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A CRÓNICA DOS BONS MALANDROS

 Autor: Mário Zambujal


 Personagens: Pedro (Justiceiro), Flávio (Doutor), Arnaldo (Figurante), Adelaide
(Magrinha), Silvino, Renato (Pacífico) e Marlene, Lucien Obelix (gaulês)
 Quadrilha: recusavam o uso de armas
Chefe: Renato, o Pacífico
Objetivo: preparar um assalto que "iria espantar o mundo" - roubo de uma
coleção de 22 joias de René Lalique da Fundação Calouste Gulbenkian.
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 Pedro: rapazinho de aldeia, ignorante da História Pátria, mas reconhecido lutador
contra a "ditadura da Couve Lombarda" (a professora). Conhecido como "o justiceiro"
no submundo do crime, a alcunha deve-se ao facto de ter respondido que D. Pedro
mandou plantar o pinhal de Leiria, quando a professora D. Glória lhe perguntou o que
fizera este que justificasse o cognome de "justiceiro". Esta resposta provocou um
conflito entre ambos, que resultou na sua expulsão da escola, pois Pedro pegou num
retrato do Presidente da República e enfiou-o, com moldura, vidro e tudo, pela cabeça
de Dona Glória. Pedro fugiu de casa e dirigiu-se a Santarém, desembarcando em Vila
Franca de Xira a meio da tarde de uma quarta-feira de Março (10 anos) e ficou a
trabalhar para o Sr Florêncio (ex amigo do pai de Pedro; o pai de Pedro dera-lhe com
uma garrafa de anis escarchado na cabeça) em troca de comida e alojamento (durante
4 anos). De seguida, foi preso durante 14 meses, por se ter juntado a um velho e ter
aprendido a “arte” de roubar. Depois de ter saído da prisão, conheceu Renato, no Bar
do Japonês, e tornou-se membro da sua quadrilha.

 Flávio: conhecido com o “Doutor”; começou a tirar o curso de Direito, quando se


apaixonou por uma Zinita, começou a ir lá a casa, quando numa noite, foi encontrado
pelos Pais da rapariga, na cama dela. Acabou casado e 9 meses depois com um filho
nos braços. Começou a trabalhar numa empresa de Advogados até ao dia que foi
acusado de desfalque. A mulher separou-se e ficou com a custódia da filha. Quando
saiu da Prisão, encontrou-se com Renato, colega de cela, no Bar Japonês.

 Arnaldo Figurante: Abandonou a carreira de boxeur aos dezoito anos incompletos,


devido à morte de um rival com quem simpatizou- Rafael da Madragoa; o cinema
chegou como a segunda oportunidade de se salvar dos sombrios caminhos que vinha
trilhando; a alcunha resulta da sua participação como figurante numa produção
cinematográfica franco-portuguesa a rodar em Portugal. Sem emprego, vivia dos
trezentos escudos pagos por cada filmagem. Tendo sido preso por envolvimento numa
confusão coma polícia, identifica-se como tendo a profissão de figurante, quando
interpelado sobre o assunto. Acabou por ser aceite na quadrilha de Renato.

 Adelaide: Esta personagem é apresentada aquando da sua prisão (juntamente com


Lina) decorrente da sua profissão de prostituta. Num momento posterior, Adelaide
confessa a Lina a prisão do seu companheiro Carlos, que conhecera num baile de
bairro e por quem se apaixonou. Diz-lhe que iria falar com os amigos de Carlos e acaba
por bater à porta de Marlene e Renato.

 Silvino: Silvino tinha vocação para o roubo desde criança (o seu primeiro roubo foi a
chupeta do irmão gémeo). O seu padrinho Alonso Gutierrez desconfiou que Silvino
pudesse ter uma doença- cleptomania, mas não lhe foram diagnosticados sintomas,
então internou-o num colégio interno em Lisboa; mais tarde, acabou por falar com
Renato no Bar do Japonês e este convidou-o a entrar na sua quadrilha, perante votos
(Pedro e Flávio votaram contra; Adelaide absteve-se; Marlene, Renato e Arnaldo
Figurante manifestaram-se a favor).

 Renato: chefe do bando; bom amigo, mas juiz sem dó em assuntos de serviço; apenas
partia para a violência quando algum membro da quadrilha se metia em sarilhos
particulares; não gostava de violências; apaziguador (daí o apelido Valium 10);
chamavam-lhe Pacífico porque odiava qualquer tipo de armas.

 Marlene: filha de uma família de acrobatas; nome verdadeiro: Maria Luísa; mudou o
nome para Marlene porque o pai insistia que esse nome tinha mais estilo e atraía mais
gente para os ir ver; pais: Alfredo e Zulmira; o nome do espetáculo passou de “Fred e
Zaira, os Voadores Loucos”” para “ A Família do Espaço”

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 Relação Título Livro: Este título deve-se ao facto de o livro relatar as histórias
engraçadas de um grupo de ladrões que vão fazendo os seus simples assaltos até
serem contratados para fazer parte de um maior.
 Momento Icónico: Quando Adelaide e Lina se apresentam como sendo prostitutas,
usando um vocabulário cómico. O carácter não está presente apenas na linguagem,
mas também na situação ocorrente, por exemplo, quando o subchefe as censura e
lhes pergunta “Então isso diz-se assim?” e a mulher mais velha corrige, não a palavra,
mas acrescenta “senhor subchefe”.
 Como se conheceram Marlene e Renato? Marlene vinha a comer o seu chocolate
(desculpa que os pais lhe davam para poderem ficar sozinhos na roulotte), quando
ouviu um grito. Marlene correu e furou a multidão, reparando que havia muitos
homens esfaqueados e um rapaz que soluçava, Renato. Marlene puxou-o para fora do
círculo, limpou-lhe as lágrimas e obrigou-o a comer do seu chocolate. No entanto,
Renato teve de ir viver para casa da avó, abandonando o circo. Só voltaram a
encontrar-se, passados alguns anos, quando Renato resolveu procurar a acrobata e
regressou ao circo. Entretanto, acabaram por fugir os dois, numa noite em que o
diretor do circo jurara que arranjaria a Marlene um parceiro.

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 Desfecho:
 Adelaide fugiu com Carlos, para tentarem começar do zero
 Organizaram o assalto, recorrendo a um enorme enxame de abelhas como
objetivo de confundir e desviar a atenção das pessoas
 Traição de Silvino que fugiu com as jóias
 Reencontro com Silvino, vestido de polícia, com um saco de plástico debaixo
do braço
 Silvino foge e o resto da quadrilha corre atrás dele, obrigando Renato a usar
armas pela primeira vez
 Renato dispara contra o traseiro de Silvino, que acaba nos braços de dois
polícias de verdade que, para o protegerem, disparam contra o peito de
Renato
 Marlene morre de ataque cardíaco, junta ao amado

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