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Intervir em Rede no Apoio a Alunos com

Necessidades Educativas Especiais

CRIANÇAS ÍNDIGO

Formador: Dr. Eduardo Ribeiro Alves

Formandas:

Maria Luísa Martins Machado

Margarida Maria Vasconcelos Ribeiro Antunes Lemos

Março/Abril 2005
Formanda:

Maria Luísa Martins Machado

Situação Profissional:

Professora do 1º CEB contratada

Funções Distribuídas:

Professora em Apoio Educativo nas escolas EB1 do Couto e EB1 de Vila


Marim, pertencentes ao Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão.

Apoia 3 alunos, 2 com dificuldades de aprendizagem e o outro com


problemas de comunicação

Formanda:

Margarida Maria Vasconcelos Ribeiro Antunes Lemos

Situação Profissional:

Professora do 1º CEB pertencente ao Quadro de Zona Pedagógica de Vila


Real

Funções Distribuídas:

Professora em Apoio Educativo na escola EB1 Vila Real nº 1 (Carvalho


Araújo), pertencentes ao Agrupamento Horizontal de Escolas Dom Dinis.

Apoia 2 alunos, um com Trissomia 21 e uma aluna com Paralisia Cerebral.

1
Índice

Introdução pág. 4
O que é uma Criança Índigo? pág. 5
Porquê a designação «índigo»? pág. 5
Tipos de Crianças Índigo pág. 6
Características dos Índigo pág. 7
Dicas para reconhecer os Índigos pág. 9
Dicas no relacionamento com Índigos pág. 9
Questões relacionadas à Saúde pág. 11
Polaridade Reversa Crónica (CRP) pág. 11
O Sistema Eléctrico do Corpo pág. 12
Falta de Atenção pág. 13
Hiperactividade/Impulsividade pág. 13
Educando crianças Índigo e Cristais: Educando com o coração pág. 14
O Paradigma Velho de Educação pág. 14
O Paradigma Novo de Educação pág. 15
Amor pág. 16
Aceitação Incondicional pág. 17
Respeito pág. 18
Tolerância pág. 18
Comunicação pág. 19
Negociação pág. 20
Disciplina pág. 21
Pistas para o Sucesso Escolar pág. 22
Escolas pág. 24
A importância dos pais e dos professores pág. 26
Conclusão pág. 28
Bibliografia pág. 29
Anexos pág. 30

2
Introdução

A escolha deste tema partiu da necessidade da realização de um trabalho escrito


para esta Acção de Formação. Aquando da selecção do tema, optamos por seleccionar
um que não fosse comum e que chamasse a atenção para todos sobre determinadas
“crianças” que não são comuns no dia-a-dia , mas que merecem da nossa parte um olhar
profundo.

A partir da década de 80 as crianças Índigo começaram a surgir mais e mais. São


crianças espectaculares. Há quem lhes chame: Crianças Estrelas, Crianças do Milénio,
Crianças de Luz; há quem acredite que são os seres humanos do futuro, quem defenda
que chegam à terra saturadas de uma vibração anímica que, até agora não era comum;
quem garanta que sabem quem foram e o que vieram fazer nesta vida.

Estas crianças ajudam na transformação social, educacional, familiar de todo o


planeta, independentemente das fronteiras e das classes sociais. Elas possuem uma
estrutura cerebral diferente no que toca ao uso de potencialidades dos hemisférios
esquerdos (menos) e direito (mais). Isto significa que elas vão além do plano intelectual,
sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho.

É preciso consciencializar os pais, a escola e a comunidade para estas crianças


tão especiais! É essencial ajudá-las tanto em casa, como na escola, como em sociedade.

É imperioso dar-lhes um tratamento adequado conforme as suas dificuldades e


necessidades.

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O que é uma Criança Índigo?

Uma Criança Índigo é aquela que apresenta


um novo e incomum conjunto de atributos
psicológicos e mostra um padrão de comportamento
geralmente não documentado ainda. Esse padrão tem
factores comuns e únicos que sugerem que aqueles
que interagem com elas (pais em particular) mudam
o seu tratamento e orientação com o objectivo de
obter o equilíbrio. Ignorar esses novos padrões é
potencialmente criar desequilíbrio e frustração na
mente desta preciosa nova vida.

Porquê a designação «índigo»?


O termo "Crianças Índigo" vem da cor da aura destas crianças. Nancy Ann
Tappe, autora do livro "Entendendo a Sua Vida Através da Cor", que pode observar a
aura destas crianças, notando uma cor azul forte. Nesse livro estão as primeiras
informações sobre o que ela titulou de Crianças Índigo.

Segundo Nancy, 80% das crianças nascidas depois de 1980 são Índigos. Há
quem as designe de "Criança Estrela" ou "Crianças Azuis", mas foi através do trabalho
de Nancy que elas passaram a designar-se "Crianças Índigo".

Na pesquisa sobre as Crianças Índigo, alguma coisa se tornou quase aparente


para os autores/investigadores: embora estas crianças formem um grupo relativamente
novo, a sua sabedoria sem idade está a mostrar uma nova e mais amável maneira de
estar, não só com elas mesmas, mas com cada um de nós.

