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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Cível da Comarca de Araucária – Pr.

CONDOMÍNIO CONJUNTO RESIDENCIAL SERRA DOURADA, já devidamente qualificado


na inicial, nos autos de n.º 575/2000 de AÇÃO DE COBRANÇA PELO RITO SUMARIO, que
move perante esse respeitável Juízo contra MOACIR GONÇALVES DO CARMO e VILMA
APARECIDA PRUDENTE DO CARMO, pôr intermédio de seus procuradores judiciais infra
assinados, vem muito respeitosamente perante V.Exa. oferecer IMPUGNAÇÃO À
CONTESTAÇÃO, pêlos seguintes fatos e fundamentos:

O Condomínio - autor ingressou com a presente Ação de Cobrança pleiteando o recebimento de


taxas de condomínio em atraso, dos meses de fevereiro de 1999 até julho de 2000, mais as
vincendas.

Os requeridos regularmente citados contestaram alegando em síntese:

- Os requeridos discordam dos valores pleiteados;

- Juntaram documentos fls. 58/64;

- No mérito requerem, a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a ouvida do


representante legal do condomínio, bem como a elaboração de novo cálculo pelo contador judicial;

- Finalmente, requerem a improcedência da ação tendo em vista a exorbitância de juros e correção.

Em que pese o esforço dos contestantes, nenhuma de suas alegações podem prosperar.

Os valores pleiteados na inicial, são legítimos, pois os requeridos não contribuíram no rateio mensal,
para pagamento das despesas condominiais.

A Convenção do Condomínio em seu artigo 34, fls. 23 dos autos, diz:


“O condômino em atraso com o pagamento da respectiva contribuição, pagará uma multa na
ordem de 10% (dez por cento), acrescido de juros de mora, contados a partir da data de
vencimento do respectivo prazo, independente de interpelação, até uma mora de 30 (trinta)
dias. Findo este prezo, poderá o síndico cobrar-lhe o débito judicialmente, hipótese em que,
além dos juros moratórios, ficaria sujeito ao pagamento dos honorários advocatícios e a
correção monetária de seu débito, segundo os índices oficiais”.

As alegações dos requeridos são meramente protelatórias,

O cálculo elaborado pelo Condomínio – autor utiliza os índices oficiais, ou seja, multa, correção
monetária, juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, custas e honorários

Os contestantes alegam que passam por dificuldades financeiras, tal alegação não retira a
responsabilidade pelo pagamento das taxas de condomínio do imóvel de sua propriedade.

O documento de fls. 19 dos autos, demostra que os requeridos - contestantes são os proprietários
do imóvel objeto da presente ação, a doutrina e jurisprudência são unânimes nesse sentido se não
vejamos:

“DESPESAS DE CONDOMÍNIO. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO.


CONDÔMINO COM TÍTULO INSCRITO NO REGISTRO DE IMÓVEIS. “A
responsabilidade das despesas de condomínio é daquele em nome de quem se encontra
registrado o imóvel. A obrigação perante o condomínio é do condômino, isto é, aquele que
ostenta a condição de proprietário da unidade e contra ele deve ser dirigida a cobrança de
cotas em atraso. E, proprietário, é aquele que tem o título de propriedade em seu nome”. (Ac.
da 4ª Câmara Cível do TARJ, Votação unânime, Rel. Juiz Murilo Fábregas, In. ADV, n.º 14,
p. 220, ementa 27082).”

Então, é indiscutível que os requeridos são os proprietários do imóvel, e como tal tem a obrigação
legal de efetuar o pagamento das taxas de condomínio reclamadas na presente ação.

Os contestantes juntaram, taxas condominiais de seu vizinho, tentando demonstrar, a diferença de


valores, o Condomínio – autor esclarece, que cada unidade autônoma tem valor diferente, pois o
rateio não é igual para todos os condôminos.

No mérito requerem que os cálculos devem ser elaborados pelo contador judicial, com o que o
condomínio – autor não se opõe, mas no presente caso, é somente para retardar o deslinde da
questão.

Os recibos juntados aos autos pelos contestantes não servem como parâmetro, pois são de outro
imóvel.

Quanto as provas requeridas pelos contestantes, é mais uma tentativa de protelar o feito, pois a
matéria é somente de direito, e os documentos acostados na inicial são provas suficientes para
solução da lide.
POSTO ISTO, requer a V.Exa., que se digne a julgar procedente a presente ação, para
condenar o requerido ao pagamento do principal acrescido de correção monetária desde o
vencimento, juros de mora de 1% ao mês, custas e honorários advocatícios.

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Curitiba 25 de outubro de 2000.

Luiz Fernando de Queiroz


Advogado

Manoel Alexandre S. Ribas


Advogado

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