Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Denise Shan PDF
Denise Shan PDF
WILLIAM BALÉE
Tulane University, New Orleans, Estados Unidos
D E N I S E P. S C H A A N
Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil
J A M E S A N DR E W W H I TA K E R
Tulane University, New Orleans, Estados Unidos
R OSÂNGELA HOLANDA
Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil
Balée, W.|Schaan, D. P.|Whitaker, J. A.|Holanda, R.
these data is that the original engineers and builders of the geoglyphs did not
leave a legacy of species poverty and environmental degradation.
Figura 1 – Área da pesquisa, com indicação da localização dos geoglifos Três Vertentes
(TV) e JK.
Figura 2 – Distribuição espacial dos sítios tipo geoglifo no leste do estado do Acre
em vários níveis entre as unidades que uma seca em 2006, o que não qualificava o
compõe um sistema regional. Dessa for- sítio para este tipo de investigação.
ma, torna-se um estudo de caso que pode
No curso da pesquisa arqueológica no sí-
tanto contribuir significativamente para o
tio JK, descobriu-se, por informação de
debate sobre organização social ameríndia,
moradores locais, que havia outros sítios
como refinar as teorias sobre organizações
localizados dentro das matas próximas.
sociais indígenas pré-colombianas.
Ao prospectarmos o local, verifica-se que
(d) A ocupação dos geoglifos, que se ca- o sítio indicado, que veio a se chamar Três
racterizam por baixa frequência de mate- Vertentes, localizava-se cerca de 1 km a su-
rial arqueológico e a inexistência do solo doeste do sítio JK e que um caminho, ini-
antrópico de terra preta, característico de ciado a partir do JK, apontava na direção
outros sítios arqueológicos amazônicos, do Três Vertentes, indicando uma antiga
coloca um desafio a mais para os arque- ligação entre eles.
ólogos, que devem explicar o paradoxo
Ambos os sítios localizam-se em áreas de
existente entre a grande densidade popu-
assentamento do Instituto Nacional de
lacional aparente e esforço coordenado
Colonização e Reforma Agrária (INCRA),
(necessários para a construção das estru-
utilizadas para agricultura e, sobretudo,
turas), e a baixa densidade populacional
para a criação de gado. O desmatamen-
e frequência de ocupação sugerida pelos
to na região ocorreu há cerca de 20 anos,
vestígios materiais encontrados nesses
quando as estruturas foram descobertas
sítios (Schaan et al. 2012, Saunaluoma &
pelos colonos. Enquanto o geoglifo JK foi
Schaan 2012).
investigado através de escavações arqueo-
A partir das considerações acima, os pes- lógicas e estudos pedológicos, o sítio Três
quisadores passaram a buscar diversas li- Vertentes foi submetido à investigação pe-
nhas de análise, assim como a confronta- dológica e ao inventário botânico, descrito
ção de diversas classes de evidências para a seguir.
melhor entender os geoglifos. Por isso,
o inventário botânico foi pensado como
uma forma de proporcionar uma contri- METODOLOGIA DO INVENTÁRIO
buição importante para este debate, pois
O inventário utilizou vários métodos en-
os resultados obtidos com essa pesquisa
contrados na literatura pertinente, os quais
podem se somar aos demais e estabelecer
já foram estabelecidos em pesquisas eco-
um diálogo importante entre pedólogos,
lógicas e visam inventariar o conteúdo de
paleobotânicos e arqueólogos.
florestas da Amazônia (Balée 1994, Boom
O GEOGLIFO TRÊS VERTENTES 1986, Campbell 1989, Erickson & Balée
2006, Salomão 1988). Foi feita uma vis-
No início, a coordenação do projeto pen- toria preliminar, em julho de 2010, antes
sou em trabalhar o inventário botânico no de demarcar o inventário, para averiguar
sítio JK, um geoglifo quadrangular de va- se toda a área compartilhava aproximada-
leta dupla, identificado em 2009, no muni- mente as mesmas características de eleva-
cípio de Acrelândia, situado parcialmente ção, drenagem e outros fatores geomorfo-
dentro da floresta (Figura 1). Verificou-se, lógicos. Constatou-se que o sítio não era
entretanto, que a mata que havia sobre o atravessado por riachos e apresentava um
geoglifo JK era recente, pois havia cres- formato basicamente plano e retangular.
