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A RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DA

ALIENAÇÃO PARENTAL NO SISTEMA JURÍDICO


BRASILEIRO

Rafael Santiago de Codes Oliveira


Gama, Distrito Federal

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo aprofundar o tema da alienação parental com
enfoque na responsabilização civil do sujeito alienante. Após a constitucionalização do
Direito Civil, a família e os seus membros receberam uma proteção maior em função da
crescente valorização da Dignidade da Pessoa Humana. O afeto e a solidariedade passam a ser
valores fundamentais da nova família eudemonista. Com isso, o ordenamento passa a rechaçar
antigas violações a direitos que antes não eram tratados com a devida consideração. Essa
evolução social e jurídica fomentou uma maior proteção contra os atos de alienação parental,
cabendo à justiça evitar e reparar os danos decorrentes desse ilícito civil. Passa-se a
responsabilizar civilmente o alienante como forma de compensar os danos e inibir os futuros.
A metodologia utilizada foi, principalmente, a bibliográfica, utilizando-se de livros,
monografias e artigos que tratam da alienação parental e da responsabilidade civil, a ser
aplicada aos seus agentes, com o fim de embasar teoricamente o trabalho. Eventualmente,
traz-se disposições legais e decisões relacionados com o tema.

Palavras-chave: Alienação parental. Responsabilidade Civil.


2

Sumário
INTRODUÇÃO. .................................................................................................................................... 3
1. A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E A CRESCENTE VALORIZAÇÃO
DA FAMÍLIA. ....................................................................................................................................... 3
1.1 A PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ................................ 4
2. ALIENAÇÃO PARENTAL. ............................................................................................................ 6
3. RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DA ALIENAÇÃO PARENTAL. .................. 8
3.1. DANO MORAL CAUSADO PELA ALIENAÇÃO PARENTAL............................................ 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................................ 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ............................................................................................. 15
3

INTRODUÇÃO.

Com o processo de constitucionalização do Direito Civil e a crescente proteção dos


direitos de personalidade, passou-se a ampliar os meios de proteção destinados à defesa das
pessoas no âmbito extrapatrimonial. Um desses meios foi a proteção integral à criança e ao
adolescente, inclusive a proteção contra a alienação parental. Destaca-se a Lei no 12.318 de
26 de agosto de 2010, recente texto normativo que veio para coibir essa alienação sofrida
pelas crianças e pelos adolescentes. Em face da importância do tema e da escassez de julgados
nos Tribunais Superiores (STF e STJ), busca-se delimitar o assunto e desenvolver o aspecto
da responsabilidade civil nos casos de estar presente o dano moral decorrente da alienação
parental. Diante da escassez doutrinária e jurisprudencial, constroi-se o questionamento
quanto à possibilidade de haver a responsabilização civil do alienante parental.

1. A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E A


CRESCENTE VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA.

O processo de constitucionalização do Direito Civil consiste na emigração dos


institutos civilísticos, como contrato, propriedade, empresa para a Constituição Federal. Esta,
em nível hierárquico superior, passa a dar uma maior efetividade e proteção jurídica a esses
institutos, de modo a garantir uma concretização de um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil que a Dignidade da Pessoa Humana. Há uma unidade hermenêutica, de
modo que a Constituição é o ápice normativo conformador da elaboração e aplicação da
legislação civil.1
Esse processo também se fez no âmbito da família. A família como uma realidade
sociológica, evolui juntamente com a sociedade a qual pertence. Para o presente trabalho,
toma-se como paradigma histórico inicial a família influenciada pela Revolução Francesa, que
estava presente no Código Civil Brasileiro de 1916. Nesse período, a família era caracterizada

1 LÔBO, Paulo Luiz Netto. Constitucionalização do Direito Civil. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 33, 1 jul.
1999. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/507>. Acesso em: 25 fev. 2013. Material da 1ª aula da
Disciplina INTRODUÇÃO AO DI-REITO CIVIL E TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL – A
PERSONALIDADE JURÍ-DICA E AS PESSOAS (PARTE 01), ministrada no Curso de Pós-Graduação Lato
Sensu em Direito Civil – Anhanguera-UNIDERP | REDE LFG.
4

por ser matrimonializada, patriarcal, heteroparental, patrimonializada e institucional.


