenta. Detalha cada fase do trabalho de parto, como a latente e ativa, além dos cuidados necessários para a mãe e feto durante esse processo.
O documento descreve as etapas do parto normal, incluindo a dilatação cervical, expulsão do feto e placenta. Detalha cada fase do trabalho de parto, como a latente e ativa, além dos cuidados necessários para a mãe e feto durante esse processo.
É o ato médico que visa a acompanhar a exteriorização
do feto (móvel) desde o útero até a vulva (trajeto), impulsionadas pelas contrações uterinas (motor). O obstetra ASSISTE AO PARTO. Qualquer desvio da normalidade deverá ser prontamente diagnosticado e tratado pelo profissional assistente. Assistência x Condução x Indução É caracterizado por contrações eficientes que levarão à dilatação e ao esvaecimento do colo uterino. É um evento fisiológico a partir do qual o feto é apresentado ao mundo exterior por ação mecânica uterina. O feto não é agente passivo dessas forças, devendo negociar o sucesso do parto com a pelve, relação entre variáveis conhecidas como “3P”: poderes (motor uterino), passageiro (feto) e passagem (pelve). AU: Dur. x Freq. (x Int.) (Unidade de Montevidéu) AU é maior que 60 UM, ou seja,duas ou três contrações de 20 a 30 segundos no período de 10 minutos. Colo deve apresentar dilatação de 2 a 4 cm e esvaecimento de 30 a 50%. Nas nulíparas, há o apagamento para, posteriormente, dar-se a dilatação. Nas multíparas, esses dois fenômenos acontecem simultaneamente. A formação da bolsa das águas, a modificação da posição do colo uterino e o tríplice gradiente descendente de pressão (TGDP). Chama-se TGDP, porque a contração inicia-se em um corno uterino (marca-passo) e se dirige para o corno contralateral, posterior e anteriormente, para então descer até o colo uterino. A avaliação do TGDP é a resposta efetiva da contração, causando a modificação da posição, a dilatação e o esvaecimento cervical. Período de dilatação Período expulsivo Período de dequitação Período de observação FASE LATENTE (pródromos) Desde o início do período de dilatação até aproximadamente 3 a 6 cm de dilatação. Correspondente a 2/3 do período de dilatação. Caracterizado por fenômenos preparatórios para o parto, como amadurecimento cervical, contrações de baixa frequência e intensidade, marcador no qual o ritmo de dilatação é abaixo de 0,6 a 1,0 cm por hora, e ocorre mínima ou ausente descida da apresentação. A transição para o início da fase ativa ocorre quando se atinge o padrão contrátil e de dilatação cervical que caracterizam o diagnóstico de trabalho de parto. FASE ATIVA: Inicia-se com aproximadamente 3 a 6 cm de dilatação e dura até a dilatação completa do colo uterino. Correspondente a 1/3 do período de dilatação. Duração média de 6 a 12 horas Está dividida em três estágios: Aceleração (início do aumento da velocidade de dilatação em relação ao tempo) Dilatação máxima (mais velocidade de dilatação) Desaceleração (diminui a velocidade de dilatação em relação ao tempo). Multíparas: 1.5 cm/h – total 6-8 horas Nulíparas: 1.0 cm/h – total 10-12 horas Movimentação: evitar restrição ao leito Líquidos: liberado Ingestão de sólidos: limitada, devido ao risco de aspiração. Acesso venoso: rápida intervenção A tricotomia e o enteroclisma não mostram benefícios, não precisam ser recomendados de rotina. Vigilância constante (sinais vitais, frequência cardíaca fetal), devido à possibilidade de complicações surgirem rapidamente, mesmo em paciente de baixo risco. Evolução do trabalho de parto ativo em função do tempo e suas anormalidades. Dilatação/tempo Apresentação/tempo Linha de alerta e ação BCF Contrações LA, ocitocina e medicamentos Indicações: prova de trabalho de parto, necessidade de avaliação do LA e a instalação de monitorização fetal interna e oximetria. Contraindicações: HIV e suspeita de vasa prévia. Complicações potenciais: amniorrexe prolongada (> 6 hs, que constitui fator de risco de infecção puerperal), prolapso de cordão umbilical e ruptura de vasa prévia, com consequente hemorragia fetal e óbito. Deve ser reservada para pacientes em trabalho de parto com evolução anormal. Nulíparas quando da suspeita de desproporção cefalopélvica. É indispensável que haja contrações uterinas eficazes em promover a dilatação cervical e, na presença destas, realiza-se a amniotomia. A persistência do polo cefálico acima do plano zero de De Lee sugere o diagnóstico de desproporção cefalopélvica. Ausculta fetal intermitente: em gestantes de baixo risco (30/30min), em gestante de alto risco (15/15 min) no primeiro período do trabalho de parto. No segundo período, a cada 5 min. Monitorização fetal eletrônica (cardiotocografia intraparto). Pode ser realizada por 2 técnicas: a interna, por eletrodos fixados no couro cabeludo fetal, e a externa. Microanálise do sangue fetal: A hipóxia é o principal determinante da acidose fetal. Oximetria fetal: Reproduz os achados da gasometria fetal, apresentando, porém, menos desconforto e mais facilidade técnica. Duração aproximada de 30 a 45 minutos. Máximo de 120 min nulíparas e 60 min multíparas. Os toques vaginais indicarão a evolução do trabalho de parto no que diz respeito à altura da apresentação e à rotação interna da apresentação fetal. Incentivar os esforços expulsivos da mãe (puxos). Auxiliar e orientar a deflexão do polo cefálico, fazendo a proteção perineal com a manobra de Ritgen. Caso haja alguma dificuldade na extração dos ombros, a paciente deve ser colocada na posição de flexão da perna e da coxa sobre o abdome (promovendo rotação da sínfise púbica o sentido anterior e superior, aumentando a inclinação do estreito superior da pelve em 10 graus) – manobra de McRoberts – seguida da aplicação de pressão suprapúbica. Indicações de clampagem imediata do cordão: Mãe Rh negativo, mãe HIV positivo, sofrimento fetal agudo. Episiotomia: Alargamento cirúrgico do orifício vaginal por incisão do períneo. Deve ser individualizada para cada caso e a técnica deve ser a mais adequada conforme a anatomia perineal materna. Quando indicada,deve ser realizada com o polo cefálico no plano +2 de De Lee. Inicia-se com a expulsão completa do recém- nascido e finda-se com a saída completa da placenta. O tempo esperado para esse período é de 15 a 30 minutos e não deve se prolongar, devido à possibilidade de fechamento do colo uterino. Baudeloque-Schultz (75%) Baudeloque-Duncan (25%) Cavidade uterina: suspeita de retenção de restos placentários. Colo uterino: identificar e suturar lacerações. Revisão da mucosa vaginal. Revisão perineal: identificar e corrigir lesões anorretais. Laceração de 1 grau: mucosa e pele. Laceração de 2 grau: musculatura e fáscia. Laceração de 3 grau: esfíncter anal. Laceração de 4 grau: mucosa retal. Restrição de ingestão de líquidos e sólidos Acesso venoso de rotina Episiotomia Proibir acompanhante em qualquer momento Tricotomia Posição para expulsão Ocitocina de rotina Amniotomia Tração ou remoção manual da placenta Gritar com a paciente SOGIMIG. Manual de Ginecologia e Obstetrícia. Coopmed. 5ª edição, 2012. FIM