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Vou pedir a meu pai

que me esqueça menino.


MURMÚRIO [Consoada, 1993]
EDITORES DOUGLAS MACHADO
JOÃO MARCELLO DE MACÊDO CLAUDINO

CONSELHO EDITORIAL ANDRÉ SEFFRIN


CARLOS NEWTON JÚNIOR
LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL
SYLVIE DEBS

CONSULTORIA E VERBETE SOBRE O ESCRITOR ANDRÉ SEFFRIN

REVISÃO DE TEXTO SILVANA SEFFRIN

TRANSCRIÇÃO DE TEXTO ALANA YASMIM DOS SANTOS


LÍVIO GALENO

PROJETO GRÁFICO JOFFRE RIO

DESENHOS ALBERTO DA COSTA E SILVA

FOTOGRAFIAS DO ESCRITOR GARDÊNIA CURY

FOTOGRAFIA CAPA DOUGLAS MACHADO

PORTA HOBLICUA PAULO VASCONCELLOS

TRATAMENTO ICONOGRÁFICO MARCÍLIO BENÍCIO

CHECAGEM ALANA YASMIM DOS SANTOS


LÍVIO GALENO
CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA ALG PUBLICIDADE

ADMINISTRATIVO JOYCE CARVALHO

APOIO CULTURAL CONSTRUTORA SUCESSO


HALLEY GRÁFICA E EDITORA

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ISSN: 2358-5609
Alberto da Costa e Silva

de praxe, na época em que se casava atravessando o rio, se namorava


atravessando o rio. Era uma senhora, que devia ser também acafuzada,
porque meu pai contava que ela fumava cachimbo com fumo de rolo,
aquele fumo embebido em melaço, o fumo predileto dos africanos. Pelo
lado de pai, eu sou também Castelo Branco. Pelo de mãe, descendo
de um casal de minhotos, Vasconcellos, que vieram para o Brasil nas
primeiras décadas do século XIX, e de um francês, Jean de Fontenelle,
que veio para o Brasil no fim do século XVIII, por mando de Dona
Maria, em busca das famosas minas de prata. Ele não encontrou as minas
de prata, mas estabeleceu-se em Viçosa, no Ceará. É essa, digamos assim,
a minha mitologia familiar. Quer dizer, as origens nas quais eu tendo a
reconhecer-me.

DOUGLAS MACHADO
Nesta entrevista, farei algumas abonações. Entre elas, cito a autobiografia
que o senhor escreveu no Jornal de Letras, Artes e Ideias:
“Repito Baudelaire: ‘meu berço ficava na biblioteca’. Cresci entre
livros, em Fortaleza, com meu pai a dizer-me versos de Whitman,
Mallarmé,Verhaeren e Nobre.”
Como foi a sua infância? Quem era o Alberto menino?

ALBERTO DA COSTA E SILVA


Era um menino como outro qualquer, com essa vantagem extraordinária
de um pai dedicado a ele vinte e quatro horas por dia. De um pai que
tinha muito o que dizer, ainda que em determinados momentos ficasse
absolutamente silencioso. Ele alternava o alheamento, o silêncio, com
uma participação muito intensa na vida do menino. Meu pai, a essa altura,
não trabalhava mais, não escrevia. Tinha sua memória intermitente, mas
continuava a fazer o resto da vida normalmente: era um homem que
mudava de roupa sozinho, comia civilizadamente na mesa, cuidava da sua
higiene pessoal, apenas tinha esse problema de estar, de certo modo, fora