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Tipos de Crianças Índigo

Existem quatro tipos diferentes de Índigos e cada um tem uma proposta


1. Humanista: Primeiro, existe o Índigo Humanista que vai trabalhar
com as massas. Eles serão os futuros doutores, advogados, professores,
vendedores, executivos e políticos. Vão servir as massas e são
hiperactivos. São extremamente sociais. Conversam com todo mundo e
fazem amizade facilmente. São desastrados do ponto de vista motor e
hiperactivo, como dito anteriormente, e de vez em quando, eles vão dar
com a cara nos muros, pois esquecem de pisar no freio. Eles não sabem
brincar com apenas um brinquedo. Ao invés disso, trazem todos para
fora e os espalham. Às vezes, não tocam na maioria destes. São do tipo
que têm que ser permanentemente lembrados pois frequentemente se
esquecem das ordens simples e se distraem. Por exemplo, você pede
para eles arrumarem o quarto. Eles começam a arrumar e de repente
encontram um livro e começam a ler porque são leitores ferozes.
2. Conceptual: Os Índigos Conceptuais estão mais para projectos do que
para pessoas. Serão os futuros engenheiros, arquitectos, projectistas,
astronautas, pilotos e oficiais militares. Eles não são desajeitados, ao
contrário, são bem atléticos como crianças. Eles têm um ar de auto-
confiança e a pessoa que eles tentam controlar na maioria das vezes é a
mãe se são meninos. As meninas tentam controlar os pais. Se eles são
impedidos de fazer isso, existe um grande problema. Este tipo de Índigo
tem tendência para outras inclinações, especialmente as drogas na
puberdade. Os pais precisam observar bem o padrão de comportamento
dessas crianças quando elas começarem a esconder ou a dizer coisas
tais como, "Não te aproximes do meu quarto": é exactamente quando os
pais precisam se aproximar mais.
3. Artista: Este tipo de Índigo é muito mais sensível e frequentemente
menor em tamanho, embora isso não seja uma regra geral. Eles são
mais fortemente ligados às artes. Eles são criativos e serão os futuros
professores e artistas. Em qualquer campo que eles se dediquem será
sempre pelo lado criativo. Se eles entrarem na medicina, tornarar-se-ão

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cirurgiões ou pesquisadores. Quando eles entrarem nas artes, eles serão
o actor dos actores. Entre 4 a 10 anos eles podem usar até 15 artes
criativas diferentes - fazer uma por cinco minutos e deixar. Portanto, se
diz às mães de artistas e músicos, "Não compre instrumentos, mas
alugue". O Índigo Artista pode trabalhar com 5 instrumentos diferentes
e então, quando eles entrarem na puberdade, escolherão um campo e se
empenharão para se tornarem artistas nessa especialidade.
4. Interdimensional: O Índigo Interdimensional é muito maior do que os
outros Índigos, do ponto de vista de estatura. Entre 1 e 2 anos de idade
não se pode dizer-lhes nada. Eles dizem: "Eu já sei. Eu posso fazer isso.
Deixe-me sozinho". Eles serão os que trarão novas filosofias e
espiritualidade para o mundo. Podem ser mais valentões porque são
muito maiores e também porque não se encaixam no padrão dos outros
três tipos.

Características dos Índigo

Actuar JÁ. E, no entanto, para que possam actuar JÁ, os índigos precisam de ser
reconhecidos pelos pais, pelos educadores, pelos professores, pela sociedade em geral.
Não, não são pequenos extraterrestres azul-índigo que devemos procurar. Para quem é
capaz de ver auras, bastará um olhar de fora. Todos os outros, no entanto, terão de os
olhar por dentro. Isabel Leal, terapeuta de Reiki e com um livro sobre estes meninos na
forja, alerta: «Eles estão a nascer em todas as casas e vão provocar uma inversão total
de valores. Só entendem a linguagem do amor, não se deixam enganar nem se desviam
do seu caminho. Resistem aos padrões de educação tradicional e dão nas vistas pelo seu
comportamento.» Mas qual é, afinal, o comportamento de uma criança índigo? Lee
Carroll e Jan Tobber, autores de um livro que já vendeu milhares de exemplares em
todo o mundo, apresentaram, nesse mesmo livro, as dez características mais comuns da
Criança Índigo. São elas:
1. Vêm ao mundo com um sentimento de realeza (e, frequentemente,
comportam-se como tal);

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2. Têm a sensação de que merecem estar aqui e surpreendem-se
quando os outros não sentem o mesmo;
3. A auto-estima não é alvo de grandes preocupações e, muitas
vezes, estas crianças sabem dizer exactamente quem são;
4. Têm grandes dificuldades em aceitar a autoridade absoluta,
sobretudo aquela que não dá explicações nem alternativas;
5. Há coisas que elas, pura e simplesmente, não são capazes de fazer,
como esperar quietas numa fila;
6. Sentem-se frustradas com sistemas repetitivos, que não requerem
criatividade;
7. Têm, muitas vezes, melhores formas de fazer as coisas, tanto em
casa como na escola, o que as torna rebeldes e desintegradas, aos
olhos dos outros;
8. Se não houver outros com o mesmo nível de consciência, podem
sentir que não há ninguém que os entenda e tornar-se anti-
sociais;
9. Não respondem à disciplina da culpa (“Espera que o teu pai
chegue a casa para ver o que fizeste” é uma fórmula ineficaz);
10. São, por vezes, tímidos a expressar aquilo de que necessitam.

Embora Lee Carroll e Jan Tober sejam uma referência incontornável quando se
fala de crianças índigo (há ainda poucos livros publicados sobre este tema), é
importante não ser redutor na análise das características que ambos apontam. Ou seja,
há seguramente alguma verdade nestas suas afirmações, mas a nossa procura – enquanto
pais, professores, educadores – não deverá resumir-se a marcar cruzinhas na lista acima
descrita. Os meninos índigo entendem, essencialmente, a linguagem do amor. E é com o
coração que os devemos procurar.

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Dicas para reconhecer os Índigos

Os autores indicam as seguintes características para ajudar a identificar se uma


criança é um Índigo:
• Tem alta sensibilidade
• Tem excessivo montante de energia
• Distrai-se facilmente ou tem baixo poder de concentração
• Requer emocionalmente estabilidade e segurança de adultos em volta dela
• Resiste à autoridade se não for democraticamente orientada
• Possui maneiras preferenciais no aprendizado, particularmente na leitura e
matemática
• Podem se tornar frustrados facilmente porque têm grandes ideias, mas uma falta
de recursos ou pessoas para assistirem pode comprometer o objectivo final
• Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica
ou serem simplesmente ouvintes.
• Não conseguem ficar quietas ou sentadas, a menos que estejam envolvidas em
alguma coisa do seu interesse
• São muito compassivas; têm muitos medos tais como a morte e a perda dos
amados
• Se elas experimentarem muito cedo a decepção ou a falha, podem desistir e
desenvolver um bloqueio permanente.