cido após um incêndio ocorrido durante Selecionou-se um lote da área interna do
geoglifo (área circundada pelas valetas) 40 parcelas medindo 10m x 25m cada. O
para a realização do inventário. Esse lote DAP (diâmetro à altura do peito) de todas
mediu 100m x 100m, com orientação as árvores (≥10 cm DAP) foi medido e
cardial. O quadrado assim formado, de registrado na altura de 1,30 m do solo (Sa-
10.000 m², localizava-se no centro do ge- lomão 1988). O mesmo foi feito com as
oglifo, livre de quaisquer efeitos de borda, palmeiras e cipós. Evitamos, na medida do
pois a floresta se estende por mais de 60 possível, a contagem duplicada dos cipós
m a partir da valeta em todas as direções. individuais. Estas árvores foram plaque-
adas com fichas de alumínio numeradas.
O inventário desse hectare, localizado no
Foram contadas todas as bananeiras bra-
centro do geoglifo, seria representativo da
vas (Phenakospermum guyannense) vivas com
diversidade alfa. Tal localização assegura-
altura superior a 1,30 m e com DAP ≥ 10
ria que quaisquer efeitos humanos pode-
cm, todavia, estas não foram plaqueadas.
riam ser isolados de fatores completamen-
Também foram contados por parcela to-
te naturais, pois não se conhece o grau de
dos os indivíduos plaqueados que tinham
modificação da paisagem fora do geoglifo
cipós agarrados com DAP < 10 cm. No
no tempo de sua construção e ocupação.
caso das palmeiras, foram anotados os ca-
Contudo, a geomorfologia interna é ho-
sos em que uma palmeira tinha cipós agar-
mogênea e se encontra completamente
rados, visando um teste parcial da hipótese
cercada por obras de terra (valeta e mu-
de Balée & Campbell (1990).
reta) construídas em época remota. Desta
maneira, tanto do ponto de vista cultural- O inventário foi realizado em duas etapas,
-humano-histórico quanto pelos fatores em julho e dezembro de 2010. As poucas
naturais, o inventário localizou-se comple- árvores plaqueadas que tinham morrido
tamente dentro do geoglifo. Devido a esta ou caído entre julho e dezembro de 2010
localização, optou-se por fazer um quadra- foram excluídas dessa análise. Quando a
do em vez de um retângulo. coleta de galhos (incluindo folhas, frutos
e/ou sementes) não foi possível pelos ris-
Já foi observado que os inventários lon-
cos apresentados (troncos fracos demais
gos (como de 10m x 1.000m ou 20m por
para subir ou excesso de cipós), foram
500m) frequentemente possuem um teor
coletadas amostras da casca das árvores.
de diversidade mais alto do que inventá-
Amostras de árvores desconhecidas em
rios em que os limites lateriais são iguais
campo e não comparáveis com outras fo-
ou quase iguais, como no caso de um
ram incluídas na análise como FAMILY
quadrado (Campbell et al. 1986), apesar
INDET e colocadas em morfo-espécies
disso, existem condições em que não se
únicas.
pode mensurar a diversidade alfa sem que
seja no formato quadrado. Foi o caso, por Das 21 taxa na categoria FAMILY IN-
exemplo, do inventário da base no teso DET (Tabela 5), 12 foram amostradas
Ibibate, na Bolívia: a floresta da base não apenas com sua casca. Não sabemos de
possuía dimensões apropriadas para fazer fato quais as famílias a que pertencem es-
um transecto reto e longo sem entrar em tas plantas, mas pode-se afirmar que existe
outros tipos de vegetação, por este moti- pelo menos uma família entre todas. Caso
vo, aquela floresta foi amostrada com um todos os indivíduos conhecidos somente
hectare na forma de um quadrado (100 m por amostras de casca pertençam a uma
x 100 m) (Erickson & Balée 2006). só espécie ou a um número de espécies
O lote a ser inventariado foi dividido em menor do que 12 ou, ainda, se pertencem
Tabela 1.