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Entrevista e Desenhos

da vida e fora do mundo. Eu fui muito mimado, quando menino. Mimado


pelo meu pai, já se sabe, e pela minha mãe, pela minha avó, pela minha tia
Lucimar e pelas minhas babás, Dirinha (Valdira) e Teté (ou Ester).Teté era
índia, absolutamente índia. A Valdira era filha de imigrantes portugueses.
Ambas também encheram a minha imaginação. Porque a Teté, que era
índia, me contou muitas histórias indígenas e histórias que eu frequentei
durante toda a minha vida – até fiz um livro, Lendas do índio brasileiro.
E ela contava aquelas lendas espantosas e extraordinárias. Por exemplo,
dos homens que viviam nas cavernas pendurados pelos pés, como os
morcegos. São histórias que, normalmente, nós não encontramos nos
livros. Não encontramos em contos do Magalhães, nem do Barbosa
Rodrigues. Ou a história daquele povo que passava o tempo cerrando
a viga que sustentava o céu, e quando eles estavam quase acabando de
cortar a viga, dormiam. E no dia seguinte, a viga estava íntegra e eles
tinham que começar, eternamente, a mesma tarefa. Era uma espécie de
conto de Sísifo, não é verdade? Mas com uma visão ameríndia. E foi com
Teté, também, que eu aprendi que, quando nós dormimos e sonhamos,
é porque a nossa alma saiu do corpo. Está cumprindo o que se diz no
sono, e precisamos ter cuidado para não acordar muito depressa para que
ela tenha tempo de voltar. São todas histórias que encheram a minha
infância. E a minha avó me lia. A minha avó sentava-se ao meu lado, ou
melhor, eu me sentava ao lado de minha avó. Ela abria aqueles livros de
criança, O urso com música na barriga, do Erico Verissimo, ou a história
dos Três porquinhos pobres. E quando lia, ela com o dedo ia mostrando
as palavras do que estava lendo e eu acompanhava o dedo. Um dia, sem
mais nem menos, descobri que sabia ler. Tinha aprendido a ler sem me
dar por isto. Quer dizer, que a minha avó tinha me ensinado a ler sem
que ela tivesse a mínima intenção de fazê-lo. O que me deu, sempre ao
longo da vida, a impressão de que grande parte do que aprendemos,
nós aprendemos simplesmente porque estamos juntos das coisas. Que as
coisas nos ensinam, mesmo se nós não fazemos esforço para captá-las na
sua inteireza e na sua autenticidade. Aos 8 anos, eu fui para o colégio. Só
que aconteceu uma coisa muito curiosa quando eu cheguei na escola.

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Alberto da Costa e Silva

Eu lia com maior fluência do que os meus colegas, mas não sabia fazer
conta nenhuma, não sabia somar, não sabia diminuir. Então, eu tinha uma
defasagem de conhecimento. Eu sabia muito de história do Brasil, porque
minha avó me tinha lido muitos livros... Mário Sette, Viriato Corrêa,
História do Brasil para crianças... E eu sabia essas coisas muito bem. Mas
tinha uma debilidade que era preciso corrigir rapidamente. De qualquer
maneira, não comecei no 1.o ano primário. Comecei no 3.o ano.

DOUGLAS MACHADO
Começou bastante adiantado...

ALBERTO DA COSTA E SILVA


É, e tive de fazer um esforço muito grande para me pôr em dia com a
aritmética, que meus colegas sabiam bem. E com outras disciplinas, como
ciências naturais, de que eles já tinham algumas noções, e eu não tinha
praticamente nenhuma. Aos 11 anos, eu estava no 1.o ano do ginásio e aos
12 anos ou 13 – já não me lembro – eu me mudei para o Rio de Janeiro
[ALBERTO NASCEU EM SÃO PAULO E PASSOU SUA INFÂNCIA EM
FORTALEZA].

DOUGLAS MACHADO
O senhor estava em Fortaleza e foi para o Rio.

ALBERTO DA COSTA E SILVA


Eu estava em Fortaleza e fomos para o Rio de Janeiro, porque mamãe
tinha grandes ambições ao meu respeito e de minhas irmãs. Ela achava
que eu precisava estudar no Rio, que minha formação tinha que ser no
Rio de Janeiro, e que o ambiente em Fortaleza era provinciano demais.
Não era! Naquela época, já não era. Mas esta era a visão dela, de uma
pessoa que tinha passado tantos anos no Rio de Janeiro, em São Paulo,

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Entrevista e Desenhos

Um pouco mais adiante, na página 23, o senhor continua:


“De outro lado, havia quem defendesse a continuação, ainda
por algum tempo, do tráfico negreiro, por estar persuadido de
que o escravo africano representava, para o Brasil, um fator de
enriquecimento cultural, pela bagagem de experiências de vida nos
trópicos que trazia. Para os que assim pensavam, como Bernardo
Pereira de Vasconcelos, a África não só povoava, mas também
civilizava o Brasil.”
Em discurso no Senado no dia 25 de abril de 1843,Vasconcelos afirmou:
“A África civiliza a América.” Gostaria de entender melhor este
argumento do Bernardo Pereira de Vasconcelos, de que a “África não só
povoava, mas também civilizava o Brasil”.

