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CÓDIGO PENAL

Art. 1ª

1ª corrente => Princípio de Legalidade ou Reserva legal (sinônimos)

2ª Corrente => Princ. da Reserva Legal (Toma a expressão “lei” no sentido restrito) obs o princ
da legalidade toma a expressão “lei” no sentido amplo – contrariando o espírito do art. 1º do CP;

3ª corrente =. Adotou o princ da legalidade, que nada mais é reserva legal + anterioridade.
(prevalece)

 “SEM LEI) =. Reserva legal


 “ANTERIOR” Anterioridade

O Principio de legalidade esta previsto

 Art. 1 do CP
 Art 5º XXXIx CF/88
 Art. 9º da Conv americana de direito Humanos.
 Art 22 do Estatuto de Roma - que criou o TPI – Tribunal Penal Internacional.

O principio da legalidade constitui uma real limitação no Poder Estatal de interferir na esfera de
liberdade individual.

 FUNDAMENTOS

Fundamento Político = Exigência de vinculação do executivo e do Judiciário à leis formuladas de


formas abstrata. -> Impede o poder punitivo como base no livre arbítrio.

Fundamento democrático = Respeito ao princípio da divisão de poderes. O parlamento deve ser


responsável pela criação de crimes.

Fundamento Jurídico = Uma lei previa e clara produz importantes efeito intimidativo.

O principio da legalidade não resume em dizer

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI RESTRITA” (Lei ordinária ou lei Complementar)

Perg: Medida provisória pode criar crime e cominar pena?

Resp. Não, pois medida provisória não é lei, mas é ato do poder executivo com força normativa.
O mesmo raciocínio é aplicado para resoluções dos Tribunais Superiores ou CNJ ou CNMP, atos
forças normativas.

Perg: Existe medida provisória em matéria de direito penal não incriminador?

Resp.

1ª Corrente: A cf/88 proibi medidas provisória de versar sobre direito penal, incriminador ou não
– Vide art 62 §1, I, b CF/88

2ª A Cf/88 art 62 §1, I, b proibi matéria de direito de matéria penal incriminador, admitindo
medida provisória não incriminadora. Ex. medida provisória extintiva da punibilidade.

O STF, no RE254.818PR discutindo os efeitos benéficos trazido pelo MP 1.571/97 q permitiu


parcelamento de débitos tributários e previdenciários com efeitos extintivos da punibilidade,
proclamou a sua admissibilidade em favor do réu.

Em 2003 o STF aplicou o mesmo raciocínio com a medida provisória que impedia atipicidade do
art. 12 do Estatuto do desarmamento.

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR”


Princípio da anterioridade proibi a retroatividade maléfica. É possível a retroatividade benéfica.

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI ESCRITA”

Proibi o costume incriminador . Obs é possível o costume interpretativo, que serve para auxiliar
na interpretação. Ex. Art. 155 §1 do CP – o costume da localidade dirá se foi ou não praticado
durante o repouso noturno – costume norteará o interprete – repouso da cidade e diferente do
repouso do campo.

Perg. É possível costume abolicionista?

Jogo do Bicho – jogo do azar - alguns disse que foi revogado pelo costume já que o estado
pratica – mega sena, lotofacil.

1ª Corrente – é possível o costume abolicionista – Conclusão, jogo de bicho deixou de ser


contravenção penal;

2ª Corrente – não existe costume abolicionista, mas em razão do costume o juiz deixa de aplicar
a lei, devendo o legislador revoga-la; Conclusão – apesar de continuar contravenção penal o juiz
deixa de aplicar as conseqüências penais para o jogo do bicho

3ª Corrente – não existe costume abolicionista, devendo o juiz aplicar a lei enquanto não
revogado por outra lei – Conclusão, jogo é contravenção penal e será punido enquanto não
revogado por outra lei. – prevalece esta corrente.