Dicas no relacionamento com Índigos

• Os Índigos são abertos e honestos, isso não é uma vulnerabilidade mas a sua
maior força. Se nós não formos abertos e honestos com eles, mesmo assim
eles o serão connosco, no entanto, eles não nos respeitarão.
• Marasmo pode trazer arrogância para os Índigos, portanto não os deixe cair
no marasmo. Se eles agem de forma arrogante, isso significa que eles
precisam de novos desafios e novos limites. Alimente seus cérebros
mantendo-os ocupados da melhor forma possível.

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• Pais, professores e orientadores devem estar aptos para definir e manter
limites claros, ainda que suficientemente flexíveis para mudar e ajustar esses
limites quando necessário, baseados no crescimento emocional e mental,
pois os Índigos crescem rápido. Ser firme mas justo é necessário para a
segurança deles e para nossa.
• A mensagem dada e transmitida pelos adultos deve ser mais prazerosa do
que dolorosa, e mais baseada no amor do que no medo.
• Mantenha a criança informada e envolvida.
• Evite mal-entendidos simplesmente dando explicações.
• Não perca a paciência com a sua criança.
• Evite dar ordem (verbos no imperativo). Ao invés de ordens verbais, utilize
o toque para chamar a atenção deles. Eles são muito sensíveis ao tacto
(toque no ombro, aperto de mão, abraço, etc.).
• Mantenha a sua palavra.
• Negocie em cada situação.
• Não esconda nada e não use linguagem abusiva.
• Deixe sua emoção mostrar amor e não ódio.
• Se uma repreensão é dada, crie situações de dar um tempo ou folga.
• Discuta a situação geradora da repreensão após o seu término.
• Depois de tudo, reúna com a criança e reveja se houve uma aprendizagem e
crescimento após a repreensão.
• Importante, lembre-se que a punição não funcionará com estas crianças.
Punição é diferente de repreensão. Punição é baseada na culpa enquanto que
repreensão é baseada num crescimento ou melhoramento.

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Questões relacionadas à Saúde

Existem duas disfunções claramente associadas aos Índigos: ADD (Attention


Deficit Disorder) Desordem de Déficit de Atenção e ADHD (Attention Deficit
Hyperactive Disorder) Desordem Hiperativa de Déficit de Atenção. Os Índigos são
frequente e erroneamente diagnosticados como ADHD ou ADD porque se recusam a
obedecer. Quando assistimos ao filme de Clint Eastwood, nós aplaudimos a rebeldia
dele. No entanto, quando o mesmo espírito está evidente nas crianças, nós damos-lhes
drogas. Diante disso, é importante enfatizar os seguintes pontos:

1. Nem todos os Índigos são ADD ou ADHD.


2. Nem todas as crianças com ADD ou ADHD são Índigos.

Algumas pesquisas, estimam que existem entre 3 a 5 milhões de crianças


ADHD. Se adicionarmos aquelas com dificuldades de aprendizagem, o quadro pode
chegar a 10 milhões de crianças ou mais. Sendo assim, a entidade NIMH (National
Institute of Mental Health) Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos
passou a considerar ADHD como uma prioridade nacional com atribuição de muita
verba para pesquisa. Entre várias pesquisas, destacaremos a chamada CRP:

Polaridade Reversa Crônica (CRP)

Keith R. Smith descobriu a polaridade reversa crónica (CRP) como um remédio


para a síndrome da fadiga crónica há anos atrás por acidente. Desde então, ele tem
percebido que muitos dos sintomas de ADHD em crianças são idênticos ao CRP em
adultos. Quando ele começou a testar crianças com ADHD as suas suspeitas foram
confirmadas. Quase todas as crianças com ADHD que estiveram no seu consultório
apresentaram polaridade reversa crónica. Uma vez que ele adicionou remédio herbáceo
para esta condição como pré-requisito para um plano nutricional, coisas maravilhosas
começaram a acontecer para as crianças. Elas começaram a responder ao tratamento e
melhoraram. A maioria delas tornaram-se "boas".

Todo sistema e processo no corpo físico são baseados em electricidade. Nos


nossos processos mentais, o sistema imunológico e o coração são todos parte de um
vasto sistema que utiliza electricidade. O corpo humano é um sistema eléctrico que se

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auto-contém e se auto-gera. A qualquer momento em que a electricidade está em
operação, campos magnéticos são criados, sendo que campos magnéticos possuem
polaridade: isto é, possuem pólo norte e pólo sul. Se você submeter um íman ao stress,
ele reverterá a polaridade, ou seja, em essência, os pólos norte e sul serão trocados.

Desde que o corpo humano é baseado em electricidade e tem um campo


magnético subtil, certas condições tais como o stress poderão reverter os pólos como
num íman. Isso pode ser temporário e é tratado como tal por vários profissionais de
terapia alternativa/holística. Na prática, ele descobriu que a polaridade reversa pode
durar muito e pode ser difícil de tratar sem um entendimento perfeito de uma variedade
de condições.

Ele foi levado a descobrir que a polaridade reversa frequentemente torna-se


crónica e parece ser o maior factor na causa de: síndrome da fadiga crónica, depressão,
ansiedade, doenças do sistema imunológico, cancro, ADHD e muitas outras disfunções
que não parecem ser resolvidos com tratamentos padrões. Sintomas variados criam
confusão de como tratar o problema, que geralmente passa despercebido, até o
aparecimento de um sintoma mais pronunciado.

O Sistema Eléctrico do Corpo

A condição de polaridade reversa enfraquece a força eléctrica do corpo. Stress


prolongado é a maior causa disso. Como a carga eléctrica do corpo enfraquece,
sintomas ocorrem como sinais de aviso. Se a carga do corpo cair abaixo de 42 hertz, o
sistema imunológico não pode resistir a doenças. Nos estágios iniciais de CRP, os sinais
de aviso do corpo podem incluir: dor nas costas, músculos rígidos, ou dor de cabeça; se
nós não dermos atenção a estes sintomas e não pararmos para recarregar a nossa força
eléctrica, os sintomas podem piorar para fadiga extrema, depressão, ansiedade,
enxaqueca, dormência e dor crónica em áreas fracas.