ALBERTO DA COSTA E SILVA


Bernardo Pereira de Vasconcelos, que era um político conservador,
estava defendendo a continuidade do tráfico negreiro. Ele era defensor
da continuidade do tráfico negreiro, e usava como argumento este de
que os africanos eram os únicos elementos capazes de ocupar o Brasil,
de trabalhar efetivamente no Brasil, de construir a riqueza brasileira. Em
última análise, ao fazer uma defesa da continuidade do tráfico negreiro,
ao usar argumentos a favor da sua tese, ele estava nos revelando – aos
nossos olhos de hoje – o que era basicamente uma verdade. O número dos
portugueses era insuficiente para ocupar o Brasil e o Brasil foi povoado
em grande parte pelos africanos e por alguém que é muito descuidado
pela historiografia brasileira: a mulher índia. Em cada dez portugueses que
vinham para o Brasil, um ou dois traziam sua mulher, os outros vinham
sem mulheres. Entre os africanos, a boa norma era que fossem três homens
por uma mulher, mas digamos que viessem dois homens por uma mulher,
a descompensação de sexos era enorme. E a população, quando você vê
os pequenos recenseamentos feitos pela igreja, pelas autoridades, esteve
em constante crescimento. Ela cresceu graças a quê? Ela cresceu graças à
mulher indígena. A mulher indígena foi o grande ventre do Brasil, ao se

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Poemas

ELEGIA SERENA

D esnudando o seu próprio segredo


o corpo adormeceu sob o sopro dos ventos
os tristes ventos que traziam as formas
frágeis da inocência.

A morte retorna as cousas da infância tangível


no velho corpo que repousa
tão tranquilo
o antigo perfil plácido e fixo
na fragilidade de um azul desolado.

Morto,
o que buscas agora se o mistério possuis?

Talvez a quietude sem fim anseie o grito


o murmúrio das vozes límpidas e claras
a longa queixa
o gemido do ser que se dobra
para completar-se em seus mortos antigos.

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Alberto da Costa e Silva

As cousas ajoelhadas sobre o trôpego dia


de ressequido pó recolhem os teus desejos
caminham ao meu encontro
vindas do teu repouso
tão perfeito
tão perto do silêncio
longe
lá onde a noite possuis
plena de mistério.

Lavam o fugidio, purificam o teu semblante


estes ventos, estes úteis e frágeis, claros e abandonados ventos
que levam à consumação
ao tranquilo remanso
onde fomos e seremos sonhos puros
sono.

[O parque, 1953]

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Alberto da Costa e Silva

PRECE DE 23 DE NOVEMBRO

Meu pai, que estás no céu,


no céu que vejo,
neste céu que respiro e que me veste
(e não naquele de derrota feito,
em que o eterno disfarça o sonho breve),

repara em mim,
em mim, que me envelhece
a tua falta
(a tua falta cresce
e desfaz o rancor desta certeza:
mesmo na morte o corpo dói), protege

o homem que fizeste e que, menino,


se agacha junto à quina das paredes,
o queixo nos joelhos,
o olhar cego
a outro tempo que não seja ainda
imóvel, puro, certo,
como tu,
como tu, que estou sendo
na carne que, em mim,
é teu degredo.

[As linhas da mão, 1978]

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Poemas

SONETO A VERA

Estavas sempre aqui, nesta paisagem.


E nela permaneces, neste assombro
do tempo que só é o que já fomos,
um céu parado sobre o mar do instante.

Vives subitamente em despedida,


calma de sonhos, simples visitante
daquilo que te cerca e do que fica
imóvel no que é breve, pouco e humano.

As regatas ao sol vêm da penumbra


onde abria as janelas. E de então,
vou ao campo de trevo, à tua espera.

O que passa persiste no que tenho:


a roupa no estendal, o muro, os pombos,
tudo é eterno quando nós o vemos.

[A roupa no estendal, o muro, os pombos, 1981]

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Ficções da memória

ESPELHO DO PRÍNCIPE [1994]

Capítulo 19

F OI O PAI quem ensinou o menino a olhar os


insetos. Quem lhe pediu atenção para a alegria
dos grilos. E deu nome à joaninha, à lavandeira, ao
louva-a-deus, ao besouro, à vespa e ao comprido e
estranho bicho-de-pau, que mais parecia um graveto.
Pouco a pouco, mostrou-lhe quão numerosas eram as
espécies de formiga, tão diferentes entre si quanto o
zebu de um cabrito, um cabrito de um jumento ou
este de uma zebra. Umas, foscas; outras, translúcidas;
e também polidas ou quase oleosas. Estas aqui, do
tamanho do marimbondo; aquelas, minúsculas como
o ponto impresso num papel por lápis fino. Viam-se
negras, cinzentas, semiprateadas, amarelas, fulvas, ruivas,
a puxar ao cobre, de uma só cor, bicolores e com
malhas ou rajas, a moverem diferentes antenas, ferrões,
tenazes e chifres. De testa pequena ou cabeçorra maior

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Alberto da Costa e Silva

que o corpo. De bunda enorme, alongada, redonda e em forma de pera,


ou de traseiro proporcional à estrutura do todo. Mas sempre rápidas e
com a aparência de vorazes. E em grupos. Quando uma surgia escoteira,
esperava-se um pouco e lá vinham as outras, em fila e a se ajuntarem
como bois à entrada do curral.

