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Marcus Vinicius Ginez da Silva Advogado – OAB-PR..30.

664
Av. Paraná, 453 - 9º Andar-Sala 904 – Ed. Sul Brasileiro Fone/Fax (43)3321-3562 / 3344-2184 e 9101-6361.
_________________________________________________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CÍVEL DA
COMARCA DE LONDRINA – PR.

AUTOS: 370/2003

CONJUNTO RESIDENCIAL SAVEIROS, já devidamente


qualificado nos autos em epígrafe de AÇÃO DE SUMÁRIA DE COBRANÇA
proposto contra NILCEIA GODOY MENDES, por seu advogado e bastante
procurador infra-assinado, vem com devido respeito e acatamento a
douta presença de Vossa Excelência, apresentar suas CONTRA RAZÕES DE
APELAÇÃO, requerendo após, que sejam as mesmas remetidas ao EGRÉGIO
TRIBUNAL DE ALÇADA com as homenagens e cautelas de estilo, pelos
fatos e fundamento articulados que passa expor e ao seu final
requerer:

Nestes termos pede


E espera deferimento
Londrina, 20 de março de 2004.

MARCUS VINICIUS GINEZ DA SILVA


Advogado OAB-PR.30664

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Marcus Vinicius Ginez da Silva Advogado – OAB-PR..30.664
Av. Paraná, 453 - 9º Andar-Sala 904 – Ed. Sul Brasileiro Fone/Fax (43)3321-3562 / 3344-2184 e 9101-6361.
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CONTRA RAZÕES DA APELAÇÃO

APELANTE: NILCEIA GODOY MENDES


APELADO: CONJUNTO RESIDENCIAL SAVEIROS
AUTOS: 370/2003
ORIGEM: 7ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA-PR

EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
ÍNCLITO JULGADORES

I – PRELIMINARMENTE
I.I DO AGRAVO RETIDO
O Apelado em sede preliminar requer a esta Colenda
Câmara Julgadora que negue TOTAL PROVIMENTO ao Agravo Retido
interposto, tendo em vista, que no caso in tela não se aplica o
instituto da Denunciação da Lide conforme demonstrou o Agravado ora
Apelado nas contra razões.
Requer-se, outrossim, seja acolhido o pedido de
condenação da Agravante feito no Agravo.

II – DO MÉRITO
II.I - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A Apelante no mérito insiste ainda na denunciação da
lide, a qual já restou demonstrada que não é admissível no Rito
Sumário.

Malgrado, aduz também que por ter a r. sentença de


primeiro grau sido julgada parcialmente procedente a sucumbência
deveria ter sido recíproca, pois, decaiu o Apelado em parte de seu
pedido.
Sem admitir, mas por amor a argumentação, se não
fosse o equivoco causado pelo douto magistrado “a quo” poderia-se

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até “entender” sem, contudo admitir que os honorários deveriam ser
recíproco, isso se tivesse o Autor “decaído da maior parte de seu
pedido” o que não ocorreu.

Outrossim, como bem exposto na r. decisão, o


magistrado singular “deixou de impor os ônus de sucumbência ao
condomínio autor em virtude de decair da parte “mínima” do pedido”

Destarte, com relação aos honorários nada há de se


reformar, já o mesmo não se pode dizer quanto à decisão de primeiro
grau, que deve sim ser reformada para atender o disposto não só na
Convenção do Apelado, mas também na Lei 4.591/64.

Destarte, reitera o Apelado o pedido de reforma da r.


decisão monocrática com os julgados abaixo colacionados.

APELAÇÃO CÍVEL 0171547-5 - CURITIBA - Ac. 13404 JUIZ


CONV. KUSTER PUPPI - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
03/05/02 - DJ: 24/05/02. Por unanimidade de votos,
deram provimento - AÇÃO SUMÁRIA DE COBRANÇA -
CONDOMÍNIO - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR -
INAPLICABILIDADE – MULTA CONDOMINIAL DEVIDA -
PERCENTUAL PREVISTO NA CONVENÃO DO CONDOMINIO.
APELAÇÃO CÍVEL 0164449-3 - CURITIBA - - Ac. 13463
JUIZ CONV. KUSTER PUPPI - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
15/05/02 - DJ: 07/06/02 Por unanimidade de votos,
negaram provimento - COBRANCA COTA CONDOMINIAL -
LEGITIMIDADE DO CONDOMINIO - MULTA CONDOMINIAL DEVIDA
NO PERCENTUAL PREVISTO NA CONVENCAO - JURO MORATORIOS
DEVIDOS NO PERCENTUAL DE 1% AO MES.