Matrimonializada significa que a família necessariamente se originava pelo casamento.
Patriarcal porque o pai era o chefe da família. Heteroparental em função de só poder ser
constituída pelo casamento entre pessoas de sexos diferentes. Patrimonializada consistia na
união entre pessoas com objetivo deformar um patrimônio e para sua posterior transmissão
aos herdeiros, tendo pouco importância os laços afetivos. E, por fim, institucional significava
que a família, como um instituto jurídico e social, deveria ser protegida como um núcleo
familiar, não havendo a proteção também dos indivíduos como membros dessa família.2
Com a evolução social, com a elaboração de um novo texto normativo
constitucional e com a constitucionalização da família, esta passa a ter novas características,
tendo como objetivo principal a solidariedade entre seus membros e sendo o âmbito
necessário para o desenvolvimento da personalidade de cada um deles. Além disso, as
relações familiares têm como fundamento principal o afeto. Dentre as novas características
dessa instituição, destacam-se por ser plural, democrática, igualitária, sócio-afetiva e
instrumental. Tornou-se plural em razão de se admitir novas formas de constituição familiar,
como a união estável e as uniões homoafetivas, não sendo mais apenas através do casamento
entre homem e mulher. É democrática, em contraposição ao valor patriarcal, porque os
membros são igualmente importantes no desenvolvimento familiar. É igualitária em função de
todos os membros serem sujeitos de direitos e deveres no âmbito familiar em igualdade de
condições. É sócio-afetiva porque a relação entre seus membros se baseia no afeto, reduzindo-
se os valores econômicos e reprodutivos, anteriormente adotados. Instrumental porque é o
meio de desenvolvimento da personalidade do indivíduo que a constitui, visto como um ser
individual. Deixa-se de se proteger apenas a instituição e passa-se a proteger também os
membros que a constituem. Dessa forma, o instituto da família assume uma nova função
social, passando a ser eudemonista, ou seja, o âmbito em que a pessoa irá buscar a felicidade
pessoal e solidária.3

1.1 A PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

2FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson.Direito das famílias. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Lumen
Juris, 2011. Pag. 03 a 05.
3Ibidem, p. 04 a 12.
5

Essa nova posição axiológica de garantir uma maior proteção à dignidade das
pessoas, adotada a partir da Constituição Federal de 1988, estendeu-se para todas as vertentes
jurídicas, inclusive no âmbito de proteção da criança e do adolescente. A família, instituição
eudemonista, passa a ser vista como o âmbito em que a criança e o adolescente irão
desenvolver sua personalidade. Dessa forma, esses sujeitos de direitos devem receber a
proteção jurídica também no seio familiar.
Antes da Constituição de 1988, prevalecia, na doutrina brasileira, a posição de que a
proteção da criança e do adolescente deveria ser apenas quando estes estivessem em posição
irregular, ou seja, não eram sujeitos de direitos, mas apenas objetos de proteção do Estado nas
circunstâncias de não estarem inseridos no seio familiar ou de terem cometido infrações
penais. Todavia, a posição que se adota atualmente é a da proteção integral, ou seja, a criança
e o adolescente devem receber proteção normativa em todos os aspetos, como o direito à vida,
à liberdade, à educação, ao lazer, ao convívio familiar equilibrado, de modo a permitir que
desenvolvam sua personalidade. Passam a ser sujeitos de direitos.4 Essa posição está
positivada no artigo 227 da Constituição.5
Pela leitura do preceito, a criança, o adolescente e o jovem possuem o direito de uma
convivência familiar. Segundo Paulo Lobo, a convivência familiar é a relação afetiva entre os
integrantes do grupo familiar, decorrentes ou não dos laços de parentesco, em um ambiente
comum, como a casa em que moram. Nesse local, os integrantes desse grupo sentem-se
protegidos em razão dessa união6.
Dessa forma, entende-se que esses sujeitos de direitos devem ter garantida a proteção
da convivência familiar. Contudo, para que eles possam desenvolver sua personalidade, a
convivência familiar deve ser adequada. Para isso, o ambiente onde vivem deve lhes garantir
uma proteção à sua dignidade e lhes permitir o desenvolvimento de todos os aspectos da sua
personalidade. Os pais ou outros responsáveis pelas crianças ou adolescentes, sujeitos do
poder familiar, devem fomentar uma convivência familiar sadia, a todo o momento, como, por
exemplo, um ambiente capaz de garantir a saúde física e mental desses menores. Eventuais

