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Gestão da Qualidade
Melhoria
de
Processos
Gestão da Qualidade
Melhoria de Processos
EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
Gestão pela Qualidade Total - GQT
Conceito da Qualidade
Qualidade é o resultado de um processo, cujas características são incorporadas
pelo produto ou pelo serviço, em conformidade às especificações, e que procura
atender e mesmo superar a expectativa do cliente com relação a adequação ao
uso, durabilidade, preço e segurança, trazendo a satisfação não só a quem compra o
produto ou o serviço, mas também a quem o fabrica ou produz, apresenta ou
distribui.
Outros conceitos:
1. Atendimento aos requisitos do cliente.
2. Satisfação do cliente e melhoria contínua.
3. Grau no qual um conjunto de características satisfaz a requisitos.
4. Adequação ao uso.
Um Conceito da GQT
Uma abordagem sistemática de melhoria da produtividade, usando métodos
objetivos e todo o pessoal da empresa na melhoria permanente da qualidade de
todos os seus produtos e serviços.
Objetivo da GQT
Melhoria progressiva dos produtos, serviços e desempenho da empresa, em todos os
setores, acompanhada de gradativa redução de custos, eliminação de desperdícios,
diminuição dos prazos de projeto, produção e atendimento, visando a satisfação do
consumidor final.
JURAN, JOSEPH M.
Por volta de 1975, os níveis de qualidade e produtividade conseguidos no Japão
romperam a barreira da indústria ocidental. Outro especialista americano havia
deixado sua firme contribuição para que isso acontecesse. Josep M. Juran, a
partir de 1954, abriu o conceito de qualidade para todas as facetas da operação de
uma empresa, introduzindo as idéias do Processo Contínuo de Melhoria da
Qualidade que desencadeariam no conceito de Gestão da Qualidade Total.
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• Sucata e retrabalho oriundos de produtos não-conformes recebidos de
fornecedores.
• Inspeção, unidade por unidade, para a localização de produtos com defeitos
em lotes contendo níveis altos de produtos defeituosos.
• Reinspeção e novo teste de produtos que passaram por retrabalho e outras
revisões.
• Perdas evitáveis ocorrendo, inclusive, com produtos conformes (por exemplo,
excesso de mercadorias embaladas em virtude de imprecisão em
equipamentos de dosagem automática).
• Desvalorização do preço para compensar, diante de clientes, problemas de
qualidade em produtos de Segunda escolha.
• Perdas financeiras decorrentes da aplicação de multas por atraso de
entregas ou outros motivos.
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OS DEZ PASSOS DE JURAN
PARA A MELHORIA DA QUALIDADE
Os dez Passos:
1. Criar a consciência da necessidade e da oportunidade para melhorar.
2. Estabelecer metas para a melhoria.
3. Organizar para atingir as metas (estabelecer um Conselho da Qualidade,
identificar problemas, selecionar projetos, indicar equipes, designar
facilitadores).
4. Fornecer treinamento.
5. Desenvolver projetos para solucionar problemas.
6. Relatar o progresso.
7. Prover reconhecimento.
8. Comunicar os resultados.
9. Manter os resultados.
10. Manter o momentum, tornando a melhoria anual parte dos processos regulares
da companhia.
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PRINCÍPIOS DA GESTÃO PELA QUALIDADE TOTAL
CLIENTES E FORNECEDORES
Caracterização de Processo
Etapas do Controle de Processo
MEDE A QUALIDADE
ITEM DE INTRÍNSECA DO PRODUTO E
ATRAVÉS DA QUAL UM
CONTROLE
PROCESSO É GERENCIADO
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AVALIAÇÃO DE MELHORIA
PRINCIPAIS INDICADORES DA QUALIDADE
EFICIÊNCIA
♦ Indicadores para a avaliação da eficiência
É uma medida dos recursos para se produzir um produto. A eficiência melhora
quando consome menos recursos para produzir um produto, ou prestar um serviço
específico.