Com a polaridade revertida, o sistema de auto-preservação torna-se inactivo. Os


sinais eléctricos usuais para o sistema imunológico parecem destruir ao invés de
proteger.

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Alguns principais sintomas de CRP tem um paralelo exacto com os sintomas de
ADHD; por exemplo, memória recente fraca e problema de concentração.

De acordo com diagnóstico da Associação de Psiquiatria Americana, o


diagnóstico de ADD e ADHD requer 9 sintomas de falta de atenção e 9 de
hiperactividade/impulsividade, que podem desenvolver antes dos 7 anos e persistir por
no mínimo 6 meses e que sejam suficientemente severos para interferir nas actividades
sociais e escolares normais:

Falta de Atenção

1. Prestam pouca atenção aos detalhes e cometem erros sem se importarem


2. Têm dificuldades de prestar atenção
3. Não escutam as pessoas
4. Não possuem continuidade nas tarefas sem terminá-las
5. Têm dificuldades de organização
6. Evitam actividades com um substancial esforço mental ou concentração
7. Frequentemente perdem coisas necessárias na escola e em outras actividades
diárias
8. Ficam distraídos facilmente
9. Frequentemente esquecem-se de actividades rotineiras

Hiperactividade/Impulsividade

1. Frequentemente irrequietos e retorcendo


2. Frequentemente abandonam o assento quando deveriam permanecer sentados
3. Sempre correndo e subindo em lugares impróprios
4. Têm dificuldades em se encaixar em jogos mais moderados ou em outras
actividades
5. Estão sempre em movimento como se tivessem um motor
6. Falam demais
7. Soltam respostas prematuramente
8. Têm dificuldades em aguardar a vez
9. Frequentemente interrompem e atrapalham os outros

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Educando crianças Índigo e Cristais: Educando com o coração

Educar uma criança Índigo ou Cristal é um privilégio especial nestes tempos de


turbulência e mudança. Como pai ou mãe, contribuiu-se
para a fundação de novos padrões de educação de
crianças no planeta. Emparceira-se com a criança para
elevar a ressonância da relação entre pais/criança para o
mais alto nível possível nestes tempos.

A criança Índigo ou Cristal veio ao planeta com


a sua própria “missão”. Como um Índigo está aqui para
desafiar formas e crenças existentes, e como um cristal
está aqui para ensinar amor e o reconhecimento de
plenos poderes. Os pais, são os parceiros nesta missão de ensinar e curar. Podem ajudar
a criança a realizar a sua missão começando por compreender o que é necessário. Como
pais de um Índigo, podem esperar ser desafiados a cada esquina, mas tendo as técnicas
para lidar com estes desafios vai-se criando uma relação mais fácil entre ambos. Como
pais de uma criança Cristal, vão ter de lidar com uma força de vontade muito forte e
lutas de poder frequentes. De novo, tendo as técnicas educativas para lidar com estes
assuntos vai facilitar o crescimento e o desenvolvimento da criança.

O Paradigma Velho de Educação

O Paradigma velho de educação simplesmente não trabalha com os Índigos e


Cristais. E isto é esperado. Eles estão aqui para desafiar o paradigma velho e substitui-lo
por um melhor. A maneira como nós adultos fomos educados não irá resultar com eles.
Não podemos repetir os nossos próprios padrões de educação – quer conscientemente
ou subconscientemente. Os pais de uma Nova Criança, devem tornar-se conscientes do
padrão particular de educação que escolhem.

O velho paradigma era baseado na sua maior parte em Poder e Medo. Os pais
viam a criança como uma responsabilidade que tinha de ser assumida, e o cargo dos
pais era ter a certeza que a criança era sustentada materialmente, educada e

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transformada em um adulto, tal como todos os outros adultos. A criança foi criada a
temer castigos e a ver os pais, professores e outros adultos como figuras de poder. A
criança foi ensinada por estas figuras de poder, a aceitar as normas da sociedade,
mesmo que estas fossem contra as suas inclinações naturais. Os pais e assistentes
domiciliários viam o controlo da criança como o seu dever. Eles tinham então o direito
de castigar a criança, até com violência, se esse controlo (geralmente em forma de
regras e proibições) fosse desafiado ou ignorado. O objectivo das regras e proibições era
para assegurar que a criança “pertencia” ou conformava-se com a sociedade. Pais do
Estilo Velho frequentemente dizem coisas como “Tu vais fazer isso porque eu digo que
vais, e eu sou o teu pai/mãe”, ou “tu vais fazer isso porque é o que toda a gente faz”.

Os pais do Estilo Velho são Autoritários, e exigem obediência e respeito baseado


na autoridade investida nesta relação de criança/pais. Neste sistema de crença, os pais
são tomados como “donos” da criança e têem o direito de exigir obediência. Os pais
acreditam saber mais e serem mais sábios, e por isso têem o direito de exigir certos
padrões de comportamento e escolher a vida da “sua” criança.

O Paradigma Novo de Educação

O paradigma novo de educação é baseado no Amor e é derivado do Centro do


Coração. Neste novo paradigma, cada criança é vista como uma dádiva e privilégio.
Educar é visto como uma experiência do coração, em que ao adulto é dada a tarefa de
educar e assistir uma alma nova acabada de chegar ao Planeta. Esta tarefa é uma
associação, em que os pais e criança partilham a aventura de criar uma experiência
consciente de crescimento e aprendizagem dentro dos parâmetros educativos da relação.

Neste modelo de educação baseado no coração, a criança é vista pelo que é –


uma alma altamente evoluída e desenvolvida. Esta alma Índigo ou Cristal tem a sua
própria sabedoria para transmitir ao mundo, e o cargo dos pais é frequentemente o de
ajudar essa criança a trazer a mensagem ao mundo. Para o fazer assim é necessário que
a criança seja amada e educada, e encorajada a expressar ao máximo o que é que elas
são e ser-lhes dada a oportunidade de desenvolverem o seu potencial total num
ambiente afectuoso.

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De maneira a ser este tipo de pais ou assistentes domiciliários, as qualidades tais
como Amor, Tolerância, Respeito e Aceitação Incondicional têem de fazer parte das
técnicas básicas de educar e de vocação social. Os pais também precisam de aprender e
perceber as técnicas de Negociação, Comunicação e Disciplina.