4 COSTA VELHO, Bruna Cristina Gonçalves da; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. FACULDADE
DE DIREITO.A tutela jurisdicional da criança e do adolescente em face da alienação parental.2014. 59 f. TCC
(Graduação em Direito) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Direito, Fortaleza-CE, 2014. Disponível
em: <http://www.repositoriobib.ufc.br/000011/00001184.pdf>. Acesso em: 01fev. 2015. Pag. 17 e 18.
5 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 01fev. 2015.
6 LÔBO, Paulo. Direito Civil: famílias. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.p.74.
6

conflitos entre os pais não devem se estender de modo direto aos filhos, que podem não ter
maturidade suficiente para compreendê-los. Em razão disso, o ordenamento jurídico brasileiro
tenta impedir a interferência psicológica maléfica às crianças e aos adolescentes, feitas por
seus responsáveis, de modo que evite prejudicar o desenvolvimento psicossocial destes.

2. ALIENAÇÃO PARENTAL.

Como dito anteriormente, a criança e o adolescente têm o direito a uma convivência


familiar sadia para que possam desenvolver adequadamente suas personalidades. Toda e
qualquer violação a esse direito deve ser rechaçado. Como forma de proteção à dignidade da
criança e do adolescente, o ordenamento brasileiro colocou em vigor a Lei no 12.318 de 26 de
agosto de 2010. Ela visa protegê-los contra a alienação parental praticada pelos responsáveis
destes.
Um dos primeiros a conceituar a Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi o
americano, especialista em psiquiatria infantil e perito judicial, Richard Gardner, em 1985, ao
analisar os sintomas desenvolvidos por crianças em divórcios litigiosos. Assim define:

A Síndrome de Alienação Parental (SAP) é um distúrbio da infância que


aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de
crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um
dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha
nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor
(o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições
da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a
negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança
pode ser justificada, e assim a explicação de Síndrome de Alienação Parental
para a hostilidade da criança não é aplicável.7

Antes de desenvolver o tema, faz-se necessária a diferenciação entre Síndrome de


Alienação Parental e a própria alienação parental. Aquela, como já definido, são os sintomas,
emocionais e psicológicos, apresentados pela criança e pelo adolescente em decorrência da
influência psicológica denegritóriado alienante, como o genitor, em relação ao outro,
possibilitando a destruição dos vínculos afetivos existentes entre este e o filho. Já a alienação

7 GARDNER, Richard. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome de Alienação Parental
(SAP)?. Tradução de Rita Rafaeli. Disponível em: <http://www.alienacaoparental.com.br/textos-sobre-sap>.
Acesso em 01 fevereiro de 2015.
7