Fórmula:
Cálculos de eficiência:
Exemplos Fórmulas
Eficiência de um Programa Objetivos Alcançados
Recursos Consumidos
Eficiência de um Processo Atividades realizadas
Recursos Consumidos
Eficiência na Realização de uma tarefa Tempo Previsto
Tempo Gasto
Eficiência das Atividades Objetivos Alcançados
Atividades Realizadas
Eficiência na realização de um trabalho Tempo Padrão
Tempo Total
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EFICÁCIA
♦ Indicadores para Avaliação de Eficácia
Os indicadores de eficácia interna mostram quão bem os fornecedores estão
satisfazendo seus requisitos. São exemplos as palavras que iniciam com “re”
(retrabalho, reparo, reinspeção etc).
A eficácia está relacionada com o resultado obtido e pode ser definida como a
porcentagem do rendimento ou produção real sobre o esperado.
Fórmula
Cálculos de eficácia:
Exemplos Fórmulas
Eficácia no uso dos recursos Recursos Consumidos
Recursos Planejados
Eficácia das atividades Atividades Desempenhadas
Atividades Planejadas
Eficácia dos objetivos Realizações Líquidas
Atribuíveis ao Programa
Metas Pretendidas
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Ferramentas básicas da Qualidade usadas na
Análise e Solução de Problemas
1. Método PDCA
2. Aprimoramento contínuo – Kaizen
3. Círculos de Controle da Qualidade - CCQ
4. Fluxograma
5. Brainstorming
6. Diagrama de Causa e Efeito ou de Ishikawa
7. MASP – Método de Análise e Solução de Problemas
8. Plano de ação 5W2H
Este método tem por finalidade o estabelecimento de um sistema gerencial que visa
a redução de custos, incremento na qualidade e melhoria do prazo de entrega.
O ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) é composto de quatro fazes básicas do
controle: Planejar, executar, verificar e atuar corretivamente.
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MÉTODO PARA O CONTROLE DE PROCESSOS
MELHORIA CONTÍNUA
ACTION PLAN
APRIMORAR DEFINIR PLANEJAR
AS
METAS
ATUE NO PROCESSO
EM FUNÇÃO DOS
RESULTADOS
><(((((º> *
DETERMINE
A P
C D EDUQUE
E
VERIFIQUE OS TREINE
EFEITOS DO
TRABALHO
EXECUTADO
EXECUTE O
CHECK TRABALHO DO
CONTROLAR DESENVOLVER
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2. Aprimoramento contínuo – Kaizen
4. Fluxograma
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Símbolos usados em fluxograma
Decisão Classificação
Sim
Formulário
Fase do
ou
processo documento
Arquivo
Conector fora
Processo
Dados alternativo Exibir de página
Conector
Operação
Somador manual
Entrada manual Atraso
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5. Brainstorming
a) Tempestade de idéias
b) Técnica de reunião grupal
c) Produção de idéias e sugestões a cerca de um tema
d) 2 fases: criativa e crítica
e) Fase criativa:
• Todos expõem suas idéias
• Participação ativa
• Sem censuras e sem interrupções
• Descontração e atmosfera de apoio
f) Fase crítica:
• Esforço para analisar e criticar as idéias
• Cada um defende suas idéias
• Idéias filtradas
• Aceitação e priorização por consenso
• Votação da alternativas
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6. Diagrama de Causa e Efeito ou de Ishikawa
Forma gráfica que significa a relação existente entre o efeito e todas as possíveis
causas que podem contribuir para a ocorrência deste efeito.
Utilizado para identificar, explorar e ressaltar todas as causas possíveis de um
problema.
Efeito (tema
em estudo)
Espinha Dorsal
Efeito
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Exercício: Aplicação do Diagrama de Causa e Efeito
Caso: Estudo iniciado por uma equipe de professores, interessados em descobrir as causas de reprovações numa determina
disciplina.
Auto índice de
reprovação
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7. MASP – Método de Análise e Solução de Problemas
Os 7 passos da Metodologia de Solução de problemas são:
2º passo – Observação
Identifique os elementos do problema de vários ângulos e de diferentes formas.
a) Investigue, com dados, as características do problema.
b) Investigue, in loco, as características do problema.
3º passo – Análise.
Detecte a causa fundamental.
a) Formule hipóteses
b) Teste as hipóteses.
4º passo – Ação
Implemente uma ação que bloqueie a causa fundamental.
a) Elabore um Plano de Ação.
b) Treine o pessoal envolvido
c) Execute o plano
5º passo – Verificação.
Confira a eficácia do bloqueio da causa fundamental.
a) Compare os resultados com as metas
b) Avalie os passos a seguir
6º passo – Padronização.
