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SOLDADO PMMG
PROFESSOR: DANIEL BUCHMÜLLER
Esta lei prevê, em regra, crimes de perigo abstrato, objetivando tutelar o bem
jurídico contra agressões ainda em seu estado embrionário, situação em que se
presume o perigo, não precisando demonstrar, no caso concreto, a existência real de
perigo.
É a arma cuja utilização é permitida a pessoas físicas em geral, bem como a pessoas
jurídicas, de acordo com a legislação normativa do Exército (art. 3º, XVII, do
Decreto n. 3.665/2000). São aqueles itens de pequeno poder ofensivo, aptos à defesa
pessoal e do patrimônio, definidos no art. 17 do Decreto n. 3.665/2000. Ex:
Revólver calibre .32, .38 e pistola calibre .22 e .380.
É a arma que só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por algumas instituições
de segurança e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas (art. 3º, XXVII, do Decreto
n. 3.665, de 20-11-2000, que deu nova redação ao Regulamento para a Fiscalização
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LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE
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Trata-se da arma que não pode ser utilizada em hipótese alguma, ou seja, aquela cuja
posse ou porte não podem ser autorizados nem mesmo pelas Forças Armadas.
Canhão e tanque.
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de
sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Obs: Caminhão e táxi não são considerados residência e nem local de trabalho.
Assim, o transporte de arma de fogo de uso permitido em caminhão ou táxi é
considerado o crime de PORTE DE ARMA DE FOGO – ART. 14.
Obs: Aquele que mantém arma na empresa, se não for o titular ou responsável legal
do estabelecimento, a conduta se amolda ao crime de porte ilegal de arma de fogo.
Simulacro de Arma
OMISSÃO DE CAUTELA
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo
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que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade. Pena – detenção, de 1 (um)
a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 242, ECA: “Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer
forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo: Pena – reclusão, de
três a seis anos.”
Art. 13, Parágrafo único: Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor
responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de
registrar ocorrência policial (1) e de comunicar à Polícia Federal (2) perda, furto,
roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que
estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o
fato.
Obs: Trata-se de crime próprio, visto que exige uma qualidade especial do agente
em ser proprietário ou diretor de empresa.
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Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar.
Obs: O parágrafo único diz que o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido é inafiançável, porém, este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo
plenário do Supremo Tribunal Federal, que, no julgamento da ADIn 3.112-1, em 2
de maio de 2007.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha
como finalidade a prática de outro crime:
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Obs: O crime de disparo de arma de fogo absorve os crimes de porte e posse de arma
de fogo de uso permitido, mas não absorve o crime de porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito.
Obs: O disparo de arma de fogo em local ermo (desabitado) é atípico, por ausência
de previsão legal. Ademais, o disparo culposo – acidental – afigura-se também como
fato atípico.
1 - O art. 132 traz o perigo a uma pessoa determinada, já no art. 15 da lei 10826/03 o
perigo é gerado a um número indeterminado de pessoas.
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter
sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
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Obs: Esse inciso V deve ser praticado de forma dolosa, pois caso seja uma conduta
culposa teremos o crime de OMISSÃO DE CAUTELA.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts.
6º, 7º e 8º desta Lei.
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Segundo STF e 5ª Turma do STJ, é crime, pois estamos diante de crime de perigo
abstrato, situação em que a probabilidade de dano é presumida pelo tipo penal.
Contudo, a 6ª Turma do STJ entende que para que se possa caracterizar o crime de
porte de arma há necessidade de o instrumento estar municiado, pois o tipo penal
exige a sua eficácia para produzir o dano ao bem jurídico tutelado.
As armas obsoletas, por ausência de potencial ofensivo, não são consideradas arma
de fogo para efeito de responsabilidade penal por este delito. Trata-se de hipótese de
crime impossível. Assim, é imprescindível o exame pericial da arma de fogo,
acessório ou munição, para definir se é de uso permitido ou proibido, ou se obsoleta.
Segundo entendimento atual STJ e STF, não é necessário que haja munição com
arma, pois o porte de munição, em si, se caracteriza como crime de perigo abstrato.
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Ex. Pessoa que porta arma sem autorização porque fora ameaçada pelo vizinho.
Nesse caso, não podemos falar em legitima defesa, visto que o instituto exige uma
injusta agressão atual ou iminente e, no caso, não há nenhum dos dois requisitos.
Arma desmontada:
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Não há crime único, podendo haver concurso material, quando, no mesmo contexto
fático, o agente incide nas condutas dos arts. 14 (porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido) e 16 (posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito) da Lei n.
10.826/2003.
Sim. Ex. infrator adquire uma arma raspada sabendo que é furtada (receptação);
passa a portar essa arma (art. 16, §ú., IV). Responde pelos dois crimes em concurso
material, porque os crimes têm objetividades jurídicas distintas e momentos
consumativos diferentes.
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