parental, que antecede à Síndrome, são os atos praticados pelo alienador, consciente ou
inconscientemente, ao alienado, que visam “manchar a imagem” do outro responsável
prejudicado. Esses atos causam lesões psicológicas ao alienado, que geram a Síndrome, bem
como causam lesões afetivas entre este e o responsável prejudicado, que, normalmente, ocorre
quando os cônjuges se divorciam. 8
Apesar da diferença, a Lei no 12.318, em seu artigo 2º 9, define apenas a alienação
parental visto que, ao rechaça-la, esta que precede à SAP, estar-se-á, logicamente, impedindo-
a também.
Essa interferência feita pelo alienante, segundo a doutrina, causa sérios transtornos
ao alienado, que são os sintomas da Síndrome, como a depressão, incapacidade de se adaptar
aos ambientes sociais, transtornos de identidade e de imagem, desespero, tendência ao
isolamento, comportamento hostil, falta de organização e, eventualmente, abuso dedrogas,
álcool e suicídio.10
Conforme o artigo 3º do mesmo diploma, esse abuso do poder familiar viola o direito
da criança e do adolescente de terem uma convivência familiar sadia, causando sofrimentos
psicológicos e emocionais aos alienados e prejudicando o desenvolvimento de sua
personalidade. Essa conduta do alienante também prejudica àquele que foi denegrido e
dificulta ou impossibilita o seu convívio com a criança ou o adolescente o qual possui
vínculo. Dessa forma, ao embaraçar o afeto e o convívio entre estes, o alienante comete ilícito
civil, lhes causando dano moral passível de ser reparado civilmente11, conforme preceituado
nos artigos 186 e 927 do Código Civil.12 Esse dever de indenizar também é amparado na

8
COSTA VELHO, Bruna Cristina Gonçalves da; UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. FACULDADE
DE DIREITO. A tutela jurisdicional da criança e do adolescente em face da alienação parental. 2014. 59 f. TCC
(Graduação em Direito) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Direito, Fortaleza-CE, 2014. Disponível
em: <http://www.repositoriobib.ufc.br/000011/00001184.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2015. Pag. 29 e 30.
9 Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do
adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou
adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao
estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 02 fev. 2015.
10
Oliveira, Carlos Nazareno Pereira de. Alienação parental: ilícito civil hábil a ensejar um dano de ordem moral e
uma consequente reparação pecuniária. ADV advocacia dinâmica: informativo, n. 30, p. 375-374, jul. 2014. Pag.
375.
11Ibidem, Pag. 375 e 374.
12
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e
187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 03 fev. 2015.
8

Constituição Federal de 1988, no inciso X do artigo 5º, em que se assegura indenização por
dano moral causado em decorrência de violação aos direitos de personalidade.13

3. RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DA ALIENAÇÃO


PARENTAL.

Os pais possuem a obrigação de exercer o poder familiar adequadamente, prestando


toda e qualquer assistência aos filhos, na medida de suas possibilidades, bem como educá-los,
tudo de modo que permitam o desenvolvimento da personalidade destes com o auxílio da
família. “É no espaço familiar, estejam os pais unidos ou separados, que a criança e o
adolescente devem encontrar sua estabilidade e a sua socialização, sobre cujos valores e
fundamentos formarão sua própria e estável personalidade”.14 Todavia, quando um dos
genitores pratica atos capazes de alienar seu filho em detrimento do outro genitor, o primeiro
infringe seu dever paterno, pois pratica uma violação aos direitos da criança e do adolescente.
Essa conduta causa danos aos prejudicados pelo ato da alienação.15 Em face desse dano,
questiona-se a possibilidade da responsabilização civil do agente alienante.
Para responder ao questionamento, faz-se necessário um breve conhecimento sobre
Responsabilidade Civil. Segundo Cavalieri Filho, quando há uma violação a um dever
jurídico, como o de garantir um convívio familiar sadio ao filho, gera-se um ilícito que,
frequentemente, causa um dano a alguém, no caso, o filho que sofreu a alienação e o outro
responsável preterido. Desse dano, surge um dever jurídico sucessivo de reparar pelo dano
causado. 16
Segundo o autor, “responsabilidade civil é um dever jurídico sucessivo que surge
para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário”.17

