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- Abandono, terror e rejeição associados a sua aparência; Metade homem, metade animal, não
pertence a uma categoria fixa;
“o homem precisa ser incitado a sair de si, a cancelar o eu e deixar-se escavar pela fenda do não
lugar, pelo corpo, pela terra, pelo outro, pela morte. Incitá-lo a uma outra saúde. Uma saúde ampla
que hospede alteridades banidas.” A alteridade banida, no caso que discutimos, é Pã.
Pânico associado ao início da vida psíquica, tão turbulenta e frágil em sua condição inicial.
Poderíamos pensar na imagem de Pã, metade homem metade animal, como a de um Self que ainda
é ‘meio alguma coisa, meio outra’ e está existencial e funcionalmente ‘preso’, ‘entre’, um mundo e
outro.
- Protetor dos campos e pastagens, deus da natureza, associados ao sexo, a gênese e aos
instintos mais primitivos; Quando é amigo dos homens cuida dos rebanhos e das colméias;
Como é esta experiência de nos darmos conta de que geramos e somos responsáveis pelo que
criamos?
No mito, a mãe de Pã, foge ao ver sua aparência grotesca. Ela foge de seu próprio fruto.
- Dom oracular;
Os intensos afetos antes apavorantes agora modulam uma nova postura.
Nessas situações, parece que a dinâmica de Pã é uma dinâmica iniciadora. A serpente que come
a cauda.
Pã lembra-nos do limite, pois se adentrarmos o irracional de uma forma abusiva, seremos
dominados e aprisionados por ele.