Elimine a recorrência da causa fundamental.
a) Adote os novos procedimentos
b) Treine o pessoal
c) Monitore a execução do padrão
7º passo – Conclusão.
Faça um balanço do processo: resultados obtidos e planos para o futuro.
a) Planeje o tratamento aos problemas remanescentes
b) Estenda a melhoria a outros setores
c) Recapitule as lições aprendidas
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FLUXOGRAMA DO MASP D
Identifique o
problema/organize o
I
projeto
G
Observe o
problema
Identifique causa S
fundamental
T
N C
Causa fund.
identificada?
O
Implemente
solução AÇÃO
N
S
N
Plano de ação Solução
seguido? eficaz? VERIFICAÇÃO
Padronize
solução
ICORPORAÇÃO
DE MELHORIAS
Conclua o processo
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8. Plano de ação 5W2H
Também chamado de Plano de Ação, deve estar estruturado para permitir a rápida
identificação dos elementos necessários à implementação de um projeto.
O Plano de Ação pode ser apresentado de várias formas. Quando estruturado como
um diagrama de árvore, possibilita melhor visualização.
Nº 001/2003
Empresa SISTEMA DA QUALIDADE [x] Ação Corretiva
Logo Pa – Plano de Ação [ ] Ação Preventiva
[ ] Ação de Melhoria
ESTUDO DETALHADO
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Modelo de formulário em branco (anverso)
Nº
Empresa SISTEMA DA QUALIDADE [ ] Ação Corretiva
Logo Pa – Plano de Ação [ ] Ação Preventiva
[ ] Ação de Melhoria
DEPARTAMENTO: DATA:
ESTUDO DETALHADO
Planejar a(s) ação(ões) para defiitivamente eliminar o foco causador de não conformidade ou
implementar a melhoria no processo. Cada ação deve ser planejada de modo que tenha definido: o que
deverá ser feito, como será feito, onde será feito, o responsável pela ação e qual o prazo para
implementação da ação.
Encerramento
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Modelo de formulário em branco (verso)
Detalhamento da Ação Responsável Prazos
Encerramento
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Planejamento para Implementação de Ações – 5W2H
Problema:.........................................................................................................................................................................................................
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Textos para estudos
Priorizar significa decidir o que mais importa, quais valores levar a cabo, quais metas
perseguir. Organizar significa agendar nossos próprios compromissos ou delegar
tarefas a outros a fim de atingir a meta. Desempenhar significa disciplinar nossa
atividade de acordo com um plano a fim de se obter os resultados desejados.
Para determinar suas prioridades, responda as seguintes questões: O que mais
importa? O que eu desejo atingir, pessoal ou profissionalmente? Quais são os
resultados que estou buscando? Ou, para ir ainda mais fundo, faça esta pergunta vital:
no meu enterro, o que espero que seja dito a meu respeito? Que tipo de pessoa eu
terei sido? O que eu valorizei? Que contribuições prestei?
Líderes eficazes são aqueles que focam assuntos ou prioridades importantes mas não
urgentes. Isto requer iniciativa e proatividade: nós devemos agir sobre eles. Atividades
tais como planejamento, preparação, manutenção preventiva e comunicação
interpessoal são importantes mas negligenciadas com freqüência, porque a maior parte
das pessoas não toma iniciativa. Em geral nós esperamos até que uma crise ou
problema surja para reagirmos.
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gerenciamento da vida são expressões melhores porque implicam que nós
gerenciamos nós mesmos no tempo que nos é destinado.
Casos de Sucesso
Fonte: http://www.portalqualidade.com.br/programas/PGQP/
Porte
O faturamento da empresa em 2000 foi de R$ 7.426.715,21. Possui uma área física do
escritório da empresa de 155 m², podendo ser contabilizado junto a área
correspondente a Unidade Central de Produção (UCP) de 391,95 m² e 756 m²
equivalentes ao espaço físico que pertence a área de suprimentos da empresa.
A força de trabalho da Prato Feito compreende 346 colaboradores (média entre
efetivos e safristas em 2000), 9 terceiros e 6 estagiários, totalizando um quadro de 361
pessoas.