13
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 04 fev. 2015.
14
Madaleno, Ana Carolina Carpes. Madaleno, Rolf. Síndrome da alienação parental: importância da detecção:
aspectos legais e processuais. Rio de Janeiro: Forense, 2014. 158 p. pag. 73.
15
Vieira, Patrício Jorge Lobo. O dano moral na alienação parental. Revista brasileira de direito das famílias e
sucessões, v. 14, n. 31, p. 92-108, dez./jan. 2012/2013. Pag. 103.
16
CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 11ª. ed. revista e ampliada. São Paulo: Atlas,
2014. 641 p. Pag. 14.
17
Ibidem. Pag. 14.
9

Para que se afira a responsabilidade civil do agente, deve-se verificar a presença dos
seus pressupostos, que, segundo a doutrina, podem ser identificados no artigo 186 do Código
Civil. São eles:

a) Conduta culposa do agente, o que fica patente pela expressão “aquele


que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imperícia”;
b) Nexo causal, que vem expresso no verbo causar; e
c) Dano, revelado nas expressões “violar direito ou causar dano a
outrem”.18

Quanto à incidência da responsabilidade civil no âmbito do Direito de Família, a


doutrina entende possível, mas diverge quanto à questão de a violação de um dever específico
do Direito de Família ser capaz de gerar um dever de indenizar por si só. Para uma corrente
mais ampla da incidência da responsabilidade civil nas relações familiares, entende-se que a
reparação do dano deve ocorrer tanto nos casos de gerais de ilicitude, presentes nos termos
dos artigos 186 e 187 do Código Civil, como também nos específicos, quando há uma
violação dos deveres familiares em concreto, como a simples violação dos deveres
matrimonias, previsto no Código Civil, no artigo 1.566, a exemplo do adultério. Para a outra
corrente, adota-se uma posição mais restrita ao entender que as regras da responsabilidade
civil aplicam-se ao Direito de Família apenas nos casos de gerais de ilicitude, ou seja, só
haveria um dever de indenizar se o ilícito praticado na relação familiar violar os artigos 186 e
19
187. No presente trabalho, adota-se a segunda corrente, de modo que o dever de reparar o
dano no âmbito familiar ocorre apenas quando presentes os pressupostos mencionados.
Entender de modo diverso poderia gerar um patrimonialização das relações familiares. Por
exemplo, não se pode indenizar um genitor pelo simples fato dele não apresentar afeto por seu
filho. Nesse sentido, apesar de ainda não consolidado, decidiu o Superior Tribunal de
Justiça.20

18
CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 11ª. ed. revista e ampliada. São Paulo: Atlas,
2014. 641 p. Pag. 33.
19
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Direito das famílias. 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Lumen
Juris, 2011. Pag. 115 a 116.
20
EMEN: CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE.
RECONHECIMENTO. DANOS MORAIS REJEITADOS. ATO ILÍCITO NÃO CONFIGURADO. I. Firmou o
Superior Tribunal de Justiça que "A indenização por dano moral pressupõe a prática de ato ilícito, não rendendo
ensejo à aplicabilidade da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o abandono afetivo, incapaz de reparação
pecuniária" (Resp n. 757.411/MG, 4ª Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, unânime, DJU de 29.11.2005). II.
Recurso especial não conhecido. EMEN: (RESP 200300209553, ALDIR PASSARINHO JUNIOR, STJ -
QUARTA TURMA, DJE DATA: 25/05/2009. DTPB). Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?tipo_visualizacao=null&processo=200500854643&b=ACO
R&thesaurus=JURIDICO>. Acesso em: 04 fev. 2015.
10

