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GARCIA
(SET POINT)
CONTEÚDO A área de controle de processos industriais é CLAUDIO GARCIA
fundamental nas empresas que lidam com fluidos,
É engenheiro elétrico (1979) graduado pela
1 onde a preocupação principal é controlar variáveis como
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Introdução e definições gerais vazão, pressão, nível, temperatura, pH, densidade etc. Para
(Poli-USP), onde também realizou seu mestrado
efetuar um controle eficiente, mantendo as variáveis em
(1987) e seu doutorado (1992) na área de
2 torno de seus valores de referência (set points), é
engenharia eletrônica. Tem experiência nas áreas
A malha de controle por realimentação necessário conhecer os algoritmos de controle instalados
de modelagem e controle de processos
CONTROLE DE
M
Votorantim), Centro Tecnológico da Marinha em
Y Critérios de análise de desempenho desempenho de malhas de controle. Ao final, há um exemplo São Paulo (CTMSP), Procter & Gamble e Braskem
CM de sistemas de controle abrangente, que mostra um trocador de calor controlado por diferentes e como coordenador de projetos de pesquisa
MY
CY
6
Controle do tipo on/off
tipos de reguladores da família PID, sintonizados por diferentes
técnicas. PROCESSOS INDUSTRIAIS junto ao Centro de Pesquisa da Petrobras
(Cenpes). É autor do livro Modelagem e simulação
de sistemas eletromecânicos e processos industriais
Estratégias convencionais
CMY
Este livro é voltado para engenheiros e técnicos que lidem ou que (2005).
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K
8 CLAUDIO GARCIA
Projeto e sintonia de controladores PID
analógicos
9 VOLUME 1
Exemplo de aplicação de diferentes
controladores em um trocador de calor
Apêndice
Simbologia e nomenclatura usadas em
www.blucher.com.br
instrumentação industrial
Claudio Garcia
CONTROLE DE
PROCESSOS INDUSTRIAIS
VOLUME 1 – ESTRATÉGIAS CONVENCIONAIS
Controle de processos industriais – volume 1: estratégias convencionais
Bibliografia
ISBN 978-85-212-1185-3
Segundo Novo Acordo Ortográfico, conforme
5. ed. do Vocabulário Ortográfico da Língua 1. Automação industrial 2. Processos de fabricação 3.
Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, Controle de processo I. Título.
março de 2009.
Este capítulo visa conceituar o que é controle de processos, mostrar a evolução his-
tórica dos sistemas industriais de controle e apresentar um panorama das técnicas de
controle existentes e sua aplicação em processos industriais.
Matéria-prima Produto
PROCESSO
Energia Subprodutos
Comparação e computação
l
r m c
Controle por
Processo
realimentação
Dois pontos relevantes devem ser observados ao se usar o controle por realimentação:
• as variáveis de perturbação não são medidas;
• a realimentação deve ser negativa para que a ação corretiva tomada pelo con-
trolador tenda a levar a variável controlada ao valor desejado. A realimentação
negativa é fundamental para o controle de uma malha e é abordada na Seção 2.2.
métrica é vista aqui de forma sucinta, em virtude de sua capacidade de gerar modelos
aproximados de baixa ordem.
Na prática, o sinal de entrada de um sistema não é conhecido a priori, mas é de
caráter aleatório, e a entrada instantânea não pode normalmente ser expressa anali-
ticamente. Na análise do comportamento de um sistema, deve-se ter uma base para
comparar seu desempenho. Essa base pode ser obtida especificando-se certos sinais
de teste de entrada e analisando-se a resposta do sistema a eles. Os sinais de teste co-
mumente usados em identificação de sistemas para determinar os modelos empíricos
desejados são as funções impulso (pulso), degrau, rampa, senoide, PRBS ( pseudo ran-
dom binary sequence), GBN ( generalized binary noise) etc.
A identificação não paramétrica usa, basicamente, curvas de resposta do processo
quando excitado por sinais de entrada do tipo degrau, impulso ou senoidal. A partir
dessas curvas, pode-se extrair modelos aproximados, de baixa ordem, que descrevam
o comportamento dinâmico do processo. Esses modelos são pouco precisos, mas po-
dem ser suficientes para se ter uma ideia do comportamento do processo e usados para
efetuar a pré-sintonia de controladores PID (como mostrado no Capítulo 8), ou
para entender o comportamento do processo durante situações transitórias, ou, ainda,
para analisar o desempenho de um sistema de controle agindo sobre o processo.