Aspectos Competitivos
A empresa vem conquistando seu espaço no mercado desde Julho de 1991. Sua
participação no Rio Grande do Sul abrange o Vale do Rio Pardo, Taquari, do Caí e dos
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Sinos; Região da Serra, Fronteira Noroeste, Missões, Noroeste Colonial e Região
Metropolitana. Em Santa Catarina atua na região Centro-Oeste e Litoral.
Prato Feito prega a filosofia da Qualidade Total para assegurar aos seus clientes e
colaboradores segurança e satisfação por trabalhar com uma empresa jovem que
busca o seu desenvolvimento com base nos padrões de qualidade e de melhoria
contínua, comprovando a confiabilidade dos seus processos através da certificação
ISO 9002 que conquistou recentemente com o esforço de toda a sua equipe.
Histórico da Qualidade
O sistema de Gestão da Qualidade da Prato Feito, iniciou junto com a própria fundação
da empresa.
A medida que as atividades iam se concretizando e consequentemente, a empresa
crescendo, a qualidade sempre acompanhou passo a passo esse desenvolvimento.
Visando sedimentar e formalizar a Qualidade, a Prato Feito em 1995 ingressou no
Programa de Qualidade Total do Sebrae.
Portanto, para nós da Prato Feito, a Qualidade é um hábito e para mantê-la, investimos
sempre na Melhoria Contínua.
Acreditamos piamente que somente desta forma estaremos indo ao encontro não
somente da satisfação dos nossos clientes, mas e principalmente, do encantamento de
todos que nos permitem oferecer nossos serviços.
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Organograma da Organização
A estrutura organizacional da empresa está agrupada num sistema de gestão dividido
em cinco partes interagentes que coordenam o funcionamento da organização.
• Diretor Executivo: é o responsável principal pelo controle total de todos os assuntos
que se referem à Empresa, responsabilizando-se inclusive diretamente pela Área
Comercial e, através do Grupo Gerencial, deve assegurar-se que os meios mais
eficientes e efetivos sejam adotados em toda Organização para a obtenção de um
nível satisfatório de Qualidade.
• Coordenador Administrativo – Financeiro: é o responsável em tudo que se refere
aos assuntos administrativos e financeiros inclusive Setor Pessoal, com o propósito
de apoiar as diversas áreas da Empresa para o bom desempenho do trabalho,
objetivando a garantia da qualidade.
• Coordenador de Operações: é o responsável pelo desempenho satisfatório dos
processos da empresa, assegurando o cumprimento dos requisitos estabelecidos
pelo Sistema da Qualidade.
• Coordenador de Treinamento – Qualidade: é o responsável pela administração dos
Treinamentos e Eventos realizados pela Empresa, bem como pela Coordenação do
Sistema de Administração da Qualidade Total Prato Feito.
• Coordenador de Logística: é o responsável por garantir o fornecimento de insumos
à todas as Unidades Operacionais ou Setores da Empresa bem como da
manutenção da frota de veículos, equipamentos e do patrimônio da Empresa.
• Coordenador Comercial: é o responsável por buscar as informações quanto a
futuros contratos, visitar o cliente, fazer uma análise de viabilidade de negociação,
providenciar o contrato, realizar um segunda visita ao cliente avaliando o
atendimento, montar uma estratégia de venda, bem como formular a proposta
comercial com o preço final de venda com base na composição dos custos.
A Prato Feito por ser uma empresa que prega a terceirização de serviços, possui os
seguintes departamentos de apoio terceirizados nas diversas áreas:
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3. Ciclo de gestão PDCA
Por: Nobuyuki Kuwata - 13 jun. 2002
Em todas as empresas, a gestão deveria ser implementada através deste ciclo. Não se
trata de um conceito novo. Ao contrário, o PDCA tem sido aplicado por inúmeras
empresas, dos mais diversos portes e com os mais diferentes perfis. Também
podemos dizer que todos nós vivemos pessoalmente, em nosso dia a dia, um ciclo
análogo. O problema consiste em verificar-se o quanto o Ciclo de Gestão PDCA vem
sendo aplicado de forma correta. É muito importante fazê-lo porque isto pode ter um
grande impacto no resultado final.
