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Forjamento:

O forjamento de um metal consiste em deformá-lo por martelamento ou


prensagem. Padronizado pela norma DIN 8580, o forjamento é um processo com
quinze sub-processos. A norma DIN 8583 o define como processo de
conformação por tensão compressiva, envolvendo a aplicação de um estado de
compressão direta, com deformação ocorrendo basicamente por recalque,
alargamento e ascensão, sendo subdivididos quanto à temperatura de trabalho,
definindo-se: conformação a frio, conformação a morno e conformação a quente.
Independentemente se realizada a quente, a frio ou a morno, a deformação
plástica e a recuperação elástica, comumente considerada desprezível, são as
características principais encontradas em qualquer tipo de forjamento.
De modo geral, todos os materiais conformáveis podem ser forjados. Os mais
utilizados para produção de peças forjadas são os aços comuns e ligados. Na
peça fundida, as propriedades são similares em todas as direções. Desta forma,
as peças forjadas apresentam maior resistência mecânica que as peças fundidas
ou usinadas. Normalmente, o processo de forjamento requer operações finais de
acabamento (como usinagem para se obter as dimensões da peça) e tratamento
térmico (para atingir as propriedades mecânicas desejadas). Estas operações
podem ser substituídas por forjamento mais preciso em que se obtém peças com
as propriedades desejadas e com dimensões próximas ao seu uso.
Assim, o forjamento a frio é realizado abaixo da temperatura de recristalização,
já o morno ocorre em temperaturas intermediárias entre o forjamento a frio e a
quente que é realizado sempre bem acima da temperatura de recristalização.
Forjamento à Frio:
O forjamento a frio ou extrusão a frio é um processo no qual o metal à
temperatura ambiente é forçado a escoar plasticamente, sob uma força
compressiva para uma variedade de formas ou perfis, que geralmente são
simétricos. Este processo é realizado sem pré-aquecimento da matéria-prima ou
das ferramentas, que se aquecem durante o processo de conformação,
dependendo da modificação de forma, da velocidade de deformação e de outros
parâmetros de processamento. Neste processo, os mecanismos de
recristalização não são atuantes. À medida que o metal é conformado, ocorre o
encruamento, sua resistência aumenta e a ductilidade diminui. Assim, os
produtos forjados a frio apresentam-se encruados com nível de resistência
mecânica elevado, e como a capacidade plástica do metal (conformabilidade) é
reduzida, diminui-se também a possibilidade de grandes reduções de área ou a
obtenção de geometrias complexas.
Forjamento à Quente:
O forjamento a quente é a etapa inicial do forjamento de muitos metais e ligas.
Neste processo, em função das altas temperaturas usualmente utilizadas, há
decréscimo na energia necessária para deformar o metal e aumento na
capacidade de escoamento sem ocorrência de trincas. As porosidades e
pequenas trincas internas são eliminadas pelo caldeamento destas cavidades,
grãos grosseiros são quebrados e refinados, heterogeneidades químicas (tais
como segregação) são eliminadas em função das rápidas taxas de difusão
presentes à temperatura de trabalho a quente. Entretanto, peças forjadas a
quente podem apresentar estrutura e propriedade não uniforme através da
seção. Já que a deformação é sempre maior nas camadas superficiais, podem
ocorrer peças com grãos finos na superfície e núcleo com grãos grosseiros. Além
disto, as reações entre a superfície do metal e atmosfera do forno levam a
ocorrência de descarbonetação e oxidação podendo levar a considerável perda
de material (perda por carepa que pode chegar a 3%). No forjamento a quente,
em função da dilatação e contração das peças (decorrentes do aquecimento e
resfriamento), as tolerâncias dimensionais são superiores às praticadas no
forjamento a frio.
Forjamento à Morno:
O forjamento a morno utiliza vantagens tanto do forjamento a frio como do
forjamento a quente. Com o forjamento a morno objetiva-se a produção de peças
com geometrias complexas, obtendo-se excelentes propriedades mecânicas,
redução de custos, grande precisão de medidas e qualidade dimensional quando
comparado com o forjamento a quente. Assim como no forjamento a frio, com o
forjamento de precisão a morno é possível produzir componentes com
acabamento final o mais próximo possível de sua forma de uso. No forjamento a
morno a fixação da temperatura é variável, dependendo do tipo de aço que se
deseja forjar. Seus limites estão fixados pelo aumento excessivo de força quando
a temperatura é muito baixa (limite inferior) e pela oxidação em temperaturas
mais altas (limite superior).
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUDB-
8DHKZR/paula_cibely_alves_flausino.pdf?sequence=1
file:///C:/Users/dani_/Downloads/MarcioHenriquePereiraCorr17.pdf
file:///C:/Users/dani_/Downloads/Boas_DanielVillas_D.pdf
Soldagem:
Os processos de soldagem representam boa parte dos custos de fabricação de
um produto, e isso justifica os constantes esforços para se obter melhorias nesta
área. O sucesso da soldagem está associado a diversos fatores e, em particular,
com a sua relativa simplicidade operacional. Por outro lado, apesar desta
simplicidade, não se pode esquecer que a soldagem pode ser muitas vezes um
processo “traumático” para o material, envolvendo, em geral, a aplicação de uma
elevada densidade de energia em um pequeno volume do material, o que pode
levar a importantes alterações estruturais e de propriedades dentro e próximo da
região da solda. Atualmente, mais de 50 diferentes processos de soldagem têm
alguma utilização industrial e a soldagem é o mais importante método para a
união permanente de metais.
Processos de Soldagem por Pressão
Nestes processos, a união é obtida principalmente pela deformação do material
confinada, preferencialmente, em uma região restrita às vizinhanças da junta.
Para isto, em vários desses processos, essa região é aquecida em relação ao
restante das peças. Nos processos de soldagem por resistência, isto é
conseguido pela passagem de uma corrente elétrica elevada em função de uma
maior resistência elétrica no contato entre as peças e/ou das conduções de
extração de calor na junta. Nos processos de soldagem por fricção, o calor é
gerado pelo atrito entre as superfícies das peças colocadas em movimento
relativo e a deformação final pela aplicação, imediatamente a interrupção do
movimento entre as peças, de uma força de compressão. No processo de
soldagem por fricção com mistura, em especial, o aquecimento e a deformação
são conseguidos através de uma ferramenta especial que, em rotação, é forçada
contra e entre as peças
Nos processos de soldagem por deformação, em geral, as temperaturas
atingidas pela material são inferiores àquelas atingidas na soldagem por fusão.
Desta forma, as alterações de estrutura e propriedades mais significativas (e,
geralmente, com maior potencial de causar efeitos mais negativos) ocorrem na
soldagem por fusão. Como este grupo engloba os processos de maior
importância na atualidade, os processos de soldagem por pressão não serão
mais discutidos neste capítulo introdutório. Este será complementado com uma
apresentação resumida das características dos processos de soldagem por
fusão mais importantes.

http://demet.eng.ufmg.br/wp-content/uploads/2012/10/metalurgia.pdf

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