––––

Capítulo 50

VAI O MENINO, de mãos dadas com o amigo. Vai, guarda e pajem,


manhã afora e feliz, rente às cercas de arame farpado cobertas de melões-
de-são-caetano e de uma trepadeira de folhas pequeninas e pequeninas
flores azuladas. De um lado e outro da rua, que se desmancha numa
estrada de barro, os currais com o chão todo de esterco, e vacas e bezerros
a abanarem as moscas, e as roças de milho, as matas de mamona, as copas
balofas das mangueiras, os mamoeiros a se espicharem por detrás dos
mocambos e da desordem do verde.
O pai fala, e a paisagem chega perto. O pai fala como quem canta
e lhe explica o que é rima e metro. Metro e reto; certo e perto. Lamento
e lento; e remo e vento. As palavras também caminham passo a passo, e
podem ser ditas com os dedos no pulso. A voz do pai alonga-se: o nome
de uma flor, que colhe. E ao menino mostra as sépalas e os estames, o
pistilo e a corola.
Depois, o amigo se foi para longe do passeio. O menino puxou-
lhe com força a manga do pijama, como a pedir que voltasse, que de
novo desfizesse a flor e lhe repetisse os versos sobre “aquele que partiu
no brigue Boa Nova”... Mas o pai também se havia ido e, durante todo o
dia, nunca mais voltou.

104
Sobre o escritor

ALBERTO DA COSTA E SILVA


[☆ São Paulo, 1931]

Poeta, ensaísta e historiador, Alberto da Costa e Silva nasceu em São


Paulo, em 12 de maio de 1931, filho do poeta Da Costa e Silva (Antônio
Francisco da Costa e Silva) e de Creusa Fontenelle de Vasconcellos da
Costa e Silva. Estudos primários e início do curso secundário no Colégio
Farias Brito, em Fortaleza. Em 1943, transferiu-se com a família para o
Rio de Janeiro, onde cursou o Externato São José e o Instituto Lafayette.
No início dos anos 1950, integrou o grupo da Revista Branca, de Saldanha
Coelho, quando se aproximou de Samuel Rawet, Fausto Cunha, Jones
Rocha, Renard Perez, Bráulio do Nascimento, Nataniel Dantas e Haroldo
Bruno, entre outros jovens escritores da sua geração. Diplomou-se pelo
Instituto Rio Branco em 1957 e, na carreira diplomática, foi secretário
na Embaixada do Brasil em Lisboa (1960-1963) e Caracas (1963-1964),
cônsul em Caracas (1964-1967), novamente secretário em Washington
(1969), ministro-conselheiro em Madri (1974-1976) e Roma (1977-
1979), embaixador em Lagos, Nigéria (1979-1983), cumulativamente em
Cotonu, República do Benim (1981-1983), e posteriormente em Lisboa
(1986-1990), Bogotá (1990-1993) e Assunção (1993-1995). Presidiu a