Na rotina das empresas, nos deparamos diariamente com problemas que sugerem a
aplicação do Ciclo de Gestão PDCA. O plano de produção anual foi elaborado no início
do ano, mas, na realidade, a atividade de produção mensal vem sendo executada de
forma diferente? A atividade anual tem início em janeiro, mas o planejamento só foi
concluído no mês de fevereiro? Com que frequência costumamos acompanhar os
resultados? Apesar do acompanhamento mensal das vendas, só temos apurado o
lucro semestral ou, ainda, contamos apenas com o balanço anual? E, naquelas
empresas que realizam o balanço mensal, quantos dias são necessários para
apresentar os resultados, após o fechamento? Caso surjam diferenças entre o
planejamento e os resultados apurados, de que forma poderemos efetuar as
necessárias correções?
Com problemas deste gênero, tão comuns a vários empreendimentos, fica muito difícil
enfrentar a concorrência e obter bons resultados. Por tudo isso, a aplicação correta do
PDCA torna-se fundamental. Apesar de parecer uma ferramenta de aplicação muito
simples, este ciclo de gestão necessita de treinamento correto, orientação constante e
disciplina. Assim, pode tornar-se uma das mais importantes bases da gestão
empresarial. Quem desejar saber mais a respeito desta fabulosa ferramenta, pode
procurar o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade.
Nobuyuki Kuwata é um perito japonês que atua no IBQP cedido pela Japan
Internacional Cooperation Agency (JICA).
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4. Melhorando a produtividade
Por: Fulgêncio Torres Viruel - 14 jan. 2002
Isto nos ajuda a entender que a produtividade do trabalho no Brasil é bem menor que a
americana. Podemos dizer que, considerando apenas a dimensão do trabalho, que são
necessários quatro trabalhadores brasileiros para gerar o mesmo valor adicionado por
apenas um trabalhador americano. A produtividade aumenta não porque se trabalha
mais, mas porque se usam melhores práticas de gestão e tecnologias mais
aperfeiçoadas.
Como salário e lucro são partes do valor adicionado, se vê que uma das formas de
aumentar salário e lucro é aumentar a produtividade. Para ficar mais claro, segue um
exemplo. A fabricação de máquinas ferramentas no Brasil tem uma produtividade do
trabalho que equivale a 41,79% da produtividade americana neste setor. Os salários
médios no Brasil neste segmento equivalem a 41,05% do salário médio deste setor nos
Estados Unidos. Nota-se facilmente neste caso que há uma relação direta entre os
níveis de produtividade obtidos e os níveis de salários praticados nos dois países.
Evidencia-se então que a busca da melhoria da produtividade é uma excelente
estratégia para o aumento sustentável dos salários e dos lucros.
Como fazer isto? Há inúmeros caminhos e muitas vezes não é tão difícil quanto parece
à primeira vista. Como de forma geral a produtividade no Brasil é baixa, podemos
conseguir grandes melhorias com o uso de ferramentas relativamente simples e que
requerem pouco investimento. É o caso do 5S: O IBQP aplicou esta ferramenta num
programa de melhoria de produtividade de uma empresa de Curitiba que conseguiu
reduzir perdas na produção e vem obtendo mensalmente uma economia na ordem R$
7.000, num faturamento mensal de R$ 400.000. Há casos também que uma simples
mudança de layout consegue reduzir enormemente a movimentação de pessoas e de
materiais, resultando em grande redução de desperdícios.
O primeiro passo que uma empresa deve dar para melhorar a produtividade é construir
um bom diagnóstico da realidade atual envolvendo toda a organização e, a partir deste
diagnóstico, traçar um plano de ação que identifique claramente quais são as
prioridades a serem resolvidas, e depois escolher e aplicar criteriosamente as
ferramentas indicadas para a situação específica.
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5. Gestão da produtividade nas empresas
Por: Mariano Matos Macedo - 06 jun. 2002
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6. Análise e Gerenciamento de Processos
Por Ricardo Ferraz do Amaral
Nos últimos cinco ou seis anos administrar uma empresa ou um negócio tem sido
tarefa das mais árduas no Brasil, face à velocidade de mudanças na forma de
gerir provocada pela igualmente rápida necessidade de competir de forma global.
A abertura da economia e a tão falada globalização aconteceram de forma rápida
e implacável, tomando de surpresa setores inteiros da economia e tornando-os
incapazes de competir. As primeiras defesas foram os rápidos e desordenados
cortes estruturais e de custos que as empresas executaram para poder sobreviver
e ganhar fôlego na maratona da competitividade. Muito se fez em pouco tempo,
porém sem muito critério ou tecnologia.