Número de indivíduos plaqueados com e sem trepadeiras por unidade de amostragem
nhão e extremo leste do Pará, para oito riados na Amazônia boliviana, um de flo-
hectares de floresta, por exemplo, mos- resta de terra firme e o outro de floresta
traram uma média de 499,8 árvores, pal- semi-inundável fora do teso Ibibate, os
meiras e lianas ≥ 10 cm DAP por hectare, números de indivíduos foram, respecti-
ou seja, 40% mais indivíduos do que o vamente, 448 e 425 (Erickson & Balée
número encontrado em Três Vertentes 2006) (Tabela 1).
(Balée 1994). Para dois hectares inventa-
Figura 3 – Cipós de
uma parcela do inven-
tário florestal em Três
Vertentes, Acrelândia/
AC.
A floresta do sítio Três Vertentes é um tivamente (Balée & Campbell 1990). To-
cipoal em que a grande maioria (77,7%) davia, o inventário no sítio Três Vertentes
dos indivíduos plaqueados está coberta contém um elevado número (610) de ba-
de trepadeiras (Figura 3). No entanto, a naneiras bravas (Phenakospermum guyannense
quantidade de cipós não explica tudo, pois [L.C.Rich] Miq.) individuais (Figura 4), ou
dois hectares de mata de cipó inventaria- seja, mais do que o número de indivíduos
dos na bacia do Rio Xingu, em terra firme, arbóreos no inventário (Tabela 2).
continham 441 e 464 indivíduos, respec-
Figura 4 – Bananei-
ras bravas (Phenako-
spermum guyannense)
de uma das parcelas
do inventário flo-
restal Três Vertentes,
Acrelândia/AC.
Tabela 2.
Bananeira brava (Phenakospermum guyannense) com e sem trepadeiras no lote
Tabela 3.
Lista das 30 principais espécies encontradas no inventário do sítio Três Vertentes se-
gundo ordem decrescente de área basal total e dominância relativa.
Nome
Família Espécie ABT DOR
Comum
URTICACEAE Cecropia sp. 1 imbaúba 1.785769 11.7154
cumaru
CAESALPINIACAE Apuleia sp. 1 1.437193 9.428595
cetim
MIMOSACEAE Acacia sp. 1 espinheiro 0.799864 5.247444
Protium
BURSERACEAE breu 0.758371 4.975235
altissimum
ARECACEAE Iriartea deltoidea paxiubão 0.74459 4.884823
154 MIMOSACEAE Acacia polyphyll
Amazôn., Rev. Antropol. (Online) a6 (1):
espinheiro
140-169, 20140.573804 3.764394
MORACEAE Castilla ulei caucho 0.571659 3.750327
Brosimum
MORACEAE pama 0.453386 2.974406
lactescens
Família Espécie ABT DOR
Comum
URTICACEAE Cecropia sp. 1 imbaúba 1.785769 11.7154
cumaru
CAESALPINIACAE Apuleia sp. 1 1.437193 9.428595
cetim Florestas Antrópicas
MIMOSACEAE Acacia sp. 1 espinheiro 0.799864 5.247444
Protium
BURSERACEAE breu 0.758371 4.975235
altissimum
ARECACEAE Iriartea deltoidea paxiubão 0.74459 4.884823
MIMOSACEAE Acacia polyphylla espinheiro 0.573804 3.764394
MORACEAE Castilla ulei caucho 0.571659 3.750327
Brosimum
MORACEAE pama 0.453386 2.974406
lactescens
MYRISTICACEAE Virola duckei ucuúba 0.349472 2.292684
Oenocarpus
ARECACEAE bacaba 0.283453 1.859572
mapora
ULMACEAE Celtis schippii farinha seca 0.276017 1.810788
Euterpe
ARECACEAE açaí 0.270783 1.776451
precatoria
abiu
SAPOTACEAE Pouteria sp. 2 0.218352 1.432478
jacamim
URTICACEAE Coussapoa Sp. 1 lixeira 0.210909 1.383653
MIMOSACEAE Inga punctata ingazeiro 0.203632 1.335909
Enterolobium
FABACEAE espinheiro 0.195831 1.284734
Sp. 1
MORACEAE Clarisia racemosa guariuba 0.186885 1.226047
Cecropia indet.