APELAÇÃO CÍVEL 0202738-1 - CURITIBA - - Ac. 2974


MACEDO PACHECO - DÉCIMA CAMARA CÍVEL - Julg: 25/09/03
DJ: 10/10/03 - AÇÃO DE COBRANCA. TAXAS CONDOMINIAIS.
JUROS MORATÓRIOS DEVIDOS DO VENCIMENTO DE CADA
PARCELA, NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME PRECEITUA O
ART. 12, 3 ., DA LEI 4.591/64. MULTA CONDOMINIAL
PREVISTA NO REGIMENTO INTERNO EM 20% DEVIDA. RECURSO
1 QUE MERECE PROVIMENTO. RECURSO 2, QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
1.MERECE REFORMA A DECISÃO A FIM DE ESTIPULAR A
INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS RELATIVOS A DÉBITOS DE
CONDOMINIO EM 1%, CONTADOS DE CADA VENCIMENTO.
2.A MULTA CONDOMINIAL DE 20 % E DEVIDA, POSTO QUE
ENCONTRA-SE PREVISTA NO REGIMENTO INTERNO DO
CONDOMINIO.

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(Ocorrência 100/732)
APELAÇÃO CÍVEL 0193784-2 - CURITIBA - - Ac. 51 NILSON
MIZUTA - NONA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/02 - DJ:
02/08/02
Por unanimidade de votos, deram provimento.
DESPESA CONDOMINIAL. MULTA. REDUCAO. O ARTIGO 924 DO
CODIGO CIVIL QUE PREVE A DIMINUICAO DO VALOR DA
MULTA, NÃO SE APLICA AO CASO DE PAGAMENTO DE COTA
CONDOMINAL EM ATRASO, QUE DEVE SER FIXADA CONFORME
PREVE A CONVENCAO DO CONDOMINIO, QUE POR SUA VEZ DEVE
ESTAR DE ACORDO COM O ART. 12, 3 , DA LEI 4.591/64.
RECURSO PROVIDO

Condomínio - cobrança de despesas - multa - limitação


- convenção - aplicação - Novo Código Civil - exegese
Apelação s/revisão nº 660438-00/8 - Comarca de São
Paulo.
Apelante: Eduardo Costa Travassos
Apelado : Condomínio Edifício Barão de Formosa

Acórdão
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os juízes
desta turma julgadora do Segundo Tribunal de Alçada
Civil, de conformidade com o relatório e o voto do
relator, que ficam fazendo parte integrante deste
julgado, nesta data, negaram provimento ao recurso,
por votação unânime.

Turma Julgadora da 4ª Câmara


Juiz Relator: Julio Vidal
2º Juiz: Neves Amorim
3º Juiz: Francisco Casconi
Juiz Presidente: Julio Vidal
Data do julgamento: 31.01.03

Comarca: São Paulo - 4ª Vara Cível


Processo nº 524199/00
Apelante: Eduardo Costa Travassos
Apelado : Condomínio Edifício Barão de Formosa
Voto nº 4.703
Condomínio. Despesas condominiais - Código de Defesa
do Consumidor - Inaplicabilidade - Inexistindo
relação de consumo na relação jurídica que se
estabelece entre o condomínio e o condômino, não há
que se falar na limitação de 2% (art. 52, § 1º, da
Lei nº 8.078/90), aplicando-se o disposto no art. 12,
§ 3º, da Lei nº 4.591/64, que estipula multa de até
20%. Multa moratória. Previsão - Convenção de
Condomínio.
CONDOMÍNIO - COBRANÇA DE CUSTOS DE OBRA - DEFESA
CENTRADA NA NULIDADE DA ASSEMBLÉIA QUE DELIBEROU A
RESPEITO - MULTA - JUROS MORATÓRIOS - Argüição de
nulidade da assembléia. A decisão da assembléia
condominial é eficaz em relação a todos os