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Por onde começar?
Revisar e melhorar processos requer olho clínico e espírito crítico aguçados.
As atividades de uma empresa são na realidade um emaranhado de processos e
sub-processos interagindo entre si, na maior parte das vezes de forma
desordenada, ou quando muito, de forma "departamentalizada" ou seja, dentro
dos compartimentos estanques chamados de "departamentos".
O ponto crucial da questão é, portanto, determinar quais os processos de maior
impacto nos negócios da empresa. Quais os processos "críticos" da organização,
aqueles que afetam diretamente ou com maior intensidade a lucratividade ou o
futuro dos negócios.
Antes de identificá-los é preciso, porém, saber claramente quais são os objetivos
estratégicos do negócio ou da empresa. Eles são o ponto de partida de todo o
trabalho. Isso não significa que o trabalho de revisão de processos só possa ser
feito se a empresa tiver um plano estratégico formal. O que se pede é uma clara
noção dos objetivos de médio e longo prazo dos negócios.
A partir dos objetivos estratégicos deve-se sempre definir primeiramente o
chamado "processo macro" da empresa ou do negócio. Este é definido pela
principal seqüência de atividades desde a entrada do pedido do cliente até a
entrega do produto ou serviço a ele.
O processo macro é aquele que integra as atividades de todos os departamentos
da empresa em relação à satisfação das necessidades do cliente.
Próximos passos:
A iniciativa de promover a melhoria de processos deve partir da cúpula da
empresa, sendo seu comprometimento e envolvimento fundamentais para o
resultado esperado.
A operacionalização dos trabalhos deve ser feita por uma equipe multifuncional
(com representantes de diferentes departamentos), nomeada pela direção da
empresa e treinada na metodologia de gerenciamento de processos.
Sendo o "processo macro" o mais importante deles, a equipe deve se concentrar
nas interfaces do mesmo, ou seja, na "passagem do bastão" entre departamentos,
para garantir a agilidade e a objetividade do processo quanto à satisfação do
cliente.
Em última analise a revisão do processo macro requer das pessoas uma visão de
negócio, onde os esforços são compartilhados e o resultado é medido em função
dos objetivos estratégicos. A chave aqui é o compromisso com o processo e não
somente com os resultados do departamento.
Como fazer?
Um dos caminhos para se proceder à análise do processo macro e seus sub-
processos críticos é a representação destes em fluxogramas. A vantagem desta
ferramenta é permitir a compreensão clara do processo a todos os envolvidos.
A análise do processo requer que se questione constantemente Por Que? as
atividades são feitas desta forma , se agregam valor ao negócio ou se estão na
seqüência correta. A partir desta análise serão tomadas decisões quanto a
manter, modificar (geralmente simplificar) ou até mesmo eliminar alguma
atividade.
Por fim, conhecendo-se quais os recursos humanos e materiais necessários para
se chegar ao processo ideal, a empresa deve rever seu desenho organizacional,
chegando ao detalhamento das responsabilidades de cada cargo, relativas aos
processos.
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Gerenciamento : Implementando e garantindo os resultados
Uma vez definidos o processo ideal, seus recursos e as ações necessárias para
sua realização, a etapa final do trabalho consiste da implementação deste
processo e seu constante monitoramento.
O monitoramento busca medir o sucesso da implementação do processo ideal bem
como identificar eventuais mudanças no mesmo, em função de novos objetivos de
negócio.
Este trabalho só é viável, porém, com a adoção de medidas de performance que
reflitam os benefícios conquistados pela análise e gerenciamento dos processos.
Quaisquer que sejam os parâmetros adotados - lucratividade, tempo, redução de
custos ou qualquer outro - é importante que eles sejam quantificáveis. A adoção
de medidas puramente qualitativas torna o monitoramento sujeito a interpretações
subjetivas e não revela o resultado real da melhoria do processo.
Bibliografia
Sites consultados
www.grupos.com.br/grupos/varejo.seculo21
www.banasqualidade.com.br
PESQUISA E MONTAGEM
Izabel Vieira Balieiro – Celular 9986-7698
E-Mail: mistral@amazon.com.br
Esta Apostila é de propriedade de Mistral Consultoria Ltda.
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