Amor

Esta é a técnica de educação mais importante de todas elas. E a maior parte das
pessoas imagina que “vem naturalmente”. Mas frequentemente, os pais reproduzem o
seu próprio paradigma de educação já aprendido sem verdadeiramente pensarem se vem
do coração ou não.

Efectivamente, não podemos respeitar e amar uma criança senão nos amarmos e
respeitarmo-nos a nós próprios. E tantos de nós crescemos com mensagens tais como
“não és bom/boa o suficiente”, que criaram auto-estima baixo e dificuldades com amor-
próprio e auto-aceitação. Qualquer pessoa que trabalha com crianças vai ter de vigiar a
maneira como os seus problemas não resolvidos de auto-aceitação possam ser
projectados na criança. A criança depois pode ser vista como “mal comportada” ou
“ingovernável” ou “fora de controlo”, ou qualquer número de rótulos de “não ser
bom/boa o suficiente”.

Igualmente, as hostilidades e frustrações não resolvidas de um pai ou mãe são


frequentemente reflectidas de volta a estes, pelo comportamento da criança.
Frequentemente uma criança irritada e temperamental está a representar os sentimentos
reprimidos do pai ou mãe.

É difícil criar uma criança Índigo ou Cristal a não ser que se tenhamos resolvido
os nossos problemas e sejamos capazes de nos amarmos a nós próprios, de reconhecer-
mos os nossos plenos poderes e de expressarmos o nosso potencial.

A Criança Índigo ou Cristal será um verdadeiro professor, se ainda não tivermos


resolvido os nossos problemas, ajudando-nos a aprender e a reconhecer os nossos
poderes e a dar-lhes valor – á medida que eles nos ensinam as técnicas. Mas é muito

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mais fácil se já tivermos estas técnicas, assim educar a criança torna-se uma aventura
partilhada de crescimento empossado.

Aceitação Incondicional

Esta é frequentemente uma das coisas mais difíceis para os pais. Frequentemente
o orgulho dos pais exige que a criança viva à altura de certas expectativas ou que
desempenhe certos cargos.

Mas as crianças Índigo ou Cristais têem o seu próprio ser definido e o seu
próprio sentido de quem é que são. Isto é muito claro para elas. E ás vezes este sentido
de quem elas são pode estar directamente oposto aos desejos e necessidades dos pais.

Quando isto acontece, requer um pai ou mãe muito especial para conseguir
dizer:”Eu aceito-te pelo que és”, e “tu não tens de ser como eu.”

Um pai ou mãe inseguro pode assumir essa diferença entre ele(a) e a criança
como uma ameaça, e exigir que a criança se conforme. Mas os pais Novos permitem
que a criança desabroche e seja o que é, até mesmo encorajando aspectos do ser da
criança que podem ser estranhos à sua maneira própria de pensar ou ser, se é aí que
estão os talentos da criança.

Os Novos pais também aceitam que à medida que uma criança cresce e passa
pela adolescência e idade adulta, pode escolher não seguir o caminho de uma carreira
“segura” e “responsável” que os pais podem desejar. O Índigo pode desejar ser criativo,
ou de viajar pelo mundo e ver a vida, em vez de ir para o colégio e seguir um caminho
de vida definido.

Os Novos Pais vão ter de perceber que os Índigos e Cristais vêem a vida como
uma criação contínua, onde eles são livres para se “reconstruir “ sempre que lhes
apetecer, à medida que seguem as suas paixões. Eles provavelmente não têem interesse
nenhum em serem seguros e cautelosos, mas antes em serem apaixonados, criativos e
divertidos.

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Isto não quer dizer que eles não vão criar abundância. Frequentemente os adultos
Índigo criam o mesmo nível de abundância que os pais antes de eles terem trinta anos.
Mas eles fazem-no com meios invulgares e criativos.

Respeito

Isto está intimamente ligado à aceitação incondicional. Se os pais podem aceitar


quem e o que a criança é, então, baseado nesta aceitação, pode ser construído um
respeito mútuo por cada um.

Este respeito mútuo é a fundação/base necessária em que a relação pais/criança


será construída.

Muitos pais do Estilo Velho vêem as crianças como inexperientes e


razoavelmente estúpidos até que possam ser ensinadas por adultos experientes e mais
sábios. Os Novos Pais estão conscientes que a sua criança é um ser evoluído num corpo
pequeno, e há uma troca mútua de ideais e experiências nesta relação. Os pais ensinam à
criança/alma as técnicas de sobrevivência que precisa para a vida no planeta neste
momento. A Criança ensina aos pais novas perspectivas sobre a vida vindo da sua
ligação mais próxima com o mundo espiritual.

Este respeito mútuo significa que cada um de vocês vai permitir o outro ser o
que é, sem necessidade de critica ou hostilidade se houver diferenças.

De facto, os Novos pais vão ver estas diferenças como algo para ser celebrado à
medida que começamos a perceber a imensa diversidade e possibilidade inerente na
vida humana que existe no planeta hoje.

Tolerância

Este tópico está relacionado com os dois anteriores. Se existe aceitação


incondicional, amor e respeito mútuos no lar, então também ira existir tolerância pelas
diferenças e necessidades diferentes de cada pessoa na família.

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Esta tolerância pode depois ser alargada à sociedade mais ampla fora de casa. Se
ensinarmos à criança que nos aceitamos a nós próprios, e que as aceitamos, então é mais
provável que elas transfiram este padrão para o contacto com crianças e pessoas
diferentes que conhecem na escola e em outras situações sociais.

Esta tolerância por outros e aceitação de outros faz parte da missão das crianças
Índigo e Cristais, e vai ajudar a criar um mundo onde existe tolerância e a aceitação de
todos.

Os Novos pais vão mostrar à sua criança que eles podem relacionar-se, com
respeito, com ”diferentes” pessoas. E que eles podem honrar as diferenças e celebrar a
diversidade, em vez de se sentirem ameaçadas e terem medo como muitos pais do estilo
velho tinham.