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Alberto da Costa e Silva

Academia Brasileira de Letras (2002-2003), para a qual foi eleito em


2000, e é Doutor Honoris Causa em Letras pela Universidade Obafemi
Awolowo (antiga Universidade de Ifé), da Nigéria (1986), e em História
pela Universidade Federal Fluminense e pela Universidade Federal da
Bahia. Publicou doze livros de poemas – O parque e outros poemas (Rio
de Janeiro: Revista Branca, 1953), O tecelão (Rio de Janeiro: Livros de
Portugal, 1962), Alberto da Costa e Silva carda, fia, doba e tece (Lisboa:
Manuel A. Pacheco, 1962), Livro de linhagem (Lisboa: Manuel A. Pacheco,
1966, 2.a edição, fac-similar, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2010),
As linhas da mão (Rio de Janeiro: Difel/Instituto Nacional do Livro, 1978,
ensaio de Antônio Carlos Villaça, Prêmio Luísa Cláudio de Souza, do Pen
Clube do Brasil), A roupa no estendal, o muro, os pombos (Lisboa: Manuel A.
Pacheco, 1981), Le linee della mano (Milão: All’Insegna Del Pesce D’Oro,
1986, tradução para o italiano de Adelina Aletti e Giuliano Macchi,
ensaio de Luciana Stegagno Picchio), Poemas de Da Costa e Silva e Alberto
da Costa e Silva (Lima: Tierra Brasileña, 1986, tradução para o espanhol
de Carlos Gérman Belli), Consoada (Bogotá: Imperial, 1983), Ao lado de
Vera (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, Prêmio Jabuti da Câmara
Brasileira do Livro, 2.a edição, 2011), Poemas reunidos (Rio de Janeiro:
Nova Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional, 2000, Prêmio Jabuti da
Câmara Brasileira do Livro, 3.a edição, 2012), Alberto da Costa e Silva:
melhores poemas (São Paulo: Global, 2007) –, dois livros de memórias, na
série que definiu como “ficções da memória” – Espelho do príncipe (Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1994, 2.a edição, 2012) e Invenção do desenho
(Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007) –, dois livros para o público
infantojuvenil – Um passeio pela África (Rio de Janeiro: Nova Fronteira;
Salvador: Centro de Estudos Afro-Orientais, 2006), A África explicada aos
meus filhos (Rio de Janeiro: Agir, 2008) –, doze livros de ensaios – O
vício da África e outros vícios (Lisboa: João Sá da Costa, 1989), Guimarães
Rosa, poeta (Bogotá: Centro Colombo Americano, 1992, tradução para
o espanhol de Nora Ronderos), A enxada e a lança: a África antes dos
portugueses (Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Edusp, 1992, 3.a
edição, revista e ampliada, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006), As

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Verbete

relações entre o Brasil e a África negra, de 1822 à 2. a Guerra Mundial (Luanda:


Cadernos do Museu Nacional da Escravatura, 1996), Mestre Dezinho de
Valença do Piauí (Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 1998),
O pardal na janela (Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2002), A
manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a 1700 (Rio de Janeiro:
Nova Fronteira/Fundação Biblioteca Nacional, 2002, Prêmio Jabuti da
Câmara Brasileira do Livro e Prêmio Sérgio Buarque de Holanda da
Biblioteca Nacional), Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil
na África (Rio de Janeiro: Nova Fronteira/UFRJ, 2003), Francisco Félix
de Souza, mercador de escravos (Rio de Janeiro: Nova Fronteira/Eduerj,
2004), Das mãos do oleiro: aproximações (Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2005), Castro Alves: um poeta sempre jovem (São Paulo: Companhia das
Letras, 2006), O quadrado amarelo (São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,
2009) – e organizou várias antologias – Da Costa e Silva: poesias completas
(Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1950, 2.a edição, revista e anotada, Rio
de Janeiro: Cátedra/Instituto Nacional do Livro, 1976, 3.a e 4.a edições,
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985/2000), Antologia de lendas do índio
brasileiro (Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1957, 2.a edição,
com o título Lendas do índio brasileiro, Rio de Janeiro: Edições de Ouro,
1969, em sucessivas reedições), A nova poesia brasileira (Lisboa: Escritório
de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil, 1960), Poesia concreta
(Lisboa: Escritório de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil, 1962),
Focus – Enciclopédia Internacional (Lisboa: Sá da Costa, 1963-1968, redação
e organização da parte brasileira), A literatura piauiense em curso: Da Costa e
Silva (Teresina: Corisco, 1997), Poemas de amor de Luís Vaz de Camões (Rio
de Janeiro: Ediouro, 1998), Antologia da poesia portuguesa contemporânea: um
panorama (Rio de Janeiro: Lacerda, 1999, em parceria com Alexei Bueno),
O Itamaraty na cultura brasileira (Brasília: Instituto Rio Branco/Embratel,
2001; 2.a edição, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002), Augusto Meyer:
ensaios escolhidos (Rio de Janeiro: José Olympio, 2007), Essencial Jorge
Amado (São Paulo: Penguin/Companhia das Letras, 2010), Crise colonial e
Independência: 1808-1830 (Rio de Janeiro: Objetiva, 2011, v. 1) e Imagens
da África: da antiguidade ao século XIX (São Paulo: Penguin/Companhia

119
Alberto da Costa e Silva

das Letras, 2012). Em 2004, conquistou o Prêmio Juca Pato/Intelectual


do Ano, da União Brasileira de Escritores, e em 2014 o Prêmio Camões,
o mais importante da língua portuguesa, instituído pelos governos do
Brasil e de Portugal.

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Formato: 18 x 27 cm
Tipologia: Bembo
Papel: Pólen Bold 90 g/m2
Número de páginas: 124
Impressão: HALLEY GRÁFICA E EDITORA
APOIO CULTURAL

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