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI ESTRITA

Proibi a analogia “incriminadora”; maléfica; in Malan part / Analogia benéfica é permitida in


bonan part

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI CERTA”


Proibi tipos penais sem clareza... Ambíguos. Daqui extraímos o principio da Taxatividade
Vide 7170/83 – art. 20 – ato de terrorismo – o que significa? Logo fere o principio da
taxatividade o principio da legalidade ;

 “NÃO HÁ CRIME SEM LEI NECESSÁRIA”


Máxima interligada umbilicalmente ao princípio da Intervenção Mínima.

 ESPÉCIE DE LEI PENAL.


1. Lei Completa: Dispensa complemento normativo ou valorativo.
a. Normativo= dado por outra norma
b. Valorativo=dado pelo Juiz.
Ex: art. 121 CP

2. Lei Penal Incompleta: depende de complemento normativo ou valorativo.


a. Se depende de complemento Normativo é chamado de “Norma penal em Branco”;
a.1 Norma penal em branco em sentido estrito ou heterogênea ou própria.
- O complemento normativo não emana do legislador. Ex. Trafico de Drogas –
Tenho a lei 11.343/06 que depende de complemento. O que são drogas? Este
complemento é uma portaria expedida do Ministério da Saúde.

a.2 Norma Penal em Branco em sentido amplo ou homogênea ou imprópria.


Aqui o complemento emana da mesma instância legislativa. “Lei
complementada por outra lei”.
a.2.1 Normas Penal em Branco em sentido amplo Homologa ou
Homovitelina – o complemento emana do mesmo documento
legislativo, ou seja, lei complementada por lei – ambas no mesmo
documento. Ex: Art 312 do CP tem expressão “funcionário Público”
vide 327 do CP .

a.2.1 Normas Penal em branco em sentido amplo heteróloga ou


Heterovitelina – O complemento encontra-se em documento legislativo
diversos – Lei complementada por outra lei – doc1 e doc 2 – Ex. Art 236
do CP – onde estão os impedimentos do casamento ? Estão no Código
Civil

b. --------------//--------//---------- de “Tipo aberto” depende de complemento valorativo,


dado pelo juiz. Ex. Crimes culposos.

Perg. O que Norma Penal em Branco ao revés ou invertida?

Resp. Nesse caso o complemento normativo diz respeito à sanção, não ao conteúdo proibido.

NPB – preceito primário incompleto (sanção penal definida) ------------------Complemento é


exatamente do preceito primário.

NPB ao revés o preceito primário é completo, mas a sanção penal incompleto

Ex. 2889/56 Lei do genocídio – a sanção penal é complementada.

OBS: Nessa espécie de NPB só pode ser outra lei, não pode ser um portaria.

Perg. A norma Penal em Branco em sentido estrito fere o principio da legalidade? Ex Lei
11343/06 – art. 33 punimos o trafico de droga que complementado por uma portaria do
executivo.

Resp.

1º Corrente – pois o executivo que está dando ultima palavra e não o legislador, motivo pelo
qual fere o principio da legalidade; - Ofende o principio da reserva legal, visto que seu conteúdo ,
poderá ser modificado sem que haja uma discussão amadurecida da sociedade ao seu respeito –
Defensor Rogério Grecco; - entendimento ilhado.

2º Corrente - legislador já disse quem é o sujeito ativo o sujeito passivo a conduta criminosa e
objeto material , apenas um dado acessório secundário que é transferido para executivo pelo
próprio legislativo. – Na NPB em sentido estrito há um tipo incriminador que traduz os requisitos
básicos do delito, o que a autoridade administrativa pode fazer é explicitar um dos requisitos
típicos dado pelo legislador. Prevalece

 LEI VIGENTE E LEI VÁLIDA.

Nem toda lei que está vigente é valida.

Lei Vigente – Obediência aos tramites e procedimentos legislativos – devido processo –


legalidade formal, não se confundindo com a lei valida.

Lei Válida – o conteúdo da lei respeita proibições garantias e direitos fundamentais. Respeita
uma legalidade material.

Ex – Lei Regime integral fechado – Lei Vigente e não válida, pois desrespeita garantias e direitos
fundamentais ex de lei vigente mas, invalida.