A eficiência dos aspectos mencionados acima no Paradigma Novo de Educação,


frequentemente encontra-se na habilidade dos pais de partilhar técnicas de vida com a
criança. Isto é feito de maneira mais eficaz com as técnicas de Comunicação,
Negociação e Disciplina.

Comunicação

Comunicar com a criança é um dos meios chave com que se pode mostrar amor
e respeito.

O acto de comunicar é um acto de receber e de dar. A pessoa que comunica está


a dar e a partilhar ideias e a pessoa que ouve está a receber essas ideias. Os dois
processos são “activos”, em que receber ou “ouvir” é também uma habilidade.

Como pais, devem além de dar ordens e instruções que se espera que a obedeça
e receba sem duvidar., nunca deverão perder a calma e gritar no processo de
comunicação com a criança.

O uso de cólera e de violência na comunicação apenas ensina a criança que para


conseguir o que pretende tem de fazer mais barulho e ser o mais agressivo. De igual

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modo, castigos físicos ensinam a criança que para obter o que quer (obediência), ten de
ser agressivo e violento. Estes padrões de comunicação serão interiorizados e podem
depois ser exteriorizados quando a criança interage com crianças da mesma posição
social. Crianças Cristais, estão aqui especialmente para experimentar o poder, e
aprendendo que a violência é igual a poder, então elas vão representar isto,
frequentemente contra o adulto.

Então é muito melhor, ensinar a criança a comunicar eficientemente, mas com


respeito. E aqui a chave é para os dois participantes OUVIREM o que o outro tem a
dizer. E no acto de ouvir realmente, receber e perceber o que o outro sente e precisa.

Comunicar com criança sobre os assuntos familiares que o/a afectam. Não
assumas que só porque elas serem pequenas não têem apenas de seguir o que o adulto
deseja. As crianças têem necessidades emocionais que deviam ser tomadas em
consideração quando se tomam decisões que afectam toda a família.

Negociação

Negociação faz parte do processo de Comunicação. Se queremos que uma


criança siga um certo caminho ou faça certas coisas, então vamos ter de lhes explicar
porque é que precisamos que eles se comportem assim. Os Índigos e os Cristais não
estão interessados em ordens autoritárias, mas eles ouvem se falarmos calmamente e
negociarmos o pretendido.

Se o que queremos não os atrai particularmente, é possível negociar uma


recompensa para eles fazerem o que pedimos. Sendo assim existe uma situação de
“ganha/ganha”, onde os dois participantes ganham alguma coisa que querem.

A técnica aqui não é manipulação, embora pais de Índigos espertos vão ter de
estar em alerta para que a sua criança não se torne manipulativa. Em vez disso, é
preferível chegar a um acordo mutuo, onde os dois participantes estão de acordo e
contentes com o que tem de ser feito. Por exemplo, se arrumar brinquedos é um
problema, negoceia-se com a criança que, se todos os brinquedos forem arrumados
todas as noites por uma semana, então no fim-de-semana, um divertimento pode ser

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oferecido. Se não, não há este divertimento. A maior parte das crianças aceitará uma
proposta como esta, em vez de ter a mãe continuamente a gritar porque é que os
brinquedos não estão arrumados (bem, porque as crianças Índigo e Cristais têem coisas
mais importantes e imaginativas para fazer do que arrumar brinquedos).

Disciplina

Embora esta tenha sido deixada para ultima, é geralmente o tópico mais emotivo
nas discussões com os pais. Se se dá ou não “dá tareias” como castigo, ou para impor
fronteiras.

Nunca usar a violência. Isto apenas ensina à criança que a violência é um


instrumento para obter o que o adulto quer.

No entanto, o conceito de “disciplina” é pouco percebido na nossa sociedade. É


equiparado a regras, regulamentos e castigos. Realmente, a palavra “disciplina” partilha
a mesma raiz do que a palavra “discípulo”, e tem a ver com ensinar e aprender. E o/a
professor(a) mais eficaz não é aquele que grita e é violento, a não ser que esteja no
exército. Na vida normal, o acto de ensinar é mais eficaz quando vem do coração e é
transmitido de uma maneira afável e atenciosa.

As crianças precisam de saber aonde as fronteiras estão, e o que é esperado delas


no contexto da família. Isto ajuda a assegurar uma sensação de segurança que encoraja
um comportamento calmo. Mas esta informação pode ser transmitida de uma maneira
terna e serena, usando as técnicas de comunicação e negociação. fazendo estas,
verdadeiramente parte da técnica de disciplina.

A responsabilidade como pais é de ensinar a sua criança – dando o exemplo e


por palavras – o que é necessário deles para se tornarem adultos afectuosos que
reconhecem os seus plenos poderes. Tu és o/a professor(a), e eles são os discípulos. E
às vezes, eles são os/as professores(as), e nós, como pais, somos os discípulos. Deixem
a relação entre ambos seja tão afectuosa e educativa como a de Cristo com os seus
discípulos.

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Pistas para o sucesso escolar

O insucesso escolar é uma preocupação antiga. Os processos de aprendizagem


são complexos, muitas crianças têm dificuldades de concentração ou revelam falta de
interesse e acabam por ter baixos índices de aproveitamento. É preciso alterar esta
tendência negativa e motivar as crianças.

Por um lado, todos temos diferentes ritmos de desenvolvimento, coisa que


obviamente dificulta a aprendizagem numa sala de aula com muitos alunos; por outro
lado, algumas matérias são muito densas ou desinteressantes.

“As crianças não vêem a ligação entre aquilo que aprendem e a sua aplicação
prática”, diz Isabel Leal, técnica de aconselhamento escolar. As perturbações que estão
por trás de um baixo rendimento escolar podem ser de ordem familiar, escolar, pessoal,
alimentar, do sono, ou ainda porque a criança, na verdade, não está interessada em
estudar a causa das coisas. A desmotivação pode ainda ter a ver com questões pontuais,
associadas a oscilações familiares, como o divórcio dos pais, a perda de um ente
querido ou, até, porque os pais ficam, pontualmente, menos disponíveis.

“As crianças são muito sensíveis e a mínima desatenção pode ser causa de
insucesso escolar”, explica Isabel Leal.

