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Personalidades:

Um Ícone (Combatendo a discriminação racial) na


África do Sul e no Mundo
Ele é a figura principal do combate ao apartheid, política de
segregração racial que ocorreu entre 1948 a 1994 na África do Sul. É um
ícone internacional contra o preconceito e descriminação. Agora, marca a
história como o primeiro presidente democraticamente eleito de seu país.

Histórico
Tendo nascido no interior, em uma família da nobreza tribal, seu
destino poderia ter sido completamente diferente. Porém, o seu desejo de
se tornar advogado o levou aos 23 anos para a capital, Joanesburgo, para
terminar seus estudos de Direito.
Jovem e comprometido em defender os direitos humanos, lutando
contra o apartheid, juntou-se ao Congresso Nacional Africano em 1942 e foi
um dos fundadores da Liga Jovem do CNA. Participou da divulgação da
importantíssima Carta da Liberdade, que mostrou a revolta da população
negra quanto a segregação.

Realizando viagens para o exterior, incentivando greves e planejando


campanhas de sabotagem contra o governo de seu país, acabou sendo
preso em Agosto de 1962. Já preso e setenciado, em 1964, ele então é
condenado à prisão perpétua. Foram 27 anos de isolamento do mundo
exterior na Ilha Robben, e posteriormente, nas prisões Pollsmoor e Victor
Verster. E se tornando o preso mais famoso do mundo, "Libertem
Mandela!" era o lema presente nas campanhas antiapartheid em diversos
países.
Sua libertação ocorreu somente há 4 anos, no dia 11 de fevereiro de
1990, pelo novo presidente da época, Frederick W. Klerk. Era o começo da
mudança naquele país, com seus anos tão sofridos de descriminação racial.
Eleito em 1991 como presidente do CNA, empenhou-se a conduzir a
transformação do país. E em 1992 uma grande conquista é feita: o fim total
das leis segregacionistas.
Então chegamos à esse ano, na eleições diretas, e pela primeira vez,
multirraciais na África do Sul. É o início de um sistema de democracia plena.
É um divisor de águas na história. Foram filas e filas quilométricas de
pessoas mobilizadas a fazerem a diferença. E com 62% de votos, Nelson
Mandela é eleito como presidente, em um momento tocante e
inesquecível.

E nos deixa um enorme exemplo de como é preciso lutar, de forma


pacífica, para que se estabeleça a igualdade e a justiça. Sua persistência e
resistência serão sempre um símbolo de humanidade. Uma sociedade só
pode ser justa se todos tiverem os mesmos direitos. E é esse caminho de
justiça e liberdade que a África do Sul agora adentra, rumo à plenitude, com
os planos do mais novo presidente.

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