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condôminos, mesmo quando padece de algum vício.
Exegese do art. 24, § 1°, da Lei 4.591/64. Assim,
tendo caráter compulsório imediato, não pode o
condômino invocar eventual nulidade em defesa de ação
de cobrança, porquanto vigora o principio solve et
repete. Tal matéria só será possível ser argüida em
demanda própria. Jurisprudência uniforme a respeito.
Multa - Percentual - O percentual da multa, devida
pelo condômino inadimplente em suas obrigações, é
definido pela respectiva Convenção, respeitado o
limite de 20%. Exegese do art. 12 e § 3° da Lei
4.591/64. Inaplicabilidade do art. 52, § 1°, da Lei
8.078/90 (CDC), na redação dada pela Lei 9.298, de
01.08.96 (Lei da Multa de 2%), por ser exclusivo ao
fornecimento de produto ou serviço que envolva
outorga de crédito ou concessão de financiamento ao
consumidor. Juros Moratórios - Taxa - Os juros
moratórios legais são de 1 % ao mês (Lei 4.591/91,
caput). (TARS - AC 197077183 - 6ª C. Cív. - Rel. Juiz
Irineu Mariani - J. 14.08.97)

No mesmo sentido foi o v. Acórdão proferido pela 7ª


Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça de nosso Estado,
vejamos:
9. Em terceiro lugar, cabível a atualização monetária
desde os vencimento das respectivas quotas, ainda que
ausente previsão em convenção, sob pena
locupletamento do devedor. A correção monetária não é
pena, mas mera atualizado hoje da moeda de ontem.
Visa restaurar o poder aquisitivo da moeda. A maior
obrigação do condômino é pagar suas quotas em dia,
sob pena de sobrecarregar os demais condôminos que
deverão suportar a quota parte do inadimplente. Quem
participa de condomínio tem a obrigação legal e moral
de pagar em dias suas contribuições, uma vez que se
deixar de fazê-lo exige, necessariamente, que os
demais condôminos supram a sua quota parte.
10. Este Tribunal tem decidido:
9007860 - EMBARGOS INFRINGENTES - CONDOMÍNIO -
COBRANÇA DESPESAS ORDINÁRIAS - CORREÇÃO MONETÁRIA -
PARCELAS VENCIDAS - INCIDÊNCIA A PARTIR DA
EXIGIBILIDADE DA DÍVIDA - EMBARGOS REJEITADOS - 1. A
correção monetária praticada apenas como atualização
da moeda, incide a partir do respectivo vencimento da
obrigação. 2. A correção monetária não se constitui
em um plus, senão em uma mera atualização da moeda,
aviltada pela infração. 3. O crédito pago sem
correção, importa em verdadeiro enriquecimento sem
causa do devedor e, a ninguém é lícito tirar proveito
de sua própria inadimplência. 4. O condomínio e
gerado e administrado somente com a regularidade do
pagamento das despesas por todos os condôminos. Se um
deles falha no compromisso, haverá sobrecarga aos

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demais, não sendo justo que os débitos a cargo do
condomínio inadimplente não sejam corrigido desde o
vencimento das prestações. (TAPR - EI (GR) 126816001
- (986) - Curitiba - 1ª G.C.Cív. - Rel. Juiz Lauro
Augusto Fabricio de Melo - DJPR 17.09.1999).
" ... 3) TAXAS DE CONDOMÍNIO - A CORREÇÃO MONETÁRIA
DOS DÉBITOS CONDOMINIAIS FLUI DA DATA DO VENCIMENTO
MENSAL, PARA ASSEGURAR ATUALIZAÇÃO DO VALOR DEVIDO.
4) TAXAS DE CONDOMÍNIO - SENDO OS BALANCETES
APROVADOS EM ASSEMBLÉIA, FICA CONFERIDA CREDIBILIDADE
AOS DÉBITOS EXIGIDOS DOS CONDÔMINOS. 5) TAXAS DE
CONDOMÍNIO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
VALORES - DÉBITO RECONHECIDO -RECURSO IMPROVIDO.
(TAPR - AC 126890600 - (10355) - 1ª C.Cív. - Rel. p/o
Ac. Juiz Marcos de Lucas Fanchin - DJPR 27.11.1998).

(Ocorrência 117/732)
APELACAO CIVEL 0187830-2 - CURITIBA - - Ac. 107
LAURI CAETANO DA SILVA - DECIMA CAMARA CIVEL
- Julg: 21/06/02 - DJ: 02/08/02

Por unanimidade de votos, deram provimento


APELANTE:CONDOMINIO MORADIAS AUGUSTA XIV
APELADO: DILSON VICENTE MOTA
RELATOR: JUIZ LAURI CAETANO DA SILVA

AÇÃO DE COBRANCA. TAXA CONDOMINIAL. JUROS MORATORIOS.