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Mas existem mais causas: as crianças podem não se adaptar ao ambiente escolar,
aos colegas, professores e auxiliares, coisa que pode implicar até uma mudança de
escola que, nestes casos, pode ser benéfica para todos. Na realidade, se a criança se
revela desinteressada, é fundamental perceber as razões, colaborando e mostrando
abertura, de forma a que possa exteriorizar o que realmente a bloqueia. Outros factores:
o insucesso escolar pode ter ainda outras origens. A falta de motivação e as lacunas na
comunicação entre aluno e professor são sempre factores agravantes. Conforme
esclarece Isabel Leal, a falta de vocação dos professores pode ser outro problema.

Entram na via do ensino por falta de alternativas, muitos deles sem qualquer
vocação para ensinar. A falta e empenho de alguns professores é, obviamente, um
problema e uma realidade com que muitas escolas lidam. “Quando o professor gosta do
que faz, a energia que dele emana é positiva e os alunos, geralmente, gostam dele, o
que ajuda a que tudo corra muito melhor. Os professores e os alunos passam muitas
horas juntos e vale a pena investir para que este seja um tempo de qualidade e
construção harmoniosa”, sublinha a especialista. Devemos reconhecer, no entanto, que
esta profissão, mesmo quando efectuada por vocação e com dedicação, encerra em si
um enorme desgaste, exposição e responsabilidade.

Atitude do aluno. Os alunos, pelo seu lado, adoptam muitas vezes uma atitude
desafiadora ou de diversão, atitude contrária ao que seria esperado. Aprender e estar
atento na sala de aula implica disciplina, concentração e uma série de esforços que a
maior parte dos estudantes recusa liminarmente.

A sala de aula, acaba, muitas vezes, por ser a continuação do recreio devido à
falta de atenção, de esforço e de empenho dos alunos. Embora muitos pais invistam
dinheiro e tempo em explicações, muitos alunos continuam a ser desatentos e
perturbadores. Na maior parte dos casos, estão radicalmente desinteressados das
matérias escolares. Mesmo que os métodos de trabalho e aprendizagem estejam errados
ou desadequados, alguns alunos não querem, de facto, aprender. Na maioria, estes
alunos nem compreendem a matéria nem tentam esclarecer dúvidas.

Conforme afirma Carlos Fontes, professor de filosofia com um mestrado em


sociologia da cultura, “um bom aluno não é aquele que estuda muito, mas aquele que

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tem capacidade de organização, sabe o que deve reter para efeitos da sua progressão na
aprendizagem e se esforça para acompanhar a matéria dada nas aulas.”

A orientação vocacional é outro dos aspectos que pode influenciar


negativamente o sucesso escolar dos alunos, que muitas vezes estão desajustados na sua
área de estudo, pois escolheram em função de critérios errados, fugindo, por exemplo,
de algumas disciplinas mais complicadas, das quais a matemática é um exemplo
clássico.

Escolas

As escolas, em geral, não estão preparadas para lidar com este tipo de problema,
pois têm défices terríveis de organização e gestão. Os professores são cumulados de
burocracias, há falta de organização em algumas escolas e os pais também não
cumprem o seu papel. Ou estão alheios ou são excessivos (e, até mesmo, invasivos) e,
sem querer, dificultam a integração dos alunos. Outro aspecto negativo está relacionado
com o facto de as escolas funcionarem numa lógica corporativa, ou seja, de não existir
uma estrutura organizada em função do tipo de alunos, o que aumenta ainda mais a
dificuldade em lidar com os problemas reais de cada um.

Alguns países, como por exemplo a Alemanha, são exemplos positivos, pois
existem estruturas organizadas segundo o tipo de alunos, as suas capacidades,
dificuldades de aprendizagem, etc.

Em Portugal, infelizmente, os alunos raramente são olhados e tratados de forma


individual. Aliás, poucos sabem em que consiste este olhar mais individualizado e em
que se traduziria, no caso de existir.

O que fazer? Uma vez aqui chegados, muitos pais questionam-se sobre o que
fazer e como pensar.

Devemos forçar as crianças a estudar quando chegam a casa depois de um dia de


aulas? E devemos repreendê-las quando têm resultados negativos? Estas são apenas
duas entre muitas dúvidas dos pais.

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Isabel Leal garante que não devemos forçar mas, sim, apoiar as crianças. Um
apoio diário ou de duas vezes (dependendo de cada caso) por semana é fundamental
para que não exista acumulação de matéria não assimilada.

Os horários dos adultos são cada vez mais violentos, deixando pouco ou nenhum
espaço para acompanhar os filhos. Trata-se, no entanto, de um espaço que deve ser visto
como um tempo de qualidade familiar, em que pais e filhos estão juntos. “Com esta
presença constante, além do apoio escolar, a criança sente mais confiança e auto-estima,
supera melhor as dificuldades e sente mais a proximidade dos pais”, reforça.

Por outro lado, Isabel Leal considera que não se deve actuar junto das crianças
de forma negativa. Devemos ensinar pela positiva, utilizando métodos criativos,
procurando que haja entendimento para que as tarefas sejam efectuadas no menor
espaço de tempo e com o menor esforço despendido possíveis. Não é fácil mas, com
paciência e criatividade, é possível. “O castigo não é uma alternativa. Devemos tentar
perceber por que motivo a criança tem dificuldades. Ou seja, existe sempre um motivo
prático e objectivo para falhar. É necessário identificá-lo e criar métodos de resolução,
envolvendo a criança”, adverte.

Saber motivar. Por tudo o que fica dito, é importante motivar as crianças para o
estudo, ajudando-as a superar dificuldades. É necessário um trabalho didáctico e de
apoio diário em casa, junto de um profissional ou num centro de tempos livres, logo
após a escola.

Isabel Leal trabalha no Centro de Desenvolvimento e Actividades Crianças


Arco-Iris (T. 96 824 39 71) onde existem várias alternativas e, entre elas, técnicas como
a meditação, o reiki, a Musicoterapia.