É estudada aqui a entrada normalmente mais usada em identificação não para-
métrica de processos industriais: o degrau. As técnicas usadas para realizar a iden-
tificação de processos excitados por degraus possuem as seguintes características
(SMITH, 1972):
• os parâmetros do modelo são estimados a partir da resposta em malha aberta
do processo;
• a estimação dos parâmetros do modelo é realizada via construção gráfica e cálcu-
los simples.
• um sistema é dito estável se sua saída é delimitada para todas as entradas deli-
mitadas. Um sinal delimitado é aquele que permanece dentro de certos limites
finitos durante todo o tempo; ou
• um sistema é dito estável se sua resposta a uma perturbação do tipo impulso ou do
tipo entrada nula (que contém apenas condições iniciais) tende para zero (retorna
ao seu estado de equilíbrio) à medida que o tempo tende para o infinito.
Caso qualquer uma das condições citadas anteriormente não seja atendida, o siste-
ma pode ser classificado como instável. Este capítulo é dedicado ao estudo da estabi-
lidade absoluta. Uma condição necessária e suficiente para a estabilidade absoluta de
sistemas lineares invariantes no tempo é que todos os seus polos tenham parte real ne-
gativa, isto é, estejam no semiplano esquerdo. Caso contrário, os termos relativos aos
polos do semiplano direito forneceriam contribuições do tipo exponencial crescente à
saída, e o sistema seria instável.
d Atuador
v hidráulico
Elementos com propriedades não lineares aparecem tanto nos processos como em
seus sistemas de controle. Elementos de controle não lineares podem ser inseridos em
uma malha de controle para melhorar seu desempenho.
m
mmáx
mmín
m se e (t ) ≥ 0
m (t ) = máx (6.1)
mmín se e (t ) < 0
0.9
12 + 5s+1
m Te = 0 Gl Tempo morto
+ = 2s
8
2.27 2.5
0.4 +- 0.75 ++ +
4s+1 10s+1 Ts
Tr = 2 Km -8 Kip Gv Gp Tempo morto 140 +
em t = 30 Relé = 1s
controlador on/off
0.4
Km
Temperatura de saída Ts
144
142
140
138
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
Tempo t (s)
ída do controlador m (mA)
20
Figura 6.3 – Primeiro gráfico: resposta da temperatura de saída Ts sem ruído de medição a degrau
de 2 ºC no valor desejado. Segundo gráfico: sinal de saída m do controlador on/off (continua).
16
12
4
CAPÍTULO 7
O CONTROLADOR PID ANALÓGICO
l(t)
Controlador Variável Perturbações
manipul.
r(t) Comparação e(t) Computação m(t) Atuação u(t) Processo c(t)
Valor de
referência
b(t) Variável medida Medição Variável controlada
O que se busca idealmente por meio da função f é tornar e(t) = 0, isto é, que a
variável controlada c(t) siga o mais próximo possível o valor desejado r(t). Qualquer
equação que consiga atingir, ou pelo menos se aproximar desse intento, para situações
de regime permanente e transitório, pode se converter em um algoritmo de controle.
Em controle de processos, das duas entradas externas do sistema [r(t) e l(t)], a que
mais varia é normalmente l(t), ao passo que r(t) costuma ser fixo. No controle de ser-
vomecanismos, normalmente o valor de referência r(t) muda constantemente.
Apesar da contínua busca de novas técnicas de controle, com o uso de tecnologia
digital de ponta, não há dúvida que, em processos industriais, o algoritmo de controle
mais usado continua sendo o PID (proporcional, integral, derivativo). Isso se deve
à sua fácil implementação, aliada à sua versatilidade, significando que os resultados
obtidos são satisfatórios, mesmo com variações apreciáveis nas características do pro-
cesso e nos distúrbios. O algoritmo PID tem sido usado desde o início da década de
1940, com uma tripla forma de atuação em relação ao desvio e(t):
• a amplitude do sinal de saída m(t) é proporcional ao desvio e(t), afetada apenas
por um ganho KC (modo proporcional);
• a velocidade do sinal de saída dm(t)/dt é proporcional ao desvio e(t), afetada
pelo parâmetro TI (modo integral);
• a amplitude do sinal de saída m(t) é proporcional à velocidade do desvio de(t)/dt,
afetada pelo parâmetro TD (modo derivativo).