TERMO INICIAL.
1. NA COBRANCA DE TAXAS CONDOMINIAIS, OS JUROS
MORATORIOS FLUEM NA FORMA PREVISTA NA CONVENCAO DE
CONDOMINIO.
2. SE A CONVENCAO FIXAR OS JUROS MORATORIOS DE 1% AO
MES CONTADOS A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO, O SEU
TERMO INICIAL NAO FICA CONDICIONADO A DATA DA
CITACAO.
VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS ESSE AUTOS DE APELACAO
CIVEL N. 187.830-2 EM QUE E APELANTE CONDOMINIO
MORADIAS AUGUSTA XIV E APELADO DILSON VICENTE MOTA.
I- RELATORIO
1. TRATA-SE DE RECURSO DE APELACAO INTERPOSTO PELO
CONDOMINIO MORADIAS AUGUSTA XIV, PLEITEANDO A REFORMA
PARCIAL DA SENTENCA QUE JULGOU PROCEDENTE ACAO DE
COBRANCA QUE AJUIZOU EM FACE DE DILSON VICENTE MOTA,
RECLAMANDO O PAGAMENTO DE TAXAS CONDOMINIAIS
REFERENTES AOS MESES DE MAIO DE 1997 A FEVEREIRO DE
1998, NO VALOR DE R$ 834,88 (OITOCENTOS E TRINTA E
QUATRO REAIS E OITENTA E OITO CENTAVOS). A SENTENCA
RECORRIDA CONDENOU O CONDOMINO AO PAGAMENTO DAS TAXAS
CONDOMINIAIS VENCIDAS E AQUELAS QUE SE VENCEREM NO
CURSO DA ACAO, ACRESCIDAS DE CORRECAO MONETARIA
CALCULADA A PARTIR DE CADA DESEMBOLSO E JUROS DE MORA
DE 1% AO MES, CONTADOS A PARTIR DA DATA DA CITACAO.
2. POSTULA O APELANTE REFORMA PARCIAL DA
SENTENCA, PARA QUE OS JUROS DE MORA DE 1% AO

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MES SEJAM CONTADOS A PARTIR DO VENCIMENTO DA
OBRIGACAO. ESTE E O PONTO CONTROVERTIDO SOBRE O QUAL
VERSA O RECURSO (ART.549, UNICO, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL).
II- VOTO
3. ESTAO PRESENTES NA ESPECIE OS PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO. E
TEMPESTIVO, ADEQUADO, FOI REGULARMENTE PROCESSADO E
PREPARADO.
4. O ARTIGO 12 E SEUS PARAGRAFOS DA LEI N 4591, DE
1964, CONFEREM A CONVENCAO DE CONDOMINIO DEFINIR OS
CRITERIOS PARA A DETERMINACAO DA QUOTA-PARTE DE CADA
CONDOMINO E O MOMENTO EM QUE AS DESPESAS DEVEM SER
PAGAS, COM PREVISAO DE SANCOES PARA A HIPOTESE DE
INADIMPLEMENTO. OS JUROS DE MORA DE 1% AO MES
TEM FUNDAMENTO NO ARTIGO 960 DO CODIGO CIVIL E 3 DO
ARTIGO 12 DA LEI N 4591. A COTA-PARTE NAS DESPESAS DE
CONDOMINIO E DIVIDA POSITIVA E LIQUIDA, MOTIVO PELO
QUAL A MORA E EX RE, RAZAO PELA QUAL FLUEM JUROS
DESDE SEU VENCIMENTO (JTACSP- LEX 154/89 E 170/431).
A CONVENCAO DO CONDOMINIO E TAXATIVA AO DISCIPLINAR
QUE: "OS CONDOMINOSEM ATRASO COM OS PAGAMENTOS DAS
RESPECTIVAS CONTRIBUICOES PAGARAO JUROS DE 1% (UM POR
CENTO) AO MES SOBRE OS RESPECTIVOS DEBITOS, CONTADOS
A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO DO RESPECTIVO
PRAZO,..." (F.14). A REGRA GERAL QUANTO AO PERCENTUAL
DOS JUROS E O SEU TERMO INICIAL (0,5% AO MÊS A PARTIR
DA CITACAO) APLICA-SE NA HIPOTESE DE FALTA DE
PREVISAO NA CONVENCAO DE CONDOMINIO (STJ.
R.ESP.496.451 SP, RELATOR MINISTRO ARI PARGENDLER,
JULG.EM 02.04.2002, PUBLICADO NO DJU DE 10.06.2002,
P.201). ANTE O EXPOSTO, VOTO PELO PROVIMENTO DO
APELO, PARA QUE OS JUROS DE MORA SEJAM CONTADOS A
PARTIR DO VENCIMENTO DA COTA-PARTE CONDOMINIAL. III-
DECISAO ACORDAM, OS SENHORES JUIZES INTEGRANTES DA
10. CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE ALCADA DO ESTADO DO
PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, DAR PROVIMENTO AO
RECURSO.
PARTICIPARAM DO JULGAMENTO OS EXCELENTISSIMOS
SENHORES JUIZES DOUTOR JOAO KOPYTOWSKI,
PRESIDENTE - SEM VOTO, DOUTOR GUIDO JOSE DOBELI E
DOUTOR CARLOS MANSUR ARIDA. CURITIBA, 21 DE JUNHO DE
2002.
JUIZ LAURI CAETANO DA SILVA