Ex². Foro por prerrogativa de função para ex autoridade.

TÉRMINO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – ART 1º DO CP.

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EFICACIA DA LEI PENAL NO TEMPO.

Perg.: Quando um crime se considera praticado? 3 teorias.

1ª- TEORIA DA ATIVIDADE - O crime considera praticado no momento da conduta. O Brasil


adotou esta teoria – art 4º do CP
2ª TEORIA DO RESULTADO – O crime considera praticado no momento do evento ou efeito.

3ª TEORIA MISTA OU DA UMBIQUIDADE – O crime considera-se praticado no momento da


conduta ou resultado.

É no momento da conduta que considera a imputabilidade ou inimputabilidade do agente. É no


momento da disparo que se analisará se é imputável ou inimputável e não na hora da morte. Se
no momento o autor da conduta tinha 17 e morte da vítima sobreveio no momento que já havia
completado os 18. Será um ato infracional – será um adolescente infrator .

 SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NO TEMPO.

Como decorrência do principio da legalidade, aplica-se, em regra, a lei penal vigente ao tempo
da realização do fato (tempus reget actum) ou seja, as leis penais regram os fatos praticados a
partir do momento em que passam ser leis penais vigentes.

TEMPO REALIZAÇÃO DO FATO LEI POSTERIOR


1º O fato não era crime Cria crime (incriminador)
=========== Irretroativa (art. 1º CP)
2º O fato era crime Torna crime hediondo
=========== Irretroativa (art. 1º CP)
3º O fato era crime Aboliu o crime
========== Retroativa (art. 2ª CP)
4º O fato era crime hediondo Deixou de ser crime hediondo
========== retroativa (art. 2 § único
CP)
A 3ª e 4 ª situação acima não se resolve mais com o art. 1ª do CP – e sim no art. 2º do CP que é
Lei “Abolitio criminis” – Lei Abolicionista (supressão da figura criminosa - causa extintiva da
punibilidade (art. 107, III CP) – cessando em virtude dela à execução – extingue a punibilidade a
qualquer tempo a lei abolicionista, não respeitando a coisa julgada.

“cessando os efeitos penais da sentença condenatória” – os efeitos extras penais permanecem –


podendo ser executada no civil.

“ Art 2º §único do CP” Lex mitior – lei posterior que de qualquer modo favorece o agente – não
deve respeito a coisa julgado, podendo retroagir.

Perg. Pode uma lei posterior mais benéfica retroagir ainda na “vacacio legis”?

TEMPO DO FATO LEI POSTERIOR (AINDA NA VACATIO LEGIS)


Crime Diminui a pena
=========== (não retroage)

1C. A vacatio legis tem como finalidade principal a necessidade de que a lei promulgada se torna
conhecida, não faz sentido que aqueles que já se inteiraram do teor da lei nova, fica impedido
de prestar-lhe obediência desde logo, quanto aos seus preceitos mais brandos. É possível
retroatividade benéfica na vacatio legis.

2ªC A lei na vacatio legis não tem eficácia jurídica e nem eficácia social. Esta proibida a
retroatividade na vacatio Legis ainda que benéfica – PREVALECE.

Perg. Depois do transito em julgado quem aplica a lei posterior mais benéfica?

Resp. Prova objetiva – Sumula 611 do STF.

Resp. Prova Dissertativa – Depende do tipo de lei mais benéfica – Se a lei posterior mais
benéfica é de aplicação meramente matemática (ex: causa de diminuição de pena em razão da
idade do agente) é o juiz da execução. Se, no entanto, conduzir a juízo de valor (causa de
diminuição em razão do pequeno valor do prejuízo) deve ser ofertada a “revisão criminal” –
Tribunal que valora.
 SUCESSÃO DE LEIS PENAIS NOS CRIMES CONTINUADOS;
 COMBINAÇÃO DE LEIS PENAIS;
 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE NORMATIVO TÍPICA;
 LEIS TEMPORARIA E LEIS EXCEPECIONAIS

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