A principal desvantagem do PID é que seu desempenho pode ser insatisfatório para
processos com constantes de tempo grandes e/ou atrasos puros longos. Se grandes dis-
túrbios são frequentes, o processo pode operar continuamente em estado transitório e
nunca atingir o estado estacionário desejado. Outras técnicas de controle eventualmente
melhoram a eficiência da planta, minimizando os custos com matéria-prima e energia
e reduzindo a perda de produtos, mas com complexidade matemática e custos maiores
para implantação. Essas técnicas mais sofisticadas, genericamente intituladas de controle
avançado, normalmente precisam de um modelo da planta.
CAPÍTULO 8
PROJETO E SINTONIA DE
CONTROLADORES PID ANALÓGICOS
Outros critérios ou estão incluídos nos cinco anteriores ou são de menor importân-
cia. Em problemas típicos de controle, é impossível alcançar todas essas metas, pois elas
envolvem conflitos inerentes. Por exemplo, ajustes de controladores PID que minimizem
os efeitos de distúrbios tendem a produzir grandes sobressinais em mudanças do valor
desejado. Por outro lado, se o controlador é ajustado para prover uma resposta rápida e
suave a uma mudança no valor desejado, ele normalmente gera um controle vagaroso
para perturbações. Assim, um balanço é requerido ao ajustar os controladores, de for-
ma a satisfazer tanto mudanças no valor desejado quanto em perturbações na carga.
Um segundo tipo de balanço é requerido entre robustez e desempenho. É possível
tornar um sistema de controle robusto, escolhendo valores conservativos para seus pa-
râmetros (por exemplo, KC pequeno, TI grande), mas essa escolha resulta em respostas
lentas a variações na carga e no valor desejado.
4-20 mA TmV
TT TE QC, e TC, e
Tt, mA Água
TmV quente
QT, s TT, s
X
Saída de líquido
Trocador v
QT, e TT, e de calor I/P
Entrada de líquido TX
QC, s TC, s
m
Seu objetivo é aquecer o fluido que entra (água) usando água quente. A temperatu-
ra nominal do fluido na saída dos tubos TT,s é 40 °C. Suponha inicialmente uma con-
dição estacionária em que a temperatura do fluido na saída esteja no valor desejado.
Um esquema mostrando os tubos e o casco do trocador de calor é visto na Figura
9.2. Supõe-se que os tubos do trocador se comportem de modo similar do ponto de
vista térmico, permitindo, assim, sua representação por meio da modelagem de um
único tubo.
DC,I
Vale observar que, caso o trocador não tivesse sido considerado adiabático, as perdas
para o meio ambiente deveriam ter sido computadas em função da temperatura ambiente.
GARCIA
(SET POINT)
CONTEÚDO A área de controle de processos industriais é CLAUDIO GARCIA
fundamental nas empresas que lidam com fluidos,
É engenheiro elétrico (1979) graduado pela
1 onde a preocupação principal é controlar variáveis como
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Introdução e definições gerais vazão, pressão, nível, temperatura, pH, densidade etc. Para
(Poli-USP), onde também realizou seu mestrado
efetuar um controle eficiente, mantendo as variáveis em
(1987) e seu doutorado (1992) na área de
2 torno de seus valores de referência (set points), é
engenharia eletrônica. Tem experiência nas áreas
A malha de controle por realimentação necessário conhecer os algoritmos de controle instalados
de modelagem e controle de processos
CONTROLE DE
M
Votorantim), Centro Tecnológico da Marinha em
Y Critérios de análise de desempenho desempenho de malhas de controle. Ao final, há um exemplo São Paulo (CTMSP), Procter & Gamble e Braskem
CM de sistemas de controle abrangente, que mostra um trocador de calor controlado por diferentes e como coordenador de projetos de pesquisa
MY
CY
6
Controle do tipo on/off
tipos de reguladores da família PID, sintonizados por diferentes
técnicas. PROCESSOS INDUSTRIAIS junto ao Centro de Pesquisa da Petrobras
(Cenpes). É autor do livro Modelagem e simulação
de sistemas eletromecânicos e processos industriais
Estratégias convencionais
CMY
Este livro é voltado para engenheiros e técnicos que lidem ou que (2005).
7
K
8 CLAUDIO GARCIA
Projeto e sintonia de controladores PID
analógicos
9 VOLUME 1
Exemplo de aplicação de diferentes
controladores em um trocador de calor
Apêndice
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Controle de Processos
Industriais - Vol. 1
Estratégias Convencionais
Claudio Garcia
ISBN: 9788521211853
Páginas: 600
Formato: 17 x 24 cm
Ano de Publicação: 2017
Peso: 0.954 kg