Dito isso, sendo a alienação parental um caso de responsabilidade civil


extracontratual e subjetiva, verifica-se o dever do alienante de responder civilmente, quando
comprovados os seus pressupostos. Por ser uma responsabilidade subjetiva, deve-se ainda
comprovar a existência de culpa em sentido lato, que abrange o dolo e a culpa stricto sensu.21
Primeiro, a conduta é aquela praticada pelo alienante, de modo comissivo ou omissivo, ou
seja, os próprios atos da alienação parental. Segundo, o dano é causado pelo alienante ao
alienado e ao outro responsável denegrido de forma que estes têm violados os direitos à
convivência familiar sadia, à saúde psicológica, dentre outros. Haverá nexo causal quando se
comprovar que a conduta do alienante está relacionada à violação dos direitos mencionados.
Por fim, a culpa é a verificação do animus subjetivo do alienante de interferir,
psicologicamente, na criança ou no adolescente, de modo a influenciar negativamente estes
em detrimento do outro responsável que possui vínculo com o menor.
Presentes tais pressupostos, há existência de dano moral aos prejudicados passível de
responsabilização civil pelo alienante.

3.1. DANO MORAL CAUSADO PELA ALIENAÇÃO PARENTAL.

A conduta ilícita do alienante causa dor, sofrimento, impede ou dificulta o convívio


entre os prejudicados pela sua ação ou omissão, bem como afeta o desenvolvimento da
personalidade da criança e do adolescente. Todas essas consequências negativas da alienação
serão aferidas para a determinação do dano moral, visto que violam a dignidade dos
afetados.22
Para Cavalieri Filho, dano moral, em sentido amplo, é aquele violador de algum
direito ou da personalidade, que são os atributos das pessoas, como a imagem, a honra, o
nome, as relações afetivas. Esse dano tem natureza imaterial e não pode ser susceptível à
avaliação pecuniária, mas apenas compensado por uma obrigação pecuniária a ser adimplida
pelo alienador,23 ou seja, este causa um dano e deverá responder por meio de uma
compensação a ser determinada em juízo.

21
Silva, Myrela Lopes da. Responsabilidade civil familiar por infringência ao dever de cuidar. In: Ciência
jurídica, v. 28, n. 177, p. 466-480, maio/jun. 2014. Pag. 468 e 469.
22
Ibidem. Pag. 472.
23
CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 11ª. ed. revista e ampliada. São Paulo: Atlas,
2014. 641 p. Pag. 108.
11

O dano moral poderá ser comprovado com base nas provas trazidas nos autos, bem
como através do laudo pericial produzido pela equipe multidisciplinar e pela coleta de
informações em audiência. A alienação pode ser manifestada de várias maneiras, como a
manifestação de comentários desagradáveis a respeito do outro responsável, tornar a criança
insegura na presença do outro, dificultar ou impedir a visitação e o convívio entre eles.24 O
dano pode ser presumido quando se verificar que o alienado e o genitor prejudicado
demonstrarem sofrimento, perturbação psicológica e contato irrecuperável entre eles. 25
Pode-se exemplificar com uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,
visto serem escassas as decisões dos Tribunais Superiores, em que se exige a comprovação
dos pressupostos da responsabilidade civil (conduta culposa, sano e nexo de causalidade entre
eles) para a reparação, por dano moral, da alienação parental. 26
Analisando-se todos os fatos trazidos pelas partes e as demais circunstâncias
verificadas ao longo do processo, o juiz terá meios de mensurar a quantificação do dano
causado pelo alienante. Por mais subjetiva que seja a mensuração de um dano causado a uma
relação afetiva, é dever do juiz estipular uma indenização proporcional e capaz de compensar
a violação dos direitos dos prejudicados.

Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma quantia
que, de acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento
experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as
condições sociais sofridas do ofendido e outras circunstâncias mais que se
fizerem presentes. 27

24
Madaleno, Ana Carolina Carpes. Madaleno, Rolf. Síndrome da alienação parental: importância da detecção:
aspectos legais e processuais. Rio de Janeiro: Forense, 2014. 158 p. pag. 42.
25
Vieira, Patrício Jorge Lobo. O dano moral na alienação parental. Revista brasileira de direito das famílias e
sucessões, v. 14, n. 31, p. 92-108, dez./jan. 2012/2013. Pag. 105.
26 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR ATO ILÍCITO. 1. DIREITO PROCESSUAL CÍVEL.
PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA REJEITADA. NÃO VERIFICAÇÃO DE JULGAMENTO
CITRA-PETITA. 2. RESPON-SABILIDADE CIVIL. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 186 E 927 DO CCB.
DANO MORAL. ALEGAÇÃO DE OFENSAS VERBAIS E ALIENAÇÃO PARENTAL. AUSÊNCIA DE
PROVAS (ART. 333, I, DO CPC). PRECEDENTES. 1. Não concretiza hipótese de nulidade sentença que,
apreciando o pedido de reparação no contexto da alegação sobre a ocorrência de variadas ofensas, dá maior
enfoque a uma que a outra. Pretensão analisada e solvida na sua integralidade. 2. A verificação de efetivo dano
decorrente de relações familiares não se presume decorrente do distanciamento afetivo por si só, o que se trata de
circunstância a que todos estão sujeitos em razão da convivência em família. A prova da veracidade dos fatos
alegados, além do nexo de causalidade entre o dano e a conduta atribuída ao suposto ofensor é ônus que incumbe
à parte autora (art. 333, I, do CPC), e, na sua ausência, não há cogitar reparação. APELO DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70049655202, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara
Medeiros, Julgado em 26/09/2012). Disponível em: <http http://www.tjrs.jus.br/busca/?tb=proc>. Acesso em: 05
fev. 2015.
27
CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 11ª. ed. revista e ampliada. São Paulo: Atlas,
2014. 641 p. pag. 155.
12

O valor arbitrado é apenas simbólico porque a indenização não conseguirá reverter o


dano já causado pela alienação.28 Ainda, eventualmente, o dano moral pode não ser a medida
mais adequada, pois, em certos casos, não se mostra eficaz em razão, por exemplo, de
situações em que se necessita de uma medida mais rápida, como a busca e apreensão da
criança sob o fundamento do poder geral de cautela.29 Todavia, nada impede a cumulação de
pedidos, conforme o artigo 6º da Lei no 12.318.30 Esse preceito também traz exemplos de
medidas a serem adotadas, de acordo com o caso concreto, para anular os atos negativos e
evitar novos danos.
Cabe ressalvar que essas medidas também podem ser determinadas por meio de
tutela antecipada quando o caso demonstrar a existência dos seus pressupostos, como a prova
inequívoca da verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação, bem como quando houver perigo de irreversibilidade do provimento
3132
antecipado, conforme o artigo 273 do Código de Processo Civil. Pode-se exemplificar
com o caso da criança que sofre pressões psicológicas pelo alienante. Nesse caso, poderá ser
concedida a tutela antecipada para que seja determinado o acompanhamento psicológico para
evitar maiores lesões à personalidade do menor.
Assim, o juízo de Família tomará todas as medidas cabíveis para evitar maiores
lesões às personalidades dos lesionados pela alienação parental, inclusive por tutela
antecipada, e determinar a responsabilização civil do dano moral já causado. A indenização
não reestabelecerá os danos psicológicos, emocionais e às relações familiares, mas tentará
compensá-los e terá efeito inibitório de novas alienações.

28
Silva, Myrela Lopes da. Responsabilidade civil familiar por infringência ao dever de cuidar. In: Ciência
jurídica, v. 28, n. 177, p. 466-480, maio/jun. 2014. Pag. 477 e 478.
29
Vieira, Patrício Jorge Lobo. O dano moral na alienação parental. Revista brasileira de direito das famílias e
sucessões, v. 14, n. 31, p. 92-108, dez./jan. 2012/2013. Pag. 104.
30
Art. 6 Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de
criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não,
sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais
aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental
e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular
multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a
alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio
da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado
mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter
a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das
alternâncias dos períodos de convivência familiar. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso em: 05 fev. 2015.
31
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869compilada.htm>. Acesso em: 05 fev. 2015.
32
Figueiredo, Fábio Vieira; Alexandridis, Georgios. Alienação parental. 2ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
13