AINDA:
(Ocorrência 105/732)
APELAÇÃO CÍVEL 0195801-6 - CURITIBA - - Ac. 125
LELIA S M NEGRAO GIACOMET - NONA CAMARA CIVEL - Julg:
21/06/02 - DJ: 02/08/02.
Por unanimidade de votos, negaram provimento
CONDOMINIO EM EDIFICACAO - COBRANCA – TAXAS VENCIDAS
E VINCENDAS - PEDIDO CERTO - CORRECAO MONETARIA –

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INDICES LEGAIS - JUROS MORATORIOS- NAO CAPITALIZACAO
RECURSO NAO PROVIDO.
1) EM SE TRATANDO DE ESPECIE DE OBRIGACAO PERIODICA,
E HAVENDO PEDIDO CERTO DE CONDENACAO AO PAGAMENTO DAS
TAXAS QUE SE TENHAM VENCIDO AO LONGO DA ACAO, SEM QUE
TENHA HAVIDO PAGAMENTO, NAO HA COMO EXCLUI-LAS DA
CONDENACAO, SOB PENA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA.
2) A CORRECAO MONETARIA E DEVIDA DESDE O VENCIMENTO
DE CADA PARCELA, ESTANDO APLICADO CORRETAMENTE O
INDICE DETERMINADO PELA SENTENCA - IGPM.
3) OS JUROS MORATORIOS DECORREM DE LEI E SAO DE 1%
(UM POR CENTO) AO MES E DEVEM SER COMPUTADOS DESDE A
DATA DO INADIMPLEMENTO, SEM CAPITALIZACAO.
4) SENTENCA MANTIDA.

CONDOMÍNIO DE EDIFÍCIO - DESPESAS CONDOMINIAIS - AÇÃO


DE COBRANÇA - OBRIGAÇÃO PROPTER REM - HABILITAÇÃO DE
CRÉDITO - DESNECESSIDADE - CORREÇÃO MONETÁRIA - ART.
26 - LEI DE FALÊNCIAS - JUROS MORATÓRIOS - TERMO
INICIAL.
Cobrança de cotas condominiais. Devedora em regime de
liquidação extrajudicial. Obrigação "propter rem".
Termo inicial da correção monetária. Pagamento de
juros. Habilitação de crédito. Desnecessidade.
1. As despesas condominiais são obrigações "propter
rem", destinadas a cobrir os gastos comuns do
Condomínio e acompanham a própria coisa respondendo a
unidade devedora pelo débito, o que torna
desnecessária a habilitação de crédito na massa da
liquidante.
2. A correção monetária e os juros legais moratórios,
aquela sobre ser mera reposição do valor da moeda e
estes por força do disposto no par. 3º do art. 12 da
Lei n. 4591/64, incidem a partir do vencimento de
cada uma das cotas.
3. O pagamento dos juros fica condicionado à
capacidade da massa, como prescreve por analogia o
art. 26 da Lei de Falências. (CEL)
APELAÇÃO CÍVEL 20147/2000 — Reg. em 22/10/2001
CAPITAL — SÉTIMA CÂMARA CÍVEL — Unânime
DES. PAULO GUSTAVO HORTA — Julg.: 25/09/2001

Pelo exposto requer-se a esta Colenda Câmara


Julgadora que acolha a preliminar ora levantada, negando-se
conseqüentemente provimento ao Recurso ora Interposto para que seja
Reformando tão e somente o r. julgado no tocante a multa que deve
ser majorada de 2% para 20%, assim como os juros e correção
monetária que devem ser aplicados a partir do respectivo vencimento
de cada taxa.

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Por ser esta media de cristalina e indubitável
JISTIÇA,
Pede e espera deferimento
De Londrina para Curitiba, 20 de maio de 2004.

MARCUS VINICIUS GINEZ DA SILVA


Advogado oab-pr.30664

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