URTICACEAE imbaúba 0.180202 1.182204
sp. 1
Astrocaryum
ARECACEAE tucumã 0.161174 1.057368
aculeatum
MIMOSACEAE Inga sp. 11 ingazeiro 0.159043 1.043389
LAURACEAE Ocotea sp. 1 louro bosta 0.155748 1.021774
Metrodorea
RUTACEAE pirarara 0.15467 1.0147
flavida
Bertholletia
LECYTHIDACEAE castanheira 0.147684 0.968868
excelsa
MELIACEAE Cedrela sp. 1 cedro 0.143872 0.943863
MORACEAE Ficus maxima pama 0.141001 0.925025
MIMOSACEAE Inga sp. 3 ingazeiro 0.140585 0.922294
Nectandra
LAURACEAE louro bosta 0.139867 0.917585
cuspidata
Indet. liana sp.
FAMILY INDET esperaí 0.128825 0.845145
5
Stryphnodendron
MIMOSACEAE bajinha 0.12588 0.825828
pulcherrimum
totais 11.09852 72.81098
Figura 5 – Uma das espécies dominantes, paxiubão (Iriartea deltoidea), identificada no lote
inventariado em Três Vertentes, Acrelândia/AC.
Tabela 4.
As famílias do inventário do geoglifo Três Vertentes em ordem descendente de área basal
total (ABT).
Tabela 5.
Lista total das espécies inventariadas do sítio Três Vertentes
ecology of a domesticated landscape, in Moraes, C.P., & E.G. Neves. 2012. O ano
Handbook of South American Archaeology. 1000: Adensamento populacional, intera-
Editado por H. Silverman, & W.H. Isbell, ção e conflito na Amazônia central. Ama-
p. 157-183. New York: Springer. zônica 4(1):122-148.
_______. 2000. An artificial landscape- Pärssinen, M. et al. 2009. Pre-Columbian
-scale fishery in the Bolivian Amazon. Na- geometric earthworks in the upper Purus:
ture 408(9):190-193. a complex society in western Amazonia.
Antiquity 83(322):1084-1095.
Erickson, C.L. et al. 2008. Zanjas circun-
dantes: obras de tierra monumentales de Pires, M., & G.T.Prance. 1985. The vege-
Baures en la Amazonia Boliviana. Informe tation types of the Brazilian Amazon, in
del trabajo de campo de la temporada 2007. Bo- Key Environments: Amazonia. Editado por
livia. G.T. Prance, & T. Lovejoy, p. 171-202.
New York: Pergamon Press.
Erickson, C.L., & W. Balée. 2006. The his-
torical ecology of a complex landscape in Politis, G.G. 2007. Nukak: ethnoecology of an
Bolivia, in Time and complexity in historical eco- Amazonian people. Walnut Creek Ca: Left
logy. Editado por W. Balée, & C. Erickson, Coast Press.
p. 45-48. New York: Columbia.
Posey, D.A. 1985. Indigenous management
FUNTAC. 2007. Atlas do estado do Acre. Rio of tropical forest ecosystems: the case of
Branco: Fundação de Tecnologia do Esta- the Kayapó indians of the Brazilian Ama-
do do Acre. zon. Agroforestry Systems 3 (2):139-158.
Heckenberger, M.J. 2005. The ecology of Putz, F.E. 1980. Lianas vs. trees. Biotropica
power: culture, place, and personhood in the sou- 12: 224-225.
thern amazon. A,D, 1000-2000. Nova York:
Ranzi, A. 2003. Geoglifos: patrimônio cul-
Londres: Routledge.
tural do Acre. Renvall Institute Publications,
Heckenberger, M.J. et al. 2003. Amazonia University of Helsinki 14: 135-172.
