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INTRODUÇÃO
INSPIRAÇÕES TEÓRICAS
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- O material a ser aprendido deve ser potencialmente significativo, devem ser lógicos
e se relacionar com os subsunçores;
- Existência de ideias relevantes na estrutura cognitiva do aprendiz, servindo de
âncora para o novo conteúdo;
- O indivíduo deve ter motivação e intenção em aprender.
Dessas três condições para a aprendizagem significativa, a única que o professor não
tem controle direto é a terceira, a disposição do estudante em aprender (Novak, Cañas, 2010,
p. 11). Entretanto, o docente pode encontrar um controle indireto sobre essa escolha nas
estratégias de ensino e de avaliação usadas, relacionando bem os subsunçores com o novo
conteúdo.
Cálculo Fácil
O livro de Calculo: Calculus Made Easy de Silvanus Phillips Thompson (1910) serviu
de base para alguns tópicos em que se buscou a aprendizagem significativa de alguns
conceitos de Cálculo. Em particular, os conceitos de coordenadas polares, derivadas parciais
(incluindo noção de máximos e mínimos) e comprimento de arco foram abordados seguindo a
proposta desse livro, procurando obter um aprendizado significativo.
O objetivo desse livro “fácil” de Cálculo é apresentar os conteúdos dessa disciplina de
uma forma mais intuitiva, sem formalismos de épsilons e deltas e demonstrações matemáticas
dos teoremas. Tal livro apresenta o conteúdo de derivadas sem mesmo apresentar a definição
formal de limite. A concisa parte explicativa do limite é vista de uma forma bem intuitiva e
breve (Moreira, 2006). Mas isso não é um empecilho para um bom entendimento do conteúdo
seguinte de derivadas.
O livro apresenta varias aplicações do Cálculo em problemas de engenharia.
A proposta desse livro se adequa bem aos cursos de engenharia. Muitos discentes
futuros engenheiros não irão continuar com seus estudos acadêmicos. Além disso, algumas
engenharias não necessitam diretamente de um profundo e detalhado conhecimento do que há
por trás das técnicas de Cálculo. Assim, basta conhecerem técnicas padrões e terem um bom
entendimento intuitivo (e prático) da teoria.
Para estimular ainda mais a aprendizagem significativa, ajudando o aluno a ter
motivação em aprender, foi proposto um trabalho prático. Cada turma se dividiu em grupos de
4 a 6 pessoas. Cada grupo escolheu um tema que desenvolveria durante o semestre. O
objetivo era desenvolver um tema pratico na engenharia dos componentes dos grupos e que
envolvesse o conteúdo da disciplina de Cálculo 2 (aplicações que envolvessem pelo menos
derivadas parciais e integrais múltiplas).
A avaliação dos alunos foi: 50% dos pontos de prova e os outros 50% no trabalho em
grupo. Do trabalho em grupo foi exigido uma parte escrita no formato de um relatório
cientifico e uma breve apresentação oral do desenvolvimento do tema escolhido pelo grupo.
Um total de 27 grupos foi formado. Alguns deles se destacaram por criarem algum
protótipo, o que não era parte obrigatória. Um grupo criou um biodigestor para uso residencial
e fez experimentos com o aparelho montado. Um outro, desenvolveu uma breve método para
capacitação das águas pluviais captadas nos prédios da universidade.
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Os exemplos dos trabalhos desenvolvidos mostram uma aplicação direta do conteúdo
de Cálculo na vida de um engenheiro. Isso motivou os alunos até mesmo estudarem
conteúdos antes de o professor explicar em sala de aula.
Em relação ao rendimento dos alunos temos os seguintes dados. Em uma turma, cerca
de 12% dos alunos tiveram que fazer a prova substitutiva e 87% foram aprovados
diretamente. Na outra turma, 7% dos alunos precisaram de fazer a prova substitutiva e
praticamente 90% foram aprovados diretamente. Esses resultados são bem positivos para uma
turma de Cálculo. Podemos inferir que a metodologia usada foi proveitosa, com uma
aprendizagem significativa em vários conceitos. Essa averiguação não foi realizada devido à
falta de tempo. O conteúdo dessa disciplina é extenso e foi utilizado um tempo maior para as
as atividades acadêmicas, como a apresentação de trabalhos.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Interamericana.
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Editores.
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Mamona-Downs, J. ; Downs, M. L. N. (2008). Advanced mathematical thinking and the role
of mathematical structure. In: English, L. D. Handbook of International Research in
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Novak, J. D.; Cañas, A. J. 2010. A teoria subjacente aos mapas conceituais e como elaborá-los
e usá-los. Práxis Educativa. Ponta Grossa, vol.5, n.1, p. 9-29, jan.-jun.
Peixoto, J. L. B, et al. 2008. Análise da aprendizagem conceitual de derivada através das
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Brasileira de Educação Matemática, SBEM-BA, Bahia.
Roratto, C.; Nogueira, C. M. I., & Kato, L. 2011. A. Ensino De Matemática, História Da
Matemática E Aprendizagem Significativa: Uma Combinação Possível. Investigações Em
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Thompson, S. P., & Gardner, M. 1998. Calculus made easy . St. Martin’s Press.
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