Na opinião desta especialista, estas técnicas ajudam a centrar as crianças e


podem ser utilizadas durante cinco a dez minutos antes do início da sessão de estudos.
Dependendo do número de alunos em causa e do local onde decorrem os trabalhos,
pode ser utilizada apenas uma técnica ou várias em conjunto.

A meditação é aplicada a crianças com o objectivo de exercitar os dois


hemisférios cerebrais. Sempre que o estado meditativo é treinado, exercita-se o lado
criativo. Libertar-se, de uma forma natural, o que a criança mais gosta de ser e fazer.

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“Efectuada a experiência de iniciar uma classe com e sem meditação, devo dizer faz
toda a diferença. Entre aqueles que meditam, o índice de concentração, calma e foco no
trabalho é muito maior. A meditação desperta nas crianças sensações de calma, paz,
melhoria da capacidade mental, estimula o vigor e a disposição, dando consciência real
da vida e do meio ambiente onde se encontram”, refere.

Claro que estamos a falar de uma meditação adequada a cada idade e estádio de
desenvolvimento. Aprender a focalizar e a visualizar pode ter benefícios práticos,
“ajudando a manter a capacidade de concentração e facilitando a aprendizagem”,
conclui Isabel Leal.

A importância dos pais e dos professores

Se procurá-los com o coração é o primeiro passo, muitos outros se têm de dar a


seguir. Dentro de casa e na escola, os dois universos de referência nos primeiros anos de
vida, pais e professores precisam de perceber que os velhos modelos não servem para
estes meninos. «Os pais têm de tomar consciência que há conhecimentos novos que não
são do seu tempo», alerta Nelson Lima. «Numa sociedade em que a competitividade, o
sucesso e a fama já não são apenas aspirações, mas valores, os pais querem a todo o
custo que os filhos se tornem académicos, técnicos, cientistas... Isto é, pessoas evoluídas
culturalmente. Pouco lhes importa a filosofia ou a espiritualidade. E acabam por ser
castradores. Porque canalizam os filhos no sentido de cumprirem o que eles não foram
capazes.» Daí ser tão importante, na opinião deste neuropsicólogo, «dar a palavra às
crianças.» E acrescenta: «Saibamos nós, adultos, não reduzir tudo isto a nada, fazendo
com que os nossos filhos recuem e dando assim continuidade aos nossos disparates.»

Quanto à escola, Nelson Lima é radical: «É urgente destruir a escola actual e


edificar uma nova.» Porquê? «Porque, tal como existe, a escola é um entrave à evolução
destas crianças.

Costumo dizer aos professores, a quem dou formação, que temos uma escola
neurótica, uma escola obsessivo-compulsiva. Neurótica, porque anda à deriva, sem
rumo. E obsessivo compulsiva porque tem como objectivo ensinar, no mais curto

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espaço de tempo, saberes que são considerados essenciais, mas que servem para muito
pouco.»

Não há dúvida, são precisos novos caminhos. André Louro de Almeida deixa
uma dica: «Quem é que chegou à escola e teve um educador que olhou para ele e disse:
‘Olha um dom! Vamos abrir a prenda e descobrir qual é.” Quem encontrou uma postura
toda receptiva, que constrói uma atmosfera de segurança e autoconfiança na qual o dom
possa começar a vir ao de cima? (...) Temos de ter a inteligência emocional de acolher
um ser destes [índigo] como um dom que chegou.»

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Conclusão

O dom, o dom de ser Índigo, embora só agora comece a “dar nas vistas”, existiu
desde sempre nos seres humanos. São muitos os exemplos ao longo dos séculos, apesar
de muitos espaçados, era um aqui, outro ali, não se tratava ainda de uma geração inteira.
Meninos sensíveis intuitos, um pouco solitários, sobretudo quando não encontram eco
nos outros. Meninos que resistem aos velhos padrões de energia e não respondem nem
se enquadram em estruturas rígidas ou pré-estabelecidas. Que são incapazes de
dissociar, isto é, que não conseguem ao invés de tantos adultos, pensar e/ou sentir uma
coisa e depois fazer outra, totalmente diferente, não pactuam com a mentira nem têem
medo, que não aceitam argumentos vazios de significados.

Meninos diferentes que serão cada vez mais, conforme o livro de Saint-Exupéry
“O Príncepezinho”, os princepezinhos de hoje já não andam por desertos longínquos à
espera que um aviador lhes desenhe uma ovelha.

O fenómeno Índigo não deve ser considerado passageiro, não podemos correr o
risco de desaproveitar esta fase extraordinária da nossa história humana para darmos o
grande salto em frente.

Estas crianças nascem em todas as casas. Existem. São de carne e osso, e


questionam tudo o que não faz sentido, descobrem quando lhes mentimos e exigem a
mudança, alterando os padrões de comportamento da sociedade em que vivem.

Temos consciência de que ainda ficaram aspectos importantes para aprofundar.


No entanto, focamos alguns pontos que nos poderão ajudar na compreensão e
conhecimento destas crianças realçando o facto que o número de casos tem vindo a
aumentar.

Face ao acima mencionado podemos afirmar que estas crianças, são crianças
com Necessidades Educativas Especiais.

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Bibliografia

Jornal Publico – Revista XIS; Setembro 2004 - Artigo "Pistas para o sucesso escolar”
Texto de Inês Menezes

Tappe, Nancy Ann; Entendendo a Sua Vida Através da Cor

Carroll, Lee e Tobber, Jan. – A Criança Índigo

Moreno, José Manuel Piedrahita; Ninos Índigo- Educar en la Nueva Vibracion , 2001,
ed. Vesica piscis

www.caminhosdeluz.org/A-251.htm

www.astv.hpg.ig.com.br/kry-16.html

www. geocities.com/el clubdelosninosindigo/Portugues.html

www.depequenos.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_01.html

www.terapiaquantica.com.br/TQ2004/Artigos%20Criancas%20Indigo.htm

Teixeira, Elmira Maria – Seres de Luz: Índigos, Cristal. ( artigo da escritora).

Teixeira, Elmira Maria – O que são crianças e adultos Índigos e Cristais? (artigo da
escritora)

Teixeira, Elmira Maria – Ângela, a menina Índigo.

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