1492: pristine forest or cultural parkland?
Ranzi, A., & R. Aguiar. 2004. Geoglifos da
Science 301:1710-1713.
Amazônia: perspectiva aérea. Florianópolis:
Lathrap. D.W. 1973. The antiquity and Faculdades Energia.
importance of long-distance trade rela-
Ranzi, A. et al. 2007. Internet software
tionship in the moist tropics of pre-Co-
programs aid in search for Amazonian
lumbian South America. World Archaeology
Geoglyphs. Eos 88(21-22):226-229.
5:170-186.
Roosevelt, A.C. 1991. Moundbuilders of the
Lehmann. J. et al. 2003. Amazonian Dark
Amazon: geophysical archaeology on Marajo Is-
Earths: origins, propoerties, management. Ne-
land, Brazil. San Diego: Academic Press.
therlands: Kluwer Academic Publishers.
McMichael, C. et al. 2012. Sparse pre- Roosevelt, A.C. et al. 1996. Paleoindian
-Columbian human habitation in western cave dwellers in the Amazon: the peopling
Amazonia. Science 336:1429-1431. of America. Science 272 (5260):372-384.
Meggers, B.J. 1954. Environmental limita- Rostain, S. 2013. Islands in the forest: Lands-
tion on the development of culture. Ame- cape management in Pre-Columbian Amazoniae-
rican Anthropologist 56(5):801-24. dição. Walnut Creek/CA: Left Coast Press.
_____. 2010. Pre-columbian earthworks in Woods, W.I., e J.M. McCann. 1999. The
coastal Amazonia. Diversity 2(3):331-352. Anthropogenic Origin and Persistence of
Amazonian Dark Earths. Yearbook, Confe-
Salomão, R.P. 1988. Inventário ecológico
rence of Latin Americanist Geographers 25:7-
em floresta pluvial tropical de terra firme,
14.
Serra Norte, Carajás, Pará. Boletim do Museu
Paraense Emílio Goeldi 4 (1): 1-46. Woods, W.I., et al. (Eds.). 2009. Amazonian
Dark Earths: Wim Sombroek's Vision. Ber-
Saunaluoma, S. 2010. Pre-Columbian ear-
lin: Springer.
thworks in the Riberalta Region of the Bo-
livian Amazon. Amazônica 2 (1):104-138.
Saunaluoma, S., & D.P. Schaan. 2012. Mo- Recebido em 10/07/2013
numentality in western Amazonia formati- Aprovado em 20/01/2014
ve societies: Geometric ditched enclosures
int He Brazilian state of Acre. Antiqua 2.
Disponível em http://www.pagepress.
org/journals/index.php/antiqua/article/
view/antiqua.2012.e1.
Schaan, D.P. 2012. Sacred geographies of
ancient Amazonia: historical ecology of social
complexity. Walnut Creek/CA: Left Coast
Press.
______. 2010. Long-term human indu-
ced impacts on Marajó Island landscapes,
Amazon Estuary. Diversity 2(2):182-206.
Schaan, D. P., M. Pärssinen, S. Saunaluo-
ma, A. Ranzi, M. Bueno, e A. Barbosa.
2012. New radiometric dates for pre-
-Columbian (2000-700 B.P.) earthworks in
western Amazonia, Brazil. Journal of Field
Archaeology 37(2):132-142.
Steward, J.H. 1948. Culture areas of the
tropical forests, in Handbook of South Ame-
rican Indians. Editado por J.H Steward, p.
883-899. Washington. D.C.: Smithsonian
Institution.
Ter Steege, H. et al. 2013. Hyperdominan-
ce in the Amazonian tree flora. Science 342
(6156).
______. 2003. A spatial model of tree
alpha-diversity and density for the Ama-
zon Region. Biodiversity and Conservation
12:2255-2276.