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Diante do que foi apresentado, percebe-se que o Direito Civil evoluiu com a sua
Constitucionalização, devendo-se rever seus institutos para adequá-los aos novos valores
adotados pela Constituição de 1988, principalmente a Dignidade da Pessoa Humana.
Com base nessa nova vertente, a família assume novas características, tendo como
fundamento principal o afeto, a solidariedade. Ela também é o âmbito o qual as pessoas
desenvolvem sua personalidade.
É no seio familiar que a criança e o adolescente obtêm apoio material, moral e
afetivo para se desenvolverem quanto à sua personalidade. Para que se tornem um adulto com
uma boa saúde mental, é necessário que a família lhes dê suporte em todos os aspectos.
Omissões e danos nessa época podem ocasionar lesões que se repercutiram durante toda a sua
vida. Por isso, o ordenamento jurídico tende a conceder integral proteção à criança e ao
adolescente.
Uma dessas proteções é contra a alienação parental. Busca-se evitar qualquer
interferência psicológica negativa direcionada à criança e ao adolescente, por meio do
responsável alienante, contra o outro responsável preterido. Essa conduta do alienante pode
ocasionar Síndrome de Alienação Parental ao alienado, afetando sua saúde mental e sua
relação afetiva com o outro responsável preterido.
Qualquer indício que demonstre alienação parental deve ser rechaçada,
principalmente na Justiça, em que o juiz, juntamente com uma equipe multidisciplinar,
analisará o caso e adotará todas as medidas cabíveis para proteger a criança e o adolescente,
bem como o outro prejudicado pela alienação.
Uma das medidas a ser adotada em juízo é a responsabilização civil do alienante, que
indenizará o alienado e o outro responsável, normalmente o genitor que não possui a guarda
do filho, em razão do dano moral causado. Todavia, por mais que se tente compensar a
alienação parental com essa indenização, muitas vezes, já ocorreram abalos psicológicos aos
prejudicados e se tornaram afetivamente distantes.
Por fim, percebe-se a importância e o desenvolvimento do tema, na busca da
proteção integral da criança e do adolescente, pois, somente em 2010, foi editada a Lei
número 12.318 que os protege contra a alienação parental. Em razão da recente proteção
legislativa, ainda há pouca doutrina e jurisprudência sobre o tema, principalmente no Superior
14

Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, de modo que o artigo tenta contribuir para
a discussão e compilação dos atuais entendimentos do tema.
Em face do que foi exposto, percebe-se que apesar de incipiente, o tema da
responsabilidade civil decorrente da alienação parental é de suma importância na proteção da
dignidade da criança e do adolescente, bem como a do parente prejudicado, de modo que,
caso haja violação de direito ocasionada pela alienação a esses sujeitos, poderá haver a
responsabilização civil do alienante como forma de reparar o dano gerado pela sua conduta.
15

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ampliada. São Paulo: Atlas, 2014. 641 p.

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ano 4, n. 33, 1 jul. 1999 . Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/507>. Acesso em: 25
fev. 2013. Material da 1ª aula da Disciplina INTRODUÇÃO AO DI-REITO CIVIL E
TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL – A PERSONALIDADE JURÍ-DICA E AS
PESSOAS (PARTE 01), ministrada no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Civil
– Anhanguera-UNIDERP | REDE LFG.

Madaleno, Ana Carolina Carpes. Madaleno, Rolf. Síndrome da alienação parental:


importância da detecção: aspectos legais e processuais.Rio de Janeiro: Forense, 2014. 158 p.

OLIVEIRA, Carlos Nazareno Pereira de. Alienação parental: ilícito civil hábil a ensejar
um dano de ordem moral e uma consequente reparação pecuniária. ADV advocacia
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